Revista SAEMI Itabira

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Revista especial em comemoração aos 10 anos de aplicação do Sistema de Avaliação das Escolas Municipais de Itabira Expediente Ronaldo Lage Magalhães Prefeito Dalma Helena Barcelos Silva Vice-prefeita Deoclécio Fonseca Mafra Chefe de Gabinete José Gonçalves Moreira Secretário Municipal de Educação Ricardo Guerra Martins Torres Assessor de Comunicação Social Equipe Editorial Jornalista responsável Wesley Rodrigues da Silva | MTB 0019359/MG Fotografia Daltonan Gonçalves Esdras Vinícius Coordenação Myriam Cristina Oliveira Souza Projeto gráfico e diagramação Lume Comunicação Tiragem 2.000 unidades Distribuição gratuita 2


“É pela via da educação que Itabira volta aos trilhos do desenvolvimento” A educação se revela um dos principais pilares da economia. Para compreender a importância desse setor, a matemática é simples: some investimentos em educação e o resultado incluirá progresso tecnológico e crescimento econômico sustentável. Consequentemente, todos os setores de mercado são impactados de forma positiva. Em Itabira temos um exemplo: o campus da Universidade Federal de Itajubá (Unifei). Os aproximadamente 2.250 alunos atuais movimentam ao menos R$ 52 milhões na cidade, por ano, em setores como o imobiliário, alimentação, transporte e entretenimento. Essa cifra subirá e muito, considerando nossos investimentos na ampliação do campus, que poderá receber mais de 10 mil estudantes. Por falar em ensino superior, Itabira se consolida como polo universitário. O setor privado recebeu instituições de peso como a UNA, que resolveu o imbróglio do “elefante branco” - um prédio particular abandonado há mais de 20 anos no Centro; a rede Pitágoras; Unicesumar e tantas outras, sobretudo na educação EAD, somando às instituições tradicionais, como a Funcesi. Estamos transformando, pouco a pouco, uma economia baseada na mineração para uma economia baseada no conhecimento. Buscamos aporte governamental e estrangeiro para tirar do papel o Parque Científico e Tecnológico (PCTI) e impulsionamento de outras obras importantes para reforçar o setor e atrair mais investidores: um aeroporto, melhorias viárias, fortalecimento e expansão de distritos industriais etc. Contudo, nosso trabalho nesse segmento vai ainda mais afundo. De nada adianta erguer uma obra sem ter uma base sólida. Assim, nos preocupamos com a educação básica, com os primeiros anos de escola. A rede municipal de Itabira coleciona méritos e exemplos de boas práticas. Aqui, destaco o trabalho do Sistema de Avaliação das Escolas Municipais de Itabira (SAEMI), do qual comemoramos dez anos de

Ronaldo Lage Magalhães ressalta o compromisso do Executivo Municipal com a educação pública itabirana

implantação e aplicação. A análise dos resultados do SAEMI possibilita a adoção de medidas efetivas para a conquista da eficiência e qualidade na educação itabirana. A aprovação do método é ampla entre educadores e comunidade. Defendemos que ao investir em educação, contribuímos para a construção de uma sociedade mais justa. É pela via da educação que Itabira retoma seu fôlego e volta aos trilhos do desenvolvimento. Cito Paulo Freire, em sua Terceira Carta Pedagógica: “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”.

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Com população aproximada de 120 mil habitantes, Itabira se consolida como polo educacional do Médio Piracicaba

Itabira, terra do poeta Carlos Drummond de Andrade, está localizada a 110 km de Belo Horizonte, na região central do Estado. A cidade ocupa o vigésimo quarto lugar na lista de municípios mais populosos do estado e tornou-se referência na área de desenvolvimento humano e econômico.

A UNIFEI tem contribuição direta no desenvolvimento local, já que grande parte dos cerca de 2,5 mil alunos vem de outras cidades e estados, movimentando a economia e contribuindo com pesquisas, startups e qualificação de mão de obra. A Prefeitura de Itabira investe na construção e crescimento do campus da universidade.

