18 minute read

Atividade: O alimento e a evolução humana

Next Article
REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS

Durante a execução dessa atividade, pode-se dialogar com a área da Física (e também da Educação Física) para um melhor entendimento sobre a física dos movimentos e a importância de manter uma postura correta. Com a área da Química, pode-se discutir sobre o gasto calórico em cada atividade, e com a área das Ciências Humanas podem-se ampliar as discussões em relação às infl uências culturais na apropriação e na manutenção dessas atividades nas diferentes sociedades.

Nessa atividade, objetiva-se desenvolver a capacidade de observação, transformação e compreensão do tema ou da situação apresentada. Atende-se à orientação da BNCC no que se refere à progressão das habilidades, ou seja, para o desenvolvimento de uma habilidade mais complexa, é necessário desenvolver primeiro as mais simples. A sequência de atividades organiza-se na seguinte ordem: observação das imagens, em seguida transformação das informações para a compreensão dos mecanismos integrados, biológico-fi sicos e químicos, e infl uência cultural e comportamental no processo. Mais uma vez, a proposta foi pensada para ser vivenciada pelos professores, de modo a testar a amplitude e ampliar seus objetos de conhecimento e a relação interdisciplinar. A sequência de atividades pode despertar no corpo docente o desejo de utilizá-la com os estudantes. O importante, nesse caso, é que a vivência docente permita levantar hipóteses coletivas de como criar condições para que cada atividade esteja em consonância com os elementos na avaliação dos conhecimentos prévios dos estudantes:

Advertisement

O trabalho docente precisa se orientar por uma lógica de conhecimentos prévios. Quando trabalha a partir da lógica de pré-requisitos, é fato irrefutável que a escola exclui dos processos educativos os estudantes que “não aprenderam” determinados assuntos. (BRASIL, 2017, s. p.).

ATIVIDADE: O ALIMENTO E A EVOLUÇÃO HUMANA

Ampliando a malha de relações, a próxima atividade introduzirá as informações sobre o papel e a importância do alimento na evolução humana. Esse alimento, como fonte de energia para nosso organismo, contribuiu signifi cativamente para nossa evolução. Tal conhecimento pode nos ajudar a valorizar mais a qualidade de nossa alimentação. Este conhecimento permite também compreender um pouco da evolução humana indo ao encontro da BNCC:

Habilidade

(EM13CNT208) Aplicar os princípios da evolução biológica para analisar a história humana, considerando sua origem, diversifi cação, dispersão pelo planeta e diferentes formas de interação com a natureza, valorizando e respeitando a diversidade étnica e cultural humana (BNCC, 2018, p.557).

Os textos a seguir são trechos citados do artigo “Alimentos e evolução humana” (disponível em: https://sciam.com.br/alimentos-e-evolucaohumana/ Acesso em: 1o dez. 2020).

TEXTO 1

“Mudanças na oferta de alimentos parecem ter infl uenciado fortemente nossos ancestrais hominídeos. Assim, em um sentido evolutivo, somos o que comemos. Consequentemente, o que comemos é ainda uma outra forma pela qual nos diferenciamos de nosso parente primata. Populações de humanos contemporâneos pelo mundo afora adotam dietas mais calóricas e nutritivas que aquelas de nossos primos, os grandes macacos. Então, quando e como os hábitos alimentares de nossos ancestrais divergiram dos hábitos de outros primatas? Além disso, quanto os humanos modernos se distanciaram do padrão alimentar ancestral? O interesse científi co na evolução das necessidades nutricionais humanas tem uma longa história. Investigações relevantes começaram a ganhar espaço a partir de 1985, quando S. Boyd Eaton e Melvin J. Konner, da Emory University, publicaram um artigo no New England Journal of Medicine intitulado ‘Nutrição Paleolítica’. Eles argumentam que a prevalência de muitas doenças crônicas nas sociedades modernas – entre elas obesidade, hipertensão, doenças coronarianas e diabetes – seriam [sic] o resultado de uma incompatibilidade entre padrões dietéticos modernos e o tipo de dieta que nossa espécie desenvolveu para se alimentar como caçadores-coletores pré-históricos. Desde então, a compreensão da evolução das necessidades nutricionais humanas tem avançado consideravelmente – graças, em parte, às análises comparativas entre populações de humanos vivendo tradicionalmente e outros primatas –, emergindo daí um retrato com mais nuances. Sabemos, agora, que os humanos evoluíram não para subsistirem com uma dieta paleolítica única, mas para desfrutarem de um padrão alimentar diversifi cado.”

