Revista Edição 23

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Fotomontagem: Renato Souza / Imagem: Manu Dias (Secom)

Edição 23 Ano IV Set/Out 2014

ENTREVISTA Presidente do Sinduscon-BA traça panorama da construção civil no estado

TURISMO Copa da Mundo: Boa para a Bahia, mas "nem tanto"


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EDITORIAL

Caro Leitor, Qual soteropolitano nunca passou pelo aperto de estar com horário marcado para um compromisso e ficar preso no trânsito da capital baiana ou de sonhar ir para casa depois da jornada de trabalho e não conseguir chegar tão cedo ao destino por causa de algum engarrafamento? Especialistas concordam que a solução para a mobilidade urbana nas grandes metrópoles passa necessariamente por investimentos adequados no transporte coletivo. Os baianos, que esperaram mais de uma década por um metrô calça-curta, vibraram com a inauguração do novo modal de transporte, ainda que a plena operação do sistema vá demorar mais um pouco. Marivaldo Teixeira Diretor

Desta vez, no entanto, a dificuldade não está nas acusações de superfaturamento da obra, mas, sim, na queda de braço entre o governo estadual e o municipal para ver quem fica com os louros do funcionamento do metrô. Aliás, desconfia-se que por trás da briga houvesse também a tentativa de prejudicar adversários políticos nas eleições deste ano. Enquanto isso, os moradores de Salvador convivem com um metrô que, além de curto, é “meia-boca”, já que só está funcionando parcialmente. Para esclarecer os argumentos de cada esfera de poder sobre os prejuízos causados aos baianos, a Primeira Página traz uma matéria de capa especial com os representantes do estado e da prefeitura se acusando mutuamente. Leia e entenda os motivos de você ainda estar indo e voltando do trabalho de ônibus. A entrevista desta vez é com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA), Carlos Henrique Passos, que fala sobre a crise do setor no estado. Esta edição traz ainda temas como saúde, turismo, franquias, transporte aéreo, indústria automobilística, energia e agronegócios. Tudo para você ficar bem informado sobre a economia brasileira, as oportunidades e as ameaças que rondam o seu negócio

Boa leitura!

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SUMÁRIO

Carlos Henrique Passos fala sobre a situação da construção civil baiana

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Setor hoteleiro considera Copa do Mundo abaixo das expectativas

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Aeroportos baianos terão investimentos de R$ 548 mi até o fim do ano

Recessão técnica: a economia brasileira está realmente em queda?

Prefeitura e governo entram em impasse sobre a tarifa do metrô

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Setor automotivo prevê queda de 10% na produção e 5,4% em licenciamentos

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Consultoria faz projeções para a safra de verão 2014/2015

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Crise nos hospitais particulares de Salvador afeta atendimentos

MPT processa Eternit em R$ 2 bi por exposição ao amianto Primeira Página

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EXPEDIENTE

Revista bimestral, com distribuição dirigida aos meios empresarial e industrial do estado da Bahia e de Sergipe.

A no I V, Nº 23 | s e te m bro / out ubro | 2014 DIRETOR Marivaldo Teixeira DEPTO. JURÍDICO Marcos Antônio da C. Pinto GERENTE FINANCEIRA Sonia Mª. Cunha Teixeira GERENTE COMERCIAL Viviane Teixeira GERENTE DE MARKETING Eliza Teixeira GERENTE ADMINISTRATIVA Soraya Teixeira Pinto JORNALISTA RESPONSÁVEL Jan Penalva (DRT/BA 3672) REPÓRTER Alexandre Takei (DRT/BA2955) PROJETO GRÁFICO Ganesh Branding DIAGRAMAÇÃO Renato Souza REVISÃO DE TEXTOS Rita Canário REVISÃO GERAL Solon Cruz (DRT/BA 393) DEPTO. DE CIRCULAÇÃO Jean Fabian Alves Silva WEB DESIGNER Antonio Carlos da S. Sales IMPRESSÃO Jacográfica Serv. Gráficos Ltda. CNPJ: 34.248.187/0001-69 A Revista Primeira Página é uma publicação bimestral, de propriedade da Jacográfica Serviços Gráficos Ltda. Conceitos e opiniões emitidos em artigos assinados são de inteira responsabilidade dos seus autores.

Próxima edição: dezembro 2014 Para receber gratuitamente a revista Primeira Página, envie e-mail com o seu endereço para circulacao@revistaprimeirapagina.com.br

Tel.: (71) 3288-0227 / (71) 3484-3565 redacao@revistaprimeirapagina.com.br | comercial@revistaprimeirapagina.com.br Av. Brigadeiro Mário Epinghaus, 33, Centro, Lauro de Freitas - Bahia. CEP 42.700-000

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Foto: Fotolia

ENTREVISTA

Setor passou por arrefecimento no primeiro semestre

Presidente do Sinduscon-BA traça panorama da construção civil no estado O setor da construção civil passa por momentos delicados no Brasil, e a Bahia não é exceção: obras que se encerram sem novos lançamentos para manter o ritmo de crescimento e diminuição do número de postos de trabalho dão o tom ao mercado imobiliário. Em entrevista exclusiva à revista Primeira Página, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA), Carlos Henrique Passos, fala sobre os desafios da atividade, que enfrenta um período de arrefecimento após uma crescente ao longo de anos. 8

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Carlos Henrique Passos – Nós atribuímos esse desaquecimento, iniciado no segundo semestre de 2012, ao encerramento de um ciclo de crescimento iniciado em 2009/2010 e à redução de estoques. Em 2014, houve o encerramento de várias obras e muitos projetos que deveriam ter sido iniciados em 2013 foram adiados. Do ponto de vista macro, o desempenho da economia brasileira, com crescimento negativo nos dois primeiros trimestres deste ano, provoca o desaquecimento do setor e de toda sua cadeia produtiva. No segmento de habitação social, o programa Minha Casa, Minha Vida também apresenta muitas obras em fase final de acabamento e conclusão. Como as novas contratações de 2013 foram inferiores às de 2012, haverá queda no volume de negócios. Em 2014, o lançamento da terceira fase do programa traz boas perspectivas. Quando analisamos o segmento de obras públicas, percebemos o início de muitas obras de infraestrutura, inclusive de mobilidade urbana. São obras necessárias ao desenvolvimento da Bahia, porém, não são geradoras de tantos empregos quanto as de construção

civil. O segmento de obras industriais na Bahia, por sua vez, está em baixa, devido à redução de atividades da Petrobras.

Foto: Divulgação

Primeira Página – O setor da construção civil passou por um período de desaquecimento no primeiro semestre de 2014. A que razões o senhor atribui esse processo?

PP – Passados alguns meses do segundo semestre, quais as perspectivas para o restante do ano? CHP – O setor ainda não demonstra sinais de recuperação. As empresas de construção civil estão lutando para manter o tamanho, sem conseguir recuperar o que perderam no primeiro semestre. Embora a expectativa de aumentar a perda de empregos não tenha se consolidado, o que é um alento, também não houve aumento da atividade.

O desempenho da economia brasileira, com crescimento negativo nos dois primeiros trimestres deste ano, provoca o desaquecimento do setor e de toda sua cadeia produtiva. PP – Uma das grandes preocupações da construção civil em Salvador é o segmento imobiliário, com muitas obras em fase de conclusão e sem novos lançamentos para manter o ritmo do mercado. Há pers-

Presidente do Sinduscon, Carlos Henrique Passos

pectivas de reverter essa situação em 2015? CHP – Sim, há expectativas de recuperação. Há um projeto de lei da prefeitura que reduz as exigências da Outorga Onerosa, decisão que, ao diminuir o custo para novos empreendimentos, poderá motivar as incorporadoras a fazerem novos investimentos. Além disso, o ano de 2014 deve ser encerrado com estoque mínimo de imóveis, o que levará o mercado a buscar regular a oferta. Outro incentivo ao setor é o IPTU Verde, cujo decreto está sob consulta pública, que irá incentivar o investimento em construções sustentáveis com a possibilidade de ofertar aos clientes imóveis com IPTU mais baixo.

PP – É possível atribuir esse movimento a um período de desconfiança da população, que prefere não realizar investimentos vulPrimeira Página

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tosos, como a compra de imóveis? CHP – Claro que sim. Toda vez que a economia demonstra risco de baixo crescimento ou recessão é natural que o consumidor fique mais apreensivo e adie investimentos com valores mais altos, como no caso dos imóveis.

PP – Por falar em desconfiança, o que o senhor acha do temor de uma possível bolha imobiliária no Brasil? CHP – De maneira nenhuma isso ocorrerá. O equilíbro de mercado foi realizado nesse tempo. Faltam lançamentos, mas, ainda assim, temos um sistema imobiliário totalmente diferente do que existe nos Estados Unidos. Há um conjunto de variáveis que contribuem para que não haja no Brasil uma bolha imobiliária: o alto déficit habitacional, a legislação e as exigências para concessão de crédito imobiliário. 10

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CHP – O principal impacto foi a própria insegurança jurídica, que contribuiu para que praticamente não houvesse lançamentos imobiliários em Salvador desde o segundo semestre de 2012. Essa situação acabou impactando toda a cadeia produtiva, passando pelas empresas de projetos, fornecedores de material e prestadores de serviços.

PP – Uma das críticas dos empresários do setor é que o custo da burocracia acarreta grande aumento no preço final dos imóveis. Quais os principais entraves neste aspecto? CHP – No primeiro semestre deste ano, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC),

entidade da qual o Sinduscon-BA faz parte, a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias e o Movimento Brasil Competitivo apresentaram um estudo que analisou os gargalos burocráticos que oneram e atrasam os empreendimentos imobiliários no País. No estudo, constatou-se que o excesso de burocracia chega a aumentar em até 12% o valor final do imóvel para o proprietário. Esse acréscimo de custo representa desperdícios porque são excessos que irão elevar o preço de venda do produto ou inviabilizar a concretização do empreendimento em face da incapacidade do mercado absorver tais valores. O atraso na aprovação de projetos pelas prefeituras, a falta de padronização dos cartórios, a falta de clareza nas avaliações das licenças ambientais e mudanças na legislação que atingem obras Foto: Fotolia

O setor ainda não demonstra sinais de recuperação. As empresas de construção civil estão lutando para manter o tamanho, sem conseguir recuperar o que perderam no primeiro semestre

PP – E quais foram os impactos no setor imobiliário, nos últimos anos, ante os impasses jurídicos em torno do PDDU?


já iniciadas, como alterações nos planos diretores e de zoneamento, dificultam o desenvolvimento da cadeia imobiliária. Outro problema é a ausência de investimento das concessionárias estaduais de água e esgoto (no caso da Bahia, a Embasa), que ou inviabilizam o lançamento de empreendimentos ou impõem custos em urbanização que oneram construtores, incorporadores e, consequentemente, consumidores.

Há um conjunto de variáveis que contribuem para que não haja no Brasil uma bolha imobiliária: o alto déficit habitacional, a legislação, as exigências para concessão de crédito imobiliário

PP – Qual a sua avaliação de desempenho do mercado imobiliário no interior do estado? CHP – O mercado imobiliário baiano ainda está muito localizado nas cidades com mais de 100 mil habitantes. Com a chegada de empresas de loteamentos nessas cidades, houve um avanço para municípios menores, mas esses mercados enfrentam as mesmas dificuldades da Região Metropoli-

tana de Salvador e sofrem com a burocracia dos cartórios e a lentidão dos licenciamentos.

PP – A respeito das obras do programa Minha Casa, Minha Vida, há perspectivas de novos contratos para 2015? Se sim, de quantas unidades? CHP – Sim, recentemente, em reunião com a CBIC, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a ministra de Planejamento, Miriam Belchior, anunciaram a ampliação do Minha Casa, Minha Vida em mais 350 mil unidades a partir de janeiro de 2015, garantindo a continuidade dos investimentos e a manutenção dos empregos. Ainda falta detalhamento do projeto e a regionalização, para que as empresas comecem a investir em novos projetos.

PP – Existe algum receio dos empresários do setor quanto à continuidade do programa após as eleições? CHP – O setor acredita muito na continuidade do Minha Casa, Minha Vida. Os três principais candidatos anunciaram metas para o programa de pelo menos três milhões de unidades. Há o consenso de que se trata de um mecanismo que tem sido eficaz no combate ao déficit habitacional brasileiro e na manutenção de empregos. Trata-se de uma questão social e de potencial econômico em razão de sua capilaridade na cadeia da construção e em outros setores da economia. Primeira Página

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Foto: Manu Dias

AVIAÇÃO

Os investimentos fazem parte do “Programa de Investimentos em Logística: Aeroportos”, do governo federal

Aeroportos regionais baianos recebem R$ 548 milhões em investimentos Os governos federal e estadual investirão até o fim do ano R$ 548 milhões nas reformas dos aeroportos de Barreiras, Lençóis, Irecê e Teixeira de Freitas, além da construção de um aeroporto em Santo Antônio de Jesus. Os recursos fazem parte do “Programa de Investimentos em Logística: Aeroportos”, do governo federal, e contemplam os terminais aéreos que passaram pelas fases de elaboração de cenários por projetistas e análise de estudos técnicos, seguindo agora para a licitação das obras. Segundo o governador Jaques Wagner, as ações para qualificação dos aeroportos no interior já resultaram na ampliação da oferta do transporte aéreo em Vitória da Conquista, que tem 12 voos diários, e em Barreiras, com quatro. 12

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Sob a gestão do Banco do Brasil, o programa prevê investimentos de R$ 7,3 bilhões em 270 aeroportos regionais de todo o País. A meta é garantir que 96% da população brasileira tenha acesso a voos com distância máxima de 100 qui-

lômetros de seus municípios. Na Bahia, o aeroporto de Barreiras receberá investimento de R$ 56,1 milhões. Em Lençóis serão investidos R$ 17,3 milhões e em Irecê, R$ 39,9 milhões.


Teixeira de Freitas Outros R$ 55,3 milhões foram destinados à ampliação do terminal de passageiros de Teixeira de Freitas. Após a reforma, o aeroporto passou a contar com sinalização da pista de pouso e uma Seção Contra Incêndio (SCI), auxiliada por veículo, muro e cerca patrimonial. Foram recuperados também o balizamento noturno, as pinturas das torres de iluminação do pátio e o terminal de passageiros, que foi completamente reformado. Para os moradores, o terminal aéreo representa desenvolvimento. “A população é beneficiada como um todo. Teixeira de Freitas, que é a décima cidade da Bahia, precisa ser interligada a outras regiões. Para o município, é um grande avanço, muito bom para a indústria e o comércio”, afirma o morador Djalma Ferreira.

Feira de Santana

Foto: Manu Dias

O aeroporto de Feira de Santana também já conta com uma nova infraestrutura. Foram feitas obras

de recuperação da pista de pouso e decolagem e requalificação do terminal de passageiros. Para a realização das reformas, o governo estadual investiu R$ 5 milhões.

A cidade tem potencial. São aproximadamente 200 toneladas de cargas transportadas por ano em Feira de Santana”, pontua o porta-voz da Azul. A Azul é a única empresa operando nos dois aeroportos. Teixeira de Freitas tem três voos semanais para Salvador e Confins, em Minas Gerais. Além disso, os passageiros podem viajar para outros 26 destinos, por meio de conexões. A situação é semelhante em Feira de Santana. O aeroporto da cidade também conta com três voos por

semana, para Salvador e Vitória da Conquista, tendo o estado de Minas Gerais como destino final. Inicialmente a Azul fará apenas transporte de passageiros. No entanto, já está de olho no mercado de transporte de cargas. “Temos uma diretoria exclusiva para cargas, então, estamos trabalhando fortemente para atender a esse mercado. Certamente vamos iniciar os trabalhos nesse segmento também aqui em Feira de Santana. A cidade tem potencial. São aproximadamente 200 toneladas de cargas transportadas por ano”, pontua o porta-voz da empresa, Ronaldo Veras.

Incentivos Para promover a expansão da aviação regional da Bahia, o governo estadual adotou uma política de incentivos, com redução do ICMS cobrado no combustível das aeronaves. As empresas aéreas que alcançarem dez ou mais municípios no estado terão direito à alíquota do ICMS mais baixa, de 7%. As demais alíquotas seguem uma tabela gradual, de acordo com o número de municípios atendidos: a alíquota fica em 10% para empresas que chegarem a oito ou nove municípios; em 12%, para as que alcançarem sete; e para as que alcançarem seis municípios, a alíquota será de 14%.

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Foto: pengyou92 - Fotolia.com

AUTOS

A Anfavea prevê que 2014 termine com uma retração de 5,4% nos licenciamentos, 10% na produção e 29,1% nas exportações

Indústria automotiva registra quedas consecutivas em produção e vendas A indústria automobilística brasileira está em crise. A Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) prevê que o fechamento de 2014 registre uma retração de 5,4% nos licenciamentos, de 10% na produção e de 29,1% nas exportações. Especificamente no segmento de máquinas agrícolas e rodoviárias, a perspectiva é de queda de 12% nas vendas, baixa de 13,3% na produção e recuo de 10,3% com relação às exportações. Mesmo assim, o setor está surpreendentemente otimista. 14

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Foto: Divulgação

O gestor lembra que o cenário pode ser ainda mais positivo se houver oferta de crédito: “Ainda há um cenário de forte restrição ao crédito, que se for minimizado poderá funcionar como catalisador do desempenho”, complementa.

Presidente da Anfavea, Luiz Moan Yabiku Júnior

Foto: anekoho - Fotolia.com

“As turbulências que pairaram sobre o setor no primeiro semestre estão sendo superadas e o viés agora é de crescimento. As questões de financiamento pelo PSI (linha de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento), que travaram a comercialização de veículos pesados e máquinas autopropulsadas no início do ano, foram resolvidas. O acordo com a Argentina foi assinado e já está em vigor. As alíquotas do IPI foram mantidas até o fim do ano. São fatores que nos fazem ter a convicção de que o segundo semestre será melhor que o primeiro”, afirma à Primeira Página o presidente da Anfavea, Luiz Moan Yabiku Júnior.

A produção no segmento de caminhões retraiu 22,7% no acumulado do ano

Tributos Sobre a prorrogação das alíquotas do IPI, a Anfavea acredita que se o governo tivesse optado pelo aumento do imposto haveria redução da venda de 165,2 mil veículos leves nos últimos seis meses de 2014. De acordo com Luiz MoanYabiku Júnior, “se o IPI fosse elevado, o panorama previsto para o segundo semestre poderia ser comprometido, pois sobre cada ponto porcentual de aumento do imposto incidiria um aumento no preço de 1,1% e impacto de 2,6% de queda no mercado, além de elevar a carga tributária no veículo brasileiro, que já é uma das mais altas do mundo”. O estudo sobre a carga tributária do veículo brasileiro mostra que 28,1% do preço de um automóvel flex com motorização entre 1000cc e 2000cc são de impostos. Esse número é maior, por exemplo, do que os 18% de um veículo similar

Ainda há um cenário de forte restrição ao crédito, que se for minimizado poderá funcionar como catalisador do desempenho

na Itália, 7% nos Estados Unidos e 9,9% no Japão. A carga tributária nesse patamar, considerando não só o veículo, mas também a cadeia produtiva e a pós-produtiva, torna a indústria automobilística uma das mais importantes para a economia do País: mesmo com o IPI reduzido em 2013, a geração de tributos do setor naquele ano, segundo estimativas da Anfavea, foi de R$ 178,5 bilhões, o que representa cerca de 12% do total de tributos considerados. Primeira Página

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A produção da indústria automobilística em agosto cresceu pelo segundo mês consecutivo, de acordo a Associação. Os 265,9 mil veículos fabricados em agosto apontam alta de 5,3% sobre os 252,6 mil de julho deste ano. No comparativo com o mesmo período do ano passado, quando foram fabricados 342,8 mil produtos, a indústria automobilística apresentou queda de 22,4%. No acumulado do ano a retração foi de 18%: 2,08 milhões em 2014 contra 2,54 milhões em 2013.

Se o IPI fosse elevado, o panorama previsto para o segundo semestre poderia ser comprometido, pois sobre cada ponto porcentual de aumento do imposto incidiria um aumento no preço de 1,1% e impacto de 2,6% de queda no mercado Na soma dos oito meses já transcorridos, o licenciamento mostrou decréscimo de 9,7%, quando confrontadas as 2,23 milhões de unidades deste ano com as 2,47 milhões de 2013. As vendas em agosto deste ano, com 272,5 mil unidades, recuaram 7,6%, quando comparadas com julho, que 16

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Foto: industrieblick - Fotolia.com

Resultados de agosto

Estudo mostra que 28,1% do preço de um automóvel flex com motorização entre 1000cc e 2000cc são de impostos.

registrou 294,8 mil unidades. Já na análise com agosto de 2013, o emplacamento encolheu 17,2% – foram 329,1 mil naquele período. Para Luiz MoanYabiku Júnior, o resultado de agosto foi menor que a expectativa, pois o mercado reagiu mais em razão de questões políticas do que com a atividade econômica. “Os recentes acontecimentos e discussões no âmbito político geraram um ambiente conturbado, com impactos na confiança dos empresários, dos consumidores e, consequentemente, na redução do fluxo nas concessionárias. Além disso, as medidas de aumento da liquidez no mercado começaram a surtir efeito apenas na última semana”. As exportações de autoveículos fecharam agosto com 31,7 mil unidades, baixa de 7,5% ante as 34,2 mil de julho, e de 50,6% em

relação a agosto do ano passado. No acumulado do ano, 235,4 mil produtos saíram do País, o que significa retração de 38,1% contra as 380,5 mil de 2013.

Caminhões e ônibus O licenciamento de caminhões no mês de agosto ficou 12,8% inferior no comparativo com o de julho – 10,8 mil unidades e 12,4 mil, respectivamente – e 18,3% menor do que de agosto do ano passado, quando foram comercializados 13,2 mil produtos. O acumulado do ano aponta recuo de 14,2%: foram 87,8 mil este ano e 102,4 mil em 2013. A produção nesse segmento retraiu 22,7% no acumulado do ano, com 100,3 mil unidades em 2014 ante 129,7 mil do ano anterior. Apenas em agosto, quase 12 mil unidades deixaram as linhas de montagem, representando uma queda de 2,9% frente as 12,3 mil


Já as exportações em agosto, com 1,5 mil caminhões, representam aumento de 19,6% frente as 1,2 mil de julho e baixa de 49,6% contra as 3 mil do oitavo mês de 2013. De janeiro a agosto, as exportações estão 26,3% inferiores: foram 12,1 mil em 2014 e 16,4 mil em 2013.

Os recentes acontecimentos e discussões no âmbito político geraram um ambiente conturbado, com impactos na confiança dos empresários, dos consumidores e, consequentemente, na redução do fluxo nas concessionárias

A fabricação de chassis de ônibus cresceu 44,7%, no comparativo de agosto com julho deste ano – 4,1 mil unidades e 2,8 mil. Na análise com agosto do ano passado, quando 3,3 mil unidades foram fabricadas, a alta é de 25,4%. No acumulado do ano, o setor produziu 26,2 mil ônibus, 8,4% abaixo das 28,6 mil do ano passado. Até agosto, a indústria de autoveículos exportou 4,5 mil ônibus, o que significa redução de 23,8% em comparação com as 5,9 mil do ano passado.

Máquinas agrícolas e rodoviárias As 1,3 mil máquinas autopropulsadas exportadas em agosto representam estabilidade com relação ao mês anterior. Na comparação com as 1,5 mil de agosto do ano passado, a baixa foi de 13,4%. No acumulado, a queda foi de 7%: 9,2 mil este ano e 9,9 mil no ano passado.

Assim como as exportações, as vendas internas de máquinas agrícolas ficaram no mesmo nível, no comparativo de agosto contra julho, com 6,5 mil, mas apresentando queda de 17,1%, na análise com o mesmo período do ano passado, quando foram vendidas 7,8 mil máquinas. O volume de produtos comercializados até agosto deste ano atingiu 45,8 mil unidades, significando uma redução de 18,9% contra as 56,5 mil de 2013. A produção no segmento ficou 8,4% abaixo em agosto contra julho: foram 8,1 mil e 8,8 mil unidades. Decréscimo de 11,8% foi apresentado nos resultados da indústria neste mês, no comparativo com agosto de 2013, quando foram produzidas 9,1 mil máquinas. Nos oito primeiros meses de 2014, a baixa foi de 14,6% – 57,3 mil este ano e 67 mil em 2013. Foto: svedoliver - Fotolia.com

de julho e de 35% em relação às 18,4 mil de agosto de 2013.

O segmento de ônibus apresentou estabilidade no licenciamento, ao se comparar agosto e julho, ambos com 2,2 mil unidades. Na análise com agosto de 2013, as vendas diminuíram 24,3%, quando foram negociados 2,9 mil ônibus. O volume licenciado nos oito meses de 2014, de 17,8 mil unidades, mostrou uma baixa de 16,5%, quando comparadas com as 21,3 mil do ano passado. Primeira Página

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Foto: Divulgação

TRÂNSITO

Bahia Norte passou a propor ações judiciais contra os motoristas que tentam evitar o pagamento da tarifa

Concessionária combate motorista que burla o pedágio O motorista que tenta burlar o pagamento da tarifa de pedágio está cometendo uma infração de trânsito grave, prevista no artigo 209 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A sanção para essa infração é a perda de cinco pontos na carteira nacional de habilitação (CNH) e multa de R$127. Além das polícias rodoviária, estadual e federal, vários órgãos possuem autoridade para expedir autos de infração do trânsito, como é o caso dos departamentos de gestão rodoviária e das secretarias municipais de trânsito. Diariamente, a Concessionária Bahia Norte (que administra as rodovias do Sistema BA-093) flagra usuários tentando evitar o pagamento da ta18

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rifa de pedágio, ao passarem pela cabine de cobrança quase colados ao fundo dos carros à sua frente. Há também situações que acabam gerando acidentes de trânsito. Para coibir esse tipo de atitude, a Bahia Norte passou a propor ações judiciais contra os motoristas que tentam escapar da tarifa. De acordo com o assessor jurídico da Concessionária Bahia Norte, Francisco Ribeiro, “o Poder Judiciário baiano já se mostrou sensível ao tema, proferindo, liminarmente, decisões no sentido de aplicar multas diárias aos usuários que reincidirem nessa infração de trânsito, usufruindo do serviço público sem o devido pa-

gamento de sua tarifa”, explica. As ações que estão sendo ajuizadas visam não só reparar os danos causados, mas também servir como medida educativa. No primeiro momento serão propostas ações contra os maiores reincidentes dos últimos três anos, cujas passagens foram registradas no sistema de pedágio da concessionária. Nos estado de São Paulo e no Paraná, por exemplo, esse procedimento já é comum. Em abril de 2013, a justiça paranaense realizou uma audiência de conciliação coletiva envolvendo 15 processos contra 15 motoristas que fugiram reiteradamente ao pagamento da tarifa de pedágio.


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Foto: Carlos Castilla - Fotolia.com

ENERGIA

Brasil levará dez anos para superar atual crise do setor elétrico O setor elétrico vive hoje não somente uma, mas duas crises: uma financeira e outra de seca nos reservatórios. Esta é a opinião do vice-presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), Paulo Cesar Tavares. “O que vemos hoje é uma grande explosão de preços. E os caixas das distribuidoras estão quebrados. Se somarmos os subsídios dados em 2013 com os subsídios e custos das distribuidoras em 2014, os gastos chegam a aproximadamente R$ 56 bilhões, sendo que os cerca de R$ 35,5 bi das distribuidoras vão ser repassados para os consumidores em forma de tarifa e os outros R$ 21 bi serão pa20

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gos pelos contribuintes em forma de impostos”, explica Tavares.

um racionamento de energia”, complementa.

Para o vice-presidente da Abraceel, o ideal seria que todos esses gastos fossem repassados na conta de energia, para promover o uso racional da energia elétrica. “Para se ter uma ideia, o Plano Nacional de Eficiência Energética (PEE) é de R$ 400 milhões. Quer dizer, 100 PEEs representam aproximadamente R$ 40 bilhões, ou seja, seria necessário um século e meio de Planos de Eficiência Energética para se chegar ao valor gasto até agora com a crise. É preciso, no mínimo, uma década para amortizar tudo”, diz. “Em termos de preço, estamos vivendo como se já tivéssemos

De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO), Rodrigo Aguiar, a desestruturação do setor elétrico, seja na geração, transmissão e distribuição, é muito clara. “Independentemente de quem seja o próximo presidente, será necessário usar novas ferramentas para destravar a situação em que o setor elétrico se encontra hoje. E a eficiência energética é uma dessas ferramentas, seja porque o custo de geração é mais barato ou porque reduz a carga do sistema elétrico, o que garante a possibilidade de redução do custo da energia”, finaliza.


Foto: Flávia de Quadros

EMPREENDEDORISMO

Presidente do Sebrae, Luiz Barretto

Micro e pequenas empresas já respondem por 27% do PIB brasileiro Os pequenos negócios respondem por mais de um quarto do Produto Interno Bruto brasileiro. Juntas, as cerca de 9 milhões de micro e pequenas empresas no País representam 27% do PIB, um resultado que vem crescendo nos últimos anos. Os dados inéditos foram revelados pelo Sebrae. “O empreendedorismo vem crescendo muito no Brasil nos últimos anos, e é fundamental que cresça não apenas a quantidade de empresas, mas sua participação na economia”, afirma o presidente do Sebrae, Luiz Barretto. Em 1985, o IBGE calculou em 21% a participação dos pequenos negócios no PIB brasileiro. Como não havia

uma atualização desse indicador desde então, o Sebrae contratou a Fundação Getúlio Vargas para, utilizando a mesma metodologia, avaliar a evolução das micro e pequenas empresas na economia brasileira. Em 2001, o percentual cresceu para 23,2% e em 2011 atingiu 27%. Micro e pequenas empresas são as principais geradoras de riqueza no Comércio no Brasil, respondendo por 53,4% do PIB desse setor. No PIB da Indústria, a participação das micro e pequenas (22,5%) já se aproxima das médias empresas (24,5%). No setor de Serviços, mais de um terço da produção nacional (36,3%) tem origem nos pequenos negócios.

“Os dados demonstram a importância de incentivar e qualificar os empreendimentos de menor porte, inclusive os microempreendedores individuais. Isoladamente, uma empresa representa pouco, mas juntas são decisivas para a economia”, considera Barretto, lembrando que os pequenos negócios também empregam 52% da mão de obra formal e respondem por 40% da massa salarial brasileira. Segundo ele, os principais motivos para o bom desempenho dos pequenos negócios na economia do País são a melhoria do ambiente de negócios, o aumento da escolaridade da população e a ampliação do mercado consumidor, com o crescimento da classe média. Primeira Página

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Foto: UlissesDumas/BAPRESS

TURISMO

Arena Fonte Nova: Custo de R$ 591,7 milhões e maior aprovação entre os torcedores durante a Copa do Mundo

Copa do Mundo divulga a Bahia, mas fica aquém do esperado pelo setor hoteleiro Durante a Copa do Mundo de 2014, Salvador ganhou a fama de ser uma sede “pé-quente”, garantia de futebol de qualidade, já que a cidade registrou o maior número de gols do evento (24), com uma média de quatro tentos por partida. Mas, passada a euforia futebolística, surge a questão: quais foram os ganhos duradouros para a cidade e o estado? Segundo o secretário estadual para Assuntos da Copa do Mundo (Secopa), Ney Campello, o legado vai muito além das goleadas. “O evento projetou a Bahia e o Brasil de forma positiva para o mundo inteiro, o que trará frutos para o turismo nos próximos anos. Ganhamos também em credibilidade, pois mostramos que somos capazes de assumir e honrar compromissos internacionais com eficiência”, argumenta. 22

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Foto: CarolGarcia/GOVBA

Outro legado da Copa foram as obras de infraestrutura e mobilidade, como as reformas do porto e aeroporto de Salvador e a inauguração da primeira linha do metrô. Segundo o secretário, também mereceram destaque a revitalização do Centro Histórico e da estrutura esportiva do estado, com destaque para a Arena Fonte Nova. O estádio custou R$ 591,7 milhões, dos quais R$ 323,6 milhões foram financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômica e Social (BNDES) e R$ 268,1 milhões são recursos estaduais. Segundo pesquisa feita pelo Portal UOL, a arena teve a maior aprovação entre os torcedores, com nota 9,7, de um total de 10. O estádio registrou um público total de 300.674 pessoas em seis jogos, uma média de 50.112 torcedores por partida.

A Copa do Mundo poderia ter trazido resultados ainda melhores em termos de infraestrutura, se não tivesse havido certa lentidão na realização das obras Não obstante o sucesso da Copa do Mundo, a cidade também foi alvo de críticas nos meses que antecederam o evento. A principal queixa diz respeito aos atrasos na entrega de obras de infraestrutura e mobilidade urbana, como o

Secretário da Secopa, Ney Campello

porto e o aeroporto de Salvador, este último com alguns pontos ainda por concluir. “A Copa do Mundo poderia ter trazido resultados ainda melhores, em termos de infraestrutura, se não tivesse havido certa lentidão na realização das obras. Faltou um pouco mais de proatividade do governo, em todas as esferas, para que o planejamento fosse mais exitoso”, admite Campello.

Impactos na hotelaria Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia (ABIH-BA), José Manoel Cambeses Filho, foram construídos nos últimos três anos oito novos hotéis em Salvador, que receberam um investimento de aproximadamente R$ 150 milhões. Com essas obras, o setor hoteleiro da capital ganhou 6 mil novos leitos de um total de 9 mil unidades criadas em todo o estado. “Foi um evento importante, pois tivemos a oportunidade de

nos mostrar para todo o mundo enquanto destino turístico. Além disso, adquirimos uma experiência que não possuíamos na organização de megaeventos internacionais. Esse foi o grande legado da Copa para o trade turístico baiano”, opina. De acordo com uma pesquisa da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação feita nos 31 grandes e médios hotéis de Salvador durante a Copa do Mundo, a cidade teve uma ocupação hoteleira média de 63,37% no mês de junho, melhor desempenho dos últimos 14 anos. Apesar de se mostrar contente com os resultados para a hotelaria, o presidente da ABIH-BA afirma que esperava números mais expressivos. “Nossa estimativa era alcançar uma média de 90% de leitos ocupados, mas como o torcedor costuma acompanhar seu time aonde quer que ele vá, tivemos semanas muito boas alternadas com outras nas Primeira Página

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quais a cidade esvaziava por não haver jogos. Este foi um fator com o qual não contávamos”, assume. Ainda segundo o presidente da ABIH-BA, um revés com a Match – agência de viagens oficial da FIFA – contribuiu para que os resultados da hotelaria baiana na Copa do Mundo ficassem aquém do esperado. Diversos hotéis de Salvador firmaram contrato com a empresa e reservaram parte significativa dos seus leitos. No entanto, em 20 de abril, data limite para desistência, a companhia devolveu grande parte dos quartos reservados. “Em alguns casos a desistência chegou a 50% do número contratado. A solução encontrada pelos hotéis foi adotar estratégias de marketing alternativas, como vender nas redes so24

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Foto: Divulgação

A Copa em números Ainda de acordo com a pesquisa da Federação Baiana de Hospedagem, dos 17.906 turistas entrevistados, 9.766 (54,54%) eram do Brasil e 8.140 (45,46%) estrangeiros, vindos de 83 países (18,9% dos EUA, 10,1% da Alemanha, 6,23% da França, 5,50% da Suíça e 3,87% da Inglaterra). Segundo dados do Ministério do Turismo, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a Bahia foi o terceiro estado que mais emitiu viajantes durante a Copa: foram 220.021 pessoas entre turistas (que pernoitam no destino) e excursionistas (que retornam no mesmo dia). São Paulo liderou a lista, com 858.825 viajantes, seguida pelo Rio, com 260.527 pessoas. Segundo a pesquisa, 95% dos turistas estrangeiros afirmaram que desejam retor-

Presidente da ABIH-BA, José Manoel Cambeses Filho

nar ao Brasil em outro momento. Durante a Copa do Mundo, a Secopa e a Bahiatursa promoveram exibições públicas das partidas em diversos bairros de Salvador, pelos quais passaram um total de 82,4 mil pessoas. Além da capital, outros 30 municípios baianos receberam estrutura para a exibição dos jogos. Foto: Alessandra Lori/SECOPA

Em alguns casos a desistência chegou a 50% do número contratado. A solução encontrada pelos hotéis foi adotar estratégias de marketing alternativas, como vender nas redes sociais, além de oferecer preços mais baixos. A Copa saiu relativamente barata para muita gente

ciais, além de oferecer preços mais baixos. A Copa saiu relativamente barata para muita gente”, afirma.

Secopa e Bahiatursa promoveram exibições públicas dos jogos


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Foto: Divulgação

SAÚDE I

Com o fechamento do Hospital Espanhol, Salvador perde 270 leitos, 60 deles de UTI e 12 de UTI neonatal

Hospitais particulares enfrentam crise econômica em Salvador O fechamento do Hospital Espanhol no mês de setembro dá um diagnóstico claro: a saúde dos hospitais particulares de Salvador vai mal. Com a desativação da unidade, a capital perdeu de uma só vez 270 leitos, 60 deles de UTI e 12 de UTI neonatal. O imóvel foi transformado em bem de utilidade pública pelo Decreto Estadual 15.425/2014, uma maneira encontrada para evitar que seja utilizado para outros fins que não a saúde. Para o presidente da Associação dos Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia (Ahseb), Ricardo Costa, pode-se falar em uma crise na saúde privada. “Nota-se uma piora gradativa nos últimos cinco anos, com consequências diretas para a população, como falta de leitos e emergências lotadas, com média de quatro a seis horas de espera para atendimento no pronto-socorro”, conta. 26

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Nota-se uma piora gradativa nos últimos cinco anos, com consequências diretas para a população, como falta de leitos e emergências lotadas Outro fator que representa um entrave para o setor é a falta de ajuda governamental, sobretudo com incentivos fiscais. O presidente da Ahseb destaca ainda a falta de linhas de crédito especializadas para oferecer financiamentos aos hospitais. Para ele, frente a este conjunto

Foto: Divulgação

De acordo com Costa, a situação não se restringe à Bahia e é ainda mais aguda quando se trata das maternidades, que tiveram cerca de 3 mil leitos fechados em todo o País nos últimos dez anos. O presidente da Ahseb destaca a baixa remuneração dos planos de saúde como um ponto determinante para a atual crise da saúde particular. “Todo ano eles fazem um reajuste no valor do plano para o usuário, mas não há repasse. Ano passado, por exemplo, o reajuste para pessoa física foi de 9% e o nosso, de 6%. A média da remuneração dos planos de saúde pela diária de enfermaria está em torno de R$100. Com isso, temos que oferecer um leito, cinco refeições, material adequado, assistência profissional. É complicado remunerar um hospital com tão pouco”, queixa-se.

Presidente da Ahseb, Ricardo Costa

de dificuldades, o empresariado se sente relutante em investir na saúde privada. “É um setor importante, que gera aproximadamente 100 mil empregos diretos na Bahia. Hoje em dia temos desconto de IPI para produtos da linha branca, indústrias do setor automotivo que ganham terreno, isenção de impostos por 10 anos e facilidades no financiamento, mas a saúde não recebe nenhum desses benefícios”, afirma.

Soluções à vista O superintendente executivo do Hospital da Bahia, Marcelo Zollinger, faz coro à afirmativa de que a saúde privada passa por um momento delicado, com desequilíbrio entre a remuneração dos planos de saúde e os investimentos necessários para manter e melhorar a estrutura hospitalar. Destaca, no entanto, que erros gerenciais em algumas instituições contribuem para piorar a situação. A solução, por sua vez, passa diretamente pelo diálogo com as partes envolvidas. “É preciso buscar uma

parceria com os planos e as operadoras, no sentido de restabelecer valores de diárias e taxas que compensem o setor, além de um diálogo permanente com fornecedores, trazendo-os para perto e buscando alternativas conjuntas de sobrevivência mútua”, defende. Para o presidente da Ahseb, deve-se melhorar a comunicação entre instituições de saúde e planos, mas também é necessário sensibilizar os governantes e obter ajuda econômica junto ao estado, com linhas de financiamento e incentivos fiscais. Apesar de a saúde particular se encontrar na UTI, Costa se mostra otimista. “Acredito que a situação vai mudar. Chegamos a um ponto tão ruim que estamos perto do fundo do poço. É preciso que os governantes entendam que isso precisa mudar. Um governante atuante deve facilitar a vida dos hospitais. Não é justo que outros setores da economia tenham tantos incentivos e nós, não”, argumenta. Primeira Página

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Foto: Carla_Ornelas/GOVBA

TRANSPORTES

Tarifa e integração do metrô reacendem briga entre estado e município A disputa entre governo e prefeitura por conta do transporte público ganhou mais um capítulo: o adiamento da operação comercial do metrô devido à não integração do modal com o sistema de ônibus. De acordo com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur), o fato se deve à inobservância, pela prefeitura, das condições de contrato do programa e do prazo estabelecido no convênio intrafederativo firmado com o governo. “Tal fato, além de prejudicar a população que utiliza transporte público, ensejará diminuição significativa da demanda, o que pode comprometer a sustentabilidade do serviço. Assim, o Estado não pode autorizar, de forma responsável, o início da operação comercial”, afirma o secretário da Sedur, Manuel Ribeiro. 28

Primeira Página


Nós ainda não obtivemos resposta do governo nem da concessionária CCR-BA sobre quantas pessoas as estações de integração comportam e quantos passageiros o metrô pode transportar em cada estação Tarifa é motivo de discussão Outro impasse que ronda o metrô de Salvador é o valor da tarifa. De acordo com Mota, a administra-

Foto: Carla_Ornelas/GOVBA

ção municipal entende que o preço da passagem de metrô deve ser proporcional ao tamanho do trecho em operação. A tarifa de R$ 3,10 para o metrô e R$ 3,90 para metrô e ônibus, prevista no contrato, é considerada excessiva para o momento. “Nós temos hoje um trecho muito pequeno de metrô em funcionamento, de aproximadamente 5,6 km. Ainda não foi concluída sequer a primeira fase do metrô, de 13 km, que liga as estações Pirajá e Lapa. Em minha opinião, o metrô só deveria funcionar de forma comercial quando chegasse à estação Pirajá, mas estamos dispostos a fazer a integração, contanto que isso não cause prejuízos à população”, afirma. A Sedur, entretanto, esclarece que as tarifas de R$ 3,10 e R$ 3,90 se referem ao sistema metroviário em sua totalidade, com os 40 km previstos nas linhas 1 (Lapa – Pirajá) e 2 (Lapa – Aeroporto). Até lá, a

proposta do governo é operar com tarifas mais baratas. “A população de Salvador poderá comprar um bilhete no valor de R$ 2,20, sendo R$ 1,10 para pagamento aos ônibus e R$1,10 para o metrô. Assim, o usuário que utilizar apenas o metrô pagará a tarifa de R$1,10, e quem utilizar o sistema integrado ônibus-metrô pagará R$2,20”, afirma o secretário estadual. Fábio Mota rebate afirmando que a prefeitura aguarda receber a proposta do governo em caráter ofiFoto: Divulgação

O começo da operação comercial, inicialmente previsto para o dia 15 de setembro, foi marcado para 31 de outubro, quando a cobrança passa a ser adotada, em caráter experimental, com tarifas mais baixas, até a inauguração da Estação de Pirajá. De acordo com o secretário municipal de Urbanismo e Transporte (Semut), Fábio Mota, o Município tem cobrado do governo estadual alguns dados para viabilizar a integração. “Nós ainda não obtivemos resposta do governo nem da concessionária CCR-BA sobre quantas pessoas as estações de integração comportam e quantos passageiros o metrô pode transportar em cada estação. São informações fundamentais para fazermos o planejamento das linhas de ônibus de forma integrada”, explica.

Secretário da Semut, Fábio Mota

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A Entidade Metropolitana mantém sua condição legal, fato reconhecido por onze dos treze municípios da Região Metropolitana de Salvador e pelo Governo do Estado da Bahia

do processo de licitação do Sistema de Transporte Coletivo de Salvador (STCO). A justificativa foi de que o projeto não teria sido levado à Entidade Metropolitana e apresentava dez equívocos técnicos que deveriam ser revistos. Na época, Mota afirmou não reconhecer a entidade, posição que sustentou em sua entrevista à revista Primeira Página. “Nós entendemos que essa instituição, da forma como foi constituída, não tem legitimidade para tratar dos interesses de nossa cidade, principalmente no que diz respeito ao transporte público, que é assunto de competência dos municípios”, afirma. O partido Democratas (DEM) entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a lei que criou a Entidade Metropolitana e também com uma liminar, pedindo urgência no julgamento da ação. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de

De acordo com nota técnica publicada no site da Sedur em 11 de setembro, a integração será realizada mediante bilhete único metropolitano, já em discussão no âmbito da Entidade Metropolitana, e haverá subsídio nas tarifas, como já ocorre em outros estados.

Disputas anteriores A queda de braço dos transportes entre município e estado começou em julho, quando o governador Jaques Wagner emitiu um ofício à prefeitura pedindo a suspensão 30

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Mello, indeferiu a liminar e deu ao governador Jaques Wagner e à Assembleia Legislativa do Estado da Bahia um prazo de dez dias para se manifestarem sobre o assunto. “Com a decisão, o objeto irá a julgamento pelo plenário em 2015. Até lá, a Entidade Metropolitana mantém sua condição legal, fato reconhecido por onze dos treze municípios da Região Metropolitana de Salvador e pelo Governo do Estado da Bahia”, afirma Ribeiro. A Entidade Metropolitana da Região Metropolitana de Salvador foi criada em junho de 2014, com a finalidade de instituir diretrizes sobre o planejamento, a organização e a execução de funções públicas de interesse comum dos municípios que a compõem. Entre as suas pautas prioritárias estão o Plano Diretor de Desenvolvimento Metropolitano, mobilidade e transporte coletivo, saneamento e habitação popular. Foto: Divulgação

cial e considera a tarifa de R$ 2,20 pela integração condizente com o tamanho do metrô, mas questiona a forma como a tarifa seria viabilizada no que diz respeito aos ônibus. “A prefeitura não tem subsídio nenhum na tarifa do sistema rodoviário de Salvador. Precisamos saber mais detalhes sobre essa proposta, pois não há como bancarmos a remuneração dos ônibus”, argumenta.

Secretário da Sedur, Manuel Ribeiro


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Foto: Divulgação

SAÚDE II

Apesar do número expressivo de pessoas acima do peso e obesas, Salvador ainda está abaixo das médias nacionais

População de Salvador está 47% acima do peso, diz pesquisa A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, do Ministério da Saúde, revelou que 47% dos soteropolitanos estão acima do peso e 15% são obesos. Mesmo com esse resultado, Salvador ocupa apenas a penúltima colocação no ranking 32

Primeira Página

de obesidade entre as 27 capitais brasileiras pesquisadas. A capital baiana também aparece abaixo das médias nacionais, que registraram 50,8% de brasileiros acima do peso e 17,5% obesos. “Esses números refletem uma mudança gradativa de consciência

dos soteropolitanos, que passaram a incluir alimentos mais saudáveis em suas dietas", destaca a nutricionista Cláudia Facioli. Os dados, entretanto, ainda não são considerados ideais pela especialista: "O brasileiro, de modo geral, continua comendo de forma inadequada. A má alimentação e o seden-


Foto: Sarah Macmillan

tarismo, aliados ao fator genético, ainda são os principais responsáveis pela obesidade e pelo excesso de peso", destaca Cláudia.

Prevenção Sobre os métodos de tratamento da obesidade, doença associada a males como diabetes e hipertensão, a nutricionista afirma que a prevenção ainda é o melhor remédio. "Existem intervenções, como a cirurgia bariátrica, que são eficazes no combate à doença. Mas o melhor mesmo é evitá-la com exercícios físicos, acompanhamento médico e alimentação saudável. Sempre recomendo consumir, em porções dosadas, produtos orgânicos, shakes, sucos, chás, enfim, alimentos com pouco teor de gordura e que forneçam os nutrientes necessários ao organismo", finaliza a nutricionista.

O brasileiro, de modo geral, continua comendo de forma inadequada Senado x Anvisa O Senado suspendeu em setembro a resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que proibia a venda e prescrição de medicamentos que contêm anfetaminas usadas no controle da obesidade. Com a aprovação, o projeto vai à promulgação. A resolução de 2011 da Anvisa proibia a fabricação, importação, exportação, manipulação, prescrição e

o comércio de remédios com as substâncias femproporex, anfepramona e mazindol na fórmula. Os senadores aprovaram um projeto de Decreto Legislativo sustando os efeitos da resolução. O líder do PT, senador Humberto Costa (PE), posicionou-se contra e defendeu a permanência da resolução. “Essa resolução da Anvisa não foi tirada do bolso do colete. Ela surgiu após estudos profundos e detalhados acerca desses medicamentos", disse Costa. Já para a senadora Vanessa Grazziontin (PCdoB-AM), integrante da Comissão de Assuntos Sociais do Senado, a Anvisa agiu de maneira excessiva ao proibir a comercialização e prescrição desses inibidores de apetite. Ela defendeu que, em vez da proibição, a Agência deveria editar uma norma mais rigorosa para a prescrição e o uso do medicamento. "Nós reconhecemos que o Brasil tem um consumo exagerado, além do necessário, desse tipo de medicamento. Isso, obviamente, traz transtorno à saú-

de das pessoas, no entanto, há pacientes que necessitam desse tipo de medicamento e que são prejudicados com a proibição", disse. A endocrinologista Rosana Radominski, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, disse à Agência Brasil que a liberação de emagrecedores ampliará a lista de remédios disponíveis nas farmácias e facilitará a identificação do mais adequado para o paciente. Ela explicou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tirou do mercado remédios consolidados, que eram uma opção para obesos que não se davam bem com outros tratamentos. “Vamos ter mais opções de tratamento para os pacientes, o que é muito bom, principalmente para aqueles de baixo poder aquisitivo. Há pacientes que não se dão bem com os medicamentos tomados como primeira opção e que ficam sem ter um tratamento adequado”, explicou a especialista, acrescentando que os anfetamínicos custam em média de R$20 a R$25. Primeira Página

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Foto: Hotel Der Oeschberghof / Divulgação

ACADEMIAS

Número de empreendimentos cresceu 29% entre 2009 e 2012

Brasil caminha para a liderança mundial em número de empresas do setor O cuidado com a boa forma é um mercado promissor no Brasil. Segundo pesquisa do Sebrae, o País caminha para se tornar líder mundial em negócios voltados para a prática de atividades físicas, com um crescimento de 29% no número de empreendimentos entre 2009 e 2012. O mercado brasileiro só fica atrás dos Estados Unidos, onde a atividade cresceu apenas 0,7% no mesmo período. “O setor não está tão vulnerável às oscilações da macroeconomia, graças a vários fatores, como a popularização da prática de esportes, a cultura brasileira, que valoriza a boa aparência e forma física, o aumento da expectativa de vida da população e a nova composição de classes socioeconômicas no Brasil”, explica o presidente do Sebrae, Luiz Barretto. 34

Primeira Página


Foto: Tadeu Pereira

O Brasil conta com 21.760 negócios no ramo, com média de uma academia para cada 9,1 pessoas, desempenho superior ao estadunidense, de um estabelecimento para cada 10,5 pessoas. Para o presidente da Associação Brasileira de Academias (Acad), Mario Villas Boas, o fenômeno se deve a fatores como a relação entre qualidade de vida e atividades físicas, além do reconhecimento do profissional de Educação Física. “Também é possível destacar a formação das redes de academias, que impulsio-

Empresários do setor apostam em serviços diferenciados para agregar valor às academias

naram o mercado e fizeram com que os pequenos e médios negó-

a 10ª posição mundial em termos

endimento em comparação com

cios tivessem de se profissionali-

de receita, o que o Sebrae interpre-

sua capacidade no que se refere

zar”, argumenta Villas Boas.

ta como baixo nível de maturidade

a número de alunos e geração de

na gestão dos empreendimentos.

receita. Por isso, muitas vezes, o

“O segmento de academias atende

resultado acaba sendo aquém do

apenas 1,4% da população bra-

desejado”, explica.

O segmento de academias atende apenas 1,4% da população brasileira. Isso demonstra um grande potencial de mercado, mas as academias precisam se profissionalizar

sileira. Isso demonstra um grande potencial de mercado, mas as

Desafios do setor

academias precisam se profissio-

O empresário Manoelito Maga-

nalizar”, afirma o presidente do

lhães, da Academia Espaço 10,

Sebrae.

foge ao perfil citado por Barreto. Administrador de empresas

De acordo com o consultor do

e especialista em marketing, ele

Sebrae-BA, Fabrício Barreto, um

formou com seu sócio, Vinícius

dos desafios do mercado de aca-

Galvão, educador físico e fisiote-

demias no quesito produtividade

rapeuta, a combinação entre ges-

é a falta de planejamento ade-

tão de negócios e conhecimento

Profissionalização do mercado

quado, devido ao fato de muitos

técnico. O resultado da parceria

O mercado de academias movi-

empreendedores possuírem o co-

são duas academias em Salva-

menta R$ 2,45 bilhões por ano e

nhecimento técnico em educação

dor, com aproximadamente 1.100

conta com outros números expres-

física, mas não terem a expertise

alunos. Para Magalhães, um dos

sivos: são 2,8 milhões de alunos

necessária em gestão de negócios.

grandes entraves das academias é

matriculados e 317 mil vagas de

“As pessoas imaginam que podem

a alta carga tributária, juntamen-

emprego direto para profissionais

montar uma academia e não de-

te com alguns fatores inerentes

de educação física. Apesar do

senvolvem um plano para avaliar

à atividade. “Temos de trabalhar

crescimento, o Brasil ainda ocupa

fatores como os custos do empre-

com um grande quadro de funcioPrimeira Página

35


nários e o alto custo de energia

para treino e suplementos alimen-

elétrica, para funcionar nos três

tares também pode ajudar a com-

turnos. O preço do aluguel dos imóveis também é muito caro, assim como de equipamentos de qualidade”, contabiliza. Já o presidente da Acad afirma que o principal desafio do mercado de academias no Brasil é sensibilizar a sociedade sobre a necessidade de praticar atividades físicas sob a orientação de profissionais da área. “No Brasil, país tropical com muitas áreas de lazer

Temos de trabalhar com um grande quadro de funcionários e o alto custo de energia elétrica, para funcionar nos três turnos. O preço do aluguel dos imóveis também é muito caro, assim como de equipamentos de qualidade

plementar a receita do estabelecimento. “Também é interessante desenvolver uma estrutura para atender externamente a condomínios e empresas com ginástica laboral, por exemplo”, cita o empresário.

Demografia das academias no Brasil Das 21.760 academias no Brasil, 99,75% são micro ou pequenas empresas. No total, 68% (14.805) das

ao ar livre, as pessoas têm o costu-

empresas do ramo estão concentra-

me de praticar esportes e se exer-

das em seis estados, três deles da

citar sem o acompanhamento de

conquistar o cliente, vale ofere-

região Sudeste (São Paulo, Minas

um profissional, como é o caso de

cer todo tipo de serviço: personal

Gerais e Rio de Janeiro) dois no Sul

quem corre na praia”, exemplifica

trainer, acompanhamento de nu-

(Rio Grande do Sul e Paraná) e um

Villas Boas.

tricionistas e fisioterapeutas, pila-

no Nordeste (Bahia). São Paulo é o

tes, artes marciais e massoterapia

estado que possui o maior número

Soluções criativas

são apenas alguns exemplos. A

de academias no País, com 6.349

Para driblar os obstáculos da ati-

venda de produtos como roupas

empreendimentos.

recorrem a uma série de alternativas. Uma das mais comuns é desenvolver séries de exercícios que não necessitem da estrutura e custos operacionais de uma academia tradicional. “Existem cada vez mais métodos alternativos e inovadores que acontecem nas ruas e praias, como os clubes de corrida e treinos funcionais. Hoje esses grupos de trabalho personalizado apresentam um grande valor agregado, maior do que o modelo tradicional e com menor custo”, explica o consultor do Sebrae-BA. Segundo Magalhães, na hora de 36

Primeira Página

Foto: Tara Angkor Hotel

vidade, os empresários do setor


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Foto: m3ron - Fotolia.com

ECONOMIA

Após queda do PIB em dois trimestres consecutivos, o Brasil está em recessão técnica? O anúncio do PIB brasileiro no segundo trimestre de 2014 dividiu opiniões sobre o País estar ou não em uma recessão técnica. Há um consenso entre diversos economistas de que o termo se refere a um período de dois trimestres consecutivos com retração do PIB, o que aconteceu realmente. O IBGE 38

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divulgou que no último trimestre a economia brasileira teve uma queda de 0,6% e revisou o desempenho do primeiro trimestre para uma queda de 0,2% (contra uma leve alta de 0,2% anunciada anteriormente). O ministro da Fazenda, Guido Mantega, rechaçou a tese de o Brasil passar por uma

recessão técnica e considerou que o fato “é meramente efeito estatístico”, pois um desempenho positivo no terceiro trimestre pode influenciar uma revisão dos dois anteriores. É a primeira vez que o Brasil repete o desempenho de dois trimes-


Considerar dois trimestres de PIB negativo como recessão é uma análise muito simplória e uma leitura extremamente pessimista da economia

O gerente de estudos técnicos da Superintendência de Desenvolvimento Industrial (SDI) da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Ricardo Kawabe, afirma que o termo recessão técnica é uma convenção, mas que não chega a impactar profundamente a vida das pessoas. No entanto, o economista adverte que o fenô-

meno deve ser encarado como um sinal de alerta. “A situação atual é bem diferente de uma recessão de fato, mas sinaliza que algo na economia está indo errado e medidas precisam ser adotadas para reverter a curva descendente. Se a situação persistir, fatalmente resultará em um impacto negativo no emprego, na renda, no consumo e, por fim, na produção, formando um ciclo vicioso”, adverte.

Razões para o arrefecimento De acordo com Kawabe, a desaceleração do crescimento no Brasil pode ser atribuída a um momento de desconfiança do empresariado em relação à economia, que acaba por refletir em todos os setores da sociedade. Para o economista, o pessimismo se deve a fatores como a conjuntura internacional desfavorável e o desânimo generalizado da população no que diz respeito à classe política. “O clima de desconfiança ocasionou uma forte queda nos investimentos este ano, com impactos que vão

além: quando as empresas investem menos, elas também contratam menos. Apesar de ainda não haver aumento do desemprego, já é possível notar uma redução no surgimento de novos postos de trabalho”, afirma. Segundo Pessoti, o final de 2014 aponta para o início da retomada do ritmo da economia, principalmente a partir do último semestre, quando é estimada uma leve recuperação. Tal momento deve se estender pelo ano de 2015, que para o presidente do Corecon-BA, será marcado pela cautela e por taxas de crescimento moderadas. “Será um ano de arrumação de casa, de rever questões como a diminuição de gastos públicos. Também há previsão de elevação de tarifas públicas, aumento do preço da energia e dos combustíveis, o que pode induzir ao aumento da taxa Selic, o que, por sua vez, significa um ambiente ainda não tão convidativo para a retomada dos investimentos”, projeta. Foto: Divulgação

tres consecutivos de retração do PIB desde o final de 2008, quando o fenômeno foi impulsionado pela crise econômica mundial. Para o presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-BA) e diretor de Indicadores e Estatísticas da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), Gustavo Pessoti, o Brasil não passa por uma recessão técnica. “Considerar dois trimestres de PIB negativo como recessão é uma análise muito simplória e uma leitura extremamente pessimista da economia. Recessão implica grandes elevações na taxa de desemprego, na alta da inflação e na queda do consumo e dos investimentos”, explica.

Diretor de Indicadores e Estatísticas da SEI, Gustavo Pessoti

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Foto: Imagens Evangélicas

AGRONEGÓCIOS

Consultoria SAFRAS & Mercado projeta retração para 2014-2015

Estudo indica tendências na produção de grãos para 2014 e 2015 O bom e velho feijão com arroz de todo dia será menos farto na temporada 2014/2015 do agronegócio. Estudo realizado pela consultoria SAFRAS & Mercado indica que a produção brasileira das commodities deve encolher: a redução será de 20%, no caso do feijão, e de 1%, no caso do arroz. Entretanto, o IBGE aponta que o crescimento geral da safra de cereais, leguminosas e oleaginosas será de 2,8% em 2014, em comparação com o ano passado. Ainda de acordo com o IBGE, a área a ser colhida este ano deve ser de 56,2 milhões de hectares, um aumento de 6,4% em relação a 2013. 40

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Soja De acordo com a SAFRAS & Mercado, a área a ser plantada com soja na temporada 2014/15 deverá crescer 4% na comparação com 2013/14, ocupando 31,213 milhões de hectares. Se o aumento for confirmado e o clima se mostrar favorável, a produção brasileira na próxima temporada deverá bater recorde, somando 94,451 milhões de toneladas, com crescimento de 9% sobre o total colhido em 2013/14, de 86,623 milhões de toneladas.

dos produtores tem sido diminuir a área de verão do milho e plantar mais o cereal na safrinha. A soja ocuparia este espaço”, acrescenta Roque.

para as expectativas favoráveis. “O ano é de El Niño, quando os rendimentos, normalmente, são superiores”, completa o analista.

Milho: área de verão em queda

É importante lembrar que em muitos estados a alternativa dos produtores tem sido diminuir a área de verão do milho e plantar mais o cereal na safrinha. A soja ocuparia este espaço

A área a ser plantada com milho no Brasil, na safra de verão 2014/15, deverá recuar 6,1% na comparação com a temporada anterior, ocupando 5,143 milhões de hectares. Contando com uma produtividade de 5.605 quilos por hectare, acima da obtida no ano passado (4.880 quilos por hectare), a produção da primeira safra brasileira poderá subir de 26,744 milhões para 28,827 milhões de toneladas, com aumento de 8%.

Há ainda um “sentimento” positivo com relação à produtividade da safra 2014/15, o que contribui

Segundo o analista de safras, Paulo Molinari, a confirmação da terceira temporada de queda conseFoto: GOVBA

Entre as regiões, três deverão ter aumento da safra em 2014. O Centro-Oeste deverá ter a maior safra, com 81,3 milhões de toneladas (3,6% superior a 2013). São esperados crescimentos também no Nordeste (43%) e no Norte (3,4%). Sul e Sudeste devem sofrer quedas na produção de 0,4% e 12,6%, respectivamente.

A tendência de aumento da área a ser plantada se baseia na comercialização com preços remuneradores da safra anterior. “A soja tende a ganhar áreas do milho na maior parte dos estados, devido a condições mais favoráveis de preço”, confirma o analista de SAFRAS & Mercado, Luiz Fernando Roque. O analista destaca ainda a opção dos produtores da Região Norte de apostar na soja, com áreas novas e também ocupando áreas de pastagem. “É importante lembrar que em muitos estados a alternativa

A área plantada de milho deverá recuar em 6,1% na safra de verão 2014/2015

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cutiva na área de verão é resultado da tendência de o produtor plantar menos milho na primeira safra, preferindo a soja, e cultivar mais milho no inverno, principalmente no Centro-Oeste.

Esse cenário de quase estabilidade de área está influenciado pelos preços atuais do arroz, que se encontram maiores, se comparados com o mesmo período do ano passado

Foto: Dami Izolan

“A relação de preços favorece a soja. Mesmo assim, há dificuldade para um corte maior no plantio do cereal. Algumas regiões apresentam limitações, pois a área já é baixa. No Rio Grande

do Sul e em Santa Catarina, os preços do milho ainda são bons”, indica Molinari. O levantamento indica uma queda de 1% no plantio da segunda safra, que ocuparia 7,95 milhões de hectares. A produção poderia chegar a 43,5 milhões de toneladas. A safra total brasileira em 2014/15 está estimada inicialmente em 77,99 milhões de toneladas, contra 75,95 milhões do ano anterior. Molinari também alerta para alguns fatores que podem influenciar o resultado final da safra. “Os altos custos de produção podem afetar o nível de tecnologia e os estoques altos de milho pressionam a safra nova”, diz, ressalvando que o El Niño poderá garantir uma produtividade superior à registrada em 2014. “Além disso, a necessidade de rotação de cultura mantém o milho no verão, em algumas regiões”, finaliza.

Arroz: projeção de leve queda A área plantada com arroz no Brasil, em 2014/15, deverá sofrer um leve corte (0,5%), na comparação com o ano anterior, passando de 2,452 milhões para 2,440 milhões de hectares. Levando em conta a produtividade de 5,012 quilos por hectare – 5,036 quilos no ano anterior –, a produção brasileira deverá cair 1%, totalizando 12,230 milhões de toneladas. No ano anterior, a safra somou 12,35 milhões de toneladas. “Esse cenário de quase estabilidade de área está influenciado pelos preços atuais, que se encontram maiores, se comparados com o mesmo período do ano passado”, informa o analista de SAFRAS & Mercado, João Gimenez Nogueira. Ele ressalva que alguns estados, como Santa Catarina, um dos maiores produtores do País, possuem uma tendência de ligeira queda, devido ao receio de que as chuvas atrasem o plantio. Em Tocantins, como ocorreu nos últimos anos, há uma expectativa de aumento da área plantada e da produtividade, devido à maior utilização da tecnologia nas lavouras tocantinenses. O Rio Grande do Sul, maior produtor do cereal no Brasil, com quase 67% do total da produção, deverá apresentar uma queda pouco significativa, em torno de 1,113 milhão de hectares, devido ao leve

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Foto: Divulgação

aumento dos hectares disponíveis para outras culturas.

Feijão: corte consistente na primeira safra A área plantada com feijão na primeira safra deverá recuar 13,7% no Brasil, em 2014/15, ocupando 1,006 milhão de hectares. Na temporada anterior, o plantio ficou em 1,166 milhão de hectares.

A projeção de queda, em grande parte, reflete o atual cenário do mercado, que não apresenta muitas expectativas de mudança, retirando muito mercado de feijão de menor qualidade e sendo menos atrativo para os produtores, que deverão apostar em outras culturas Apostando em uma produtividade 5,5% inferior, de 1.033 quilos por hectare, a produção da primeira safra deverá cair 20,5%, totalizando 1,013 milhão de toneladas. “A projeção de queda, em grande parte, reflete o atual cenário do mercado, que não apresenta muitas expectativas de mudança, retirando muito mercado de feijão de menor qualidade e sendo menos atrativo para os produtores, que deverão apostar em outras cultu-

ras”, explica o analista de SAFRAS & Mercado, Jonathan Pinheiro. A produção recorde de feijão da segunda safra 2013/14 reduziu os preços abaixo do mínimo, provocando queda em todos os estados produtores.

Algodão: área também deverá ser menor Os produtores brasileiros deverão plantar menos algodão na temporada 2014/15. Levantamento de intenção de plantio de SAFRAS & Mercado indica que a área plantada deverá ficar em 1,109 milhão de hectares, com queda de 4,3% sobre a temporada anterior, quando o plantio ocupou 1,158 milhão de hectares. Se for confirmado o aumento de 4,3% na produtividade, a produção brasileira deverá permanecer praticamente inalterada, em torno de 1,7 milhão de toneladas.

“As expectativas do cotonicultor brasileiro para a situação do algodão em longo prazo não têm apresentado muitos pontos positivos. A baixa demanda da indústria somada ao vasto decréscimo nos contratos de pluma com Nova York gerou queda mais acentuada do que o previsto nos preços brasileiros em busca da competitividade”, explica o analista de SAFRAS & Mercado, Rodrigo Neves. Segundo o analista, o aumento de estoques brasileiros deve ser uma consequência direta desse mercado em queda, fazendo com que esses produtores busquem comercializar em um momento mais interessante financeiramente. “Os níveis de exportação, que já estavam abaixo dos anos anteriores devido à ausência da China, apresentaram mais um viés negativo com a concorrência de preços norte-americanos”, completa. Primeira Página

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Foto: Sattriani - Fotolia.com

JUSTIÇA TRABALHISTA

Usado para a fabricação de telhas, o amianto causa diversas doenças pulmonares

Eternit responde a processos no valor de R$ 2 bilhões por exposição ao amianto A briga judicial entre ex-funcionários expostos ao amianto e a Eternit teve mais uma reviravolta. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter o processo do Ministério Público do Trabalho (MPT) contra a companhia, que pede R$ 1 bilhão em danos morais coletivos pela exposição de trabalhadores de uma fábrica (Osasco - SP) fechada em 1993. “Esta ação resgata o princípio da dignidade dos ex-empregados expostos e contaminados pelo amianto e, para a sociedade, representa a sensação de punição do poluidor ambiental pelos danos causados ao meio ambiente e à saúde humana” afirma o procurador do Trabalho, Luciano Lima Leivas. 44

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Foto: Marcel - Fotolia.com

Amianto em seu estado natural

ferentes dos serviços da empresa e o não envio de listagem de trabalhadores expostos para o SUS. A Eternit, através de sua assessoria de imprensa, afirmou que prefere não comentar o assunto.

Processos na justiça do Rio

Esta ação resgata o princípio da dignidade dos ex-empregados expostos e contaminados pelo amianto De acordo com Leivas, entre as práticas de ocultação realizadas pela Eternit estão o não preenchimento de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e o não reconhecimento de placas pleurais como doenças de trabalho. O procurador também destaca a assinatura de acordos individuais com trabalhadores tendentes à renúncia de serviços de diagnóstico di-

Em agosto deste ano, o Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro também entrou com uma ação civil pública contra a Eternit, cobrando o valor de R$ 1 bilhão pela exposição dos trabalhadores ao amianto em sua fábrica na capital fluminense, desde 1984. A ação também pede a interdição de vestiários, reparação de máquinas e equipamentos e a convocação de ex-trabalhadores para exames, por meio de anúncios na mídia. "O MPT entende que a Eternit deve adotar todas as medidas de segurança e saúde no trabalho, além de substituir o amianto, pois já há tecnologia disponível no mercado para substituição desse agente por outros produtos”, defende a procuradora do Trabalho Janine Milbratz Fiorot.

A ação é fruto de um inquérito aberto no MPT em 2008, onde foi constatado que a planta localizada em Guadalupe, Zona Norte do Rio, desobedecia às normas de segurança e mantinha máquinas mal conservadas, que deixavam vazar a poeira do amianto. A mesma investigação concluiu que a empresa não emitia Comunicação de Foto: Divulgação

O processo tramita na justiça paulista desde agosto do ano passado, mas foi suspenso por uma liminar em dezembro, após questionamentos da companhia. Com a cassação da liminar, além da indenização bilionária, o MPT também pede o pagamento de tratamento médico aos ex-empregados que não estejam inscritos em plano de saúde custeado pela empresa. Segundo avaliação feita pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Medicina e Segurança do Trabalho (Fundacentro), com mil ex-trabalhadores, quase 300 adoeceram por contaminação do amianto. Desses, 90 morreram entre 2000 e 2013, número que, segundo o MPT, pode ser muito maior, já que a Eternit ocultou ou dificultou a ocorrência de inúmeros registros.

Procurador do Trabalho, Luciano Lima Leivas

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Foto: Divulgação

de Simões Filho, tramitando em diversas esferas.

Legislação sobre o amianto

Fábrica da Eternit em Simões Filho

Acidente de Trabalho (CAT), com casos de trabalhadores que adoeceram na década de 80 e só tiveram o documento emitido este ano.

Trabalhamos lá sem ter nenhum tipo de informação. Dormíamos na fábrica, em cima de sacas de amianto, sem ter noção do risco que estávamos correndo. Mas a empresa já sabia O amianto na Bahia Muitos dos ex-trabalhadores da planta da Eternit em Simões Filho também buscam reparação na justiça pela exposição ao amianto. É o caso de Belmiro Silva dos Santos, 70, ex-empregado da companhia e presidente da Associação 46

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Baiana dos Expostos ao Amianto (ABEA). Belmiro se aposentou por invalidez no início da década de 90, devido a problemas respiratórios, e em 1999 foi diagnosticado com placas pleurais, doença pulmonar decorrente da exposição ao material. “Trabalhamos lá sem ter nenhum tipo de informação. Dormíamos na fábrica, em cima de sacas de amianto, sem ter noção do risco que estávamos correndo. Mas a empresa já sabia”, afirma. De acordo com ele, de 2003 até março de 2014 foram contabilizados 63 óbitos de ex-trabalhadores da Eternit com suspeita de doenças causadas pelo amianto, sete deles de pessoas com ações na justiça contra a empresa. A maioria dos casos não obteve confirmação da causa da doença devido à falta de laudos médicos. Segundo Belmiro, existem 33 processos de ex-empregados da companhia na justiça trabalhista

No Brasil, a extração, industrialização, utilização, comercialização e transporte do amianto crisotila e dos produtos que o contenham, em todo o território nacional, é disciplinada pela Lei Federal nº 9055/95. O amianto é proibido em 66 países (incluindo todas as nações da União Europeia) e no Brasil seu uso já foi banido nos estados de São Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Mato Grosso, além de diversos municípios. Na Bahia existe um projeto de lei (16.035/2007) que visa proibir o uso do material em todo o estado, arquivado no dia 22 de maio de 2014.

Os riscos do amianto O amianto é uma fibra natural sedosa, ainda muito utilizada na indústria devido a características físico-químicas como resistência a temperaturas, flexibilidade e durabilidade. No entanto, sua inalação por períodos prolongados faz com as fibras se alojem nos pulmões, causando diversas doenças. Entre os males causados pelo amianto estão as placas pleurais (espessamento da pleura, membrana que envolve o pulmão), a asbestose (doença crônica pulmonar de caráter irreversível e progressivo) e cânceres como o de pulmão, do trato gastrointestinal e o mesotelioma, que atinge a pleura e o peritônio (membrana que cobre a parede abdominal).


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Foto: Lucas Silva

ARQUITETURA E DESIGN

Escritório produzido pelos arquitetos André Figueredo e Alex Galletti para Empório FG

Design que faz a diferença na decoração Presente na Casa Cor Bahia 2014, a Alfaiataria da Madeira prima por um trabalho requintado de marcenaria, utilizando material altamente sofisticado, capaz de conferir elegância e exclusividade aos mais diversos ambientes. Quem não deseja ter uma residência com sua personalidade, a começar por móveis exclusivos? Conseguir imprimir a “nossa cara” na decoração é uma tarefa 48

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difícil, mas não impossível. Aliás, é só dar uma conferida na exposição Casa Cor Bahia 2014 e ter acesso a dicas importantes de decoração para todos os ambientes.

A Alfaiataria da Madeira, marcenaria que confecciona móveis de madeira exclusivos e sob medida, está com seus móveis expostos na Sala de Jantar, todos assina-


Foto: Lucas Silva

dos pelo arquiteto Wesley Lemos. Criada em 2011, a Alfaiataria da Madeira tem à frente a dupla de arquitetos André Figueredo e Alex Galletti, que criaram a marcenaria a partir da necessidade de oferecer aos clientes móveis sofisticados, elegantes e diferenciados. Um dos seus diferenciais é a assinatura de grandes nomes do design e da arquitetura baiana e brasileira.

Foto: Lucas Silva

Os móveis da Alfaiataria da Madeira são ideais para cozinha, closet, painéis, home theater, home office, varanda e área gourmet. Todos os

Showroom de cozinha gourmet da Empório FG

Sala de reunião produzida pelos arquitetos André Figueredo e Alex Galletti para Empório FG

produtos da marcenaria são feitos sob medida e com design conceitual, trazendo tendências das grandes mostras e dos salões da decoração e arquitetura mundiais, principalmente o Salão Internacional do Móvel de Milão.

Um dos seus diferenciais é a assinatura de grandes nomes do design e da arquitetura baiana e brasileira Mais uma exclusividade é que outros arquitetos, designers e decoradores podem desenhar seus móveis para que a Alfaiataria da Madeira os produza. “Nesse tipo de serviço, nossos profissionais entram como engenheiros da peça. Sendo assim, o móvel sai em completa harmonia com a proposta, perfeito e sem avaria”, pontua Galletti.

Material Para a produção das peças, a Alfaiataria da Madeira utiliza o MDF e a madeira de demolição. No acabamento são utilizados madeirados exclusivos da Duratex – padrão de qualidade em insumos –, cortados a laser, na medida de cada projeto. Outro diferencial de acabamento é o uso de espelhos, vidros laqueados, couros, camurças e laca com brilho ou fosca. A marcenaria não abre mão também do uso de sistema especial de abertura da Blum, marca alemã de alta qualidade e tecnologia. “Nossas peças sempre trazem detalhes que fazem da Alfaiataria uma marcenaria de alto nível, cujas peças são produzidas sob medida, a exemplo dos puxadores com swarovski”, enfatiza Galletti. Dentre os móveis produzidos pela Alfaiataria da madeira, o destaque vai para as peças home, como aparadores, buffets, adegas etc., móveis de decoração que com conferem charme e beleza incomparáveis às nossas residências. Primeira Página

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Com uma equipe formada por técnicos de ponta, a Alfaiataria da Madeira se distingue de muitas marcenarias pelo trabalho artesanal apurado e pelo uso de material de qualidade, como a laca – tintura que deixa o móvel sem imperfeições, com a superfície lisa e homogênea.


NOTAS SOCIAIS

Arquitetos fazem upgrade na UPB Sofisticação. Esta é a palavra que resume a nova sede da União dos Municípios da Bahia. A instituição resolveu dar uma repaginada no prédio onde está instalada e acertou em cheio. Não é pra menos. Os responsáveis pelo upgrade foram nada menos que os badalados arquitetos André Figueredo e Alex Galletti, sócios e donos das empresas Empório FG, Alfaiataria da Madeira e 3A do Brasil Arquitetura.

RH reunido Orgulho define o sentimento que tomou conta de Ana Claudia Athayde, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos na Bahia, em setembro. A executiva esteve à frente do IX Congresso de Gestão de Pessoas – o mais importante evento do setor no Norte e Nordeste. Esta edição do congresso discutiu o tema “Gestão de Pessoas: passado, presente e futuro... Onde queremos estar e quem queremos ser nos próximos 25 anos?” e contou com a participação de especialistas de diversas partes do Brasil, confirmando, assim, a importância da Associação e o prestígio da gestora.

Mais investimentos na indústria naval Toshimi Deguchi, diretor da Daihatsu para a América do Sul, já está mexendo os pauzinhos para implantar uma fábrica da empresa no Brasil. E o melhor: a unidade pode vir para a Bahia. Ele se encontrou com o secretário da Indústria Naval e Portuária da Bahia, Carlos Costa, para assinar um acordo de intenções. “Estamos esperando por novos negócios”, disse Deguchi. 50

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Reunião de VIPs A nata da economia baiana esteve reunida em Camaçari, em setembro, para a inauguração de uma fábrica do Grupo O Boticário no município. Estiveram presentes ao evento o governador Jaques Wagner, o prefeito de Camaçari, Ademar Delgado, o presidente do grupo O Boticário, Artur Grynbaum, o diretor de Operações do grupo, Giuseppe Musella, além de representantes de instituições empresariais e do BNDES. A unidade começou a ser construída em 2012 e recebeu R$ 380 milhões em investimentos.

Medalhistas baianos Gustavo Gomes e Daniel Amaral encheram os baianos de orgulho em setembro. Os dois ex-alunos dos cursos técnicos do Senai conquistaram a medalha de prata na Olimpíada do Conhecimento 2014, na modalidade Mecatrônica. O evento é a maior competição de educação profissional das Américas. O torneio, promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) a cada dois anos, reúne estudantes de cursos técnicos e de formação profissional do Senai e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

Direto de Marte A Universidade Católica do Salvador realizou uma palestra “de outro mundo” em outubro. A instituição convidou a engenheira Nagin Cox, do laboratório de propulsão a jato da agência espacial americana, NASA, para falar da sua trajetória profissional e do papel das mulheres na ciência. Cox trabalha atualmente no Mars Science Laboratory (MSL), responsável pelo desenvolvimento do veículo Curiosity Rover, usado para pesquisas em Marte. O veículo está no planeta desde 2012. Para essa missão ela trabalhou como engenheira de bordo assistente e hoje coordena a equipe operacional do veículo. 52

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Cantos e encantos baianos Ambientalista irremediável, o fotógrafo Bel Saffe realizou uma belíssima exposição fotográfica no Salvador Norte Shopping, em outubro. A exposição Bahia Cantos e Encantos exibiu imagens do Farol e do Porto da Barra, da Ponta do Humaitá, do Mercado Modelo, do balneário de Praia do Forte e de paisagens paradisíacas da linda ilha de Boipeba. Bel tem se destacado internacionalmente por utilizar a técnica HDR, que realça as tonalidades das cores e os contrastes da imagem, deixando-as com aparência cada vez mais real.

Novos diretores tomam posse Rogério de Faria decidiu colocar um pouco mais de peso sobre seus ombros. Ele é o novo presidente do Sindicato da Indústria de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar do Estado da Bahia (Sindratar-BA). Com 30 empresas associadas, o sindicato tem como meta dobrar o número de filiadas até o final do mandato, em 2016. “Pretendemos sensibilizar empresas também no interior do estado, destacando a importância do associativismo para a defesa de interesses comuns”, ressaltou Rogério, que tem quase 30 anos de atuação no setor.

Empresa baiana é a que mais cresce Claudio Solrac e Carlos Ribeiro andam esbanjando bom humor! O motivo de tanta alegria não é segredo: a Translogistics Tecnologia Ambiental, empresa que atua na área de Gestão Integral de Resíduos Industriais, é uma das cinco pequenas e médias empresas que mais crescem no Brasil e a campeã do Nordeste. O crescimento anual entre 2011 e 2013, foi superior a 100%, o que comprova o talento e motivação da equipe comandada pelos irmãos. Os empresários estiveram em São Paulo recentemente, onde foram premiados pela revista Exame PME e Deloitte, por seu excelente desempenho. 54

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