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ANTÔNIO JOSÉ GONÇALVES FALA SOBRE O A QUALIDADE DA FORMAÇÃO, O NÚMERO EXPONENCIAL DE PROFISSIONAIS NO BRASIL E A CRIAÇÃO DESENFREADA DE ESCOLAS MÉDICAS VÊM SENDO FOCO DE ATENÇÃO E DE MUITA PREOCUPAÇÃO ENTRE OS MÉDICOS BRASILEIROS
from REVISTA APM #28
Aqualidade da formação, o número exponencial de profissionais no Brasil e a criação desenfreada de escolas médicas vêm sendo foco de atenção e de muita preocupação entre os médicos brasileiros. No intuito de pontuar as iniciativas que devem ser tomadas diante desta grave situação, o vice-presidente da Associação Paulista de Medicina e secretário geral da Associação Médica Brasileira, Antônio José Gonçalves, participou de uma audiência pública da Comissão Mista da Medida Provisória 1.165/23, do Mais Médicos, no último dia 16 de maio, realizada no Senado Federal.

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Durante a apresentação, Gonçalves relembrou que esteve recentemente com o Ministério da Educação debatendo o assunto e reforçando dois objetivos fundamentais das Associações, de defender a dignidade e os interesses do médico e resguardar que a população tenha uma assistência de Saúde com qualidade.

“Nós temos nos preocupado, na AMB, com a questão geral do médico. Temos feito uma série de eventos no sentido de melhorar a formação. O total de médicos é por volta de 600 mil, e a nossa população é de 210 milhões. As capitais têm um índice de médicos completamente elevado, enquanto o interior sofre com o problema de que os médicos não se fixam ali, mesmo com as escolas instaladas na região, eles se formam e vão para os grandes centros”, explicou. Dentre os presentes na audiência, esteve o presidente da Comissão Mista e deputado federal Dorinaldo Malafaia; a relatora e senadora Zenaide Maia; o secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Nezio Fernandes; o coordenador geral de Expansão e Gestão da Educação e Saúde do
Ministério da Educação, Pedro Luíz Rosalém; e o presidente da Federação Nacional dos Médicos, Gutemberg Fialho, entre outros.
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O vice-presidente da APM relembrou que, de 2012 para 2022, houve um aumento de mais de 84% de médicos formados no Brasil, passando de 260 mil para 495 mil, por conta das políticas públicas implementadas. “A abertura indiscriminada de escolas forma médicos com uma qualidade muito ruim. Isso se repete na residência. Porque eles não se formam bem, entram na residência com um alicerce que não está bom, vão tentar se especializar e isso faz a qualidade dos residentes também cair. Tanto que, recentemente, na residência de Cirurgia, tivemos que aumentar o tempo de dois para três anos, já que a formação que o residente recebia não era suficiente para poder sair operando”, relembrou.