Esse trecho nos permite levantar os seguintes questionamentos: a que dieta paleolítica o autor se refere? Qual era a fonte predominante de substância orgânica? Quais poderiam ser as defi ciências nutricionais nesse período? O que signifi ca desfrutar de um padrão alimentar diversifi cado?

“Para se compreender o papel da alimentação na evolução humana, devemos nos lembrar de que a procura pelo alimento, seu consumo e, fi nalmente, como ele é usado para processos biológicos são, todos, aspectos críticos da ecologia de um organismo. A energia dinâmica entre organismos e seus ambientes, ou seja, a energia despendida comparada à energia adquirida, tem consequências adaptativas importantes para a sobrevivência e reprodução. Esses dois componentes da aptidão darwiniana refl etem-se na forma como estimamos o estoque de energia de um animal. A energia de manutenção é o que mantém um animal vivo. A energia produtiva está associada à concepção e manutenção da prole para a próxima geração. Para mamíferos, isso deve cobrir as demandas das mães durante a gravidez e lactação.”

TEXTO 2

Nesse trecho, o autor diz que “devemos nos lembrar de que a procura pelo alimento, seu consumo e, fi nalmente, como ele é usado para processos biológicos são, todos, aspectos críticos da ecologia de um organismo”. Podemos questionar, especifi camente: qual mensagem o autor quis passar quando usou a expressão “ecologia de um organismo”? Como Darwin relataria as questões sobre energia de manutenção e energia produtiva?

TEXTO 3

“O tipo de ambiente que uma criatura ocupa infl uenciará a distribuição de energia entre esses componentes, em que condições mais duras representam, obviamente, maiores difi culdades. No entanto, o objetivo de todos os organismos é o mesmo: assegurar a reprodução, visando garantir, a longo prazo, o sucesso das espécies. Portanto, ao observarmos a forma como os animais se deslocam para obter a energia alimentar, podemos compreender melhor como a seleção natural produz a mudança evolutiva.” [...] “Lovejoy (1981) propôs que a locomoção sobre as duas pernas liberou os braços para carregar crianças e objetos. Recentemente, Kevin D. Hunt, da Indiana University, sugeriu que o bipedalismo emergiu como uma postura de alimentação, por ter permitido o acesso a alimentos que antes estavam fora de alcance. Peter Wheeler, da John Moores University, Liverpool, acrescentou que, ao se erguerem, os antigos humanos puderam regular melhor a temperatura corporal, expondo menos o corpo ao calor abrasador africano. A lista continua. Uma série de fatores provavelmente infl uenciou esse tipo de locomoção. A minha própria pesquisa, conduzida em colaboração com minha esposa, Márcia L. Robertson, sugere que o bipedalismo se desenvolveu em nossos ancestrais, pelo menos em parte, por ser menos dispendioso energeticamente que o deslocamento sobre quatro membros. Nossas análises dos custos de energia do movimento em animais demonstraram que, em geral, a maior demanda depende do peso do animal e da velocidade com que ele se desloca. O mais surpreendente no movimento bipedal humano é que ele é notadamente mais econômico que o deslocamento quadrupedal em velocidade de marcha.”

Nesse trecho, podemos explorar os conhecimentos da área da Física, explicando por que o autor, em seu trabalho, sugere que “bipedalismo desenvolveu-se em nossos ancestrais, pelo menos em parte, por ser menos dispendioso energeticamente que o deslocamento sobre quatro membros”, e que “o mais surpreendente no movimento bipedal humano é que ele é notadamente mais econômico que o deslocamento quadrupedal em velocidade de marcha”.

