Revista Floripa É nº 7

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H FLORIANÓPOLIS

345 ANOS

FLORIPA CIDADE EM

TRANSFORMAÇÃO

é nº 7 Março 2018

VIDA SOCIAL

A colunista Laura Coutinho traz o panorama de quem marca Floripa

ENTREVISTA

Gean Loureiro lista os desafios superados e os planos de gestão

GASTRONOMIA

Berço da produção de ostras, Santo Antônio avança na inspeção

CULTURA

AEROPORTO INTERNACIONAL, RENOVAÇÃO DO LARGO DA ALFÂNDEGA E ENTREGA DA PONTE HERCÍLIO LUZ COMPÕEM O RETRATO DA NOVA CAPITAL

Camerata Florianópolis comemora 25ª temporada




AO VIVO


Na RICTV | Record TV você tem notícias de primeira, com informações em tempo real. É mais agilidade para informar, com mais conteúdo da Grande Florianópolis. São chamadas ao vivo, entrevistas e matérias usando os recursos tecnológicos mais atuais. É o jornalismo sem distância do Balanço Geral. Acompanhe todo dia, toda hora, todo segundo, a melhor programação para você.


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NVictor Carlson

editorial

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minha cidade l

vida social

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galeria

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urbe

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empreendedores

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gastronomia

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esporte

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cultura

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perfil RIC

Uma publicação do Grupo RIC FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO

Mário J. Gonzaga Petrelli

Grupo RIC SC PRESIDENTE-EXECUTIVO

Marcello Corrêa Petrelli DIRETOR SUPERINTENDENTE

Reynaldo Ramos Jr. DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO

ALÇANDO NOVOS VOOS Florianópolis vive um momento sem igual na sua história. Vários empreendimentos privados e públicos transformarão a cara da cidade nos próximos anos. Um exemplo é a entrega da Ponte Hercílio Luz. A liberação desperta o interesse de todos e nesta edição abordamos os possíveis caminhos para o seu uso. Também está previsto um novo aeroporto com o dobro da capacidade atual. No centro, além do projeto de revitalização do Largo da Alfândega, a Casa de Câmara e Cadeia estará de volta. Ao mesmo tempo, mais do que nunca torna-se urgente planejar o futuro sustentável da capital catarinense. Os indicadores do relatório divulgado pela Rede de Monitoramento Cidadão, rebatizada para Ver.Cidade Florianópolis, apontam grande preocupação com a segurança, principalmente após os índices alarmantes da violência em 2017. Saneamento, mobilidade e ocupação desordenada também são temas críticos. Esses indicadores auxiliarão a gestão pública a definir o futuro da capital. Lançamos a sétima edição da revista defendendo que se quisermos um futuro promissor para Florianópolis cabe às lideranças estarem unidas nesta missão. E nós do Grupo RIC também estaremos juntos rumo ao progresso da cidade. Boa leitura! Marcello Corrêa Petrelli

Albertino Zamarco Jr. DIRETOR DE PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA

Derly Massaud de Anunciação DIRETOR DE CONTEÚDO

Luís Meneghim DIRETOR REGIONAL FLORIANÓPOLIS

Roberto Bertolin

Revista FLORIPA É PRODUÇÃO EDITORIAL

Victor Emmanuel Carlson ASSISTENTES DE PRODUÇÃO EDITORIAL

Mia Von Baxtet Alexsandro Vanin REPÓRTER

Laura Coutinho, Matheus Boing e Juliana Germann FOTOGRAFIA

Daniel Queiroz e Victor Emmanuel Carlson INFOGRAFIA

Rogério Moreira Jr. GERENTE COMERCIAL

Marina Ramos DISTRIBUIÇÃO

RIC Editora IMPRESSÃO

Gráfica Open (São José/SC)

Av. do Antão, 1857 – Altos do Morro da Cruz CEP 88025-150 – Florianópolis/SC (48) 3251-1440

Presidente-Executivo Grupo RIC SC

FLORIPA É l 2018


T E R F LO R I PA NO CORAÇÃO É TRABALHAR POR ELA. Revitalizar parques e praças e incentivar o esporte, a cultura e a educação são alguns dos presentes da WOA para a cidade, através do Projeto Além Muros. E em cada uma dessas ações, nosso amor por Floripa. Parabéns, Florianópolis, pelos 345 anos.

Conheça nossos projetos:

woa.com.br/woa/responsabilidade


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índice

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minha cidade l

vida social

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cartão-postal

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galeria

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urbe

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empreendedores

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gastronomia

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esporte

cultura

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perfil RIC

10 ANTÔNIO KOERICH minha cidade

LORENA NOLASCO ANDRÉ MORITZ

16 RECEBER OS AMIGOS vida social

18 NUVEM IRIDESCENTE 20 TRAJANO EMOLDURADA cartão-postal

galeria

Kleber Steinbach w Do céu ao mar

26 VER.CIDADE urbe

PADRÃO ZURICH PONTE HERCÍLIO LUZ

Ronaldo Azambuja w Orla

PREFEITO EM AÇÃO

Kleber Steinbach w Varal da Trajano

50 SABOR SAUDÁVEL empreendedores

O NOVO LUXO: INSPIRAR VIDA BOA AVENTURA FOCO NA MELHOR IDADE MISSÃO DE VIDA BEER OFFICE DE OLHO NA PROMOÇÃO

62 ESPAÇO INTIMISTA gastronomia

APAIXONADOS POR OSTRAS

70 ULTRAGIRL esporte

Alexandre Freitas w Cidade Invisivel

Milton Ostetto w Cidade Invisivel

74 ERUDITO & POPULAR cultura

MAR DE BATERIAS VOZ ORIENTAL

ILHA DE FERRO VILA OLÍMPICA AVENTURA INTERNACIONAL

FLORIPA É l 2018

NATIVOS DA ILHA

88 TIME DE SUCESSO perfil RIC

REALIDADE AUMENTADA



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NDivulgação / Victor Carlson

minha cidade

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vida social

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cartão-postal

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empreendedores

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gastronomia

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cultura

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perfil RIC

A FLORIANÓPOLIS DE

ANTONIO KOERICH O EMPRESÁRIO QUE INSPIRA GERAÇÕES INDICA SEUS LUGARES PREFERIDOS NA CIDADE

PRAÇA XV DE NOVEMBRO “É a história da cidade traduzida em um dos mais belos cartões-postais de

Responsável por um dos maiores

Florianópolis. A centenária Figueira

varejos de Santa Catarina, no auge

guarda histórias de milhares e milhares

de seus 81 anos, mantém a vitalidade

de pessoas que ali circulam todos os dias.

e a dedicação diante dos negócios.

Desde 2010, por meio de uma parceria

Uns dos grandes empreendedores

público-privada a praça ganhou nova

catarinenses mantém nas raízes e

vida, novas cores e novos sons”.

na família o combustível para estar

Em frente a Catedral Metropolitana

sempre à frente de seu tempo. Atualmente na presidência do Koerich, conta no dia a dia com a parceria com seus filhos, Ronaldo e Sergio, e dos netos, na administração dos negócios, já projetando o centenário da empresa fundada em 1955, através da diversificação dos produtos. O Koerich é uma empresa familiar, que busca a partir da profissionalização da gestão o seu crescimento. “Se queremos continuar vivos e líderes neste mercado, precisamos estar sempre à frente de nosso tempo e buscarmos nos reinventar a cada dia. Para isso, a empresa atualmente conta com três gerações atuando na operação do Grupo, que busca também na diversificação a solidez, a rentabilidade e a prosperidade dos negócios”, pondera o empresário. Recentemente o Koerich expandiu sua área de atuação via e-commerce para todo o sul do país e inaugurou o seu novo centro de distribuição, um dos mais modernos no segmento. “Não há receita de bolo pronta para definir o segredo do sucesso, ele é construído dia após dia, pois acreditamos no que fazemos e, por isso, fazemos o nosso melhor”, finaliza Antonio.

RIBEIRÃO DA ILHA “É um local que mantém viva a história

CENTRO HISTÓRICO

SANTO ANTÔNIO “Uma região que preserva a história e as características da cultura açoriana. Um local de grande importância na colonização que preserva muitas construções históricas. Santo Antônio de Lisboa é um daqueles lugares capazes de renovar todas as energias, com um pôr do sol indescritível, uma pintura perfeita do nosso Deus maior”. Acesso pela Rua Padre Lourenço R. de Andrade

do povo e as raízes da nossa terra. Os

“O coração comercial da cidade,

ITAGUAÇU

hábitos e os traços da cultura, herdada

é um local de prosperidade.

“Mais um local cercado de misticismo

dos açorianos, se mantêm vivos nos

Edificações históricas precisam de

e de histórias. Um passeio que não

moradores mais antigos, mesmo com o

um olhar especial dos responsáveis,

pode faltar. Preserva as raízes num

crescimento urbano. É uma localidade

para que Floripa possa continuar

mundo cada vez mais cibernético. A

que se assemelha a nossa filosofia de

mundialmente conhecida não apenas

brisa característica traz do mar o aroma

vida, mantém as raízes, que preserva os

por suas belezas naturais, mas

da maresia e que, com o cair da noite,

valores e o convívio familiar”.

também por seu contexto histórico”.

transforma-se num espelho d´água”.

Ao longo da Rod. Baldicero Filomeno

Entorno da Praça XV de Novembro

No final da Rua Desembargador Pedro Silva

desta cidade, preserva as características

FLORIPA É l 2018



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NStudio A3 (Divulgação) / Victor Carlson

minha cidade

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vida social

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cartão-postal

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empreendedores

A FLORIANÓPOLIS DE

LORENA NOLASCO

A MANEZINHA TEM TANTO ORGULHO DA CAPITAL QUE BATALHOU PARA REPRESENTÁ-LA

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perfil RIC

SABOR JAPONÊS “Adoro o lugar onde nasci, cresci e oportunizo emprego para os moradores. Por isso também prestigio meus vizinhos empreendedores como o Sushi Japinha, no Córrego Grande. Eles preparam uma Flor de Lótus simplesmente espetacular. Além disso, o local é um charme com sua parede de bolhas que parece um aquário. E se não bastasse, vou a pé!”. Na Av. Gov. José Boabaid, 40, Córrego Grande.

Lorena Sotopietra Nolasco nasceu

(48) 4009-2310.

no Córrego Grande, em Florianópolis, mesmo lugar onde trabalha e reside. Ela acompanhou ao longo dos anos o crescimento da região e as melhorias que tornaram o bairro um dos seus lugares favoritos na Ilha. Psicopedagoga à frente do Espaço Sotopi e coordenadora da ACIF Mulher, Lorena é mãe e profissional dedicada, autêntica e verdadeira. Acima de tudo, ama o que faz e com foco segue trilhando um caminho de conquistas. Por 27 anos foi diretora de escola e com quase 50 anos assumiu sozinha a gestão do Sotopi, idade que segundo a psicopedagoga as

TRILHA DA PRAIA DO GRAVATÁ

pessoas pensam em aposentadoria. “O meu propósito é tornar o Espaço, que atualmente

“Quando a semana é muito puxada faço

oferece atendimentos de psicopedagogia, fonoaudiologia, psicologia e reforço escolar, uma

a Trilha da Praia do Gravatá. Adoro a

referência em cursos para pedagogos”, conta Lorena, que criou um método junto à sua

paisagem com a imensidão do mar e é

equipe multidisciplinar. A forte atuação associativa e os bons frutos como empreendedora

lá que reponho as energias. Também

renderam à empresária o troféu da ACIF “Mulheres que Fazem a Diferença” no ano de 2013

gosto da tranquilidade do recanto que

e o primeiro lugar na etapa estadual do Prêmio Sebrae “Mulher de Negócios”, em 2017, na

contrasta com o movimento e o mar

categoria Pequenos Negócios. A honraria lhe deu a chance de disputar a etapa nacional em

agitado da Praia Mole. Vale a pena,

Brasília, ao lado de tantas outras mulheres admiráveis e inspiradoras.

pois o trajeto é curto e acessível”. O acesso à trilha está a 400 metros depois da

MERCADO SÃO JORGE

OLD SCHOOL BURGER

“O mercado tem um conceito totalmente

“É uma ideia muito bem bolada. Os

inovador, com ambiente despojado, mas

empreendedores adaptaram uma

muito comprometido com a qualidade

cozinha itinerante naqueles ônibus

PARADIGMA

de tudo que é oferecido. Têm várias

escolares americanos. É inusitado e

“O Cinema Paradigma é uma ótima

opções de orgânicos e comidas especiais

muito charmoso. Eu acompanho eles

alternativa ao circuito tradicional. Lá tem

voltadas para diferentes públicos. Passo

on-line para saber onde estão. As

filmes franceses, italianos e de várias

lá toda segunda-feira para comprar flores

vezes aqui no Córrego Grande, outro

outras partes do mundo. É o momento

e aproveitar a comida maravilhosa.

dia em Jurerê e assim aproveito para

perfeito para refletir e aprimorar o

É o meu devaneio gastronômico de início

passear. Eles têm um hambúrguer

conhecimento. Não esqueço a emoção de

de semana, sempre acompanhado de

artesanal delicioso. O meu preferido

assistir ao filme “A Festa de Babete”. É um

uma Torta do Céu”.

é o Bacon Blend”.

lugar muito charmoso e vale a pena!”.

Na Rua Brejauna, 43, logo após a Celesc e antes

Acompanhe pelo Facebook:

O Paradigma Cineart fica na SC-401, 8600, em

da Fiesc no Itacorubi. (48) 3238-5809

theoldschoolburger/ ou (48) 9-8457-2920

Santo Antonio de Lisboa. (48) 3239-7777.

FLORIPA É l 2018

entrada na Rodovia SC-406 após o trevo da Praia da Joaquina.


CFI-0002-18 ANUNCIO QUINTA DA MARINHA_210x275mm.pdf

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NCelso Pupo (Fotoarena/Folhapress) / Victor Carlson

minha cidade

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perfil RIC

A FLORIANÓPOLIS DE

ANDRÉ MORITZ CENTRO HISTÓRICO

JOGADOR DO AVAÍ REVELA OS DESTINOS PREFERIDOS DA SUA TERRA NATAL

longa carreira no exterior. Na Turquia representou o Kasimpasa, Kayserispor

CACHOEIRA

e Mersin. Na Inglaterra disputou duas

“Moro na Cachoeira do Bom Jesus e

temporadas pelo Crystal Palace e Bolton

escolhi essa praia para aproveitar cada

Wanderers. Em 2014 foi para a Ásia e

oportunidade de folga em um local

O avaiano de coração começou cedo

passou pelo Mumbai City (Índia), Pohang

tranquilo. É o melhor lugar para relaxar,

no futebol. Aos cinco anos já jogava

Steelers (Coréia do Sul) e Buriram United

descansar e ficar de pernas para o ar”.

futsal na Astel sob o comando do

(Tailândia), retornando na sequência para

A Praia da Cachoeira do Bom Jesus tem vários

professor Mesquita. “Ele foi um segundo

a Turquia onde jogou pelo Denizlispor. O

acesso ao longo da Rod. Luiz Boiteux Piazza.

pai. Foi o professor Mesquita quem

clube foi campeão e André recebido pelo

conversou com a minha família e me

presidente da Turquia, Recep Erdogan,

aconselhou a seguir para o futebol de

que perguntou “pelo jogador brasileiro

campo”, conta André, que aos 14 anos

que falava bem o turco”. De volta ao

chegou ao Avaí. No clube ilhéu passou

clube de coração, ele está redescobrindo

pelo infantil e juvenil, mas o sonho de

sua cidade natal. “Até os 14 anos não saía

ser jogador profissional se concretizou

da quadra! Portanto, estou aproveitando

no Internacional (RS). Após jogar pelo

muito mais os encantos da nossa Ilha”,

Fluminense (RJ), André seguiu para uma

afirma André.

NOMA SUSHI

FAMÍLIA

“Viajei pelo mundo carregando a tatuagem

“Gosto muito de sushi e Florianópolis tem

“Depois de tanto tempo morando no

frase “Casa é onde o coração está”. Todos

boa variedade de casas especializadas.

exterior é uma curtição ficar perto da

perguntavam de onde eu vinha. Falava que

Mas prefiro o Noma Sushi, pois o

família. Todos moram próximos no

era de uma ilha e mostrava a tatuagem.

restaurante tem uma vibe legal e

Centro e aproveito todo o momento

Tenho uma enorme identificação com a

aproveito para reencontrar os amigos”.

possível para estar com os meus

nossa ponte. Espero passar por ela pela

O restaurante Noma Sushi está localizado na Rua

pais, irmãos e seis sobrinhos. Esses

primeira vez em breve!”

Rafael Bandeira, 340, no centro. (48) 99170-5869

momentos não têm preço”.

Junto ao Parque da Luz e à Praça Hercílio Luz

NOSSA PONTE

FLORIPA É l 2018

da Ponte Hercílio Luz no braço com a


parabéns, FLORIANÓPOLIS! 345 ANOS

NOSSO PRESENTE CHEGARÁ EM OUTUBRO DE 2019. ESTAMOS CONSTRUINDO UM NOVO AEROPORTO AMPLO E MODERNO DO JEITO QUE VOCÊ MERECE!


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minha cidade l

vida social

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cartão-postal

Ivete Bornhausen, Lia Carmen, Lena Costa, Rosa Rigon e Marize Didoné em jantar do Clube dos Gourmets

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galeria

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perfil RIC

Encontro da confraria gastronômica com Lucinha de Vincenzi, Nicole Rocha, Luiz Fernando de Vincenzi, Paulo Konder Bornhausen e Eduardo Pinho Moreira

RECEBER OS AMIGOS MUDARAM AS EXPRESSÕES E OS AMBIENTES DAS FESTAS, MAS O PRAZER DOS ENCONTROS SE MANTÉM NA SOCIEDADE Como aconteceu em outras partes do globo, a vida social de Florianópolis se transformou ali pela virada do século. As grandes festas nas casas das famílias tradicionais, assim como os concorridos bailes do Lira Tênis Clube e do Doze de Agosto deram lugar a encontros menores, mais raros e discretos. Se as décadas de 1960, 70, 80 e 90 foram marcadas pelas grandes comemorações – boa parte delas cobertas pela icônica coluna de Zury Machado, que por seis décadas contou a história da sociedade catarinense – os novos tempos trouxeram crise, austeridade no gasto e novas formas de receber e se relacionar. A verdade é que, não apenas por questões de segurança, exuberar em grandes celebrações regadas a Moet Chandon foi ficando um pouco fora de moda nos nossos dias. Uma olhada no aspecto linguístico denuncia tamanha revi-

ravolta: termos como locomotiva social e glamour nunca estiveram tão em baixa. Já a palavra ostentação, por outro lado, jamais foi tão requisitada e seu significado virou pecado capital.

Walter Osli Koerich e Linda Koerich FLORIPA É l 2018

Menores e mais discretas, as festas se tornaram para poucos. E também encarnaram uma vibe que tem mais a cara da Ilha: são mais cool e despretensiosas como os casamentos rústico-chique (mas não menos requintados) assinados por Lica Paludo. A chegada de muita gente de fora também embaralhou com caras novas os colunáveis tradicionais, trazendo um frescor a um meio antes bem mais restrito. Os casamentos talvez sejam as “pièce de résistance” da sociedade: raras famílias abastadas abrem mão de uma bela celebração, tanto que a moda de casar em outras latitudes do mundo não pegou tanto entre os florianopolitanos que preferem receber aqui mesmo, com família, amigos, fotógrafos e aquela décor que inclui um caminhão de flores. E a onda é casar em casa, se essa, é claro, contar com um jardim de boa metragem. A cenografia faz o resto.


17 !Laura Coutinho NClóvis Medeiros (Divulgação) / W Koerich (Divulgação) / Luciano Nunes (Divulgação/ND) / Angelo Santos (Divulgação/ND) / Divulgação/ND / Markito (Divulgação)

Ivone e Rubens Carlos Pereira, donos do hotel Maria do Mar, onde muitas festas de casamento, aniversário, etc. são realizadas. Ela é a chefe de cozinha do hotel

Graça Brillinger e Wilfredo Brillinger, presidente da Associação Figueirense: reuniram amigos e parentes para festejar os 60 anos dele no edifício ontem têm apartamento na praia Brava

As irmãs Cristina Kosmos Piazza (à esq.) e Tacia Kosmos Lisboa ladeando Cristina Lacerda Prazeres, que comemorou o seu aniversário na casa de Canasvieiras. Aliás, o que a comunidade grega mais faz é festa

Por outro lado, muitas das festas antes em jardins e living privados foram levadas para a esfera pública, em encontros marcados em locais que acolhem a turma que um dia recebia os amigos em casa. Bistrô da Praça, Delfino e Porão são pontos da cidade que recebem um público tradicional misturado a algumas caras novas. Outro reduto de resistência das famílias tradicionais é o Clube dos Goumets, confraria de gastronomia fundada pelo médico Luiz Fernando De Vincenzi ao lado de Paulo Konder Bornhausen e que há 25 anos se reúne em torno da boa mesa. Mais recentemente, o Jazzin, que mistura música, descontração, bons drinques e vista para a Beira-Mar Norte tem propiciado bons encontros. Também ótimos anfitriões que gostam de receber os amigos são Graça Brillinger e Wilfredo Brillinger, presidente da Associação Figueirense, que reuniram recentemente uma turma animada para

festejar os 60 anos dele no apartamento na praia Brava. Não podemos esquecer da festiva e unida comunidade grega, bem ativa na cidade, e de Ivone e Rubens Carlos Pereira, donos do hotel Maria do Mar, endereço de muitas

festas de casamento e aniversário. Por fim, mas não menos importante neste cenário está o patriarca Walter Osli Koerich que, ao lado da esposa Linda Koerich celebra as datas festivas da família e dos empreendimentos.

Os casamentos talvez sejam as “pièce de résistance” da sociedade florianopolitana: seguem badalados e muito caprichados. Na foto, um dos enlaces mais belos de 2017, de Alissa Martini e Daniel Slaviero, à beira da Lagoa da Conceição e assinado por Lica Paludo

FLORIPA É l 2018


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FLORIANÓPOLIS FOI BRINDADA NO FINAL DE FEVEREIRO COM “HALO SOLAR”, ACOMPANHADO DE UMA NUVEM IRIDESCENTE. POR TODA A CIDADE AS PESSOAS ACOMPANHARAM E REGISTRARAM O FENÔMENO, ASSIM COMO O FOTÓGRAFO DO NOTÍCIAS DO DIA DANIEL QUEIROZ.

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empreendedores

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perfil RIC


19 NDaniel Queiroz

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TRAJANO

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perfil RIC

EMOLDURADA FLORIPA É l 2018


21 NKleber Steinbach (Divulgação)

Claudio Brandao w Do Visivel ao Invisivel

Alexandre Freitas w Cida

Fernando Teixeira w Vida

de Invisivel

VARAL DA TRAJANO SE CONSOLIDA COMO TRADICIONAL EVENTO DE FOTOGRAFIA DE FLORIANÓPOLIS Papo de fotógrafo não muda com o tempo. Seja amador ou profissional, novato ou veterano, a conversa sempre acaba girando em torno da possibilidade remota e hipotética de realizar uma exposição. Era assim todo o sábado no encontro de fotógrafos nos cafés da Rua Trajano. Em uma dessas oportunidades Alexandre Freitas e Milton Osteto bateram na mesa. “Vamos fazer uma exposição!”, determinou Milton. Alexandre, cheio de ideias, defendeu um evento que ocupasse as ruas do centro. Convocaram outros amigos e o plano ficou um tanto mirabolante. “Chegamos a inscrever em uma lei de incentivo, mas a ideia morreu e fiquei angustiado, pois queria realmente fazer”, lembra Milton. Mas daquele momento de ímpeto surgiu uma semente: a exposição seria na rua e com fotos presas em um fio estendido, como se fosse um varal. A dimensão do projeto foi reduzida e Milton correu para obter a licença na Fundação Franklin Cascaes. “Não quero dinheiro, quero a licença”, manifestava o fotógrafo.