No segmento público, o Município conta com 15 escolas estaduais, 28 escolas municipais e 18 Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), com outros em construção. A cidade dispõe também de um leque de instituições privadas no ensino regular e técnico.

A cidade também recebeu instituições reconhecidas na esfera privada, a exemplo do Centro Universitário Una e Faculdade Pitagóras, do grupo Kroton Educacional, entre outras tantas instituições no campo da Educação a Distância (EAD).

Itabira tornou-se cidade polo em educação superior por acolher diversas instituições, como a Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), considerada uma das melhores do mundo, segundo ranking da revista britânica Times Higher Education. 4

Com quase três décadas de atuação na cidade, há a Fundação Comunitária de Ensino Superior de Itabira (Funcesi), com complexo amplo na região do bairro Areão e responsável por formar, ano a ano, centenas de profissionais e especialistas nas mais diversas áreas do conhecimento.


Entre os investimentos na educação de base está a construção e a ampliação de CMEIs

O campus itabirano da Unifei começou suas atividades em 2008, fruto de uma parceria entre a Prefeitura, a mineradora Vale, o MEC e a universidade 5


Sistema de avaliação foi lançado em 2009, com aplicação ano a ano na rede municipal de Itabira nas escolas do Município e servir de base para planos de ação em curto, médio e longo prazo. O sistema levou em conta os indicadores alcançados pela cidade no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). O SAEMI consiste em provas elaboradas e analisadas por uma equipe de professores da Superintendência TécnicoPedagógica (STP) da Secretaria Municipal de Educação (SME). O público-alvo é formado por alunos do terceiro, quinto e oitavo ano do Ensino Fundamental. Eles são avaliados em Língua Portuguesa (leitura e escrita), Matemática e Conhecimentos Gerais.

Como é feito o tratamento dos dados Atualmente, a correção das provas e a tabulação dos dados são feitas nas próprias escolas, sob a coordenação dos profissionais da Superintendência Técnico-Pedagógica. Esse contato mais próximo dos gestores e professores das escolas favorece uma discussão sobre os reflexos das práticas pedagógicas nos resultados alcançados.

O exame é nivelado pelos conhecimentos que os alunos da rede municipal apresentam em Língua Portuguesa, Matemática e Conhecimentos Gerais

O Sistema de Avaliação das Escolas Municipais de Itabira (SAEMI) foi criado em 2009 e, neste ano, completa seu décimo ano de avaliação da Educação Básica. O exame foi elaborado com objetivos claros: traçar um diagnóstico do ensino e da aprendizagem 6

A correção in loco também identifica as habilidades em que os alunos tiveram desempenho recomendado, as de desempenho intermediário e as de baixo desempenho. Ainda, é possível perceber quais habilidades foram alcançadas, ou não, pelos alunos. Esse trabalho gera propostas de ações e intervenções individuais e coletivas para serem desenvolvidas de maneira a agir diretamente no foco das dificuldades detectadas pelo exame.


ApĂłs as provas aplicadas aos alunos, os educadores revisam suas estratĂŠgias pedagĂłgicas diante dos resultados observados