TEXTO 4

“A evolução maior dos primeiros hominídeos ocorreu em pastos e espaços de terra mais abertos, onde a sustentação é mais difícil. Sem dúvida, os caçadores-coletores humanos modernos que vivem nesses ambientes, e que nos oferecem o melhor modelo disponível dos padrões de subsistência dos humanos primitivos, frequentemente se deslocam 12 km por dia em busca de alimentos. Quanto aos hominídeos que viveram entre 5 milhões e 1,8 milhão de anos atrás, durante o Plioceno, a mudança climática estimulou essa revolução morfológica. À medida que o continente africano foi se tornando mais árido, fl orestas deram lugar a pastos, deixando os recursos alimentares distribuídos mais irregularmente. O bipedalismo, nesse contexto, pode ser visto como uma das primeiras estratégias na evolução nutricional humana, um padrão de movimento que teria reduzido substancialmente o número de calorias despendidas na coleta de alimentos. O que é extraordinário em nosso cérebro grande, sob uma perspectiva nutricional, é o quanto de energia ele consome – aproximadamente 16 vezes mais que um tecido muscular por unidade de peso. Porém, apesar de os humanos apresentarem, quanto ao peso corporal, cérebros maiores que os dos outros primatas (três vezes maior que o esperado), as necessidades totais de energia em repouso do corpo humano não são maiores que a de qualquer outro mamífero do mesmo porte. Usamos uma grande parte de nossa quota diária de energia para alimentar nossos cérebros vorazes. Na verdade, o metabolismo de um cérebro em repouso ultrapassa de 20 a 25 % as necessidades de energia de um humano adulto – bem mais que os 8 a 10 % observados em primatas não humanos – que os 3 a 5 % em outros mamíferos. […] Como teria evoluído esse cérebro tão energeticamente dispendioso? Uma teoria, desenvolvida por Dean Falk, da State University of New York, Albany, sustenta que o bipedalismo permitiu aos hominídeos resfriar o sangue cranial e, consequentemente, liberar o cérebro sensível do calor de temperaturas agressivas que haviam colocado em xeque o seu tamanho. Suspeito que vários fatores estiveram em jogo, mas a expansão do cérebro quase que certamente não teria ocorrido se os hominídeos não tivessem adotado uma dieta sufi cientemente rica em calorias e nutrientes, para suportar os custos associados.”

Nesse trecho, poderemos explorar os conhecimentos da Química e da Física, associando-os aos da Biologia, para compreender as afi rmações a seguir:

[…] bipedalismo permitiu aos hominídeos resfriar o sangue cranial e, consequentemente, liberar o cérebro sensível do calor de temperaturas agressivas que haviam colocado em xeque o seu tamanho […].

[…] a expansão do cérebro quase que certamente não teria ocorrido se os hominídeos não tivessem adotado uma dieta sufi cientemente rica em calorias e nutrientes, para suportar os custos associados […].

“Para as crianças em populações rurais de regiões em desenvolvimento, dietas de baixa qualidade resultam em crescimento físico deficiente e em altas taxas de mortalidade nos primeiros anos de vida. Nesses casos, os alimentos oferecidos às crianças após o desmame não são, em geral, nutritivos e energeticamente fortes o suficiente para suprir as extensas necessidades associadas a esse período. Apesar de essas crianças, ao nascerem, apresentarem altura e peso tipicamente similares às de crianças norte-americanas, por exemplo, são menores e mais leves por volta dos três anos, assemelhando-se, frequentemente, aos pequenos 2 % ou 3 % das crianças norte -americanas de mesma idade e sexo. Estamos encarando o problema oposto no mundo industrial: os registros de obesidade na infância e na vida adulta estão crescendo, porque nosso desejo por alimentos ricos em energia – notadamente aqueles que incluem gordura e açúcar – tornaram-se muito disponíveis e relativamente baratos. Conforme estimativas recentes, mais da metade dos adultos norte -americanos estão acima do peso. A obesidade também apareceu em algumas regiões em desenvolvimento, onde, até há uma geração, era virtualmente desconhecida. Esse aparente paradoxo surgiu quando pessoas que cresceram malnutridas se mudaram das áreas rurais para lugares urbanos, onde o alimento tem disponibilidade imediata. A obesidade e outras doenças comuns do mundo moderno, de alguma forma, são extensões de um contexto que começou há milhões de anos. Nós somos vítimas de nosso próprio sucesso evolutivo, desenvolvendo uma dieta calórica concentrada, mas minimizando a quantidade de energia de manutenção despendida em atividade física.”

