Fragmentos de Poemas Soltos no Vento

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COMO CHEGUEI À ODONTOLOGIA. Recordando o longo caminho já percorrido relembro quando pensava que conseguiria ter o mundo ao meu alcance e o dentista da família, Dr. Campani, que possuía consultório no Edifício Vera Cruz, conseguiu impingir ao meu pai, que eu deveria ser Dentista, demonstrando a enorme clinica que ele possuía. É a vida quem decide o nosso destino e a interpretação da vida torna uma pessoa diferente com a sabedoria adquirida pelas próprias experiências. TEMPO DE FACULDADE O vestibular não era de “cruzinhas”, dissertações numa prova escrita e outra oral de biologia, física, química, matemática e português. Como a Odontologia era um apêndice da Medicina, a maioria dos professores titulares faziam parte do seu corpo docente. Formado Cirurgião Dentista em 1949 dediquei-me a clínica de consultório e a vida universitária por mais de trinta anos desenvolvida na Faculdade de Odontologia da UFRGS, tendo ocupando diversos cargos, aposentando-me como Professor Titular. VIDA ASSOCIATIVA Quando acadêmico idealizei da 1ª Semana Acadêmica de Odontologia em 1947, ao fundar o Centro dos Estudantes de Odontologia. A vida associativa sempre me apaixonou, tendo comparecido a jornadas e congressos que me possibilitaram o recebimento de honrarias como Sócio Honorário das entidades de classe: Sociedade Paulista de Odontologia, Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia, Associação Odontológica do Rio Grande do Norte, Sindicato do Odontologistas de São Paulo, Sociedade dos Cirurgiões Dentistas do Pará, Medalha Hardy Ebling pelo Sindicato dos Odontologistas de Porto Alegre, entre outras. Pertencendo a Academia Brasileira de Odontologia e Academia Gaúcha de Odontologia percorri quase todo o Brasil ministrando cursos, palestras e participando em simpósios e congressos. Fui um dos idealizadores e presidente do primeiro CORIG - Congresso Odontológico Rio Grandense. Um título que muito me orgulha foi o conferido em 1984 pela Câmara Municipal de Porto Alegre, indicando-me como Cidadão Emérito. OUTRAS ATIVIDADES NA ODONTOLOGIA Quanta saudade sinto de sempre estar envolvido em projetos e sonhos, como a fundação da Revista Gaúcha de Odontologia, tendo já ultrapassado o seu cinqüentenário de publicação ininterrupta. Igualmente a INODON e uma dezena de outras atividades relacionadas com a Odontologia. No livro Minha Ciranda Pela Odontologia, que acabo de editar, estão especificados todos os sonhos que me embalaram a vida, assim como a história da odontologia no Rio Grande do Sul, entre as décadas de 40 e 80.A realidade, hoje, me fez desconhecer os problemas da velhice e ensinou-me a vencer as vicissitudes da terceira idade, pois quando jovem detemos a certeza da imortalidade e a confiança imaginária de que somos superiores ao próprio tempo


Haroldo Cauduro.

Este livro dedico aos poetas e poetisas que fazem a canção do seu silêncio.

Agradeço também a valiosa colaboração prestada pelo Marcelo Peixoto Fraga.

Endereço do autor; 24 de Outubro 340 Apto.102. Porto Alegre. RS CEP 90510-000


As poesias da alma não deixam recados, imprimem uma sentença que perdura pelos anos. Poemas soltos derramados pelo chão encontrei mirando o horizonte da vida. Numa poesia brilha a alma da esperança e a tristeza da existência. A poesia é o sentimento do imaginário.


Apresentar uma pessoa com tantos e variados pendores no fazer e com estética polimétrica no escrever, é como jogar uma moeda no fundo do mar. Acerta no alvo sempre, de costas e olhos fechados. Haroldo Cauduro, um leniente e venerando amigo, com quem tenho uma convivência de mais de 60 anos, o que me permite dizer das suas qualidades e características, a partir das minhas parcas, mas ciosas e permanentes percepções. Ao ser convidado para apresentá-lo, não poderia me omitir, pois sentindo-me lisonjeado pela fidalguia da tarefa, penso que, de alguma forma como faz o autor em seus versos, poderia também revelá-lo pela expressão de minhas emoções. Procurando, pois, identificá-lo submergi em seu abstrato âmago e percebi um continente de fartura de qualidades, virtudes, talentos, valores e sabedoria. Presenciei ao longo de sua caminhada muitos testemunhos do que relato. Não é sem razões ou pressupostos que alcançou o grau universitário de Cirurgião Dentista, esmerado profissional, a Docência Universitária, membro da Academia Gaúcha e da Academia Brasileira de Odontologia. Empresário bem sucedido. Sua vida considero como um guia de formação pessoal Com a experiência e o conteúdo de todas estas atividades, acumulou conhecimento e saber, o que o configurou um afirmado pensador. Quando se afirma o pensar, são gerados idéias e sonhos. Sonhos de olhos abertos e não dormidos. Então, com fluência, criou e discorreu sobre o inefável enigma da invenção. Comunicou-se e ao lavrar, tornou-se escritor, poeta e compositor. Autodidata. Assim, como Pablo Neruda, em sua mansão envidraçada na Isla Negra, no Chile, olhava o mar através da vidraça e embebiase na profundidade do mar, imaginava as suas riquezas e as relacionava com o ser humano, tecia seus preciosos poemas, imagino que, Haroldo Cauduro , na sua juventude em Cidreira contemplava um mar tropical, inebriava-se no agito das ondas e nos cômoros de eacaldantes areias ou, mais tarde, em sua mansão em Ponta Grossa, meditando na serenidade das águas da Lagoa, sua ribeirinha, com sua musa Gina, construiu um mundo poético com palavras com a suavidade do algodão, com o sabor das uvas e dos pêssegos e o aroma das rosas e açucenas. E assim, lapidou seu majestoso lar. Haroldo é um homem com alma, é um mar de reverências e fraternidade. Seu estilo marcou para sempre os corações dos amigos . Os leitores que o descubram. Luiz Carlos Tovo


EU SOU O POEMA FELIZ ANIVERSÁRIO PORQUE VAIS EMBORA ACONTECEU N.DOMINGO ALMAS EM TEMPESTADE LUA QUE NÃO TEM ALMA LENÇOS VOCÊ JÁ FICOU IMAGEM PERDIDA INCERTO INSEPARAVEL TECLADO GRITO DA SOLIDÃO HOJE PROCURO O DESTINO ME F.CHORAR O DESTINO O PECADO AOS DOMINGOS LAMENTO O ROLXINOS PROFANA FANTASIA QUANDO DISSESTE ADEUS O SONHAR DO SONHO O TEMPO DO MOR

FOI NUMA ESQUINA O DIA DA PARTIDA ELA TAMBÉM É GENTE MUITOS DESEJAM MULHER QUE VIVE A NOITE NA RONDA DA VIDA ENGANO DEIXA-ME SER TEU AMIGO ENVELHECENDO DEIXA O VEINHO MOCIDADE OU VELHICE DIALOGO ALAMA D NOITE ME ACIDENTEI P. TE MEU DESEJO PROCUREI MINHAS LEMBRANÇAS LUTAR É PRECISSO EU GOSTO DE VOÇÊ ASSIM É O CAMINHO PORTA FECHADA DESCUBRA O AMOR PRIMEIRA COMUNHÃO TEUS BEIJOS CHEIRO DOCE DAS FLORES AXIOMAS DO AMOR COMO ÉLINDO NO MEU SITIO RUA DA PRAIA AMIGA LUA SERENATA EM NOITE DE LUAR VIOLINOS NO CÉU SETEMBRO DA PRIMAVERA VOCÊ ACONTECEU OS BOÊMIOS ALMAS EM CINZAS CÃOZINHO AMIGO BARES DA CIDADE PRIMEIRA NAMORADA NAS MÃOS O AMOR QUE NÃO CONHEÇO NOSSO AMOR NÃO VEIO O AMOR É UM ERRO DESTINO DO AMOR LÁBIOS ENCANTADOS CANDELABROS LAGRIMAS AO LEO A MUSICA EU E VOCÊ ESTRELA QUE APARECEU EU QUIS PAIXÃO CHAMADA VOCÊ O VENTO SOPROU N. AMOR ALICERSE DO MEU ONDE ANDAS PASSADO O QUE É A AMIZADE AMIGA DE TANTOS ANOS ESQUECI O TEU NOME AMOR ESCONDIDO ESTAVAS TÃO LINDA TEU ABRAÇO OS TEUS OLHOS TEU RETRATO PERDOA-ME AS PALAVRAS NEM TUDO SÃO FLORES NOSSOS CACOS E CAVACOS ESPAÇOS VAZIOS DIA DO IDOSO

NÃO QUERO FOI SÓ VOCÊ GINA NESTE AGOSTO SUBCONSCIENTE TENS A BELEZA DA FLOR VIVER UM GRANDE AMOR GOSTO DE VOCÊ INTIMIDADE LEMBRANÇAS DO PASSADO AS PROFIÇÕES MULHER DA NOITE VESTIDA DE BRABCO VICIADO BARALHO SOU UMA MULHER VENÇA VIDA QUANDO EU ERA CRIANÇA MÃE NA NA RODA DA VIDA QUANDO ME DISSESTE ADEUS VENTO NORTE SONHANO COM TIGO VOCÊ É A VIDA VERSOS MAL TRAÇADOS SIMBOLISMOS UMA ILUSÃO PERDIDA SAUDADE DAQUELES ANOS SAUDADES SÃO ECORDAÇÔES UM SONHO CHAMADO VOCÊ VIDA TÃO DIFERENTE ORAÇÃO A DEUS PALAVRAS, FAZEM PALAVRAS



Eu sou o poema A tribuna da alegria Externo a alma da folia Relato também a dor da solidão Sem esquecer a compaixão.

Eu sou o poema Talvez mais simples que um teorema Não sei se bem escrito Quem sabe seja um simples manuscrito Que sonha com o infinito. Eu sou o poema Posso ser mal redigido Mas jamais fingido Só exteriorizo a dor da alma Para alguém com muita calma. Eu sou o poema Não sei para onde irei Se lido com plebeu ou rei Mas nunca serei um desconhecido Porque levarei a palavra do oprimido.

Eu sou o poema Represento do belo até a catástrofe No correr de cada estrofe Coletada através do universo E transformada em mavioso verso.

Eu sou o poema Talvez seja lembrado ou esquecido Mas já poderei até ter desaparecido Quando satisfarei quem me pensou E escrevendo me apresentou.

Eu sou o poema Passarei talvez anos, meses ou horas Rolando por este mundo afora Quando alguém em algum canto me encontrará Apanhando-me em uma gaveta me lerá.


Eu sou o poema Sou um apanhado de pensamentos. Que traduzem esperanças e lamentos Nascidos talvez no correr dos anos Acompanhados de sonhos e desenganos. Eu sou o poema Falarei sempre dos inesquecíveis companheiros Que junto comigo andaram pelos desfiladeiros Pelas estantes e prateleiras esquecidos Empoeirados, empilhados, adormecidos. Eu sou o poema Sou parte deste imenso universo Que coleta e coleciona todos os versos Desde aquele simples, modesto e escondido Pelas grandes bibliotecas esquecido. Eu sou o poema Sei que sou um punhado de palavras Não mais que pequenas lavras Angariadas ao dedilhar do dicionário Mas que não pretende ser discricionário. Eu sou o poema Talvez seja lido por você ou por ninguém Sozinho ou acompanhado de alguém Pode ser que ficará eternamente perdido Mas nunca o tempo o fará um desconhecido.

A vida E´ para ser vivida Hoje é dia de inúmeras festas Porque sempre emprestas A felicidade aos teus amigos Que junto celebram contigo Mais um ano de linda existência. Deus te conceda uma longa permanência Ao desfilares por esta terra Que tanta beleza encerra Recebe o meu abraço de felicidade E com certeza chegarás à eternidade. Que Deus te abençoe E o mundo não te atordoe.


Es meu abismo profundo Onde encontro de tudo Até voz em surdo e mudo Que se espalha pelo mundo.

Continuas sendo o meu destino O que parece até um desatino Es na vida o que existe de mais bonito Contigo faria amor ate no infinito;

Vais embora Deixarás quem te adora Fui esquecido logo agora Assim tão rápido e sem demora Como sempre fizestes outrora. Sou teu caminho Dou-te tanto carinho Porque fazes isto comigo Que sou teu grande amigo.

