REVISTA PORTAL SAÚDE CUIABÁ - 8ª EDIÇÃO

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“MEU PAI, O GALVÃO, ME LEVOU PARA O AUTÓDROMO DE JACAREPAGUÁ EM 1984 NA FÓRMULA 1 E FOI LÁ QUE EU CONHECI O AYRTON SENNA. ALI, EU, COM CERTEZA, ME APAIXONEI PELO AUTOMOBILISMO.”

Correr. Em 1995, em sua estreia pela Copa Fiat Uno, você já foi escolhido como melhor estreante. De onde essa paixão? Evidentemente essa paixão foi começando de pai para filho. Meu pai, o Galvão, me levou para o Autódromo de Jacarepaguá em 1984 na Fórmula 1 e foi lá que eu conheci o Ayrton Senna. Ali, eu, com certeza, me apaixonei pelo automobilismo. Kart aos 12 anos. Como foi sua evolução para Stock Car? Eu tive uma carreira diferente dos pilotos atuais. Eu comecei mais tarde do que os pilotos começam hoje. Eles iniciam no kart com 7 ou 8 anos e eu fui começar apenas com 12. Depois do kart, eu passei pela Copa Fiat, pela Stock Light e cheguei à Stock Car em 2002. Acredito que hoje eu possa ser até uma referência para as novas gerações de pilotos, já que, para chegar à Fórmula 1, é preciso muito dinheiro, talento e estar no lugar certo e na hora certa. Recorde de velocidade em Bonneville Salt Flats em 2010, 345 km/h, o que você sentiu nesse momento? Alcançar 345 km/h de velocidade é muito mais do que a gente esperava. Não foi um trabalho feito apenas nos dois dias em que ficamos, decerto. Foram meses de preparação. Foi uma adrenalina muito grande e saí com uma resposta pronta para quando me perguntam até quanto pode chegar, de velocidade, um Stock Car.

“SE EU NÃO TIVESSE UM MERCADO PARA CORRER AQUI NO BRASIL, EU TERIA QUE PROCURAR ME ESTABELECER NO AUTOMOBILISMO EM OUTROS PAÍSES.”

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Qual seu melhor campeonato, melhor troféu? Qual não está na sua história? Acho que o primeiro título em qualquer categoria é sempre inesquecível, mas eu não acho que existiu algum campeonato em que eu tenha sido melhor em relação aos outros títulos. Eu procuro sempre ver as virtudes em todos eles. Acho que o melhor troféu é sempre o próximo que está por vir. Quem sabe nessa próxima etapa com a Cimed Racing. Automobilismo no Rio de Janeiro acabou mesmo? Eu fico na torcida para que a gente tenha um novo autódromo em breve. Sei que é muito difícil e o processo é longo, passa por muitas barreiras políticas e financeiras, mas tenho certeza de que é o sonho de todos que um dia pisaram no Autódromo de Jacarepaguá, uma pista que foi histórica para o automobilismo brasileiro. Você recebeu muitas propostas para correr fora do Brasil, participar de outros campeonatos, por que se manteve na Stock Car? Eu fiz várias corridas internacionais, morei alguns anos na Argentina, mas sempre gostei muito de morar no Brasil e ficar perto da minha família. As vitórias e títulos na Stock Car também ajudaram. Se eu não tivesse um mercado para correr aqui no Brasil, eu teria que procurar me estabelecer no automobilismo em outros países.


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