TEXTO 5

O autor, nesse trecho do artigo, expõe uma situação da realidade americana. Qual é nossa realidade, ou seja, temos esses mesmos problemas? As causas são as mesmas ou apresentamos outras realidades?

TEXTO 6

“Assim como as pressões para melhorar a qualidade alimentar infl uenciaram a evolução dos primeiros humanos, também esses fatores desempenharam um papel crucial nas expansões mais recentes do tamanho populacional. Inovações como cozimento, agricultura e mesmo aspectos da tecnologia alimentar moderna podem, todas, ser consideradas táticas para elevar a qualidade da dieta humana. Cozinhar, por um lado, aumenta a energia disponível em alimentos vegetais selvagens. Com o advento da agricultura, os humanos começaram a manipular espécies de plantas marginais, visando maior produtividade, digestibilidade e conteúdo nutricional – tornando as plantas essencialmente mais próximas dos alimentos animais. Esse tipo de improviso continua hoje, com a manipulação genética de espécies para a produção de “melhores” frutas, vegetais e grãos. Da mesma forma, o desenvolvimento de suplementos nutricionais, que substituem refeições, é uma continuação da tendência iniciada por nossos ancestrais: obter o máximo de retorno nutricional, no menor volume e com o mínimo esforço físico. A estratégia evidentemente funcionou: os humanos estão aqui hoje, e em números recordes. O testamento mais contundente, porém, da importância de alimentos ricos em energia e nutrientes na evolução humana, talvez esteja na observação de que tantas preocupações com a saúde, que atormentam as sociedades em todo o planeta, tenham origem nos desvios da dinâmica energética estabelecida por nossos ancestrais.”

O autor relata que, “com o advento da agricultura, os humanos começaram a manipular espécies de plantas marginais, visando maior produtividade, digestibilidade e conteúdo nutricional”. Qual é a bagagem de conhecimento necessária para entender essa afi rmativa do autor?

O autor afi rma: “Eles demonstraram que cozinhar não só faz com que os vegetais fi quem mais macios e fáceis de se mastigar, como aumenta substancialmente o conteúdo energético disponível.” O entendimento dessa afi rmativa exigirá a incorporação de conhecimentos químicos, como transformações, reações e interações químicas.

TEXTO 7

“Não foram somente as mudanças na dieta que difundiram muitos dos nossos problemas de saúde, mas a interação entre trocas alimentares e mudanças no estilo de vida. Os problemas de saúde modernos são, com frequência, retratados como o resultado da ingestão de alimentos ‘ruins’, que são desvios da dieta humana natural – uma supersimplifi cação incorporada pelo debate atual sobre os méritos relativos de uma dieta superproteica e rica em gorduras tipo-Atkins, ou uma alternativa pobre em gorduras, que enfatiza carboidratos complexos. Essa é uma visão fundamentalmente equivocada de se enfocar as necessidades nutricionais humanas. A nossa espécie não está apta a subsistir com uma dieta única e ideal. O que é singular nos seres humanos é a extraordinária variedade do que comemos. Fomos capazes de prosperar em quase todos os ecossistemas sobre a Terra, consumindo desde alimentos de origem animal, entre as populações do Ártico, até, basicamente, tubérculos e cereais, entre as populações dos Andes. Sem dúvida, um marco da evolução humana tem sido a diversidade de estratégias que desenvolvemos para criar dietas adequadas às nossas necessidades, e a sempre crescente efi ciência com que extraímos energia e nutrientes do ambiente. O desafi o que as sociedades enfrentam agora é o balanceamento entre as calorias que consumimos e as que queimamos. A ingestão de mais alimentos de origem animal é uma forma de aumentar a densidade calórica e nutricional, uma mudança que parece ter sido crítica na evolução da raça humana. Mas poderiam nossos antepassados ter melhorado a qualidade alimentar de outra forma? Richard Wrangham, da Harvard University, e colegas recentemente pesquisaram a importância do cozimento na evolução humana. Eles demonstraram que cozinhar não só faz com que os vegetais fi quem mais macios e fáceis de se mastigar, como aumenta substancialmente o conteúdo energético disponível. […] Os pesquisadores propuseram que o Homo erectus foi, provavelmente, o primeiro hominídeo a usar o fogo para cozinhar há, talvez, 1,8 milhão de anos.”