Agora meu coração não mais sorri E toda a vez que me lembro de ti Como nunca na vida te menti Acompanha-me uma tristeza que não entendi.

Uma vida sem sentido Por causa de um mal entendido Persegue a minha alma Tira-me a calma Porque ainda vais embora?


Vidas sem código, soltas Almas em tempestade, revoltas Constelação de emoções no ar Na maresia o perfume de mar. O que aconteceu contigo Foi um castigo Pelo que fizestes comigo Naquele domingo. Quando nos separamos Apesar de amando nos deixamos Juntos como choramos E jamais a felicidade achamos. Tantos lamentos para nos dois Mesmo sonhando depois De termos achado Outro bem amado. Eles não foram iguais E não conseguirão jamais Apagar a triste solidão Pela chegada da separação.

Escondidos e soltos beijos Perdidos nas dobras dos teus desejos Que tão belos todos os almejam Quando almas insatisfeitas os desejam. Isto é a ventania que açoita o espírito Transfere para o pensamento algo tão esquisito Que faz aparecer no longínquo universo Aqueles esquecidos e passados versos. Quando retornarão as recordações Para afastar recolhidas aflições Nas calmas noites de perdido sonhar Entre lembranças e esperanças de poder amar. Almas em tempestade Só serão salvas pela amizade Que na jovem ou avançada idade A´todos abrirá as portas da eternidade.


Lua tão aflita Que um sonho reflita Quando alguém a requisita

Noite de lua Que tudo atenua Torna-me só tua Lua prateada Pelos solitários angustiada Por mim tão amada Lua que desconhece a dor Gosto tanto da tua cor Amo-te com grande fervor Lua de paz Que a mim tanto satisfaz Lembrança sempre me traz Lua da liberdade Que me representa a saudade E também tanta felicidade Lua que embriaga a alma Que a solidão acalma A felicidade afaga Lua que implora alegria Tão solitária e fria Que aos namorados espia

Lua que é só lembrança Quanta saudade alcança E o coração balança Lua tão quente Aquece a paixão da gente Assim tão de repente Lua cheia de cor De esperança e amor Amo o teu esplendor Lua tão quieta Que o solitário coração inquieta Minha alma de amor infesta Lua viva aquarela Propiciastes profunda querela Hoje ficastes tão amarela Lua porque não luas Que na minha alma tanto atuas E na plenitude da noite flutuas. Lua pareces infinita Te queremos sempre tão bonita Para todos unir, bendita.


Lenço que lembra SAUDADE Do nosso tempo de mocidade.

Lenço que me faz teu ESCRAVO E no teu coração dores encravo.

Lenço de RECORDAÇÕES E SENTIMENTOS Reencontram saudosos pensamentos.

Lenço do PASSADO distante Deixa alguém sempre tão inquietante. Ao longe vejo teu lenço Lamentavelmente não te pertenço.

Lenço BORDADO que me destes Que hoje são sonhos que desfizestes.

Lenço BRANCO da paz Não sei por que nada me satisfaz.

Lenço PERDIDO que encontrei Quantas vezes te procurei.

Lenço VERDE da esperança Que não sai da minha lembrança.

Lenço eu que sou só lenço Não sei a quem pertenço.

Lenço NEGRO da morte Mostra que não sou teu consorte.

Pois um lenço é só um lenço.


Lamentavelmente o tal de “ficar” No meu tempo só ficava no pensar E não se conseguia nem apertar Porque o padre dizia que levava a pecar.

Hoje já sei o que é “ficar” Talvez tenha um pouco de amar Mas tem muito do tal “amassar” E todos com ele querem participar. Disseram-me que o tal de “ficar’ Nunca leva aos degraus do altar Nem requer qualquer paixão E tudo é combinado por antecipação. Quem entra no tal de “ficar” Pode num dia se modificar E voltar até pensar em casar Depois de algum tempo passar.

Nunca consegui “ficar” Nem mesmo por momento imaginar Como seria tão bom experimentar Nenhuma permitiu o tal de se aproximar. Num dia quando procurei “ficar” A sogra “flagrou” e disse só depois de casar Então depois deste grande fracassar Só me restou a imaginação movimentar. Querendo não mais pensar no tal “ficar” Terei por aqui logo terminar E que não venham mais nele me falar Para a angustia não voltar a me sacrificar


IMAGEM PERDIDA

Incerto É andar no deserto Sem caminho certo. Incerto É o amante indiscreto Metido e experto. Incerto É trabalho concreto Para pagador incorreto. Incerto É céu encoberto Sem abrigo por perto.

Uma imagem perdida E´como o passar de uma brisa Que nada realiza Só desestabiliza Nosso amor sem baliza. Uma imagem perdida Daquela mãe querida Que na sua saudosa ida Deixou a todos sem saída Andando pela estrada da vida A procura de alguém que convida. Uma imagem perdida Em alguma festa escondida Que pode ser uma despedida De uma antiga saudade vivida Em alguma imagem perdida Pelo longínquo horizonte perseguida.

Sucesso é ter o que se quer, mas felicidade é querer o que se tem.

Incerto É quando conserto O algo do meu desafeto. Incerto Tudo que fica secreto Através de um decreto. Incerto É na vida muito amar E ninguém te desejar.

Incerto É o querer viver Sem o pensar que irá morrer.


Eu ao meu amigo teclado Querendo dizer sempre algo Talvez mensagens do nosso passado Quando a vida era vista pelo outro lado. . Eu e o meu amigo teclado Sem ninguém ao nosso lado Apenas nas tuas teclas és dedilhado Em lindas melodias relembrado

Eu e o meu amigo teclado Com os meus dedos descompassados Procuramos harmonizar acordes do passado Canções e versos que jamais serão ultrapassados.

Eu e o meu amigo teclado Juntos cantarolando um ritmo sonhado Numa canção para alguém bem amado Num poema nunca olvidado.

Eu e o meu amigo teclado Sempre e sempre lado a lado Ele como um sentinela alado Nunca permanece calado.

Eu e o meu amigo teclado Com o seu som nunca igualado Tocamos para alguém enamorado Que aguarda aquele encontro tão esperado.

COMO GOSTO DE TI M MEU INSEPARÁVEL TECLADO.


Hoje procuro o nada e o tudo num coração que me de razão. Não importa o sonhar o importante é não deixar de sonhar. Hoje procuro abrigo na brisa da tarde uma lagrima que rolou. Não importa recordar o passado só guarde a sua lembrança. Hoje procuro o ar perfumado das rosas em algum lugar da alma. Não importa o que pensa o mundo, o importante é a esperança.

Hoje procuro a felicidade num amor que renasça no alvorecer. Não importa que o mundo seja espelho se você não for o reflexo.

Hoje procuro a paz do silencio entre os grilhões da vida. Não importa aonde você esta o importante para onde você quer ir.

Hoje procuro uma alma que me encontre no silencio. Não importa acreditar no futuro se não encontrar a paz.

Hoje procuro a felicidade desejada; escondida, mas não a acho. Não importa suas mágoas, o importante são as suas alegrias. Hoje procuro no universo o amor que sentia por você. Não importa onde ele esteja o importante é achá-lo.

Hoje procuro um amor que seja eterno como o eterno é o amor. Não importa lembranças de um amor se ele não refletir na alma.

AFINAL O QUE IMPORTA É VOCÊ ACREDITAR EM VOCE.


Uma solidão nunca se esquece Com o tempo merece uma prece Que não nos deixa descansar Nem ouvir um silencioso murmurar.

A solidão presente nos pensamentos Voam como o deslizar dos ventos Rasgado

Mas nunca agradecer ao receber palmas

Verscheurd Déchiré

Beijos ou amores de outras almas.

A solidão deixa um grito

Na solidão tantos anos vão

Perdido como um lamento proscrito

Como terra de aluvião

Vagando por perdidos espaços

Ao ouvir inesquecíveis cantos

Que fogem de abertos braços.

Despertam sagrados encantos

A solidão é mísero conflito

Na solidão o amor é uma fatalidade

Pode ser a sombra de um aflito

Que pode continuar na eternidade

Como um pássaro no agreste

Quando os homens se abraçam

Que conduz um ramo de cipreste.

E os corações se entrelaçam.


Por não conseguir te encontrar Quando pelas estradas andando Continuo só vagando, só vagando. Pelas noites e dias, na chuva e ao luar Chorando, rindo ou desafinando ao cantar Sentia o amor no meu caminho Quando só aguardava teu simples carinho. Hoje já cruzo as estradas cansado Esperando te encontrar, mas desanimado Mas estas sempre tão longe de mim À distância que nos separa parece sem fim. Quero que me entendas e perdoe o meu ciúme Mas sou assim é o meu doentio costume Sei que sempre me perdoarás Pois eternamente me amarás

Quando à noite nos parece morta Os beija-flores esquecidos das flores Quando o orvalho faz desabrochar as rosas E o luar passa a iluminar a escuridão A noite desaparece engolindo a si própria. Quando o passado anuncia o futuro E o presente esta como nunca presente Fragmenta-se a alma daquele Que não soube sonhar com a vida. O tempo fará passar o Céu e a Terra. Mas nunca passará o amor A solidariedade sempre deverá unir Aqueles que por aqui transitam Mesmo que não saibam onde irão chegar. O destino nos faz dançar A dança que a vida nos impõe.


AOS DOMINGOS DE MANHÃ Um pecado Passa apavorado Na minha mente Quase demente.

N ão meça meus sentimentos, N em tente compará- los a nada, Deles sei eu,, Eu e meus fantasmas, Eu e meus medos, Eu e minha alma.

. AOS DOMINGOS DE MANHÃ O pecado torna-se uma paixão Que sem compaixão Ataca meu coração O pecado me acompanha eterna ilusão. AOS DOMINGOS DE MANHÃ Procuro a felicidade Que na minha idade Será que existe? Parece que o tal pecado inexiste.

AOS DOMINGOS DE MANHÃ Dizendo que me quer Como diz a um tipo qualquer Sabe que é pecado aceitar quem vier Principio sagrado para toda mulher.

AOS DOMINGOS DE MANHÃ Percorremos sonhos tão antigos Por isso quero sempre ficar contigo Ver o teu cabelo solto a esvoaçar Porque o pecado esta em te amar.

AOS DOMINGOS DE MANHÃ Então procuro teu carinho Mas encontro só um doloroso espinho Vejo-te menina com rosto de boneca Mas com um traço de alma sapeca.


Já pouco recordo do que se passou Nem daquela tristeza que me encontrou No dia que o nosso amor soçobrou Pois dele nada mais sobrou.

Já nem me lembro quando te esqueci Só lamento o dia que te conheci E tudo que sonhei perto de ti Lamento recordar o que no silencio senti.

Quando para aquele outro te apresentei Lamento o quando me enganei Nesta ocasião foi que fracassei Pois depois jamais te encontrei. Já nem falo do que te disse Para não dizeres a quem te assiste O que pensei quando fugiste E a tudo tão bem fingiste.

Agora já voltei sem ter ido Apesar de tudo que tenho sofrido Pelo longo tempo que tenho vivido Es´um retrato esquecido.

Já retornei sem ter saído Amei-te apesar de não ter te possuído E por jamais ter te esquecido Continuo aqui tão sofrido.


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Talvez porque ao ouvi-lo adivinhei E sem querer até chorei Quando cantava na noite calma Que parecia que era a minha alma.

Esta noite um rouxinol chorou

Quando ouvia a sua voz perdida

Porque a felicidade não encontrou

Escutava sua canção querida

Então perdidamente gritou

E amar mais vale à pena

Como alguém que se finou.

Quando a saudade é pequena.

Aquele rouxinol tem alma de gente

Rouxinol quando a noite voltar

Por toda a vida pensava perdidamente

Quero novamente te escutar

E chamava sempre suavemente

Minha alma quer te alcançar

Algum amigo de alma doente.

Para mesmo de longe te amar.


Vem, meu bem Te verei mais alem Tira a tua imaginária fantasia Pois amanhã será outro dia E externarás o que escondias Mesmo quando sonolentamente dormias. Quando comigo mansamente sonhavas Que num lindo corcel andavas Por longas alamedas passeavas E flores coloridas deslumbravas Subindo aos céus por douradas escadas Até chegares às esculturadas sacadas. Perdida naquele velho sobrado Que mais parecia um palácio dourado. Antevias um pensamento emoldurado Nunca anteriormente sonhado. Entretanto não sabias que este sonho fantasia Dentro de alguns dias no mundo terminaria.