Esse viria a ser outro mote da exposição. Com investimento do próprio bolso, em abril de 2015 foi montada a primeira exposição. No dia do evento, Milton e Alexandre chegaram bem cedinho de manhã para montar o varal. Em seguida foi a vez do fotógrafo Kleber Steinbach. “Madruguei na Praia da Armação para fotografar e cheguei cedo na Trajano para fazer o making off”, relembra Kléber. Ninguém poderia imaginar o quão fundamental seria a presença do engenheiro naquele momento. Ao montar o varal o peso das molduras envergou o cabo e as fotos do meio tocaram o chão. A

Palco do Varal no centro de Florianópolis FLORIPA É l 2018

paralisia da dupla com aquela inusitada visão foi resolvida por Kleber e dois tripés passaram a dar suporte ao cabo. “A partir daí ele foi convocado para participar da organização”, sorri Alexandre. Na naquele momento ninguém estava pensando em uma segunda exposição, mas com o movimento de tanta gente conferindo as fotografias logo surgiram manifestações de interessados em realizar uma segunda exposição e com a mesma proposta de varal. Na ocasião, Milton apresentou o fotógrafo Paulo Goeth para Kléber. “Um fotografava o mar e o outro o céu. Lembrei do poema de Fernando Pessoa: ‘Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu’. Apresentei a ideia aos dois e foi amor à primeira vista!”, sorri Milton. Estava marcada a segunda exposição! A partir daí a fila de pretendentes não parou de crescer e a agenda está completa até 2020. O evento foi tão bem-sucedido que foi preciso pensar algumas regras para perpetuar a exposição de rua. “Elaboramos três regras básicas: realização uma vez por mês, não pode ser trabalho comercial e a Multicor fornece um descontão para o fotógrafo”, relata Milton. “Precisávamos de alguma organização e ao mesmo tempo poucas regras”, lem-

s e Varais


22

ao Mar Paulo Goeth w Do Ceu Kleber Steinbach w Do

céu ao mar Milton Ostetto w Cidade Invisivel

bra Alexandre. Uma das propostas defendidas é que não haveria curadoria e o fotógrafo seria o responsável pela seleção das suas fotos. Kléber conta que a sucessão de exposições levou a algumas restrições operacionais. “Com a experiência fomos conhecendo as situações, fizemos experimentações e houve a necessidade de limitar o tamanho das fotos e quantidade”. Nesse processo a Multicor, empresa especializada na impressão fotográfica, tem um papel fundamental. Além de servir de “QG” logístico das exposições, onde todo o material é guardado, a empresa oferece preço de custo aos fotógrafos envolvidos. “O fato de não ter patrocínio foi fundamental para a continuidade do movimento. Se tivesse dinheiro em um ano e não tivesse no outro, o evento teria morrido. O Varal está vivo justamente pela circunstância em que foi criado”, analisa Milton. Já o nome do movimento surgiu de forma espontânea e óbvia: Varal da Trajano. Durante esses três anos

Ronaldo Azambuja w Orla

ocorreram muitos atropelos, como cabos arrebentados, chuva e vento. Mas, como diz Alexandre, “quem está na rua fica exposto a todas as intempéries, mas o sucesso do evento é justamente o fato de estar em local aberto. Se eu montasse esse varal dentro de uma sala expositiva não teria vingado”. Quando chove a exposição é transferida para o outro sábado, em geral, de forma antecipada conforme a previsão do tempo. O Varal da Trajano trouxe outro resultado positivo. “Apareceu muita

AGENDA 2018 07/04 Leonardo Almada 28/04 Chris Mayer 26/05 Fran Lima 30/06 Mario Bianchini Filho 28/07 Rudi Bodanese 25/08 Tasso Scherer 29/09 Adriana Fuchter 27/10 Luis Paganelli 24/11 Catarina / Adriana Fuchter 15/12 Exposição coletiva com todos

os fotógrafos do ano de 2018

Soninha Vill w Ubin, um Lugar na Amazônia

FLORIPA É l 2018

gente para discutir sobre fotografia. Eu sempre falo que você tem que manter a água fervendo para criar um momento cultural, tem que ter sempre um movimento. Nesse sentido nós conseguimos”, celebra Milton. O veterano fotógrafo Cláudio Brandão analisa que os colegas passaram a aprimorar seus trabalhos para expor e novos fotógrafos também surgiram motivados pelo evento. “Certa ocasião um garoto que trabalhava em um fast-food no centro puxou conversa sobre fotografia e levei um manual para ele no trabalho. Um ano depois, na Praia do Campeche, um sujeito me aborda. Era ele que estava trabalhando como fotógrafo”, recorda Milton com satisfação. “Esses são grandes méritos do Varal da Trajano: envolver as pessoas que passam, incentivar a prática da fotografia e levar ao aprimoramento dos fotógrafos, além de marcar a cidade com um movimento artístico tradicional e já consolidado”, complementa. Ao longo dos anos o trio procurou montar um movimento o

Alexandre Freitas w Cida

de Invisivel


23 NDivulgação

Claudio Brandão w Do Visi

vel ao Invisivel

mais simples possível, com acesso para amadores e profissionais, sem restrição às fotografias expostas. “Essa liberdade de escolha é fantástica. Não tem curadoria ou burocracia. Já montar o evento em uma sala daria um trabalhão. O público seria restrito e seleto”, analisa Alexandre. “No Varal da Trajano é esticar o cabo e pendurar as fotos. E ao fazer isso na rua o público em geral é atingido. É interessante observar as pessoas passando e sendo impactadas pelas fotografias”, analisa Kléber. Durante as exposições é comum os pedestres abordarem os fotógrafos para conversar. “Elas têm mais coragem do que se fosse numa galeria, onde a conversa seria diferente da rua”, analisa Alexandre. Em uma das exposições o fotógrafo Joaquim Araújo colocou uma fotografia da época do impeachment do presidente Collor e uma pessoa que passava se reconheceu na imagem. “Esse foi um momento que ninguém esperava. Em um local fechado provavelmente essa pessoa

Milton Ostetto w Cidade

Invisivel

Fernando Teixeira w Vidas e Varais

Kleber Steinbach w Do

céu ao mar

O trio responsável pelo Varal da Trajano: Milton Ostetto, Kleber Steinbach e Alexandre Freitas

ETERNAMENTES ENVOLVIDOS Milton Ostetto é engenheiro e entusiasta

receber o primeiro salário, embora nunca

da fotografia desde os 12 anos. “Ganhei

tenha trabalhado profissionalmente com

uma Kodak do meu avô”, lembra. Quando

fotografia. “Na engenharia sempre me

começou a trabalhar pôde comprar com o

interessei pela ótica e processamento

próprio dinheiro a sua primeira câmera. Já

digital a partir de telescópios. Hoje consigo

Alexandre Freitas trabalhava há mais de 25

unir isso tudo”, conta. “Agora estamos

anos no mercado de impressão fotográfica,

eternamente envolvidos com o Varal. É

além, claro, de fotografar com frequência.

o momento de relaxar, de conviver com

Outro engenheiro é Kleber Steinbach, que

pessoas muito leves. O Varal não é trabalho

também comprou a primeira câmera ao

de forma alguma”, afirma Kléber.

Paulo Goeth w Do Ceu ao Mar

FLORIPA É l 2018

Ronaldo Azambuja w Orla


24 NAlexandre Freitas (Divulgação)

Soninha Vill w Ubin, um

Lugar na Amazônia

não passaria por lá e não conheceria o fotógrafo”, fala Kléber. “É importante ressaltar a importância de todos os fotógrafos participantes, foram eles que incorporaram a ideia do projeto e transformaram esse evento em algo durador”, enfatiza Milton. O Varal da Trajano já reuniu como expositores um senhor de 60 anos com um jovem de 28 anos. Também recebeu o trabalho de amadores que fizeram grande sucesso, como Renato de Souza com a exposição sobre trilha na Ilha, e até mesmo de um fotógrafo que abandonou as câmeras profissionais e registrou uma viagem pelo Chile com smartphone. São histórias que já estiveram penduradas no varal mais atrativo de Santa Catarina.

Fernando Teixeira w Vida

Claudio Brandão w Do Visível ao Invisível

s e Varais

O VARAL EM PORTUGAL O sucesso do Varal da Trajano cruzou

“Nossa única exigência foi que o evento

as fronteiras! O organizador do Festival

acontecesse na rua, já que o Festival

de Fotografia Internacional de Portugal

ocorria em diversos ambientes internos”,

fez contato com Milton e convidou o trio

conta Alexandre. Foram quatro

para levar o Varal para o evento.

exposições em 12 dias. Certa ocasião um

“É um acontecimento bem parecido com

senhor de uma vila vizinha pediu para

o nosso Floripa na Foto. O organizador

expor lá também. “Em Portugal teve o

viu o movimento no Facebook, percebeu

mesmo impacto pela questão de estar

que era uma realização já consolidada

na rua. O senhor olhou e achou muito

e fez o convite”, relembra Alexandre.

interessante. Realizamos a exposição em

Eles aceitaram e decidiram levar os

frente a uma parreira e a comunidade

quadros da primeira exposição. “Mas

colocou vinho e música. Foi uma

o público estava pouco interessado

experiência muito interessante. Ficamos

em nossas fotos!”, gargalha Alexandre.

dando aula de história e geografia”,

“Eles queriam realmente era saber como

relembra Alexandre.

funciona o Varal. No fim, as fotos do

A primeiro exposição foi realizada junto

making off que o Kléber tirou no dia em

a uma feira de orgânicos. “Uma feirante

que estreamos o movimento fizeram o

comentou exatamente o que ouvimos

maior sucesso”, lembra.

aqui: vim para a feira e dei de cara com

A exposição em Portugal ocorreu em

o evento. Esse processo de estar na rua

Avintes, perto da cidade do Porto.

impacta as pessoas”, finaliza Alexandre.

FLORIPA É l 2018


no visual e no guarda roupa no maioria. visual e no roupa da Se guarda você ainda da maioria. Se você ainda não teve tempo de se não teve etempo atualizar entrarde nase moda, a

FLORIANÓPOLIS FLORIANÓPOLIS ENTRA ENTRA NA NA ROTA ROTA DOS DOS CRUZEIROS CRUZEIROS

atualizar e entrar na moda, loja Charmê d’ Rosê, que háa loja Charmê d’ Rosê, com que há dois anos já trabalha dois anos já trabalha com vendas online, inaugurou vendas online, sua inaugurou recentemente loja recentemente sua sobre loja as física e dá as dicas física e dá asdesse dicasverão. sobre as tendências tendências desse verão.

NDÊNCIAS DA ESTAÇÃO NDÊNCIAS DA ESTAÇÃO

d’ Rosê inaugura loja física e aponta as tendências dessa estação d’ Rosê inaugura loja física e aponta as tendências dessa estação

BODY Os bodies marcam presenças BODY ção própria e inspeção de com força total, compresenças decotes Os bodies marcam m as epeças, a loja ção todas própria inspeção de mais profundos, amarrações, com força total, com decotes Rosê tem dois anos de exm todas as peças, a loja babados e recortes estratégicos mais profundos, amarrações, m vendas online, que se manRosê tem dois anos de exsão as novidades da estratégicos vez, tornanbabados e recortes com a abertura da loja física. m vendas online, que se mando oasvisual mais da sexy. Astornanpeças são novidades vez, no mêsda deMSC dezemoampinas com a abertura loja física. sãomais bemsexy. aproveitadas MSCPreciosa Preciosavai vaiaportar aportarem emFloripa Floripa no no dia dia 24 24 de de março março também do o visual As peças aampinas ao supermercado Giassi, no mês deMSC dezemem looks noturnos com comPreciosa vai aportar em Floripa no dia 24 de março também são bem aproveitadas MSC Preciosa vai aportar em Floripa no dia 24 de março em de qualidade a aoprodutos supermercado Giassi, binações ousadas. A com aposta de em looks noturnos ndo apontando tendên- o dia 24 de março, um da Fundação Getúlio Vargas,comem eprodutos de as qualidade combinação fica por conta ode binações ousadas. A aposta oo dia ƉĞůŽ ^ĞŐƵŶĚŽ ĚĂĚŽƐ ĚĂ ĚĂ de a. A ecriação própria dia 24 24 de de março, março, um um dia dia ƉĞůŽ ƚƌĂĚĞ͘ ƚƌĂĚĞ͘ ^ĞŐƵŶĚŽ ĚĂĚŽƐ ndo apontando as permite tendênshorts, saias ou calças mais solvalor deixado, direta e indiredia depois do aniverda Fundação Getúlio Vargas, ode o dia 24 de março, um combinação fica por conta ea.na produção, preços justos depois aniversário da Fundação Getúlio Vargas, o valor valor oodo dia 24 março, um dia pelo Segundo dados da depois do aniversário da cidade, cidade, Fundação Getúlio Vargas, o A criação própria permite dia 24 de de março, um dia pelo trade. trade. Segundo dados da tas, que deem suavidade. shorts, saias ou calças mais solsário da cidade, todos valor deixado, direta e indiredia depois do anivercom utitodos os caminhos levam ao eda naeconomia produção,local, preços justos depois do cidade, Fundação Getúlio Vargas, o valor valor todos os caminhos da levam ao depois do aniversário aniversário da cidade, Fundação Getúlio Vargas, o tas, que deem suavidade. os caminhos levam ao Trapiche alhas catarinenses. sário da cidade, todos de Canasvieiras para da economia local,Trapiche com utitodos os caminhos levam ao Trapiche de Canasvieiras para todos os caminhos levam ao de Canasvieiras para os caminhos levam aoapreciar Trapiche alhas catarinenses.apreciar primeira escala teste Trapiche Canasvieiras paraa apreciar primeira escala teste Trapicheaade de Canasvieiras CROOPEDS para

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Ou seja, a economia da cidade R$ Ou a estação mais quente, o veNãoeconomia muito imaginado para acidade evolução de Florianópolis. primeira teste de cruzeiro gira, contribuindo para Canasvieiras para apreciar de cruzeiro em Um contribuindo para evolução de de cruzeiro emFlorianópolis. Florianópolis. Uma apreciar aaescala primeira escala teste contribuindo para aa evolução de da cidade gira, apreciar primeira escala seja, a economia da cidade gira, ludo podemais ser um coringa se Sensação nos teste verões anterioCROOPEDS a estação quente, osocieveUm desejo forte da em Florianópolis. Um momento momento marcante e repleto de Florianópolis. a evolução de Florianópolis. primeira escala teste de cruzeiro momento e repletoUm de de em Florianópolis. Florianópolis. contribuindo paraestilo. evolução de decruzeiro cruzeiromarcante emres, Florianópolis. Um contribuindo para aa evolução de utilizado Versátil, o cropped permanece, ludo podecom ser um coringa se Sensação nos ĐĂƚĂverões anterioĞdžƉĞĐƚĂƟǀĂƐ͘ ĐĂƉŝƚĂů dade virou realidade e contou marcante emarcante repleto de expectatiĞdžƉĞĐƚĂƟǀĂƐ͘ ĐĂƉŝƚĂů ĐĂƚĂUm desejo forte da socieem Florianópolis. Um momento momento marcante e repleto de Florianópolis. momento e repleto de Florianópolis. outilizado tecido combina bem com mas o cortes mais decom estilo. Versátil, res, ocom cropped permanece, rinense recebe oA navio em ƋƵĞ ƉĂƌĞĐŝĂ materiais ŝŵƉŽƐƐşǀĞů rinense recebe oAmaior maior navio em e joviais, ͞ ůŐŽ ƋƵĞ ƉĂƌĞĐŝĂ ŝŵƉŽƐƐşǀĞů expectativas. capital catacom o envolvimento de todos vas. A capital catarinense recemarcante e repleto de expectatidade virou realidade e contou peças de outros e expectativas. capital catalicados, românticos o tecido combina bem com mas com o cortes mais deŽƉĞƌĂĕĆŽ ŶĂ ŵĠƌŝĐĂ ĚŽ ^Ƶů͕ cidade virou realidade. 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Oe nana América Sul, MSC Preziobe o WƌĞnjŝŽƐĂ maior navio em operação os nossa setores, empresarial púcomo o d’ Ombro a Ombro da Cruzeiros, que comporta 4.300 cidade e, com isso, nos Cruzeiros, que comporta 4.300 volve a cidade e, com isso, nos MSC Preziosa da empresa MSC estimula o turismo, desenMSC Preziosa da empresa MSC Isso estimula o turismo, desenCharmê d’ Rosê. vio deve atracar por volta sa empresa MSC Cruzeiros, TRANSPARÊNCIA blico, nesta conquista. 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custos adicionais, com mmperfeitamente podem ser trade. Segundo dados anos pelo horas. m custos adicionais, com horas.

com combinações de peças detalhes em transparência ou nhecer em Florianópolis. delicadas, como o de Cardigan com combinações peças em tule da como Charmê Rosê. delicadas, o d’Cardigan

em tule da CharmêPOR: d’ NDBC Rosê.| NOTÍCIAS DO DIA BRANDED CONTENT PRODUZIDO FLORIPA É z 2018PRODUZIDO POR: NDBC | NOTÍCIAS DO DIA BRANDED CONTENT FLORIPA É l 2018

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minha cidade l

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l

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l

galeria

l

urbe

l

empreendedores

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gastronomia

l

esporte

l

cultura

l

perfil RIC

VER.CIDADE

FLORIPA É l 2018


27 NVictor Carlson / Infografia Rogério Moreira Jr.

INDICADORES SERVEM DE PARÂMETRO PARA A GESTÃO MUNICIPAL E AJUDAM A MAPEAR O FUTURO DA CAPITAL Em abril do ano passado Florianópolis foi uma das seis capitais brasileiras escolhidas para participar da Rede de Monitoramento Cidadão (RMC), que integra o Programa Cidades Emergentes e Sustentáveis do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e com apoio financeiro da Caixa. A rede é uma ferramenta para monitorar e aperfeiçoar as políticas públicas, gerando mais bem-estar social e qualidade de vida para a população. Desde a formação do grupo de trabalho, integrado por representantes da sociedade civil, academia, setor produtivo e comunicação, até a entrega em novembro do Relatório Anual de Progresso dos Indicadores, foram meses de dedicação. Como resultado, pela primeira vez na história, Florianópolis tem um mapeamento completo com dados confiáveis de 156 indicadores que influenciam na qualidade de vida do cidadão e que ajudarão a definir o futuro da capital catarinense. Perto de completar um ano de trabalho, Anita Pires, coordenadora executiva da RMC, rebatizada para Ver.Cidade Florianópolis, celebra importantes conquistas e foca nos próximos desafios. “Foi um período de intenso aprendizado não somente para a RMC, como também para a gestão pública. Tivemos que aprender a metodologia para construção dos indicadores de monitoramento, já que não conhecíamos o processo, e contamoscom o apoio do BID e da Baobá, que é a agência executora do projeto no Brasil. De março a maio focamos na estruturação dos instrumentos e métodos a se-

*Os primeiros levantamentos para a construção da Rede, realizados 2014 e 2015, foram a base do estudo FLORIPA É l 2018


28

rem utilizados”, explica Anita, que também preside a Associação FloripAmanhã. Após a definição dos 156 indicadores que influenciam na qualidade de vida de quem mora na capital catarinense, como mobilidade, segurança, saneamento básico, saúde e educação, o próximo passo foi coletar os dados de 2016 na prefeitura, na Casan, na Celesc e outros órgãos públicos. “Houve empenho dos setores. O problema é que a gestão pública, de forma geral, não tem a cultura do legado da informação e nem sistemas adequados para armazenar os dados e depois tratá-los de forma inteligente”, lamenta. Muitas informações foram perdidas ou nunca foram levantadas, sendo necessário fazer uma extensa pesquisa para obtê-las. “Isso é preocupante, afinal, se não há informação, como é possível para a gestão pública embasar corretamente as suas decisões?”, pondera. O trabalho envolveu a participação de representantes, técnicos e especialistas de várias organizações divididas em Grupos Estratégicos: o GE de Monitoramento foi

Anita Pires, coordenadora executiva da RMC

coordenado pelo Observatório Social de Florianópolis; o de Inteligência pela UFSC; o de Competitividade pela FIESC; e o de Comunicação pela RICTV | Record TV. O processo de coleta e análise de indicadores iniciado em junho e levou cinco meses para ser concluído, resultando no primeiro Relatório Anual de Progresso dos Indicadores (RAPI) entregue para a prefeitura no dia 30 de novembro de 2017. “A maior dificuldade para realizar o primeiro relatório foi justamente pela ausência de dados. Não

COM A PALAVRA, OS CIDADÃOS A UFSC integra o grupo técnico da RCM e o professor Hans Michaels Van Bellen acompanhou os estudantes que atuaram na coleta de dados junto à população para a elaboração da Pesquisa de Opinião Pública. Foram realizadas 1021 entrevistas, sendo que o questionário apresentava 150 perguntas. Coube ao grupo técnico de inteligência fazer as análises dos resultados tentando identificar tendências, desafios e oportunidades para o município e sua gestão. “Foi um ano de muito trabalho para fazer o levantamento dos indicadores e rodar a pesquisa. Com os resultados foi possível fazer o espelhamento do RAPI com a POP para avaliar como as pessoas percebem a evolução desses indicadores no município”, explica . Na opinião dos entrevistados, assim como aparece no RAPI, a segurança foi apontada como um dos problemas mais graves. “A maioria tem medo de sair sozinha à noite e há pouca confiança nas instituições relacionadas à segurança, sendo que 15% já foram vítimas de delitos”, conta. Segundo Van Bellen, esse conjunto de dados representa a saúde da cidade e “com contínuo monitoramento será possível verificar como os cidadãos percebem a evolução desses indicadores e, com isso, seguir na direção de uma cidade que todos desejam”. FLORIPA É l 2018


29 N Infografia Rogério Moreira Jr. / Divulgação

ficou perfeito, mas foi acima das nossas expectativas. Conseguimos mapear indicadores inéditos e que auxiliarão o governo e a sociedade a estabelecer prioridades claras e mensuráveis para o desenvolvimento sustentável. E, acima de tudo, abrimos um importante canal de interação com a prefeitura no intuito de obter índices cada vez mais precisos para auxiliar na gestão”, celebra Anita.

SUSTENTABILIDADE URBANA “A Rede de Monitoramento Cidadão é um ganho para Florianópolis, na medida em que temos uma

Também foi realizada a Pesquisa de Opinião Pública (POP), que ouviu 1021 moradores para buscar saber a percepção sobre os temas citados. Segundo a coordenadora executiva, muitas vezes o cidadão pode ter uma percepção negativa de um indicador positivo. “Um exemplo são os parques municipais. Embora em grande quantidade, muitos estão abandonados. Desta forma, as pessoas não percebem como área de lazer”, explica. Para este ano a expectativa é dar continuidade à metodologia, o que inclui levantar os indicadores de 2017, manter o diálogo qualificado com a prefeitura e fazer pesquisas com a população. “Estamos alinhando com a prefeitura para que os dados sejam enviados com mais antecedência. Desta forma é possível trabalhar melhor os indicadores e com informações mais precisas”, explica. A partir do próximo relatório já será possível fazer a Análise de Progresso dos Indicadores, comparando a evolução dos índices e o resultado da gestão pública. “O objetivo não é apontar o dedo, mas acompanhar de forma técnica e metodologicamente embasada o desempenho da cidade”, afirma Anita. Outro momento aguardado será o lançamento de uma plataforma web onde estarão inseridos os resultados, impressões e estudos realizados nas capitais que integram da rede. “Poderemos comparar os dados e ter uma visão mais ampla do Brasil. Esses diagnósticos não podem ficar nas mãos de poucas pessoas e com a plataforma será possível aprofundar ainda mais essa discussão e fazer com que mais pessoas se envolvam com as suas cidades”. A partir de agora o Ver.Cidade Florianópolis terá que caminhar com as próprias pernas. Em 2017, houve apoio do BID e da consultoria, porém neste ano cada rede terá vida própria e será preciso buscar parcerias para viabilizar todas as etapas. Mas, de acordo com Anita, é certo que o trabalho terá continuidade. “Se quisermos um futuro promissor para Florianópolis, com crescimento sustentável, economia aquecida e qualidade de vida, cabe à sociedade fazer a sua parte. Caso contrário, se deixarmos à deriva, a quantidade de dinheiro para reverter a situação será inviável. E o Ver.Cidade Florianópolis é a bússola que nos guiará rumo a um belo destino”, afirma.

organização independente e apartidária, focada nos aspectos que impactam a sustentabilidade urbana e buscam influenciar políticas públicas. Verificar e monitorar questões como mobilidade, segurança, saneamento básico, moradia, entre outros, são fundamentais para o desenvolvimento urbano e social da nossa cidade e para melhor qualidade de vida dos cidadãos. Os pontos que necessitam de atenção em Florianópolis já apareceram no primeiro ano de Pesquisa de Opinião Pública, em que os moradores da capital apontaram a segurança como a principal preocupação atualmente”. Carlos Roberto de Farias, diretor de Marketing e Relacionamento com o Mercado da Fiesc, entidade responsável pelo Grupo de Competitividade da RMC

REALISMO FISCAL “Ações como a Rede de Monitoramento Cidadão aproximam a população do uso do seu dinheiro, afinal, não existe dinheiro público. apenas o dinheiro das pessoas que é confiscado por meio dos impostos. É claro que desejos e capacidades são coisas distintas e existem prioridades que devem ser cumpridas. Por isso a importância de defender o realismo fiscal. Mas o que existe no legislativo é uma desconexão entre a capacidade fiscal e os desejos dos gestores. Pouca gente se importa com quanto custa, mas com o retorno político que o projeto trará. Algumas gestões não tiveram nenhum compromisso fiscal e a capacidade de ação atual do poder público é apenas paliativa. Hoje a maior parte do orçamento é gasto com a própria despesa recorrente para sustentar a máquina pública. As pessoas não têm aquilo que pagam e ainda precisam pagar por isso. Por isso iniciativas como a RMC são louváveis, pois estimulam que os cidadãos tenham maior controle sobre o correto direcionamento dos seus recursos”. Vereador Bruno Sousa (PSB)

FLORIPA É l 2018


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AGENTE DA MUDANÇA Enquanto a maioria dos aposentados sofre com a inatividade, o engenheiro de Produção Otávio Ferrari arregaçou

Florianópolis possui indicadores altíssimos de qualidade de vida, capital humano e inovação

as mangas. “Durante muito tempo fui

DESAFIOS E OPORTUNIDADES

professor da UFSC e remunerado como

Quem vive em Florianópolis sabe quais os principais desafios enfrentados e que acabaram

servidor público federal. Quando me

refletidos nos resultados do RAPI. Entre os itens em alerta, a questão da segurança foi

aposentei, ao invés de não fazer nada,

apontada como o principal problema. A secretária de Segurança Pública Maryanne Mattos

busquei atividades em que pudesse

explica que o levantamento foi feito com base na percepção dos dados de 2016 e muitas

retribuir o que recebo”, conta.

coisas já estão sendo resolvidas na administração atual.

