TOPVIEW #301 | Inovação e ESG

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Vida FIT

O DAPI agora oferece tratamento para o Câncer de Próstata com LUTÉCIO 17 7 - PSMA 617

O tratamento terapêutico inovador com Pluvicto® é considerado uma nova esperança para pacientes com câncer de próstata metastástico.

Após um exame de seleção (PET/CT-PSMA) o paciente coleta exames de sangue e passa em consulta com o Médico Nuclear no DAPI, para orientações e programações de datas.

O tratamento completo consiste em 6 injeções intravenosas do radioligante Pluvicto®:

Ao se espalhar pelo corpo, através da corrente sanguínea, o radioligante alcança todos os locais onde exista o tumor e suas metástases que sejam positivos para PSMA (uma proteína localizada na membrana da maioria das células cancerosas derivadas da próstata).

Sua ação consiste em matar células malignas com radiação beta de forma altamente localizada, evitando dano excessivo às células sadias ao redor

A medicação é então administrada de forma intravenosa, a cada 6-8 semanas, em seis ciclos

Exames laboratoriais e de imagem regulares são necessários para a avaliação da resposta ao tratamento

PET/CT DE

SELEÇÃO

Uma nova técnica capaz de prolongar a sobrevida dos pacientes com neoplasia de próstata avançada com metástases PSMA positivas promovendo também melhor qualidade de vida.

Uma alternativa para pacientes que apresentaram baixas taxas de resposta aos tratamentos convencionais, além de ser melhor tolerado do que a quimioterapia.

No DAPI o PET/CT inicial possui custo zero. O paciente deve apresentar a indicação do médico oncologista ou urologista.

A COBERTURA DO TRATAMENTO

É OBRIGATÓRIA PELOS CONVÊNIOS

QUANDO HÁ INDICAÇÃO EM BULA

O Pluvicto (vipivotida tetraxetana, Lu-PSMA-617) é um radioligante injetável ® aprovado pela ANVISA em dezembro/2023

PRONTO PARA MORAR

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Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 2001, Ecoville
SAIBA MAIS

NESTA EDIÇÃO

O FUTURO ESTÁ NA RECORD

Com forte presença nacional e regional, o canal investe em diferentes frentes. PÁG. 92

TOPVIEW BUSINESS + WTC Confira o

FASHION

BELEZA LIMPA PÁG. 24 O FUTURO DA MODA RESPONSÁVEL PÁG. 29

ESTILO DE VIDA

SABOR COM ENDEREÇO PÁG. 52

CIDADES DO AMANHÃ PÁG. 60

ARQUITETURA COM PROPÓSITO PÁG. 64 VIVER

EDUCAR PARA O AMANHÃ PÁG. 76

CUIDADO: O ROBÔ PODE SER VOCÊ PÁG. 78 PODER DE DENTRO PARA FORA PÁG. 80

SOCIAL VIEW

NEWS IDEA FOR LIFE HISTÓRIA INSPIRADORA PÁG. 96

WDF FESTIVAL DE MÚSICA PÁG. 98

NOITE EMOCIONANTE MÁRIO E DIRCÉA PETRELLI PÁG. 100

LANÇAMENTO DIA DAS MÃES PÁG. 102

TOPVIEW

LANÇAMENTO EDIÇÃO AMOR E NOIVAS

PÁG. 104

UM RECOMEÇO MODA REGENERATIVA

PÁG. 30

DESIGN BIOFÍLICO DE VOLTA ÀS RAÍZES

PÁG. 58

EXPLORAR O PLANETA PASSAPORTE VERDE PÁG. 48

SUSTENTABILIDADE O NOVO BÁSICO PÁG. 72

TOP TALK

WALMOR GODOI

Walmor é o 1º vice-presidente do Vale do Pinhão, físico, mestre e doutor em Engenharia de Materiais pela Universidade Federal do Paraná, além de docente e diretor de relações empresariais na UTFPR.

PÁG. 16

SELO GRAFICA

PRESIDENTE DO GRUPO RIC LEONARDO PETRELLI

FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI (IN MEMORIAM)

Portal Rádio

A SOLUÇÃO MULTIPLATAFORMA DE COMUNICAÇÃO COMPLETA PARA O MERCADO DE ALTO PADRÃO.

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+ PORTAL TOPVIEW 24 HORAS POR DIA

+ REVISTA 12 EDIÇÕES ANUAIS

+ REDES SOCIAIS 24 HORAS POR DIA

+ COBERTURA DE EVENTOS AO VIVO

+ EMBAIXADORES UM TIME SELETO DE PERSONALIDADES

+ PODCASTS DISPONÍVEIS NO SPOTIFY E OUTRAS PLATAFORMAS

+ VIEWS OF BRAND ESTÚDIO DE BRANDED CONTENT

+ PROJETOS PERSONALIZADOS SOB DEMANDA

+ ANUÁRIO DE ARQUITETURA ABR. 2025

+ ANUÁRIO IMOBILIÁRIO AGO. 2025

+ PRÊMIO MAIS SAÚDE SET. 2025

+ PRÊMIO PERSONALIDADES NOV. 2025

GERENTE EXECUTIVA DE TOPVIEW SUZANA NOGIRI

GERENTE DE REDAÇÃO MELLANIE ANVERSA

REPÓRTERES ANANDA OLIVEIRA E TALITA SOUZA

DESIGNER GRÁFICO KAKO FRARE PRODUTORAS DIGITAIS

IZABEL FORQUIM E PHAOLLA LAIDENS

ESTAGIÁRIAS AMANDA SCHNEIDER E MARIA

FERNANDA CARVALHO REVISÃO FILIPPO

MANDARINO ASSISTENTES ADMINISTRATIVOS DENIS

DALPRA E PEDRO ROCHA

GERENTE COMERCIAL TOPVIEW MEDIA VIVIAN SENS

COORDENADOR COMERCIAL LEONARDO ZAIDAN

EXECUTIVOS DE NEGÓCIOS & RELACIONAMENTO FERNANDA

RODRIGUES ROMÁRIO RAMOS E VERBENA

ALMEIDA ASSISTENTE ADMINISTRATIVA FERNANDA

VIEIRA FARIAS

HEAD DE NEGÓCIOS SIMONE FERREIRA DE LIMA ANALISTA COMERCIAL MARIANA RIBEIRO

RODRIGES

EMBAIXADORES DESTA EDIÇÃO KARLA PETRELLI , LAYDIR DE LA TORRE LEONARDO PETRELLI

RECO MARDER E SACHA GULIN CRIVELLARO

COLUNISTAS DESTA EDIÇÃO ADRIANO TADEU BARBOSA ANA CLAUDIA MICHELIN ANA GARMENDIA BETO CESAR CARLOS EDUARDO CANTO , DANIELLA ABREU , HENRIQUE LIMA KARLOS KOHLBACH LUANNA TONIOLO , RAFAELA MORON , REINALDO BESSA E STEPHANIE GARCIA

COLABORADORES DA EDIÇÃO ANDRÉ NUNES E MARISA VALÉRIO

IMPRESSÃO MAXI GRÁFICA

NOSSAS SEDES CURITIBA R. AMAURI LANGE SILVÉRIO, 450, PILARZINHO, 82120-000. (41) 3331-6100 FOZ DO IGUAÇU R. MARECHAL FLORIANO PEIXOTO, 1.407, SALA 201, 1º ANDAR, 85851-170. (45) 3572-6780 CASCAVEL R. GASPAR DUTRA, 315, MARIA LUÍZA, 85819-510. (45) 3097-9693 TOLEDO

R. OSWALDO ARANHA, 631, SÃO FRANCISCO, 85911-010. (45) 3278-5051 MARINGÁ AV. CARLOS CORREA BORGES, 1.617, INOCENTE VILA NOVA JÚNIOR, 87015-320. (44) 3218-7200

LONDRINA R. JOÃO PICININ, 20, COLONIAL, 86300-000. (43) 3376-0100

CNPJ 07.066.992/0001-07

IVETE AZZOLINI

EDUARDO MOURÃO

EMBAIXADORES

EMBAIXADORES TOPVIEW É UM GRUPO DE PERSONALIDADES DE EXTREMA RELEVÂNCIA SOCIAL E PROFISSIONAL. EXISTE APENAS UM(A) EMBAIXADOR(A) POR CATEGORIA TEMÁTICA, REPRESENTANDO NÃO SÓ A TOPVIEW COMO, TAMBÉM, OS SEUS NEGÓCIOS.

EMBAIXADOR ARQUITETURA GISELE MANTOVANI PINHEIRO

O EXCLUSIVO TIME DE FLAVIA DUQUE

EMBAIXADORA VIAGENS

LEONARDO PETRELLI

EMBAIXADOR POLÍTICA

EMBAIXADORA EDUCAÇÃO

RECO MARDER

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COLUNISTAS

KARLA K. CARVALHO PETRELLI

EMBAIXADORA BOAS AÇÕES

SACHA GULIN CRIVELLARO

EMBAIXADOR BELEZA

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O GRUPO DE COLUNISTAS DA TOPVIEW É FORMADO POR PROFISSIONAIS QUE SÃO DESTAQUES EM SUAS ÁREAS DE ATUAÇÃO. ELES ESCREVEM NÃO SÓ PARA A PUBLICAÇÃO IMPRESSA COMO, TAMBÉM, PARA O PORTAL DA TOPVIEW.

ADRIANO TADEU BARBOSA COLUNISTA TENDÊNCIAS

DANIELLA ABREU

ANA GARMENDIA COLUNISTA COMPORTAMENTO

ELIS CABANILHAS

COLUNISTA TOPVIEW BUSINESS + WTC COLUNISTA VINOSOPHIE

LUANNA TONIOLO

COLUNISTA FASHION BUSINESS

EMANUELLE MOURÃO

COLUNISTA CARREIRA

RAFAELA MORON

COLUNISTA POLÍTICA

BETO CESAR COLUNISTA NEGÓCIOS

HENRIQUE LIMA

COLUNISTA JURÍDICO

REINALDO BESSA

COLUNISTA GRANDS POR BESSA

CARLOS EDUARDO CANTO COLUNISTA MERCADO IMOBILIÁRIO

KARLOS KOHLBACH

COLUNISTA POLÍTICA

STEPHANIE GARCIA

COLUNISTA ESTILO

Mas, afinal, o que é ESG?

AO COMEÇAR ESTA edição, ao mencionar que o tema seria Inovação e ESG, algumas pessoas me perguntaram: “mas, afinal, o que é ESG?”.

Acho que esse pode ser nosso pontapé inicial. Ok, todos sabem o que “inovação” significa. Porém, “ESG” é uma sigla – não tão nova assim –, mas que, aparentemente, não é tão conhecida quanto o significado da palavra “inovação”.

O conceito de ESG, Ambiental (Environmental), Social (Social) e Governança (Governance), ganhou destaque a partir de 2004, quando foi mencionado no relatório “Who Cares Wins”, resultado de uma iniciativa do Pacto Global da ONU em parceria com o Banco Mundial. Esse relatório incentivou empresas e investidores a considerarem fatores ambientais, sociais e de governança na tomada de decisões, reconhecendo que tais práticas podem influenciar positivamente o desempenho financeiro e social em longo prazo.

trabalho, direitos humanos, diversidade e inclusão.

Por fim, ESG também é sobre ética e transparência.

Aprofundando-me mais no assunto, percebi que não estamos falando de nada além do básico. ESG não deveria ser tratado como uma novidade, seus conceitos são tão comuns que devem ser tratados como prática dentro das corporações e na vida das pessoas.

A realidade é que ações voltadas para o bem-estar do planeta devem ser rotineiras e essenciais.

Afinal, no fim, isso não se trata apenas de pessoas? Veja bem, cuidar do planeta é um ato egoísta. É como cuidar da própria saúde. É prezar pela própria longevidade.

“CUIDAR DO PLANETA É O MAIOR ATO de egoísmo e humanitário que pode existir.”

A TOPVIEW nunca havia produzido uma revista com esta temática – receio dizer que até demoramos para apresentar, com maior destaque, nossa contribuição ao tema.

Diretamente relacionado às corporações, ESG nada mais é do que boas práticas para construirmos um futuro melhor para nós e para as futuras gerações.

A sigla pauta sobre o meio ambiente e a sustentabilidade. É uma forma de colocar ações em prática que, de fato, façam diferença no resultado final.

ESG também é sobre bem-estar da comunidade, boas condições de

A nossa sobrevivência depende disso e eu desconheço quem não deseje a longevidade. Nesta edição, temos conteúdos robustos, sérios e esclarecedores sobre o assunto.

Também espero que você goste do incrível editorial de moda que construímos, a tantas mãos, com a incrível Luanna Toniolo, exemplo vivo de inovação e referência em moda circular. Com um time dedicado e antenado, fotografamos um shooting apenas com peças secondhand ou de marcas locais e autorais que se preocupam com o conceito e destino de suas peças.

Por fim, gostaria de pedir que termine de ler esta revista com o termo ESG – e inovação – na ponta da língua, caso já não tenha. Vamos, a partir de agora, ser mais exigentes com corporações e pessoas que não se importam com isso.

Cuidar do planeta é o maior ato de egoísmo e humanitário que pode existir.

WALMOR GODOI

WALMOR CARDOSO GODOI É O 1º VICE-PRESIDENTE DO VALE DO PINHÃO, PROGRAMA CURITIBANO

COM FOCO EM INOVAÇÃO POR MEIO DO EMPREENDEDORISMO, DA ECONOMIA CRIATIVA E DA TECNOLOGIA. ELE É FÍSICO, MESTRE E DOUTOR

EM ENGENHARIA DE MATERIAIS PELA UNIVERSIDADE

FEDERAL DO PARANÁ, ALÉM DE DOCENTE E DIRETOR

DE RELAÇÕES EMPRESARIAIS NA UNIVERSIDADE

TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

Defina sua profissão em uma frase.

Ensinar sempre inovando e preocupando-se com o outro, de forma a enfrentar os desafios do mundo que afastam o aluno da sala de aula.

Qual foi o último livro que você leu?

Mentes Criativas, Projetos Inovadores , de Klaus de Geus.

O que é inovação para você?

Mudança de paradigmas.

Se você pudesse escolher uma pessoa no mundo para tomar um café, quem convidaria?

Albert Einstein.

Último presente que se deu?

Caneta para tablet.

Se pudesse ter um único pedido atendido sem limitações, qual seria?

Paz para todos.

Como define o setor de inovação e tecnologia atualmente?

Disruptivo, desafiador e impactante para a sociedade.

Como você enxerga o futuro da inovação e tecnologia?

O futuro chega como uma onda. A onda que chegará trazendo junto IA, blockchain e tecnologias quânticas.

Os modelos de muitos postos de emprego serão revisitados. Não fará mais sentido falar de mão de obra e, sim, de profissionais capacitados.

POR TALITA SOUZA

TOPSPOT

SOB MINHA CURADORIA, TRAGO PARA VOCÊS NOVIDADES, TENDÊNCIAS E INDICAÇÕES DE ESTILO DE VIDA. ESPERO QUE GOSTEM DA SELEÇÃO!

COLABORAÇÃO

ATITUDE REBELDE

Inspirando-se na atitude rebelde do ator e ícone cultural James Dean, a Sacai e a Levi’s revelaram uma parceria que desafia o universo da moda. A coleção propõe uma releitura ousada das peças clássicas da marca americana, mesclando alfaiataria desconstruída e o olhar vanguardista característico da grife japonesa. Onde encontrar? No site www.levi.com. Preço sob consulta

ROBUSTO DA VEZ STREETWEAR E ELEGÂNCIA

O tênis Noir Kei Ninomiya X Reebok eleva a moda contemporânea a um novo patamar com seu design futurista. O solado robusto reflete a inspiração do streetwear, enquanto os detalhes em pérolas conferem uma elegância marcante. Onde encontrar? No site www.farfetch. com/br. Preço: R$ 5.169,00.

NOVA PROPOSTA VISÃO NÃO CONVENCIONAL

Esta nova colaboração traz a visão não convencional da diretora criativa da Avavav, Beate Karlsson, para a Adidas Originals. O resultado são peças com modelagens oversized e com moletinho envelhecido. Onde encontrar? No site www.adidas. com.br. Preço: R$ 1.499,99.

CULTURA ESSÊNCIA URBANA

Unindo conceitos que pertencem ao seu DNA, a Kenner se junta à THESAINT para criar uma collab que ressalta a potência e a vivência das ruas. A parceria reforça um dos carros-chefes da marca: a sandália Rakka. Onde encontrar? No site www.kenner.com.br. Preço sob consulta

COLAR DE FONE OS FONES COM FIO ESTÃO DE VOLTA

Fones de ouvidos são mais do que um objeto utilitário. Em 2025, eles fazem parte da composição de um look. Pensando nisso, a XX criou um colar de metal em formato de fone. O objeto, porém, é apenas um acessório, já que não possui tecnologia interna. Onde encontrar? No site www.racerworldwide.net. Preço: € 60.

AMPLIAÇÃO

SITE INTERNACIONAL

A CRIS BARROS lançou seu site internacional após a estreia do aplicativo da marca, no início do ano. A iniciativa visa ampliar a sua presença global e proporcionar aos clientes uma experiência de compra ainda mais personalizada no ano em que a marca celebra 23 anos no mercado.

RECICLAGEM

SUSTENTABILIDADE NO CENTRO

O Boticário apresenta a BotiRecicla Store, uma loja-conceito desenvolvida em parceria com a agência LePub São Paulo, em que embalagens vazias de cosméticos se transformam em moeda de troca.

POSICIONAMENTO NIKE STUDIOS

A marca esportiva Nike criou a Nike Studios, uma academia na Califórnia. A novidade é uma estratégia da marca para espalhar seu DNA de performance e estética premium.

DESIGN STREETWEAR A$AP NAST SE UNE À COMME DES GARÇONS

A colaboração entre a COMME DES GARÇONS SHIRT e A$AP Nast é um encontro entre o design vanguardista japonês e a distinta sensibilidade streetwear do rapper nascido no Harlem. Esta coleção-cápsula marca um momento significativo, já que A$AP Nast é o primeiro músico a colaborar diretamente com a linha COMME DES GARÇONS SHIRT.

METAL

DESIGN ELEGANTE

O mais novo lançamento da Serene Industries, o Cleaver, é um teclado mecânico projetado a partir de um único bloco de alumínio. O teclado proporciona funcionalidade e design elegante. Onde encontrar? No site www.serene.industries. Preço sob consulta.

TOPSPOT

SEQUÊNCIA

O DIABO VESTE PRADA

A esperada continuação de O Diabo Veste Prada já tem data marcada para chegar aos cinemas: maio de 2026. Apesar da empolgação dos fãs, ainda não há confirmação oficial sobre o retorno de Meryl Streep, Anne Hathaway e Emily Blunt ao elenco.

FUTURISMO FUTURISMO E REINVENÇÃO

A colaboração entre a Maison Margiela e a Gentle Monster captura uma interação dinâmica e cheia de tensão entre duas entidades futuristas, refletindo a profunda exploração do futurismo e da reinvenção de ambas as marcas. Onde encontrar? No site www.gentlemonster. com. Preço sob consulta

NOVA AGÊNCIA ESTÉTICA CONTEMPORÂNEA

Estreando no mapa criativo de Curitiba com o pé na porta e proposta estética contemporânea, a agência O Novo acaba de lançar sua primeira campanha para a marca autoral Folk & Fox, ocupando o coração do São Francisco com personalidade e uma pitada de provocação.

ESSÊNCIA DAS PISTAS MODA E AUTOMOBILISMO

A Rhude, marca californiana sob a direção criativa de Rhuigi Villaseñor, estreia sua primeira colaboração oficial ao lado da icônica Pirelli. Unindo moda e automobilismo, a parceria dá origem a uma coleção-cápsula que traduz a essência das pistas em peças cheias de estilo. Onde encontrar? No site rh-ude. com. Preço: U$ 675,00.

VOCÊ USARIA?

A VOLTA DA TENDÊNCIA

Em meio à onda de glosses e lábios ultrabrilhantes, o batom matte começa a dar sinais de um retorno — agora com fórmulas mais modernas e texturas muito mais confortáveis.

PREVISÃO PARA 2026

O HIATO VALEU A PENA?

Depois de mais de uma década desde o lançamento de GTA V, a Rockstar Games revelou que o aguardado GTA VI, que tinha lançamento previsto para 2025, na verdade será lançado em 2026. O hiato entre os títulos foi essencial para que a desenvolvedora explorasse ao máximo os avanços tecnológicos da última década. Com gráficos hiper-realistas, inteligência artificial sofisticada e um mundo aberto ainda mais dinâmico e interativo, GTA VI promete redefinir o conceito de imersão nos games.

EXPOSIÇÃO GIORGIO ARMANI PRIVÉ

O estilista italiano Giorgio Armani comemora duas décadas de sua linha de alta-costura, Giorgio Armani Privé, com uma exposição inédita no espaço expositivo Armani/Silos, em Milão.

PIERPAOLO NA BALENCIAGA

O QUE VEM POR AÍ?

A Balenciaga anunciou Pierpaolo Piccioli como novo diretor criativo da marca. A última era da grife, com Demna como diretor criativo, foi pautada muito pelo streetwear e por itens polêmicos. Com a vinda de Pierpaolo, que ficou por 25 anos na Valentino, o que se espera é mais arquitetura das peças – seu ponto forte –, característica muito parecida com a do criador da Balenciaga, Cristóbal Balenciaga.

MERCADO BRASILEIRO DOLCE & GABBANA

BEAUTY NO BRASIL

A marca Dolce & Gabbana lançou sua linha beauty no mercado brasileiro, trazendo uma seleção de produtos de maquiagem, incluindo itens das coleções Fresh Look, Classic Look, Flawless Look e Bold Look. Onde encontrar? No site www.sephora.com. br e também na boutique Dolce & Gabbana, em São Paulo.

PRÁTICOS E REMOVÍVEIS

A ERA DO PIERCING VOLTOU

Com a onda de remoção de tatuagens, poucos diriam que o piercing viria com tudo. Práticos e removíveis, o acessório tem sido usado pela nova geração e, para quem gosta da estética, mas ainda não decidiu colocar, a SKIMS, marca de Kim Kardashian, criou um sutiã com piercing. Onde encontrar? No site skims.com/en-br. Preço: R$ 455,00.

Cuidado

QUE PASSA DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO

NESTES

QUASE 20 anos, a

Clínica Nautilus se tornou mais do que um espaço de estética e bem-estar — ela se tornou um lugar de histórias, vínculos e afeto. Ao longo dessa jornada, vimos mães, filhas e até netas se cuidando juntas. Isso é

REGINA, ADRIANA, PRISCILA, LAURA, TAMARA E CATARINA DALCANALE

Essas mulheres espalham uma felicidade contagiante pela clínica. Ver três gerações com o mesmo brilho nos olhos ao falar de autocuidado é mais do que gratificante: é emocionante. São mulheres que se cuidam, que se amam e que nos inspiram todos os dias.

o que nos move: ver que o cuidado, quando vivido com amor, transforma-se em legado. Convidamos seis famílias muito especiais para um ensaio fotográfico cheio de significado. Cada uma delas representa um pedacinho da essência da Nautilus.

ANGELA E CAROL NOGAROLLI

Duas pacientes lindas, dedicadas e elegantes. A delicadeza do vínculo entre elas transparece no olhar e na postura — são exemplo de carinho, parceria e estilo em todas as fases da vida.

LUCIA HELENA, MARIA VITÓRIA E FERNANDA BEIRÃO

A sintonia entre elas é admirável. Uma família cheia de leveza e alegria que compartilha com a Nautilus a importância de cuidar do corpo e da alma desde cedo.

THAIS, JULIA E FELIPE NASTAS

Uma mãe linda e elegante que mostra que a maternidade só realça a beleza. Com serenidade e presença, ela transmite aos filhos — e a todos ao redor — que se cuidar é uma forma de amar.

NICOLE E NINA HAUER

Autenticidade e elegância definem essa dupla. Elas representam com força a ideia de que o autocuidado também é uma forma de ensinar — pelo exemplo — o valor de se colocar em primeiro lugar.