TEXTO 8

“Estudos entre populações que vivem tradicionalmente apontam que os humanos modernos estão aptos a suprir suas necessidades nutricionais usando uma ampla variedade de estratégias. Adquirimos fl exibilidade alimentar. A preocupação com a saúde no mundo industrial, em que alimentos calóricos concentrados estão facilmente disponíveis, não se origina de desvios de uma dieta específi ca, mas de um desequilíbrio entre a energia que consumimos e a que despendemos.”

É possível fazer um estudo da estimativa do número de calorias que consumimos diariamente. Para isso, podemos consultar tabelas de calorias por alimento e de quantidade de calorias gastas, disponibilizadas na internet, para responder aos seguintes questionamentos: • Ingiro mais calorias do que consumo? Se sim, o que isso implica para meu organismo? • Consumo mais calorias do que ingiro? Se sim, o que isso implica para meu organismo? • A quantidade de calorias que consumo é igual à quantidade que gasto?

Se sim, o que isso implica para meu organismo? • Se meu gasto calórico for igual ao que consumo, isso signifi ca que meu organismo é saudável? • Mas o que seria um corpo saudável? Devo só analisar a caloria?

E as vitaminas e os micronutrientes?

Neste momento, cabe uma discussão sobre o caso histórico das navegações e a doença do escorbuto, que só foi resolvida com a descoberta da vitamina C nas frutas cítricas (laranja, limão), das batatas, das folhas do abeto vermelho… Pode-se desenvolver um projeto interdisciplinar, com a participação, por exemplo, de professores das áreas de Biologia, História, Geografi a, Química e/ou os de Literatura, em um âmbito da contextualização sociocultural e do sistema produtivo e industrial. Repare que a aplicação desse tipo de sequência de atividades fornecerá vários instrumentos para avaliação do processo, como: a pesquisa de campo, com a aplicação e a análise das respostas do questionário, os materiais oriundos das socializações dos diferentes estudos realizados, textos produzidos sobre as refl exões, o acompanhamento da evolução da capacidade argumentativa a cada discussão, as apresentações orais, autoavaliações etc. Nesse processo de aprendizagem, caso seja utilizado por você para criar uma proposta contextualizada à sua escola, chamamos a atenção para os seguintes aspectos a serem avaliados: • A evolução da capacidade argumentativa oral (capacidade do estudante de utilizar as informações das fontes de pesquisa para explicar ou defender uma posição).

• A evolução na capacidade argumentativa escrita, ou seja, a qualidade dos textos produzidos com o objetivo de explicar e/ou defender uma posição. • A evolução na capacidade de utilizar os conhecimentos das outras áreas durante suas explicações e argumentações orais e escritas. • A evolução nos níveis de participação e questionamentos durante as discussões.

• A evolução na capacidade propositiva, principalmente em relação aos problemas que forem levantados. • A evolução do trabalho em grupo, observando o envolvimento de cada membro do grupo, a cooperação entre eles durante as apresentações e discussões e a motivação para contribuir com o outro nos esclarecimentos dos pontos apresentados.

VOCÊ SABIA?

CARNE ARTIFICIAL

A carne artifi cial desenvolvida em laboratório é uma descoberta que pode revolucionar os hábitos alimentares humanos. Os métodos para cultivo não têm sidos relatados em detalhes, mas seguem dois processos: a cultura em suspensão e a cultura tridimensional.

O método de cultivo em suspensão inicia com uma biopsia para a retirada de um pedaço muito pequeno de tecido muscular esquelético do animal. Esse tecido contém uma série de células, as mais utilizadas são células-tronco adultas, que proliferam e podem se diferenciar apenas em células musculares esqueléticas. (Ver: VIANA; ARAÚJO, 2019). A New Harvest (https://www.new-harvest.org/) é uma das organizações que mais apoiam as iniciativas para desenvolver carne cultivada com tecnologias simpáticas ao ambiente. Segundo o site, sua missão é buscar substitutos para a carne livres de hormônios, antibióticos e pesticidas. “As células podem se multiplicar tanto que, em teoria, uma única célula poderia ser utilizada para produzir carne sufi ciente para alimentar a população mundial durante um ano” (KUKSO, 2019).