O SAEMI avalia alunos do terceiro, quinto e oitavo ano do Ensino Fundamental 7


Em entrevista, criador do exame ressalta o porquê de sua aplicação à rede municipal de ensino e resume ganhos obtidos na última década Formado em Sociologia, História e Geografia, José Gonçalves Moreira é professor da rede pública há mais de duas décadas. Lecionou, por exemplo, nas escolas Major Lage, no bairro Pará, Antonina Moreira, no bairro Água Fresca, e Trajano Procópio de Alvarenga Silva Monteiro (Premen) - nessa última também foi diretor. A expertise como educador o levou à gestão da Secretaria Municipal de Educação (SME) por dois momentos: o primeiro entre 2009 e 2012, e o segundo desde 2017. Foi José Gonçalves o criador do SAEMI, mantido no intervalo em que não conduziu a SME e que agora completa dez anos de resultados satisfatórios. O professor acredita no poder transformador da educação e defende que iniciativas que visem a sua evolução devam ser permanentes na agenda política, indiferente de quem seja o gestor ou sua visão políticopartidária. Em âmbito nacional, temos a Prova Brasil e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB). No estadual, por sua vez, temos o Sistema Mineiro de Avaliação e Equidade da Educação (SIMAVE). Por que criar um exame para avaliar a qualidade do ensino local? Foi necessário criar o SAEMI, porque percebemos a necessidade de termos um sistema de avaliação local, com características próprias para avaliar o ensino e a aprendizagem das escolas municipais e estabelecer políticas educacionais visando à melhoria dos índices. Por meio dele, seria possível avaliar todas as escolas, inclusive as rurais, que, na maioria das vezes, não são avaliadas no SAEB por terem menos de 10 alunos matriculados nas séries/anos escolares. O SAEMI avalia os alunos do 3º, 5º e 8º anos em Matemática, Língua Portuguesa (interpretação de texto e produção de texto) e Conhecimentos Gerais (Geografia, História e Ciências). O PROEB e o SIMAVE não avaliam a produção de texto em Língua Portuguesa e nem em Conhecimentos Gerais. Nas séries finais do Ensino Fundamental, optamos por avaliar o 8º ano e não o 9º para conhecermos mais cedo a realidade, e as escolas terem tempo para propor e executar um plano de intervenção pedagógica. 8

Cada escola elabora sua intervenção pedagógica a partir dos desafios identificados nos resultados das provas


O resultado da avaliação é verdadeiramente tratado? Como? Sim. No primeiro momento é feita a correção das avaliações e tabulação dos dados nas escolas, com a participação da equipe gestora, professores e profissionais da Superintendência Técnico-Pedagógica (STP). No segundo momento, é feita na escola a análise da produção de texto obedecendo a uma chave de correção. No terceiro, a equipe técnica da STP, responsável pelo SAEMI, analisa os resultados, elabora relatórios da rede municipal e de cada uma das escolas. Enquanto esse trabalho está sendo realizado, as provas são encaminhadas às escolas para que os professores deem devolutiva aos alunos e façam as intervenções necessárias. No quarto momento, o resultado do município é apresentado aos gestores e esses são responsáveis por levar o relatório da escola ao conhecimento da comunidade escolar. A partir desses resultados, cada escola elabora seu plano de intervenção pedagógica e a STP planeja as formações que serão ministradas.

O professor José Gonçalves criou o SAEMI há dez anos com uma proposta isonômica e mais próxima da realidade e cultura local

O diagnóstico também contribui para a discussão de políticas públicas que vão além das salas de aulas? Pode comentar um exemplo? Sim. Uma das políticas públicas que o SAEMI permitiu aprofundar foi a inclusão dos alunos com Necessidades Educacionais Especiais (NEEs) na rede municipal de ensino de Itabira. Na avaliação do SAEMI, o Centro Municipal de Apoio Educacional (CEMAE) analisa os laudos e suportes necessários para que os alunos com NEEs participem, efetivamente, desse sistema de avaliação contribuindo para a construção de estratégias de acessibilidade e adaptação ao cotidiano escolar desses alunos. Atualmente, contamos com uma rede de suporte aos alunos com NEEs composta por serviços e profissionais que favorecem o processo de inclusão escolar, garantindo atendimento educacional especializado com recursos multifuncionais e apoio especializado para aqueles que apresentam necessidades, bem como acompanhamento da equipe técnica à equipe escolar, aos alunos e aos familiares. Como avalia a educação municipal no cenário pós-implantação do SAEMI? Em que pontos avançamos?