Ver essas famílias reunidas em um momento tão especial me enche de orgulho. Cada sorriso, cada abraço, cada olhar trocado diante das câmeras é um lembrete do propósito da Nautilus: cuidar de pessoas com carinho, dedicação e excelência. Este ensaio celebra algo que vai muito além da estética — ele representa

a confiança construída ao longo de quase duas décadas e o privilégio de sermos parte da história de tantas famílias. Quando o cuidado é verdadeiro, ele se transforma em herança. E é esse legado que seguimos cultivando, geração após geração. Com afeto, Dr. Sacha Gulin Crivellaro.

MICHELE CHRISTINE E NICOLE KNACK

A presença marcante e o carinho entre elas revelam uma conexão construída com tempo, atenção e afeto. Essa família representa um cuidado maduro, consciente, que atravessa décadas com suavidade e força.

Beleza limpa

CLEAN

BEAUTY GANHA FORÇA AO UNIR CIÊNCIA, NATUREZA E ÉTICA EM UMA NOVA FORMA DE CUIDAR DO CORPO E DO PLANETA

UMA TENDÊNCIA QUE une saúde, sustentabilidade e ciência: o clean beauty se consolida como um grande e promissor movimento. A expressão, que, em tradução literal, significa “beleza limpa”, representa uma ruptura com práticas nocivas da indústria tradicional de cosméticos e propõe uma nova relação com o cuidado pessoal — mais consciente, ética e alinhada à biocompatibilidade com o corpo humano.

Na prática, clean beauty significa escolher produtos formulados com ingredientes naturais, seguros e não tóxicos, livres de compostos potencialmente prejudiciais à pele e ao meio ambiente.

“Clean beauty representa uma nova tendência adotada por marcas que formulam

dermocosméticos com ingredientes mais seguros. Isso é muito mais benéfico à saúde, especialmente porque usamos esses produtos todos os dias”, explica a dermatologista Ana Paula Berreta Facin, médica dermatologista (CRM 25801 | RQE 19517).

Ela lembra, ainda, que esses itens são especialmente indicados para pessoas com pele sensível ou que sofrem com alergias, eczemas e irritações, além de representarem uma proposta mais verde, natural e sustentável.

Esse novo olhar mais cuidadoso pela indústria também é ressaltado pela biomédica Rayany Alice. “Cosméticos clean beauty evitam substâncias tóxicas ou polêmicas — como parabenos, sulfatos,

silicones e fragrâncias sintéticas — e priorizam o uso consciente de ingredientes naturais, respeitando a fisiologia da pele e o meio ambiente”, diz.

Segundo a profissional, entre os principais ativos evitados, estão os ftalatos, formaldeído, fragrâncias artificiais e silicones não voláteis, que podem causar desde irritações até disfunções hormonais ou efeitos tóxicos em longo prazo. “A proposta da beleza limpa é justamente oferecer alternativas mais seguras e compatíveis com a saúde da pele”, completa.

CLEAN BEAUTY NA PRÁTICA

Pensar em formulações mais limpas e naturais e com menos impacto ambiental se tornou uma necessidade entre as marcas de beleza e skincare. É o caso da

Os momentos de autocuidado avançam para o planeta.

Amakos da Amazônia, uma startup de beleza limpa fundada por Soon Hee Han, pesquisadora e especialista em bem-estar holístico. Segundo ela, o conceito de beleza natural está profundamente enraizado não só nos produtos, como, também, nos valores e processos da empresa. “Na Amakos da Amazônia, entendemos o conceito de beleza natural como um verdadeiro movimento cultural e filosófico. Criar produtos que não causem danos à saúde humana e ao planeta é nosso guia. Nosso slogan resume bem isso: ‘beleza que mantém o mundo’.”

Com foco em inovação e responsabilidade socioambiental, a marca desenvolve cosméticos de alta performance a partir de ingredientes de origem rastreável, cultivados em sistemas agroflorestais por comunidades ribeirinhas e povos originários da Amazônia. “Acho bonito saber que nosso autocuidado, também cuida do planeta, de manter o planeta vivo e trabalhar em prol da vida, do ser humano, do bioma amazônico e da socioeconomia”, afirma Soon Hee.

Esse cuidado também está presente nas embalagens (refiláveis, recicláveis e reutilizáveis), na rastreabilidade das matérias-primas e na ausência de testes em animais. Em três anos de existência, a marca contribuiu para a preservação de 424.430 hectares de floresta, beneficiando 491 famílias em 20 comunidades e atendendo oito dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

BELEZA A LONGO PRAZO

Na comparação com a indústria convencional, os impactos do movimento clean beauty são evidentes. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) tem uma lista extensa de substâncias controladas, baseada na legislação da União Europeia, mas nem sempre ela incorpora os últimos avanços imediatamente. Algumas substâncias, como Ftalatos, Formol, Triclosan e Parabenos ainda fazem parte de contradições no país. “A produção de cosméticos clean beauty tem, por conceito mesmo, a preocupação com a origem das matérias-primas, com a forma de cultivo, tem atenção aos químicos que utiliza, tem cuidados com a embalagem e também com o descarte, não testa em animais e efetua extensivas pesquisas ligadas a otimização dos botânicos e da manutenção

da biodiversidade.”, diz Soon Hee. Existe, porém, o questionamento sobre os resultados entregues por produtos mais naturais. “Há alguns anos, os naturais eram vistos como ‘creminhos’ simples. Hoje, com o avanço da tecnologia verde, os produtos impressionam”, afirma Soon Hee. Ela destaca o uso de biotecnologia em sinergia com conhecimentos tradicionais, como no nanoencapsulamento de ativos e realização de testes clínicos e in vitro para comprovar a performance. Rayany reforça a eficiência crescente desses produtos. “Os cosméticos naturais são ricos em antioxidantes, têm maior biocompatibilidade com a pele e respeitam seu equilíbrio natural. Mas é fundamental lembrar que o natural também é ativo — por isso, é importante respeitar o tipo de pele, possíveis alergias e sempre buscar orientação profissional.”

Essa compatibilidade fisiológica é, aliás, um dos diferenciais da beleza limpa. Como explica Soon Hee. “A biocompatibilidade vem das substâncias naturais (ativos) que mimetizam a estrutura molecular natural da nossa pele, ou seja, possuem afinidade, se reconhecem”. Isso se reflete em fórmulas que minimizam riscos de alergias, disfunções endócrinas ou impactos ambientais.

SLOW BEAUTY

Outro ponto que aproxima o movimento clean de uma nova consciência é a valorização do tempo e da simplicidade no autocuidado — base da filosofia conhecida como slow beauty. Ambas enfatizam a sustentabilidade e o respeito à vida animal, mas o slow beauty foca na multifuncionalidade dos produtos e em um autocuidado mais tranquilo.

Para começar a integrar esse movimento, ao contrário do que se possa pensar, não é preciso um grande investimento: é possível utilizar receitas caseiras simples, eficazes e acessíveis. “Uma que adoro indicar é a mistura de mel com açúcar para esfoliação. Hidrata, revitaliza e não tem contraindicação”, recomenda a dermatologista Ana Paula.

Já Rayany sugere ingredientes como argilas, óleo de coco e infusões de lavanda ou camomila. “A natureza oferece recursos preciosos. O segredo está em conhecer sua pele e respeitar sua individualidade, sempre com equilíbrio e amorosidade”, conclui.

DA AMAZÔNIA

SÉRUM FACIAL SANGUE DE DRAGÃO

Com poder antioxidante, o sérum traz a resina de Sangue de Dragão (Croton lechleri), rica em proantocianidina – 20 vezes mais potente que a vitamina C. A fórmula ainda inclui rosa mosqueta e vitamina E. Leve, de rápida absorção é indicada para todos os tipos de pele. Onde encontrar: no site www.amakos. com.br. Preço: R$ 197,00.

SUNCARE PROTETOR SOLAR EM PÓ FPS 30

Com acabamento matte, o pó compacto protege contra os raios UV, controla a oleosidade e fixa a maquiagem. A fórmula une filtros físicos e antioxidantes naturais, além de pigmentos micronizados. Onde encontrar: no site www.carenb.com. Preço: R$ R$ 179,00.

CORPO E ROSTO HIDRATANTE MULTIFUNCIONAL

Indicado para rosto e corpo, o produto combina hidratação intensa com textura leve, rápida absorção e efeito não oleoso. Com propriedades regenerativas, auxilia na revitalização da pele e na recuperação dos tecidos. Ideal para uso diário em todos os tipos de pele. Onde encontrar: no site www. simpleorganic.com.br. Preço: R$ 129,00.

Arte hoje

INOVAÇÃO, ESG E O INCÔMODO NECESSÁRIO

O QUE CHAMAMOS de “inovação” na arte?

Já não se trata do “nunca visto”. Inovar, hoje, é um ato de coragem: é criar com o corpo aberto, mesmo diante do colapso. É suportar a vertigem de um mundo saturado de imagens — e ainda assim produzir algo que nos faça parar, pensar, estremecer.

A arte contemporânea deixou de caber em molduras. Ela escorre, escapa, provoca. NFTs, bioarte, performances, algoritmos criativos, IA que sonha imagens — tudo é arte, e nada é, porque o que importa não é mais o rótulo, mas a potência de sentido.

Mais do que nunca, a arte atua como um organismo vivo que responde ao tempo com cor, ruído, ausência e presença. Ela denuncia, acolhe, questiona, expõe. Toca feridas abertas, revela contradições, propõe outros mundos.

É nesse terreno — fértil, denso, contraditório — que se fortalece a convergência entre arte e os princípios do ESG (Environmental, Social and Governance). O que antes pertencia ao universo corporativo agora encontra eco na criação artística, promovendo consciência ambiental, justiça social e governança ética.

A inovação, hoje, é um gesto sincero. Não é mais sobre monumentos, mas sobre sentido. Pode ser um risco no papel. Um vídeo de cinco segundos. Uma vela acesa em um beco. O conceito virou corpo. O corpo virou manifesto. O lixo virou matéria-prima. O algoritmo virou pincel. O sagrado, às vezes, brilha em purpurina.

Vivemos um tempo em que a arte não quer agradar — quer perturbar. Quer refletir o excesso, o trauma, a beleza do que sobra. Quer, sobretudo, não calar.

Porque, se há algo insuportável neste século, é o silêncio.

QUATRO ARTISTAS, QUATRO FRENTES

VIK MUNIZ O POETA DOS RESÍDUOS

Referência mundial em arte sustentável e engajada, Vik Muniz utiliza materiais improváveis, como açúcar, chocolate, lixo e entulho, para reconstruir imagens icônicas da cultura. Suas obras não duram: são fotografadas e se dissolvem, deixando apenas a lembrança do gesto — e uma crítica profunda ao consumo e ao descarte.

Destaques:

• John Lennon, feito com grãos de café

• Elizabeth Taylor, montada com strass

• Medusa Marinara, feita com espaguete e molho

• Lixo Extraordinário: retratos de catadores em um lixão do Rio, que viraram um documentário indicado ao Oscar

BANKSY

O MENSAGEIRO SEM ROSTO

Ícone da arte urbana global, Banksy transforma o espaço público em palco de denúncia. Seu estêncil é navalha, sua ironia corta fundo. Fala de guerra, racismo, capitalismo, migração — sem pedir licença.

Destaque:

• Napalm (Can’t Beat That Feeling): a menina vietnamita queimada caminha de mãos dadas com Mickey Mouse e Ronald McDonald. A infância, a guerra e o capital fundem-se em um mesmo grito mudo.

QUAIS SÃO AS FORÇAS QUE MOVEM A ARTE DE AGORA?

• Sustentabilidade: não só ambiental, mas simbólica — obras feitas com resíduos, afetos e memórias.

• Reciclagem: de materiais, linguagens e sentidos.

• Tecnologia: como meio de expressão e questionamento.

• Desmaterialização: o objeto cede lugar à ideia, ao gesto, à presença fugaz.

• Crítica social e política: a arte como denúncia e combate.

• Engajamento real: o artista como cidadão, voz ativa do seu tempo.

• Colaboração: como gesto ético, poético e coletivo.

ADRIANA VAREJÃO O CORPO FERIDO DA HISTÓRIA

Brasileira renomada, Adriana Varejão lida com as feridas da história. Sua arte cutuca, desmonta certezas, sangra. Convida o público ao desconforto — e à reflexão.

Destaques:

• Polvo: paleta com 33 tons usados pelos brasileiros para nomear a própria cor da pele — de “café com leite” a “fogoió”. Desmonta a ideia fixa de raça e revela o peso simbólico das palavras.

• Azulejaria Verde em Carne Viva: sob a beleza colonial dos azulejos, emergem “feridas” de carne e sangue. Uma crítica visual à violência histórica e à herança colonial.

THALES BISPO O SAGRADO NAS CAMADAS DA TERRA

Jovem artista do Paraná, Thales Bispo mergulha na ancestralidade e na simbologia dos sambaquis litorâneos. Sua obra mistura história, espiritualidade e crítica social. Copia, interpreta, recicla símbolos — como quem escava o tempo e encontra sentido nos restos.

Destaque:

• Com materiais orgânicos e reciclados, cria instalações e pinturas que falam de memória, desigualdade e transcendência.

O sonho de Vicky

INOVAR PARA SER FELIZ É TUDO

JULINHA TINHA NOVE anos de idade e um sonho para dar de presente aos pais: não pedir mais dinheiro para o lanche na hora do recreio no colégio de burgueses em que estudava. Ela não era da turma dos que vinham com lancheiras chiques, compradas em viagens aos Estados Unidos, em férias passadas com a família, seja na Disney ou no Vale Nevado. Vicky tampouco entendia por que era diferente das outras meninas; afinal, estavam no mesmo lugar, debaixo do mesmo céu, na mesma cidade e com os mesmos hábitos: acordar, dormir, comer, brincar. Tinham “quase” as mesmas dúvidas durante as aulas, suspiravam pelos mesmos meninos bonitos, mantinham a admiração pelas mesmas professoras e “quase” as mesmas vontades de crescer um dia para poderem ser livres. Eu disse “quase”. Vicky queria mesmo era ser como a mãe da Julinha. A mulher chegava para buscar a filha em uma moto potente, descia dela com jeans rasgados, cabelos soltos, sorridente, e bastava assobiar para que a menina saísse correndo para subir na garupa e cair fora.

A coleguinha contava que trabalhava às tardes com a mãe, uma confeiteira, uma mágica fazedora de bolos fornecidos aos estabelecimentos públicos para serem degustados na hora do café da tarde. E Vicky tinha esse sonho: fazer bolos, andar de moto e, principalmente, ser livre e ter seu próprio dinheiro. Ela sabia que pedir aos pais o dinheiro para

o lanche desencadearia uma briga entre eles. A mãe culpava o pai por não terem dinheiro suficiente para proporcionar à filha o mesmo que “as outras” tinham. O pai, por sua vez, fazia o discurso reverso: não queria que sua filha fosse igual às “outras”, principalmente porque, naquela escola — segundo ele —, ninguém era flor que se cheire. Quase todos os pais ali não tinham moral alguma para estarem onde estavam. Eram trambiqueiros, filhos de papai, playboys, um salseiro só, e a filha só estudava lá porque a madrinha havia oferecido os estudos.

Realmente, o nível escolar era alto, mas, em resumo, eles não eram do mesmo nível econômico e social, e a menina sofria gravemente com isso. O pai não curtia. Repetindo: ela não entendia por que estava no mesmo lugar, mas não tinha as mesmas coisas.

Um dia, na saída da escola, a mãe de Julinha chegou a pé. A moto quebrou no caminho. Vicky estava plantada, sentada nas escadas frias de azulejo, esperando a própria mãe. Atrasada, a mãe mandou uma vizinha avisar que estava presa no trabalho. A mãe da moto, vendo a cena, veio acompanhá-la e começaram a conversar: queria saber como ela se sentia na escola, já que a filha reclamava que não se sentia à vontade no meio das outras meninas. Vicky confessou que ela também não. Sentia-se envergonhada por não ter o lanche, por não ter as bolsas de carregar os livros, por não ter as caneti-

nhas coloridas que cintilavam no escuro. A mãe da moto disse: “Filha, isso é assim mesmo, uns têm e outros não têm. Sabe o que você pode fazer para se sentir melhor? Crie um mundo seu. Eu aprendi a fazer meus bolos com a sua idade porque eu queria levar algo diferente para comer na escola. E veja só: cresci assim. Hoje dou de comer e pago o estudo a meus filhos com essa minha ideia de criança.”

Agitada, Vicky voltou para casa, abriu um livro de receitas da avó, buscou o mel na despensa e começou a fazer as balas. No outro dia, antes de ir para a escola, passou em frente à padaria e as ofereceu ao proprietário. Ele, achando engraçadinho, comprou todo o estoque da menina. Assim, começou seu primeiro negócio. Nunca mais pediu dinheiro aos pais para o lanche. Nunca mais tampouco quis lanchar igual às outras meninas. Guardou todo o dinheiro para oferecer uma máquina de costura à mãe, que sonhava em abrir o próprio negócio, mas não podia trabalhar fora porque precisava cuidar da casa, dos filhos e do marido. Dali, nasceram muitos vestidos lindos. A mãe virou a costureira mais badalada da cidade e ela, bem, foi muito mais além, sempre sabendo que adoçar a vida dos outros é uma bela maneira de se ganhar a vida, seja fazendo bolo, balas de mel ou vendendo alegria em forma de arte. É naif, mas vale o sonho de inovar para ser feliz. Só por isso vale – e muito.

Vicky tinha o sonho de fazer bolos, andar de moto e, principalmente, ser livre e ter seu próprio dinheiro.

O FUTURO DA MODA RESPONSÁVEL

A MODA VIVE UMA REVOLUÇÃO SUSTENTÁVEL, IMPULSIONADA POR INOVAÇÃO E PRÁTICAS ESG

QUE TORNAM O SETOR MAIS ÉTICO, ECOLÓGICO

E SOCIALMENTE RESPONSÁVEL

A INDÚSTRIA DA moda vive um dos momentos mais transformadores da sua história. Mais do que tendências, os consumidores exigem propósito: buscam marcas que respeitem o meio ambiente, sejam socialmente responsáveis e governem seus negócios de forma ética. Nesse cenário, inovação e ESG (Environmental, Social and Governance) deixaram de ser conceitos distantes para se tornarem pilares estratégicos.

A inovação tecnológica permite novos materiais — como tecidos biodegradáveis, fi bras recicladas e processos de tingimento com baixo consumo de água —, enquanto práticas de ESG garantem cadeias produtivas mais justas e transparentes. O resultado é uma moda que respeita o planeta e as pessoas.

Diversas marcas já são referência nesse movimento. A Patagonia, por exemplo, é um símbolo de sustentabilidade, investindo em materiais reciclados e programas de reparo de roupas para prolongar sua vida útil. A Stella McCartney é pioneira no uso de couro alternativo e práticas cruelty-free em grande escala no mercado de luxo. Já a Veja, marca francesa de tênis, aposta na produção ética, utilizando algodão orgânico e borracha da Amazônia em sua cadeia de produção.

Outras marcas que se destacam nesse cenário incluem a Reformation, conhecida por suas peças femininas com tecidos sustentáveis e produção transparente, e a Allbirds, que utiliza materiais naturais como lã de merinos e eucalipto em seus calçados, além de neutralizar suas emissões de carbono.

Participar da Copenhagen Fashion Week em duas edições consecutivas foi uma experiência transformadora para mim. O evento é reconhecido por suas rigorosas exigências de sustentabilidade: desde 2023, apenas marcas que atendem a padrões mínimos ambientais e sociais podem integrar o calendário ofi cial. Essa abordagem não apenas eleva o padrão da moda apresentada como, também, reforça a importância de práticas responsáveis em toda a cadeia produtiva.

O futuro da moda é verde, inclusivo e inovador. E construir esse futuro exige não apenas boas intenções, mas, também, compromisso diário com práticas sustentáveis em todas as etapas do processo criativo e produtivo.

O evento tem uma premissa ambiental muito forte.
Já estive em duas edições da CPHFW.

Um recomeço

A MODA REGENERATIVA PROPÕE NÃO APENAS

REDUZIR DANOS COMO, TAMBÉM, REVERTER

IMPACTOS AMBIENTAIS E SOCIAIS POR MEIO DE DESIGN CONSCIENTE, TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO

DE UM LADO, o mundo das passarelas, das lojas e de uma infinidade de peças. De outro, um rastro de degradação ambiental, exploração e descarte. Diante da intensificação das mudanças climáticas, do colapso de ecossistemas e da precarização das relações de trabalho, o mundo da moda ganha um novo paradigma: o da regeneração.

Na moda regenerativa, o processo importa tanto quanto o produto. A escolha de matérias-primas, os vínculos com comunidades, a circularidade dos

resíduos e o resgate de saberes ancestrais são incluídos em uma cadeia de restauração. Nesse cenário, designers, produtores, educadores e consumidores compartilham uma responsabilidade comum: redesenhar o futuro da moda de forma ética, ecológica e inclusiva.

DO DANO À CURA

“A regeneração vai se tornar a única resposta necessária”, afirma Monayna Gonçalves Pinheiro, professora de moda na FAAP, consultora em sustentabilidade e representante do movimento

Fashion Revolution. “Isso significa não só desenvolver produtos com potencial menos poluente, mas, também, criar estratégias para a restauração dos ecossistemas e comunidades”, diz ela.

A cultura regenerativa parte do entendimento de que não basta conter os danos: é preciso reverter os efeitos da degradação provocada pela indústria têxtil ao longo de séculos. “Mesmo longe de querer ser alarmista, as estatísticas e a crise ambiental são percebidas e ampliadas com novos eventos extre -

O cultivo regenerativo de algodão preserva o solo e fortalece a agricultura familiar.

mos, cada vez mais recorrentes”, observa Amanda Santos, CEO da marca Ideia Crua. “A regeneração de ambientes degradados não será concretizada nas redes sociais”, alerta.

Amanda integra também o movimento Sou de Algodão, que desperta a responsabilidade coletiva em torno da moda brasileira e do consumo consciente por meio do incentivo do uso do algodão nacional. Para ela, o discurso de restauração representa uma evolução em relação à sustentabilidade: “Com a velocidade da produção industrial e o hiperconsumo, a regeneração entra como um reconhecimento da necessidade de ampliação das ações.”

Na prática, isso se traduz em uma série de estratégias interligadas: rotação de culturas, controle biológico de pragas, qualificação profissional voltada para circularidade, apoio a comunidades locais, logística reversa e gestão adequada de resíduos são algumas das iniciativas apontadas por Amanda como parte dessa nova mentalidade.

DESIGN TRANSFORMADOR

Uma das chaves para a cultura regenerativa está no design. Em vez de focar apenas a estética final da peça, a proposta é repensar todo o processo de criação, desde a escolha dos materiais até o ciclo de vida do produto. “Design regenerativo floresce quando o design deixa de ser estética e vira escuta, processo e cultura”, afirma Amanda.

Monayna reforça a importância de projetar peças que favoreçam a longevidade, a modulação e a reutilização. “Projetar os produtos olhando para uma questão da longevidade. Então, o que eu posso fazer para promover uma vida estendida dessa peça?”, propõe. Ela exemplifica: um vestido que pode ser desmembrado em duas peças — blusa e saia — facilita o reparo, amplia as possibilidades de uso e reduz a necessidade de descarte.

Outra frente essencial é a eliminação da toxicidade, com a substituição de processos agressivos ao meio ambiente por alternativas menos poluentes. “É otimizar o processo de tingimento e acabamento com menor consumo de água e energia e tirar produtos poluentes dessa cadeia produtiva”, afirma Monayna.

Saberes ancestrais e inovação caminham juntos na moda regenerativa.

CENÁRIO BRASILEIRO

O Brasil se destaca no cenário da moda regenerativa com projetos que resgatam práticas agrícolas ancestrais e valorizam o trabalho artesanal. Um dos exemplos é o uso do algodão agroecológico, cultivado em sistemas que restauram o solo, promovem a biodiversidade e fortalecem a agricultura familiar. “Temos algodão que já nasce colorido, minimizando a etapa do tingimento e reduzindo impactos”, destaca Monayna.