Finalizando essa sequência de estudos, você, professor, pode trazer uma curiosidade da área da Ciência e Tecnologia. Essas curiosidades podem proporcionar uma gama muito grande de discussões relacionadas com os impactos desses avanços nos vários setores, ou seja, social, político, econômico, ambiental e cultural. Por exemplo: quais são as vantagens que virão com essa nova tecnologia? Quais são as desvantagens? No próximo capítulo, vamos discutir mais sobre o tema Ciência e Tecnologia e suas implicações.

ARAÚJO, J. M. A. Química de alimentos: teoria e prática. 2. ed. Viçosa: UFV, 1999. “Este livro traz informações básicas a respeito dos diversos componentes dos alimentos e das alterações químicas e físicas que ocorrem durante o seu processamento, armazenamento e sua distribuição. O livro está organizado em 17 capítulos[,] a saber: Oxidação de lipídios em alimentos, Consequências biológicas da oxidação de lipídios, Antioxidantes, Óleos essenciais, Emulsifi cantes, Toxicantes naturais, Afl atoxinas, Conservantes químicos, Cromatografi a de fase gasosa, Cromatografi a líquida de alto desempenho, Microextração em fase sólida, Proteína, catalase e peroxidase, Escurecimento enzimático, Escurecimento não enzimático, Corantes naturais e extração com CO supercrítico, complementados por oito apêndices.”

MCARDLE, W. D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 1998. “O livro trata dos seguintes itens: Nutrição: a base para o desempenho humano; Energia para a atividade física; Sistemas de fornecimento e utilização de energia; Aprimoramento da capacidade energética; Realização do exercício e estresse ambiental; Composição corporal, equilíbrio energético e aspectos do exercício relacionado à saúde.”

NUNES, M. A.; APPOLINARIO, J. C.; GALVÃO, A. L. COUTINHO, W. Transtornos alimentares e obesidade. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. O livro apresenta 20 capítulos sobre transtornos alimentares, dos aspectos históricos à psicoterapia.

LEITURAS COMPLEMENTARES

ROONEY, A. A história da medicina: das primeiras curas aos milagres da medicina moderna. São Paulo: M. Books do Brasil Editora Ltda., 2013. No livro incluem-se tópicos como: primeiras cirurgias; modelos históricos do corpo e de doenças; a chave está nos corpos mortos; diagnóstico; pestes e pandemias ao longo da história; teoria do germe e contágio; como o corpo pode se voltar contra si mesmo; escarifi cadores, sanguessugas, larvas e outros tratamentos nojentos; farmacopeia da natureza; enfermagem.

TEIXEIRA, C. S.; PEREIRA, E. F. Alterações morfofi siológicas associadas ao envelhecimento humano. Revista Digital, Buenos Aires, ano 13, n. 124, 2008. Disponível em: https://www.efdeportes. com/efd124/alteracoes-morfofisiologicas-associadas-ao-envelhecimento-humano.htm. Acesso em: 1º dez. 2020.

O artigo discute algumas das principais alterações em importantes sistemas orgânicos. Os autores mostram exemplos de alterações no organismo que são naturais e inevitáveis, porém, a forma e a velocidade com que ocorrem, e se serão acompanhados por quadros patológicos, normalmente são resultados do estilo de vida e estão associados com maior ou menor autonomia na velhice.

WOLKE, R. L. O que Einstein disse a seu cozinheiro: a ciência na cozinha. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. “Este livro traz mais de 100 esclarecimentos sobre bastidores da cozinha, descartando informações e mitos que passaram do prazo de validade e ajudando você a interpretar rótulos e propagandas. Deliciosas receitas criadas especialmente para demonstrar princípios científi cos, dicas, um glossário e sugestões de leitura complementam o banquete.”

Editora RHJ – Material de divulgação – versão submetida à avaliação.

This article is from: