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GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
Disfunção Sexual Feminina Atualmente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece a sexualidade como um dos pilares da qualidade de vida dos homens e das mulheres. Na última década, observou-se que as mulheres têm recorrido com maior frequência à sua ginecologista, em busca de esclarecer suas dúvidas e encontrar soluções para os problemas que interferem em sua qualidade de vida, em especial aqueles ligados à sua função sexual. No entanto, o que se percebe na prática clínica nos consultórios médicos é a alta prevalência de disfunção sexual entre as mulheres, mas a grande maioria das pacientes sentem vergonha ou dificuldade em falar do assunto e alguns médicos não avaliam, ou deixam em segundo plano, a vida sexual de suas pacientes, ou por não se sentirem confortáveis em abordar a sexualidade ou porque desconhecem as técnicas de investigação e tratamentos. O desejo sexual hipoativo é a queixa mais frequente entre as mulheres com problemas sexuais, podendo ser causado por alterações hormonais, vaginismo, dispareunia, dor pélvica crônica, dentre outros fatores que podem causar ou potencializar esse sintoma. Estima-se que entre 40 e 45% das mulheres
e de 20 a 30% dos homens têm alguma queixa de disfunção sexual. No Brasil, a sexologia ainda é um campo relativamente novo dentro da especialidade de Ginecologia e Obstetrícia e possibilita a qualificação do médico para o acesso às estratégias de abordagem das queixas sexuais. O tratamento das queixas sexuais envolve medidas gerais para o controle dos sintomas somáticos, psíquicos, locais e dificuldades com o parceiro e medidas específicas que contemplem as queixas individuais. Tornou-se um desafio melhorar, cada vez mais, a qualidade de vida dessas pacientes, minimizando os sofrimentos emocionais e físicos que podem acometê-las e cabe também ao ginecologista diagnosticar, tratar e/ou encaminhar essas pacientes quando necessário.
Dra. Hanimme Nogueira Ginecologia e Obstetrícia CRM/MS 6520 | TEGO 0133/2014 | RQE 4370 Foto: Guilherme Molento