O SAEMI permitiu aprofundar a inclusão dos alunos com NEEs na rede municipal de ensino

Houve um avanço na educação municipal. O SAEMI permitiu fazer um diagnóstico da educação de nosso município mais próximo da realidade e propor intervenções. Permitiu pensar em para quê e para quem melhorar a educação, antes do como melhorar. Permitiu que a Secretaria Municipal de Educação conhecesse melhor a realidade das escolas, a clientela, o perfil dos gestores e dos profissionais que nelas trabalham. Houve, 9


O Saemi tem equipe ampla e com profissionais responsáveis por diversas áreas

também, melhoria do atendimento aos alunos com NEEs. Poucos municípios contam com sistema semelhante no País. Quais são os maiores desafios para implantar um exame como o SAEMI? Temos três categorias de desafios: humano, financeiro e político. No humano, o desafio está em ter profissionais na rede com capacidade de estudo, elaboração das provas, análise dos resultados e planejamento da formação dos profissionais. Caso não houvesse, seria necessário contratar uma equipe ou uma empresa para fazer esse trabalho.

importância que o gestor da educação municipal dá a ele. Iniciativas como essa precisam ser indissolúveis seja qual for a gestão político-partidária do Executivo, certo? Projetos de educação devem estar acima das questões políticas e ideológicas, têm que haver continuidade e podem e devem ter correções de rumos. Eles não podem ser propostos para um ano. São, na maioria das vezes, pensados para décadas. O SAEMI não é estático, está sempre em evolução e aprimoramento. Precisa ser reconhecido, enxergado como algo importante e necessário, ser algo cultural. Não basta que seja apenas legalizado. O que espera do futuro da educação municipal?

No financeiro, garantir no orçamento da SME os recursos para pagamento dos profissionais, da impressão das provas e dos gastos com a aplicação e de cursos de capacitação. Há ainda o desafio político, em que a continuidade desse sistema de avaliação depende do desejo e da 10

Espero que se mantenha uma educação forte, empreendedora e que prepare os alunos para serem competitivos, atendendo às necessidades do mercado de trabalho e da vida em sociedade.


Maria do Perpétuo Socorro Assis Cabral é graduada e especialista em Matemática. Professora da rede municipal, também construiu legado na esfera privada. Foi secretária Municipal de Educação em 2012. Coordena o SAEMI desde 2009.

De lutas desafios, criatividade, novas oportunidades e, principalmente, crença de que é possível, mesmo numa rede de ensino tão grande, trabalhar de maneira integrada, garantindo a aprendizagem das crianças e jovens. Quais os frutos colhidos? A competência dos profissionais que elaboraram e analisaram os relatórios das avaliações durante esse período; a credibilidade do processo e o acreditar de que o SAEMI veio para ficar; o empenho dos profissionais das escolas na aplicação das avaliações, na análise dos resultados e na busca de soluções para a melhoria dos resultados; o diagnóstico dos alunos com necessidades educativas especiais (NEEs) da rede municipal de ensino e as adaptações necessárias a cada um deles, garantindo assim equidade, autonomia e segurança na hora da avaliação. Quais as dificuldades? Garantir formação em trabalho para todos os profissionais da rede municipal de Itabira; melhorar o desempenho de nossos alunos em Matemática, em Leitura e na Produção Escrita; garantir, aos alunos com NEEs equidade e acessibilidade em todo o processo de escolarização e, não apenas, em um momento de avaliação externa. A quem agradecer? Ao secretário de Educação José Gonçalves Moreira, que, com sua ousadia, criou e implantou o SAEMI; à Luciane Maria Ribeiro da Cruz por ter acreditado e dado continuidade a esse sistema de avaliação; aos meus colegas de equipe que acreditaram nesse sonho e fizeram com que se tornasse realidade; aos profissionais da Educação de nosso município que foram nossos parceiros nesses 10 anos de avaliação. Nosso sonho? Garantir o mesmo direito de aprendizagem a todos os alunos da rede municipal.