A Ideia Crua, empresa fundada por Amanda, é outro exemplo. Além de utilizar matérias-primas certificadas e biodegradáveis, a confecção faz a gestão adequada dos resíduos têxteis e atua com dois projetos sociais para capacitação e empregabilidade de pessoas em situação de vulnerabilidade social. “Mesmo sendo uma empresa de pequeno porte, é possível colocar em prática algumas soluções”, afirma Amanda. No campo da tecnologia, surgem plataformas que garantem rastreabilidade e transparência na cadeia produtiva, como o uso de blockchain para monitoramento de materiais. “Temos fibras que podem ser rastreadas até mesmo se forem descartadas em aterros sanitários”, relata Monayna. Essa rastreabilidade permite que marcas e consumidores acompanhem o impacto de cada peça do início ao fim.

PESSOAS E PROCESSOS

Além da restauração ambiental, a cultura regenerativa propõe uma revolução nas relações humanas dentro da indústria da moda. Isso inclui valorizar saberes tradicionais, promover trabalho digno e incentivar modelos produtivos mais horizontais. “A regeneração também se dá nesse capital humano, nesse capital social”, diz Monayna. “Isso vai exigir um reposicionamento ético da indústria da moda, que, muitas vezes, não é ética em relação ao trabalho humano.”

Amanda também destaca a importância da escuta ativa e da inclusão de quem está diretamente nas fábricas nos processos decisórios. “Conversas precisam ser criadas com as pessoas envolvidas no processo de fabricação, buscando uma prática de design colaborativo que contempla, analisa e melhora processos internos.”

Amanda Santos abriu a Ideia Crua depois do nascimento de suas filhas.
Peças modulares aumentam a durabilidade e reduzem o descarte.

Esse reposicionamento inclui ainda o fortalecimento de cooperativas, pequenos ateliês autorais, artesãos e comunidades locais, o que ajuda a preservar saberes ancestrais e a distribuir riqueza de maneira mais justa.

EDUCAR PARA MUDAR

Entre os movimentos que impulsionam essa transformação, o Fashion Revolution é um dos mais emblemáticos. Criado após o desabamento do edifício Rana Plaza, em Bangladesh, quando mais de mil trabalhadores da indústria do fast-fashion morreram, o movimento global luta por uma moda mais ética, transparente e humana. “Ele promove uma moda regenerativa, amiga do meio ambiente e dos direitos

humanos”, destaca Monayna, uma das representantes do movimento no Brasil.

Ela também cita o movimento de moda ancestral com olhar decolonial, que resgata cosmologias indígenas e africanas como fontes de regeneração. “É impossível falar de circularidade sem falar da Fundação Ellen MacArthur, que estimula modelos de negócio ligados à revenda, ao aluguel, ao reparo e à inovação de materiais.” Outra referência brasileira importante é o Ideia Circular, iniciativa voltada à educação para a economia circular com foco em design regenerativo e impacto positivo.

O PAPEL DE QUEM CONSOME

Para que a cultura regenerativa se

consolide, o envolvimento do consumidor é fundamental. Monayna aponta a necessidade de reconectar as pessoas com as histórias por trás das roupas que vestem. “O consumidor se desconectou do universo de desenvolvimento do produto. Parece que o item brota no ponto de venda, e ele desconhece todas as etapas da produção”, critica. Mostrar essa complexidade pode gerar mais empatia e responsabilidade, estimulando escolhas mais conscientes e valorizando marcas comprometidas com práticas éticas. “O Brasil é um dos poucos países ocidentais com uma cadeia produtiva completa. Ilustrar isso para o consumidor pode fortalecer todo o sistema”, complementa.

A empresa
FabBRICK cria tijolos a partir de descartes de roupas.

O ENCONTRO NECESSÁRIO

INOVAÇÃO E ESG PRECISAM ANDAR LADO A LADO PARA QUE AS GERAÇÕES FUTURAS POSSAM VIVER BEM

INOVAÇÃO E ESG caminham lado a lado. Mas é preciso desmistifi car o que é inovar. Quando pensamos no tema, logo surgem imagens de tecnologias de ponta, robôs, inteligência artifi cial e soluções escaláveis. Mas a inovação que realmente importa vai além do que brilha nas vitrines das big techs Inovar é repensar rotinas, otimizar processos e reinventar modelos com inteligência e sensibilidade. É encontrar formas mais efi cientes de fazer o que sempre foi feito — com menos impacto e mais propósito. Hoje, qualquer inovação relevante precisa passar, necessariamente, pela redução de impacto, e aí entra o ESG! Por quê? Porque não há futuro para as inovações — nem mercado, nem planeta — sem essa mudança.

A inteligência artifi cial já transforma

o presente. Mas como conectar essa revolução com um mundo mais consciente? O protagonismo da inovação precisa dividir o palco com a sustentabilidade. Não por modismo, mas por urgência.

Os dados são claros: segundo o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), temos até 2030 para reduzir drasticamente as emissões globais. Caso contrário, a elevação da temperatura pode ultrapassar 1,5°C — limite considerado crítico para evitar colapsos ambientais. Já vivemos eventos climáticos extremos com frequência e a ciência é unânime: se nada for feito agora, os impactos se tornarão irreversíveis para a vida como conhecemos.

Não podemos mais deixar isso para depois. O tempo do “um dia vai acon-

Inovar é repensar rotinas, otimizar processos e reinventar modelos com inteligência e sensibilidade.

tecer” chegou. O consumo precisa sair do automático e entrar no consciente. O prazer precisa vir do sufi ciente. O luxo, da escolha. A estética, da ética. É bonito consumir com intenção. É elegante pensar no coletivo. É moderno cuidar do planeta que nos abriga. Ser cool hoje é ser responsável. Ser inovador é ter coragem de mudar — inclusive o que já funciona. Porque não estamos falando apenas de startups disruptivas, mas de decisões cotidianas: o que vestimos, como comemos, o que descartamos, o que apoiamos com o nosso dinheiro. O ESG não pode ser um departamento. Precisa ser uma mentalidade. E, na minha opinião, inovação, para ser relevante, precisa incluir o outro — o meio ambiente, a comunidade, as futuras gerações. Inovar é também cuidar.

Além da vitrine

CONHEÇA MAIS SOBRE AS AÇÕES

DA EMPRESÁRIA E PRIMEIRADAMA DA SOCIEDADE HÍPICA

PARANAENSE, TAYSE MARTINEZ

TAYSE MARTINEZ É empresária e atua como primeira-dama da Sociedade Hípica Paranaense (SHPR), uma das principais instituições de hipismo do Brasil, localizada em Curitiba. Ela desempenha um papel ativo na promoção de eventos sociais e culturais da entidade, como almoços beneficentes, que têm como objetivo arrecadar fundos para instituições de saúde filantrópicas. Conheça mais sobre essa figura importante para o Paraná.

A Sociedade Hípica Paranaense tem um calendário bem agitado de competições. Como está sendo esse momento?

Estamos vivendo um momento muito

especial. Nosso calendário está mais robusto do que nunca, com etapas importantes e competições que reforçam o protagonismo da Sociedade Hípica Paranaense no cenário esportivo regional e nacional.

A promoção do hipismo no estado tem sido uma prioridade — e ver o Paraná cada vez mais consolidado no mapa do esporte, ao lado de potências como São Paulo, é motivo de grande orgulho para todos nós.

Durante o principal campeonato do ano, o Internacional (CSI-W), acontece o almoço beneficente. Qual é o objetivo desse almoço?

O almoço beneficente foi pensado para

retribuir à sociedade curitibana todo o apoio que ela oferece ao clube, promovendo uma ação social concreta. Unir esporte e solidariedade sempre foi um compromisso da Hípica, especialmente na gestão do Oscar, que valoriza iniciativas que vão além das pistas e impactam positivamente a sociedade. Neste ano ocorreu a 3ª edição do almoço. Como foi o evento?

Esta edição do almoço beneficente foi um verdadeiro sucesso. Nosso compromisso era entregar uma experiência excepcional — e conseguimos. O menu especial, assinado pela Fazenda Churrascada, encantou os convidados, e o leilão beneficente em prol do Hospital Evangélico Mackenzie foi um dos momentos mais emocionantes do dia. Foi uma tarde de solidariedade, sabores e união em torno de uma causa maior. O evento contou com mais de 350 pessoas, resultado de um trabalho em conjunto com nossas redes de amigos e parceiros, além da assessoria de imprensa impecável.

A Corner, por meio do querido Aron Degtiar, foi uma grande parceira na promoção do evento, convidando todas as clientes a participar da experiência conosco.

Quais instituições já foram beneficiadas e em quais anos?

Desde o início, o almoço beneficente da Sociedade Hípica Paranaense tem direcionado seus esforços a instituições que fazem a diferença na vida das pessoas. Em sua 1ª edição, a entidade beneficiada foi o Instituto TMO, referência nacional no suporte ao Transplante de Medula Óssea. Já em 2024, tivemos a honra de apoiar o Hospital Pequeno Príncipe, o maior hospital pediátrico do Brasil. Neste ano, na 3ª edição, nossos esforços foram voltados ao Hospital Evangélico Mackenzie, referência em transplantes e captação para banco de multitecidos.

Uma trajetória de solidariedade que cresce a cada ano.

PUBLIEDITORIAL

A INOVAÇÃO ESTÁ NELA

LUANNA TONIOLO RESPIRA inovação. Eleita uma das 500 pessoas mais influentes da América Latina pela Bloomberg Linea, em 2022, Lu é uma empreendedora que tem paixão por tendências, moda e inovação.

Foi exatamente isso que a levou deixar para trás um mestrado em Direito Tributário e cinco anos de atuação na área e cursar Gestão de Marketing na Universidade de Harvard, algo totalmente novo para ela.

Mas foi em 2016 que Luanna mudou seu caminho e, também, o de milhares de pessoas. Ela cofundou a TROC, uma plataforma circular para conectar pessoas que compram e vendem roupas e acessórios aspiracionais de segunda mão.

Nos primeiros dez meses de atuação, a empresa faturou R$ 1 milhão e, antes de completar três anos, chegou aos R$ 10 milhões.

Na sua história, a TROC já proporcionou a economia de mais de 2 bilhões de litros de água e evitou a emissão de mais de 2 mil toneladas de CO² na atmosfera.

Figura notável, Luanna é vista como especialista e porta-voz da moda circular no país. Não por acaso, desde 2024, Luanna é colunista de Fashion Business da TOPVIEW, trazendo, de forma única, seu olhar empreendedor no universo fashion.

Nesta edição de Inovação e ESG, a empresária estrela a capa e editorial de moda, contando uma história sobre a moda circular.

No shooting , quase todas as peças usadas por Luanna são secondhand , ou seja, peças reutilizadas, ressignificadas ou que ganharam uma nova concepção. As que não são secondhand têm um destino rastreável, de marcas autorais e locais que se preocupam com sua produção e seu destino.

Luanna veste vestido Noir Division, anel Mira e choker de renda customizado pelo styling.
Luanna veste vestido Microdoses, blusa Hugo e sapatos Gucci, ambos por Daí Desapeguei, óculos Ferragamo de acervo pessoal e brincos Mira.
Luanna veste conjunto de blazer e calça customizados por Our Project, blusa Rocio Canvas e bolsa Louis Vuitton por Daí Desapeguei.
Luanna veste blazer vintage Chanel por Daí Desapeguei e anel de acervo pessoal.
Luanna veste capa de acervo pessoal e calça de tecido de barraca por Microdoses.
Luanna veste camisa de acervo pessoal, top de alfinetes
Our Project, broche Rodrigo Alarcón e brincos Mira.
Luanna veste blazer e gravatas Hermès e Louis Vuitton emprestados do guarda-roupa do seu marido, meia-calça de acervo do styling, sapatos Fendi de acervo pessoal, broche Rodrigo Alarcón e brincos Mira.
Luanna veste blazer e choker customizados por Vivid Dream Creative Lab, camisa de acervo pessoal, regata customizada por Our Project, bermuda Noir Division e sapatos Versace por Daí Desapeguei.
Luanna veste top de gravatas por Microdoses, saia de camisas do marido customizada pelo styling e brincos Mira.
Luanna veste blazer de acervo do marido, camisa e calça Rocio Canvas, gravata Dois Maridos e boina, ambas de acervo do styling , broches por Rodrigo Alarcón e sapatos Chanel por Daí Desapeguei.
Luanna veste conjunto de blusa e saia HEL, tricot Prada e bolsa Chanel, ambos por Daí Desapeguei, botas New Rock de acervo do styling e brinco Mira.

Passaporte verde

NOVAS FORMAS DE VIAJAR PROVAM QUE É POSSÍVEL EXPLORAR O PLANETA SEM COMPROMETER SEU FUTURO

POR TALITA SOUZA

EM UM MUNDO cada vez mais atento aos impactos ambientais, o turismo sustentável deixou de ser um atrativo para se tornar necessário. Mais do que conhecer destinos deslumbrantes, os turistas buscam viajar com propósito — respeitando culturas, cuidando da natureza e contribuindo com as comunidades locais.

Na Tríplice Fronteira, a força das Cataratas impulsiona um novo olhar para a sustentabilidade.

Foz do Iguaçu é considerada uma das Novas Sete Maravilhas da Natureza.

FOZ DO IGUAÇU (PR)

No encontro entre Brasil, Paraguai e Argentina, o lar das Cataratas também é uma cidade modelo em sustentabilidade, reconhecida como uma das 200 cidades brasileiras melhor avaliadas no Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC-BR). O turismo, sua principal força econômica, é pautado por práticas que integram inclusão social, proteção ambiental e inovação.

O Parque Nacional do Iguaçu é um exemplo emblemático: Patrimônio Natural da Humanidade e uma das Novas Sete Maravilhas da Natureza, abriga as Cataratas do Iguaçu e funciona sob modelo de concessão sustentável. O manejo responsável da visitação, somado a iniciativas de acessibilidade e trilhas educativas, oferece aos visitantes uma experiência que coloca a biodiversidade local em primeiro lugar.

Além disso, iniciativas como o Parque das Aves, que prioriza fornecedores locais e promove educação ambiental, e a Itaipu Binacional — com projetos de reflorestamento como o Nova Mata e ações voltadas à energia limpa — reforçam o protagonismo ambiental da cidade.

A cidade também se destaca em saneamento básico, coleta seletiva, acesso universal à energia e políticas públicas de educação e saúde baseadas em critérios sustentáveis. Em um cenário nacional desafiador, Foz é uma inspiração para destinos que buscam unir turismo e preservação com responsabilidade e visão de futuro.

O Parque das Aves abriga uma grande biodiversidade.

Em Noronha, o paraíso é protegido por regras que preservam o ecossistema.

Por conta das regras rígidas, o passeio se torna ainda mais exclusivo.

Águas cristalinas e uma vida marinha abundante fazem parte da paisagem.

FERNANDO DE NORONHA (PE)

A beleza tropical brasileira junto com a proteção ambiental. Reconhecido como Patrimônio Mundial Natural pela UNESCO, o arquipélago de Fernando de Noronha — formado por 21 ilhas, das quais apenas uma é habitada — tornou-se símbolo do ecoturismo consciente. A preservação é promovida por um sistema de controle rígido de acesso e de atividades. Desde o momento da chegada, o visitante já entende que está em um lugar diferente: há um limite de turistas por dia, e é necessário pagar duas taxas — uma de preservação ambiental e outra para acesso ao Parque Nacional Marinho. O dinheiro arrecadado financia ações de conservação, educação ambiental e infraestrutura sustentável.

As praias, algumas das mais belas do mundo, e os mergulhos revelam um verdadeiro universo submarino, com golfinhos-rotadores, tartarugas e recifes de corais. Para preservar esse ecossistema delicado, atividades como snorkeling e passeios de barco são altamente regulamentadas.

Também há políticas locais para reciclagem, gestão de resíduos sólidos, incentivo a fontes de energia renovável e combate à pesca predatória. Além disso, a educação da comunidade local valoriza práticas sustentáveis e capacita os moradores para atuarem como guardiões do arquipélago.

BONITO (MS)

Em meio ao cerrado do Mato Grosso do Sul, Bonito se destaca como um dos destinos referência em turismo responsável no Brasil e no mundo. Conhecida por um roteiro com grutas, rios cristalinos, cachoeiras e fauna rica, a cidade teve um crescimento exponencial do turismo nos anos 1990 com um modelo pioneiro de gestão ambiental.

A chave do sucesso está no sistema de voucher digital único, que controla a capacidade diária de visitantes em cada atrativo. Assim, evita-se a sobrecarga ambiental e garante-se a qualidade da experiência turística. Toda venda de passeio é registrada em tempo real e parte da receita é revertida diretamente para os cofres públicos, o que permite investimentos contínuos na conservação da cidade. Além disso, há exigências ambientais rigorosas para os operadores de turismo e monitoramento constante da fauna e da flora. Os guias atuam também como agentes de educação ambiental. A cidade coleciona prêmios internacionais pelo seu compromisso com o meio ambiente e já foi eleita como o melhor destino de ecoturismo do Brasil diversas vezes. A sustentabilidade em Bonito também se reflete no incentivo ao consumo local: hospedagens, restaurantes e lojas valorizam produtos regionais.

Em Bonito, os passeios envolvem a conscientização sobre a preservação dos ecossistemas.

O destino ganhou alcance na década de 1990, com a proposta de turismo ecológico.

Rios, grutas e cachoeiras: Bonito preserva paisagens diversas e praticamente intocadas.

Edimburgo combina história, inovação e práticas verdes.

Capital verde da Escócia, a cidade mostra como centros urbanos também podem ser sustentáveis.

EDIMBURGO (ESCÓCIA)

A capital escocesa, Edimburgo, une a tradição de séculos com políticas ambientais modernas, mostrando que é possível desenvolver o turismo urbano com responsabilidade ecológica, inclusão social e valorização da herança cultural.

A cidade é uma das primeiras do Reino Unido a implementar uma estratégia pública de turismo sustentável com o objetivo de atingir emissões líquidas zero até 2030. Para isso, Edimburgo investe em transporte público elétrico, ciclovias, energia limpa e certificações ambientais para empresas do setor hoteleiro e gastronômico. O turista encontra desde hotéis com selos de sustentabilidade até bares que reaproveitam ingredientes na elaboração de drinks e pratos.

O whisky, além de uma tradição centenária na região, é parte de uma cadeia produtiva que valoriza práticas sustentáveis. Destilarias locais investem em energia renovável, reaproveitamento de água e cultivo responsável da cevada, promovendo experiências imersivas para os visitantes.

A conexão com a natureza também é valorizada: parques urbanos, áreas de preservação e passeios ecológicos integram a experiência do visitante. Um dos símbolos dessa harmonia é o Arthur’s Seat, um antigo vulcão extinto que oferece vistas panorâmicas da cidade e pode ser acessado a pé por trilhas bem sinalizadas. Mesmo com o clima desafiador, a população — e os turistas — são incentivados a aproveitar o ar livre.

Edimburgo também se destaca pela valorização da economia circular e da agricultura urbana. Mercados locais oferecem produtos orgânicos, de pequenos produtores da região, e festivais culturais promovem consumo consciente e práticas de baixo impacto ambiental.

Em Emdimburgo, o whisky carrega história, sabor e compromisso com a sustentabilidade.

Sabor com endereço

A GASTRONOMIA SE VALORIZA À MEDIDA QUE GANHA NOME, ROSTO E TERRITÓRIO

POR TALITA SOUZA

Manu Buffara prioriza ingredientes locais.

NA COZINHA DO restaurante Manu, no Batel, em Curitiba, a chef Manu Buffara acompanha de perto cada etapa da preparação dos pratos, da chegada dos ingredientes até a entrega nas mesas. Desde a abertura da casa, em 2011, essa rotina vai além da alta gastronomia — ela expressa um modo de pensar. “Respeitar a sazonalidade é, antes de tudo, respeitar a natureza. É entender que cada alimento tem seu tempo”, resume a chef, eleita a Melhor Chef Mulher da América Latina em 2022 pela 50 Best.

A lógica por trás dos chamados menus hiperlocais é simples na teoria e um pouco menos na prática: utilizar ingredientes frescos, locais e da estação, respeitando os ciclos naturais, o bioma regional e os saberes de quem cultiva a terra. Na cozinha, isso se traduz em pratos mais vivos, intensos e sinceros. “Um ingrediente que está em seu auge tem mais sabor, mais textura, mais vida. Ele exige menos intervenção da cozinha, porque já carrega dentro de si sua própria complexidade”, explica Manu.

O resultado ultrapassa o paladar.

Esse modelo de gastronomia fortalece comunidades agrícolas, preserva a biodiversidade e impulsiona economias locais. Mas exige, também, uma cozinha que se reinvente diariamente. “Trabalhar com a sazonalidade exige adaptação o tempo todo. Às vezes, o ingrediente que você planejou não chega, ou vem diferente. E isso nos obriga a repensar a cada serviço”, comenta a chef. Para ela, essa limitação é, na verdade, um convite à criatividade: “A cozinha vira um lugar de diálogo com o tempo, e não de controle absoluto.”

ALÉM DO TERROIR

Para Luiz Mileck, fundador do Locavorista e do café e bistrô Marco Zero, em Curitiba, a valorização da produção local vai muito além do que é servido no prato. “Acho que a importância principal não é incentivar a gastronomia local e os insumos locais. É manter os recursos econômicos no seu entorno. Esse é o principal motivo”, afirma. O concei -

to de locavorismo, que dá nome ao seu negócio, defende o consumo de alimentos produzidos o mais próximo possível do local de consumo. Mas Mileck vai além e traça uma distinção fundamental: “Quando você fala em gastronomia local, embute uma questão cultural muito forte. A forma como esses insumos vão ser preparados pode respeitar ou não as vocações da região”, explica.

Na prática, isso significa entender os limites e as potências do território. O que pode ser cultivado com menos intervenção química?

“CADA INGREDIENTE CARREGA UMA HISTÓRIA , uma paisagem, uma pessoa por trás. E isso transforma qualquer prato em algo muito maior do que a soma de suas partes.”

— Manu Buffara

O que cresce melhor no solo disponível?

O que já faz parte da história alimentar daquela população? Quanto mais as respostas se alinham com a cultura e o bioma local, mais forte se torna o impacto socioambiental. “Isso faz com que o próprio ecossistema da região fique mais fortalecido”, defende Mileck.

Prato assinado por Manu Buffara.

REDES DE COLABORAÇÃO

No Marco Zero, essa filosofia se materializa em cada detalhe. O almoço, por exemplo, é servido com o que eles chamam de “menu empreendedor”: um prato fixo por dia, com inspiração em culinárias regionais e produção pensada para evitar desperdícios. “É como comer na casa da avó. Você pode repetir, mas sem aquela variedade absurda que promove o desperdício”, explica o empresário.

A estrutura do Marco Zero é também um espaço de incentivo ao empreendedorismo local. Nas feiras realizadas no local, pequenos produtores apresentam seus insumos e produtos diretamente ao público, em um ambiente pensado para gerar conexão e troca. O nome, aliás, não foi escolhido por acaso. “O Marco Zero é o início de um processo de consumo local. É uma oportunidade de começar essa perspectiva locavorista pelo viés do consumidor, mas também pode ser o ponto de partida para novos cozinheiros e produtores”, diz Mileck.

O projeto ajuda, ainda, empreendedores a desenvolverem suas marcas, entenderem processos administrativos e se conectarem com outros produtores. “A gente acredita que o Marco Zero pode ser uma ferramenta para explorar novas localidades e gerar impacto

Prato feito com lula e milho.
Prato feito com peixe e semente de girassol.

Com uma quantidade menor servida diariamente, o funcionamento do Marco Zero previne o desperdício.

O locavorismo valoriza ingredientes colhidos perto, no tempo certo, e com impacto positivo.

“QUANDO VOCÊ FALA EM GASTRONOMIA LOCAL, embute uma questão cultural muito forte. A forma como esses insumos vão ser preparados pode respeitar ou não as vocações da região.”