Esta canção só terminou quando me disseste adeus E esqueceste tão rapidamente dos beijos meus Depois de tanto tempo desprezaste o meu amor Será porque não encontraste mais o seu sabor? O que você fez só deixou uma eterna saudade Porque foram tantos anos de amizade. A felicidade nunca mais de mim se lembrou Nem meu aniversario comemorou Por isto só no silencio encontrei a paz Nada na vida mais me satisfaz O que aconteceu para você me esquecer? E tão rapidamente deixar de me querer?


Río Negro

Que sejas muito mais feliz Com tudo que sempre te fiz Contigo fui a tantas festas Ate aquelas que detestas. Minha alma a tudo adora Parece uma louca que ri e chora Atrapalhada ao ver-te implora Perfumes etéreos e a paixão de outrora.

O SONHAR DO SONHO Eu, mesmo longe ti Mandar-te-ei estes versos daqui Acompanhado de um ardente beijo Pois conheço teu grande desejo.

Quando o coração desmaia Como o sonho que se espraia Ou rosa que perdida pela rua Parece que estivesse beijando a lua.

Longe de ti De saudades quase morri Buscando teu amor Só encontrei dissabor.

Sei que é impossível te querer Só me resta sozinho morrer Não consigo te olvidar Pois só sei te amar.


O tempo como o amor É um bem estar sempre presente Quando alguém não esta ausente Não poderemos ser felizes sozinhos Nem compartilhar o amor com o vizinho O que é mais perigoso que um péssimo vinho. O tempo como o amor É feito de saudade e ilusão E por esta razão vem do fundo do coração Não deveremos nunca maltratá-los Mas com carinho sempre amá-los Principalmente após encontrá-los. O tempo como o amor Não foram feitos Para apresentarem defeitos Mas para serem entendidos E depois de bem construídos Serem gostosamente consumidos.

O tempo como o amor Faz a alma deliciosamente sonhar E por todos os lugares procurar Com aquele inflamado clamor Que só se acalma com o amor Caso contrário só sobrará a dor.


Será um dia de despedidas De lagrimas incontidas

Tudo terminará tão de repente Seremos então independentes Livres de amarras e correntes. Será um dia de despedidas. De lagrimas incontidas Eternas saudades reprimidas E tantas dores escondidas.

Eternas saudades reprimidas E tantas dores escondidas .

Chegara o dia que partiremos Então nem mais lembraremos Os amores que tivemos Enquanto por aqui vivemos. Sei que está perto o meu fim Mas alguém se lembrará de mim Não importa o que disserem Aceitarei tudo o que propuserem. Quando aquele dia entardecer Mais nada poderei oferecer A não ser a todos agradecer Por me ajudarem esse caminho percorrer. Serão tempos passados De tantos sonhos já ultrapassados Com horas, dias e anos trabalhados Tesouros a amigos amealhados. Partiremos para sempre

Dentro de um florido caixão Iremos descortinar compaixão Talvez nem todos entenderão Que nunca mais nos encontrarão. Seremos então um caminhante Para um lugar talvez distante Quem sabe de beleza estonteante Como o eterno amante. Pensaremos bastante dos tempos idos Dos contratempos sofridos Dos encontros escondidos E dos amores mal havidos. Iremos habitar num ecossistema Onde ninguém é ludibriado E todos os dias seremos brindados Então daremos este mundo por findado. A vida é como a flor que germina e cresce Desabrocha e fenece Como um dia que nasce E rapidamente entardece.


Feliz daquele que na ronda da vida Para assegurar sua sobrevida Corre doidamente pelo dia a dia E da morte nem desconfia. MUITOS DESEJAM amar o que amas e não conseguem amar. MUITOS DESEJAM ver o que vês, mas nunca conseguirão enxergar. MUITOS DESEJAM falar o que falas, mas não conseguem nada dizer. MUITOS DESEJAM ouvir o que ouves, mas a surdes os impedem de ouvir. MUITOS DESEJAM sonhar o que sonhas, mas nunca contigo sonharão. MUITOS DESEJAM andar como andas, mas não conseguem se locomover. MUITOS DESEJAM agradecer aquilo que agradeces, mas nunca se permitem dizer um ¨muito obrigado’. MUITOS DESEJAM ler o que lês, mas nada conseguem soletrar. MUITOS DESEJAM ser o que és, mas são infelizes por lhes faltar capacidade.

A maioria não agradeceu O que Deus lhes concedeu.

Afirmava que nada sabia Então a sombra da felicidade adia Enquanto chove nesta tarde sombria Ela escondida chora de alegria. Mesmo longe da bem amada Só encontra porta fechada Janelas mal entreabertas Ou imagens ocultas e incertas, Não querendo olvidar a sombra da dor E no turbulento andar da vida procura um salvador Mesmo chorando por qualquer mal querer Não encontra uma viela a percorrer.


A vida não pode ser só mágoa ou dor Deves sonhar, seja com o que for! Só enriquecerás a vida deste planeta Quando sobressair a tua silhueta.

Cruza os caminhos das pedras para te salvar Pois iluminarão a tua vida ao te amar Aproveita para agradecer o privilégio De ter encontrado alguém naquele colégio.

Imagino fantasias que te deixaram louca Quando alguém ao te beijar na boca Um inesquecível lenço para ti foi jogado E deixou aquele imenso soluço afogado. Deixa alguém ser teu amigo Se necessário fugir contigo Para não ficares em lugar que não queres Quando em companhia de determinados alferes.

Passarão os dias e nunca esquecerás E por longos anos sempre lembrarás O tempo será um pesadelo sem fim E a saudade permitirá que sempre seja assim.


Deixa o velhinho Olhando o Guaíba se espraiar Pois ao longe ele ira encontrar Um grande oceano para enfrentar.

Volver a los 17 Después de vivir un siglo

Deixa o velhinho Olhar o horizonte sentado Naquele gostoso avarandado Na sua cadeira de balanço recostado. Deixa o velhinho Acompanhado da sua cara metade Olhando o passar da idade Esperando a vida chegar à eternidade. Deixa o velhinho No paraíso que DEUS lhe prometeu Encantado pelo que ELE lhe deu Quanto da vida ele nada entendeu.

Deixa o velhinho Olhar o colorido dos passarinhos Que com tanto amor e carinho Ao amanhecer despertam devagarzinho. Deixa o velhinho Olhar entre os galhos dos pinheiros O aparecer dos raios primeiros Iluminando os velhos companheiros. Deixa o velhinho Recordar os anos que passaram Que como as nuvens não ficaram Mesmo os que muito o admiraram. Deixa o velhinho Enxergar mais próximo o seu horizonte E aos inúmeros netos um dia conte Como não viu a vida passar por onde.


Onde moras? No lugarejo Sertão do Amor Em que rua? Na Rua Palco da Fantasia E o número? Ao lado da Maria Esperança Teu nome? ALMA DA NOITE Tua profissão? Distribuidora de ilusões Quanto ganhas? O pão que sobrar Teu horário de trabalho? Pelas madrugadas iluminadas.

O que fazes? Tudo o que eles pedem O que pretendes da vida? Encontrar o amanhecer do próximo dia E o teu futuro? Pertence aos desejos irrealizados O que sabes fazer? Eles esquecerem da vida Horário de trabalho? Indefinido e imprevisível Possues amigas? Minhas parceiras do asfalto Tens algum medo? Das ninfas postulantes O que achas do mundo? Só vejo labaredas que viram cinzas Es amada? Talvez por alguma alma perdida Sonhas com a vida? Reverborizo antigos sonhos O que a vida te oferece? Vagas madrugadas insones Finalmente, quem és? Sou uma alma de vida FACIL


Só vejo o que vejo Que é o desejo que desejo Só a vida que é vida Tem a direção da ida somente ida Que chega quando chega Ao que almeja como almeja Ser feliz eternamente feliz Quando quis o que quis Viu nascer o belo nascer No amanhecer de um radioso amanhecer Aquele que veio ser só ser Seu filho que é filho Presente de Deus que é Deus Agradeço o que me deu porque deu O mais presente dos presentes Que jamais estarão ausentes nunca ausentes O outro grande amor dedicado amor Uma eterna flor que linda flor Que sempre estará no coração sofrido coração Sempre cheio de gratidão imensa gratidão.

Só com minhas lembranças do passado Caminho pelas estradas das recordações Enquanto o coração pulsa fortemente, Batendo cada minuto o tempo das ilusões. Feridas cicatrizadas não sangram mais Quando inexistem os espinhos da paixão. Persigo agora as nuvens, Pois nelas ainda navegam meus sonhos Impregnados da esperança, que sopra a força Capaz de levar-me tão suavemente ao infinito E continuar sonhando sem fechar o coração.


Pode deixar-me sem resposta Pode retirar seu sorriso malandro Pode esquecer seu chorinho mimado Pode não responder os meus chamados Não tem jeito, eu gosto tanto de você...

Pode reclamar Pode me xingar Pode espernear Pode até me maltratar Não tem jeito, eu gosto tanto de você... Pode fazer cara feia Pode ir andando Pode ficar de mal Pode me dar à costa Não tem jeito, eu gosto tanto de você...

Pode ri fazendo tipo Pode dizer ”to nem aí” Pode buscar outras gentes Pode deitar e rolar Não tem jeito, eu gosto tanto de você...

Pode gostar de me malhar Pode fazer tudo que não gosto Pode me mandar embora Pode desafiar a minha paciência Não tem jeito, eu gosto tanto de você... Eu vou... mas espero lá fora. Não tem jeito, eu gosto tanto de você...


O sol brilhava de emoção Quando terminamos aquela união Já era um fim de verão E nada entre nos foi em vão

Então um beijo aconteceu E eu passei ser só teu O brilho das estrelas refletia no chão Mas foi o último aperto de mão.

Ela passou ao meu lado De um jeito tão calado Perguntei se estava sozinha Aquela tão gostosa coisinha Ela sorriu para mim Saímos para um amor sem fim.

Hoje á noite não tem mais luar E eu a tua procura num lupanar Porta entre aberta, quase fechada Não entro escuto da sacada.

Ela não quais mais me receber Por medo de se arrepender Preferiu sozinha ficar Para não ter de me amar.


HOJE Desapareceu a confissão Só ficou a confusão Sou um agnóstico A procura de um prognóstico Que não seja filosófico. AMANHÂ Talvez em algum outro dia Quando a vida já for tardia Ao apresentar-me ao infinito Desapareça o meu conflito. Não serei mais um aflito. ONTEM Primeira comunhão Quanta oração Bondade no coração Fé e quanta constrição Cheguei a ser sacristão.

Se Deus existir Minha desconfiança não mais persiste A alegria o meu coração invade Quem sabe não mais cheio de vaidade Deve querer aceitar a verdade.


Como é lindo

Quanta beleza encerra O desfilar de uma quimera Quando esperança de novos amores Cheirando como perfumadas flores.

Pegar uma pena e sair rabiscando Pegar um teclado e sair tocando Pegar uma idéia e sair compondo Pegar um amor e sair sonhando.

Os lírios de branca coloração Fazendo desabrochar uma doce canção Que vem do fundo do coração Parece uma sublime oração. Implorando proteção divina Nosso sonho se ilumina Levando a um pensamento profundo Desconhecendo as peripécias deste mundo. Quando lembrança de amores Com cheiro doce de flores Pensando na profundidade da alma Tudo nesta vida se acalma.

Como é lindo Pegar um pensamento e sair pensando Pegar um caminho e sair caminhando Pegar um atalho e sair atalhando Pegar a felicidade e sair felicitando.

Como é lindo Olhar ao longe o encontro do céu com o horizonte Olhar num velho espelho a tua beleza estonteante Olhar o teu semblante cada vez mais deslumbrante Olhar tua silhueta de bela amante


Queria voltar num de repente Aquele tempo feliz de antigamente Ao ver tuas calçadas cheias de gente E hoje encontrar tudo tão diferente. A saudade me traz de ti uma visão Que hoje se transformou em desilusão Rua da Praia hoje é um imenso Mercado Persa Com andarilhos desfilando com pressa.