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A Superintendência Técnico-Pedagógica analisa os resultados, elabora relatórios da rede e a tratativa em cada uma das escolas

Dicionários brasileiros traduzem o termo “equidade” como um valor de “igualdade”, “justiça”, ou ainda de “reconhecimento dos direitos de cada um”. A palavra citada, dessa forma, pode ser entendida como um mecanismo que nivele as desigualdades naturais entre as pessoas. No que tange à atenção dada às crianças com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades, a equidade é um princípio que norteia o trabalho da Secretaria Municipal de Educação (SME). No SAEMI, há forte protagonismo do Centro Municipal de Apoio Educacional (CEMAE). É a instituição quem faz o levantamento das orientações e adaptações necessárias às crianças com as chamadas necessidades educacionais especiais (NEEs), para que elas também possam ser avaliadas de forma equivalente. Para garantir acessibilidade e a eliminação de barreiras, foram desenvolvidas provas ampliadas, em Braille, com 12 12


Alunos tem acesso a provas ampliadas, em Braille, com auxílio ledor ou transcritor

auxílio ledor ou transcritor, por exemplo. Tudo foi pensado conforme a complexidade do quadro diagnóstico apresentado por cada aluno.

sejam reduzidas ao seu ‘diagnóstico’. Pois, só assim, as habilidades serão mais valorizadas do que os déficits”, destaca, por sua vez, Luciana Renata Moreira Fonseca, da seção de Pedagogia do Centro de Apoio Educacional.

Pontapé Pesquisa O trabalho foi ponto de partida para uma atenção especializada não somente durante as provas do SAEMI, como em todo o período escolar. “Os resultados obtidos pelos alunos refletiram a importância de tais adaptações e indicaram a necessidade de oferecê-las em todas as atividades acadêmicas”, cita Cleusa Aparecida dos Reis, psicóloga do CEMAE. Conforme especialistas do CEMAE, antes dessa intervenção eram comuns os casos de exclusão dos alunos com NEEs, dadas as limitações de aprendizagem e os desafios existentes nas escolas. “Um dos desafios que se coloca para a educação especial na perspectiva da educação inclusiva é conseguir que as pessoas não

Um levantamento da SME foi feito para conhecer melhor a realidade das crianças com NEEs e a aplicação das adaptações de que elas precisam. Para 76,1% dos entrevistados, as adaptações são mantidas em todo o cotidiano das crianças na escola. Outros 90,1% dos entrevistados perceberam uma rede de colaboração para garantir que essas adaptações sejam contínuas. “Esse é um dado bastante positivo, tendo-se em vista que o processo de inclusão no espaço escolar só ocorre se a equipe gestora favorece a construção de aprendizagem acadêmica para todos os alunos”, pontua Edna Torquato, membro da equipe do SAEMI que acompanhou o levantamento. 13


Além de estratégias pedagógicas, resultados apontam caminhos para atualização dos professores

Aplicadas as provas do SAEMI às crianças e adolescentes da rede, é feita a correção e devolutiva do material às escolas. São listados os desafios identificados e definido como agir, com o engajamento de todo o público envolvido.

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“Mesmo que existam outros sistemas de avaliação – tanto estadual, quanto federal –, o SAEMI avalia de maneira mais real, de acordo com o que espera que o aluno aprenda ao longo dos anos. Quando o desempenho dos alunos é positivo chegamos à conclusão de que estamos no caminho certo”.

Mariza Alvarenga Ferreira de Almeida, Escola Municipal Professora Antonina Moreira.

“Transformar a prática avaliativa significa questionar a educação desde as suas concepções, seus fundamentos, sua organização, bem como as suas normas burocráticas. E, ainda, propor mudanças conceituais, redefinição de conteúdos, e das funções docentes, entre outras”.

Helena Félix Guimarães Moreira, Escola Municipal Ester Pereira Guerra.