— Luiz Mileck

social e cultural na região”, afirma. Essa lógica de colaboração e descentralização também pode refletir na forma de pensar em escala de produção. “Em vez de ter um único grande produtor, você pode ter vários pequenos que, juntos, trazem uma escala maior. Isso causa um impacto socioambiental ainda maior e aumenta a produtividade sem perder a essência”, explica Mileck. Segundo ele, essa organização estratégica permite ganhar escala e oportunizar a coletividade.

DE ONDE VEM O PRATO

No restaurante Manu, ingredientes como tucupi amarelo, banana-da-terra, castanha-de-caju, butiá, gabiroba e mel nativo revelam a diversidade da biodiversidade brasileira. “Cada ingrediente carrega uma história, uma paisagem, uma pessoa por trás. E isso transforma qualquer prato em algo muito maior do que a soma de suas partes”, afirma Manu. O restaurante trabalha com cerca de 80% de insumos vindos de um raio de até 300 quilômetros de Curitiba, muitos deles cultivados por pequenos produtores.

Mas, para que esse modelo se torne viável em larga escala, também é preciso educar o consumidor. “Se você vai em uma feira de rua de Curitiba, por exemplo, vai sempre encontrar praticamente todos os produtos o ano inteiro. Mas é importante perguntar de onde vem o produto”, alerta Mileck. A dica é simples: frutas e vegetais da estação costumam ser mais baratos e, muitas vezes, são mais saborosos e sustentáveis.

No fim das contas, não se trata apenas de comer melhor, mas de viver melhor — com mais vínculo com a natureza, mais respeito aos ciclos da vida e mais conexão com as mãos que estão diretamente ligadas ao processo.

SUSTENTABILIDADE CERTIFICADA: VOLVO SERVOPA TRANSFORMA INOVAÇÃO AMBIENTAL EM IMPACTO SOCIAL

CONCESSIONÁRIA DO GRUPO SERVOPA É PREMIADA POR SUA

RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL, COM DESTAQUE EM PROJETO DE RECICLAGEM

COM AÇÕES QUE buscam engajar mais pessoas sobre a proteção e a preservação do meio ambiente com práticas e ações sustentáveis, a Volvo Servopa tem dado um novo significado à responsabilidade ambiental. A concessionária, que integra o Grupo Servopa, conquistou a certificação internacional ISO 14001 — um selo que comprova a excelência em práticas ambientais e que, mais do que um reconhecimento, reforça compromissos socioambientais com as gerações futuras.

A certificação destaca a Volvo Servopa como pioneira na área e reforça seu compromisso com padrões rigorosos na gestão de impactos ambientais. Para Anya Voswinckel Celestino, presidente do conselho de administração do Grupo Servopa, o principal desafio foi transformar a cultura organizacional, pois “isso exige

mais do que treinamentos e processos: exige propósito.”

O que, na prática, significa transformar a rotina: repensar processos, reduzir resíduos, treinar equipes, otimizar recursos. É transformar todo o ciclo em ações mais eficientes e responsáveis.

Mas o que chama a atenção mesmo é como a Volvo Servopa tem feito isso com propósito. “Envolver todos os colaboradores e fornecedores em uma nova lógica de operação, com foco em responsabilidade ambiental, foi um exercício diário. Porém, à medida que as pessoas entendiam o porquê de cada exigência, o engajamento crescia de forma natural. Foi inspirador ver ideias surgindo espontaneamente e o orgulho com que cada área começou a defender suas práticas sustentáveis”, destacou Anya.

No entanto, as mudanças não param por aí: a conselheira do Grupo Servopa conta que diversas ações foram implementadas para garantir que a sustentabilidade esteja presente em cada detalhe da rotina corporativa, como a adoção de kits ecológicos, materiais devolvidos ao fabricante para reciclagem e lixo orgânico que gera adubo para horta instalada dentro da concessionária, são alguns dos exemplos de iniciativas.

A certificação representa o início de uma nova cultura. “Hoje, a consciência ambiental está presente nas decisões de todos os setores”, afirmou Anya. “Há um olhar constante sobre como reduzir, reaproveitar e descartar corretamente. Mais do que seguir regras, os times estão propondo soluções, inovando com propósito e fazendo da sustentabilidade

Muda plantada durante a ação ambiental.

um valor vivo na empresa. Isso muda a forma como cada colaborador enxerga o próprio papel — e fortalece o orgulho de pertencer a uma empresa comprometida com o futuro”, ressaltou.

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL TRANSFOR-

MADA EM AÇÃO CONCRETA

Entre as ações que contribuíram para o reconhecimento, está um projeto de grande impacto social: “Uniformes do Bem”. A iniciativa dá um novo destino a uniformes usados, capas de carro novas e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), já em fim de vida útil, mas em bom estado de conservação, e os transforma em cobertores corta-febre. O processo inclui desfibrilação têxtil, que reduz o material a fibras que possam ser utilizadas. O resultado contribui para a economia circular, reduz o desperdício e dá lugar a um cobertor novo, feito a partir do que antes seria descartado.

O impacto, além de inovador e inteligente, ainda proporciona soluções benéficas tanto para o meio ambiente quanto para a economia. Cerca de 70% desses cobertores são doados a instituições filantrópicas, escolhidas pelos próprios colaboradores da empresa. Os outros 30% são vendidos, garantindo a sustentabilidade financeira do projeto e fechando um ciclo de reaproveitamento com impacto social.

A presidente do conselho de administração do Grupo Servopa conta que a ideia do projeto nasceu de uma inquietação legítima de entender o que acon-

tecia com os uniformes descartados da empresa. “Mais do que apenas destiná-los à reciclagem, queríamos ter certeza de que esse descarte seria feito de forma responsável e com um impacto positivo. Foi nesse processo de busca por alternativas que conhecemos uma empresa especializada que separa os materiais têxteis e os transforma em cobertores. Assim nasceu o “Uniformes do Bem”, uma ação simples, mas carregada de significado, que conecta responsabilidade ambiental com compromisso social”, destacou Anya.

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL E IMPACTO

SOCIAL COMPROVADOS

A certificação ISO 14001 exige mudanças significativas, com processos que começam dentro da empresa. A Volvo Servopa investiu em capacitações internas, revisão de processos e monitoramento de práticas que vão do uso consciente de materiais e energia à destinação correta dos resíduos.

Com práticas sustentáveis que vão além da certificação, a ISO 14001 “é o reconhecimento de que a Volvo Servopa incorporou a sustentabilidade de forma concreta e responsável em sua operação”, disse Anya. “Representa mais do que estar em conformidade: é a prova de que conseguimos transformar boas intenções em práticas reais, com impacto direto na redução de resíduos, consumo consciente de recursos naturais e compromisso com a melhoria contínua. É uma conquista de todos os colaboradores e um marco para o setor automotivo.”

Assim, a cultura organizacional toma uma nova forma, com colaboradores engajados que participam ativamente das ações propostas, bem como adotam novas práticas, que, por sua vez, colaboram para uma sociedade mais sustentável. As boas práticas ambientais se espalham e agora fazem parte do cotidiano da equipe.

MUITO MAIS DO QUE VENDER CARROS

Com esse compromisso socioambiental, a Volvo Servopa exemplifica como é possível unir um cenário econômico a uma agenda sustentável. O objetivo da marca não é apenas o de vender carros, mas, também, o de deixar um legado. Com a ISO 14001 reconhecendo suas práticas e projetos como o “Uniformes do Bem”, a concessionária reforça sua posição como agente de transformação social e ambiental, com mudanças culturais. “Essa nova fase tem gerado um efeito multiplicador: à medida que os colaboradores compreendem o impacto dessas ações, o engajamento cresce — e as boas práticas ultrapassam os muros da empresa”, disse Anya.

Em um mundo cada vez mais atento às práticas sustentáveis, exemplos como esse mostram que é possível fazer diferente, mesmo dentro de estruturas tradicionais. “Muitos relatos mostram que essas atitudes sustentáveis estão sendo levadas também para os lares dos colaboradores. Isso é o mais gratificante: ver que pequenas mudanças no ambiente de trabalho geram transformações reais na sociedade”, finalizou.

PUBLIEDITORIAL

VOLVO SERVOPA Rua Jerônimo Durski, 925, Campina do Siqueira - Curitiba (PR) (41) 3340-6650 volvoservopa.com.br

Voluntários da Volvo Servopa e do Grupo Servopa em ação pelo meio ambiente.
Fachada da Volvo Servopa, que possui a certificação ISO 14001.

De volta às raízes

COM O DESIGN BIOFÍLICO, AMBIENTES SÃO

PROJETADOS

PARA SEREM

MAIS SAUDÁVEIS

OLHAR PARA O mar. Pisar com os pés descalços na grama. Acordar com a luz natural. Sentir o vento no rosto em um dia quente. A sensação de bem-estar que o contato com a natureza transmite não é coincidência. A biofilia é um conceito que se refere à conexão inata e profunda dos seres humanos com a natureza e outros seres vivos e também uma proposta cada vez mais presente na arquitetura.

Mais do que incorporar elementos naturais à decoração, a arquitetura biofílica incorpora sensações ancestrais à estrutura e rotina das grandes cidades. Esse entendimento ganhou força na arquitetura e no design à medida que foi notada a relação entre a presença da natureza em ambientes e a melhoria na saúde física e emocional, além do estimulo da criatividade e o aumento da produtividade.

A arquiteta e urbanista Bia Rafaelli Casaccia, pioneira no ensino e prática do design biofílico no Brasil, explica: “O design biofílico, a arquitetura biofílica, é uma nova metodologia de projeto, baseada na nossa conexão e necessidade inata de experiência da natureza. O foco é proporcionar saúde integral – física, mental, social/emocional e espiritual – para as pessoas”, explica.

Essa nova forma de projetar rompe com a lógica tradicional centrada apenas na estética, forma e função. Em vez de seguir tendências, a biofilia prioriza práticas que coloquem o bem-estar humano como prioridade. “Mudamos a nossa forma de pensar sobre o projeto. A prioridade são os benefícios de saúde e bem-estar”, afirma Bia.

Ambientes integrados à natureza promovem bem-estar e conforto emocional.

PARA O CORPO E PARA A MENTE

Os benefícios dessa abordagem são diversos e mensuráveis. Ambientes biofílicos têm impacto direto na redução de estresse, ansiedade e depressão. Um estudo publicado pela Universidade de Harvard em 2016 mostrou que espaços com presença de vegetação e elementos naturais estão associados a menores índices desses transtornos. Nas empresas, os resultados também impressionam: escritórios que adotam princípios biofílicos relatam aumento de 15% na produtividade e de 15% na criatividade, segundo o relatório Human Spaces. Bia complementa com mais exemplos: “Essa arquitetura proporciona diversos benefícios. Em ambientes de trabalho, reduz o absenteísmo e o presenteísmo. Em casa, melhora a convivência e reduz sintomas de agressividade. Em hospitais, acelera a recuperação e diminui a necessidade de medicamentos para dor.” Em tempos de urbanização acelerada, isolamento social e desafios crescentes à saúde mental, a arquitetura biofílica surge como resposta.

NA PRÁTICA

A biofilia pode ser expressada a partir da utilização de materiais naturais, como madeira certificada, pedras e fibras vegetais. Texturas que remetem ao ambiente externo e o uso de cores terrosas, verdes e azuis também ajudam a despertar essa conexão sensorial. Plantas adquirem uma função além da decoração — elas se tornam parte essencial do projeto, presentes em jardins verticais, telhados verdes ou vasos.

Outro recurso importante é o uso de formas biomórficas: curvas e padrões que imitam elementos da natureza, como colmeias ou folhas. Além disso, há uma valorização crescente de ambientes integrados e abertos, com maior entrada de luz natural, ventilação cruzada e menos barreiras visuais. Essa fluidez espacial promove bem-estar e estimula a convivência entre os moradores ou usuários dos espaços.

PONTOS PARA A ARQUITETURA BIOFÍLICA

EM RESIDÊNCIAS

• Melhora a relação entre as pessoas. Reduz a agressividade.

• Reduz os sintomas de ansiedade, depressão e estresse.

EM AMBIENTES DE TRABALHO

• Aumento de 15% no bem-estar.

• Aumento de 6% na produtividade.

• Aumento de 15% na criatividade.

• Reduz o absenteísmo e presenteísmo.

EM AMBIENTES DE SAÚDE

• Acelera a recuperação dos pacientes.

• Melhora a disposição e o humor.

EM REDES DE VAREJO

• Pode aumentar em até 40% as vendas.

• Pode refletir em preços até 25% maiores.

EM ESCOLAS

• Melhora o aprendizado dos alunos.

• Reduz o estresse.

Texturas orgânicas e presença de luz tornam os ambientes naturalmente mais aconchegantes.
Projeto da Comunidade Biofílica para a Diálise Pediátrica do Hospital Santa Casa de Porto Alegre.
O uso de materiais naturais, como madeira, está nos princípios da biofilia.

Cidades do amanhã

A TECNOLOGIA REDESENHA A RELAÇÃO ENTRE MORADORES E O ESPAÇO URBANO

POR TALITA SOUZA

EM 2050, 9,7 bilhões de pessoas viverão no planeta — e mais de 60% delas habitarão regiões urbanas, de acordo com a ONU. O crescimento populacional e a alta taxa de urbanização desafiam gestores públicos, empresas e a sociedade civil a pensar alternativas para tornar as cidades mais humanas, sustentáveis e eficientes.

Entre os caminhos possíveis, o conceito de Urbanismo 5.0 ganha força: uma evolução das cidades inteligentes que reposiciona a tecnologia como ferramenta — e não como protagonista — na construção de um ambiente urbano mais justo e conectado com as pessoas.

O Urbanismo 5.0 parte de um tripé: tecnologia, sustentabilidade e qualidade de vida. O conceito sinaliza uma guinada em relação ao modelo. A lógica do Urbanismo 4.0 era centrada na tecnologia, na aplicação de sensores, monitoramentos e big data . Já a nova versão propõe resgatar essa dimensão subjetiva e social da cidade, sem abrir mão do que a inovação tem a oferecer.

SMART CITIES

Caio Castro, sócio-diretor do iCities, explica que “uma cidade inteligente é aquela pensada de forma estratégica para atender melhor os seus moradores. Isso significa aplicar soluções digitais para otimizar a mobilidade urbana, aumentar a segurança, tornar a gestão pública mais eficiente e promover a sustentabilidade ambiental. Tudo em prol de uma melhor qualidade de vida do cidadão.”

Ele reforça um ponto essencial: “Nós sempre gostamos de pontuar que a tecnologia é uma aliada e o meio para a criação de cidades mais inteligentes e nunca o seu fim, então se trata de criar um ambiente urbano centrado nas pessoas, com participação ativa da sociedade e políticas públicas que se conectem com uma melhor qualidade de vida.”

Já o arquiteto, urbanista e doutor em Gestão Urbana Marlos Hardt amplia essa discussão ao refletir que o conceito de cidades inteligentes evoluiu: “O que se entende hoje de uma maneira geral, quando se fala de cidades inteligentes, é que são cidades que utilizam um alto grau de tecnologia informacional como ferramenta das suas gestões”, explica.

Ele também questiona as expectativas comuns sobre o futuro: “A gente vê desde a década de 1950, no século passado, uma visão de que, no ano 2000, estaríamos com carros voadores e cidades com outras características. Mas o que a gente percebeu é que as mudanças sociais foram muito mais profundas do que as mudanças físicas da cidade”, atenta.

Ferramentas digitais como o Curitiba 156 fortalecem o vínculo entre cidadãos e poder público.

TECNOLOGIA, MOBILIDADE E SEGURANÇA

Castro destaca os ganhos práticos da tecnologia na vida urbana: “Uma cidade que tem um design urbano inteligente irá proporcionar a oportunidade de mais tempo livre aos cidadãos, pois eles gastarão menos tempo no deslocamento (ou presos no trânsito), podendo curtir a família, os amigos ou mesmo fazendo alguma atividade física.”

Sobre segurança, ele cita exemplos reais: “Em Nova Lima (MG), foi criado o Centro Integrado de Ações Preventivas e Videomonitoramento (CIAP), utilizando drones, câmeras de alta resolução e inteligência artificial. A ação reduziu em 46% os crimes violentos em 2023. Tudo isso reflete diretamente na qualidade de vida dos moradores.”

Marcos complementa: “Eu vejo uma importância muito grande de atrelar esses aspectos tecnológicos com aspectos sociais e ambientais. Para que

uma cidade possa ser considerada inteligente, os seus cidadãos têm que estar usufruindo dessa inteligência toda, seja se deslocando de uma maneira mais rápida, seja entendendo bem os processos que ocorrem pela cidade, por meio de uma transparência, e também no usufruto dos espaços verdes das conexões ambientais que a cidade possui”, defende.

SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA

Castro apresenta o impacto da gestão inteligente na saúde pública: “Cidades que usam a gestão inteligente de dados conseguem otimizar a gestão hospitalar. A tecnologia tem desempenhado um papel fundamental na melhoria da saúde pública nas cidades inteligentes, proporcionando avanços significativos na prevenção, no diagnóstico e no tratamento de doenças.”

Ele cita o exemplo de Passos (MG), que criou o “Projeto Cidade da Saúde e do Saber”, com um Centro de Atenção à Saúde que visa unificar os

atendimentos de saúde e organizá-los de acordo com nível de atenção e complexidade e em que as edificações seguirão princípios de sustentabilidade, expansibilidade, adaptabilidade e flexibilidade.

Para Hardt, a relação entre cidade inteligente e saúde deve ser integrada: “A gente tem que entender essa cidade inteligente, essa versão smart das cidades, de uma maneira que, de fato, isso resulte em uma melhor qualidade de vida e mais saúde para os seus cidadãos.” Ele defende: “não adianta implementar 200 softwares na cidade que a façam economizar recursos financeiros sem que isso não reverta para os seus cidadãos.”

GESTÃO PÚBLICA

Quando se trata de governança, Castro enfatiza a influência das cidades inteligentes na transparência e na participação do governo. “Com a criação de plataformas digitais, o cidadão consegue reportar problemas

Taiwan é um exemplo de como e tecnologia pode atender a população de forma funcional.

Edificações conectadas ao meio ambiente equilibram tecnologia e natureza na paisagem urbana.

infraestrutura que ofereça qualidade de vida.

em tempo real, acessar serviços com mais facilidade e acompanhar como o dinheiro público está sendo investido. Isso fortalece o vínculo entre governo e população e cria um senso de corresponsabilidade.” Nesse sentido, ele acredita no poder da comunicação: “Eu acredito muito no poder que diálogo e participação popular têm na construção de espaços mais inclusivos.”

Hardt também destaca a importância da comunicação em mão dupla entre cidade e cidadão: “Muitas vezes, pensamos na maneira como a cidade nos informa e não na forma como nós informamos a cidade. A tecnologia é uma ferramenta muito interessante para que haja um processo de participação popular mais efetivo.” Segundo ele, a tecnologia permite extrair informações da população sem a necessidade de consultar todos os habitantes presencialmente, o que torna a gestão urbana mais responsiva.

EXEMPLOS AO REDOR DO MUNDO

O sócio-diretor do iCities cita Barcelona como um modelo europeu com soluções urbanas integradas e foco em governança digital. Ele também menciona exemplos práticos de como a tecnologia pode atender a população de forma funcional, sem ser extremamente high tech, na cidade asiática de Taiwan. “No Brasil, cidades como Curitiba, São Paulo e Florianópolis vêm avançando com iniciativas de mobilidade elétrica, iluminação inteligente e monitoramento urbano inteligente.”

Hardt complementa: “Barcelona tem implementado ações que visam atrelar tecnologia da informação com gestão urbana, como sistema de gestão de resíduos e mobilidade urbana que considera eventos e picos de tráfego. Outro destaque é Singapura, que automatiza grande parte dos seus processos, incluindo transporte coletivo e uso do solo.” Ele também menciona a capital paranaense: “Curitiba venceu um prêmio de cidade mais

inteligente do mundo implementando soluções inteligentes de dados urbanos.”

VISÃO DE FUTURO

Cidades mais felizes, humanas, inclusivas, conectadas, com mais espaços para circular a pé ou de bicicleta, transporte público de qualidade, veículos elétricos e autônomos, edifícios sustentáveis com eficiência energética: tudo isso faz parte da projeção. “A cidade do futuro é aquela que coloca as pessoas no centro de suas políticas e utiliza a tecnologia de forma inteligente como ferramenta de transformação, sempre em prol de mais qualidade de vida para as pessoas.”

Hardt reforça a importância de pensar o urbano e o natural juntos: “Eu gosto de ser otimista e acreditar que esses processos sociais vão trazer benefícios, que a gente vai aprender a lidar com o nosso ambiente construído de uma maneira diferente uma relação muito melhor entre o ambiente construído e o ambiente natural, em que a gente aprenda a coabitar com outras espécies.”

O Urbanismo 5.0 propõe resgatar a dimensão subjetiva e social da cidade.
A inovação urbana também passa por

ARQUITETURA COM PROPÓSITO

O FUTURO DO MORAR DE FORMA INTELIGENTE E SUSTENTÁVEL

EM UM CENÁRIO em que o ESG (Environmental, Social and Governance) transforma mercados, a arquitetura e o urbanismo também se reinventam para atender um consumidor que exige beleza, consciência e legado para viver bem, com propósito e responsabilidade.

Inovar hoje é criar espaços que unem sofisticação e sustentabilidade de forma sutil. Tecnologias como painéis solares invisíveis, automação inteligente para eficiência energética e materiais biofabricados elevam a estética enquanto reduzem impactos ambientais. O concreto verde, por exemplo, desponta em projetos de alto padrão que prezam pela beleza atemporal e pela responsabilidade ecológica.

Mais do que mitigar danos, a arquitetura contemporânea busca regenerar.

A arquitetura regenerativa, que inspira ícones como o Bosco Verticale, em Milão, também se manifesta na América Latina, em projetos que integram biodiversidade à paisagem urbana.

No urbanismo, o ESG orienta um novo paradigma: a humanização das cidades. Conceitos como as “cidades de 15 minutos” – defendidos pelo urbanista Carlos Moreno – propõem centros urbanos mais conectados e acessíveis. Arquitetos como Marko Brajovic, com soluções inspiradas na natureza, e especialistas que defendem um urbanismo regenerativo e sensível ao meio ambiente traduzem essa visão em prática.

O novo desejo é claro: viver em espaços que expressem valores autênticos. O luxo silencioso, que privilegia materiais nobres, artesanato local e uma elegância discreta, está em perfei-

Hoje, há meios de construção que ajudam a criar uma automação que gera menos impacto ambiental.

ta sintonia com essa nova estética do morar com alma.

Esse movimento encontra eco global com a COP30, que acontecerá em Belém, em novembro de 2025. A conferência, centrada nas mudanças climáticas, evidencia a Amazônia como protagonista de soluções sustentáveis e reforça a urgência de integrar natureza, tecnologia e bem-estar nas cidades do futuro.

Hoje, inovar é mais do que antecipar tendências: é criar espaços que emocionam e regeneram. Em um mundo em que cada escolha ecoa no futuro, a verdadeira sofisticação está em construir legados que respeitam e celebram a vida.

A verdadeira elegância está em deixar uma marca que não se mede em metros quadrados, mas em impacto positivo.

Inauguração da nova sede da empresa, na atual Av. Getúlio Vargas. Ao centro, está Maurizio e, ao redor, funcionários, em um dos barracões da sede.

DE ALICERCE DA CIDADE A REFERÊNCIA EM INOVAÇÃO: A TRAJETÓRIA CENTENÁRIA DA THÁ ENGENHARIA

A CONSTRUTORA REÚNE MAIS DE DUAS MIL OBRAS, ESPALHADAS DE NORTE A SUL DO PAÍS

POUCAS EMPRESAS BRASILEIRAS podem afirmar que acompanharam de perto as transformações de uma cidade por mais de um século. A Thá Engenharia é uma dessas empresas. Fundada pelo italiano Maurizio Thá em 1895, em Curitiba, a empresa celebra em 2025 seus 130 anos de atuação. Ela está em grandes obras que ajudaram a definir a paisagem urbana não só da capital paranaense como,também, de vários estados do Brasil.

Mais do que obras marcantes, a Thá construiu uma história de transformação contínua, equilibrando tradição familiar e inovação. Em mais de um século, esteve à frente de projetos emblemáticos no Paraná, Santa Catarina, São Paulo e

outros estados. Realizou pontes férreas da estrada Paraná-Santa Catarina, a sede da RFFSA em Curitiba, palacetes no Batel, residências em estilo normando e edifícios notórios, como Edifício Michelangelo. Também ergueu o Estádio Durival de Britto e Silva, sede da Copa de 1950.

A Irmãos Thá – como era chamada a empresa quando seus filhos Orestes, Eduardo e Mikare deram continuidade ao legado de Maurizio – foi responsável, também, pela construção do Shopping Mueller, o primeiro shopping center da capital paranaense, inaugurado em 1983. Hoje, a Thá Engenharia atua como construtora plena, especialista em obras de terceiros, tal como foi em seu início, e

mantém a essência de inovação, aliando conceitos sustentáveis, tecnologias de automação, gestão humana e soluções construtivas que priorizam a qualidade e a pontualidade das obras.

Nosso compromisso é respeitar o legado construído ao longo desses 130 anos, mas com o olhar sempre voltado para o futuro. Inovar e entregar soluções de qualidade faz parte da nossa essência”, destaca Roberto Thá, CEO da Thá Engenharia.

Com mais de oito milhões de metros quadrados construídos, a Thá segue escrevendo novos capítulos na história e consolidando seu nome como referência em tradição, credibilidade e inovação no mercado da construção civil nacional.

THÁ ENGENHARIA Rua Mal. Deodoro, 630 - 12º andar, Centro - Curitiba (PR) (41) 3320-8900 www.instagram.com/thaengenharia

A Thá Construtora foi responsável pela construção do Shopping Mueller.

A transformação no morar

AS TINY HOUSES SÃO A NOVIDADE PARA MORADIAS NOS DIAS ATUAIS

AS MICROCASAS, conhecidas como “ tiny houses ”, representam uma transformação significativa no modo como encaramos a habitação no século XXI. O conceito de habitação compacta não é novo: suas raízes podem ser encontradas até civilizações antigas, em que estruturas pequenas e funcionais eram habituais.

No entanto, o movimento moderno em torno das tiny houses começou a ganhar força com o escritor Jay Shafer, nos anos 1990. Ele estava em busca de uma alternativa mais confortável do que o trailer no qual já morava há dois anos. Em 1997, ele desenhou e construiu sua primeira casa, que tem pouco mais de 8 m² de área total.

O crescimento dessa tendência pode ser atribuído a uma série de fatores sociais e econômicos, sendo um dos principais a crise econômica de 2008 nos Estados Unidos, que deixou muitas pessoas sem casas. Outros fatores foram a crescente conscientização ambiental e o desejo de simplificação na vida cotidiana. Essas construções minimalistas podem ser fixas, transportáveis como casas em container ou móveis sobre rodas e até mesmo flutuantes, mais comuns na Europa. Elas podem ser utilizadas como moradia permanente, transitórias urbanas, ecoturismo ou até como abrigos emergenciais. Os adeptos desse novo estilo de viver são, em geral, solteiros, jovens casais sem filhos e nômades viajantes. Outro movimento que acompanha o das tiny houses é o micro living, que se refere a viver em espaços habitacionais extremamente pequenos, geralmente menores do que 30 m². Esse estilo de vida é caracterizado pela eficiência no

uso do espaço, design multifuncional e uma abordagem minimalista para a vida cotidiana.

Soluções habitacionais urbanas, à medida que as cidades enfrentam desafios relacionados ao aumento da população e à escassez de espaço, as tiny houses estão surgindo como uma solução potencial. Algumas cidades estão considerando regulamentações para permitir a construção de tiny houses em terrenos urbanos ou como unidades habitacionais acessórias.

Outro aspecto desse estilo de vida é o comunitarismo: esses projetos estão cada vez mais focados em criar comunidades colaborativas e sustentáveis. Iniciativas promovem a criação de vilarejos de tiny houses em que residentes compartilham recursos e participam de atividades comunitárias, o que fortalece laços sociais e cria um senso de pertencimento.

Na realidade brasileira, as tiny houses ainda estão sendo mais procuradas por

investidores do que efetivamente por moradores. Acabam sendo vistas como opções mais baratas de investimento para locação por temporada do que studios ou construções nos métodos tradicionais.

No Paraná, já se pode vivenciar experiências de hospedagem em diversos locais, e a tendência é que isso se torne cada vez mais comum. Em Curitiba, teremos, no segundo semestre, a instalação da primeira fábrica de tiny houses e construções modulares, a Nomaden.

Por meio de designs inteligentes, novas tecnologias construtivas, materiais mais sustentáveis e uma filosofia de vida simplificada, as tiny houses estão moldando o futuro da habitação de maneira positiva. À medida que avançamos para um futuro mais sustentável e adaptável, o impacto dessas soluções inovadoras continuará a se expandir e a influenciar a forma como vivemos e interagimos com o meio ambiente.

PUBLIEDITORIAL

Rua Maranhão, 543, Água Verde Curitiba (PR) (41) 3333-8911 | (41) 9 8863-4652 www.nomaden.com.br @nomadenbrasil

NOMADEN
As tiny houses são uma transformação do morar no século XXI.

coração do Grupo

As ações do Instituto RIC trazem solidariedade, educação e sustentabilidade com impacto real

COM AFETO, CONSCIÊNCIA E IMPACTO, O INSTITUTO RIC TRANSFORMA O PARANÁ

Quando a comunicação se alia à empatia e à responsabilidade social, grandes mudanças são possíveis. É assim que o Instituto RIC ajuda a transformar o Paraná por meio de ações nas áreas de sustentabilidade, inclusão, educação e solidariedade. Eu tenho o prazer e a responsabilidade de estar à frente do Instituto – além de carregar um orgulho imenso por tudo o que já fizemos.

No Minuto do Bem, por exemplo, damos voz a iniciativas sociais de todo o estado por meio das plataformas do Grupo RIC, com conteúdos que destacam o trabalho de quem faz a diferença, comunicam com propósito e dão visibilidade a quem mais precisa ser visto.

INSTITUTO RIC - O Instituto é o coração social do Grupo Ric, com o desenvolvimento de programas e projetos que promovem a saúde coletiva, a sustentabilidade e o desenvolvimento social.

Na mesma linha, o projeto Conectando Solidariedade abre espaço nas plataformas do Grupo RIC para campanhas de impacto social. O objetivo é claro: ampliar o alcance de quem está na linha de frente, seja promovendo educação, cultura ou ações emergenciais.

A inovação se soma à empatia no RICicla, projeto que reflete o compromisso ambiental do grupo. Muito além da separação de resíduos, a ação inclui a eliminação de plásticos descartáveis, reciclagem de papel, compostagem e até uma colmeia de abelhas nativas jataí. É a sustentabilidade que se espalha por toda a empresa.

Já em campanhas como Círculo do Bem e Brinquedo do Bem, compartilhamos calor humano em forma de

MINUTO DO BEM - Apresentado toda sexta-feira, o Minuto do Bem é um espaço dedicado à divulgação e ao impulsionamento de ações sociais relevantes no Paraná.

roupas, alimentos e brinquedos, que viram instrumentos em comunidades de todo o estado. Em 2024, o Brinquedo do Bem completou dez anos com números expressivos: só em Curitiba, 10 mil crianças foram presenteadas na edição passada. Mas o que não cabe em estatísticas é a emoção: a de ver um sorriso espontâneo surgir no rosto de quem mais precisa.

Por fim, o RIC Conecta convida a comunidade a conhecer por dentro o maior grupo de comunicação multiplataforma do estado. Porque transformar também é abrir as portas, incentivar o diálogo e fortalecer os vínculos.

O Instituto RIC planta diariamente as sementes de um Paraná mais justo e solidário para todos.

O selo Sesi ODS tem como objetivo reconhecer e divulgar práticas para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

no Paraná.
CONHEÇA!

Durante sua participação no programa, Matheus destacou a importância de investir em ESG.

RESPONSABILIDADE QUE TRANSFORMA

MATHEUS FORTE, FUNDADOR DA FORTE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, FALA SOBRE OS DESAFIOS E AS OPORTUNIDADES DO ESG

NO 56º EPISÓDIO do programa

Mercado Imobiliário de Canto a Canto, da Jovem Pan News, o engenheiro ambiental Matheus Forte compartilhou sua visão sobre o papel estratégico da sustentabilidade e das práticas ESG no desenvolvimento do mercado imobiliário brasileiro. Fundador da Forte Desenvolvimento Sustentável, uma das principais consultorias do país na área, Matheus acumula mais de 10 anos de experiência no setor.

A Forte já assessorou mais de mil empresas em projetos ligados à sustentabilidade. Entre os destaques, estão mais de 180 empreendimentos com certificações internacionais, como LEED e GBC,

mais de 200 licenças ambientais emitidas para empreendimentos imobiliários, além da gestão ambiental de mais de 100 hidrelétricas em diferentes regiões do país. A consultoria também tem sido responsável por estruturar políticas ESG em mais de 30 empresas brasileiras. Durante sua participação no programa, Matheus reforçou a importância de incorporar práticas sustentáveis desde a concepção dos empreendimentos e destacou também como as certificações vêm se tornando diferenciais competitivos para empresas e construtoras que desejam se destacar em um mercado cada vez mais atento às boas práticas de governança, impacto ambiental e

compromisso com a sociedade. Além dos benefícios ambientais e econômicos, Matheus lembrou que o ESG é uma ferramenta poderosa para transformar a cultura corporativa.

A participação de Matheus Forte no programa Mercado Imobiliário de Canto a Canto reforça a necessidade de repensar o desenvolvimento urbano com base em pilares sustentáveis e éticos. A entrevista completa está disponível no canal da TOPVIEW no YouTube. Os episódios do Mercado Imobiliário de Canto a Canto vão ao ar todos os sábados, às 12h, na Jovem Pan News 107.1.

Os alinhadores são transformados em outros produtos após a utilização.

Transformar sorrisos e transformar o mundo

O PROGRAMA DE RECICLAGEM DA INVISALIGN UNE

COM MAIS DE duas décadas de atuação na odontologia, posso afirmar com convicção que transformar sorrisos vai muito além da estética.

A busca pelo sorriso perfeito inclui a busca por saúde, autoestima e bem-estar, mas também por um impacto positivo no mundo. É por isso que faço questão de participar do Programa de Reciclagem de Alinhadores Invisalign.

Você sabia que é possível cuidar do sorriso e, ao mesmo tempo, contribuir para o meio ambiente? Isso está ao alcance de todos os que escolhem os alinhadores invisíveis como alternativa ao aparelho ortodôntico tradicional.

ORTODONTIA E SUSTENTABILIDADE

PREOCUPAÇÃO COM DETALHES

Os alinhadores são confeccionados com um material plástico altamente tecnológico, seguro e confortável para o paciente. Mas, como acontece com qualquer material de uso único, após o seu período de utilização, surge uma pergunta inevitável: para onde vai esse resíduo? Foi justamente para responder a essa questão que nasceu o programa de reciclagem.

A iniciativa funciona de forma simples, mas poderosa. Ao final do uso dos alinhadores, o paciente pode trazê-los até a clínica. Nós nos encarregamos de encaminhá-los corretamente para a reciclagem por meio do programa da Align Technology. O material, incluindo as embalagens, é transformado em matéria-prima para

objetos como baldes, vasos, bancos e outros utensílios plásticos. É uma maneira eficaz de dar um novo propósito àquilo que, de outra forma, seria descartado no lixo comum.

Acredito em uma ortodontia ética, consciente e conectada com os desafios do nosso tempo. E fico feliz de ver que os pacientes também compartilham essa visão Essa é uma prova de que pequenos gestos individuais constroem grandes mudanças coletivas.

Reciclar é um ato de cuidado – com o seu sorriso e com o mundo. E é um privilégio poder oferecer essa possibilidade a cada paciente que entra em nossa clínica.

O descarte dos alinhadores pode ser feito na própria clínica.

O NOVO BÁSICO

A SUSTENTABILIDADE DEIXA DE SER UM DIFERENCIAL PARA MOLDAR UMA NOVA LÓGICA NOS NEGÓCIOS E NOS CONSUMIDORES

POR TALITA SOUZA

NO MUNDO DOS negócios, a sustentabilidade passou de um diferencial para tornar-se essencial, se não, comum. O desenvolvimento sustentável e regenerativo tornou-se uma exigência lógica, ética e estratégica, além da chave para a longevidade dos negócios e para o desenvolvimento social.

De acordo com um artigo do Instituto Brasileiro de Sustentabilidade (INBS), o que antes era considerado inovação, hoje é requisito básico. Segundo uma análise do Instituto, o Brasil passa, atualmente, pela quarta fase da integração da sustentabilidade no universo corporativo: a da consolidação estratégica. Trata-se de uma abordagem da sustentabilidade não apenas como um diferencial de mercado, mas, também, como uma necessidade racional e lógica tendo em vista a realidade ambiental, social e econômica.

Esse processo, no entanto, não aconteceu do dia para a noite. O chamado “Tripé da Sustentabilidade” — ou Triple Bottom Line (TBL), como foi batizado globalmente — trouxe uma reconfiguração na noção tradicional de sucesso empresarial, quando passou-se a exigir que empresas atuassem também para reduzir impactos ambientais e ampliar benefícios sociais.

Essa mudança de paradigma é analisada por Jaques Paes, professor de pós-graduação em ESG e Sustentabilidade na Fundação Getúlio Vargas (FGV). Para ele, a sustentabilidade, em muitos casos, “tem sido tratada como uma commodity, no sentido de que virou um requisito básico de mercado — algo que precisa constar no portfólio, nos relatórios e nos discursos”. No entanto, ele alerta: “essa ‘comoditização’ esconde um risco: a perda de autenticidade. Quando tratada apenas como obrigação ou ferramenta de marketing, a sustentabilidade perde sua força transformadora e vira apenas um ‘custo de reputação’.”

Nesse sentido, Paes destaca que a sustentabilidade precisa ir além do discurso e estar conectada diretamente à estratégia de negócio. Segundo ele, uma empresa pode se diferenciar ao “vincular sustentabilidade ao core do negócio e não apenas ao marketing ou à área de compliance”, além de adotar práticas como “inovação em modelos circulares, gestão de impacto com métricas robustas, transparência

Centro de distribuição do Grupo Boticário.

Empresas que integram ESG ao modelo de negócio conquistam vantagem competitiva e longevidade.

radical e engajamento legítimo com stakeholders.”

RESPONSABILIDADE E IMPACTO

Em meio à urgência climática e aos desafios sociais globais, empresas que tratam sustentabilidade apenas como uma ferramenta de marketing correm o risco de se tornarem obsoletas. A agenda ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança), por exemplo, já se consolidou como um dos principais indicadores de performance corporativa no mundo.

Segundo Paes, empresas que adotam a governança ESG de forma estratégica devem contar com “comitês, metas vinculadas à remuneração e à decisão de alocação de capital”. Essa abordagem reduz riscos e ineficiências, além de melhorar o acesso a capital e fortalecer a reputação. Ele alerta: “empresas que não priorizam a sustentabilidade enfrentam perda de competitividade, dificuldade de acesso a financiamento, risco reputacional e desconexão com consumidores e talentos.”

Paes complementa que, no Brasil,

já é possível identificar empresas que vão além do básico e inovam de forma consistente: “Natura, Suzano, Ambev, Renner, Bradesco, Itaú e MRV são exemplos de companhias que se destacam em áreas como bioeconomia, circularidade, diversidade, construção sustentável e finanças verdes.”

EXEMPLO REAL

combina a expansão dos negócios com o aprofundamento socioambiental. “Para muitos, valor é o que se ganha. Para nós, valor é também o que se deixa”, afirma Fabiana De Freitas, vice-presidente de Assuntos Corporativos da empresa.

“TEM SIDO TRATADA

COMO UMA COMMODITY no sentido de que virou um requisito básico de mercado — algo que precisa constar no portfólio, nos relatórios e nos discursos.”

É a partir dessa visão que grandes corporações reformulam seus modelos de negócio. Um dos exemplos é o Grupo Boticário que lançou recentemente seu Relatório ESG 2024, um documento que demonstra como sustentabilidade e crescimento econômico são interdependentes.

— Jaques Paes

Com um ecossistema de mais de 130 mil pontos de venda, presença em mais de 40 países e uma receita de R$ 35,7 bilhões em 2024, o Grupo Boticário

“Para nós, ESG é um pilar estruturante do modelo de negócios, orientando decisões estratégicas, inovação e nossa cultura interna. Sustentabilidade está em nosso DNA, pois atuamos com responsabilidade socioambiental desde nossa fundação, muito antes da sigla ESG se consolidar no mercado”, diz Luis Meyer, diretor de ESG do Grupo Boticário. Ele complementa: “Acreditamos que a construção e manutenção dessa cultura exige consistência, engajamento coletivo e visão de longo prazo, por isso seguimos determinados a liderar esse movimento

Programa de logística reversa do Grupo Boticário.

A implementação de práticas ESG passa pela valorização de pessoas.

com integridade, impacto e inclusão.”

O documento também reforça o compromisso social. No ano passado, foram criadas mais de 200 mil oportunidades em programas de capacitação profissional e empreendedorismo. Desde 2022, esse número já ultrapassa 420 mil. “Acreditamos que promover equidade social e inclusão econômica em toda a nossa cadeia de valor é tão essencial quanto inovar em produtos ou gerar resultados financeiros”, reforça Meyer.

anti-LGBTfobia e anticapacitismo.

“EMPRESAS QUE NÃO

PRIORIZAM A SUSTENTABILIDADE enfrentam perda de competitividade, dificuldade de acesso a financiamento, risco reputacional e desconexão com consumidores e talentos.”

Outro diferencial do Grupo Boticário é sua abordagem transversal da sustentabilidade, incorporada a todas as áreas da empresa, da produção à comunicação. Em 2024, por exemplo, 96% da rede franqueada participou de treinamentos obrigatórios sobre diversidade, com foco em temas como antirracismo,

A companhia também lidera iniciativas no campo da economia circular: o programa Boti Recicla registrou aumento de 85% nas embalagens coletadas em 2024 em comparação com o ano anterior, com mais de 100 toneladas de plástico reciclado utilizadas na construção de lojas sustentáveis. Entre as metas da companhia está garantir que 100% dos produtos das marcas próprias sejam veganos até dezembro de 2026.

— Jaques Paes

UM FUTURO POSSÍVEL

Metodologias internacionais podem ser usadas para mensurar e reportar o desempenho das empresas. “Acreditamos que esse documento é mais do que um compromisso com o futuro, é a demonstração de que é possível inovar com responsabilidade e comunicar com inclusão, sempre

em linha com o nosso propósito”, afirma Fabiana De Freitas.

As metas ambientais são claras, mensuráveis e baseadas na ciência, em alinhamento com as diretrizes da iniciativa Science Based Targets (SBTi). Isso porque, como aponta o INBS, fatores ligados à sustentabilidade, como eventos climáticos, emissões de carbono, impacto social e poluição, representam riscos às organizações.

Para Paes, esse tipo de prática integrada é o que diferencia verdadeiramente as empresas comprometidas com o futuro. “Ainda são minoria as organizações que realmente incorporam a sustentabilidade na estratégia e no modelo de negócio — e é aí que está a oportunidade de diferenciação”, afirma.

Para além dos marcos ambientais e sociais, o impacto da sustentabilidade também está na mentalidade que propõe: a do crescimento com propósito, da prosperidade compartilhada e da atuação empresarial como força de transformação.

EDUCAR PARA O AMANHÃ

A IMPORTÂNCIA DE DESENVOLVER LIDERANÇAS

CONSCIENTES PARA O FUTURO

POR TALITA SOUZA

A CRISE CLIMÁTICA deixou de ser uma previsão. Enchentes, secas, queimadas e deslizamentos são apenas algumas das faces visíveis de um fenômeno que afeta de forma desigual a população. No centro desse desequilíbrio, estão crianças e adolescentes: enquanto eles são os mais vulneráveis aos impactos do aquecimento global, representam a esperança de um futuro com mais equilíbrio.

De acordo com o Índice de Risco Climático das Crianças (CCRI), quase 60% das crianças e adolescentes brasileiros — cerca de 40 milhões — estão expostos a múltiplos riscos climáticos. Mais de 8,6 milhões enfrentam a escassez de água e 7,3 milhões vivem sob ameaça de enchentes.

CRISE SOCIAL

Os desequilíbrios ambientais manifestam-se em eventos extremos, mas não atingem a todos igualmente. “Principalmente pessoas em situação de vulnerabilidade são aquelas que mais sofrem com os efeitos da mudança climática”, explica Edson Grandisoli, PhD em

Educação para a Sustentabilidade e diretor do Movimento Escolas pelo Clima, a maior comunidade de educação e ação climática do Brasil, com mais de 1.300 escolas signatárias, sendo 72% da rede pública.

Segundo Grandisoli, o Brasil precisa urgentemente integrar a educação climática às escolas de forma transversal.

“Não se trata apenas de conteúdo técnico, mas de formação cidadã. Sustentabilidade tem a ver com dignidade, com alimentação, com moradia, com saúde”, diz.

“NÃO SE TRATA APENAS DE CONTEÚDO TÉCNICO, mas de formação cidadã. Sustentabilidade tem a ver com dignidade, com alimentação, com moradia, com saúde.”

“O meio ambiente não é apenas uma questão técnica — é também cultural, espiritual — e isso precisa estar presente em uma educação realmente engajadora”, afirma o comunicador e ativista climático Mateus Fernandes.

A IMPLEMENTAÇÃO NA PRÁTICA

— Edson Grandisoli

Apesar dos exemplos positivos, o panorama global ainda é preocupante.

Formar educadores preparados é parte essencial da agenda climática.

Apenas 3% dos países possuem planos estruturados para integrar educação climática nos currículos formais. No Brasil, 69,1% dos ativistas climáticos afirmam não ter aprendido sobre o tema durante a Educação Básica, segundo uma pesquisa da Rede Amazônidas pelo Clima. A maior parte adquiriu conhecimento por iniciativa própria ou por meio de organizações da sociedade civil. Essa lacuna se reflete diretamente na capacidade das novas gerações de responder à crise. Em 2024, quase 250 milhões de crianças e adolescentes no mundo tiveram seus estudos interrompidos por desastres naturais. O fechamento de escolas amplia desigualdades e limita a formação de uma consciência crítica sobre o meio ambiente.

PONTO DE VIRADA

A educação climática tem o potencial de ser um ponto de inflexão positiva

— um caminho estratégico para conter os avanços da crise climática, segundo o Tipping Points Report, estudo global sobre os pontos de não retorno da Terra. Nessa perspectiva, educar é também mitigar a partir da formação de estudantes mais conscientes e lideranças capazes de transformar a realidade, de maneira articulada com os direitos humanos, a saúde, o meio ambiente e a justiça social.

“ANTES MESMO DE ENTENDER DO QUE SE

os efeitos da crise climática. Já tive uma casa alagada. Hoje, estar em um lugar de protagonismo me proporciona segurança”. O jovem fundador da InfoPerifa atua levando informação sobre crise climática às periferias e já formou mais de cinco mil outros jovens. “O enfrentamento da crise precisa, obrigatoriamente, passar pela escuta”, afirma.

TRATAVA, eu já sentia os efeitos da crise climática. Já tive uma casa alagada. Hoje, estar em um lugar de protagonismo me proporciona segurança.”

“Quando falamos de educação ambiental, é curioso notar como aprendemos de forma muito superficial — geralmente, só sobre reciclagem”, afirma Fernandes. “Temos várias possibilidades de avançar, mas ainda falta o apoio de políticas públicas”, completa. Fernandes, que cresceu em Guarulhos (SP), viveu na pele os impactos da crise ambiental: “Antes mesmo de entender do que se tratava, eu já sentia

— Mateus Fernandes

POLÍTICAS PÚBLICAS

A tramitação do PL 2.964/2023, que propõe a inclusão da educação climática na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, é um passo decisivo para transformar esse cenário. O projeto busca institucionalizar o tema como pilar da Educação Básica, o que abriria caminho para a formação de lideranças conscientes e bem preparadas para enfrentar os desafios da sustentabilidade.

Para Fernandes, é fundamental responsabilizar os tomadores de decisão:

“Precisamos de políticas públicas construídas com base na escuta ativa dos territórios. As lideranças precisam estar conectadas com a realidade local.”

Além disso, para ele, a formação dos educadores deve ser fortalecida. “Falar de educação ambiental, muitas vezes, provoca distanciamento, por parecer técnico demais. Mas, quando você visita uma horta, um rio, passa a entender a natureza de maneira mais profunda”, defende.

COP 30

A próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 30, será realizada em 2025, no Brasil. O evento representa uma oportunidade histórica para consolidar a educação climática como pilar estratégico nas políticas de mitigação e adaptação, especialmente para o Sul Global.

“Essa COP precisa, de fato, ser dos povos, dos biomas, dos indígenas, dos negros — entre outros recortes sociais que ainda não conseguiram exercer influência significativa nesse debate”, finaliza Fernandes.

Greta Thunberg é uma ativista ambiental sueca de 22 anos, líder do movimento Greve das Escolas Pelo Clima.

UM DOS PRINCIPAIS pensadores contemporâneos quando o assunto é a correlação entre mente, cognição e tecnologia, o filósofo britânico Andy Clark, defende que a mente humana não se restringe ao cérebro, estendendo-se ao corpo e ao ambiente. A chamada Teoria da Mente Estendida considera que até mesmo artefatos tecnológicos podem ser partes funcionais de nossos processos cognitivos, especialmente quando nos apoiamos neles para pensar, lembrar e decidir – qualquer semelhança com computadores, smartphones, aplicativos e, claro, com a tão falada Inteligência Artificial não é mera coincidência.

De alguns anos para cá, as tecnologias digitais se incorporaram tão profundamente em nossas vidas que se tornou impossível separar online e offline. O ciberespaço e o mundo físico se fundiram, remodelando as relações pessoais, o entretenimento, os padrões de consumo e até mesmo a aprendizagem.

Antes do surgimento dos telefones celulares, que depois se transformaram em smartphones, contávamos com a boa e velha agenda telefônica para registrar os contatos, o que nos impulsionava a lembrar, apenas puxando pela memória, a maior parte dos números. Hoje, como o telefone memoriza por nós, fazemos pouco ou nenhum esforço para lembrar. Está tudo ali, a distância de um clique.

Esse processo tem sido objeto de estudos. A amnésia digital é um dos efeitos potencialmente nocivos do uso indiscriminado da tecnologia, quando, em vez de utilizarmos as ferramentas digitais para ampliar nossa capacidade cognitiva, deixamos que a máquina desempenhe esse papel, tornando-se nossa memória externa.

Agora, à luz de uma série de transformações impulsionadas pela Inteligência Artificial e todos os seus desdobramentos, enfrentamos um fenômeno social que se torna ainda mais desafiador a cada atualização do ChatGPT: as pessoas estão delegando ao modelo de linguagem natural tarefas que, como premissa, deveriam ser

CUIDADO: O ROBÔ PODE SER VOCÊ

NA ERA DA INTELIGÊNCIA

ARTIFICIAL, O ABANDONO DA CAPACIDADE DE PENSAR POR CONTA PRÓPRIA É UM ALERTA

executadas por elas, em vez de utilizarem a ferramenta como assistente para a execução da atividade. Algo comum tem sido pedir à IA que produza um texto contendo determinadas informações, sob a alegação de que a Inteligência Artificial escreve bem. É um pressuposto que a IA escreva bem, porém, é um pressuposto que um ser humano também escreva e não dependa da IA para tarefas tão corriqueiras quando um cartão de feliz aniversário.

O relatório AI 2027, assinado, entre outros, por Daniel Kokotajlo, um dissidente da OpenAI e considerado um dos pais do ChatGPT, traz considerações importantes sobre a evolução da Inteligência Artificial nos próximos dois anos. Sob certa perspectiva pessimista, o estudo mostra que o impacto da Super Inteligência Artificial — que deve ser alcançada daqui a dois anos – será maior sobre a humanidade do que a Revolução Industrial no século XVIII. O ponto comum a esses dois marcos históricos é a supressão da força de trabalho humano pelas máquinas.

A diferença crucial entre esses dois períodos, no entanto, é que as máquinas que entraram em ação durante a Revolução Industrial não eram capazes de imitar a capacidade humana de raciocinar. As máquinas que estão entrando em ação durante a Revolução da IA não só reproduzem o raciocínio humano como são capazes de ensinar outras máquinas e aprender com o próprio aprendizado.

Enquanto assistimos preocupados à evolução da Inteligência Artificial, ignoramos o grave abandono da inteligência natural. Escolas deveriam, hoje, ensinar linguagem de programação, fortalecer o ensino de matemática, o raciocínio lógico, a interpretação de texto e o estímulo ao senso crítico. A maior fortaleza da humanidade contra o avanço das máquinas, que já estão tirando empregos, é justamente o reforço às habilidades humanas. Como bem sinaliza a futurista brasileira Martha Gabriel, “para não ser substituído por um robô, não seja um robô.”

O sono do Brasil que o mundo reconhece

RECONHECIMENTO INTERNACIONAL, LEGADO

FAMILIAR E UMA HISTÓRIA DE EXCELÊNCIA

QUE ATRAVESSA GERAÇÕES

EM FEVEREIRO DE 2025, o nome da Maxflex ultrapassou fronteiras. Uma das publicações mais respeitadas do setor global, a BedTimes Magazine, reconheceu o empresário brasileiro Sidney Gonçalves da Silva como um dos nomes mais admirados da indústria do sono.

O destaque foi além dos produtos: a publicação enalteceu sua integridade, sua coragem em inovar em um mercado desafiador e sua habilidade de construir uma marca de alto padrão com base em valores reais. Para o mundo, foi notícia. Para nós, é a confirmação de uma história construída com propósito há quase quatro décadas.

UMA HISTÓRIA DE PROPÓSITO QUE ATRAVESSA GERAÇÕES

Com 39 anos de história, a Maxflex não nasceu para ser apenas mais uma marca de colchões – nasceu para transformar o sono em um pilar real de saúde, equilíbrio e longevidade. Hoje, são mais de:

• 1 milhão de clientes atendidos.

• 16 anos de certificação ISO 9001.

• 99,59% das entregas no prazo.

• 98,79% de satisfação com o produto.

• E muitas famílias que já estão na terceira geração dormindo em um Maxflex.

TECNOLOGIA QUE ABRAÇA, CIÊNCIA QUE REGENERA

Cada colchão Maxflex é o resultado de uma engenharia de sono pensada para restaurar corpo e mente, com diferenciais exclusivos como:

• alívio de pressão inteligente: o conforto que acolhe, o “abraço que alivia”.

• alinhamento dinâmico: suporte que respeita a anatomia e acompanha o movimento natural.

• arquitetura de sono saudável: conceito que favorece o sono profundo e a regeneração verdadeira.

Mais do que conforto, a Maxflex entrega noites que renovam a vida.

LEGADO, FAMÍLIA E FUTURO

A Maxflex já faz parte da memória afetiva de muitas famílias brasileiras. Não por acaso, três gerações já confiaram seu descanso a essa marca. E esse é apenas o começo. Com inovação constante, compromisso ético e um time movido pelo mesmo propósito, a Maxflex segue sua missão: fazer o Brasil dormir melhor – e mostrar ao mundo que aqui se produz excelência com alma.

MAXFLEX. O SONO QUE O MUNDO RECONHECE. O CONFORTO QUE O BRASIL ESCOLHE.
Sidney Gonçalves, presidente da Maxflex.
A Maxflex é o conforto que o Brasil conhece.

DE DENTRO PARA FORA

LÍDERES SÃO OS PRINCIPAIS

RESPONSÁVEIS PARA TIRAR AS PRÁTICAS ESG DA TEORIA E TRANSFORMÁ-LAS EM PRÁTICA

POR TALITA SOUZA

Lideranças são essenciais para integrar a sustentabilidade à estratégia e à cultura das organizações.

EM GRANDES NEGÓCIOS , as maiores transformações podem até partir do topo, mas não devem parar por aí. Parte importante do papel dos líderes é garantir que princípios como os da agenda ESG (Ambiental, Social e Governança, em português) sejam absorvidos em todos os níveis hierárquicos e orientem desde a estratégia até os processos operacionais, passando pela forma como produtos são concebidos, relações são construídas e decisões são tomadas.

Segundo uma pesquisa da Amcham (Câmara Americana do Comércio para o Brasil), 71% das empresas brasileiras já contam com diretrizes ESG em sua política organizacional, principalmente voltadas à sustentabilidade. Isso sinaliza uma compreensão crescente sobre a importância dessas práticas para a reputação e a competitividade entre as marcas. No entanto, colocar em prática essa agenda exige mais do que boas intenções ou pressões externas: demanda uma liderança resiliente, coerente e comprometida com o impacto em

longo prazo.

Segundo Cláudio Shimoyama, economista e CEO do Grupo Datacenso, incorporar práticas ESG deixou de ser um diferencial para se tornar um critério de sobrevivência econômica no médio e longo prazo. “A gestão de riscos é uma das principais razões para adotar essa agenda. O ESG ajuda as empresas a identificarem e mitigarem riscos ambientais, sociais e de governança que possam afetar diretamente a reputação e o desempenho financeiro”, explica.

Além disso, práticas ESG abrem portas para inovação e novas oportunidades de mercado. “Produtos e serviços sustentáveis atendem a uma crescente demanda de consumidores mais conscientes, que não compram apenas por preço, mas por propósito. Isso agrega valor à marca e aumenta sua competitividade.”

A adesão a essa agenda também favorece a atração de investimentos. “Investidores buscam cada vez mais empresas comprometidas com responsabilidade

socioambiental. Essa postura melhora a reputação da organização e fortalece a relação com consumidores, funcionários e demais stakeholders ”, afirma Shimoyama. Para ele, o ESG também facilita o acesso a financiamentos, reduz custos com multas e garante maior alinhamento com exigências regulatórias nacionais e internacionais.

NA PRÁTICA

Na Itaipu Binacional, o ESG não é uma adaptação recente nem uma resposta ao zeitgeist corporativo atual. “Os conceitos de ESG fazem parte da Itaipu desde muito antes de essa sigla se tornar conhecida como sinônimo de boas práticas”, afirma Enio Verri, diretor-geral brasileiro da empresa. A adesão formal à agenda data de 2005, quando Brasil e Paraguai, países sócios da hidrelétrica, assinaram a Nota Reversal nº 228/2005 — documento que estabeleceu o compromisso de destinar recursos da usina para o desenvolvimento social e ambiental nos dois territórios.

Desde então, os princípios de sus -

A inovação com impacto positivo deve fazer parte do pensamento estratégico das empresas.

tentabilidade, equidade e governança foram incorporados aos instrumentos de gestão, às diretrizes políticas e aos programas da empresa. “Além de iniciativas ambientais reconhecidas internacionalmente, temos ações internas que visam promover um ambiente ético, diverso, inclusivo e comprometido com a sustentabilidade entre nossos empregados. Para a Itaipu, ESG não é uma opção – faz parte da nossa missão”, reforça Verri.

Para Angela Pinhati, diretora de sustentabilidade da Natura, sendo essencial que as práticas de ESG sejam efetivamente incorporadas, é essencial integrá-las à cultura organizacional. “A sustentabilidade, a responsabilidade social e a governança são pilares estratégicos de nossa cultura desde a nossa fundação, em 1969”, afirma. Ela relembra o lançamento do primeiro refil da indústria cosmética brasileira, em 1983, como um exemplo prático de como essas diretrizes sempre nortearam a atuação da empresa.

Hoje, a Natura opera com metas como a de se tornar uma empresa 100% regenerativa até 2050. “Acreditamos que, diante da urgência climática

e do esgotamento de recursos naturais, sustentar já não basta. É preciso restaurar ecossistemas, reduzir desigualdades e promover o bem-estar coletivo de forma integrada”, diz Angela.

Angela complementa que a integração das pessoas ao propósito da empresa é feita por meio do “Somos Natura”, um programa que conecta colaboradores à estratégia de impacto positivo. “Buscamos trazer as nossas causas e cultura como vetores das escolhas estratégicas e, por meio delas, estabelecer uma conexão com as pessoas e a geração de impacto positivo em suas vidas”, afirma.

Para Shimoyama, expressões como “vegano”, “carbono zero” e “ cruelty-free ” deixaram de ser nichadas e ocupam hoje um espaço central no discurso de marca. “As empresas que conseguem comunicar esses atributos com clareza e transparência estão à frente na disputa pela preferência do consumidor.”

DE DENTRO PARA FORA

Shimoyama reforça que implementar o ESG de forma eficaz exige uma estrutura robusta e comprometida, que começa na liderança. “É fundamental

definir metas e objetivos alinhados à estratégia do negócio, capacitar equipes, monitorar indicadores e garantir comunicação transparente com todos os públicos.”

Outro aspecto fundamental do papel da liderança no ESG é a capacidade de adaptar-se a cenários incertos. Existe um outro ponto fundamental que, por vezes, tende a ser negligenciado: a conexão com a cultura, com o propósito diante de mudanças no mercado, em regulamentações e nas expectativas da sociedade.

Mais um diferencial das lideranças que movem o ESG de dentro para fora é a atuação em rede. A Natura mantém, há 25 anos, uma parceria com comunidades amazônicas, envolvendo mais de 10 mil famílias. “Buscamos promover o envolvimento de toda a rede, incluindo fornecedores e consultoras de beleza, na busca por soluções inovadoras”, destaca Angela. Ela menciona, ainda, a importância de abordar a justiça climática — que reconhece os impactos desiguais das mudanças ambientais sobre populações vulneráveis — como parte essencial de uma transição justa e inclusiva.

Colaboradores conectados ao propósito da empresa fortalecem o impacto positivo do ESG no dia a dia corporativo.

Na prática, essa cultura ESG influencia diretamente os rumos da organização — das decisões operacionais à estratégia de longo prazo. “Os temas ESG estão ligados diretamente aos objetivos e norteadores estratégicos da empresa e, consequentemente, aos indicadores táticos que orientam a nossa atuação”, explica Verri. Isso inclui desde a escolha de projetos apoiados e a alocação de investimentos até políticas de compras que priorizem fornecedores comprometidos com os mesmos valores. “Por meio do programa Compras Sustentáveis, damos prioridade a fornecedores que também estejam de acordo com os princípios ESG.”

Esse alinhamento também orienta os processos de inovação. A postura institucional da Itaipu sugere que novas iniciativas são avaliadas à luz de seus impactos sociais e ambientais, além do retorno econômico. É nesse ponto que a empresa destaca seu compromisso com a coerência e o equilíbrio.

NO BRASIL

Mesmo com reconhecimentos nacionais e internacionais, como o prêmio de empresa mais ética do Brasil pelo Ethisphere Institute, Angela reforça que há sempre espaço para evoluir. “Acredito que temos como desafios em andamento aprimorar ainda mais a agilidade na execução de inovações, para que possamos transformar desafios socioambientais em novas oportunidades de negócios.”

O cenário brasileiro também se mostra propício para uma liderança global nessa agenda, especialmente com a realização da COP30 no país, em 2025. “O Brasil, assim como suas empresas, têm um papel de liderança a ser reforçado na agenda climática global”, defende Angela. Para ela, é possível aliar conservação ambiental, valorização do conhecimento tradicional e inovação — tudo isso como parte de um modelo de negócio competitivo e regenerativo.

Para além da atuação corporativa, Enio Verri vê o Brasil como um player-chave na agenda de ESG global. “O Brasil ocupa uma posição estratégica no cenário global de lideranças ESG. Temos um potencial natural para liderar essa agenda e, em breve, vamos sediar

a COP30, deixando essa realidade ainda mais clara para o planeta.” Ele lembra que o país conta com uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, o que reforça seu papel de protagonismo em áreas como biodiversidade, transição energética e combate às mudanças climáticas. “A Itaipu trabalha alinhada com as diretrizes do Governo Federal, investindo em desenvolvimento socioambiental, inovação e energias limpas.”

O economista acredita que o Brasil está em estágio inicial, mas promissor, na implementação de práticas ESG. “Ainda há uma parcela significativa de empresas que não com -

preendem o conceito em sua totalidade. Mas vemos avanços importantes, especialmente no interesse crescente por investimentos sustentáveis, impulsionado pela pandemia e pela pressão por soluções para a crise climática.”

Para que o país avance, Shimoyama aponta a importância da regulação, do engajamento do setor privado e da educação empresarial. “É preciso estabelecer métricas claras, indicadores confiáveis e, principalmente, ampliar o entendimento sobre o que é ESG. Parte das empresas ainda vê como moda, quando, na verdade, trata-se de estratégia de sobrevivência e crescimento.”

A COP29 aconteceu em Baku, no Azerbaijão.

É preciso entender a IA para que ela se torne útil no dia a dia.

INOVAR É PARA POUCOS, APRENDER É PARA TODOS

A

INOVAÇÃO COMO CONVITE AO APRENDIZADO COLETIVO

EM

TEMPOS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

PAREI PARA ESCREVER este texto algumas vezes e, em todas elas, empaquei. O tema desta edição é inovação, e me pareceu pretensioso opinar sobre um território em que me sinto aprendiz.

Essa singela palavra, “aprendiz”, traduz com grande valia minha opinião para o texto de hoje.

Inovar é uma capacidade exercida por poucos, mas que, quando acertada, influencia a vida de muitos.

Acontece que, para qualquer inovação se tornar prática e ajudar de fato o dia a dia das pessoas, ela precisa alcançar a massa. E, para que isso aconteça, cabe aos beneficiados ter curiosidade para aprender.

Aprender, por sua vez, demanda adaptação. Todos nós somos, por natureza, resistentes a mudar. Deve ser da nossa natureza.

Freud ou Jung explicam.

Mas diante da enorme oportunidade

que o mundo tem nos apresentado com a inteligência artificial, a resistência em aprender e se adaptar tem trazido prejuízos.

Quando um time não aprende sobre inteligência artificial, a inovação não pode ser colocada em prática e deixa de ser útil. A preguiça, a acomodação e a estabilidade matam o progresso.

Essa situação me lembra o mito da caverna: um homem um dia sai da caverna e descobre um mundo novo e incrível lá fora. Ao voltar para a caverna, no entanto, ele não consegue convencer os outros, pois estes estão acomodados com a realidade atual.

Para avançarmos como sociedade, faço o convite para que nos permitamos dedicar tempo a aprender, a estudar e a se adaptar.

Respeito o livre arbítrio de quem não quiser se envolver, mas essa é uma causa de construção e adaptação conjunta e que pede o envolvimento de todos.

A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL JÁ

ACONTECEU: E AGORA, GESTORES?

AVANÇAR NA MATURIDADE

DIGITAL É O GRANDE DESAFIO, E ELE EXIGE PESSOAS MUITO BEM PREPARADAS

HOMEM, MÁQUINA, CONEXÃO e inteligência artificial se misturam em todos os aspectos do cotidiano empresarial. A transformação digital não é mais uma tendência: ela já aconteceu. Hoje, toda empresa é, de alguma forma, digital – seja usando a internet para vender, softwares para gerir, automação para produzir ou inteligência artificial para analisar dados e tomar decisões.

A questão central para os gestores não é mais “se” devem digitalizar, mas “como” avançar ainda mais na maturidade digital de suas empresas. O olhar atento para oportunidades de automatizar processos, melhorar a experiência do cliente e otimizar operações é mandatório. Mas digitalizar por digitalizar não faz sentido: se a automação piorar a qualidade ou gerar riscos desnecessários, o tiro sai pela culatra.

Por isso, é fundamental buscar parceiros estratégicos e especialistas para conduzir esse processo. As “Big Four” de auditoria e consultoria, por exemplo, contam com times especializados em digitalização, capazes de avaliar a estratégia da empresa e recomendar soluções sob medida. Empresas como a Totvs, maior companhia de software do Brasil,

e a Teltec, representante de gigantes como Microsoft e Cisco, atuam diretamente na estratégia de digitalização e automação, ajudando negócios a identificar e implementar as melhores ferramentas de software e hardware.

No segmento da construção civil, a Softplan é um exemplo de parceira estratégica que está digitalizando construtoras brasileiras com soluções como Sienge e Prevision. Já empresas como a RD Station levam a digitalização para o marketing e a gestão de relacionamento com clientes.

O recado é claro: existem parceiros para cada etapa e setor, e cabe ao gestor buscar quem realmente entende do assunto. A evolução tecnológica traz consigo um desafio ainda maior: a necessidade de pessoas capacitadas para trabalhar com softwares, robôs e inteligência artificial. Empresas digitais e autônomas precisam de menos braços e mais cérebros. A capacitação torna-se imprescindível – não basta ter máquinas e sistemas sofisticados, é preciso ter times igualmente sofisticados para operá-los, interpretá-los e extrair valor deles.

Não se trata mais apenas de recursos humanos, mas de relações híbridas entre mentes, máquinas e

Hoje, as empresas precisam ter maturidade digital para darem andamento aos seus negócios.

emoções. Muitas vezes, isso exige uma reconfiguração do quadro de colaboradores: treinar os talentos atuais para novas funções ou trazer profissionais com competências digitais avançadas.

A transformação digital, ao contrário do que muitos pensam, não deixa a gestão mais fácil. Ela eleva o nível de exigência. Os gestores precisam ser ainda melhores, mais estratégicos e abertos ao novo. O futuro pertence às empresas que conseguem unir tecnologia, processos otimizados e pessoas capacitadas.

COMPROMISSO DO WTC

No WTC, estamos sempre trazendo especialistas para debater e compartilhar as melhores práticas em digitalização. Buscamos a automação dentro da própria empresa, nos nossos prédios e operações, porque entendemos que não há mais tempo para discussão: é preciso correr atrás. O mundo já é digital – e as empresas que não acompanharem essa realidade simplesmente não vão sobreviver.

Sua empresa está preparada para esse novo patamar de exigência? A transformação digital já aconteceu –agora, o desafio é avançar, inovar e preparar pessoas para um mundo onde tecnologia e talento caminham juntos.

EDUCAÇÃO CORPORATIVA PARA ENFRENTAR A COMPETITIVIDADE GLOBAL

EMPRESAS PREPARAM SEUS

PROFISSIONAIS E INVESTEM NO PERFIL DE QUEM SE ATUALIZA CONSTANTEMENTE

PROFISSIONAIS QUE NÃO se atualizam, não se especializam e não buscam conhecimento constantemente ficam para trás, porque o mercado exige cada vez mais preparo. Cientes dessa necessidade, que cresce com o aumento da competitividade global, as empresas ampliam e aceleram seus programas de educação corporativa, sempre em busca do profissional mais qualificado.

Uma visão prática e atualizada de como os programas desenvolvem competências para atuar em ambientes internacionais foi oferecida aos participantes do Fórum de Competitividade do World Trade Center (WTC) Curitiba, realizado em maio, em parceria com a TOPVIEW Business. O evento reuniu especialistas para debater “Educação Corporativa para Competitividade Internacional”, com mediação de Emmanuele Mourão Spaine, headhunter na Manu Mourão Consulting e vice-presidente do WTC.

A mensagem foi clara: estudar, especializar-se, aprender em modo constante, dominar outros idiomas. Mas também participar de grupos, como os clubes de negócios, em que é possível se atualizar e fazer networking, práticas que ajudam a carreira e abrem portas para novas oportunidades. No cenário internacional, a competitividade é acirrada e, para crescer, é preciso ser verdadeiramente mais apto que os pares ao redor do mundo. Não à toa, relatório da Fundação Nacional de Política Americana (NFAP, na sigla em inglês), revela que imigrantes e filhos de imigrantes, que precisam investir dobrado em suas competências para vencer sua condição de não nativos, fundaram

mais da metade das startups bilionárias dos Estados Unidos.

Segundo Elaine Parisotto, gerente de Pessoas &amp, Cultura, Comunicação e Sistemas de Gestão AL na Volvo Group, a empresa tem investido no desenvolvimento das lideranças para que elas possam atuar na formação de times colaborativos. “Trabalhamos muito na lógica dos times e da colaboração. Nesse sentido, aspectos multiculturais são essenciais em multinacionais e em países como o Brasil, que reúne pessoas de estados e nações diversas.”

OUTROS IDIOMAS

Ela pontua que o domínio de outros idiomas é indispensável, mas vem percebendo uma queda no interesse por esse aprendizado, em especial do inglês, talvez por um excesso de dependência de ferramentas digitais de tradução e inteligência artificial. E alerta: “Infelizmente, temos pessoas perdendo grandes oportunidades por conta disso.”

O domínio do espanhol também é fundamental para o ambiente de negócios na América Latina, mas acaba sendo negligenciado. “Muitas vezes os brasileiros acham que entendem os falantes de espanhol, e que eles entendem o português, mas isso não

acontece em questões técnicas, do dia a dia e até no jeito de fazer as tarefas. As culturas de trabalho são diferentes”, complementa.

Na visão acadêmica, Anara Wisnievski, professora de Negócios e Relações Internacionais na FAE Centro Universitário e consultora em negócios internacionais, destaca a importância da formação prática. “Dentro da graduação, temos um viés bastante prático com programas específicos, como o de internacionalização de mercados, oferecido para empresas. E entendemos a graduação como necessária, por conta de todo o embasamento oferecido. Muitos alunos chegam com uma maturidade diferente, e aqueles que partem direto para uma pós-graduação, apenas com suas vivências de mercado, muitas vezes, chegam despreparados para as necessidades exigidas pela pós”, afirma Wisnievski.

Ela também ressalta o papel dos idiomas na formação. “Temos disciplinas ministradas em inglês e espanhol no curso de Negócios e Relações Internacionais, com direcionamento prático para além das disciplinas de inglês e espanhol, que também são oferecidas. E parcerias desenvolvidas com consulados de Curitiba”, explica.

POR ANDRÉ NUNES
Fórum de competitividade educação corporativa.

CRESCIMENTO E SOLIDEZ

QUE INSPIRAM O MERCADO

UNIMED CURITIBA LIDERA SAÚDE COMPLEMENTAR BRASILEIRA, COM RITMO ACELERADO DE CRESCIMENTO E INVESTIMENTOS

A UNIMED CURITIBA prevê fechar 2025 com um faturamento de R$ 4 bilhões, quase 20% acima do resultado de 2024, que, por sua vez, superou em 4,54% o do ano anterior. Em contraposição, para entendermos o cenário, a média do setor foi de 1,68%, pelo menos duas vezes menor.

Agora, imaginemos uma empresa que gerencia contratos, desejos e ansiedades de 650 mil clientes, também conhecidos como pacientes. Esse número tem crescido à razão de 28 mil ao ano.

Um caixa robusto de R$ 750 milhões garante a segurança da sua operação, de sua expansão e das exigências de reserva perante a Agência Nacional de Saúde (ANS), em um cenário marcado por falências e dificuldades de grandes marcas de operadoras de saúde.

O resultado econômico de 2024 da cooperativa de médicos criada há 53 anos permitiu remunerar as quotas-partes dos sócios com pagamento de Juros sobre o Capital Próprio (JCP) no valor de R$ 39,7 milhões e entregar sobras aos seus cooperados no valor de R$ 22,1 milhões.

Sob a presidência desde 2018 do médico Rached Traya, a cooperativa vem crescendo em ritmo acelerado. O faturamento no período avançou cerca

de 70%. O número de vidas subiu de 530,3 mil para 649,3 mil, e o de médicos cooperados de 4,5 mil para 4,9 mil.

Seu estilo de trabalho impulsionou a expansão da rede – que, hoje, conta com 369 prestadores credenciados e 22 unidades próprias – e fortaleceu a governança e o engajamento dos médicos cooperados.

O resultado é uma empresa reconhecida pela excelência assistencial, sustentabilidade financeira e alto índice de satisfação entre seus profissionais. Com investimentos robustos em infraestrutura, programas de promoção à saúde e inovação, a cooperativa mantém o compromisso de oferecer atendimento de qualidade e gerar impacto positivo na comunidade. O reconhecimento por certificações como o selo ONA nível 3 e prêmios de reputação e ambiente de trabalho reforçam a reputação de uma empresa que alia resultados econômicos expressivos a uma gestão ética, transparente e orientada pelo cuidado.

Conheça a seguir um pouco do

pensamento empreendedor de seu presidente:

Como o senhor gosta de se apresentar?

Sou médico proctologista formado pela PUC-PR, com longa atuação no pronto-socorro do Hospital do Trabalhador. Filho de imigrantes árabes, sou presidente da Associação Árabe de Beneficência do Paraná (Saben) e sempre acreditei no cooperativismo como modelo de gestão. No lazer, valorizo o tempo com a família, gosto de viajar, assistir a shows e sou baterista da banda Los Los. Meus outros interesses incluem música e literatura, incluindo a cultura árabe.

E como prefere apresentar a Unimed Curitiba em relação ao mercado nacional de planos de saúde?

A Unimed Curitiba é a maior operadora de planos de saúde do Paraná e figura entre as quatro maiores do Brasil em faturamento e número de vidas atendidas. Sua participação de mercado supera 44% em sua área de atuação, consolidando sua liderança regional e relevância nacional.

Rached Traya é presidente da Unimed Curitiba.

Qual é a sua história na cooperativa?

Construí minha trajetória como médico cooperado desde 1993, passando por funções técnicas e administrativas, até chegar à presidência. Tentei construir uma liderança agregadora, com visão estratégica e foco em inovação, olhando para a expansão da rede, o fortalecimento da governança e o alto índice de satisfação dos médicos cooperados.

Como a Unimed Curitiba investe em infraestrutura e inovação?

Fizemos investimentos importantes, como a revitalização e modernização do Hospital e Maternidade Nossa Senhora de Fátima, que aumentou em 76% o número de consultas eletivas e ampliou a oferta de serviços especializados em ginecologia, obstetrícia e neonatologia. Novas unidades assistenciais foram inauguradas, como a reativação da unidade em Araucária e o Espaço Saúde, no ParkShoppingBarigüi, voltado à promoção de hábitos saudáveis. A cooperativa também lançou o Sinapse Unimed Curitiba, serviço inovador para agilizar o atendimento de clientes de outras cidades.

Quais são os diferenciais assistenciais e de promoção à saúde?

A Unimed Curitiba mantém programas estruturados de promoção à saúde e prevenção de doenças, com cinco linhas de cuidado: materno-infantil, gerenciamento de crônicos, jovens e adultos, atenção ao idoso e saúde empresarial. Essas iniciativas estimulam hábitos saudáveis e o protagonismo dos clientes em seu próprio bem-estar. O movimento nacional Mude1Hábito, do Sistema Unimed, também é amplamente promovido pela cooperativa. Como a cooperativa atua em responsabilidade social e sustentabilidade?

O Instituto Unimed Curitiba lidera ações de responsabilidade socioambiental, com investimentos de quase R$ 1,5 milhão em projetos comunitários em 2024.

Quais certificações e reconhecimentos a Unimed Curitiba conquistou recentemente?

A cooperativa obteve o selo ONA Nível 3 – Acreditado com Excelência, máxima certificação da Organização Nacional de Acreditação, e foi reconhecida pelo Great Place To Work como uma das melhores empresas para se trabalhar no Paraná. Também ficou em 3º lugar no Prêmio Reclame AQUI, sendo a única do Sistema Unimed a figurar entre as grandes operações de planos de saúde no ranking nacional.

Como foi sua aproximação com o sistema cooperativista e o que o levou a disputar a presidência da Unimed Curitiba?

Sempre acreditei no associativismo, pois sei que, juntos, podemos fazer melhor. Por isso, desde o início da profissão, busquei modelos de cooperação. Além da atuação dentro da Unimed Curitiba, também presidi a Copamed (Cooperativa de Medicina de Curitiba), responsável pela prestação de serviços médicos no pronto so-

corro do Hospital dos Trabalhadores.

O que faz da Unimed Curitiba uma inspiração para as Unimeds em todo o país?

Mesmo em meio às mudanças na Medicina, na relação do médico com seu paciente e também no contexto da saúde suplementar, mantivemos a essência que motivou os 23 médicos a fundarem nossa cooperativa: o cuidado.

Quais são os próximos investimentos previstos?

Estamos lançando um serviço exclusivo chamado Sinapse Unimed Curitiba. De agosto a dezembro de 2024, foram atendidas 116 demandas de outras Unimeds para busca de serviços de alta complexidade na área de atuação da Unimed Curitiba. Esse é um projeto do nosso bureau de inovação. Também devemos ter a aprovação dos cooperados para um novo equipamento assistencial na Região Metropolitana de Curitiba, com o objetivo de evitar a necessidade de longos deslocamentos dos nossos pacientes e clientes.

Rached é presidente da Unimed desde 2018.

A JURÍDICAINOVAÇÃOCOMO PILAR DO ESG:

RESPONSABILIDADE, ESTRATÉGIA

E

FUTURO

EMPRESAS ENFRENTAM DESAFIOS IMPOSTOS PELA GLOBALIZAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL, EXIGINDO ADAPTAÇÃO AOS CRITÉRIOS DE ESG

O AVANÇO DA globalização e a aceleração da transformação digital vêm impondo mudanças rápidas e desafios complexos às organizações. Diante dessa nova realidade, é inevitável repensar modelos tradicionais: prosperidade econômica já não pode ser medida apenas sob o prisma financeiro como, também, pela capacidade de alinhar práticas empresariais às novas dimensões jurídicas, sociais e ambientais. O resultado é uma tensão crescente entre valores corporativos declarados e práticas efetivas, cenário que exige respostas estratégicas e jurídicas imediatas. A sustentabilidade, hoje refletida nos critérios ESG — ambientais, sociais e de governança —, deixou de ser uma escolha reputacional para tornar-se uma exigência legal. Empresas são cada vez mais chamadas a adotar práticas verificáveis e sólidas, sob pena de sanções administrativas, civis e até penais. O ordenamento jurídico, que já prevê obrigações claras de responsabilidade socioambiental e de integridade corporativa, impõe a necessidade de mudança concreta nas estruturas empresariais.

Nesse contexto, a inovação jurídica torna-se essencial para assegurar não

apenas a perenidade, mas, também, a competitividade dos negócios. A evolução normativa é evidente: a Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013) e a Resolução nº 4.945/2021 do Banco Central, entre outras normas em vigor, exigem uma nova postura empresarial, baseada em políticas estruturadas de integridade, transparência e responsabilidade socioambiental. A atuação corporativa, antes focada apenas na eficiência econômica, agora exige conformidade contínua com princípios de governança e sustentabilidade.

Adaptar-se a essa nova realidade demanda medidas concretas e planejadas. Revisar contratos comerciais, atualizando cláusulas para refletir compromissos ambientais e sociais; implementar programas de compliance ESG que envolvam treinamento de colaboradores, avaliação criteriosa de terceiros e canais de denúncia estruturados; elaborar relatórios de sustentabilidade alinhados a padrões internacionais reconhecidos; e integrar a gestão de riscos socioambientais às decisões empresariais são práticas indispensáveis.

Mais do que atender às exigências normativas, essas ações preservam o

valor de mercado das empresas, fortalecem a posição competitiva e atraem investidores, clientes e parceiros cada vez mais atentos ao compromisso real com o ESG. A inovação jurídica, nesse cenário, é a ponte entre o risco e a oportunidade: quem se antecipa não apenas mitiga sanções e litígios, mas, também, consolida vantagens estratégicas em mercados que exigem responsabilidade como requisito de acesso.

A efetiva implementação dessas práticas exige o suporte de uma assessoria jurídica especializada, capaz de estruturar soluções preventivas, corrigir vulnerabilidades e assegurar a constante atualização às mudanças legislativas. A gestão jurídica contemporânea precisa ser dinâmica, integrada e voltada à preservação dos ativos empresariais e reputacionais.

Inovar juridicamente é, portanto, proteger o presente e garantir a relevância futura. No ambiente de negócios atual, empresas que atuam de forma estratégica e proativa em relação ao ESG não apenas atendem à legislação vigente: consolidam sua sustentabilidade e ampliam suas oportunidades de crescimento em um mercado que premia responsabilidade e inovação.

O ESG é uma realidade dentro das empresas hoje.

No Brazilian Regional Markets, reforcei o papel da comunicação regional para alavancar o desenvolvimento dos estados.

Eduardo Bekin, presidente do Invest Paraná.

PONTES QUE ALAVANCAM O CRESCIMENTO REGIONAL

EM NOVA YORK, FALEI PARA INVESTIDORES SOBRE O PAPEL ESTRATÉGICO DE GRUPOS DE COMUNICAÇÃO REGIONAIS, COMO O GRUPO RIC

O BRASIL É feito de muitos “Brasis” – e cada um deles precisa de grupos regionais fortes, conectados e comprometidos com o seu desenvolvimento. Essa é uma das principais missões do Grupo Ric, que atua na comunicação regional, valorizando o sotaque local e buscando oportunidades para o crescimento, que melhora a vida de todos. Com esse propósito, participei em maio da segunda edição do Brazilian Regional Markets (BRM), realizada no Harvard Club de Nova York. O evento internacional, promovido pela Apex Partners, reuniu líderes empresariais, governadores, investidores e formadores de opinião para discutir caminhos concretos para fortalecer as economias locais e descentralizar investimentos, tirando o foco do eixo Rio-São Paulo. O convite para participar do painel “Construindo Pontes para Alavancar o Desenvolvimento Regional” foi uma oportunidade de reforçar um ponto fundamental: os grupos regionais de comunicação são agentes estratégicos no desenvolvimento dos estados. Somos muito mais do que veículos de informação; somos vitrine, espelho e inspiração para as potencialidades que

acontecem fora dos grandes centros.

O BRM mostra a um público internacional, da maior qualificação, o potencial dos mercados regionais brasileiros, como as oportunidades de negócios que nascem no interior do país. Ao lado de lideranças como Américo Buaiz Neto (Rede Vitória), Fernando Cinelli (Apex Partners) e Tallis Gomes (G4 Educação), debatemos o papel da comunicação regional, da formação de lideranças e do acesso ao capital como pilares para descentralizar o crescimento do Brasil.

A iniciativa busca atrair investimentos para estados que têm vocações e potencial próprios para crescer e gerar oportunidades. Nosso papel, como grupo regional de comunicação, é fundamental para dar visibilidade ao que está acontecendo de bom em políticas públicas, negócios e desenvolvimento humano por todo o país. Levamos para o debate nacional e internacional as histórias, conquistas e desafios de um Brasil plural, que pulsa em cada canto do território.

Informação, hoje, está em todo lugar, especialmente no mundo digital. Mas a conexão genuína com o mer-

cado local – com o agronegócio do Paraná, com o setor imobiliário de Londrina, com a indústria de Maringá, entre tantos outros – só se constrói com quem fala a linguagem, entende os hábitos e conhece as necessidades de cada comunidade. É por isso que defendemos que cada região do Brasil deve ter veículos de comunicação fortes, capazes de criar pontes para discutir temas locais e impulsionar o desenvolvimento.

O Grupo Ric, com atuação em todo o sul do Brasil e forte presença nacional, foi reconhecido no BRM como exemplo de mídia comprometida com o desenvolvimento regional. Saímos do evento em Nova York ainda mais motivados a seguir promovendo o desenvolvimento humano, econômico e social das nossas regiões. O futuro do Brasil passa, necessariamente, pela descentralização dos investimentos e pelo fortalecimento dos mercados regionais. Seguiremos, no Grupo Ric, sendo uma ponte entre investidores e oportunidades, entre políticas públicas e demandas reais, entre o Brasil dos grandes centros e o Brasil que cresce em cada uma das suas regiões.

O futuro está na Record

COM FORTE PRESENÇA NACIONAL E REGIONAL, COMO NO PARANÁ, COM A RIC TV, O CANAL INVESTE EM ESPORTES, DRAMATURGIA

E NO AMBIENTE DIGITAL PARA SE CONECTAR COM DIFERENTES PÚBLICOS

POR ANANDA OLIVEIRA

A RECORD TV vive um momento de renovação e crescimento. Em 2025, a emissora reforça seu posicionamento como um grupo de mídia multitelas, com investimentos que vão do futebol à dramaturgia, passando por realities de sucesso, jornalismo reconhecido e uma atuação digital cada vez mais ampla. Regionalmente, essa estratégia se fortalece por meio de afiliadas como a RICtv, que leva o sinal da emissora a centenas de municípios paranaenses.

Entre os grandes marcos dessa fase, está a volta do futebol à grade da emissora. O Brasileirão e os campeonatos estaduais, entre eles o Paranaense, transmitido pela RICtv, devolvem à Record um lugar de destaque nas transmissões esportivas. Para Marcus Vinícius Vieira, CEO da emissora, o impacto é visível. “A aquisição do futebol certamente foi um giro nessa visão pela qual a Record passa hoje, não só em nível nacional, mas, também, regional. Isso mudou a percepção do mercado em relação à emissora.”

Luiz Cláudio Costa, presidente da Record, complementa: “O futebol voltou para a Record para ficar. A estrutura que montamos é sólida. Hoje, esse é um produto de ponta, ao lado das nossas novelas e do nosso jornalismo, que se tornou referência nacional.”

O entretenimento também permanece como um dos pilares da emissora. Programas consagrados, como A Fazenda , seguem com altos índices de audiência e engajamento. Já o reality Power Couple Brasil estreou sua nova temporada com Felipe Andreoli e Rafa Brites à frente da apresentação. A grade também se renova com formatos inéditos no Brasil, como Love & Dance , baseado em um programa britânico que mistura paquera e dança, e o Game dos 100 , em que cem participantes competem por um prêmio de R$ 300 mil.

Na dramaturgia, a emissora man -

tém produções próprias e exibição de títulos internacionais. “Continuamos investindo bastante nesse segmento. Temos parcerias, como com a produtora Seriella, e novas novelas em desenvolvimento. Há ainda projetos para a linha de shows, que devem estrear em 2026”, adianta o CEO.

Mas não é só na TV aberta que a Record se expande. O grupo atua fortemente no digital, com presença nas redes sociais, no portal R7 e no streaming PlayPlus, que, a partir do segundo semestre, ganha um novo nome e passa a se chamar RECORDPlus. “A Record não é mais apenas uma emissora de televisão. É um grupo de multimídia. Estamos ocupando todas as telas: do televisor ao celular, passando por tablets e outras plataformas”, afirma Marcus Vieira.

Essa diversidade de canais de comunicação também é sustentada pela força regional. No Paraná, a RICtv cumpre um papel estratégico, com sede em Curitiba e cobertura de 319 municípios. Além de retransmitir os grandes programas da rede nacional, a afiliada aposta em jornalismo local e na valorização do esporte estadual.

Luiz Cláudio Costa finaliza com uma visão otimista e firme sobre o papel da emissora: “A televisão continua sendo o principal ator na casa do brasileiro. Seja na tela grande ou no aplicativo, é o conteúdo da TV que faz a diferença. E a Record vai continuar acreditando no Brasil, no esporte, na cultura e no jornalismo, porque a gente faz o melhor jornalismo do mundo aqui no Brasil.”

Luiz Cláudio Costa, presidente da Record, Marcus Vinícius Vieira, CEO da Record, Leonardo Petrelli, presidente do Grupo Ric, e André Dias, superintendente de rede da Record.

LÍDER NA DISPUTA

SERGIO MORO É APONTADO COMO LÍDER NA DISPUTA PELO GOVERNO NO ESTADO EM 2026

PESQUISAS DOS MAIS diferentes institutos colocam Sergio Moro como líder na disputa pelo governo do estado em 2026. Com mais de um ano até o pleito e uma instabilidade partidária provocada pela recém-constituída federação União Progressista, o ex-juiz da Lava Jato prefere deixar a decisão para o fim do ano. Em entrevista exclusiva à TOPVIEW, Moro se posicionou sobre temas palpitantes do noticiário.

O senhor será candidato ao governo do Estado em 2026?

Tratar das eleições do governo de 2026 não é a pauta do momento. Meu foco é o Senado, temos projetos importantes. Faço oposição ao governo federal, que é muito ruim, e estamos buscando construir pautas positivas, especialmente na área da segurança. Agora, no próximo ano ou talvez até o final deste, vou tomar a decisão se concorro ou não ao governo estadual.

O que precisa melhorar no Paraná?

O Paraná tem um setor privado pujante que fez com que o PIB seja atualmente o quarto do país. O estado precisa ser líder do IDH no país e pode avançar mais em educação, saúde e desenvolvimento econômico. Na segurança, o Paraná está bem melhor do que a média

do país, mas tem os piores indicadores dos estados do Sul e também perde para São Paulo.

O senhor é à favor da instalação da CPMI para apurar o escândalo do INSS?

Sou a favor e assinei o pedido de instalação. Esse escândalo foi um grande roubo contra os aposentados. No início do governo Lula, houve um salto gigantesco do desconto desses beneficiários e sem a autorização deles, como apontam as investigações. É o governo do PT se superando.

Esse escândalo pode se tornar maior do que a Lava Jato?

A gente chegou a pensar que o Mensalão era o maior caso de corrupção do governo do PT, depois, veio o Petrolão e, agora, esse roubo no INSS. O desmantelamento do sistema de prevenção e combate à corrupção ocorrido nesse governo acabou aumentando a ousadia dos criminosos.

Outro debate é a anistia aos envolvidos no 8 de janeiro.

Eu sou a favor da anistia e, se o projeto for colocado, devo votar favoravelmente. É claro que invasões e destruição de patrimônio público são reprováveis. Mas pessoas estão sendo punidas com

rigor excessivo. Não tem como justificar que aquela moça, Débora Rodrigues, que pintou com batom a frase ‘Perdeu, mané’ na estátua em frente à Corte, tenha sido condenada a 14 anos de prisão.

O STF exagerou?

Eu, como juiz, sempre fui rigorosíssimo, mas jamais aplicaria penas como essas do Supremo, que errou muito a mão nesses julgamentos. Há uma desconfiança sobre o sistema de justiça e o STF deveria fazer uma revisão de determinados posicionamentos, como essas penas excessivas e anulações injustificáveis das condenações da Lava Jato. Davi Alcolumbre pediu sua ajuda no texto alternativo ao projeto da anistia...

O projeto de redução das penas ainda é só uma hipótese e só terá lugar caso o projeto da anistia, que é preferencial, não seja pautado.

Isso não pode criar um problema com os bolsonaristas que não querem texto alternativo?

Não, porque defendo também a anistia. Aliás, estive na manifestação recente na Avenida Paulista, nenhum outro senador paranaense ou potencial candidato ao governo do Paraná esteve lá.

UM ENCONTRO COM O BRASIL

NOMES HISTÓRICOS LIGADOS AO PSDB DEFENDEM QUE É HORA DO PAÍS VIRAR A PÁGINA DA POLARIZAÇÃO POLÍTICA DE UMA VEZ POR TODAS

O EX-MINISTRO DE Fernando Henrique Cardoso, Pimenta da Veiga, e o ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo estiveram em Curitiba especialmente para o lançamento do livro e do documentário em homenagem a Mário Petrelli, fundador do Grupo Ric. Eles conversaram, com exclusividade nesta coluna, sobre os rumos políticos do Brasil.

O país ainda está polarizado?

Eduardo Azeredo: Vivemos um processo de polarização que nunca aconteceu. Dois lados opostos e radicalizados. Nós tínhamos uma oposição ao PT que dava para conversar. Hoje não.

E, dentro dessas pautas conectadas a esses polos, há a possibilidade de que essas federações, fusões e configurações também possam levar a essa visão de centro para as próximas eleições. Esse é o nosso desejo. É uma necessidade que o Brasil se encontre.

Pimenta da Veiga: O país está radicalizado. A convergência é o que pode fazer com que o Brasil encontre rumo e possa crescer. O que está faltando é um conjunto de ideias que possa abrir esperanças para os brasileiros, com alguém que supere divergências ideológicas.

E a condução de Lula à frente da Presidência da República?

Eduardo Azeredo: Tínhamos a expectativa de que o presidente Lula lançasse pontes. Infelizmente, não aconteceu. O presidente tem uma visão, nesse seu terceiro governo, muito apartada, uma visão um pouco mais rancorosa, digamos assim. Por outro lado, Bolsonaro também insiste reagindo contra

a questão de que houve uma ruptura, uma preparação para uma rebelião. Não vou chamar de golpe, mas uma rebelião contra o resultado das eleições. Nós vivemos um prolongamento dessa crise.

Pimenta da Veiga: A polarização vai tentar dar destaque a assuntos que não são problemas verdadeiros. Isso interessa aos que querem polarizar e tem dois grandes beneficiários: Lula e Bolsonaro. Espero que agora o Brasil possa ver um novo cenário.

A terceira via terá cenário favorável nas eleições de 2026?

Eduardo Azeredo: Esse seria um momento diferente das eleições anteriores. O centro é o caminho que nós temos para um governo mais produtivo. O próprio governador Ratinho aparece bem, o governador Eduardo Leite, o governador Tarcísio… agora, precisariam se unir. Eu prefiro a opção

de união do que deixar para se unir só no segundo turno.

Pimenta da Veiga: Na eleição passada, houve a opção pelo o que o eleitor considerou menos negativo. O eleito não foi eleito pelas suas qualidades, mas pelos defeitos de seu opositor. Espero que em 2026 surja um candidato que apresente um conjunto de ideias novas, atuais e modernas. O governador de São Paulo seria um nome com apoio, mas tenho para mim que, por várias razões, não será candidato. E quero aproveitar, porque estou no Paraná, para dizer que um nome que pode empolgar o Brasil é o do governador Ratinho, porque ele terá um governo exitoso no Paraná, tanto que aqui tem uma larga aprovação. Agora, é preciso ver o que os brasileiros querem e se ele vai apresentar um conjunto de ideias para esse momento.

Rafaela Moron e Eduardo Azeredo.
Rafaela Moron e Pimenta da Veiga.

SOCIAL VIEW

Festas, eventos comerciais e muitas datas festivas! Diversas personalidades se reuniram e agitaram Curitiba e várias cidades de todo o mundo nas últimas semanas.

FESTIVAL DE MÚSICA

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MÁRIO E DIRCÉA PETRELLI

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DIA DAS MÃES

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LANÇAMENTO TOPVIEW

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EVENTO DE LANÇAMENTO NOVA LINHA DE DERMOCOSMÉTICOS

A Natura realizou um evento exclusivo para apresentar sua nova linha de dermocosméticos, a Chronos Derma, na Mansão Jardino, em Curitiba. O evento marca a entrada da Natura no mercado de dermocosméticos.

O fundador e presidente do conselho administrativo do Grupo O Boticário, Miguel Krigsner, foi o convidado da sétima edição do News Idea for Life, evento em formato de bate-papo promovido pelo Hospital INC para apresentar trajetórias inspiradoras.

SENNA TOWER NOVA ERA PARA O SETOR

Com mais de 550 metros de altura, o Senna Tower — futuro edifício residencial mais alto do mundo — foi oficialmente apresentado em Balneário Camboriú (SC), em um evento para convidados. A celebração marcou o início de uma nova era para o mercado imobiliário brasileiro.

Fabiana Paes e Paula Drummond.
Marcia Huçulak e Miguel Krigsner.
Francisco e Jean Graciola.
Thaila Ayala.

MAIOR FESTIVAL DE MÚSICA ELETRÔNICA DO BRASIL

Curitiba recebeu a edição comemorativa de dez anos do Warung Day Festival. O evento se consagra como o maior festival de música eletrônica do Brasil e recebe, há dez edições, os mais importantes nomes nacionais e internacionais do segmento.

WARUNG DAY 2025
Nathalia Blase, Samuel Guerreiro, Felipe Casas, Jhonathan França e Caroline Ringilski.
Pietra Valentina.
Rafa Gomes.
Luisa Foresti.
Felipe Casas e Luana Maier.
Amanda Capellani, Gabriela Freire, Felipe Casas e Jéssica Mello.
Amanda Capellani, Gabriela Freire, Felipe Casas e Jéssica Mello.

NOITE EMOCIONANTE

MÁRIO E DIRCÉA PETRELLI

O auditório Regina Casillo foi palco de uma noite emocionante, reunindo convidados para o lançamento de duas obras que resgatam e celebram a trajetória de duas figuras fundamentais na comunicação e no empreendedorismo do sul do Brasil: Mário José Gonzaga Petrelli e Dircéa Corrêa Petrelli. O livro Mário Petrelli, O Conciliador e o documentário Mário e Dircéa, o Valor de um Legado, foram apresentados ao público em um evento que mesclou memória, emoção e reconhecimento.

Mário José Petrelli Filho e Beto Richa.
Ernani e Tânia Bookin, Carlos Marassi, Paulo e Vera Pimentel e Sergio Botto.
Leonardo Petrelli e Carlos Eduardo Canto.
Mário, Leonardo, Karla e Eduardo Petrelli.
Eduardo Pimentel e Leonardo Petrelli.
Vânia Dalmaz, Márcia Almeida e Leonardo Petrelli.
Sergio e Rosangela Moro e Karla e Leonardo Petrelli.
Gilson e Simone Yared e Karla e Leonardo Petrelli.
Mounir Chaowiche, Leonardo Petrelli e Glaucio Geara.
Jackson Pires, Leonardo Petrelli, Eduardo Figueira e Gilson Yared.
Jasson Goulart e Leonardo Petrelli.
Borges da Silveira, Leonardo Petrelli e João Elisio.
Regina Kracik, Karla Petrelli, Leonardo Petrelli e Eliane Kracik.
Simone Yared, Andréa Brentar, Karla Petrelli, Mônica Buffara Petrelli, Luciana Petrelli, Rossana Lazzarotto, Silvia Ched Salton, Vânia Dalmaz e Márcia Almeida.

ANA CLAUDIA MICHELIN

RYCO
Mirian Grupemacher.
Emmanuelle Bertoldi.
Renata Martinez.
Luciana Martins de Oliveira.
Jeanine Tacla.
Ana Claudia Michelin.
Esther Casagrande.
Flávia Bichels.
Sabrina Rui e Marcele Poiani.

LANÇAMENTO DIA DAS MÃES

A Mixed Curitiba recebeu suas convidadas para o lançamento da Coleção Dia das Mães 2025. A coleção Ninho traz como referências o colo de mãe, com todo o aconchego e o carinho em que os filhos vão se abrigar.

MIXED CURITIBA
Bity Martinez.
Christiane Almeida.
Tayse Martinez a Aron Degtiar.
Sueli Brofmann.
Samarah Silva.
Helena Garcia. Dani Brum.

EXPERIÊNCIA ALMOÇO ESPECIAL

Aconteceu, no Spot 105, um almoço em homenagem a algumas mulheres especialmente selecionadas para viver uma experiência gastronômica do menu preparado pelo Spot Gastronomia.

O almoço foi realizado no Spot 105.

Almeida.

André Babka, Gabi Menta, Isabela Zago Zetola e Afonso Braga Neto.

LANÇAMENTO TOPVIEW EDIÇÃO AMOR E NOIVAS

Em um evento no Spot 105, a TOPVIEW lançou sua nova edição, a de Amor e Noivas, que traz o casal Afonso Braga Neto e Isabela Zago Zetola estrelando a capa e o editorial de moda.

Ana Lecticia Mansur e Roberto Teixeira de Freitas.

IMERSÃO POÉTICA ARTE, MEMÓRIA E EXISTÊNCIA

A artista Ana Lecticia Mansur e seu marido, Roberto Teixeira de Freitas, na vernissage da sua exposição EXISTÊNCIA, no Museu Guido Viaro. A mostra reúne 18 obras que convidam o público a uma imersão poética entre arte, memória e existência.

Luciana
Laura Varella, Sabrina Mugiati e Rafaela Kaesemodel.
Convidadas reunidas.

BERCÉ

NOITE DE LANÇAMENTO

A Bercé, empresa de perfumaria de nicho, realizou um evento de lançamento desenhado para trazer aos convidados uma experiência sensorial única. Oito perfumes puderam ser experimentados e os convidados conheceram mais sobre as notas de cada produto e escolher o seu preferido. Para uma experiência auditiva, Marcelo Archetti encantou com sua voz e violão, assim como o discurso da fundadora, que emocionou a todos.

Ana Lucia Hyczy, Cátia Alves, Larissa Hyczy Bacila e Tatiana Hyczy.
Tita Werner, Cátia Alves, Ana Clara Leisner e Letícia Leisner.
Walkiria Nossol, Cátia Alves e Paulo Lobo.
Felipe Salomé, Cátia Alves e Ana Bárbara Sória Villas Boas.
Cátia Alves, Bianca Glaser Vidal, Gustavo Vidal e Niroá Glaser.
Cátia Alves e Fernando Bonamico.
Beth Palazzo e Cátia Alves.

POSSE INSTITUTO DE ENGENHARIA DO PARANÁ

Em uma cerimônia, foi empossada a nova diretoria do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) para o mandato 2025-2027, além dos membros dos conselhos deliberativo e fiscal. “Durante a campanha, atualizamos oito planos de gestão, de forma dinâmica e conectada com a realidade, que geraram 44 ações previstas para o próximo período”, disse o novo presidente, Nelson Luiz Gomez, em seu discurso de posse.

HOMENAGEM

EU DIGO X

A idealizadora do programa Eu Digo X, Sabrina Muggiati, foi uma das homenageadas com o Prêmio Mulheres Empreendedoras, concedido pela Câmara Municipal de Curitiba. O programa idealizado por ela atua no apoio a famílias afetadas pela Síndrome do X Frágil — uma condição genética e hereditária que é a principal causa de deficiência intelectual e que, muitas vezes, está associada ao autismo. Quem indicou o nome de Sabrina foi a vereadora Rafaela Lupion.

MULHERES EMPREENDEDORAS JACQUELINE VIEIRA DE LEMOS

Outra homenageada pela Câmara Municipal de Curitiba com o tradicional Prêmio Mulheres Empreendedoras foi a superintendente do ParkShoppingBarigüi (PKB), Jacqueline Vieira de Lemos. Indicada pelo ex-vereador Herivelto Oliveira, Jacqueline foi uma das 29 homenageadas desta edição, que celebrou trajetórias inspiradoras no cenário empresarial da cidade.

Luiz Henrique Felipe Olavo, Ana Carmen de Oliveira, Nelson Luiz Gomez, João Augusto Barão Michelotto e João Groque Junior.
Rafaela Lupion e Sabrina Muggiati.
Herivelto Oliveira e Jacqueline Vieira de Lemos.
Nelson Luiz Gomez.

Vanzin e Rodrigo Brito.

MEDICINA INTEGRATIVA VIE SAINE

A Vie Saine, clínica especializada em medicina integrativa e estética, celebrou seis anos de atuação em 2025 com a inauguração de sua nova sede, localizada na Rua Gonçalves Dias, 198, no Batel. Fundada pelos médicos Rodrigo Brito e Keila Vanzin, a Vie Saine conta com uma equipe multidisciplinar e 11 colaboradores e oferece atendimentos personalizados em medicina integrativa e estética que combinam tratamentos convencionais com terapias complementares para a saúde, a disposição e o bemestar dos pacientes. O investimento na expansão foi de R$ 3 milhões, refletindo o crescimento expressivo da clínica, que registrou um aumento de 40% em faturamento no último ano.

O superintendente da Rede Record, André Dias; o prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel; o presidente da Alep-PR, Alexandre Curi; o presidente do Grupo Ric, Leonardo Petrelli; o governador Ratinho Jr.; o ex-senador de Santa Catarina Jorge Bornhausen; o ex-prefeito de Belo Horizonte Pimenta da Veiga; e o ex-governador do Paraná João Elísio Ferraz de Campos.

POSSE ALMOÇO

O CEO do Grupo Record, Marcos Vinícius Vieira (à esquerda), o presidente do Grupo Ric, Leonardo Petrelli, e o governador Ratinho Jr. durante o almoço.

Após a noite festiva de lançamento do livro Mário Petrelli, O Conciliador e do documentário Mário e Dircéa, o Valor de um Legado , o presidente do Grupo Ric, Leonardo Petrelli, ofereceu um almoço em sua casa para um grupo seleto de convidados. Na ocasião, Jorge Bornhausen recebeu de Alexandre Curi uma menção honrosa, aprovada por unanimidade pela Assembleia Legislativa do Paraná.

A clínica.
Keila

DESIGN WOODSKULL

A marca de design autoral Woodskull abriu sua primeira loja em Curitiba, no conceito flagship . O espaço, no Batel, oferece uma experiência exclusiva aos clientes, arquitetos e designers de interiores. O espaço, de dois andares, traz ambientes que remontam a uma galeria de arte, com peças desenhadas pelo time da marca. O ator Rômulo Estrela, que é amigo do fundador, Daniel Ferrarezi, aproveitou sua breve passagem por Curitiba e prestigiou a nova loja.

DIA DAS MÃES

As sócias da Ornare Curitiba, Cláudia Magalhães e Luciana Bazan, receberam no showroom da arquiteta Caroline Andrusko para uma criação cheia de afeto: uma mesa de Dia das Mães com toque autoral e desconstruído. Em vez da tradicional mesa posta, a arquiteta propôs uma composição fluida e acolhedora, com elementos soltos e uma charmosa mesa de servir – perfeita para reunir, compartilhar e brindar os momentos mais preciosos. O amarelo – cor da alegria e da energia – dominou a cena, como homenagem à presença luminosa das mães nos lares.

SOCIEDADE UCRANIANA

A Sociedade Ucraniana do Brasil (SUBRAS), com sede em Curitiba, celebrou os 100 anos do jornal ХліборобO Lavrador, considerado um dos mais antigos periódicos étnicos em atividade no país. O evento homenageou a trajetória do jornal, símbolo de resistência cultural e histórica e também lançou o site oficial da SUBRAS (sociedadeucraniana.com.br), que reúne a história da entidade e seus departamentos e disponibiliza digitalmente o acervo completo do periódico. A festividade também marcou o início das comemorações dos 95 anos do grupo folclórico ucraniano Barvinok, que se apresenta no dia 10 de julho, no Guairão.

MULTIPROPRIEDADE INSTITUTO NACIONAL DE DIREITO E EMPREENDEDORISMO

Empresários e lideranças paranaenses participaram do encontro do INDE – Instituto Nacional de Direito e Empreendedorismo sobre investimentos imobiliários e segurança jurídica. O evento beneficente, no Castelo do Batel, teve como tema central a ascensão do mercado da multipropriedade no Brasil e fez parte da agenda de capacitação e networking do INDE. O instituto foi fundado em 2023 pelos advogados e irmãos Samuel e Rodrigo Rangel de Miranda e tem como conselheiro o especialista em direito processual civil e direito administrativo Samuel Machado de Miranda, pai de ambos, que atuou como advogado do estado no Paraná por mais de quatro décadas.

Os irmãos Samuel e Rodrigo Rangel de Miranda com o pai e conselheiro do INDE, Samuel Machado de Miranda.
A sócia da Ornare Curitiba, Cláudia Magalhães, e a arquiteta Caroline Andrusko.
Rômulo Estrela e Daniel Ferrarezi.
Roberto Oresten, presidente da Representação Central Ucraniano Brasileira, Alessandra , vice-presidente da entidade e Andreiv Choma, também vice-presidente da SUBRAS.

MEDALHA

MÉRITO CULTURAL FERNANDO VELLOSO

A jornalista Isabela França recebeu um grupo de amigos para comemorar a outorga da primeira Medalha do Mérito Cultural concedida pelo governo do estado ao artista visual Fernando Velloso, de 95 anos. Ele foi o primeiro diretor do Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC), há 55 anos. É dele a curadoria da exposição do acervo do MAC, aberta ao público em abril, nas salas do museu que funcionam no MON, em Curitiba. Estiveram presentes a diretora do MAC, Juliane Fuganti, o professor Fernando Bini e Rebeca Gavião.

60 ANOS

ADVB/PR

A Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil – Seção Paraná (ADVB/PR) foi homenageada em uma sessão ordinária na Câmara Municipal de Curitiba. A entidade recebeu um diploma de votos de congratulações e aplausos em reconhecimento aos seus 60 anos de atuação no estado. A homenagem foi proposta pelo presidente da Casa, o vereador Tico Kusma, e contou com a presença de autoridades, empresários e representantes da diretoria da associação. A presidente da ADVB/PR, Gislayne Muraro, ressaltou o compromisso da associação com o desenvolvimento do setor de vendas, marketing e liderança. Também esteve presente Itacir Cardoso, presidente mais antigo da entidade.

HOMENAGEM COSTANTINO COSTANTINI

A Sociedade Paranaense de Cardiologia (SPC) homenageou o cardiologista Costantino Roberto Costantini com a Medalha “Heróis de Curar”. O médico, que completa 80 anos em junho e segue atuante operando e conduzindo o Hospital Cardiológico Costantini, é o primeiro cardiologista a receber a honraria. O evento destacou marcos de sua carreira profissional, como em 1979, quando realizou a primeira angioplastia coronariana da América Latina. O médico também é fundador do Hospital Cardiológico Costantini, o primeiro centro especializado em cardiologia do Brasil. Inaugurado em 1991, o hospital é considerado referência em cardiologia no sul do Brasil e na América Latina.

CONCERTO ORQUESTRA UNINTER

A Orquestra Uninter fez uma apresentação gratuita e aberta ao público no Memorial de Curitiba. O grupo conta com 40 integrantes, incluindo colaboradores, professores, alunos e ex-alunos da instituição, além de músicos da cidade, sob a regência de Valentina Daldegan. Apoiada pela Fundação Wilson Picler, a orquestra tem a proposta de aproximar o público da música por meio de obras que fazem parte do seu imaginário, além de valorizar a diversidade cultural.

Dr. Costantino Costantini.
Fernando Bini, Juliane Fuganti, Isabela França, Rebeca Gavião e Fernando Velloso.
Tico Kusma, Itacir Cardoso e Gislayne Muraro.
Wilson Picler e Valentina Daldegan.

VÍNCERE INCORPORADORA

TALK COM FERNANDA MARQUES

No dia 06/05, a Víncere Incorporadora e a Breton Curitiba receberam seus clientes e convidados no plantão do Arte Batel, novo lançamento da incorporadora, para um talk com a renomada arquiteta Fernanda Marques. Fernanda veio

especialmente de São Paulo para falar sobre suas inspirações e ideias para as áreas comuns e os decorados do Arte Batel, que possuem sua assinatura, além de apresentar aos convidados sua linha de móveis para a Breton.

Flavio Schiavon, Adriana Perin, Fernanda Marques e Fernando Meira.
Detalhe do living da unidade de 178 m² decorado por Fernanda Marques.
Fernanda Marques e Sharon Abdalla.
Adriana Perin, diretora da Víncere Incorporadora, e Fernanda Marques.
Ricardo e Bruna Fernandes com a arquiteta Fernanda Marques sentada na poltrona Breton.

LUXO E EXCLUSIVIDADE ZIREH IMÓVEIS

Curitiba ganhou uma nova opção para empreendimentos de luxo, a Zireh Imóveis. A imobiliária de alto padrão de Curitiba é fruto de 16 anos de experiência da J8 Lançamentos nesse segmento. A empresa, uma sociedade entre Henry Fucker e José Peixoto, agora expande a participação para o mercado imobiliário do litoral catarinense. Zireh é uma palavra única, criada exclusivamente para a nova marca. A sonoridade é inspirada por palavras de origem árabe, “zirah” (“armadura”, “proteção”) e “zahirah” (“luminosa”, “brilhante”).

Toda a equipe da Zireh Imóveis.
José Peixoto e Henry Fuckner.
Nova fachada da Zireh Imóveis.
Nas poltronas: Jéssica Galhardo, Henrique Fuckner e João Malinoski.
Henrique Fuckner, Carlos Rosenmann, Henry Fuckner e Jéssica Galhardo.
José Peixoto com sua esposa e seus filhos.
Henry Fuckner com suas esposa e seus filhos.

PERFUMARIA DE NICHO BERCÉ

Uma elegante festa foi oferecida para o lançamento da Bercé, empresa que transforma a arte clássica da perfumaria com a expertise contemporânea. O evento trouxe uma experiência sensorial em que os convidados puderam experimentar os perfumes e drinks inspirados nos produtos. As oito fragrâncias do portfólio foram criadas com ingredientes raros e naturais, extraídos com o mais alto padrão de pureza. Os óleos essenciais preciosos, flores raras e madeiras sofisticadas compõem os perfumes.

Pedro Paulo Alves e Izabela Alves Furtado.
O perfume da marca.
Janaína Luana e Cátia Alves.
Larissa Hyczy Bacila, Cátia Alves e Tatiana Hyczy.
Cátia Alves e Izabela Alves Furtado.
Beth Palazzo, Claudia Cristofani, Simone Fiorese, Cátia e Louise Alves e Cleide Cristofani.
Morgana, Cátia Alves e Luiza Hauer.

SWELL CONSTRUÇÕES ENTREGA LE SENSE

A Swell Construções reuniu clientes, colaboradores, parceiros e imprensa para o evento de entrega do seu 41º empreendimento em Curitiba, o Le Sense, na região nobre do Água Verde. O empreendimento, inspirado no hotel de luxo Bellevue, que fica na Croácia, tem apartamentos de alto padrão, garden e cobertura penthouse. O Le Sense é o único edifício do Água Verde com rooftop na área comum e portecochère.

Thiago e Airton Pissetti, Eduardo Canto e Leonardo Pissetti.
Leonardo e Christiane Pissetti e Patrícia e Ricardo Campelo.
Bruna Cunha Krause e Marcelo Canet Krause, Vanessa Pissetti, Eduardo Muniz, Lisiê e Thiago Pissetti.
Leonardo Pissetti, Carolina Vialle, Airton, Vanessa e Thiago Pissetti.
Leonardo Pissetti, Henrique Domingues, Mariane Rocha, Milena Nesi e Vanessa Pissetti.
Guilherme Moreira, Bruna Mareth, Fabricio Gonçalves de Oliveira, Claudia Honorio e Rodolfo Pfeffer Neto.
Thiago, Airton e Vanessa Pissetti, Luiz Bacoccini e Leonardo Pissetti.

SEM TÍTULO

GONÇALO IVO É o destaque do projeto solo da Simões de Assis na ArPa 2025, feira de arte contemporânea que acontece em São Paulo. A galeria apresenta uma seleção criteriosa de obras que atravessam diferentes séries e suportes do artista, criando um percurso sensorial pautado por cor, matéria e ritmo. Reconhecido como um dos grandes nomes da pintura brasileira contemporânea, Ivo revela, em cada tela, a potência poética e a alquimia cromática que marcam sua trajetória. O gesto pictórico de Ivo, contido e preciso, é, ao mesmo tempo vibrante, abrindo espaço para uma pintura que pulsa como música silenciosa — em cadência, nuance e contemplação. A curadoria do estande evidencia

a sofisticação técnica do artista, cuja produção mescla aquarela, têmpera e óleo, além de pigmentos aplicados sobre madeira, em composições que evocam paisagens abstratas e atmosferas meditativas.

Dialogando com mestres da cor como Josef Albers e inserido na linhagem neoabstracionista apontada por Jorge Guinle, Ivo constrói uma cosmogonia própria, em que cada obra parece conter um fragmento de mundo. Nascido no Rio de Janeiro em 1958, sua formação se deu ao lado de figuras como Lygia Clark, Iberê Camargo e João Cabral de Melo Neto. Vive entre Paris, Madri e Teresópolis e tem obras em importantes acervos do Brasil e do exterior.

Sem Título , 2025

49 x 34 cm

Óleo sobre tela

SIMÕES DE ASSIS

Praça Charles MillAlameda

Lorena, 2050 A - Jardins, São Paulo @simoesdeassis_

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3 padrões para escolha: Basic, Standard ou Confort* Módulos de 18 m2 (6x3) cada Menor prazo de obra, menos custos operacionais

Projetos 100% customizáveis

Adaptabilidade para diferentes configurações de terreno

Mobilidade: construção transportável Isolamento termoacústico

Projeto flexível: permite expansão posterior

* A opção Confort é assinada pela arquiteta

Gabriela Casagrande

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