Quando hoje te vejo Despertas em mim um desejo Querendo reviver a esquecida memória Para rever a tua passada historia. Andarilhando recordo teu passado Que jamais será ultrapassado Relembro as reminiscências que te transformou Hoje só descortino o pouco que de ti restou. A saudade transpassa o coração que arde Fazendo relembrar o cair de uma tarde De mão dada com a querida namorada Podendo curtir mais a hora passada.

Espalham e vendem mil quinquilharias Lencinhos, sandálias e malharias De repente uma esperança se ensaia Mas um dia serás novamente RUA DA PRAIA.

RUA DA PRAIA Que não tem mais praia Mas meninas desfilando de saia Ou com um traje tomara que caia Curtindo amores sem baia Onde o casamento se ensaia E mesmo que com o tempo não saia Não será uma esperança que se esvaia Porque sempre serás a RUA DA PRAIA.


Saudades Das noites de lua cheia Sentados na alvejante areia Sonhos brilhavam no plácido luar

Sensualizando o teu olhar. Saudades Das estrelas pairando no céu Suspensas por um invisível véu A lua alva e serena parecia nos ver Testemunhando silenciosa um querer.

SERANATA EM NOITE DE LUAR.

Saudades, Saudades das noites de serenata Quando abrias a janela do teu olhar Iluminado pelo prateado luar Parecias perdida na imensidão do mar.

Saudades De tudo que me dizias Quando vontades incontidas trazias Eram sonhos mensageiros De um amor talvez traiçoeiro. Saudades Quando o teu inebriante perfume trazia Espargindo vagamente conduzia Acompanhado pelos violinos a tocar Uma serenata em noite de luar.


Relembro Quando chega setembro As violáceas pétalas das flores Mostrando passados e antigos amores Com os seus esquecidos dissabores. E´ perfume de primavera Quando tudo é uma só quimera.

Relembro Quando chega setembro Os sonhos proibidos Nunca antes exibidos Exalando exóticos aromas pelos caminhos Onde flores brotam entre espinhos Que podem deixar cicatrizes Mas também momentos felizes. .

Relembro Quando chega setembro Lenta ou rapidamente Às vezes tão contente Parece que eu estou ausente Quando me olhas como um sobrevivente.

Relembro Quando chega setembro Que os meses passam de repente E de uma forma tão insolente Agora tão perto da gente Na realidade mais triste que contente Pois continuo tão dependente. O setembro da primavera


CÃOZINHO AMIGO do dia a dia Sempre saltitante de alegria Fez-me declamar esta poesia Pois sei que tanto a queria. Boêmios cantantes são entremeios Procurados por todos os meios Que exteriorizam belos galanteios Cantando dores e alegrias pelos passeios.

CÃOZINHO AMIGO grande companheiro Tão alegre e fagueiro Brincalhão e safado Sempre muito estouvado.

Boêmios cantantes de perdidos corações Sempre cheios de ilusões Que jamais as encontrarão Pois estão escondidas pela escuridão.

CÃOZINHO AMIGO de orelha pendente De remexido rabo tipo serpente Às vezes muito inexperiente Com seu latido estridente.

Boêmios cantantes dos corações aflitos Que cercam na vida os conflitos Que habitam na esperança humana De onde a esperança emana.

CÃOZINHO AMIGO quando disparas por aqui És encontrado logo ali Esburgando um velho osso Com um rosnar colosso.

Boêmios cantantes vagam sem nada encontrar Apesar de sempre procurar Nas lamurias os sentimentos da alma Quando tudo na vida se acalma.

CÃOZINHO AMIGO és a companhia Que em mim sempre confia Quando perdido sem lembrança Procurar-te-ei com esperança

Boêmios cantantes da música entoada Saudosa é a canção cantarolada Na verdade uma balada enamorada Quando é por eles belamente tocada

CÃOZINHO AMIGO és às vezes problema Na vida sempre o meu emblema Porque gosto da tua algazarra suprema És a razão deste pequeno poema.


Aquele teu perfume de mulher me dizia O quanto me querias. No meu coração te carregar todo o dia Era a minha gostosa mania.

Tínhamos tanto tempo para sonhar Talvez um dia até chegar a nos amar. Hoje ser prisioneiro do teu carinho É um dolorido espinho. Adoro dizer quanto te amei E que jamais, te esquecerei. Andávamos de mãos dadas Eras a minha primeira namorada.

Cravado no meu solitário coração Agora já sem ilusão. Ao percorrer ruas e avenidas Procuro esquecer nossas distantes vidas.

Quando senti o calor do teu beijo Despertou em mim o desejo De poder muito te amar, E então comecei a sonhar.

Ainda continuo gostando tanto de você... Mas para que...?


O AMOR que me cala Faz desaparecer minha fala Parece que estou numa ante-sala Esperando receber um beijo Para satisfazer o meu grande desejo. O AMOR que mendiga Não encontrará uma pessoa amiga Que sem pensar às vezes diga O quanto me adora E ao me encontrar até chora.

O AMOR QUE NÃO CONHEÇO

O AMOR que não conheço Até parece que o esqueço Pois, não teve nem começo Nem um simples bilhete Que poderia ser um lembrete

O AMOR do protesto Não sei por que o detesto Chego a pensar que não presto Este amor que impede que conviva Um dia impedirá que eu sobreviva. O AMOR pelo sucesso Não sei se há um processo Mas é um grande progresso Faz bater qualquer coração Impedindo de enchê-lo de emoção.


Todas as vezes que te vejo Peço-te sempre um beijo Por mais que o amor doa Sempre a gente perdoa.

Mesmo que o amor seja só uma amizade Fatalmente terminara em saudade Pois amor vai além da vida E a tudo permite e convida.

Se o amor fosse um erro A vida nada mais seria que um enterro Quando a saudade é sinônima de solidão Para achares uma solução abras o coração. Ninguém manda no amor ou na paixão. Quando sentidos se tornam emoção E tudo pode termina em uma desilusão Para não dizer profunda frustração.

Quem se envolve ou vive de amor Às vezes morre de dor Pois a vida só existe Enquanto o amor subsiste.

Vivendo com amor ou não Quem decide é o sofrido coração Por isto vida é um grande sonhar Portanto procure nunca acordar.


Quanto maiores forem os lábios Dizem os sábios Tornam-se mais encantados Quando por estilistas pintados.

Existem os avermelhados Sensuais quando esbugalhados Por todos almejados Quando não desajeitados.

Teus lábios os meus encontravam Não sei por que se molhavam Enquanto os olhos se entreolhavam Sentidos corações somente sonhavam.

ONTEM Estranha como estrela cadente Desperdiçada lágrima ardente Um coração não contente. HOJE Um céu tão estrelado Tens olhos azuis molhados Mas corações tão separados. AGORA Olho para o céu Tantas lágrimas ao léu Talvez me engano Mas como te amo. AMANHÃ Esqueceras de mim Fazendo um coração triste assim Estaremos chegando ao amargo fim.


Feitos um para o outro rolamos por este mundo..

Eu e você 60 e tantos anos a nos aconchegar Algo difícil de imaginar Eu e você 60 e tantos anos a sonhar Gostamos muito de nos amar Eu e você 60 e tantos anos de casamento legal Chegamos muito perto do ideal Eu e você 60 e tantos anos formamos um lindo casal E assim chegaremos ao grande final Eu e você 60 e tantos anos e quanta coisa aconteceu Vivemos, vivemos nada nos surpreendeu Eu e você 60 e tantos anos estamos juntos Sempre com atos e pensamentos conjuntos Eu e você 60 e tantos anos sem faltar um segundo

Eu quis ontem ser o sol, e me transformei em chuva... Eu quis ver uma rosa, e só visualizei espinhos... Eu quis ser o caminho, e não passei de um desvio... Eu quis ver um sorriso, mas só enxerguei lágrimas... Eu quis ler poesia, mas apenas encontrei palavras sem sentido...


Lembrarei sempre o amor de outrora Deus quis que ele fosse tão rapidamente embora.

O vento soprou Só guardo o perfil do teu lindo rosto O que me trouxe algum desgosto Lamentavelmente não satisfez a todos os gostos A pesar de estarmos no mês de agosto.

O vento soprou E tudo entre nos começou Aqui do meu cantinho vi chover Não sei por que você é meu bem querer Não sei o que poderá acontecer. O vento soprou Num beijo,teu carinho desejo ter Te encontrei hoje gostei de te ver

O vento soprou Sempre que tudo a vida nega A existência entristece e cega E não me deixa te ver também Será que poderemos ir alem?

O vento soprou Na vida se pensou Pouca coisa se achou Do tempo que passou Quase nada ficou.


ONDE ANDAS?

Onde andas? Vives ainda navegando nas minhas ondas? Sinto nuvens esbranquiçadas de saudade Das horas marcadas pela felicidade Das noites insones passadas Com esperanças tão aguardadas Onde andas? Só penso em ti Sigo sozinho por ai Perdi a noção do tempo Não enfrentando o teu exemplo Sinto-me feliz quando te contemplo.

Onde andas? Será que de mim esqueceste? Porque nunca mais apareceste? Eu não gostaria de desaparecer Nem muito menos me esconder Mas de ti só posso me compadecer. Onde andas? Sei que estou na tua bagagem Apesar de terminada nossa viajem Continuas ainda na minha paisagem Não esqueces que este mundo é uma passagem Gostaria de guardar para sempre a tua imagem. Onde andas? Ainda não chegamos ao fim da estrada Recém estamos encontrando a entrada Vamos à vida adentrar Para chegarmos a algum lugar Que pudéssemos juntos nos amar.


O que é a amizade? Talvez um encontro casual Sem uma exigência processual Ou a necessidade do dia terminal. O que é a amizade? Para almas gêmeas um entrelaço Em qualquer lugar do espaço Nascida de um grande abraço.

O QUE É A AMIZADE. O que é a amizade? O nascer de uma flor Que pode ser de qualquer cor Mas sempre terá resquícios de amor. O que é a amizade? Achar uma cândida felicidade Que pode ser de qualquer idade Que sempre nos leva a intimidade. O que é a amizade? Aquela amiga fraterna Que transmite a segurança paterna Que leva a uma vida eterna.

O que é a amizade? Uma troca de sentimentos Presente em todos os momentos Nunca permitindo ressentimentos. O que é a amizade? Tornar a vida mais amena Como o nascer de uma açucena E nunca deve sair de sena. O que é a amizade? Um conviver eterno Sempre a procura do fraterno Nunca permitindo o inferno. O que é a amizade? E´o cintilar da estrela bem vinda.


Quando te vi estavas tão linda Tantas vezes o teu nome esqueci Acho mesmo que nem te conheci Te risquei do meu catalogo como amiga Pedes o meu telefone, mas não mais me liga.

Outrora te amei como ninguém

Aquele velho retrato penso que até o perdi A tua ausência nem mais percebi As novas propostas de ti recebidas Não foram sequer respondidas.

Hoje quase não te conheci

Hoje te encontrei bem junto de alguém Então lembrei à primeira vez que te vi

Continuo gostando tanto de ti. Quiseste te esconder de mim Porque terá que ser assim

Desencantastes a minha alma e por isto te delatei Não mente porque não fui eu que pequei O que recebestes foram mensagens impessoais Não programadas, mas gozações colossais. Te retirei do meu caderno de recordações...

Namorávamos sonhando olhando a lua Hoje estamos cada um vivendo a sua Caminhando pelas tortuosas estradas da vida Procurando uma felicidade que nos convida.


Teus olhos são janelas abertas Não deixam ver a vida como ruas desertas Orientam para acharmos as estradas certas Que permitem vencer as horas incertas.

Quando vejo os teus olhos Relembro os sagrados óleos Ministrados por todas as religiões Para alimentar tantas ilusões. Os teus olhos são perenes holofotes Como naves singrando suaves e fortes Iluminando os mares rumo ao norte Que não permitem dependermos da sorte.

Teus olhos são como uma lua dançante Que ilumina mesmo um destino balançante Podendo deslumbrar a vida nesta passagem Ou desiludir a sua graciosa imagem.

Teus olhos mostram a esperança pintada Ao passar a deslumbrante vida sonhada Pois nada mais poderemos fazer Quando nem sabemos o dia de morrer.


Perdoa-me ter te induzido ver a felicidade Perdoa-me por toda aquela escondida falsidade Perdoa-me pelas noites que te enganei Perdoa-me quando falsamente te afaguei. Perdoa-me quando não te perdoei.

Perdoa-me por tudo que foi por mim maldosamente dito Perdoa-me por externar, fingidamente, o que sinto Perdoa-me, pois na verdade te deixei num labirinto Perdoa-me por ter te dado tanta infelicidade Perdoa-me porque nada do que dizia era verdade.

Perdoa-me por ter chegado a te encontrar

Perdoa-me não voltar a te amar

Perdoa-me por ter te ensinado a amar

Perdoa-me por ter prometido um amor delirante

Perdoa-me por te fazer também sonhar

Perdoa-me por ter sido tão falsamente aconchegante

Perdoa-me por não ter te levado ao altar

Perdoa-me por, às vezes, ter te deixado de castigo

Pordoa-me por ter feito no amor acreditar.

Perdoa-me por não estares mais comigo.


Nem tudo na vida são dores Encontramos os bons odores Como os grandes perfumes Nos lugares dos bons costumes Nem tudo na vida são dores Há ainda os velhos dissabores Como o inveja de um amigo Que na realidade é nosso inimigo Nem tudo na vida são dores Quando olhamos as lindas cores No vestido da querida amada Quando está de nós enamorada. Nem tudo na vida são dores Existem também as flores Quase todas com espinhos E no quintal dos vizinhos.

Nem tudo na vida são dores Também existem os grandes amores Que tornam felizes aqueles momentos Quando esquecemos os velhos lamentos.

Nem tudo na vida são dores Há também os grandes sabores Como um grande vinho fino Com o seu degustar divino

Também na vida há dores Como aquela despedida De uma amizade perdida Tão grandemente sentida.


Notas perdidas de velhos cantares Entrechocam-se com as ondas dos mares São poesias e poetas apaixonados Que jamais conseguem ser copiados. São jardins viajando em flores Explodindo em multi cores. Espargindo os coloridos beija-flores Que nos conduzem a grandes amores Velhos sonhos renascem E rapidamente desaparecem Inimagináveis desejos comparecem Antes que as madrugadas amanhecem. Cantares aveluda os corações Repletos de sofridas canções Despertam velhas orações Mostrando saudades e emoções. Begônias, açucenas e amores- perfeitos Desenhados todos sem defeitos Tornam os jardins floridos Todos tão belos e coloridos.

HOJE não esquece deste dia da semana Pois é DIA DO IDOSO, não te engana Não perdes nada a eles visitar Principalmente se não puderem sair do lar. HOJE estas jovem, mas não podes te esquecer Que muito a eles deves agradecer Quando a tua vida entardecer Um deles haverás de ser. HOJE a tua visita aos velhinhos alegrarás Por um telefonema pouco pagarás Eles gostariam muito de te ver Se companhia a eles fores fazer. HOJE não os deixe de visitar E o dia com eles passar Pois hoje é o DIA DO IDOSO


Foi naquele escurinho e afastado bar Onde brilhava uma lua sem luar Representaste um pedaço da minha vida Ate então melancolicamente vivida.

Nasceu então um amor tão sincero Assim acredito e espero Foi o principio de uma ilusão Que terminou em mais uma triste frustração

Encontrei-te numa esquina da vida Tão pequenina que parecias escondida Perdida num crepuscular recanto Transmitia-me um escultural encanto.

Tinhas a beleza das flores sem perfume Das paixões extravasadas de ciúmes Inspirastes talvez este ultimo poema Sem as profundezas de um teorema.


Não sente mais vontade De viver Mas também não quer morrer E segue em frente E não mais que de repente Este poema

Vê alguém

É para aquela bailarina

Que sem desdém A acolhe

Que já sem vitrina Quando dobrando uma esquina Em uma distante cidade Já sem identidade

E depois a recolhe Para novamente lhe dar uma vida Que merece ser vivida Pois ela é gente.


MULHER QUE VIVE A NOITE Eu não vou lhe condenar Talvez um dia possa até te amar Porque também sou um boêmio aventureiro Nunca terei um amor puro e verdadeiro.

MULHER QUE VIVE A NOITE Que nas boates amanhece O provir da vida talvez desconhece Tomando uísque, cuba libre ou cerveja Que alem da alegria nada veja. MULHER QUE VIVE A NOITE Entre o cigarro de milhares Recebe cantadas, gracejos e tantos libidinosos olhares Leva a vida que seu amoroso coração deseja Fazendo nem sempre o que almeja.

MULHER QUE VIVE A NOITE O teu destino é tão triste Neste drama quanta mulher existe Amanhã, quando perderes a mocidade Só encontrarás a falta de sinceridade.

TERÁS DA BOEMIA APENAS A SAUDADE.


Não quero enganar o teu coração Transmitindo-te um mundo de ilusão Poderia assim te castigar Por não querer te amar Com o tempo ficarei seguro Que não te deixei em apuro Estou certo que acharás alguém Que não estará muito alem. Deixar-te-ei mais feliz Fazendo o que eu não fiz Não posso destruir O teu destino antes de partir.

Envelhecemos rapidamente Não mais que de repente Quando vemos já chegou a hora Para partindo, irmos embora. Não há mais tempo Mesmo com algum contratempo Tudo já passou A vida rapidamente parou. As horas não voltarão jamais Já foi tempo demais A pesar de muito tarde Faça agora tudo sem alarde. Quem fez realizou Quem perdeu, quase nada, deixou Quem empatou pouco finalizou Quem ganho, celebrou.


Mocidade? Procura-se tudo no estudo Quer se saber de tudo E´fazer coisas e ser sortudo

Mocidade ou velhice? Que galhofice E´como presidente e vice Aquele manda e este assiste. Mocidade? E´ver ao longe a eternidade Acreditar na sinceridade Mostrar a potencialidade. Velhice? E´como uma a lanterna que não acende Um lampião a querosene que transcende E´ouvir chiste insolências que não se entende. Mocidade? E´como a flor que desabrocha A força que não afrouxa Aquilo é uma tocha.

Velhice? O grande torna-se pequeno O sorvete é um veneno A vida é um longo aceno.

Na velhice? Só se fala no passado Procura-se sempre estar bem agasalhado Aquilo já esta há muito tempo fracassado Na mocidade? Acredita-se na vida Que ela não será sofrida Nem mesmo dolorida. Na velhice? Procura-se o aconchego Só aprecia-se o sossego Como faz o sertanejo. Na mocidade? O tempo não tem fim Todos se aceitam assim A vida parece um estopim. Na velhice? Procura-se aquele remédio Longos dias de tédio E´o fim em prazo mé


Assim faltou sangue na aorta Senti-me quase a morte Fraturei o sólido fêmur Ate fraturei o úmero.

Como é difícil o oficio dos ossos Mas salvaram-se e continuam nossos E a tão ambiciosa tíbia Também estava tão dúbia.

Quando te procurei Logo derrapei Conseqüentemente me acidentei O ombro esquerdo desloquei Dentes fraturei O coração bloqueei. Sofreu a frágil clavícula Também a móvel mandíbula A tíbia ficou na miséria Dilatou-se alguma artéria.

Apesar das costelas que fraturei Vários órgãos sacrifiquei A pupila direita de brilhante Ficou do tamanho de um elefante.

Sofri forte batida na cabeça Espero que a dor desapareça E que tão cedo não te esqueça Não sei se por ti, tudo isto eu mereça


Com uma palavra de encorajamento Não fracassarei por um momento Esquecerei meus atuais pesadelos Que alimentam sonhos sem tê-los.

Noites quentes de verão Os amantes sem a devida proteção Sei que sempre lutarei Mas um dia cansarei

Procuram algum lugar romântico Em seus castelos de sonho fatídico.

E certamente desanimarei Diante das dificuldades que encontrarei. As desavenças cercam a alma humana Se você caminhar sempre comigo Terei o teu ombro amigo E com a fé que abre as portas As dificuldades sempre serão supostas.

Tornam esta vida tão desumana Onde todos se envolvem em desavenças Problemas enfrentam com qualquer presença,


UM CAMINHO a percorrer é a vida. UM CAMINHO só é longo quando busca ansiosamente o amor. UM CAMINHO só é verdadeiro quando cheio de alegrias, tristezas, mágoas, lembranças e surpresas. UM CAMINHO começa como o desabrochar de uma flor. UM CAMINHO com espinhos e rosas é a vida. UM CAMINHO que muitos se recusam a percorrer e outros imploram para não perdê-lo é o destino. UM CAMINHO que percorreu um dia acabará e dele sentirá saudade. UM CAMINHO cheio de ilusões, transfusões e confusões é o que nos espera. UM CAMINHO que muitos procuram sem achá-lo é a roda da existência. UM CAMINHO difícil de ser encontrado. é o da fama, do dinheiro e do amor. UM CAMINHO para alguns é faceiro, festeiro e fofoqueiro e para os demais só sonhos e espinhos... UM CAMINHO onde mandam os pretensiosos e prepotentes e obedecem os pedintes andarilhos sobreviventes. UM CAMINHO que não se trilha é porque já foi trilhado. UM CAMINHO por onde caminho, sem olhar o caminho, talvez seja o meu caminho.

Pegue um sorriso e doe-o a quem jamais o teve... Pegue um raio de sol e faça-o voar lá onde reina a noite... Pegue uma lágrima e ponha no rosto de quem jamais chorou... Pegue a coragem ponha-a no ânimo de quem não sabe lutar... Pegue a vida e narre-a a quem não sabe entende-la... Pegue a esperança e de a sua luz para quem vive na escuridão... Pegue a bondade e doe a quem não sabe doar...


O teu BEIJO Mostra que não estou despreparado Sinto-me meio tonto e talvez parado Com cara de espantado Certamente desassossegado.

O teu BEIJO Desperta-me imenso desejo Mesmo quando antevejo Que não encontrarei ensejo Mesmo na hora que te protejo. O teu BEIJO Que é como um mal feito solfejo Em uma música de sertanejo Fico sem saber o que vejo Tão grande é o meu desejo.

O teu BEIJO Deixa-me desamparado Termino fatalmente empatado Para não dizer solapado Como a chuva me deixa ensopado.

O teu BEIJO Me sinto um pobre coitado Porque não estou a teu lado Não serei bem amado Passarei a ser um comum desempregado


Cego para os eternos enamorados é o AMOR. O jogo onde todos só ganham é o jogo do AMOR. A vida não vale nada sem o calor do AMOR. Só no silêncio e na solidão se ouve a voz do AMOR. Se não semeares não colherás flores no AMOR. A maior ingratidão é ser amado sem AMOR. Dissolve a solidão e apaga a ingratidão só no AMOR. Quem tem um diamante incrustado na alma achou o AMOR. Assim como o sol desabrocha as flores abre as portas do AMOR. A flor que cresce nos corações bem amados é o AMOR. O dinheiro e dores são como as sombras que escondem o AMOR. Nada nasce ou cresce a não ser pelo AMOR. Nada se desenvolve sem o calor do AMOR. Não existe vitória onde não há AMOR. Só vive com ódio quem não conhece o AMOR. Ama para sempre quem vive verdadeiramente o AMOR. Não se conhece no passado só no presente é o AMOR. Só os sábios e os poetas conhecem as loucuras do AMOR.

A luz que ilumina a vida chama-se AMOR. O essencial na vida nos ensina o AMOR. Não é fácil esquecer depois de ter sido esquecido pelo AMOR. É difícil seduzir, sem ser seduzido pelo AMOR. Recordar sem ser recordado é uma tarefa para o AMOR. É um herói quem recorda sem ser recordado pelo AMOR. Abre os corações, quando as palavras fogem é o AMOR. Pode ser alegria ou desgraça, depende do AMOR. A última palavra de cada livro deveria ser AMOR. É MAIS FÁCIL SER AMANTE DO QUE SER AMADO.


E tu bem pertinho de min.

AQUI revivo minhas memórias para que sejam transformadas em lembranças eternas.

AQUI rememoro minhas angustias para que Deus as transforme em caminhos floridos que se entrecruzam pelos jardins da vida.

AQUI ouço cantar os versos dos meus CDs por vozes abençoados pelos queridos e inesquecíveis amigos de coração. AQUI componho os meus versos para Deus ouvir. AQUI ouço o cantar os pássaros que convivem comigo AQUI redijo as minhas poesias para lê-las secretamente para ti.

beijando meus ouvidos.

AQUI componho as minhas canções que me ajudam a viver.