Aos 75 anos, Ferrari participa como

“Uma das principais iniciativas foi o Floripa Segura, um conjunto de medidas de prevenção

primeiro-secretário da Associação para

e melhorias na segurança. Além de deslocar guardas municipais do setor administrativo

Desenvolvimento da Comunidade de

para a área operacional, houve investimento no videomonitoramento, já que 30% das

Jurerê, entidade que integra a RMC de

câmeras de segurança não estavam funcionando. Mas isso é apenas uma amostra, pois

Florianópolis. Ele ajudou na análise de

são inúmeros assuntos e várias ações que estão sendo realizadas. Na próxima pesquisa

diversos dados do Relatório Anual de

provavelmente os dados serão diferentes”, afirma Mariany.

Progresso de Indicadores, em especial,

Outro ponto de atenção é a percepção que se tem da falta de transparência da gestão

na área de infra-estrutura. “Estamos

pública e a ausência de participação da comunidade. “No Brasil em geral o poder público

com muitos problemas de segurança

é voltado para dentro e o cidadão não sabe o que acontece – e muitos nem querem saber!

aqui no bairro e isso nos motivou a

Essa é uma grande luta: que cada um faça a sua parte. Se você não descruzar os braços,

fazer parte deste importante trabalho”,

terá que cruzar os dedos”, alerta Anita Pires.

revela.

Mas o relatório também apresentou diversos indicadores altíssimos, como inovação,

Na opinião de Ferrari, são poucos

qualidade de vida e capital humano. “Florianópolis é o município com maior capital

aqueles que enxergam as necessidades

humano e é isso que constrói a cidade e as empresas”, elogia Anita. A cultura do

e procuram fazer algo para mudar a

empreendedorismo também vibra na capital catarinense e atrai muitos investidores,

realidade. “É impossível para um gestor,

principalmente na área digital. “As pessoas gostam daqui e se dão bem. E temos um perfil

seja público ou privado, tomar decisões

maravilhoso para continuar crescendo e construir um local ainda mais maravilhoso para

sem ter informações. E a RMC serve

se viver”, elogia a coordenadora executiva.

justamente para fornecer os dados

Para o próximo relatório, a expectativa do prefeito Gean Loureiro é que os resultados

para que as políticas públicas estejam

evoluam de forma geral. “Alguns índices deverão melhorar, outros talvez não, pois não

alinhadas ao desejo da sociedade. E

tivemos no primeiro ano os recursos necessários para realizar todos os investimentos

é muito gratificante saber que estou

que a cidade precisa”, explica. “Mas com base no relatório poderemos fazer correções

fazendo a minha parte enquanto

de rumo e obviamente daremos continuidade ao que está evoluindo. Portanto, é uma

cidadão”, afirma.

excelente ferramenta para auxiliar a cidade e a administração municipal”, garante. FLORIPA É l 2018


31 N Divulgação / Victor Carlson / Divulgação / Infografia Rogério Moreira Jr.

VAMOS BEM! Durante décadas a história da Colômbia foi marcada pela violência em função do narcotráfico, mas atualmente o país é reconhecido por seu crescente desempenho econômico e iniciativas bemsucedidas que o colocaram em franca expansão. Entre elas está a Rede de Cidades “Cómo Vamos?”, que celebra 20 anos sendo referência mundial. No ano passado uma comitiva brasileira fez um intercâmbio para conhecer detalhes da iniciativa que começou em Bogotá e já congrega 36 cidades. “Foi um aprendizado enorme de metodologia e ferramentas, já que eles estão duas décadas à frente”, conta Anita Pires. “A partir da análise de indicadores foram feitas diversas ações nas áreas de educação, saúde

e juventude, com grandes avanços para a sociedade”, explica. Informações sobre questões da cidade também começaram a pautar a mídia local e os jornalistas passaram a contar com importantes

RESULTADOS DA PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA

fontes para assuntos sobre as cidades. De acordo com Anita Pires, isso foi primordial para o crescimento e consolidação da rede.“A mídia tem imensa

Comparação entre os resultados das pesquisas

responsabilidade na formação da

de 2015 e 2017. Os primeiros levantamentos

cultura cidadã. Portanto, é essencial

para a construção da Rede, realizados 2014 e

que os veículos de comunicação

2015, foram a base do estudo

sejam atuantes e mantenham a população sempre bem informada”, afirma.

FLORIPA É l 2018


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minha cidade

l

vida social

l

cartão-postal

l

galeria

l

urbe

l

empreendedores

l

gastronomia

l

esporte

l

cultura

l

perfil RIC

PADRÃO ZURICH AEROPORTO TERÁ UM NOVO PERFIL COM GRANDE ÁREA COMERCIAL E CAPACIDADE DE EXPANSÃO FACILITADA

Um campo limpo e com uma área enorme de terra disponível para construção e expansão. O novo Aeroporto Hercílio Luz oferece condições perfeitas para o desenvolvimento do Greenfield Project. “É uma linda oportunidade, em que não há qualquer restrição. O projeto começa da estaca zero, ao invés de tentarmos concertar operações antigas, e com certeza foi a melhor das quatro concessões que disputamos”, analisa o suíço Tobias Markert, CEO da Floripa Airport, subsidiária do

FLORIPA É l 2018

grupo Zurich Airport, responsável pela operação do aeroporto. No ano passado o local recebeu 3,8 milhões de passageiros. A projeção para este ano é de 4 milhões e em 2019 de 4,2 milhões, quantidade além da capacidade do atual equipamento. Mas o gestor suíço cita pontos positivos. “O Aeroporto Hercílio Luz é o 13º em tamanho do Brasil e estamos bastante orgulhosos do que temos agora”, comenta. Com previsão para entrar em operação em outubro de 2019, a projeção para o novo aeroporto é atingir 8 milhões de passageiros entre 2025 e 2030, ou


33 NDivulgação

seja, o dobro da capacidade atual. “É difícil projetar com exatidão, mas o aeroporto está sendo construído para facilmente ser expandido para os lados (confira figura na próxima página)”, diz o gestor. A quantidade de passageiros foi estabelecida pelo contrato de concessão, que determinou também o número de 10 fingers para conectar as aeronaves e um terminal com 41 mil metros quadrados, entre outras características. Ainda que a projeção de atingir 8 milhões de passageiros só ocorra entre 2025 e 2030, o novo aeroporto está sendo construído de maneira que possa ser ampliado por meio de estruturas modulares. O projeto manterá duas grandes áreas livres nas laterais do terminal principal sem qualquer construção (confira figura na próxima página). Além disso, a sala de embarque poderá ser expandida para ambos os

lados conforme a demanda por mais voos. “Esse equipamento não precisa de profundidade, mas sim, ser bastante longo como um corredor comprido. E estamos sendo bastante cuidadosos para deixar as partes adjacentes ao aeroporto livres para a expansão”, garante o suíço. Markert trabalha na empresa há 15 anos e já passou por quatro empreendimentos operados pela Zurich Airport, que também tem aeroportos no Chile, Colômbia, Curaçao (Caribe) e Belo Horizonte, além da capital suíça. Antes de vir para o Brasil, o gestor esteve por sete anos em Curaçao e também participou da ampliação do aeroporto de Zurique em uma obra de US$ 500 milhões e com operação muito maior do que em Florianópolis. “No mundo da aviação dizemos que há dois ti-

FLORIPA É l 2018

pos de aeroportos: ou são grandes demais ou são pequenos demais. Não existe uma indústria que cresça tão rapidamente quanto o setor aéreo, que dobra a cada 15 anos. Por isso os aeroportos estão em constante ampliação”, analisa. O gestor da Zurich Airport se mostra bastante otimista com o crescimento do tráfego aéreo em Florianópolis para os próximos anos. “Hoje o terminal tem espaço limitado para operação dos aviões. Eu acredito que se nós tivéssemos capacidade maior para receber mais aeronaves teríamos um crescimento no fluxo de voos. Assim, quando formos para o novo terminal, que terá capacidade ampliada, tenho certeza que o nosso crescimento não será linear, mas expo-


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Áreas livres para expansão do terminal principal

Espaço para ampliação da sala de embarque

nencial, pois existe muita demanda”, afirma Markert. A Zurich Airport também está interessada no transporte de carga. “É surpreendente o movimento em Florianópolis e foi o aeroporto que mais cresceu em 2017 no Brasil, com 32,5%, graças ao trabalho eficiente da Receita Federal. Queremos investir nesse setor, pois é um mercado adicional para o nosso negócio”, adianta. Tobias Markert também enfatiza que cada aeroporto é distinto um do outro, com suas inúmeras particularidades. “Conhecer um aeroporto não significa que todos serão iguais. Ou seja, se você está em um aeroporto, você vê e conhece as características daquele aeroporto”, afirma Markert se divertindo com os ditados do setor. Ele defende que os problemas, as condições, as oportunidades e os comportamentos dos consumidores são diferentes em cada região. “Por isso cada aeroporto é um equipamento peculiar em relação aos de-

mais, ainda que as regras de operação sejam as mesmas”, explica. O suíço que chegou a Florianópolis em junho de 2017 acompanhado da esposa, três gatos e um cachorro afirma que a capital catarinense é um destino fantástico. “Estava morando em outra ilha nos últimos anos, mas aqui é diferente, com mais verde e lindas praias. Estou adorando”, elogia Markert, que não tem nenhuma intenção de partir tão cedo de Florianópolis. O novo aeroporto terá um terminal principal onde tudo acontecerá. No andar superior ficará o check-in (com 40 guichês) e área de embarque. Já o andar inferior abrigará o desembarque, além de toda a parte operacional e comercial. Uma longa sala de embarque ficará na frente do terminal. Um dos aspectos mais esperados é o uso de fingers, que deverão atender 95% dos embarques e desembarques. Além disso, o gestor suíço está

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trabalhando para a implantação do Automate Board Control (ABC), que permite a imigração automática sem precisar passar no guichê do agente federal. “Gosto muito dessa tecnologia já usada no Galeão e vou lutar por esta implantação. Mas ainda não está confirmado”, comenta. Já a área comercial terá aproximadamente quatro mil metros quadrados, sendo 120% maior que o espaço atual. De acordo com o suíço, os aeroportos terão uma grande mudança de perfil com os operadores privados.” Veja o caso do Galeão, que tem um grande Duty Free. Portanto, queremos que os passageiros tenham a oportunidade de desfrutar o aeroporto tanto do lado ‘ar’ quanto do lado ‘terra’. Da mesma forma, as pessoas que vão ao aeroporto buscar os seus familiares e a comunidade do entorno terão acesso a uma grande área comercial”. O gestor cita o exemplo do aeroporto de Zurique, que tem uma área


35 NDivulgação

Hercílio Luz seguirá a tendência de fazer do aeroporto um espaço de compras e visitas

comercial tão grande que dizem que é o único shopping center do mundo com pista de avião. “Existe essa tendência de fazer do aeroporto um espaço para as pessoas visitarem, realizarem compras, fazerem refeições e curtirem diferentes opções. Em Zurique procuramos manter o passageiro o máximo de tempo na área comercial e é uma tendência mundial”. Para a ocupação da área comercial nos próximos meses será anunciado um termo de referência com as especificações necessárias para a participação das empresas na seleção. “Estou convencido que não há

outra forma de escolher as empresas senão por meio da divulgação pública para a participação de todos”, enfatiza. O suíço garante que o processo será pouco burocrático e centralizado em Florianópolis, sendo que os negócios locais também serão convidados a participar. “Queremos trabalhar com um mix de marcas regionais e internacionais. Temos interesse em fornecedores que tenham características locais, mas é preciso entender também que precisamos atender a demanda dos clientes. Nossas pesquisas indicam que eles também querem a presença

de marcas internacionais”, explica Markert. A administração da Zurich Airport solicita que os interessados aguardem a divulgação dos termos de referência. Enquanto constrói o novo terminal, a Floripa Airport faz uma série de melhorias no atual terminal. Os investimentos são de R$ 4,8 milhões e passam por reformas e ampliações de todos os banheiros, melhorias de sinalização, ampliação da área de inspeção de passageiros, revitalização da área comercial com novas lojas e instalação de rede wi-fi potente e gratuita, o que vem sendo muito elogiado pelos passageiros.

Vista do aeroporto a partir da área de estaciomanento com 2.530 vagas

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Proposta de uso da Ponte Hercílio Luz resultante de estudos preliminares do Observatório da Mobilidade Urbana da UFSC. As divisórias e guarda-corpos da imagem precisam ser vazados pois o Deinfra alerta que a ponte não foi construída para suportar esse esforço lateral FLORIPA É l 2018

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perfil RIC


37 NInfografia: Observatório da Mobilidade Urbana da UFSC (Divulgação) e Rogério Moreira Jr.

USO DA PONTE DEVE EVOLUIR EM ETAPAS IPUF E SUDERF CAMINHAM PARA CONVERGIR NAS PROPOSTAS DE COMO UTILIZAR O EQUIPAMENTO DE FORMA GRADATIVA No dia 13 de maio, data do 92º aniversário da Ponte Hercílio Luz, será feito o anúncio com o resultado final dos estudos e propostas realizados pelo Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF) e pela Superintendência de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Grande Florianópolis (Suderf). “Temos 95% de convergência e estamos finalizando o alinhamento para apresentar um plano de utilização da ponte”, conta o arquiteto Michel Mittmann, diretor Metropolitano do IPUF. A proposta da Suderf defende o uso misto da ponte, sendo que a maior discussão está em relação ao uso da pista central. No projeto, os ciclistas e pedestres teriam acesso a duas passarelas, já que a largura da pista não permite o uso compartilhado entre ônibus e bicicletas. “O objetivo é dar prioridade aos ônibus, pois eles maximizam o uso ao transportar o maior número de pessoas”, explica Célio Sztoltz, diretor técnico da Suderf. Mesmo que tenha como prioridade o transporte coletivo, as simula-

ções demonstraram que não faz sentido deslocar os ônibus do Ticen para a Ponte Hercílio Luz por conta das dificuldades de acesso em razão da configuração do território. “O Ticen está ao lado da Ponte Colombo Salles. Seria mais importante e beneficiaria mais gente fechar o acesso de carros ao lado do Rita Maria e garantir uma faixa exclusiva para ônibus até a metade da ponte”, comenta o diretor. A entidade defende o uso apenas das linhas que chegam através do corredor da Rua General Eurico Gaspar Dutra. Sztoltz explica que a Suderf e o Observatório da Mobilidade da UFSC chegaram a estudar a possibilidade de levar também os ônibus da Av. Ivo Silveira, mas as simulações indicaram que seria necessária a instalação de semáforos no cruzamento da Av. Eng. Max de Souza com a Av. Ivo Silveira. “O usuário acabaria perdendo ainda mais tempo no congestionamento. A melhor opção é seguir para a ponte Pedro Ivo”, avalia Sztoltz. O estudo também demonstrou a pouca utilidade da ponte para o tranporte coletivo no sentido ilha-continente. Por essa razão o estudo passou a considerar o uso misto da Ponte Hercílio Luz, abrindo também a possibilidade da passagem de carros. A proposta é deixar uma pista exclusiva para ônibus nos períodos da manhã e da tarde para entrar na Ilha e uma pista exclusiva para carros no sentido Ilha no período da manhã e no sentido continente à tarde. O granFLORIPA É l 2018

Os ônibus urbanos que atravessam a ponte Pedro Ivo chegam por quatro corredores. As linhas que passam por Coqueiros (todas municipais) não têm qualquer sentido levar para a Ponte Hercílio Luz, assim como as linhas que usam a Via Expressa. Esses dois corredores continuariam seguindo pela Ponte Pedro Ivo. Importante ressaltar que poucas linhas passam por esses dois corredores e que o desvio causaria maior perda de tempo, apesar do congestionamento da Pedro Ivo. Já o corredor que passa pelo Estreito (linha vermelha) seria perfeito para transferir para a Ponte Hercílio Luz. Haveria ganho de tempo e de consumo de combustível em razão do percurso menor para chegar no Ticen. A discussão entre o IPUF e a Suderf é quanto aos ônibus do corredor que passam pela Av. Ivo Silveira (linha laranja). Célio Sztoltz, da Suderf, considera que o cruzamento entre a Av. Ivo Silveira e a Av. Eng Max de Souza não é apropriado para o desvio dos ônibus para a Ponte Hercílio Luz. Esse detalhe é importante pois determinará quantos linhas de ônibus utilizarão a ponte reformada. Quase 80% dos ônibus urbanos que atravessam a ponte em direção a Florianópolis são linhas intermunicipais.


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FAIXAS EXCLUSIVAS PARA ÔNIBUS Fluxo de ônibus com origem da Rua Gen. Eurico Gaspar Dutra

Faixa exclusiva para ônibus até a metade da Ponto Colombo Salles.

CENÁRIO PARA O USO MISTO Período da Manhã

Período da Tarde

Uma faixa exclusiva para ônibus e outra para trânsito misto

A faixa exclusiva para ônibus mantém sentido continente-ilha.

no sentido continente-ilha. Automóveis e motos seguiriam

Já a faixa para o trânsito misto seguiria no sentido inverso.

obrigatoriamente para a Av. Beira-mar.

Acesso exclusivo pelo final da Rua Felipe Schmidt.

CONECTIVIDADES Conceito defendido pelo IPUF prevê a criação de novas linhas de ônibus na “Rota Avenida Rio Branco” para distribuir melhor o fluxo de pedestres no centro e evitar a concentração dos usuários do sistema de transporte coletivo no Ticen. Essas linhas demandariam retorno pela Ponte Hercílio Luz. O IPUF defende o monitoramento por etapas do uso da ponte para viabilizar inicialmente propostas como essa antes da abertura para trânsito misto.

FLORIPA É l 2018


39 NInfografia: Observatório da Mobilidade Urbana da UFSC (Divulgação) e Rogério Moreira Jr.

de dilema de liberar os automóveis é o enorme potencial de geração de congestionamentos nas cabeceiras da ponte em razão da malha viária antiquada. “Para mitigar os possíveis problemas haveria restrições de acesso para a ponte”, diz Sztoltz. Já a proposta do Ipuf propõe a liberação da ponte por etapas. Ela não elimina a principal proposta da Suderf, que prevê o uso misto, mas sugere uma utilização gradativa do equipamento através do monitoramento permanente em conjunto com o Observatório da Mobilidade da UFSC. A partir dos resultados auferidos haverá o avanço para a etapa seguinte. A primeira seria apenas para uso de pedestre e ciclistas. A partir daí, aos poucos haveria inserção de algumas linhas de ônibus, sempre acompanhando o desempenho para tomar a decisão de inserir outras linhas. O uso do automóvel está considerado, mas a ideia é que seja um transporte compartilhado para manter alta a eficiência do uso da ponte, favorecendo o maior número de pessoas e não de veículos. “Estamos preocupados em como conectar a ponte e o seu entorno qualificando as vias públicas, mas tudo voltado para a importância do pedestre, da bicicleta e especialmente dos modais de transporte coletivo como principais ativos”, explica Mittmann. De acordo com o diretor Metropolitano do IPUF, é preciso ressignificar as estruturas viárias da capital catarinense para dar prioridade aos modais coletivos. “Não dá para criar infraestruturas em que o automóvel faça competição com o modal coletivo. Isso é o que preconiza a política nacional de mobilidade urbana”, alerta. Na opinião do arquiteto, o uso da ponte será uma oportunidade de criar linhas de ônibus explorando o eixo da Av Rio Branco, por exemplo. “É claro que não podemos colocar a ponte que recém saiu de uma ‘cirurgia’ para cor-

rer uma maratona”, comenta. Embora a ponte tenha grande capacidade para o fluxo de movimento, o entorno não. Por isso a grande preocupação do arquiteto em relação à proposta da Suderf é que a liberação de carros prejudique o ganho em eficiência do transporte coletivo. “O trânsito misto pode impedir a implantação das linhas usando a Av. Rio Branco, onde seria necessário o retorno do veículo pela ponte. Por isso precisamos testar diferentes oportunidades e avançar pouco a pouco no uso da ponte”, defende Mittmann. No entanto, as duas entidades concordam que é necessário ter o monitoramento permanente do uso da ponte em conjunto com o Observatório da Mobilidade da UFSC, já que os dados auferidos servirão de embasamento para as decisões. “Desta forma liberaremos o uso conforme as leituras

forem acontecendo. E o Observatório tem os recursos para avaliar o andamento de cada etapa”, diz Mittmann. A definição da proposta é essencial para preparar o entorno da ponte para o início da operação. No avanço em etapas não serão necessárias muitas intervenções, sendo a maioria de fácil execução, como a instalação de placas e semáforos. O acesso para veículos como ambulância, polícia e de concessionários de serviço público, como de iluminação pública seria liberado com os ônibus. Apesar do ganho no sistema viário que o tráfego misto pode gerar os envolvidos alertam: é efeito de curto prazo. “Todo o ganho com infraestruta é rapidamente ocupado. Portanto, acredito que dois anos após a abertura da Ponte Hercílio Luz os congestionamentos retomarão ao nível atual”, pontua Sztoltz.

Uma das propostas apresentadas pela Suderf é o fechamento do acesso à Ponte Colombo Salles no contorno da Rodoviária Rita Maria. Existe na cabeceira da Colombo Salles uma tremenda competição entre os veículos que convergem de seis pistas para quatro pistas sobre a ponte, incluindo a necessidade de mudanças de pista de acordo com o destino. Isso acaba provocando a retenção dos ônibus que saem do Terminal de Integração do Centro (Ticen). Dependendo do horário, os ônibus levam mais tempo para cumprir um trajeto de 300 metros até a ponte do que atravessando a mesma. “Essa é uma etapa que pode até ser adiantada”, apoia Mittmann, do IPUF. A proposta inclui também uma pista exclusiva para os ônibus até metade da ponte. “É na subida que os ônibus têm maior dificuldade de locomoção por causa da inclinação”, explica Sztoltz, da Suderf. Os carros que hoje circulam nos altos das Ruas Tenente Silveira e Felipe Schmidt e usavam esse acesso para a ponte seriam desviados para a Ponte Hercílio Luz, no caso da liberação futura para o trânsito misto. Essa medida de fechar o acesso da Rita Maria traria benefícios aos usuários da Av. Gustavo Richard e do Viaduto Silva Paes com a melhor fluência das faixas.

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PREFEITO EM AÇÃO A CRISE FISCAL DO PRIMEIRO ANO FOI TROCADA POR UM SEGUNDO ANO DE CASA ARRUMADA Qual o maior desafio, arrumar as contas ou lidar com a chuva? A chuva traz prejuízos, mas nesse caso conseguimos a liberação de recursos e dar a resposta para a sociedade. O maior desafio foi fazer o ajuste fiscal e aprovar a reforma para arrumar financeiramente a prefeitura. Outra etapa vencida foi

a mudança na Comcap para dar eficiência à empresa, hoje reconhecida como uma atitude correta. O resultado disso tudo é que os salários e os compromissos com fornecedores em 2017 foram todos pagos. Estamos no azul, o que é um pré-requisito para a cidade ter sucesso. Tivemos uma atitude responsável para o bem e o futuro da capital. Como foi o papel da Comcap no contexto das chuvas? A Comcap demonstrou que tem eficiência quando bem comandada. A companhia tem um grande contingente de colaboradores e todo o efetivo foi para a rua. Eu mesmo estava

FLORIPA É l 2018

às 6h de um domingo esperando o ônibus da Comcap para cumprimentar cada funcionário, pois eles estavam em uma missão em favor da cidade. Todos os órgãos da prefeitura agiram de maneira integrada junto à Defesa Civil e vesti a camisa para demonstrar que o prefeito também trabalha no operacional e todos deviam seguir esse exemplo para recuperar as regiões atingidas. A Praça XV de Novembro foi salva da depredação no Carnaval? Nós cercamos a praça e sem essa medida o dano material teria sido considerável pela experiência dos outros anos. A própria empresa adotante


41 NDivulgação

da praça não queria mais continuar dessa forma. Infelizmente alguns reclamaram e disseram que isso inviabilizaria o Carnaval, mas ocorreu justamente o contrário. Foi a edição com o maior número de pessoas no centro. Depois a praça foi reaberta totalmente limpa e organizada. Houve economia para os cofres públicos e passamos o recado que queremos preservar nosso patrimônio. A cidade ganhará de Natal a Casa de Câmara e Cadeia? Espero que seja um presente antecipado de Natal! Tive orgulho de exercer o mandado de vereador naquela casa. Estamos terminando a obra que havia sido abandonada e a parceria com o Sesc permitirá abrir um espaço histórico para Florianópolis. Nosso esforço em aportar R$ 2 milhões com recursos próprios foi reconhecido pelo Iphan, que inclusive aprovou R$ 8 milhões para a revitalização do Largo da Alfândega. Falando em obra abandonada, como ficou a questão dos postos de saúde do Campeche e do Pantanal? O posto de saúde do Campeche será entregue no dia 23 de março e será mais um motivo para celebrar o aniversário da capital. Faltava pouco menos de R$ 300 mil quando a obra foi abandonada e o custo que tivemos para sua conclusão foi de quase R$ 1 milhão. Já o centro de saúde do Pantanal foi licitado, a ordem de serviço dada e esperamos entregar nos próximos meses. Temos a visão que nenhuma uma obra deve ser abandonada, pois o custo para retomá-la é muito grande. Quando começa o “Alô Doutor”, um dos compromissos de campanha? Entre as capitais brasileiras, a nossa gestão foi uma das que mais atendeu os compromissos de campanha. Temos um monitoramento de todos os

compromissos e novas metas estabelecidas. A licitação para viabilizar o “Alô Doutor” deverá ocorrer ainda neste semestre e esperamos entrar em operação ainda em 2018. É um projeto que utiliza algoritmos já experimentados no Reino Unido e teremos uma grande revolução no atendimento de saúde na cidade. Houve uma evolução significativa na redução da fila da creche? O que falta para acabar com ela? No começo da gestão verificamos uma fila de aproximadamente 3.500 crianças. Hoje está por volta de 1.300 crianças. Foi uma redução e tanto,

“Espero que seja um presente antecipado de Natal! Estamos terminando a obra e a parceria com o Sesc permitirá abrir um espaço histórico” mas como a cidade recebe proporcionalmente uma das maiores migrações do país, não adianta correr atrás da fila. Portanto, estamos planejando criar um número de vagas muito superior e temos 10 creches em construção. Obviamente que temos que vencer as barreiras como a contratação de pessoal considerando o comprometimento da folha de pagamento. Mas estudaremos todas as formas para realizar isso com êxito. Como ficou o destino de uma escola em construção no Ratones? O Ratones já tem uma escola com mais de 200 vagas ociosas. A administração anterior, no entanto, iniciou uma obra de uma grande escola naquela região, que depois de concluída não teria demanda. Mas FLORIPA É l 2018

foi nessa dificuldade que buscamos uma oportunidade. Criamos um novo modelo e teremos a primeira escola pública bilíngue do município e talvez a primeira pública bilíngüe do estado. O ensino será em português e inglês, com opção para o espanhol, atendendo a nossa característica turística. Será uma escola integral totalmente focada no empreendedorismo e na tecnologia, que também são características de Florianópolis. Essa formação qualificada despertará nas famílias, mesmo as que não moram em Ratones, o interesse em ter os seus filhos estudando lá. O senhor montou equipes técnicas na gestão da prefeitura. Qual foi o resultado? Tem sido bem positivo e há o entendimento de que trabalhar em conjunto permite ter um resultado muito melhor. Na Superintendência de Ciência e Tecnologia foram indicados nomes pela iniciativa privada. Na Superintendência de Desenvolvimento Econômico temos a colaboração de alguém que trabalhava com micro e pequenas empresas, inclusive era dirigente de associação nesse setor. Temos a visão que esse perfil, mesmo que eventualmente político, mas com conhecimento técnico, é essencial. Na reforma administrativa que fizemos exigimos um percentual de 50% com curso superior para ocupar qualquer tipo de função na prefeitura, sendo que esse percentual na prática é muito maior. Isso obviamente trouxe uma qualificação. A experiência de quem já atuou na iniciativa privada e tem conhecimento de administração pública resultou em uma administração mais focada em resultados, o que acaba sendo mais benéfico para toda a população. O senhor aposta no progresso de uso de PPPs e concessões? Entendemos que alguns setores


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como iluminação pública e a concessão do Parque Marinho da Beira-mar tenham grande possibilidade de êxito. Estamos buscando conhecimento e qualificando o pessoal com uma equipe profissionalizada. Por outro lado não queremos gerar expectativas. De todo modo é um desejo realizar PPPs e concessões naquilo que o município não possa investir, mas que seja do interesse coletivo para toda a cidade. Aumentou a preocupação da população com o crescimento de moradores de rua. Como lidar com isso? É problema que lidamos diariamente. Primeiro identificamos as causas disso. Tem uma razão econômica pela crise recente e tem a questão da dependência química com o uso de drogas, que afeta grande parte dessa população. Outro problema é a migração. Uma investigação do Ministério Público Estadual comprovou que outros municípios estavam pagando passagem e transferindo as pessoas em situação de rua para Florianópolis. Temos uma força tarefa coordenada pelo Dr. Daniel Paladino, do MP estadual, em conjunto com toda a estrutura da prefeitura para garantir a oferta de tratamento de dependência química a todos aqueles que desejarem. Também oferecemos a possibilidade de retorno para a cidade de origem daqueles que vieram para cá com um sonho que acabou não se realizando e que têm familiares aguardando. Por fim, procuramos dar a oportunidade para esses moradores criando um sistema para que eles participem dos programas sociais. Hoje o centro POP faz um trabalho qualificado com os moradores em situação de rua e com a participação de centenas de voluntários. Nos fins de semana é oferecida comida, além de apoio como corte de cabelo, atendimento médico, en-

tre outros. Mas para participar no centro POP e receber esses benefícios tem que participar dos programas de reinserção social. É uma forma de disciplinar esse atendimento. Como foi a recente conversa com o Secretário de Segurança do Estado? Tenho uma relação muito próxima com o governador Eduardo Pinho Moreira e isso facilitou. Com o novo secretário de segurança Alceu de Oliveira Pinto buscamos ter um entendimento para manter o trabalho

“Eu vou surfar a onda de Florianópolis. Muito mais do que a ideologia, tenho que pensar naquilo que é bom para a nossa cidade” conjunto no setor. Definiremos ações preventivas e repressivas com a troca de informação. Obviamente dependemos da estrutura de segurança para retomar áreas com alto índice de criminalidade e dominadas por facções, para depois entrar com projetos sociais. São etapas a serem vencidas, mas ficou muito claro que estamos trabalhando em conjunto. Só assim teremos a chance de ter um resultado melhor. Deve ocorrer uma pressão muito forte para liberar o uso da Ponte Hercílio luz para automóveis? A Ponte Hercílio Luz é nossa Torre Eiffel de Paris. Não podemos perder essa oportunidade maravilhosa das pessoas terem acesso a ponte. Tanto o morador quanto o turistas querem FLORIPA É l 2018

fazer uma foto com ela. Além disso, o transporte coletivo leva um maior número de pessoas e os cidadãos precisam se conscientizar que a liberação da ponte não resolverá os problemas de mobilidade da cidade. Ainda no tema mobilidade, como está a obra do elevado Rio Tavares? Estamos vencendo uma série de etapas. A obra estava quase parada, mas agora garantimos o refinanciamento, realizamos quase todas as desapropriações e quem passa por ali já percebe a retirada dos imóveis. E estamos pressionando o Iphan para acelerar o exame do material arqueológico. Nosso desejo é concluir ainda em 2018. Acabaram os projetos de lei para as incorporações? A reforma administrativa aprovada não permite mais essas incorporações que geravam um crescimento geométrico da folha de pagamento e que fizeram com que o município ultrapassasse todos os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. Florianópolis deve figurar em primeiro no ranking da Endeavor? Sempre sou cauteloso e prefiro esperar o resultado. Mas é verdade que avançamos bastante na desburocratização. Trabalho pessoalmente para que a equipe esteja integrada e que esse resultado signifique de fato mais emprego e arrecadação, o que permitirá investimentos no município. Mas é claro que será um grande orgulho ultrapassar São Paulo e ser reconhecida como a cidade mais empreendedora do Brasil. O senhor entrará na onda liberal-conservadora? Eu vou surfar a onda de Florianópolis. Muito mais do que a ideologia, tenho que pensar naquilo que é bom para a nossa cidade.


no visual e no guarda roupa da maioria. Se você ainda não teve tempo de se

Iluminação

atualizar e entrar na moda, a loja Charmê d’ Rosê, que há dois anos já trabalha com

MODERNA

vendas online, inaugurou recentemente sua loja física e dá as dicas sobre as

E

tendências desse verão.

m pouco mais de seis meses o projeto Floripa Iluminada já realizou a substituição de quase cinco mil luminárias nas ruas de Florianópolis. A expectativa é de que até novembro deste ano o número de pontos substituídos ultrapasse 16 mil. As obras estão sendo executadas pelo Consórcio SQE LUZ, contratado pela prefeitura de Florianópolis. A modernização passa pela substituição das BODY atuais luminárias por opções mais eficientes Os bodies marcam presenças ção própria e inspeção de rendimento, ou seja, que proporciocom alto com força total, com decotes m todas as peças, a loja maiscom profundos, amarrações, nam maior nível de iluminação nas vias Rosê tem dois anos de exbabados e recortes estratégicos baixo consumo de energia elétrica. m vendas online, que se mansão as novidades da vez, tornanna segunda etapa do Floripa Iluminada seo com a abertura da lojaJá física. Coronel Paixão, do o visual mais sexy. As peças diretor da Cosip, fiscaliza obras do ampinas no mês derão dezeminstaladas luminárias com tecnologia LED, são bem Consórcio SQE LUZ na Costa da Lagoa também aproveitadas a ao supermercado Giassi, com qualidade de iluminação superior, emmais looks noturnos com comem produtos de qualidade acesso também binações A aposta de serão contempladas, pois exieficientes, econômicas e duradouras. Nesses ca- ousadas. ndo e apontando as tendêngempor menos , explica o engenheiro combinação fica conta manutenção” de o consumo pode ser reduzido em até 50%, a. A criação própriasos, permite shorts, saias ouLuciano calças mais solRenzetti, gerente geral da SQE LUZ em e na produção, preços justos tas, que deemFlorianópolis. suavidade. da economia local, com utiVELUDO As obras, que iniciaram no segundo semestre alhas catarinenses. Não diversas muito imaginado para de 2017, já passaram por localidades de CROOPEDS a estação mais quente, o veFlorianópolis, como o bairro Tapera, Morro das ludo pode ser um coringa se Sensação nos verões anterioPedras, Pântano do Sul, Costa de Dentro, Ribeiutilizado com estilo. Versátil, res, o cropped permanece, rão da Ilha, Armação Pântano do bem Sul, Barra o do tecido combina com mas com o cortes mais dedo Sambaqui, Açores, Carianos, Ratones, Santo peças de outros materiais e licados, românticos e joviais, deixa o visual mais sofisticado. como o Ombro a Ombro da Antônio de Lisboa, Jurerê, Sambaqui e DanieCharmê d’ Rosê. la. Os bairros Campeche, Ratones e Rio Tavares devem ter os serviços concluídos nas próximas TRANSPARÊNCIA Mais de 16 mil pontos de luz serão substituídos por As peças com transparência, semanas. O cronograma prevê ainda melhorias lâmpadas de LED com ganho de consumo e vida útil. em tuleempor exemplo, maroutras regiões da parte insular e continental ora e Costureira), Simone caram a estação. Trabalhadas ária) e Ingrid (Sócia-Proprietária) da cidade, abrangendo, ao todo, mais de 1.500 já a vida útil maior, de até 100 mil horas, permite com discrição, ou abusando logradouros. “A iluminação pública é um dos que o gasto em manutenção seja reduzido. Com da sensualidade, realçam a SPECIAL naposensação de segurança da poisso, importantes são poupados. “Esses silhueta.componentes As combinações ças incluem opções de recursos tapulação. Esse trabalho, nas ruas e praças atinge dem ser feitas com looks toequipamentos serão colocados principalmenvão do PP ao GG. Além talmente transparentes, com hos padrão, as peças que a essência dos bairros, locais em que tínhamos te em regiões de grande circulação de pessoas detalhesuma em transparência ou m perfeitamente podem ser demanda reprimida e que agora foi atene veículos, pois acaba proporcionando melhor com combinações de peças m custos adicionais, com dida”, conta o Coronel Waldyvio da Costa Paixão percepção visual, e consequentemente mais delicadas, como o Cardigan horas. conforto e segurança, além disso áreas de difícil em tuleJr, dadiretor Charmêda d’ Cosip Rosê. na Capital.

NDÊNCIAS DA ESTAÇÃO d’ Rosê inaugura loja física e aponta as tendências dessa estação

PRODUZIDO POR: NDBC | NOTÍCIAS DO DIA BRANDED CONTENT FLORIPA É l 2018

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minha cidade l

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perfil RIC

Traço em azul indica a antiga linha do mar. Embaixo, à direta, o setor do comércio onde será aplicado o Brise-soleil

ÁREA REPAGINADA REVITALIZAÇÃO DO LARGO DA ALFÂNDEGA PREVÊ ESPAÇOS MAIS ABERTOS E COM DESIGN MAIS EFICIENTE

nesse processo. Eles abraçaram a ideia e agora levaremos adiante”, comemora o arquiteto Michel Mittmann, da Diretoria Metropolitana do IPUF. O projeto orçado em quase R$ 8 milhões terá recursos do Iphan. O resultado da intervenção será um design mais limpo e com espaço amplo para a circulação. A

A atual disposição dos elementos

tradicional feira na entrada da Rua Trajano

arquitetônicos do Largo da Alfândega não

ganhará uma melhor disposição e isso

favorece a ocupação dos espaços. Além

permitirá a circulação mais adequada

BRISE-SOLEIL

de um palco que mais parece um ruído

para os pedestres. Os diversos eventos

A expressão francesa Brise-soleil

na paisagem, várias estruturas acabam

ali realizados terão espaço maior para

significa literalmente quebra-sol. A

propiciando a criação de pequenos guetos

colocação de estruturas de diversos

estrutura arquitetônica impede a

na direção da Praça XV de Novembro, não

tamanhos. Todo o design do largo também

incidência direta de radiação solar no

estimulando a circulação das pessoas.

está sendo projetado para criar trajeto

interior de um edifício e é muito utilizada

Para revitalizar a nobre área no centro, anos

acompanhando a antiga linha do mar.

como elemento da arquitetura moderna.

atrás foi realizado um estudo pelo Atelier

Uma alteração importante ocorrerá

Na revitalização do Largo da Alfândega,

da Cidade e que contou com a participação

no setor de comércio que será todo

o Brise-soleil com desenhos de renda foi

do professor César Floriano dos Santos, do

remodelado e ganhará um Brise-soleil com

criado como reinterpretação dos bilros

Departamento de Arquitetura e Urbanismo

design inspirados em rendas (veja ao lado).

que hoje enfeitam o espelho d’água.

da UFSC. E finalmente o estudo sairá da

“Aplicaremos um design mais eficiente e as

“Essa estrutura arquitetônica traz uma

gaveta! A prefeitura firmou parceria com

grandes portas de vidro, quando abertas,

dinâmica ao espaço ao projetar sobre

o Instituto Histórico e Artístico Nacional

integrarão os bares e cafés ao ambiente.

o piso o desenho das rendas a partir

(Iphan) para requalificar o entorno do

E esse tipo de atividade ajuda a criar

do movimento do sol”, conta Mitmann,

Prédio da Alfândega tendo como base

movimento, dando vida ao lugar”, explica

acrescentando que a técnica também

esse trabalho. “O Iphan ajudou muito

o arquiteto.

será aplicada nas portas.

FLORIPA É l 2018


45 NVictor Carlson

RIQUEZA HISTÓRICA A RECUPERAÇÃO DA CASA DA CÂMARA E CADEIA VEM ACOMPANHADA DO MUSEU DA CIDADE

a ser construída em 1771 e foi concluída 1780. Durante a reforma muitos materiais foram encontrados embaixo do assoalho do porão. Também foi recuperada pelos pesquisadores a pintura original de uma abóboda após a retirada de oito camadas de tinta. Também será possível observar uma cúpula que ficará exposta e protegida

Florianópolis vai ganhar de presente

por uma peça de vidro. “Isso vai permitir

de Natal o Museu da Cidade nas instalações

observar o conjunto de tijolos e a técnica

da nova Casa de Câmara e Cadeia, no

usada na época”, explica o secretário.

entorno da Praça XV de Novembro. O novo

Em anexo a casa, foi instalado um elevador

museu será administrado pelo Serviço

para permitir o acesso ao piso superior

Social do Comércio (SESC) de Santa

para pessoas com dificuldades, além de um

Catarina, responsável pela museologia do

café e uma loja. Também no anexo foram

espaço. O Museu da Cidade é um projeto

instalados banheiros, que não existiam na

de gestões passadas que finalmente será

Casa original. Segundos relatos da época,

aberta à população.

a procissão dos presos carregando as

A previsão é que a obra da reforma seja

vasilhas de barro cheias de escrementos

finalizada em 60 dias. A partir daí o SESC

decretava na marra um toque de recolher

tem 180 dias para inaugurar o Museu.

no largo da Matriz, onde hoje está a Praça

“Infelizmente pegamos a obra parada.

XV de Novembro. O procedimento era

Procuramos a empresa para reativar o

realizado no meio da noite e o conteúdo

contrato e dar fim a esta reforma. Estamos

das vasilhas era descarregado em frente da

com 85% da obra realizada”, explica Marcio

atual Praça Fernando Machado.

Alves, secretário de Esporte e Cultura de

Para acompanhar os trabalhos de

Florianópolis.

museologia do SESC e de reforma da Casa

A administração do Museu foi estabelecida

uma comissão foi formada com vários

por convênio e o SESC já trabalha com

membros da Secretaria, da Fundação

uma museóloga na seleção do acervo.

Catarinense de Cultura, do Iphan e do

“Florianópolis recebeu uma doação de

Instituto Histórico Geográfico

imenso valor histórico de um colecionador

de Santa Catarina, entre

anônimo radicado nos EUA. São

outros membros.

documentos e mapas que remontam ao ano de 1600 que nunca foram expostos na cidade”, revela Márcio Alves. O Museu terá uma parte destinada para contar a história da própria casa, que começou

FLORIPA É l 2018

“Como cidadão e manezinho estou orgulhoso com o acervo do Museu da Cidade. Finalmente teremos um lugar para contar a nossa história com detalhes e cobrir essa lacuna em Florianópolis”, defende Márcio Alves, secretário de Esporte e Cultura


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perfil RIC

CAMINHO CERTO CAPITAL TRABALHA PARA ASSUMIR O PRIMEIRO LUGAR NO ÍNDICE DE CIDADES EMPREENDEDORAS O movimento no Centro Comunitário do Córrego Grande ainda era pequeno na manhã do dia 22 de fevereiro, mas a equipe do Floripa Empreendedora no Bairro estava montada para orientar os interessados sobre os caminhos para abrir uma empresa e explicar sobre os programas Juro Zero e Exporta Floripa, por exemplo. Iniciativas como essa estão ajudando a melhorar o ambiente de competitividade e empreendedorismo no município. O primeiro resultado desse esforço deverá ser anunciado em breve. “A Endeavor, responsável pelo Índice de Cidades Empreendedoras, já antecipou que devemos aparecer em primeiro lugar no próximo ranking, ultrapassando a cidade de São Paulo”, comemora Piter Santana, superintendente de Desenvolvimento, Indústria e Comércio. No entanto, ele diz que o objetivo não é simplesmente alcançar a liderança no geral. “É claro que ser primeiro é muito bom, mas a nossa meta principal é melhorar em todos os índices que formam o ranking. Isso demandará um esforço coletivo e o resultado só será alcançado daqui a alguns anos”, explica Santana. Florianópolis está atualmente em segundo lugar no ranking geral, mas é apenas o 10º colocado em Infraestru-

Assim como o Córrego Grande, outras nove regiões receberão o Floripa Empreendedora no Bairro

tura, 13º em Ambiente Regulatório e 25º em Mercado. Várias medidas estão sendo adotadas com base nos critérios de desenvolvimento do índice, como a construção de uma Sala do Empreendedor inspirada na Praça do Empreendedor que fica em Blumenau e a Lei da Simplificação, em que diversos órgãos municipais participaram para colaborar na redução da burocracia e no tempo de abertura de uma em-

presa. A Lei deve seguir em breve para a Câmara de Vereadores. Enquanto isso, projetos como o Floripa Empreendedora no Bairro servem como “guarda-chuva” de diversas iniciativas para incentivar o empreendedor. “Temos uma equipe técnica voltada para entregar o melhor resultado para o município e posso dizer que somos o cartão de visita do empreendedor na prefeitura”, enfatiza Santana.

FLORIPA EMPREENDEDORA NO BAIRRO Data Bairro

Local

19 e 20 de Abril

Rio Vermelho

Colégio Municipal

10 e 11 de Maio

Saco dos Limões

CRAS SL (evento com CRAS 10)

21 e 22 de Junho

Jardim Atlântico

CRAS JA (evento com CRAS 21)

05 e 06 de Julho

Saco Grande

CRAS JA (evento com CRAS 05)

16 e 17 de Agosto

Lagoa da Conceição

SAL

06 de Setembro

Costeira do Pirajubaé

AMOCOP (evento com CRAS 06)

18 e 19 de Outubro

Ribeirão da Ilha

Bandeirante Recreativo

11 de Novembro Canasvieiras

CRAS CV (evento com CRAS 11)

26 a 30 de Novembro Centro

Largo da Alfândega

FLORIPA É l 2018


47 NVictor Carlson / Zapp2Photo (istock.com) / Divulgação

PREFEITURA DE OLHO NAS PPPs A crise provocada pelos desajustes econômicos do Governo Federal anterior afetou todas as prefeituras no Brasil. A falta de recursos está estimulando as gestões municipais a buscar nas Parcerias Público Privadas formas para conseguir em curto prazo captar investimentos para a infraestrutura. A prefeitura de Florianópolis já estabeleceu um marco legal em conformidade com a lei federal e conta com um profissional certificado para

SUPORTE ATIVO

tratar do assunto. Ramiro Zinder, diretor de Competividade Setorial, faz parte de um seleto grupo de 89 pessoas no Brasil que obteve a

É cada vez maior o número de empresas

cia vem trabalhando em parceria com a

certificação internacional pelo Banco

de tecnologia que migram para a

Acate, a CDL e a Acif, que encaminham as

Mundial, identificada pela sigla CP3P,

capital catarinense. Um importante

demandas e o órgão da prefeitura presta

depois de rígida seleção. “Faz três

exemplo foi a vinda do Peixe Urbano,

o suporte necessário. “Temos um canal

anos que venho me aperfeiçoando

que saiu do Rio de Janeiro e escolheu

aberto com as empresas que desejam se

no assunto para incentivar a

Florianópolis como sede da operação.

instalar aqui. É um trabalho contínuo e

desestatização no país com PPPs e

Para garantir agilidade na tomada de

que não depende de programa ou projeto

concessões”, explica Zinder.

decisão, a Superintendência de Ciência,

específico”, conta.

Por meio da PPP a prefeitura consegue

Tecnologia e Inovação da prefeitura

De modo geral, são dúvidas triviais

investir em infraestrutura através da

de Florianópolis mantém um canal

como informações sobre as mudanças

parceria com empresa privada, que

aberto para atender as demandas e

na emissão de nota eletrônica, mas em

realiza a maior parte do investimento.

esclarecer as dúvidas das empresas.

muitos casos a Superintendência faz

“Como os contratos são longos e

“No caso do Peixe Urbano, eles também

encaminhamento com maior agilidade e

estavam analisando outras cidades.

evita processos burocráticos.

Passamos três dias tirando dúvidas

Outros dois importantes exemplos

sobre localização, tributação e o

de suporte para empresas realizado

ecossistema do setor no município. A

pelo órgão foi a vinda da Embraer, que

decisão foi tomada e eles escolheram vir

montou um laboratório de inovação em

para cá”, explica Marcus José Rocha,

Florianópolis, e da DOTZ. “É interessante

superintendente de Ciência, Tecnologia

observar que grandes companhias

preveem a manutenção, é do total

e Inovação. Pioneiro no modelo de

estão buscando a capital catarinense

interesse da empresa realizar uma

compras coletivas na América Latina,

para estabelecer operações ligadas à

obra de maior qualidade”, afirma o

o Peixe Urbano criou mais de 200

inovação”, analisa. “Esse trabalho tem sido

diretor. A primeira parceria deve sair

empregos na região, obtendo uma

muito positivo para o setor e as empresas

em breve no setor da iluminação

vantagem tributária com a redução do

estão bem satisfeitas com o atendimento

pública. Outro foco da prefeitura são as

ISS de 5% para 2 a 3% e ganhando mais

profissional recebido. O comentário é

concessões e o Parque Marina Beira-

produtividade em razão da mão de obra

que tem a eficiência de setor privado”,

mar está na mira. O estudo já existe

qualificada local.

comenta Daniel dos Santos Leipnitz,

desde 2015 e está parado na Câmara

De acordo com Rocha, a Superintendên-

presidente da Acate.

de Vereadores.

FLORIPA É l 2018


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NAcatmar (Divulgação )

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perfil RIC

APP DO BUSÃO Para agilizar a vida dos quase 200 mil passageiros ​que ​utilizam diariamente o ​ ​ transporte coletivo na capital foi lançado o aplicativo Floripanoponto​. A ferramenta permite​s​ aber os horários, itinerários, q ​ ue linhas p ​ egar e q ​ uanto tempo o ônibus levará para chegar até o ponto​, entre outras ​informações. “Atualmente 100% da frota​​​já possui GPS embarcado, o que permite localizar o veículo e monitorar as milhares de partidas em tempo real e repassar essa

AÇÃO DE SUCESSO

informação ao cliente na tela do APP. Isso faz com que o usuário possa se programar

No ano em que celebra a sua quinta

três destinos e o calendário 2018

edição, o projeto Limpeza dos Mares,

contemplará ações nos dias 9 de

iniciativa da Associação Náutica

junho, na Ilha do Arvoredo, em

Brasileira (Acatmar), já retirou quase

comemoração ao Dia Mundial dos

70 toneladas de lixo do fundo das

Oceanos, festejado em 8 de junho; no

águas, praias e costões catarinenses.

dia 15 de setembro, em Governador

Um resultado a ser comemorado, mas

Celso Ramos, pela Semana Mundial

que ao mesmo tempo preocupa pela

da Limpeza dos Oceanos; e também

grande quantidade de poluição nos

em 1º de dezembro, no canal da

locais mais propensos à navegação e

Barra da Lagoa, durante a Abertura

mergulho. “A cada realização ficamos

do Verão Acatmar. Cada ​evento

impressionados com o volume de redes

envolve mais de 100 voluntários,

de pesca presas em corais, assim como

incluindo patrocinadores, apoiadores,

pneus, plásticos e objetos jogados

mergulhadores profissionais e

no mar. Além de ser extremamente

amadores, além de pessoal de apoio em

melhor para pegar o ônibus, sem perder

prejudicial à vida marinha, esse lixo

lanchas e em um barco-base​.

tempo à espera​”, explica Rodolfo Guidi,

no mar causa enorme risco aos

“Trata-se da ação mais recompensadora

coordenador técnico do Consórcio Fênix.

mergulhadores, banhistas, pescadores

realizada pela Acatmar, pois

O aplicativo dispõe de três idiomas

e embarcações”, alerta Leandro

conseguimos conscientizar a população

(português, inglês e espanhol) e

‘Mané’ Ferrari, presidente da Acatmar.

da importância do litoral não somente

acessibilidade na leitura para pessoas com

O Limpeza dos Mares começou em

para a preservação da vida marinha,

baixa ou nenhuma visão. O APP foi validado

2014 fruto do desejo da Acatmar em

mas também para o uso sustentável

com a Associação Catarinense para

promover a atividade náutica em Santa

das nossas águas. Queremos com isso

Integração do Cego (ACIC) usando menus

Catarina. O ​ s primeiros eventos foram

despertar também a noção de que o

compatíveis com os APPs de leitura de tela

nos pontos onde havia concentração de

desenvolvimento náutico não combina

TalkBack​(​ Android) e Voiceover (iOS).

lanchas de passeio, barcos pesqueiros e

com poluição. Muito pelo contrário,

A instalação do APP é gratuita e disponível

pontos de mergulho. A iniciativa deu tão

pois ações como o projeto Limpeza dos

para Android ​e iOS. Ou consultar ​o site

certo que a entidade estendeu as ações

Mares prova que a cadeia que envolve

consorciofenix.com.br/floripanoponto.

a outros municípios.

a náutica demonstra esta preocupação”,

Para navegar é preciso conexão à internet

A cada ano a entidade seleciona

garante Ferrari.

e ativar a localização por GPS.

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SABOR SAUDÁVEL

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51 NDaniel Queiroz

PRATOS SADIOS E SABOROSOS AGRADAM QUEM QUER PERDER PESO E ÀQUELES COM DIETAS RESTRITIVAS COMO OS CELÍACOS A obesidade atinge cerca de 30% da população mundial, sendo que no Brasil a situação é alarmante. Entre 2006 e 2016 o número de casos cresceu 60% e o excesso de peso já é considerado uma epidemia pelo Ministério da Saúde. Neste cenário, Santa Catarina ocupou a preocupante liderança no ranking do IBGE divulgado em 2016 como o estado com maior número de pessoas obesas. A boa notícia é que Florianópolis apresenta o menor percentual entre as capitais brasileiras, mas os dados assustam: o índice saltou de 9,8% para 14,5% em uma década. “Houve um aumento na renda familiar e as pessoas passaram a comprar maior quantidade de alimentos, mas que não necessariamente são os mais saudáveis. Desta forma, os brasileiros passaram a consumir mais açúcar, produtos gordurosos e industrializados”, explica o empresário Paulo Manuel Cardoso da Rocha. Formado em administração de empresas e com pós-graduação em Engenharia de Produção, ele também estava acima do peso quando se mudou de Curitiba para Florianópolis, há 14 anos. “Eu estava sedentário, com quase 100kg e alguns problemas de saúde decorrentes. Decidi dar um basta! Em seis meses fazendo uma alimentação balanceada e atividade física diminuí para 83 kg”, revela. Casado com a educadora física Isabel Cristina Feijó, que sempre se

Entre 14 opções de pratos salgados e doces, destaca-se o empadão de grão de bico de frango ou carne

alimentou de forma correta, ama preparar pratos saudáveis e ajudou Paulo no processo de emagrecimento, os dois perceberam que poderiam também auxiliar outras pessoas. Eles decidiram levar essa experiência culinária bem-sucedida para o mundo dos negócios. “Pesquisamos bastante sobre os ingredientes que poderiam ser substituídos por opções sadias e montamos os pratos sem glúten, lactose e conservantes. E foi desta forma que em junho de 2016 abrimos a Stylo Fit”, conta Cristina. A empresa trabalha com 14 opções de pratos salgados e quatro variedades de doces. Os pedidos são feitos pelo WhatsApp e Facebook, com entrega em todos os bairros. “O sucesso foi imediato e em menos de um ano as vendas praticamente duplicaram. A meta para 2018 é obter crescimento em torno de 30%”, celebra Paulo. Entre os destaques estão a torta sem glúten e lactose vegetariana, o escondidinho de aipim de carne, o empadão de grão de bico de frango ou carne, os muffins de amendoim e cacau com chocolate meio amargo e o bolo prestígio com coco natural

FLORIPA É l 2018

ralado. “O mercado é bastante amplo, já que os produtos podem ser consumidos por todos, especialmente por quem tem intolerância à lactose ou ao glúten. E já se foi o tempo em que comida saudável era considerada pouco saborosa. Hoje em dia essas opções são deliciosas e agradam os exigentes paladares”, afirma Cristina. Entre os principais consumidores, Paulo conta que se surpreendeu com a demanda do público celíaco, que já corresponde a 2% da população mundial e a 4% no Brasil. Em Santa Catarina, a Associação dos Celíacos (Acelbra-SC) aponta que uma em cada 100 pessoas seja afetada pela doença que se caracteriza pela reação imunológica à ingestão de glúten. “Os sintomas são assustadores, como mal-estar, queimação no peito e fadiga. No entanto, muitos interpretam esses sinais como frescura”, lamenta o empresário. “A alimentação adequada não é opção para o celíaco, mas sim, necessidade para que a pessoa possa ter qualidade de vida. E é motivo de orgulho saber que os nossos pratos tornam o dia a dia dos celíacos muito mais saborosos”, finaliza Paulo.


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empreendedores

O NOVO LUXO: INSPIRAR VIDA TENDÊNCIA VALORIZA O TEMPO AO ELIMINAR OS EXCESSOS E FOCAR NO BEMESTAR, EXPERIÊNCIAS CONSTRUTIVAS E QUALIDADE DE VIDA

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gastronomia

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perfil RIC

Estamos em uma época em que é preciso descartar o excesso para nos concentrarmos no essencial, no bemestar, nas experiências e na qualidade de vida. Em um mundo saturado de opções, reconhecemos que geralmente “menos é mais”, na jornada rumo a um estilo de vida mais completo e enriquecedor. Mais do

e “único”, enquanto agora o que vale é

que nunca é tempo de nos inspirarmos e

“inclusivo” e “unidade”.

sermos felizes.

Isso se reflete na atenção e cuidados

Aqui, em Jurerê Internacional, está o mapa

com o corpo e alimentação,

da mina para viver dias inesquecíveis em

autoconhecimento, leveza, espiritualidade,

qualquer estação do ano, com um cardápio

com a sustentabilidade do planeta, com

incrível de ações de entretenimento e lazer,

os movimentos de slow food, slow fashion,

vivendo experiências únicas com muita

mindfulness. Ao longo dos últimos cinco

qualidade de vida. Jurerê Internacional está

anos vivemos um boom na indústria fitness

aqui para isso: para inspirar a vida!

e ser saudável nunca foi tão almejado e “chique”, o luxo final em si, uma prioridade e

Andrea Gusmão, Diretora de Conteúdo e

Falar de luxo nos dias atuais é falar

estilo de vida.

Novos Negócios de Jurerê Internacional e

sobre o tempo. Ah, o tempo...Tempo é um

As indústrias de experiências e de

Wellness Coach, Especialista em Mercado

luxo que o dinheiro não pode comprar.

“viagens com propósito” vêm crescendo

de Luxo, MBA em Marketing e Gestão do

Ter tempo para si mesmo e para quem

estrondosamente, bem como o aumento da

Luxo . @andrea_gusmao

amamos. Apreciar o pôr do sol, pegar os

demanda pelo design simples, de qualidade

filhos na escola e brincar, praticar esportes,

e sustentável, numa busca por uma vida

encontrar as amigas para um vinho em

mais descomplicada, com significado e

plena terça-feira, dormir o suficiente e ter

socialmente responsável.

tempo para construir relações genuínas são

As pessoas estão buscando espaços

todas experiências únicas e sem preço. É ter

calmos para escapar de suas realidades

flexibilidade para poder de vez em quando

diárias, imergindo na natureza para se

trabalhar em casa, andar de bicicleta,

redescobrirem. Esta ideia se aplica a

planejar seu horário, fazer o que se ama.

casa e ao exterior, com muitos arquitetos

Ser dono do tempo e não seu escravo

construindo residências e hotéis

permite vivenciarmos experiências

lindos e funcionais, que permeiam

incríveis e transformadoras que passam

e interagem com seus ambientes

a ocupar definitivamente o espaço antes

externos. A qualidade genuína é

dominado pela “aquisição de coisas”

importante em todos os bens, bem

nos bolsos, mentes e corações do

como o apoio a designers para o

consumidor moderno. Prova disso é a

uso de materiais locais e naturais.

nova denominação da maior parte dos executivos e empreendedores modernos: nômades digitais. A definição de luxo definitivamente mudou e significa muito mais do que logos ou artigos caros. O luxo hoje está associado ao bem-estar, produtos intuitivos, momentos de calma e nos espaços simples e inteligentes. Antes se trabalhava com conceitos como “exclusivo”

FLORIPA É l 2018


53 NDivulgação / Daniel Queiroz

Cláudia Boaventura

BOA AVENTURA

Ela é comunicativa, faz múltiplas coisas ao mesmo tempo, fica conectada praticamente 24x7 e tem o linguajar típico da Geração Y. Apesar de ter somente 30 anos, desde 2013 comanda a BCOMB, agência especializada em marketing digital, e é uma requisitada palestrante do segmento. Cláudia Boaventura é o retrato perfeito dos empreendedores millennials. “Desde criança comecei a ter interesse pelo ambiente online. Aquilo me fascinava! Aos 18 anos já atuava na área administrando campanhas de links patrocinados”, conta. Durante três anos Cláudia trabalhou na empresa do grupo multinacional El.En, onde inaugurou o departamento de marketing. “Foi nesse período que expandi meu networking e me conectei à vanguarda do marketing digital no país e no mundo. Percebi que era hora de ter o meu próprio negócio”, revela. A blumenauense se mudou para Florianópolis e um ano depois abriu a BCOMB, responsável pela imagem digital de grandes marcas como a Decanter, Cambirela Hotel e Shopping Itaguaçu. “As empresas brasileiras aos poucos estão acordando para a necessidade de investir no marketing digital. Mas ainda existe um grande desconhecimento quanto ao impacto das estratégias online e como é possível obter o melhor resultado neste ambiente relativamente novo”, explica. Ainda faltam profissionais qualificados no mercado e quem se especializar larga na frente. Para atender essa demanda, ela passou a ministrar cursos e palestras sobre marketing digital. “Muitas pessoas se arriscam neste mercado sem ter noção de como funciona o mundo online. Os cursos auxiliam os profissionais na gestão de seus negócios, ao promover o correto entendimento sobre as redes sociais e ações necessárias para atingir os resultados”, explica Cláudia, que também é diretora de capacitação da Associação Brasileira de Agentes Digitais em SC (Abradi/SC). Com seu jeito espontâneo e descontraído, ela também lançou os seus canais pessoais – Clau Boaventura – onde conta as suas experiências. “Eu me considero uma mulher muito corajosa e tenho orgulho do que conquistei. Mas sou humana acima de tudo. E ao falar das minhas histórias consigo ajudar outras pessoas que passam pelos mesmos dilemas”, finaliza a empresária, que antes dos 30 anos já havia faturado R$ 4 milhões. FLORIPA É l 2018


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Cristiano Pereira e Luciano Rocha

FOCO NA MELHOR IDADE A população está cada vez mais longeva e os idosos já representam quase 12% dos moradores de Florianópolis. No entanto, foi-se o tempo em que velhice era sinônimo de pessoas passando o dia em um sofá vendo televisão. O interesse deste público agora é pelas redes sociais e tem despertado a atenção do setor de tecnologia. Este nicho tem sido a aposta principalmente de empresas que prestam cursos que até pouco tempo tinham como principal público as crianças e os adolescentes, que hoje em dia são cada vez mais autodidatas. De olho neste mercado, os professores de informática Cristiano Pereira Neto e Luciano Rocha criaram o projeto Melhor Idade Conectada, vinculado à Escola ERA Conectada, um braço da empresa Aidos Tecnologia, que eles administram há cinco anos. As aulas são voltadas para pessoas a partir dos 60 anos, embora as turmas tenham alunos a partir de 50 anos, que aprendem a operar computadores, smartphones e tablets. A grade curricular foi montada a partir da experiência de mais de 10 anos dos professores em cursos para este público em diversas empresas e instituições. “Foram levadas em conta as reais necessidades destes alunos, como o hábito de viajar e fazer passeios. Eles aprendem a utilizar a câmera fotográfica (digital ou do celular), armazenar as fotos no computador e enviar por e-mail ou salvar no CD”, explica Cristiano. Outro exemplo é o desejo de obter mais independência para realizar transações bancárias ou compras. Desta forma, no curso os alunos aprendem a acessar bancos e lojas virtuais. Mas são as redes sociais, principalmente WhatsApp e Facebook, o grande desejo de conhecimento dos idosos para que possam estar em contato com parentes, amigos e até fazer novas amizades ou algo mais. ‘Já tivemos o caso de um senhor bem idoso que até arranjou uma namorada”, lembra Luciano. A escola também promove cursos para outras faixas etárias e áreas como Excel, Google Docs, Office Open Source, Fotografia, Photoshop, Design Gráfico, Blender 3D, Web Writer, entre outros. Confira em www.melhoridadeconectada.com.br FLORIPA É l 2018


55 53 NVictor Carlson / Carlos Stegemann (Divulgação)

Ter novas ideias, sair do campo do sonho e partir para a ação! Essas são características fundamentais dos empreendedores, que enxergam oportunidades onde a maioria não consegue. E basta alguns minutos com Adonai Zanoni para saber que o DNA Empreendedor faz parte da sua genética. Mentor empresarial com foco no desenvolvimento humano nas organizações, ele aplica o vasto conhecimento adquirido em mais de 25 anos de trajetória profissional nas palestras, cursos e Business Games que ministra por todo o Brasil. Ao todo já são quase 700 eventos e mais de 100 mil pessoas impactadas pelos ensinamentos de Zanoni, que sempre recorre ao bom humor e ao entusiasmo para transmitir otimismo nas organizações. “É essencial ampliar os canais de comunicação, integração e cooperação por meio do que chamo de Alma Corporativa, levando aos gestores uma visão mais humanizada para alcançar uma convivência harmoniosa e elevar a produtividade”, afirma Zanoni, que tem no portfólio clientes como Subway, TIM, Oi, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Ortobom e Roderjan. “Pessoas Incríveis”, “Liderança Criativa” e “Tudo tem seu tempo” estão entre as palestras mais procuradas. Já o evento “Escritório 5.0” é muito visado por quem busca entender o impacto da Geração Y nas empresas. “Os Millennials são talentosos, criativos, inovadores e com uma mentalidade disruptiva, mas que batem de frente com o velho modelo de gestão “escravista”. Eles não querem simplesmente trabalhar pelo contracheque, mas por um propósito. As empresas que não entenderem esses novos tempos e permanecerem presas aos velhos padrões de gestão estão fadadas ao fracasso”, alerta o mentor. Formado em administração e com MBA em Gestão Estratégica de Negócios e Gerenciamento de Projetos, Zanoni lançou no ano passado o seu terceiro livro – Conexão Stellar: o coração peregrino no caminho das estrelas’ (Carbo Editora) -, que reúne as experiências dele em administração, projetos especiais e mentoria. “Acredito infinitamente no potencial humano e a minha principal motivação é inspirar as pessoas a viverem uma nova experiência. Essa é a minha missão nesta vida”, finaliza o autor.​

Adonai Zanoni

MISSÃO DE VIDA

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57 NVictor Carlson

BEER OFFICE COM CABEÇA VISIONÁRIA, RONALDO DUTRA FERREIRA FEZ DO HOBBY DAS CEREVEJAS ARTESANAIS UM PRÓSPERO NEGÓCIO Que tal fazer do seu escritório um lugar para reunir pessoas e beber cerveja artesanal? Foi o que fez Ronaldo Dutra Ferreira, que trocou a vida de consultor jurídico na Tractebel/Engie. Ele começou a produzir cerveja caseira há oito anos como hobby, mas logo se destacou. “Eu me dediquei ao hobby, comecei a ganhar prêmios, passei a colaborar com outras pessoas em suas produções e acabei entrando definitivamente no setor cervejeiro”, recorda. Ronaldo inaugurou a sua marca comercial Bruxa com tipos de cervejas inspiradas na escola belga. “O nome Bruxa é uma alusão a Bruxelas e Bruges, conhecida por suas famosas cervejas. Já Florianópolis tem lendas repletas de bruxas. Foi então que surgiu a inspiração para o nome que é curto e fácil de ser lembrado”, explica o empresário. Convidado para ser sócio em uma cervejaria, a produção iniciou em setembro de 2016. “Senti a necessidade de ter um escritório para que as pessoas pudessem conhecer as nossas marcas e foi desta forma que nasceu o Entreposto. Eu fazia a parte comercial até as 17h e depois abria para o público”, conta. No ano seguinte a sociedade se desfez, mas Ronaldo permaneceu com o Entreposto, que já estava consolidado como show room da Bruxa e de diferentes marcas disponíveis em 12 taps, com mais de 50 estilos sendo servidos por mês. Com conceito inovador, no local não há cozinha e os clientes podem encomendar a refeição via tele entrega ou até mesmo trazer de casa e comer no local. O empresário também expandiu a marca para acessórios ligados ao universo cervejeiro, como copos, garrafas para via-

gem e outros itens disponíveis para venda. A ideia deu tão certo que um novo bar com o mesmo conceito foi aberto no bairro Santa Mônica, o Bruxa do Bosque. O local segue o mesmo princípio de ser um entreposto das marcas próprias Bruxa, e mais recentemente, Do Bosque, além de convidadas. “Somos referência de ótima cerveja para o nosso público e por um preço amigável”, afirma. Recentemente, inclusive, a Bruxa #9 Farmhouse no estilo Brett Saison ganhou a medalha de prata no Festival da Cerveja em Blumenau. Com a cabeça visionária que os empreendedores de sucesso têm, Ronaldo recém-inaugurou uma nova fábrica no bairro Serraria, em São José. “A burocracia em Florianópolis torna praticamente impossível a tarefa de empreender na Ilha”, explica. Atento ao fato que os clientes gostam de conceitos diferenciados, a intenção é oferecer a experiência do mundo cervejeiro para quem visitar a fábrica. “Além de conhecer o processo de produção e apreciar as bebidas, se houver um evento, por exemplo, podemos produzir a cerveja sob demanda. Futuramente pretendemos franquear o modelo dos bares”, acrescenta. Ele comenta que nos Estados Unidos é comum ter fábricas pequenas inseridas na comunidade. “E os moradores falam com orgulho que bebem uma cerveja local e de qualidade”, afirma. E uma curiosidade: no dicionário, entreposto significa um armazém onde se depositam mercadorias, mas também serve para expressar felicidade. E não há palavra mais apropriada para definir a trajetória de Ronaldo.