Mônica Juliana Souza Reis Duarte, Escola Municipal Coronel José Batista.

“O mapeamento traçado pelo SAEMI não se limita apenas aos anos contemplados pelas avaliações. Mais do que isso, ele reflete o domínio das habilidades e competências trabalhadas desde a Educação Infantil até os anos finais, num trabalho desenvolvido ano a ano”.

Waldênia dos Anjos Oliveira, Escola Municipal Antônio Camilo Alvim.

“Após a correção das avaliações, podemos perceber claramente quais habilidades necessitam de maior atenção por parte do corpo docente, possibilitando assim melhores resultados em sala de aula e nas próximas avaliações”.

Mariane Regina, Escola Municipal Cornélio Penna.

“As provas do SAEMI não têm como propósito determinar e estabelecer rankings entre os alunos e escolas examinadas, mas identificar as habilidades e as competências que os alunos ainda precisam aprender e a ampliação da visão dos educadores diante deste trabalho”.

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“É perceptível o aperfeiçoamento das habilidades medidas especialmente na disciplina de Língua Portuguesa, pois, atualmente, os alunos são avaliados tanto pela capacidade de ler e compreender os diversos gêneros textuais, quanto pela capacidade de produzi-los. Certamente, escrever e ler, embora sejam competências distintas, têm relação intrínseca, e, a avaliação do Município tem contribuído significativamente para a elevação da qualidade do processo de ensino e aprendizagem de ambas”.

Gracielle de Castro Martins e Figueiredo, Colégio Municipal Professora Didi Andrade.

“Os resultados também são importantes para o desenvolvimento de formações, visando aperfeiçoar e diversificar o trabalho docente, criando novas perspectivas de ensino e aprendizagem, gerando mais qualidade na educação oferecida pela rede municipal”.

Vanessa Fonseca Barbosa, Escola Municipal Efigênia Aves Pereira.


Luciene Chaves Vieira, Escola Municipal Américo Giannetti.

Anete Almeida Leite Araújo, Escola Municipal Professor Alfredo Sampaio.

Regilane das Graças Silva, Escola Municipal Filomena Jardim.

“O SAEMI se configura como uma politica publica que visa contribuir para a promoção de uma educação de qualidade oferecida a todos os estudantes. Deve ser tratado como um importante instrumento de ação e reflexão contínua da educação oferecida”.

“Enquanto professora, me vi desafiada a rever meus métodos, a me atualizar sempre. O SAEMI transformou a escola num espaço de construção coletiva de conhecimento. Passamos a ver com mais clareza as dificuldades das crianças e, consequentemente, a buscar ações para viabilizar o desenvolvimento delas”.

“Considero um privilégio ter na rede municipal a aplicação das avaliações do SAEMI. Nos é permitido refletir sobre as práticas pedagógicas da escola e aprimorar o ensino e a aprendizagem como desafio de toda rede municipal”.

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O SAEMI, ao longo de seus dez anos de aplicação, conquistou credibilidade e confiança dos profissionais da rede municipal. A SME ouviu gestores das escoa, coordenadores pedagógicos, professores e

especialistas sobre a efetividade do exame, e, os resultados falam por si. 84% dos profissionais que responderam ao levantamento o consideram eficaz.

Além disso, 95,6% afirmaram que se fossem eleitos responsáveis pela SME dariam continuidade ao SAEMI, assim, como ocorreu entre 2013 e 2016. “Tudo indica que se depender dos profissionais que trabalham em nosso município atualmente o futuro do SAEMI estará garantido”, observa Edna Torquato, professora de matemática, responsável pela pesquisa. Ao todo, 275 profissionais responderam ao

levantamento, feito nas instituições. Aproximadamente 60% desses profissionais exercem a função de professores regentes. Ainda na pesquisa, os participantes deveriam responder, de acordo com sua concepção, o grau de concordância com algumas afirmativas relacionadas ao SAEMI, usando uma escala de 1 a 7, sendo que 1 representa discordo totalmente e 7concordo totalmente.

Edna Torquato destaca que o Sistema foi bem recebido nas escolas, com índice elevado de satisfação entre os educadores

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A participação dos pais e responsáveis na vida escolar das crianças e adolescentes é fundamental ao processo de aprendizagem. Especialistas apontam que, quando os tutores se interessam pelos estudos e pelas experiências escolares dos pequenos, esses, por sua vez, se sentem valorizados, se desenvolvem melhor e de forma mais segura e com boa autoestima. Alessandra Carolina da Silva e Edinei Rodrigues Rocha participam ativamente do universo escolar desde que a primeira filha, Alice Silva Rocha, ingressou na Educação Infantil da Escola Municipal Coronel José Batista, na Praça do Centenário. Em 2018, Alice cursou o segundo ano das séries iniciais. Também há outra filha do casal na instituição pública: a caçula Iara, que concluiu o segundo período no ano que passou. “Toda tarefa, apresentação e atividade realizada na escola eu sempre fiz questão de que nossas filhas participassem, e toda nossa família também. Nas reuniões, fazemos o possível para que venhamos os dois, pai e mãe. Para mim, a participação da família é fundamental. A escola está para ensinar e os pais para educar e continuar aprimorando aquilo que a escola 24

ensina”, comenta Alessandra, que integra o colegiado de pais da instituição, além de ser voluntária da escola. O marido concorda com o que defende Alessandra, e questiona: “se a criança não tiver um acompanhamento e uma base familiar, o que será de seu futuro?”. Estrutura exemplar Alessandra e Edinei decidiram matricular as filhas na rede municipal ao perceberem que o ensino do Município em nada perde para outras redes de ensino. Pelo contrário. Um dos diferenciais que conquistou a credibilidade deles é o Sistema de Avaliação do Ensino Municipal de Itabira (SAEMI), que ano a ano verifica, avalia e trata o desempenho dos estudantes. Com conhecimento de causa, a mãe destaca ser o SAEMI de relevância ímpar ao processo de ensino-aprendizagem. “É uma forma de a SME ver se o aluno está com um bom desempenho, ou não. Se ele está, de fato, absorvendo o que o professor está aplicando. Tem relevância crucial à rede, com uma visão macro e individual do aluno”, cita.


Edinei elenca também uma conquista do ensino público: crianças estão lendo aos cinco anos de idade. Além disso, ele e a mulher destacam a presença do agente de estimulação em sala de aula, um profissional que complementa o trabalho do educador nas escolas municipais de Itabira. “Eu tenho observado que a educação municipal vem melhorando cada vez mais nos últimos anos. Os alunos estão mais motivados a aprender. Na rede municipal de Itabira, a meu ver, o ensino é excelente”.

Edinei Rocha: "Na rede municipal de Itabira, a meu ver, o ensino é excelente".

Alessandra Carolina: “A escola está para ensinar e os pais para educar e continuar aprimorando aquilo que a escola ensina”

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O SAEMI se tornou porta de entrada para outras avaliações no universo da educação, cumprindo seu papel em preparar de forma devida os estudantes da rede municipal de ensino. Aluna da Escola Municipal Antônio Camilo Alvim, no bairro Barreiro, Thayssa Silva Matias é um exemplo. A jovem de doze anos, que cursou o sétimo ano do Ensino Fundamental em 2018, recebeu do Ministério da Educação (MEC) certificado de menção honrosa com base nos bons resultados obtidos na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP 2017).

Thayssa diz que a escola é sua segunda família. Além de fazer o possível para não faltar um dia sequer, participa de projetos no contraturno, com aulas de viola. “Eu nunca gostei de ficar em casa à toa”, conta a garota, que, no futuro, quer ser médica ou cantora. Para a mãe, Maria Aparecida Silva Matias, a filhota é motivo de muito orgulho para toda a família.

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O apoio da mãe, Maria Aparecida, é fundamental ao desenvolvimento da filha

Maria fala da importância que os pais e tutores têm em sala de aula. “Quando eles chegam em casa, eu já pergunto da tarefa. Depois do almoço e um rápido descanso, vem a tarefa. Brincar, só depois. Os pais devem participar de tudo, eu acredito. O ato de educar começa em casa”. Já a diretora da instituição, Waldênia dos Anjos, elogia a disciplina e a dedicação de Thayssa, bem como o apoio familiar. Ela comemora o fato de que, bons resultados também, estão além da região urbana da cidade. “Bons resultados vêm do comprometimento de todos os alunos, da equipe escolar e das famílias. Sem essa parceria não conseguimos chegar a lugar algum”, comentou.

"Quando eles chegam em casa, eu já pergunto da tarefa. Depois do almoço e um rápido descanso, vem a tarefa. Brincar só depois. Os pais devem participar de tudo, eu acredito. O ato de educar começa em casa". Maria Aparecida

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Adagmar Leite 2013 a 2015

Amanda Cristina Silva 2015

Angélica Miriam Pena 2014 a 2019

in memorian

Aracele Cristina Fonseca

Cláudia Mara de Souza

Cleusa Aparecida dos Reis

2013

2009

2010 a 2019

Cora Maria de Souza

Creidimar Duarte Azevedo

Cristina José de Assis

Divina Elisabeth da C. Macedo

Edna Azevedo Torquato Cunha

Elaine Cristina Lopes

2012 a 2019

2011 a 2012

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2013

2010 a 2019

2010 a 2016

2016 a 2019


Eliene de Fátima Pereira 2015 a 2016

Enisa Moura B. C. Oliveira 2013 a 2016

Gracielle Ramos

Elisa Sampaio de Faria

Elizabeth Moreira de Castro

Fátima Guimarães

Giovanna Magalhães de A. Duarte

2010 a 2012

2011 a 2012

Heldeane C. S. Felipe de Campos

2009 a 2012

2010 a 2012 / 2014 a 2018

2010 a 2012 / 2014 a 2019

2010 a 2016

Igor Moreira Alves

Ione da Silva Rodrigues

Ivanildo Antônio de Souza

Josiany Rodrigues dos S. Duarte

2013 a 2015

2014 a 2016

2016

2010 a 2016

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Karina Camilo e Rocha 2016

Linete Maria F. Madeira 2018 a 2019

Luziene Aparecida Lage 2010 a 2012 / 2014 a 2019

Maria Auxiliadora Almeida 2010 a 2012 / 2017 a 2018

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Karine Domingues Santos

2009 a 2010 / 2012 a 2015 / 2017 a 2019

Kléria Oliveira Castro 2014

Luciana Renata M. Fonseca

Lucimara de Cássia F. Santos

Márcia Rodrigues Vitório

Margarida Lourdes Gandra

2016 a 2018

2017 a 2019

Maria do P. Socorro A. Cabral 2009 a 2019

2010 a 2012 / 2017 a 2019

2010 a 2013

Maria Luiza de S. Queiroz 2011 a 2013


Maria Ruth de Casto Almeida 2009

Nilvânia Torquato Dias

Mari-Stela Lucimar S. C. Souza 2011 a 2012

Milene de Castro Magalhães Costa 2014

2017 a 2019

2011 a 2013 / 2018 a 2019

Pablo Lopes Quintão

Regina Maria Nunes de Lana

Renata Fraga de O. Figueiredo

Sandra B. Duarte de Freitas

Suzana Esteves Quadros

Valéria Alves Oliveira

Vildivânia de Fátima Albuquerque

2017 a 2019

Tânia Lúcia Moreira Campos 2010 a 2012

2012 a 2019

2013 a 2016 / 2018 a 2019

2017

2010 a 2014

2010 a 2012

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