AQUI vejo nascer flores que Deus replantou pelos jardins.

AQUI rabisco os meus poemas para que na mais secreta das

AQUI enxergo ao longe o desfilar das águas do Guaíba que me

penumbras alguém os recite.

fazem pensar no interminável universo.

AQUI escrevo minhas crônicas para quem quiser lê-las em

AQUI encontro o nascer do astro rei que iluminará o horizonte

jardins que lembram os céus.

ao fenecer das minhas ultimas horas.


Alguém toca um violino no céu Atrás de um tênue véu É um concerto em lá menor A sonata não pode ser melhor. Empunhando o melodioso arco Como um pássaro posando num barco O violinista tange as cordas com elegância Como um perfume de inesquecível fragrância.

Você aconteceu Quando o dia amanheceu Sonhando nosso amor se concebeu Tudo na vida nos pertenceu Você nunca me esqueceu E a felicidade jamais desapareceu, Logo quando te conheci Olhando te prometi Que nunca poderia consentir Você chegar a me mentir Mesmo sabendo que ao partir Poderia ainda me iludir.

Ouve-se solto no ar o acorde preferido Que lentamente percorre nosso ouvido Ao fundo um esquecido teclado Que a muito estava chorando calado.

Quando tudo é assim Parece que chegaremos ao fim Mesmo quando você vier a mim Cheirosa como o jasmim Parecendo um lindo querubim

Como deuses nas cordas do violino Tocando melodias sonhadas pelo divino São as sonatas com suas notas soltas no ar Que tornarão a vida linda para se amar.

Assim a saudade ficará maior Tudo no mundo parecerá bem melhor O teu nome até já sei décor Minha querida, amor maior.


Teu olhar será como a luz da lua Que se debruça sobre a imagem tua O luar prateado que mancha o mar Despertará a alma que sorrindo vai acordar.

O luar que invadindo os bosques Iluminará os antigos quiosques De onde estarás vendo a amiga conselheira Que sempre será a tua inseparável companheira.

Quando a noite for tua Cantando na deserta rua Sentidas melodias ouvirás Alucinações amorosas escutarás.

Sonhos farão surgir no coração Paixões envolventes como um furacão Teus beijos conduzirão a eclipse final O que faz a vida tornar-se sensacional.

A sua amizade festiva sempre celebrarás Que só na despedida esquecerás E no adormecer as extravagâncias da fantasia Sempre manifestarás pelo luar a primazia.

Esperando a visita de lindas palavras Que podem até não ser da tua lavra Mas apresentarão as belezas do luar ao mundo Fazendo chegar o beijo da tua amada num segundo.


ELÁ Encontraste-me numa deserta rua E me possuíste como fosse tua Nesta ocasião passando ao meu lado Fizeste de mim um achado Sei que pára ti sou uma aventura Mas sempre cheia de ternura Fiz teus olhos tornarem-se risonhos E despertei em ti lindos sonhos Sei que para mim mentias Mas tudo que me pedias Eu logo te concedia Mas prometi que um dia Se Deus me permitir Contigo irei repartir Longos lampejos de amor Cheios de inesquecível fulgor

ELE Gostei de te ver naquela esquina Da rua era uma inquilina Sinto saudades do teu primeiro beijo Despertaste em mim um infinito desejo Não aceito a ausência do teu carinho Que me negaste naquele cantinho Representas um sentimento que ficou Nada alem do teu amor sobrou. Jamais esquecerei esta imensa paixão No silencio chego a chorar de emoção Es a ilusão de um amor que não fenece E para Deus todos os dias ofereço uma prece Desfilo por esta vida transtornado Por ti tão loucamente apaixonado Dia após dia fico mais infeliz Acho pouco tudo que por ti fiz.


Pelos bares da cidade Te encontrei chorando Por amores implorando Ao ridículo ate chegando.

Pelos bares da cidade Escondias uma magoa solta Pela angustia sempre envolta Mostravas uma alma revolta.

Pelos bares da cidade Escondias os desígnios da vida Em algum canto parecias esquecida Todos te achavam uma perdida.

Pelos bares da cidade Achamos a aquela amizade Necessitamos uma verdadeira sinceridade Para chegarmos à desejada intimidade.

Pelos bares da cidade Ninguém sentida a tua falta Quando a madrugada já ia alta Chegava à solidão que a alma maltrata.


Em minhas mãos está a tua vida Nas minhas mãos está você querida Nas minhas mãos está o teu futuro Nas minhas mãos estás quando te procuro Nas minhas mãos está você Nas tuas mãos está a minha esperança Nas tuas mãos talvez exista uma lembrança Nas tuas mãos está tudo que aconteceu Nas tuas mãos quem sabe estou eu Com nossas mãos juntas sempre estaremos Com nossas mãos a beleza do mundo veremos Com nossas mãos o universo encontraremos Com nossas mãos a felicidade acharemos Nas mãos de Deus está o futuro Nas mãos de Deus estaremos no seguro Nas mãos de Deus está a felicidade que procuro Nas mãos de Deus nunca andarei no escuro.

Tenho receio Que o nosso amor não veio Porque os corações se cortaram ao meio Numa metade apareceu o ‘te odeio’ Na outra só ficou o ‘devaneio’. Agora concretamente eu creio Que por tudo ter ficado assim O nosso amor chegou ao fim Até que enfim.


Tu és o remédio que cura minhas feridas Tu és o ar puro que respiro Tu és a dona do meu coração e

Tu és o amor que me torna poeta Tu és o pensamento que penso Tu és o mundo que me faz viver

Tu és um verbo que não se conjuga

Tu és a luz que me tira da obscuridade.

Tu és tudo que sempre me subjuga

Tu tens os lábios que quero beijar

Tu és a estrela que brilha no meu céu.

Tu tens as mãos para me acariciar

Tu és o perfume secreto da minha alma

Tu tens o coração que me faz sobreviver

Tu és a luz que não deixa escurecer minha vida

Tu tens o corpo que tanto quero e desejo

Tu és o sol que faz brilhar meu universo

Tu tens a solução para os meus problemas

Tu és o segredo da minha felicidade

Tu tens a paciência que necessito para no mundo crer Tu és e tens o que sempre pedi a DEUS.


Saudades profundas tão sofridas Tentações latentes escondidas. Candelabros,candelabros luminados Assistiam deslumbrados Beijos eróticos inacabados. Carícias, carícias encabuladas Em posições serpentuosas Voluptuosas, Escandalosas, Pecaminosas. Candelabros quando escondidos Ofuscavam os raios luminosos Para deleite dos enamorados. Candelabros, candelabros acessos Despertando guardados desejos Ardentes, amarrotados, beijos. Champanhas, champanhas explodem Relembram candelabros iluminados Eternos assistentes deslumbrados. Almofadas, almofadas soltas Esperando beijos inacabados Brejeiros encontros encabulados. Violinos, violinos tocando aos ventos Espargindo tantos lamentos Tempos distantes se foram tão lentos. Momentos, momentos intermináveis Minutos, horas infindáveis Dias de amores inconfundíveis. Noites, noites mal dormidas

Recordações, recordações passadas, Lembranças jamais ultrapassadas, Lagrimas esquecidas derramadas. Vidas, vidas correram ardentes, Cheias de pensamentos transparentes E frases amorosas inconseqüentes. Enfim, fim de tudo, Não sobrou nenhum escudo Para esconder o silencio tão profundo. Apagaram-se os candelabros Agora calados Foram guardados Ficaram empoeirados Empilhados Só relembrados.


A MUSICA é pássaro no arvoredo a gorjear A serenata na madrugada a donzela faz acordar Desperta os corações que querem amar Cantando ou dançando a festa vai animar. A MUSICA é orquestra afinada a improvisar Quando a vida se transforma em um perambular Pela noite quando estamos a procurar O aconchego de alguém certamente vai achar.

A MUSICA palavra mística que atravessa coração o preenche e envolve da maior emoção. Torna-se misteriosa quando sonoriza o ar encanta e ensina a alma a amar. A MUSICA clássica ou popular Faz todos ao entrar no salão dançar Nos palcos os atores sucessos a representar Nas platéias a todos encantar. A MUSICA dos instrumentos quando a tocar Faz todo o mundo pensar Que a vida não passa de um sonhar E as fantasias do amor iniciam celebrar. A MUSICA, como o vinho, faz a gente remoçar Desde a casinha branca ate qualquer outro lugar O mundo todo com ela começa requebrar Tanto você como quem quiser chegar.

A MUSICA simboliza gaivotas brancas a voar Quando todas sintonizadas com o mar Com a harmonia dos seus acordes vai alegrar São as dissonâncias que o compositor vai encontrar. A MUSICA é mística quando inspira os poetas Quando executadas de forma harmoniosa e correta Em qualquer dia e em algum lugar Mesmo quando num canto esquecido alguém cantar. A MUSICA transborda paz e alegria Não só agora, mas durante todo o dia Ela tem vida e aroma de flor Transformando-se em perdão e amor. A MUSICA faz todos verem Deus Mesmo aqueles que são ateus Transforma em enamorados amores perdidos Momentos olvidados jamais serão esquecidos.


A criança que nasceu É a estrela que apareceu No horizonte cresceu Quando o dia amanheceu O destino escreveu Que era semelhante a Deus. A criança quando cresce É só o que aparece Que a terra enriquece Aos mares aquece E quando escurece A todos entristece. A criança que desaparece É a flor que não cresce É uma alma que fenece Que pede uma prece E que mais merece É a gloria celeste.

COMO GOSTEI DE VOCÊ AO ACABAR DE TE CONHECER NAQUELE MISTERIOSO ENTARDECER QUANDO JUNTOS FIZEMOS ACONTECER A COISA MAIS LINDA DO SER COMO GOSTEI DE VOCÊ MAS DEPOIS DO DIA AMANHECER NÃO QUIZESTES MAIS ME VÊR DISSESTES QUE DETESTOU ME CONHECER NEM QUIS MAIS DE MIM SABER

COMO GOSTEI DE VOCÊ DEPOIS DE TANTOS ANOS ENVELHECER CONTINUA MEU AMOR A TI PERTENCER SEM NUNCA CONSEGUIR TE ESQUECER DE AQUELE GOSTOSO ENTARDECER PERMANEÇO GOSTANDO TANTO DE VOCÊ.


A monotonia engolfa os homens e as coisas E apesar de tudo que escrevem na lousa Dizendo que a arqueologia dos fatos Torna todos, cada dia mais estupefatos. Boa parte do mundo perdido em ouro ou prata E tanta gente morando em casas de lata E quando estes estenderem o punho severo Serão recebidos com algemas de ferro.

Escuto os alicerces do meu passado Onde os muros da vida foram elevados Registrando a existência da transitoriedade Esperando a chegada da eternidade. Apesar da minha avançada idade Foi-me proporcionada à felicidade De conhecer tão bem a humanidade Com a sua tão pouca humildade.

Alguns rascunham a vida em documentos clandestinos E perdem-se em estradas poeirentas sem destino Com certidões escritas com garrancho de malícia Escudados pelos esquadrões da milícia. Mas quando observarmos a realidade Só encontraremos borrões de vaidade Procurando escrever a utopia da liberdade Quando só desejam a inatingível liberalidade


Nem sempre acertamos Vezes houve que erramos Mas sempre muito nos congregamos E nunca nos distanciamos.

Como a vida é terminável Minha amiga de tantos anos Por longos caminhos cruzamos Quantos problemas enfrentamos

Onde tudo é provável Ate um desencontro lamentável Ou a separação indesejável

E cada vez mais nos amamos. Ai só restará a imorredoura saudade Sempre permanecemos juntos Como o sonho dos justos Atravessamos as arruelas da vida Para nós sempre tão querida

Sempre tão cheia de ansiedade Que não seria nada saudável O fim de uma amizade inigualável.


Sempre que fazes um amor escondido Mesmo sendo totalmente fingido E correres um imenso perigo Isto para ti é um pesado castigo.

Passar a vida sempre como fugitiva Pelos cantos eterna foragida Sempre foges bem escondida Quando na realidade és uma vendida. Encontro-te novamente neste bar Não sei se é sorte ou azar Convido-te para bebericar Responde-me que só queres amar.

Estás à procura de alguém Talvez quem sabe de ninguém E neste permanente vai e vem Só queres para todos dar o bem.

Continuas a tudo querer esquecer Passando pelo mundo sem saber A não ser para os outros só dizer Assim transitarei pela vida até morrer.

Este amor terminou quando me disseste adeus.


Poderia continuar me descrevendo Mas já te dei uma idéia de quem sou...

Muito prazer, tenho vários nomes, Mas aqui, na sua terra, Chamam- me de..

Como gostei do teu abraço Aquela vontade de entrelaço Amenizando as minhas dores Por isto te envio estas flores. Tenho tantas saudades do teu abraço Que para tristeza não deixa espaço Ele traz gostoso e imperdível carinho Quando surge tão devagarzinho. Recordo com tanta nostalgia os teus abraços Com aquele cruzar de braços Que ameniza a minha encapsulada dor E faz ressurgir um grande amor. Espero com tanta ansiedade o teu abraço Que até algum milagre faço Para desperta a alegria do coração Que pulsa incansável de emoção.

Quando teu retrato faço Rabiscando-o traço a traço Quanto maior a semelhança Mais guardarei a tua lembrança Tenho medo de ficar louco Para isto falta muito pouco. Teu retrato sobre passa A vida que passa Mas nunca ultrapassa O meu querem que entre lassa Uma grande paixão que te laça Num amor que nunca trapaça.


As PALAVRAS quando tristes Deprime quem ao espetáculo assiste Pode fazer que alguém insista E lutar pela vida não desista. As PALAVRAS podem expressar amor E transformar a dor em uma flor Que fará da beleza um costume Ao sentir o primor do seu perfume. As PALAVRAS unem pais e filhos E todos cantam aquele velho estribilho Que torna a família símbolo da vida Quando permanecem a ela unida. As PALAVRAS ditas ao vento Não indicam qualquer talento Nada mais que um simples alento Declamadas num lampejar do momento.

As PALAVRAS ditas com sabedoria Um grande conhecimento anuncia Saudando para quem as entendia Fazendo da vida uma alegria.


Procuraremos à verdade Também a boa solidariedade Que pode estar oculta Na concha de uma mão inculta Que implora não perdão Mas somente um pedaço de pão

Procuraremos nossos cacos Quem sabe deles só sobraram cavacos Despencados num profundo precipício Ou solitário e inóspito hospício Que poderá estar num deserto Ou quem sabe de ti bem perto. Procuraremos nossos restos Talvez escondidos em arestos Quem sabe atraz de uma entre aberta porta Esta alguém que nem nos suporta. Procurando os detritos e sobras de festa Que sempre melancolicamente resta.

Procuraremos palavras saudosas De preferência não sejam suntuosas Que jamais sejam cortantes Para não ofender os descontentes. Nem poderão estar em lugar distante Para não serem esquecidas num instante.

Procuraremos à palavra que não deflora Nem aquela que mande alguém embora Para desfilar por este mundo afora Não nos ausentaremos logo agora Para não nos arrependermos outrora. Ao chegar no horizonte a próxima aurora.


Não quero Um amor carunchado Pelo tempo embolorado Não quero Amor vivendo do passado Pelo ciúme envenenado. Não quero Um amor invertido Desesperançado ou corrompido. Não quero Amores ciganos Vivendo de enganos.

Não quero Um amor bandido Vivendo escondido. Não quero Um amor aos pedaços Sem vinculo nem laços. Não quero Amor com sobras de sentimento Cheio de tristezas e lamentos. Não quero Um amor de pecado Com outra compartilhado.

Não quero Um amor sem futuro Sem porto seguro. Não quero O amor sem me procurar Para poder me encontrar. Não quero Um amor lingerie-cetim Que tire féria de mim. EU QUERO Um amor por inteiro Maduro, verdadeiro Que seja companheiro.


Foi um sonho Foi um pesadelo medonho Foi uma paixão Foi um embriagar da razão Foi um sonhar de ilusão Foi o desejo Foi o teu beijo Foi um erro para nos dois Foi o despedaçar da alma Foi o desmontar da calma Foi um tudo esquecer Foi encontrar a vida entardecer Foi um embriagar de ilusões Foi não mais poder te ver Foi um deixar de viver. Foi pelo gostar que consegui sobreviver Foi talvez um não te pertencer Foi um desnortear da razão Foi o cruzar de um destino Foi um eterno desatino. TUDO ISTO FOI SÓ CONHECER VOCE.

Minha amiga de tantos anos Quantos caminhos cruzamos Sempre juntos problemas enfrentamos Lutando, acertando ou errando Sempre muito nos amando Quando terminarmos nos distanciando Levaremos eternas lembranças E só saudades. Do teu amante eterno.


Neste agosto Só observo a contragosto Olhos que não mais resmungam Só vêem vidas que não se comungam.

Neste agosto Neste agosto

Não encontro na vida um encosto

Todos só vêem as faces o desgosto

Quando julgo ou sou julgado

As mãos que não mais afagam

Quem sabe ate amaldiçoado.

Só acalmam o mundo que amargam.

Neste agosto As ruas não tem mais rosto As pessoas já não declamam poesias Mas só inventam profecias.

Neste agosto Que presencio sem gosto Só antevejo penumbras Deslizando em sombrias brumas


Ria Slides

Tens a beleza da flor Do sol o calor De mim só o amor Para o lugar que for.

Se na vida só tiveres o pão e os dentes Certamente estarás entre os descontentes O que te levara ao grupo dos doentes Pois te faltara o poder dos crentes E não serás bem visto pelos teus descendentes Para seres um feliz eternamente Terás que procurar insistentemente Alimentar de forma permanente O teu subconsciente.

No amável sorriso dos teus lábios A sexualidade que conhecem os sábios Fazem todos rapidamente adormecer E aguardar um lindo amanhecer. A alegria do teu coração Faz-me rezar uma oração Que mantem a paz na sentida alma E aos tormentos da minha vida acalma. Amar nos leva a sofrer pela saudade Mas enche os dias de felicidade As paixões levam ao ciúmes E os pensamentos as altas nuvens.


Se tiver uma forma de alguém iludir E´bom também saber muito bem fingir. Deve-se dar ao parceiro toda a liberdade Mas nunca poderá faltar a sinceridade. E´fundamental sempre ao outro ser fiel Mesmo que a tentação seja uma perda cruel. Deve haver uma paixão desvairada Principalmente em frente da bem amada.

Este amor terminou quando me disseste adeus.

Tem que se cultivar a cortesia Ser amante com fidalguia E´oferecer dinheiro sem covardia Muitos imóveis como garantia. Tem que saber beber bom wisque Mas controle a dose não arrisque.

Tem que ter credito junto à florista E Cartão Visa para apresentar a modista. Nada pode ser feito parecendo de favor Principalmente envolvendo momentos de amor A parceira deve ser boa de cozinha E saber preparar uma boa caipirinha. Tudo tem que ser muito cortes Para se tornar sempre freguês. Nada pode ser feito parecendo de favor Principalmente envolvendo momentos de amor.


Entretanto amor só se troca Quando outro amado se recoloca Mas nunca o outro desloca Após uma despedida que nada enfoca. Entretanto este amor só você sabe me dar Sem mesmo no tempo nada me cobrar O que me faz sempre te adorar Por isto Deus quis te abençoar.

,

Entretanto eu gosto tanto de você Não quero te esquecer E por toda a vida te merecer

Entretanto será que te amo?

Até chegar o nosso entardecer.

Te amo porque te amo

O passar do tempo diz que somente nasci

Este é meu assunto do ano

No dia que te conheci

Alguns dizem que pode ser profano.

Desde o momento que te vi

O principal é que te amo

Jamais te esqueci.


Assim que o dia amanhecer Deus ira te dizer Que iremos nos conhecer Para nunca mais na vida nos perder. Desde o momento que te vi Daquele lindo encontro nunca esqueci Porque no dia que te conheci Para a vida amanheci. Tenho pressa de viver Para muito te querer Que teu amor me entrelace Quero que longamente me abrace. Fostes tudo o que pensei E muito mais do que almejei Mas os dias irão passar O futuro logo vai se aproximar Beija

Quem muito te deseja Não poderemos mais esperar Pois o infinito breve vai chegar

Intimidade Oh! Quanta liberdade Sem qualquer cumplicidade.

Só com minhas lembranças do passado Caminho pelas estradas das recordações Enquanto o coração pulsa fortemente, Batendo cada minuto o tempo das ilusões. Feridas cicatrizadas não sangram mais Quando inexistem os espinhos da paixão. Persigo agora as nuvens, Pois nelas ainda navegam meus sonhos Impregnados da esperança, que sopra uma força Capaz de levar-me tão suavemente ao infinito E continuar sonhando sem fechar o coração


O TAXISTA Exige-se bom de vista Dos endereços um avalista E que a todos assista A PROSTITUTA Coitada como labuta Os melhores pontos disputa Porque sua vida é uma luta.

AS PROFISSÕES.

O PROFESSOR Te faz um vencedor Ensina-te o que for Até para ser professor.

O ARTISTA Como o trapezista Precisa que alguém o assista E o estimule para que não desista.

O CONFESSOR Acalenta tua dor Te anima no amor Orienta-te quando necessário for

O DOUTOR Será sempre o teu tutor Na alegria e na dor Seja em que lugar for.

OS PAIS Não te faltarão jamais Até nas dificuldades fatais Será tudo o que sonhais.

O DENTISTA Terá que ser esteticista Na funcionalidade recordista Para a dor bom anestesista.

O AMIGO Esplendoroso quando não inimigo Sempre pronto para colaborar contigo Mesmo na hora do castigo. EU sou um dos teus amigos.


Ninguém sabe das suas dores Pois nem tudo são flores Com tantos carinhos a espalhar Nunca pensa em pecar. Esperas muito menos a alguém amar Mesmo quando encontra uma boca a beijar Promete aos céus com ele chegar E subir os degraus de altar. Apesar de incandeceres a sua alma Quando um carinho perdido o acalma Fazendo do céu um inferno Levando a alma para o fogo eterno. Mulher passageira Sempre tão brejeira No linguajar é ligeira Sempre bonita e faceira.

Mostra-se tão apaixonada De todos tão enamorada Não consegue ficar calada Até quando estiver magoada.

Entregando seu jovem corpo Em troca de um misero troco Pois seu preço é baratinho Por tão gostoso carinho. Passa as noites embriagada de prazer Atravessa as madrugadas sem saber Procurando suas tristezas esquecer Até a vida desaparecer.


Het roffelen van de hoeven Devoir tambouriner de… Rufar de tambores

Vejo-te no altar vestida de branco E eu aqui neste solitário banco Mas sei que te arrependerás Algum dia então saberás Como eu não te mentia Quando tudo te prometia. Sei que nesta noite te perderei No meu solitário quarto ficarei Vendo imagens alucinantes Como quando fomos amantes Ai me pergunto e não encontro resposta Porque estamos em situação tão oposta. Você aí tão linda e feliz E eu aqui como amante aprendiz Tive momentos inesquecíveis contigo E hoje sofrendo este castigo De não conseguir te esquecer O que não me deixa viver.

Nossa vida é um víciado baralho Que nos deixa sem um único atalho Quando cartas nos são escamoteadas E nunca, jamais, serão mostradas. Vivemos num mundo de cartas marcadas Algumas nunca serão achadas Depois de embaralhadas Por mãos habilmente manipuladas. Para outros a vida é uma roleta Quando olhos com ultravioleta Enxergam os números da sorte Quando erram vão a morte. A vida é um constante jogo fingido Às vezes alguém fica constrangido Mas como este mundo é tão sofrido Deveremos, por alguém, ser socorrido.


Sou uma mulher Que recorda com muita saudade Os velhos momentos de intimidade A pesar das belezas perdidas Foram pelo tempo esquecidas.

Sou uma mulher Como outra qualquer Que muito te quer Que quanto mais te ama Isto a todos proclama. Sou uma mulher Que talvez não te odeie Por me achares feia Ainda que por ti chore Canta e muito te adore.

Sou uma mulher Sentidas lágrimas derramei Quando um dia não te achei Recordei antigas e saudosas historias Que foram as minhas grandes glorias.

Sou uma mulher Você fez que eu fosse embora E hoje só sobrou o outrora Porque você não mais me adora Estou sozinho, para onde vou agora?


Existindo grandes pedras Não desista de andar Existindo uma intransponível barreira Não deixe de a ultrapassar. Existindo cordas com nós E preciso os desatar Existindo o desanimo E a pior coisa que há Existindo uma longa estrada Não desista ate finalizar Existindo o cansaço E preciso sempre caminhar. Existindo a possibilidade de derrota Você tem que vencer para ganhar Existindo mesmo um pequeno amor E´ fundamental para ele se declarar Existindo um momento para construir um mundo melhor Que seja mais justo, humano e feliz para a humanidade Existindo uma possibilidade de construí-lo Aproveite, não perca a oportunidade.

VIDA comigo não tivestes consideração Depois de tanto tempo só sobrou à separação Agora sobrou a desilusão Que levou a triste solidão. VIDA que de mim não se lembrou Nem a distancia nos separou Quando só me deixaste a saudade E esqueceste de me dar à felicidade. VIDA me fez viver de esperança Reter em mim a tua lembrança Não consegui viver só sinto anseios Sempre envolvido em devaneios. VIDA tão presa em mim lá no fundo Suspirando intenso amor profundo Negaste-me qualquer carinho Nem com pétalas de rosas sou teu amiguinho. VIDA sou fantasia cigana nas tuas mãos Vivendo na fantasia de uma imensa paixão Nada mais que cartas embaralhadas Não sou na verdade nem a tua alma amada.


De tudo só sobra à lembrança. Passei então a viver da saudade Tudo deixou de ser novidade Acreditando num mundo melhor Fiz tudo para os que viviam ao meu redor. Com os olhos da alma no coração Traduzindo tudo em palavras de emoção Transformando o amanhecer em oração E no cair da tarde fazendo uma canção. Quando eu era criança Segundo a minha lembrança Mostravam-me sonhos e fantasias Enfeitadas com belas cores e alegrias. Ainda quase tudo eu desconhecia E por isto muito pouco eu sabia Desde a escuridão da violência Ate este mundo em falência. Meus olhos iludidos de petiz Fazia-me-me muito feliz Apesar de um novo aprendiz Que não pensa e pouco diz. Mais tarde me mostraram um mundo de dor Onde falta tudo até o amor Sem jamais perder a esperança

Quando de uma arvore a folha caia Inspirava-me para fazer uma poesia Que mais que uma canção era uma sinfonia Falando de amor a esperança nunca falharia. Eternizando para os amigos a real intenção De viver com todos em feliz comunhão Fez-me registrar a bela constatação Que tudo pode transforma o coração.

È visão da criança. A visão da fantasia. A visão da vida. A visão do amor. A visão da esperança.


VOCE MÃE. Você mãe preta Que é corajosa e lutadora Fortaleza na dor. Você mãe jovem Doçura de fada Esperança no coração. Você mãe solteira Calada que tudo aceita Centelha de luz. Você mãe rica Risonha e feliz Beleza de rosa. Você mãe sozinha Filho ausente Solidão silenciosa. Você mãe pobre Silencio que sofre Enfrenta tudo sozinha. VOCE MÃE Três letrinhas mimosas Meu beijo.


Feliz daquele que na ronda da vida Para assegurar sua sobrevida Corre doidamente pelo dia a dia E da morte nem desconfia. Afirmava que nada sabia Então a sombra da felicidade adia Enquanto chove nesta tarde sombria Ela escondida chora de alegria. Mesmo longe da bem amada Só encontra porta fechada Janelas mal entreabertas Ou imagens ocultas e incertas, Não querendo olvidar a sombra da dor E no turbulento andar da vida procura um salvador Mesmo chorando por qualquer mal querer Não encontra uma viela a percorrer.

Esta canção só terminou quando me disseste adeus E esqueceste tão rapidamente dos beijos meus Depois de tanto tempo desprezaste o meu amor Será porque não encontraste mais o seu sabor? O que você fez só deixou uma eterna saudade Porque foram tantos anos de amizade. A felicidade nunca mais de mim se lembrou Nem meu aniversario comemorou Por isto só no silencio encontrei a paz Nada na vida mais me satisfaz O que aconteceu para você me esquecer? E tão rapidamente deixar de me querer?


De horizontes pertos ou quem sabe distantes Pois por aqui não somos mais que viajantes Com o tempo nosso amor ficou tão alto e forte Que sempre foi o teu inseparável consorte.

Esquecemos a vida, mas tudo em vão! Saudades sim ... e porque não! Lembrei-me de uma antiga canção Quando me deslumbrei com saudosa emoção

Deste-me o amor como sagrado pão Nada fizemos de errado é o que importa Juntos num mundo que a tudo suporta.

Em saber que ainda pertenço ao teu coração.

Nossos sonhos são portas abertas Talvez vindos de almas desertas Circundando os ventos da vida Aquela esperança que sempre convida.

Por isto unidos ficaremos até a morte Mesmo quando soprar o vento norte.


Boa noite amor Acabo de sonhar contigo Jamais saberás o meu castigo Por não estares comigo. Boa noite amor Dai-me um beijo Assim te vejo Refletindo no espelho A felicidade antevejo. Boa noite amor Não te preocupes Nem te desculpes A apesar da diferença de idade Junto encontraremos a felicidade. Boa noite amor Eles nada sabem do nosso mundo Que curtimos um amor profundo Enquanto estiveres presente O mundo só a nos pertence.

Você é a vida que ficou Você partiu, mas não me deixou Você é o amor que perdurou Você é a amizade que não findou. Você é a minha própria vida Você é a felicidade nunca perdida Você foi o renascer da hora esquecida Você é a paixão correspondida. Você é a alegria de uma união Você é muito mais que uma paixão Você é a própria ilusão Você fez renascer o coração. Você é a esperança sempre vivida Você é juventude que não foi esquecida Você é o porvir que sempre se duvida Você é a vida que para a vida nos convida.


Na ânsia de um novo beijo Aparece uma volúpia e antevejo Naquela dança ardente O rabiscar de uma estrela cadente.

Relembro lindas historias vividas Entre longos cabelos envolvidos Ao nascer de um amor que desabrocha Que resiste até ao impacto de uma rocha.

Cada verso que faço E´um poema que traço E´parte da minha alma Que cantado me acalma. E´uma pequena luz Que sempre saudade traduz Como a brisa dos mares E as velas que iluminam os altares.

No teu colo macio e frágil Sonho como velejador novato e pouco ágil Declamando versos do amor Com todo o desejo e fulgor.

A ti oferto um ramalhete de flor Para não esqueceres seja o que for Notadamente o nosso evasivo amor Todo ornado de beijos e imenso fulgor.


GRATIDÃO Difícil de encontrar Nobreza do coração Ao alcance de poucas pessoas. DIFICULDADE Encontra-se a toda hora Presente em qualquer lugar Nem sempre superável. MORTE Ela nos encontrará Algum dia chegará Nunca a almejamos. CASAMENTO Fácil de entrar Difícil de sair Ninguém se escapa á só esperar. SAUDADE È o passado distante Encontro inesquecível Lembrança presente.

AMOR A felicidade perene Companhia querida Encontros inacabados. SEXO Apogeu do amor Orgasmo concluído Paixão incontida. FÉ Crença inabalável Presença explicita Acreditar sem ver. ESPERANÇA O aguardar incerto Acreditar no provável O esperar acontecer. CARIDADE Doar, doando-se Servir, servindo Participar, participando. PERDÃO Difícil de conceder Esperamos de todos Pureza de coração. SOLIDARIEDADE Poucos conseguem doá-la Muitos a imploram E´encontrada eventualmente. DESPEDIDA Saudade que fica Esperança de um reencontro Adeus definitivo talvez.


Uma ilusão perdida Passeando pela estrada da vida Pela alameda florida Para novo encontro convida.

Uma ilusão perdida E´uma longa viagem não vivida Uma festa longínqua esquecida Que pode ser até uma despedida.

Numa ilusão perdida Uma saudade nunca ira faltar Procurara alguém para consolar A vida ajudará sempre a sonhar.

Uma ilusão perdida È como o passar de uma brisa Que nada realiza Só ao amor desestabiliza. Uma ilusão perdida Foi aquela mãe querida Que na sua saudosa ida Nos deixou sem saída.

Uma ilusão perdida No horizonte só uma personagem Onde ao longe aparece a imagem Na verdade grande e longa miragem.

Uma ilusão perdida Procurando um longínquo destino Talvez aquele inesperado desatino Numa noite de amor tão incontido.


Já pensei que fosse morrer de tanta saudade e...

O que estava escrito já não sei Porque pela vida tudo passei Ao ler o que estava pelo destino redigido Contava um encontro acontecido. Oh ! que saudades daquele vestido verde Hoje suspenso numa velha parede Junto com os teus encantos Espalhados por todos os cantos O que se passou nunca mais esqueci Desde o dia em que te conheci Passaram-se tantos longos anos, Talvez só a saudades ficou Não esqueceremos o que passou Dançando com o sonho da juventude Continuas com toda a tua magnitude Oh! Que saudades daqueles anos não esquecidos.

Saudade é o que senti Por estar tão longe de ti. Saudade é se encontrar sozinho Quando o amor estava tão visinho. Saudade é percorrer longo caminho Sentindo o teu carinho. Saudade é seguir teus passos Sem encontrar percalços. Saudade é sonhar com teus beijos E só encontrar desejos. Saudade é uma luz que ilumina Quando tudo termina. Saudade é um olhar Que deixou de brilhar. Saudade é caminhar na tua ausência Que devora qualquer


No teu colo reluzia a Cruz de Lorena Que realçava a bela pele morena Trazendo para a minha vida um desejo Em todas as violáceas manhãs que te vejo.

Sua incerteza me fere, Mas não me mata. Suas dúvidas me açoitam, Mas não deixam cicatrizes.

Não sei por que sempre que te procuro Quando estamos num quarto escuro Tanto gostas de me dizer não Por mais que eu implore perdão. Mesmo que sincero amor te peça Sempre fazes que eu na solidão tropeça Quando ouço o teu conhecido sermão Que já conheço de antemão.

Em você o meu olhar vislumbrava a alvorada E a minha alma sentia-se apaixonada Quando os rouxinóis esvoaçavam sem ninho Cantarolando no alpendre do vizinho. Teu beijo embriagava-me como vinho Quando caminhava pensando sozinho Sentia os meus pés atravessando pedregoso caminho Pois poderia não contar mais com o teu carinho.

Mas volto sempre e te tocar Quando silenciosamente consigo te provocar. Ao aparecer o meu frágil desejo Realiza-se o que antecipadamente antevejo. Poderei ter um antecipado prejuízo Perdendo então até o necessário juízo Como um adolescente fica frente a frente Com inexperiente colegial linda e atraente.


Hoje vejo a vida tão encantada Parece até empacotada Enlatada, fechada Porque será que esta tão apresada, Hoje vejo a vida passada Parece até que já ultrapassada Que o tempo a deixou amassada Talvez por isto tão assustada. Hoje vejo a vida futura Já não tendo muita fartura Mas mais serena e madura Não sei por quanto tempo dura. Hoje vejo a vida tão diferente Vislumbro tudo tão transparente Agora só encontro o presente Porque será que foi tão derrepente.

Hoje vejo um futuro ausente Tudo que recebo já é um presente Já antevejo o eterno poente E tudo de Deus dependente.


Meu DEUS gostaria tanto de ver - te conhecer - contigo conviver Meu DEUS gostaria tanto te ouvir - te aplaudir - contigo a vida curtir Meu DEUS gostaria tanto te falar - te amar - contigo sempre ficar. Meu DEUS gostaria tanto te sentir - te ver sorrir - sem nunca partir. Meu DEUS gostaria tanto pelo olfato - teu perfume sentir de fato - como o aroma de um florido mato. Assim seria a vida Pôr longos anos assim convivida Até que pudesses consentir A porta do Céu para min abrir E contigo sorrir.

As palavras ditas ao vento Não indicam ter talento Mas talvez um simples lamento Declamadas num lampejar do momento. A palavra quando triste Deprime quem o espetáculo assiste E pode fazer que alguém desista E no lutar pela vida persista. As palavras podem expressar O amor e o transformarem em uma flor. Que transformarão tudo que for Quando necessário altos muros transpor. As palavras unem pai, mãe e filhos. E todos cantam aquele estribilho Que com especial brilho Elimina na família qualquer espinho. A palavra dita com sabedoria Um grande conhecimento externaria Dificuldades não enfrentaria E quem fosse ao dicionário a encontraria.




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