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58 NDivulgação

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Marcela Graziano

DE OLHO NA PROMOÇÃO Ainda na época da faculdade de Administração, Marcela Graziano criou a Pronovo Projetos, que prestava serviços de marketing. Sempre interessada pela área de gestão no varejo e comportamento do consumidor, na época em que atendia uma rede de supermercados percebeu o quão defasado era o método de criação de promoções. Foi assim que nasceu a ideia da Smarket Solutions, uma plataforma de inteligência de ofertas que faz a gestão de promoções com base nos dados de mercado. “O software conecta as informações sobre quantidade, validade, preços e estatísticas de venda, resultando na identificação dos melhores produtos e momento adequado para entrar em promoção. Com o programa é possível, inclusive, automatizar a produção de tabloides”, conta Marcela. Desta forma, a plataforma auxilia os estabelecimentos a identificarem como cada promoção se comportará e qual mídia é mais indicada para cada tipo de oferta, que pode ser mais agressiva ou mais duradoura. A empresa está presente em mais de 13 estabelecimentos distribuídos em seis estados e prevê para 2018 a expansão da sua área de atuação com a implantação de uma nova funcionalidade voltada para trade marketing no varejo. “Metade do faturamento do varejo tem origem em promoções e a tecnologia da Smarket pretende aumentar essa porcentagem”, analisa. No caso da produção de tabloides, as informações são transferidas para um programa de diagramação, que estrutura o material e o prepara para a impressão. As tabelas são automaticamente atualizadas, enquanto no processo manual poderia demorar 15 dias. “Queremos melhorar os processos por meio da inovação. Mas essa mudança precisa ser estratégica para que possa maximizar o aproveitamento de cada produto em promoção”, comenta Marcela. FLORIPA É l 2018


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STARTUPS NA NUVEM Um dos principais desafios das empresas que estão começando é encontrar infraestrutura de qualidade e acessível para garantir o bom funcionamento dos negócios. Como nem sempre isso é possível, já que as grandes plataformas exigem investimentos significativos que podem não estar disponíveis em uma startup, a integradora de nuvens de Florianópolis Teltec Solutions oferece acesso gratuito a elas no LinkLab — espaço criado pela

MAIS 25% EM 2018

Associação Catarinense das Empresas de Tecnologia (ACATE) para incentivar a conexão entre os novos negócios e as organizações consolidadas. As

A Cianet, empresa de Florianópolis que desenvolve soluções para provedores regionais de internet de todo o Brasil, esperar crescer mais 25% em 2018 acompanhando a expansão dos provedores. A empresa é referência em soluções para negócios de internet. Para alcançar essa meta a empresa se reposicionou no mercado durante o ano de 2017. O foco foi na melhoria da experiência dos usuários através da inovação de produtos e na melhoria nos processos e tomada de decisões. “O resultado é a cocriação: as soluções da Cianet são construídas em conjunto com os provedores, e assim o usuário final tem suas necessidades resolvidas, além de obter uma melhor experiência”, explica Silvia Foster, CEO da empresa, que tem 25 anos de experiência em empresas de base

plataformas disponibilizadas serão

tecnológica em Santa Catarina. Na Cianet tem uma longa carreira assumindo a diretoria

baseadas na tecnologia dos maiores

comercial em 2008. Durante sua gestão à frente do departamento comercial liderou uma

players globais, como Cisco, Microsoft,

equipe que ajudou a companhia crescer 30% em um ano. Por causa do seu destaque,

Amazon e Palo Alto. Isso vai permitir

hoje é CEO da Cianet, empresa que faturou R$ 52 milhões em 2017.

que os empreendedores tenham

PROJETOS INTEGRADOS

acesso ao relacionamento e ao know-how da integradora, o que os ajudará a superar o desafio da busca

A Avanti vem oferecendo soluções para

supermercados. São soluções especializadas

por soluções eficientes, estáveis e a

integrar as indústrias e o varejo permitindo

em portais, consultoria e marketing digital,

um preço acessível nos momentos

aumento da performance no comércio

construindo uma plataforma completa para

iniciais de funcionamento. As

digital, a partir de projetos integrados de

implantação, manutenção e aprimoramento

selecionadas poderão usar os recursos

tecnologia e marketing. O resultado é que a

dos resultados no e-commerce.

gratuitamente.

maior parte da evolução recente do varejo

“O universo da internet é cada vez mais

“Integrar o LinkLab faz parte do

se deve ao aumento de sua presença nos

amplo e mesmo negócios tradicionais

projeto de futuro da empresa,

meios online. Acrescentando inovação e

precisam acompanhar as tendências

porque entendemos que a cloud é a

facilidades nos serviços de e-commerce,

para atrair o público. Estar presente nos

plataforma que possibilita a jornada

a Avanti, instalada em Florianópolis

ambientes digitais é essencial atualmente,

digital, seja das startups ou das

desde 2002, atua desenvolvendo

mas exige estratégia e criação de valor para

grandes empresas”, avalia o CEO da

projetos multiplataforma para comércio

se diferenciar”, explica Gustavo Dechichi,

Teltec, Diego Brites Ramos”.

online, atendendo indústria, varejistas e

CEO da Avanti.

http://teltecsolutions.com.br/ FLORIPA É l 2018


61 NBeatriz Cardoso (Divulgação) / Divulgação / PaulinhoSefton.com (Divulgação) / Marina Bitten (Divulgação) / Morgana Fortuna (Divulgação)

EXCELÊNCIA EM ATENDIMENTO

SUPER INCUBADORA A visão de que Florianópolis é um dos principais polos de tecnologia do Brasil está cada vez mais consolidada. O setor

A HostGator, uma das líderes em soluções para

emprega mais de 17 mil pessoas, tem um

hospedagem de sites e presença digital no

faturamento de R$ 4,3 bilhões por ano e

mundo, escolheu Florianópolis para ser a sede

hoje é o terceiro maior núcleo de

de operações da empresa na América Latina.

tecnologia do Brasil.

A companhia começou a atender o mercado

Mas na verdade esse é um grande

chileno e colombiano em dezembro de 2017.

ecossistema, que engloba outros diversos.

Com sede na capital catarinense desde 2010,

De acordo com a Biologia, os ecossistemas

a HostGator aportou R$ 4 milhões no novo

são comunidades que interagem umas com

escritório justamente para comportar as novas

as outras e também com o ambiente em

operações na América Latina. Chile e Colômbia,

que vivem, sofrendo diversas influências.

os países-alvo nesta etapa de internacionalização,

É esse fenômeno que ocorre na capital

têm cerca de 40 milhões de usuários de internet.

catarinense. Um exemplo é o trabalho

Daniel Girardi Dias é o executivo que lidera o

desenvolvido pelo Miditec, selecionado

processo de expansão latinoamericana. De acordo com ele, pesquisas de mercado indicam que há em Florianópolis espaço para uma empresa que valoriza, principalmente, o atendimento ao cliente com uma carteira

quatro vezes como melhor incubadora do país pela Anprotec.

de produtos inovadores e suporte especializado. “Temos metas agressivas de crescimento e certamente teremos aumento no quadro de colaboradores”, afirma Dias. O novo escritório de Florianópolis pode abrigar mais de 400 funcionários, o dobro do contingente atual da empresa. Recentemente, a HostGator conquistou o selo RA1000, que certifica as empresas com excelência no atendimento ao cliente no país. O selo atesta aos consumidores o compromisso que a empresa possui com o pós-venda, elevando o grau de confiança em sua marca, produtos e serviços.

WEGOV

“O método utilizado pela incubadora

André e Gabriela Tamura, fundadores

investidores e empresários, o que ajuda

e sócios da WeGov, trabalhavam na

na validação do negócio”, explica Gabriel

iniciativa privada no começo dos anos

Sant’Ana, coordenador da Incubadora.

2000 mas tinham que lidar diretamente

Assim, o Miditec auxilia a entrada de

com órgãos de governo para fazer os

diversas startups com alto potencial

compreende aproximação com o mercado,

de desenvolvimento no mercado. Um

negócios caminharem. Ao perceberem que o excesso de burocracia

HubGov que a Polícia Militar de Santa

exemplo disso é que cerca de 85% dos

prejudicava o trabalho, desenvolveram

Catarina desenvolveu o projeto de um

negócios iniciados na instituição ainda

um programa de capacitação para

aplicativo para acionar o serviço de

estão em funcionamento. Além disso, no

transformar funcionários públicos em

emergência pela tela do celular e os

primeiro semestre de 2017, 23 startups

empreendedores. Essa metodologia é a

Correios criaram uma plataforma para

estavam participando do programa da

essência da WeGov, uma empresa que

atualizar automaticamente o endereço

incubadora. Durante esse período, o

fatura cerca de meio milhão de reais por

de pessoas que se mudam. O Senado

faturamento foi de aproximadamente

ano ensinando servidores a produzirem

Federal e o Poder Judiciário também são

R$ 3,5 milhões, e a quantidade de

mais e serem mais eficientes. Foi depois

clientes da WeGov.

investimentos foi de R$ 584 mil.

de participar de um dos programas do

www.wegov.net.br

www.miditecnologico.com.br

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ESPAÇO INTIMISTA O PEQUENO BISTRÔ À BEIRA DA LAGOA DA CONCEIÇÃO SE DESTACA NA GASTRONOMIA MUNDIAL Amor, paixão, apreço e qualidade. Esses quatro atributos têm servido de bússola para guiar a venturosa história do Villa Maggioni há 18 anos. Aclamado no Brasil e no exterior, pelo sétimo ano consecutivo o bistrô foi avaliado com três estrelas em importantes publicações mundiais, entre elas, o Guia Internacional Frommer´s e o site do The New York Times. Também consta há oito edições do Guia da Embratur como

um dos dez melhores restaurantes do país. Mas, afinal, o que torna o Villa Maggioni tão singular? Desdobrando as quatro palavras do início teremos a resposta. Essa trajetória teve início quando o então menino Rodolpho Luiz Gualtiere aprendeu com o avô Giuseppe Maggioni – natural de Verona, na Itália – os segredos da cozinha mediterrânea. E o amor pela gastronomia conduziria a sua trajetória até se tornar um renomado chef. Mas antes de chegar neste ponto o seu caminho se cruzaria com o do decorador e paisagista Mohamad Chahín, que tem a paixão pela arte na sua essência. O talento ímpar de Chaín para a decoração e o dom culinário de Rodolpho foram os ingredientes que abriram as portas para o sucesso

FLORIPA É l 2018

no mundo gastronômico. Nascidos no estado de São Paulo, os dois se encantaram por Florianópolis e estabeleceram residência em uma charmosa casa à beira da Lagoa da Conceição. Com agradável jardim, vista deslumbrante, decoração primorosa e delícias gastronômicas servidas por Rodolpho, a casa logo despertou a atenção de quem os visitava. “Percebemos que havia demanda por um espaço mais exclusivo e intimista, que aliasse o aconchego de uma casa com uma experiência gastronômica inesquecível. Foi assim que nasceu a ideia de abrir a nossa residência também ao público”, explica Chahín. O pequeno bistrô tem apenas nove mesas que ficam na sala de estar e os clientes são recepcionados pelo proprietário. “Eu recebo no


63 NDivulgação

Cozinha mediterrânea: Medaglione di Bacala

aconchego da minha casa, pois aqui é a minha moradia. E faço isso com muito apreço para que todos se sintam acolhidos”, comenta Mohamad. Decoração primorosa, visual encantador e ambiente familiar são o aperitivo para a experiência gastronômica que virá a seguir. O menu elaborado pelo chef Rodolpho Gualtiere contém pratos

da culinária mediterrânea, com os toques exclusivos aprendidos com o avô. A origem italiana se destaca nas massas caseiras e molhos temperados à base de manjericão, alecrim e outras ervas. Já a origem libanesa de Chahín agrega o sabor árabe em pratos como o cuzcuz marroquino e o charutinho de folha de parreira. “Eu ajudo no preparo das massas e tudo é fresquinho. Cada item é feito com muita qualidade. Como a nossa confeitaria é própria, também cuido pessoalmente das sobremesas”, revela. Com amor, paixão, apreço e qualidade o pequeno bistrô à beira da Lagoa talhou o seu nome no seleto grupo da gastronomia mundial. “E apesar do chef Rodolpho não estar mais fisicamente entre nós, o seu legado permanece saborosíssimo ao preservarmos a qualidade das suas receitas. “E são esses sentimentos que tornam o Villa Maggioni tão especial”, finaliza Chahín.

FARTA QUALIDADE Entre os destaques do cardápio estão a salada marroquina para duas pessoas e o ravióli recheado de pato criado sem hormônio e sem química. Já o Tonarelli ai Gamberi, com camarões graúdos e ervas colhidas na horta do bistrô, há quase uma década possui três estrelas em quatro guias internacionais. “Os pratos são fartos, como devem ser as porções italianas e árabes, e representam um excelente custo x benefício”, conta Chahín. Ele explica que a cozinha mediterrânea é bastante saudável e o menu desenvolvido pelo chef Rodolpho explora essas qualidades. “São pratos feitos com peixes ou frutos do mar, alguns sem glúten ou lactose, e uso de azeite de primeira extração, que é zero acidez. Temos um cardápio fixo, já tentamos mudar, mas os nossos clientes não deixam. A tradição é muito importante para quem nos acompanha fielmente ao longo desses 18 anos”, afirma.

Espaço aconchegante com vista deslumbrante e decoração primorosa do restaurante Villa Maggioni

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APAIXONADOS POR OSTRAS RESTAURANTE FREGUESIA INVESTE EM INSPEÇÃO PARA GARANTIR A QUALIDADE NA PRODUÇÃO DE OSTRAS O passeio está prestes a começar. O casal de Buenos Aires, Calixto e Iara, veio especialmente a Santo Antônio de Lisboa para conhecer a fazenda marinha de ostras do Restaurante Freguesia, referência nacional na produção e, principalmente, nas técnicas de inspeção que garantem a qualidade do molusco. O cicerone, Leonardo Cabral Costa, conta com orgulho a história do pai, Luiz Carlos Costa, conhecido por Caio, que foi um dos precursores da maricultura na Ilha. Em 1987, Caio colhia mexilhões no costão e observou que os moluscos se agarravam em qualquer objeto. Foi daí que surgiu a ideia de colocar os mariscos grudados em uma jangada de bambu e fixar no mar. Nesta época, o professor Carlos Roberto Poli, da UFSC, que havia retornado de um doutorado no exterior, trouxe para a Santo Antônio de Lisboa o cohecimento para a plantação marinha de ostra. Foi desta forma que o avô de Leonardo, Caio e outros pescadores deram início ao plantio. Em mea-

Receptivo turístico para levar os visitantes para conhecer a produção na fazenda marinha da Freguesia

dos dos anos 1990, com as sementes produzidas na UFSC, a atividade explodiu na Ilha e grandes investimentos no segmento começaram a ser realizados. Na primeira parada do passeio, Leonardo mostra o equipamento que impulsionou a produção. ‘Seu’ Caio foi para a França em 2004 em um projeto de intercâmbio. “Enquanto todos estavam atentos às máquinas, prestei atenção nas técnicas usadas no mar”, relembra Caio. Uma delas foi implantada na fazenda marítima da família, o chamado travesseiro, uma etapa intermediária entre a semente e o crescimento na lanterna. “Foi uma lacuna que conseguimos FLORIPA É l 2018

preencher. Ao longo dos anos fomos aprendendo mais, melhorando todos os métodos e expandindo os negócios”, comemora Caio. Na parada seguinte o barco é colocado dentro da “plantação” e o cicerone levanta uma lanterna para mostrar onde as ostras crescem. “Em geral uma empresa produz, outra inspeciona e uma terceira vende. Aqui somos autossuficientes e temos uma cadeia produtiva completa. Em nossa fazenda marinha fazemos desde o cultivo, o manejo, que tem até dez etapas, a colheita, a inspeção, o processamento, até a oferta ao consumidor final. Somos a única empresa em


65 NVictor Carlson

Santa Catarina com essa característica”, conta Leonardo. Na sequência o casal é convidado a subir na balsa chamada de f lutuante, onde três funcionários trabalham no manejo. Leonardo não perde tempo e oferece ostras ao casal que se delicia com o produto fresco! Atual presidente da Câmara Setorial de Maricultura, Leonardo explica que 92% da produção nacional de ostra ocorre em Florianópolis, mas legalmente falando apenas 2% da produção passa por inspeção. “A Cidasc é quem fornece o serviço de inspeção estadual, mas somente seis empresas são credenciadas para fazer o serviço – quatro federais e duas municipais –, sendo que a Freguesia é uma delas. Pedimos, inclusive, a descentralização de Brasília, pois toda a cadeia produtiva está em Santa Catarina e isso ajudará no processo”, garante. O controle da produção é feito pelo responsável técnico, que é um veterinário contratado. “Todas as informações são devidamente registradas em planilhas de controle ”, diz Leonardo. De acordo com Carla Cabral Costa, sócia-proprietária e irmã e Leonardo, essa é uma responsabilidade muito grande, pois se há um problema o impacto é no sistema de saúde. Essa situação se agrava no verão, com as pessoas que passam mal por ingerir produtos de todo o tipo estragados “e quem paga é o contribuinte”, lamenta. No caso da Freguesia, é recolhida uma amostra no momento do processamento e que serve para atestar a qualidade do produto. Caso ocorra alguma reclamação a amostra é analisada, já que todos os lotes são controlados. “A amostra fica retida por um mês. Além da análise da Cidasc, fazemos uma particular para

A ostra in natura é quando o produto tem a melhor performance de sabor e qualidade

Apenas duas empresas em Florianópolis possuem a certificação de inspeção municipal

o confronto”, esclarece Carla. Leonardo explica que é essencial que a produção da ostra também passe por um sistema de rastreabilidade, assim como acontece com a produção agrícola. “A lei diz que todo produto de origem animal para ser comercializado precisa passar pela inspeção e as empresas terão que se enquadrar. FLORIPA É l 2018

Essa é uma luta que temos na Câmara Setorial da Maricultura, mas é uma briga sadia para que as empresa entendam que a legislação deve ser cumprida”, enfatiza. Voltando ao barco, é hora de retornar para a praia, desta vez, para saborear os deliciosos pratos servidos no restaurante da família. O casal consome as ostras fresquinhas, recém-retiradas do mar, e que são oferecidas em diferentes preparos. “A maioria ainda pede gratinado, mas por falta de hábito. E fazemos um esforço enorme para enfatizar que a melhor qualidade do produto é in natura. É o mesmo caso do sushi, já que nem todos gostavam da carne crua e hoje é uma febre”, afirma Carla. Ao final do passeio, os argentinos estavam encantados. “Foi tudo muito didático, mas ao mesmo tempo com coração, já que eles vivem essa atividade com intensidade”, ref lete Calixto. “Não há dúvida que eles são apaixonados por ostras e com certeza a família mostra muito orgulho com o êxito da empresa”, define Iara.


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NVictor Carlson / Sérgio Vignes (Divulgação)

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APP PORTAL GASTRONÔMICO Reconhecida mundialmente como Cidade Unesco da Gastronomia, o uso da tecnologia está cada vez mais presente no dia a dia do segmento em Florianópolis. A novidade mais recente é o aplicativo Portal Gastronômico, uma espécie de guia digital catarinense para auxiliar o cliente na escolha do local ideal para desfrutar sua refeição. Lançado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Santa Catarina (Abrasel/SC) com o apoio

DE ROTA PARA POLO

do Sebrae SC, no Portal Gastronômico é possível fazer múltiplas formas

Um conceito diferenciado de Polo Gastronômico em Florianópolis é o objetivo de um trabalho realizado em conjunto pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Santa Catarina (Abrasel/SC) e o Sebrae. De acordo com Raphael Dabdab, presidente da Abrasel/SC, o que existem atualmente na cidade são várias rotas gastronômicas com concentração de diversos estabelecimentos em uma mesma região. “Nosso objetivo é trabalhar melhor o conceito de polo, que prevê uma maior união entre os empresários para ações diversas”, explica.

de pesquisa, além de traçar rotas e

Para aplicar esse modelo na capital catarinense as duas entidades buscarão no Rio de

selecionar bares e restaurantes por

Janeiro a referência para desenvolver o conceito. “Eles estão mais avançados nesse

localização. Contando com serviço

assunto. Nos polos de lá os empresários integram uma cadeia econômica e passam a

de entrega e reservas, o APP também

realizar ações de marketing e promoções”, conta o presidente.

possibilita aos clientes acesso ao

Segundo Soraya Tonelli, coordenadora Regional do Sebrae da Grande Florianópolis,

cardápio online, horário de atendimento,

o Rio de Janeiro servirá como benchmarking para levantar as melhores práticas para

tipo de gastronomia e ofertas do dia.

se trabalhar um polo gastronômico. “Desenvolveremos o conceito e verificaremos o

“É dinâmico, fácil de usar e representa

grau de maturidade dos empresários para aplicar o plano piloto de implantação em

um enorme avanço tanto para os

Florianópolis”, revela. Além de ações de marketing, a formação do polo também serve

proprietários quanto para os clientes,

para que os empresários possam em conjunto encaminhar soluções para problemas

que podem visualizar as ofertas do

estruturais da região, envolver outras empresas além dos restaurantes e investir em

dia facilmente”, garante Carla Costa,

ações que se tornam mais baratas como a participação de outras pessoas.

proprietária do restaurante Freguesia.

Com o avançar dos trabalhos as duas entidades convidarão a prefeitura de

Desenvolvido pela catarinense Raffinato

Florianópolis para apoiar a iniciativa e até o fim de 2018 a meta é ter uma local

Sistemas, também funciona como

que preencha os pré-requisitos para desenvolver o piloto. “O plano é fazer um

importante canal de divulgação de

upgrade de rota para polo”, diz Dabdab. “O polo trabalha bastante com o conceito de

promoções dos estabelecimentos.

associativismo e com economia criativa”, complementa.

“O investimento é fixo, sendo 20% do

O presidente da Abrasel/SC explica que o setor ainda está retraído em razão da crise

valor revertido em verba de marketing.

econômica e essa evolução possibilitará ações que individualmente não seriam

Os pacotes são separados em

possíveis. “No polo os restaurantes trabalham em conjunto, como se fosse um único

trimestral, semestral e anual, tanto para

grupo. Isso beneficia o consumidor final, divulga melhor a região e possibilita ações

associados ou não, com mínimo mensal

que não se limitam somente a gastronomia, mas que também se conectam com a

de R$ 30”, explica Raphael Dabdab,

cultura e o comércio”, comenta Dabdab.

presidente da Abrasel no estado. FLORIPA É l 2018


Conforme determina Lei Municipal nº 10.199, de 27 de março de 2017, a Prefeitura Municipal de Florianópolis informa que pagou o valor de R$ 4.605,82 na produção desta campanha e R$ 15.500,00 na veiculação deste anúncio.

CONJUNTO HABITACIONAL JARDIM ATLÂNTICO Entrega de casa nova para 78 famílias.

RECONSTRUÇÃO DA RUA VALDEMIRO MONGUILHOT Devastada pelas chuvas, a rua no Maciço do Morro da Cruz foi restaurada.

A CIDADE MAIS QUERIDA DO BRASIL FAZ 345 ANOS. E A PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS TRABALHA PARA ELA SER CADA VEZ MAIS AMADA POR QUEM VIVE AQUI.

PAVIMENTAÇÃO DE MAIS DE 40 RUAS CONSTRUINDO UMA CIDADE PARA TODOS.

UNIDADE DE SAÚDE CAMPECHE Vai atender mais de 3 mil pessoas por mês.


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ULTRAGIRL ATLETA SILVIA DURIGON ENCARA CORRIDAS DE TRAIL RUNNING, MODALIDADE QUE NÃO PARA DE CRESCER Quando falamos de uma campeoníssima de ultra trail, as árduas corridas em trilhas com distâncias acima de 42km, provavelmente a nossa imaginação formará a imagem de uma mulher-máquina, com músculos de aço talhados para aguentar desafios que levam o corpo humano ao limite. Por isso é tão surpreendente quando nos deparamos com a figura mignon de Sílvia Durigon, com 48,5kg espalhados em 1m56. Neste caso, a primeira impressão definitivamente não é a que fica! Apesar da aparente fragilidade,

FLORIPA É l 2018

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69 NFoco Radical (Divulgação)

DICAS DA CAMPEÃ

Nas corridas em trilha é essencial usar roupas adequadas e prestar atenção à

alimentação. Os tênis devem ter solados especiais para não escorregar. Em temperaturas elevadas é importante vestir peças confortáveis e que permitam a transpiração, como short e camiseta, além de passar vaselina para evitar assaduras. Água, protetor solar, repelente e alimentos leves (barras nutritivas, paçoquinhas e energéticos) não podem faltar. “Por questão de segurança, leve relógio para saber quanto tempo está na trilha e jamais esqueça o celular. Nunca vá sozinho e, acima de tudo, saiba respeitar os seus limites”, alerta Sílvia Durigon. “Procure uma assessoria esportiva para se preparar adequadamente e evitar lesões. Correr 5km em trilha é bem diferente do asfalto. E a segurança em todos os aspectos precisa vir sempre em primeiro lugar”.

basta ser dada a largada para as provas de ultra trail para ela se agigantar e conquistar feitos inacreditáveis, como percorrer distâncias de até 70 km por

alimentação, a temperatura, as roupas

percursos que não somos nem capazes

adequadas, entre outros aspectos. “Eu

de sonhar.

básicas, até sessões mais intensas, com

mantenho uma intensa concentração,

A ligação de Sílvia com a corrida

velocidade máxima no asfalto e tiros em

pois não adianta o corpo estar

começou há seis anos e com o objetivo

morro para exercitar subida e descida.

preparado e a cabeça não. Se a mente

de perder peso. “Eu estava terminando

“No sábado acontecem os treinos mais

estiver boa consigo superar qualquer

a faculdade, pesava 11kg a mais e

longos, feitos em trilha, que podem

obstáculo”, garante.

busquei uma assessoria esportiva

durar de duas a cinco horas”, conta.

Embora já seja muito praticada em

para aprender a correr. Desde o início

Reconhecida como um dos principais

outros países, apenas nos últimos

apresentei aptidão para a modalidade

destaques nacionais da modalidade,

anos a modalidade começou a ganhar

e logo na primeira prova que disputei,

em maio a ultra trail runner – ou ultra

projeção no Brasil. Sem patrocínio,

de 10km, subi ao pódio”, recorda a

maratonista de montanha – viajará

apenas com apoio financeiro, Sílvia

alfredense, que há 12 anos mora em

para a Europa e ficará três meses

Durigon espera que a popularização do

Florianópolis.

participando de eventos no continente.

esporte ajude a despertar o interesse

Após dois anos e meio ela cansou

Além de disputar o Mundial de Trail, em

das empresas. “Já temos várias

da rotina no asfalto e começou a

Castellón, na Espanha – prova de 85km

competições estaduais e nacionais,

acompanhar o marido Augusto,

pelo Parque Natural de Penyagolosa

com provas quase todo fim de semana.

também corredor, nos percursos por

-, em agosto estará no Ultra Trail

Embora em Santa Catarina ainda não

trilhas. A atleta pegou gosto pelo trail

du Mont Blanc (UTMB), uma das

exista uma federação ou associação,

running e não parou mais. “Os trajetos

principais competições mundiais do

os eventos reúnem cada vez mais

incluem percursos por praias, morros,

gênero. “Para participar é necessário a

inscritos”, afirma.

dunas, pedras e caminhos acidentados.

organização aceitar a inscrição ou ter

A expectativa da catarinense é que

E cada um desses terrenos demanda

uma pontuação de elite, que é o meu

se repita no país o que acontece

cuidados específicos para evitar quedas

caso”, revela.

nos Estados Unidos e Europa. “As

ou esforço além do limite”, explica.

Na opinião de Sílvia, nas provas de ultra

corredoras da minha idade cresceram

Sob o comando do técnico Carlos

trail é essencial manter o equilíbrio

inseridas na modalidade e não à toa o

Venturini, a preparação é de segunda

mental. Antes de cada desafio ela

número de participantes é muito maior,

a sábado e inclui desde corridas

estuda com detalhes o percurso, a

principalmente de mulheres”, comenta.

FLORIPA É l 2018


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Na edição do Ironman Florianópolis do ano passado o britânico Tim Don estabeleceu o melhor tempo do mundo para a prova com 7h40min23

ILHA DE FERRO TÍTULO DE CAPITAL NACIONAL DO TRIATHLON AJUDA FLORIANÓPOLIS A SER ESCOLHIDA PARA SEDIAR MAIS EVENTOS

sede do Ironman 70.3 e uma das etapas

Ironman 70.3 já com enorme sucesso

do Circuito Triday Series.

antes mesmo de sua realização”, elogia

No dia 22 de abril, o Ironman 70.3

Carlos Galvão, diretor de prova e CEO

Florianópolis abrirá o calendário

da Unlimited Sports, responsável pela

nacional do circuito. As vagas

organização do evento.

esgotaram rapidamente e 1.200 atletas

O calendário do Ironman Brasil é

de 21 países disputarão o evento

composto por cinco etapas, sendo

inédito. Também conhecido como Meio

quatro no formato 70.3 – além

Ironman, as distâncias serão de 1,9 km

da capital catarinense, Maceió

Desde 2001 a Ilha de Santa Catarina

de natação, 90 km de ciclismo e 21,1

(05/08), Rio de Janeiro (30/09) e

integra a rota dos famosos eventos do

km de corrida, com largada e chegada

Fortaleza (25/11) integram o circuito

Ironman, maior circuito de triathlon do

na Praia dos Ingleses.“Florianópolis

– e uma etapa na distância “full”, o

mundo, e neste ano reforçará o título

é um palco perfeito para realizar

tradicional Ironman Florianópolis,

de ‘Capital Nacional’ da modalidade.

eventos de triathlon. Além do histórico

considerada a prova mais importante

Além do tradicional Ironman

de quase duas décadas no Ironman

do triathlon brasileiro. Neste ano o

Florianópolis, que chega à 18ª edição,

Brasil, mostrou todo o seu potencial

evento acontecerá no dia 27 de maio

a cidade também foi confirmada como

ao estrear no calendário mundial de

e novamente reunirá os principais

FLORIPA É l 2018


71 NFábio Falconi-Unlimited Sports (Divulgação) / Divulgação

talentos da modalidade.

o status de Sul-Americano,

No ano passado houve recorde

distribuindo pontos no ranking e

de inscritos e 2.500 atletas de 38

US$ 150 mil dólares de prêmio para

países largaram na praia de Jurerê

a Elite, além de 75 vagas para os

Internacional para completar o

triatletas da Faixa Etária para a final

árduo trajeto de 3.8km de natação,

do Mundial Ironman no Havaí.

180km de ciclismo e 42.2km de

Já no dia 12 de agosto será a vez da

corrida. Apesar da chuva que não deu

etapa do Triday Series, com provas

trégua, os britânicos Tim Don e Susie

de distâncias Sprint e Olímpica.O

Cheetham foram os vencedores,

circuito também terá provas em

sendo que Tim estabeleceu o melhor

Riacho Grande, Rio de Janeiro e

tempo do mundo para a prova, com

São Paulo. De acordo com Galvão, a

7h40min23 (antes era 7h44min29).

capital catarinense não poderia ficar

Já Susie fez 8h52min00seg, a melhor

fora do calendário do Triday Series,

marca feminina da história do

que tem o objetivo de incentivar

Ironman Florianópolis. “Dois recordes

a formação de triatletas e ser um

em uma mesma edição foi um feito

catalisador de novos talentos,

incrível e mostrou a força que tem

se tornando palco para futuros

o evento”, afirma Galvão. “Mas a

campões. “Há quase duas décadas

cada ano temos a missão de superar

Florianópolis foi a primeira cidade

a edição anterior e entregar um

de América do Sul a sediar uma

evento ainda melhor. Para 2018 não

prova do Ironman. Desde então se

será diferente! Temos certeza que o

tornou um destino reconhecido

trabalho realizado será muito bem-

mundialmente para as provas

sucedido e que todos ficarão felizes

de triathlon pela organização,

com os resultados”, destaca Galvão.

receptividade do povo e belezas que

O número de inscritos deve igualar

encantam. Estes fatores, sem dúvida,

o recorde alcançado em 2017, com

explicam porque as vagas, quando

representantes de mais de 40 países.

abertas, acabam rapidamente”,

A competição terá novamente

elogia Galvão.

PERTO DO SONHO Quando estudava na quinta série do ensino fundamental, a então menina Taynara Bonetti desenhava com canetinha no pulso o símbolo do Ironman e falava para os amigos que “um dia ainda participarei desta prova”. Uma década depois, a atual líder do ranking da Confederação Brasileira de Triathlon na categoria 20-24 anos está muito perto de realizar este sonho. No dia 27 de maio, quando for dada a largada para a 18ª edição do Ironman Florianópolis, Taynara estará entre os milhares de participantes. “Desde que comecei na modalidade, aos nove anos, já era fã da prova e o meu objetivo desde o início foi traçar um caminho gradativo até chegar ao Ironman. Essa meta está muito próxima de ser alcançada e estou mais focada do que nunca”, afirma a triatleta patrocinada pela Hammerhead, empresa de artigos esportivos do ex-nadador Fernando Scherer. Com supervisão do técnico Fernando Couto, da equipe CPH Brasil, as cargas e volume de treino mudaram bastante, mas ela conseguiu se adaptar à nova rotina. “As semanas específicas de preparação já começam e em abril farei os 70.3 de Floripa, último desafio antes da prova de ferro”, conta Taynara, que mora em São José. Na opinião da atleta, é preciso saber dosar muito bem o ritmo, “pois se você forçar demais no começo acaba pagando por isso no meio da prova e estragando tudo”, explica. O Ironman também é um desafio que exige muita concentração e bastante controle psicológico. “Mas definitivamente adoro essa energia e estado flow durante a prova. A maior dificuldade será controlar a

Os atletas disputam o árduo trajeto de 3.8km de natação, 180km de ciclismo e 42.2km de corrida FLORIPA É l 2018

ansiedade até lá”, afirma bem-humorada.


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DIVERSIDADE DE CURSOS O Jurerê Sports Center oferece muitas atividades para várias faixas etárias e horários. Confira:

VILA OLÍMPICA

Ginástica Artística

Defesa Pessoal

Circo Fitness / Kids

Muay Thai / Boxe

Iniciação ao Circo

Ballet Infatil / Adulto

Aula Flexibilidade

Jazz Infantil

Acrobacias Aéreas

Beach Tênis

Acrobacias de Solo

Baseball

Acrobacias Coletivas

Flow Barre Dance

Trampolim Acrobático

Yôga Infantil / Adulto

Equilíbrios

Assessoria Esportiva

Mastro Chinês

Futevôlei

Circocan

Pilates / Funcional/

Trapézio Voador

Vôlei Master

Handstand

Tiro com Arco

Jiu-Jitsu

Open Gym

O campeoníssimo jogador de vôlei Paulo André Jukoski, lembrado por todos como Paulão, medalhista de ouro nas Jogos Olímpicos de Barcelona em 1992, assumiu a direção do Jurerê Sports Center. Ele estava treinando uma equipe de vôlei em Bento Gonçalves (RS), mas o sonho de longa data de administrar um clube falou mais alto e Paulão aceitou imediatamente a oportunidade. “Quando parei de jogar me dediquei a projetos esportivos, educativos e assessorias esportivas. Tenho uma relação com a Habitasul desde 2002 e há 10 meses surgiu o convite para assumir o Jurerê Sports Center. Vou trazer toda a minha experiência de três olimpíadas e muitos anos na quadra de voleibol para cá”, afirma. O dirigente pretende implantar o conceito de Vila Olímpica no local, com a prática

várias atividades são oferecidas aos moradores e visitantes. “Vamos transformar

NOVAS QUADRAS PARA BEACH TÊNIS

o clube e teremos um ambiente ainda melhor ao unir a prática desportiva com a

O Jurerê Sports Center ganhou mais

qualidade de vida”, afirma o ex-jogador.

cinco quadras para a prática do Beach

Isso tudo sem deixar de lado o esporte de alto rendimento, “Estamos trabalhando com

Tênis. “Agora estamos prontos para

uma ginasta que é campeã estadual e uma tenista que é destaque no ranking de 13

receber torneios de ponta pela qualidade

e 14 anos”, revela. As quadras de tênis também estão recebendo investimentos para

das nossas quadras”, celebra Paulão. A

estarem aptas a sediar torneios de alta performance, o que inclui um convênio com a

próxima etapa é viabilizar o projeto de

desportiva associada ao lazer, proporcionando maior interação para as famílias. A estrutura conta com piscina, campo de futebol, quadra de tênis (saibro), e atualmente

Confederação Brasileira de Tênis.

instalação da cobertura e iluminação. “A

“A nossa missão é impulsionar

estrutura funcionará direto. Temos uma

ainda mais o Jurerê Sports

enorme procura pelo esporte, inclusive

Center e temos bastante espaço

por muitas crianças”, revela o dirigente.

para isso. Além do ambiente de

Paulão também conta que o clube fechou

uma vila olímpica, passaremos

parceria com uma tradicional marca da

a receber periodicamente

modalidade que está patrocinando alguns

atletas renomados e que

atletas. “O nosso objetivo é trazer para cá

possam contribuir com a ideia”,

competições em todos os níveis, desde

comemora Paulão.

estaduais até internacionais”.

FLORIPA É l 2018


73 NEuclides da Cunha Neto (Divulgação) / Divulgação

DIVERSÃO NA LAGOA O Flyboard, que à primeira vista pode parecer uma atividade bem difícil, na verdade é bastante intuitivo e fácil de manobrar. Em poucos minutos o praticante já está dominando o equipamento e “voando” sobre a Lagoa da Conceição. “Posso dizer que 99% das pessoas voam depois de cinco minutos de explicação. É muito mais fácil do que parece, pois funciona

AVENTURA INTERNACIONAL

como se estivesse se equilibrando sobre um skate parado no chão”, explica Tchello Brandão, pioneiro no

A versão brasileira do Wave Boat, produzida pela ProNáutica para a Mormaii, está

Brasil no uso do Flyboard.

inserida em uma aventura internacional patrocinada pela empresa de Garopaba. O

Com uma mangueira conectada na

equipamento estará acoplado na parte de baixo de um veleiro de 90 pés no formato

turbina do jet ski, o equipamento

catamarã. A construção toda em carbono do veleiro está quase pronta depois de cinco

produz um jato de água que

anos e em breve rodará o mundo atrás das melhores ondas. Em cada pico, o Wave Boat

propulsiona o praticante para o alto.

será utilizado para levar os surfistas para encarar os desafios no mar. O equipamento foi desenvolvido na década 1970 nos Estados Unidos e consiste em um barco que é acoplado ao jet ski. “Na época os jet skis não tinham a força necessária para carregar o barco acoplado, além da pessoa na carona. Mas a potência dos atuais motores 4 tempos permitiu a retomada da ideia”, conta Tchello Brandao, proprietário da PróNáutica, sediada na Lagoa da Conceição. Em 2011, Tchello importou um modelo da França, mas não conseguiu emplacar o produto via importação por causa do preço final. A solução foi fabricar o seu próprio equipamento, comercializado há cinco anos em parceria com a Mormaii. Todo feito em fibra de carbono, o Wave Boat exige mínima manutenção e é insubmergível.

Desta forma, parece que a pessoa

“Funciona como um barco inflável e é possível levar até sete pessoas, sendo que o

“paira” sobre a água.

jet ski pode ser desacoplado”, explica o

Uma variação do Flyboard é o Jetpack,

empresário. “No entanto, com a potência

onde o controle é feito com as mãos

dos jet skis modernos, é possível manter a

e exige um pouco mais de habilidade.

mesma agilidade mesmo com o Wave Boat

A PróNáutica oferece o ano todo a

acoplado”, afirma.

locação do equipamento, além de um

A PróNaútica, segunda loja mais antiga

curso para formação de instrutores. O

do Brasil no ramo, além de promover test

aluguel do Flyboard sai R$ 250 por 30

drive, também aluga o equipamento por

minutos. “São 10 minutos para ensinar

R$ 800 a diária. Tchello esteve à frente

a usar o equipamento e 20 minutos

da Federação Mundial de Jet Ski durante

de diversão. Tudo é feito na Lagoa da

muitos anos, sendo responsável por eventos

Conceição com o acompanhamento de

em vários países, incluindo os memoráveis

um instrutor e uso de roupa de borracha

campeonatos na Praia Mole. “Com a

no inverno”, diz Tchello, que percorre o

retomada da economia no Brasil é grande

Brasil com apresentações do Flyboard

a chance de um novo mundial no litoral

para empresas e prefeituras.

catarinense”, opina.

www.pronautica.com.br / (48) 9-9182-5250

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A Camerata Florianópolis vem atraindo

Um bom exemplo foi a recente parceria

diversos artistas regionais e nacionais.

o olhar curioso e espantado em todo

da Camerata com o cantor Buchecha, do

No plano local, Jeferson destaca as

o Brasil. Todos querem saber como

funk popular. “Foi um encontro inusitado

apresentações com os grupos Expresso

uma orquestra atrai tanto público, com

e mostrou que não estou armado de

Rural e Dazaranha, shows inesquecíveis

apresentações para mais de 30 mil

preconceitos, mas aberto a contribuir

e que renderam DVDs extraordinários.

pessoas e, se não bastasse, misturando

com a música de qualquer artista”,

No âmbito nacional, 2017 foi um ano de

a música erudita com outros gêneros

afirma. E se alguns criticam a heresia

muitas parcerias – Zeca Baleiro, Paulinho

musicais de forma tão competente.

erudita, o público tem demonstrado o

Moska, Zé Ricardo e Lenine – e com

Foram mais de 80 apresentações em

contrário com casas lotadas.

resultados exitosos. “Esses convidados

2017, com público total superior a 200

Outro belo exemplo de mistura e que

demandam uma negociação de longo

mil pessoas, além de receita obtida com

teve sucesso estrondoso foi o “Marley in

prazo para o encaixe na agenda e para

a venda de ingressos.

Camerata”, uma homenagem ao cantor e

este ano devemos ter muitas outras

O maestro Jeferson Della Rocca tem

compositor Bob Marley. “O evento atraiu

parcerias”, revela o maestro.

demonstrado uma ampla capacidade

o público fã do músico, sendo que muitos

Ele conta que vários músicos de sucesso

de romper barreiras ao associar a

nunca tinham visto uma orquestra.

têm bastante receio de tocar com uma

música clássica com qualquer gênero

O resultado foi mágico”, recorda o

orquestra, pois estão acostumados

musical. É verdade que muitos músicos

maestro. “O que muitos críticos não

ao improviso em cada show. “Com

eruditos torcem o nariz para o caminho

percebem é que a música clássica é a

uma orquestra de 20 músicos é mais

trilhado pela Camerata ao misturar os

essência desses concertos. Com uma

difícil improvisar, até mesmo porque

estilos, mas o maestro não se abala.

roupagem bem trabalhada, conseguimos

é complicado conciliar a agenda com

“Sei que o limite entre a música erudita

aproximar o público do erudito por

eles para realizar muitos

e a popular é discutível, mas o que me importa é a boa música”, defende. “Estou aberto a conhecer e trabalhar com o que há de bom em cada estilo musical”, complementa.

meio do popular”, explica Jeferson. Essa fórmula de sucesso permitiu a parceria com

ensaios. Mas depois de tantos programas já aprendemos a lidar com isso”, garante.

ERUDITO & POPULAR A CAMERATA FLORIANÓPOLIS CHEGA A 25ª TEMPORADA DE SUCESSO UNINDO ESTILOS E ARREBATANDO AS PLATEIAS FLORIPA É l 2018


75 NTóia Oliveira (Divulgação)

O foco da Camerata em 2018

Além disso, conta com instrumentistas

será trabalhar com programas de

e arranjadores experientes como

maior complexidade e com menos

Alberto Heller e Luís Gustavo Zago.

apresentações. A novidade fica por

“São dois gênios da música. Eles ficam

conta do Pop Camerata, muito solicitado

horas e horas escrevendo as partituras

pelo público. Em sua 25ª temporada

e adaptando as músicas de gênero

estão previstas turnês estaduais e

popular para a orquestra. Minha função

nacionais dos seus espetáculos de

é pegar esse material frio da partitura

sucesso. Já em junho acontece o

e transformar em sonoridade na

grande projeto do ano: a produção da

orquestra”, explica.

primeira ÓperaRock do Brasil, chamada

O grande mérito da Camerata

de “Frankenstein” e composta por

Florianópolis tem sido educar o público

Alberto Heller. O espetáculo contará

a gostar da música clássica, já que nem

com mais de 90 artistas no palco e um

todos estão acostumados a apreciar o

total de 200 pessoas envolvidas, com quatro apresentações previstas para

Maestro Jeferson Della Rocca encontrou uma fórmula que atrai cada vez mais público

estilo erudito. Ao incluir o repertório popular nas apresentações a Camerata estabelece um elo com o público, que

Florianópolis. “Temos o desafio de unir duas estéticas tão distintas. Mas

forma de trabalhar da Camerata. “Eu não

começa a apreciar a música clássica.

é preciso lembrar que a ópera era o

concentro em mim a responsabilidade

“Tocamos um repertório mais conhecido.

gênero popular da época. Depois fez

de tudo que acontece. Temos

Isso permitiu, por exemplo, a identificação

sucesso com os imperadores. Será um

profissionais maravilhosos e músicos

do público com uma soprano, que no

casamento perfeito”, comenta Jeferson

que estão entre os melhores do mercado

com entusiasmo.

de Santa Catarina”,

Outro fator para tanto êxito está na

fala o maestro.

Rock Camerata era uma das partes mais aplaudidas”, conta Jeferson, mostrando que o caminho trilhado até aqui é acertado e amado pelo público.

Apresentação da Camerata Florianópolis e o cantor e compositor Zeca Baleiro

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MAR DE BATERIAS EVENTO REÚNE O MAIOR NÚMERO DE BATERISTAS TOCANDO JUNTO NA AMÉRICA LATINA

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Um das principais características da Orquestra de Baterias é o seu caráter agregador, reunindo iniciantes, profissionais, criança e adultos. A movimentação é feita pelas redes sociais e músicos de diferentes cantos do Brasil e até de outros países participam da confraternização. “Normalmente os bateristas tocam sozinhos e são raras as oportunidades de juntar vários músicos tocando ao mesmo tempo. O clima é sensacional e as pessoas sentem isso.

mulheres do bloco Cores de Aidê,

Quem participa já fica ansioso pela

emocionaram os 7 mil presentes. Em 2018

próxima edição”, comenta Alexei Leão,

o encontro está previsto para o terceiro

um dos idealizadores da Orquestra.

domingo de agosto e a meta é ultrapassar

Para dar conta de um evento deste porte

os 400 participantes.

a organização é formada por quatro

“A Orquestra integra a programação

profissionais que se complementam.

da Maratona Cultural e na primeira

Alexei Leão cuida da parte artística,

edição (2013) reuniu 35 músicos. Ao

Paula Borges da logística, Rafael Bastos

Na tarde de 26 de novembro de

longo dos anos fomos amadurecendo,

das marcas e empresas e Richard

2017, quando as primeiras levadas de

criando objetivos e em 2016 o recorde

Bondan da divulgação. Tudo é feito com

bateria vibraram no largo da Catedral

sul-americano foi estabelecido, com 211

bastante antecedência. “O tempo é o

Metropolitana, Florianópolis ampliava

músicos. No ano passado conseguimos

nosso maior desafio. Tempo do relógio

a sua liderança como maior Orquestra

esse feito incrível e queremos ir além

para cumprir o cronograma e tempo da

de Baterias da América Latina. No total,

nesta sexta edição”, elogia o músico

meteorologia, pois a chuva é a nossa

350 músicos, além de 73 percussionistas

Rafael Bastos, um dos organizadores.

maior preocupação. Sempre temos um

FLORIPA É l 2018


77 NPaulo Nascimento (Divulgação)

plano B em espaço coberto”, revela Leão. A verba é obtida por meio de captação de recursos. De acordo com Bastos, na terceira e quarta edições não houve apoio e eles bancaram tudo sozinhos. “No ano passado fizemos pela lei de incentivo cultural Elisabete Anderle e conseguimos dar ainda mais brilho à realização. Para a sexta edição temos um projeto aprovado pela prefeitura para fazer captação de verba que poderá ser paga com desconto no IPTU ou ISS”, explica. O evento também tem despertado a atenção de importantes marcas ligadas ao segmento musical. “A Nagano Drums pelo segundo ano doou uma bateria inteira para ser sorteada e a Liverpool, maior fabricante de baquetas e que fica em Jaraguá do Sul,

Organizadores celebram o recorde da quinta edição e já planejam o próximo evento

doou pares para todos os participantes,

locais, sendo que a “Playground”, do

é a ocupação dos espaços públicos com

que também ganharam camisetas”,

Mosaico Adulto, e “Essência de verão”, do

música e de forma acessível a todos.

comemora Leão.

Mundo Analógico, foram as escolhidas.

“Iniciativas como esta movimentam

A exemplo dos anos anteriores, o

É uma forma de prestigiar os artistas

a cena musical catarinense e, apesar

rock predominará o repertório de dez

catarinenses”, garante Rafael. Para

da complexidade da organização, é

músicas. A organização define parte das

finalizar, como já é tradição, o hino da

um imenso orgulho quando o evento

músicas e as demais serão votadas pelo

Orquestra de Baterias de Florianópolis:

começa”, afirma Rafael. “A música é a

público no Facebook. “Na edição passada

We Will Rock You, do Queen.

minha vida e a Orquestra de Baterias é a

também colocamos em votação músicas

Outra importante conquista do projeto

coroação de tudo isso”, diz Leão.

FLORIPA É l 2018


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NDivulgação

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VOZ ORIENTAL MASAMI GANEV ESCOLHEU FLORIANÓPOLIS PARA MORAR E INICIAR A CARREIRA COMO SOPRANO

Com o tempo Masami foi recebendo

além de ajudar a economizar na

diferentes convites e hoje pertence

maquiagem!”, brinca a cantora. Em

ao casting da agência Concertato. A

Joinville serão duas semanas de

soprano já cantou com a Orquestra

ensaio. “O Douglas Hahn, diretor

Sinfônica Municipal de São Paulo,

artístico do Festival, procurou artistas

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais,

já experientes nesta peça para facilitar

Orquestra Sinfônica do Paraná e a

a montagem. De todo modo, é preciso

Cia. da Ópera Curta de São Paulo.

combinar a cena e outros detalhes”,

“Tenho uma pequena carreira”,

explica Masami, que participou da

A japonesa Masami Ganev chegou ao

afirma humildemente a artista, que já

primeira ópera da Madama Butterfly

país em 1997, recém-casada com um

recebeu menção honrosa no Concurso

como coralista.

brasileiro. Depois de breve passagem

Internacional de Canto Lírico na cidade

Já fluentemente no português, ela

por Santos, não teve dúvidas que

de Trujillo (Peru/2010) e foi semifinalista

confessa que sente um pouco de

Florianópolis seria o local ideal para

em dois concursos na Itália. Um dos

viver. Uma das razões da escolha são

grandes momentos da carreira

algumas semelhanças entre sua terra

foi sua atuação na ópera

vou ao Japão ou quando

natal, Shikoku Chuo Shi, com a capital

“Carmen”. “Eu interpretei

passo por São Paulo,

catarinense, como a formação de

Micaëla, a noiva de Don

onde sinto um

montanhas próximas ao mar e de frente

José, um dos alvos da

pouco da minha

para uma baía. “Já sou metade brasileira

sedução da cigana

e amo esta cidade. O Japão agora é só

Carmen. Quando assisti

para visitar os parentes”, brinca. Masami

a ópera pela primeira vez

cantava em corais e tocava piano

não podia imaginar que

desde pequena, mas quando ia iniciar

um dia estaria no palco”,

os estudos de música foi dissuadida

celebra.

pelos pais. Mas as oportunidades foram

Na agenda para 2018

aparecendo até ela chegar a realizar o

já está programada a

sonho de cantar em óperas.

primeira OperaRock

Tudo começou quando Masami

com a Camerata

participou do grupo vocal Polyphonia

Florianópolis. A

Khoros, um dos mais importantes

cantora também

de Santa Catarina, atraindo a

estará no recital em

admiração de músicos da capital.

homenagem aos 110

Enquanto isso, ela seguia estudando

anos de imigração

canto com mestres no assunto como

japonesa no Brasil

Neyde Thomas e Eiko Senda, uma

e no Festival de

japonesa radicada em Montevidéu. A

Ópera de Joinville,

primeira oportunidade profissional foi

onde participará

um solo com a Camerata Florianópolis,

da ópera Madama

após o olhar clínico do maestro

Butterfly, de Giacomo

Jeferson Della Rocca. A partir daí

Puccini. “Minha voz

surgiu uma parceria que rendeu várias

é apropriada para o

turnês na última década.

papel de protagonista FLORIPA É l 2018 2017

saudade da comida japonesa. “Mato a vontade quando

terra e aproveito para comprar temperos”, confessa.


79 NVictor Carlson

O atelier do artista plástico Aurélio Machado fica em Jurerê, mas o resultado das suas obras está por todo Brasil, como em Niterói, no Rio de Janeiro, e também em outros países, como na capital argentina Buenos Aires. Aurélio monta majestosos painéis e murais em mosaicos com pastilhas. O primeiro trabalho foi instalado no Costão do Santinho, onde atualmente já existem diferentes obras do artista espalhadas por todo o complexo, como nos vasos, lixeiras, fontes e emoldurando paredes. O mais recente tem 15m² e foi todo produzido com pastilhas de vidro. Já no centro de Florianópolis está um dos mosaicos mais famosos da cidade e que enfeita o prédio da Câmara de Vereadores com enredos ligados ao imaginário da Ilha de Santa Catarina. “Muitas construtoras também me procuram e os temas em geral giram em torno do patrimônio histórico e cultural da cidade”, conta Aurélio. O próximo desafio será gigantesco. Ele foi contratado para montar um mosaico com mais de 100m² para o novo prédio da Acats/Facisc, no bairro Coqueiros. “A missão será retratar todo o estado em um único desenho”, adianta. O mais interessante nesse trabalho é que os painéis são montados em uma mesa. Primeiro ele faz o esboço do desenho, que é ampliado para o tamanho real com uma plotagem. Em seguida as pastilhas são posicionadas sobre o desenho. Quando a montagem está pronta, o artista passa uma fita sobre todo o painel e divide em placas de um metro quadrado. “Em um trabalho que realizei em Niterói (RJ), o painel desmontado pesava 600 quilos”, recorda. As placas são coladas como um quebra-cabeça. Por fim, as fitas são retiradas. Além de produzir mosaicos, pinturas e esculturas, Aurélio também projeta e executa reformas e piscinas. “Como tenho esse conhecimento, consigo fazer os desenhos de acordo com a necessidade de cada cliente”, afirma.

Aurélio Machado

QUEBRACABEÇA DE MOSAICOS

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NVictor Carlson

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Cristina Santos

PRODUÇÃO CRIATIVA Cristina Santos destaca-se como autora de livros infantis informativos – obras não-ficcionais, porém com explicações sobre algum tema, e primorosamente produzidos. Seus 10 anos de dedicação e um nicho de mercado merecidamente conquistado estão agora reunidos no site www.cristinasantos.com.br, inclusive resenhas e trechos dos livros publicados para a Cortez Editora, referência na publicação de obras em diversas áreas do conhecimento. O interesse em escrever para crianças surgiu do convívio com seu filho, nascido em 2001. O primeiro livro foi “Cada macaco tem seu filhote”, um tema de seu inteiro domínio, fruto de quase 15 anos de estudo do comportamento de primatas que vivem na Mata Atlântica, como bióloga. Seguiram-se a essa outras dez obras, além de uma no prelo e outra digital. Cristina tem como foco a natureza e o meio ambiente brasileiros, mas não recusou o convite da Cortez para escrever sobre a história de Florianópolis. De alma pesquisadora, mergulhou nos livros para conhecer desde a vida dos habitantes pré-coloniais da Ilha de Santa Catarina até a de seus moradores atuais. “Eu fui me encantando cada vez mais, foi uma experiência muito enriquecedora. Através da leitura eu entendi a história da cidade, e acredito ter escrito um texto especial”, afirma. Preparar livros é um aprendizado. Ela conta que nos primeiros livros fez de um jeito, depois de outro, e vai continuar se tornando diferente, pois o trabalho criativo é dinâmico. Cristina pesquisa livros informativos brasileiros e de países com tradição no estilo, além de participar de feiras – uma delas é a Feira de Livros Infantis de Bolonha, na Itália, a maior do mundo direcionada a este público. “Um livro informativo tem como pressuposto passar conhecimentos da maneira mais interessante possível, senão vira uma enciclopédia”, conta. E, dirigido a crianças, obrigatoriamente precisa ter boas ilustrações, um equilíbrio entre texto e imagens, o que ela procura ter em mente já ao escrever.

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Cláudio Andrade, Santo Antônio de Lisboa

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83 !Mateus Boing NVictor Carlson / Acervo da família (Divulgação)

NATIVOS DA ILHA A CIDADE ESTÁ CADA VEZ MAIS COSMOPOLITA, MAS ALGUMAS FAMÍLIAS PRESERVAM AS RAÍZES DA CULTURA LOCAL A colonização açoriana em Florianópolis é evidente nas construções e costumes antigos, no jeito de falar e ser dos manezinhos, na relação com o mar e no nome dos lugares. História, cultura e tradição continuam vivas em famílias de todos os cantos da Ilha, caso dos Monteiro no Pântano do Sul, dos Nunes Pires no Centro, dos Pires na Armação, dos Andrade em Sambaqui e Santo Antônio de Lisboa e dos Zeferino nos Ingleses. Andrade Líderes religiosos e políticos, autoridades locais e donos de engenhos, artistas plásticos e pescadores. A lista de personagens marcantes da família Andrade, de Santo Antônio de Lisboa, é extensa. A influência do padre Lourenço Rodrigues de Andrade, por exemplo, foi muito além da então Freguesia de Nossa Senhora das Necessidades e Santo Antônio, onde ele nasceu, em 1767. O vigário se rebelou contra a ordem da Coroa Portuguesa de extinguir teares domésticos e isso lhe rendeu uma liderança política que acabou por levá-lo a Lisboa como deputado de Santa Catarina na corte. Mais tarde, em 1826, foi nomeado senador vitalício

do Império do Brasil e se mudou para o Rio, onde morreu, em 1844. Andrade por parte de mãe e sobrinho do padre Lourenço, José Fabriciano Pereira Serpa, o cônego Serpa, foi outra figura notável. Nascido em 1843 e ordenado padre em 1869, foi pároco de Santo Antônio de Lisboa por 53 anos, até 1922, quando morreu. Também teve atuação política, chegando a deputado provincial. Seus conhecimentos de homeopatia o fizeram conhecido em toda a Ilha. Atendia doentes, receitava xaropes, benzia e até exorcizava. “Ele é o único padre enterrado no cemitério de Santo Antônio”, conta o artista plástico Cláudio Andrade, que ajuda a preservar a história da família mantendo em funcionamento o engenho de farinha adquirido pelo pai, Agenor José de Andrade. Dono de engenho, delegado e provedor da Irmandade do Divino Espírito Santo, Agenor era um dos líderes da comunidade, assim como o irmão, o juiz de paz Fernando José de Andrade. “O pai era um homem forte, sofreu

três AVCs (acidente vascular cerebral) e ainda trabalhava na roça, no serviço pesado. As pessoas tinham respeito por ele. Era um coronel no bom sentido”, lembra Cláudio. Os Andrade também são uma família de artistas. Cláudio é escultor e santeiro. Ele é irmão de Neri Andrade, um dos maiores pintores naïf de Santa Catarina, com exposições no país e pelo exterior. E ambos são primos de Elias Andrade, o Índio, outro pintor de destaque nas artes plásticas catarinenses, com obras pelo Brasil e pelo mundo. Neri e Elias também pescam e seus quadros coloridos, cada um à sua maneira, mostram forte influência da cultura e do lugar onde nasceram e vivem. Pires “Na Armação, 80% dos nativos são Pires”, afirma o aposentado Ioni Manoel Pires, de 66 anos. Ele próprio é casado com uma parente, o que gerou um fato curioso: a mulher, Maria, recuperou o Pires ao adotar o nome de casada. Juntos mantêm há

As irmãs Germânia, Juliana e Isolina, Armação do Pântano do Sul

FLORIPA É l 2018


84

35 anos a Pousada Pires, a mais antiga do bairro. Os Pires descendem do Capitão Izidoro Pires, açoriano enviado em 1735 pela Coroa Portuguesa para implantar a fazenda de Santana da Lagoinha, única armação de baleias na Ilha. A mãe de Maria, Isolina Machado Oliveira Pires, é uma das moradoras mais antigas da Armação. Ela mora numa casinha perto do trevo da Armação e quase todos os fins de semana recebe duas visitas especiais. “As maninhas vão chegar”, costuma dizer a lúcida senhora de 94 anos. Germânia Amália da Silva, de 92 anos, vem do Ribeirão da Ilha, e Juliana da Silveira, de 90, do Jardim Atlântico. “Cada uma tem a sua caminha e as visitantes vão embora apenas na segunda pela manhã. Vão à missa, conversam, discutem, fazem comida, tomam café com batata doce, comem biju, essas coisas típicas da Ilha”, conta Ioni. Para ilustrar a disposição de Isolina, o aposentado lembra a excursão à Europa realizada há dois anos. Depois de um périplo de 20 dias por Portugal, Espanha e França, o grupo reclamava do cansaço quando perguntaram a Isolina como ela estava: “se tivéssemos que começar tudo de novo, eu começaria”.

Zeca Pires, Centro

Nunes Pires Entre os Nunes Pires é extensa a lista de personagens importantes na história e cultura de Santa Catarina. O clã teve início no fim do século 18 com o casamento do marinheiro e intérprete de inglês Antonio Nunes Ramos com Maria Joaquina de Jesus Pires. Antes de se estabelecer na Ilha, Antonio viveu uma aventura histórica: ele estudava em seminário do Rio de Janeiro, mas para não virar padre, como queriam os pais, fugiu para os Estados Unidos, onde participou da Guerra da Independência. O espírito aventureiro também correu no sangue de um dos filhos, Luiz Nunes Pires, que viajou o mundo como marinheiro. Luiz narrou suas peripécias de vida numa longa carta ao filho mais velho. Inspirado pelo pai, outro filho de Luiz, Christóvão, também viajou o mundo embarcado e escreveu suas memórias. Christóvão foi, aliás, governador da província de Santa Catarina nos conturbados anos de 1893 e 1894. Mesmo cargo que havia ocupado seu tio, Feliciano, irmão de Luiz, entre 1831 e 1835, que foi o único presidente catarinense da Província durante o império e o responsável pela criação da Força Policial, atual Polícia Militar. Feliciano, por sua vez, foi pai do professor e político Anfilóquio Nunes Pires, vice-cônsul da Inglaterra na Desterro do século 19, e avô do jornalista, dramaturgo e poeta Horácio Nunes Pires, autor da letra do Hino de Santa Catarina. Outro expoente foi Aníbal Nunes Pires, neto de ChristóFLORIPA É l 2018


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Augusto César Zeferino, Praia dos Ingleses

vão, bisneto de Luiz e pai do cineasta Zeca Pires. Professor de literatura, matemática e ciências humanas no Colégio Catarinense, no Instituto Estadual de Educação, na UFSC e na Udesc, mentor dos jovens intelectuais que, na década de 1940, trouxeram o modernismo para Santa Catarina por meio do Grupo Sul, Aníbal disseminou cultura, espalhou simpatia e influenciou gerações. “Ele era bonachão. Dizia aos alunos que quem quiser aprender, aprende, quem não quiser vai ser dar conta lá na frente. Também dizia que a melhor herança que um pai pode dele-

gar é a educação, porque é riqueza que não se gasta, não se perde e produz sempre”, conta Zeca, que tem na gaveta um livro sobre Aníbal e a família Nunes Pires. “Era para sair em 2015, no centenário de nascimento dele, mas não conseguimos publicá-lo”, diz. Zeferino A história dos Zeferino nos Ingleses começou por volta de 1900 quando Fermino Manoel Zeferino partiu de Ganchos, em Governador Celso Ramos, e atravessou o mar de baleeira até o Norte da Ilha de Santa FLORIPA É l 2018

Catarina. “Ele veio casado de lá, era pescador e agricultor, mas teve que se adaptar. Em Ganchos o mar é mais manso. Nos Ingleses o forte era a caça do cação, com redes resistentes e espinhal grosso”, conta Augusto César Zeferino, neto de Fermino e filho da professora Erondina Medeiros Zeferino, figura tão marcante no lugar pela dedicação ao ensino que virou nome de escola pública do bairro. Fermino prosperou ao abrir uma salga de carne de cação no canto direito da praia, perto da Igrejinha do Sagrado Coração de Jesus e do cemitério dos Ingleses. A produção era tão grande a ponto de ser vendida até para o Nordeste. Por volta de 1960, uma salga maior foi aberta onde hoje é o centrinho dos Ingleses e a concorrência afetou os negócios de Fermino, que mudou de ramo e, influenciado pela nora, passou a vender hortaliças, aumentando a lavoura que antes servia apenas para consumo familiar. Erondina também era descendente de açorianos. Educada em colégio de freiras, falava alemão e francês. Foi para os Ingleses dar aulas assim que se formou normalista, com 16, 17 anos, e lá casou com um dos filhos de Fermino, Elpídio Firmino Zeferino. “Era uma mulher muita educada e dócil. Atendia as pessoas com conselhos e influenciou muitos a incluir frutas e verduras na dieta (basicamente peixes e frutos do mar, tubérculos, farinha e derivados). Morreu com 56 anos, tinha diabetes. A comunidade sentiu muito”, lembra Augusto, um dos oito filhos do casal. Formado em Geografia pela UFSC e com pós-graduação nos Estados Unidos, Augusto César Zeferino é professor aposentado e tem diversos livros publicados, entre os quais “Ingleses do Rio Vermelho, o lugar e a gente”. Atualmente preside o Instituto Histórico e Geográfico de Santa


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Catarina e o Rotary Club de Florianópolis. Mora no Centro, mas vai frequentemente aos Ingleses, onde ele e os irmãos construíram, no terreno adquirido pelo avô Fermino, um prédio com oito apartamentos que é ponto de encontro da família no verão. Monteiro O Pântano do Sul, no início do século passado, era essencialmente agrícola. Pescadores de Ganchos e da Armação da Piedade, hoje Governador Celso Ramos, dominavam a pesca embarcada, sobretudo do cação. “Muitos gancheiros ficaram por aqui e meu avô foi um deles”, conta Arantes José Monteiro Filho, o Arantinho do Arante Bar e Restaurante. José Zeferino Monteiro, o Zé Gancheiro, era um jovem viúvo e sem filhos. O motivo de ter ficado foi, claro, a avó de Arantinho, Martinha Oliveira, também viúva e sem filhos do primeiro

casamento. “Ele tinha 25 anos e a vó 23 quando fugiram”, diz Arantinho, explicando, para quem não sabe, como se consumavam muitos casamentos naquela época. Segundo ele, o avô recebeu cartas da família em Ganchos pedindo que voltasse para cuidar do cafezal que tinha lá, que estava se perdendo, mas nunca voltou. “A vida inteira foi pescador, coitado. Pegava tudo que é tipo de peixe. Ensinou muita gente daqui a pescar, muito respeitado. Bebia uma cachaça braba. Era rabugento conosco, com os outros não”, lembra o neto, sorrindo. Já Arantes José Monteiro, o pai de Arantinho, embora tivesse pescado a vida inteira, despertou cedo para o comércio. Ele levava ovos, galinhas, verduras e outras mercadorias locais para vender no Ribeirão da Ilha e demais comunidades do sul da Ilha. “Ele abriu uma venda, que

Arantinho, Praia do Pântano do Sul

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depois virou verdureira, e daí bar, bar com comida e depois restaurante”, resume, sem deixar de destacar a participação da mãe, Osmarina Maria Monteiro, na história do empreendimento. “Ela era referência na cozinha. Sempre que alguém importante visitava a comunidade, padre, político ou outra autoridade de fora, almoçava lá em casa”, diz ele. Com o tempo, a cordialidade e a boa comida do bar do Arante começaram a atrair mais e mais visitantes. Mas Arantinho conta que o pai demorou a se render para a clientela de fora. Até a década de 1970, o bar funcionava das 5h às 12h e das 14h às 20h. “Foi difícil mudar o horário. Ele abria cedo pra vender cachaça pros pescadores que iam pro mar”, diz. O jeito foi passar a deixar um ou dois litros de pinga escondidos em lugar combinado do lado de fora do bar, solução que durou anos e anos.


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Muita agilidade e dinamismo do apresentador Henrique Zanotto para comandar o Santa Catarina no Ar por quase três horas ao longo da manhã

TIME DE SUCESSO NOVO SANTA CATARINA NO AR, SOB O COMANDO DO EXPERIENTE APRESENTADOR HENRIQUE ZANOTTO, CATIVA O PÚBLICO ESTADUAL COM MUITA INTERATIVIDADE O jornal Santa Catarina no Ar ganhou mais 30 minutos de duração! Agora o telespectador catarinense tem mais notícias e interatividade logo às 7h com entradas ao vivo realizadas pelas equipes espalhadas por todo o estado. No comando do programa está o experiente apresentador Henrique Zanotto, que já esteve à frente do BG News, telejornal vespertino da Record News SC. Além de

ter muita disposição para ficar quase três horas ao vivo diariamente, ele também tem desenvoltura para lidar com as novas tecnologias. “Esse é um caminho sem volta. O jornalismo precisa interagir com o público e os profissionais têm que aproveitar todos os recursos”, opina Zanotto. “Um exemplo é o uso do Hangout. Agora podemos entrevistar pessoas de qualquer lugar do mundo pela

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A animada Grasiele Aguiar no esporte

plataforma”, comemora. Outra tecnologia destacada pelo apresentador é o Mochilink, uma mochila que permite a transmissão usando o sinal da internet. “Recentemente tivemos uma operação policial na primeira hora da manhã. Nosso repórter acompanhou tudo, inclusive com deslocamentos”, explica. Zanotto também enaltece a participação do telespectador via WhatsApp para enviar fotos e vídeos de qualquer cidade catarinense. “Desta forma conseguimos reforçar ainda mais a missão do Grupo RIC de ser o maior produtor de conteúdo regional do Brasil”, afirma. Durante todo o tempo em que o Santa Catarina no Ar é exibido, o apresentador conta com a participação da equipe de especialistas da RICTV | Record TV. A primeira a entrar é a jornalista Amanda Santos com a Central do Tempo (confira ao lado). Em seguida é a vez da sempre animada Grasiele Aguiar, responsável pelas notícias do esporte. “O foco no momento será a final do campeonato catarinense de futebol, que é o nosso carro-chefe, principalmente a dupla da capital”, revela Grasiele. “Mas também sabemos tratar o esporte amador com um olhar diferenciado, como será com o basquete, inclusive com transmissões ao vivo”, diz. A RICTV | Record TV também destacará no segundo semestre o catarinense da Série B e regionalizará a cobertura

da Copa do Mundo. Outra especialista a dividir o estúdio do programa é Janine Alves, que traduz os assuntos complicados da economia de forma simples e para o entendimento de todos. “É um desafio diário tornar os complexos assuntos de economia mais acessíveis para as pessoas”, conta Janine, que interage com o público por meio do ND online. “Por outro lado, é gratificante saber que uma telespectadora trocou de instituição financeira para reduzir sua dívida. É muito bom quando o nosso trabalho ajudar a mudar a vida das pessoas”, comemora a jornalista, que é também é colunista do jornal Notícias do Dia. Zanotto também destaca as equipes que preparam o telejornal. “Temos uma turma que prepara as reportagens durante a noite e outra que entra às 5h e fica ligada no que está acontecendo para realizar coberturas de todo o estado”, explica. “Usamos todas as tecnologias possíveis para permitir entradas ao vivo de qualquer parte de Santa Catarina, valorizando ainda mais a participação do público”, garante o apresentador.

A economia facilitada com Janine Alves FLORIPA É l 2018

REALIDADE AUMENTADA A bela Amanda Santos, apresentadora responsável pelas notícias do tempo no Santa Catarina no Ar, agora caminha por entre gráficos de realidade aumentada nas transmissões ao vivo. “Por enquanto são gráficos mostrando a previsão do tempo para três dias, mas em breve teremos mapas e outras novidades”, conta Amanda, que está há três meses no programa. O trabalho da jornalista, no entanto, começou bem antes. “Passei um mês e meio fazendo treinamento na Epagri e agora trabalho em conjunto com a meteorologista da RIC. Temos de fato uma central do tempo no programa e o 3D valorizará ainda mais as informações”,

comemora Amanda, sem esconder a animação com a nova tecnologia. Na realidade aumentada as imagens em 3D aparecem na tela da televisão como se estivessem em meio ao estúdio. A tecnologia foi importada de Portugal e está em fase de implantação na RICTV | Record TV. “A empresa é uma tradicional parceira do Grupo RIC e que atende grandes redes mundiais como CNN e CBS”, explica Marcelo Campanholo, gerente de programação da RICTV | Record TV. “Ainda estamos recebendo treinamento, mas optamos por já colocar em prática alguns recursos da realidade aumentada. É apenas um aperitivo de tudo o que vem por aí”, revela.


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2017 COM MUITOS PRÊMIOS As equipes de jornalismo dos veículos do Grupo RIC abocanharam 19 prêmios durante 2017. Foram reconhecimentos em concursos regionais e nacionais. Um dos profissionais mais premiados foi o jornalista Paulo Müller, da RICTV | Record TV, com três láureas. No âmbito nacional, ele recebeu o Prêmio da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) pela reportagem sobre um jovem com paralisia cerebral que estava prestes a concluir a faculdade. A matéria foi exibida no Balanço Geral e ganhou destaque no telejornal Fala Brasil, transmitido pela Record TV. “Foi uma pauta que surgiu ao acaso, quando um conhecido me contou a história. A produção durou dois dias e a reportagem teve excelente repercussão. Fizemos a inscrição para o prêmio

EM DEFESA DA CIDADE Uma característica marcante na trajetória do jornal Notícias do Dia são as bandeiras levantadas em prol da cidade. São diversos temas que resultam em notas, reportagens e editorais, corroborando o compromisso com Florianópolis. A defesa do Mercado Público foi uma das causas mais importantes abraçadas pelo jornal. Durante anos as equipes do ND produziram matérias com diversas denúncias que ajudaram no processo de moralização da ocupação do espaço. “O Mercado Público estava ocupado por pessoas que haviam se apropriado de um prédio público e nem sequer ajudavam o município a mantê-lo. E nós conseguimos devolver esse patrimônio tão especial para a cidade”, recorda Adriana Ferronatto, editora-chefe do jornal. Várias reportagens denunciaram as péssimas condições do local, como os graves problemas elétricos. Infelizmente os alertas não evitaram os trágicos incêndios que viriam a acontecer. Por outro, os questionamentos relacionados à ocupação do imóvel surtiram efeito. “Até uma CPI foi criada. Ainda levaria alguns anos, mas uma licitação moralizou a situação do mercado”, conta Adriana. Outra bandeira importante foi a denúncia do esquema abusivo de venda de placas de táxi. “A prefeitura era conivente e não fiscalizava a concessão pública, criando uma situação que desfavorecia os usuários. Levantamos o assunto e provamos a prática ilegal. Agora, pelo menos, temos uma frota maior”, comemora a editora-chefe. FLORIPA É l 2018

Paulo Muller com os colegas Valdir Andrade (cinegrafista), Lucas Rezende (editor de imagens), Caroline Oliveira (editora de texto) e Daniel Hugen (produtor) da ABMES no último momento, sem qualquer pretensão, e vencemos concorrendo com redes nacionais”, conta orgulhoso. No âmbito estadual, Paulo recebeu o Prêmio FIESC de Jornalismo, um dos mais importantes em Santa Catarina, com a reportagem “O Peso dos Impostos”, que mostra como a alta carga tributária trava a economia e retrai os investimentos. Outro reconhecimento relevante no contexto regional foi o 7º Prêmio ACIF com a matéria “Florianópolis: uma das cidades mais empreendedoras do país”. “Mesmo que eu tenha elaborado e escrito as matérias, os prêmios só foram possíveis graças a colaboração das equipes de produção, já que cada reportagem envolveu pelo menos mais cinco colegas”, agradece Paulo.



Crescer junto sempre gera uma grande amizade. A gente tem muito orgulho de fazer parte desta histĂłria. E queremos estar sempre aqui para cooperar com o crescimento dessa cidade.

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