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de água, de efluentes e água para caldeira (Veolia Water Technologies). A planta química ficou sob a responsabilidade da AkzoNobel. A Time-Now Engenharia também foi contratada nesse período e desde então vem atuando como gerenciadora de construção e montagem da segunda linha de produção de celulose da fibria, abrangendo as áreas de gestão da implantação, planejamento e riscos, qualidade, administração de contratos, logística, comissionamento, engenharia, apoio a suprimentos, um novo viveiros de mudas, um túnel off-road, o terminal intermodal e o terminal portuário.

BALANCE-OF-PLANT (BOP) O engenheiro Mauricio Miranda Pereira explica que para a construção da segunda linha de produção da Fibria, foi necessária a contratação de uma empresa que pudesse fazer o projeto e o gerenciamento do balance-of-plant (BOP), para que as ilhas e a infraestrutura fossem interligadas dentro do empreendimento com sucesso e assegurasse a operação da planta no prazo. Nesse caso, foi contratata a Pöyry para o desenvolvido do BOP na modalidade EPCM (engineering, procurement and construction management). Assim, a multinacional finlandesa de serviços de engenharia gerenciou 14 empresas especificamente nesta iniciativa. A Fibria manteve estreito contato com a Pöyry, principalmente nas definições na fase de engenharia, face aos compromissos assumidos e a necessidade de viabilizar o cronograma, além de busca de alternativas técnicas que reduzissem ao máximo os custos de implantação do projeto. Segundo a projetista, uma das soluções adotadas no projeto para a redução de custos foi aumentar o vão entre as linhas de centro dos pilares de concreto dos pórticos de tubulação (pipe rack) para 24 m, e reduzir o comprimento dos módulos metálicos que suportam as tubulações para 18 m. Com essa

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configuração, obteve-se uma redução de custo de implantação da obra civil e metálica do pipe rack em cerca de 20%. Outro trabalho que a empresa de engenharia destaca do BOP envolveu os turbos geradores, com capacidades de 149 MW (TG3) e 126 MW (TG4), que ficam abrigados em um prédio e de onde é distribuída a energia para as demais subestações localizadas na planta. De acordo com a Pöyry, foram estudadas várias alternativas de layout e a que trouxe mais vantagens foi a de se colocar os TGs em paralelo, diminuindo as dimensões do prédio, o que possibilitou uma redução de custo nas obras civis da ordem de 6%. A Pöyry também foi responsável pelo projeto e gerenciamento da implantação dos compressores, chillers de água gelada, chaminés, torres de resfriamento da evaporação e utilidades, sistemas de óleo diesel e combustível, geradores de emergência, lagoa de água pluvial, células de rejeitos industrial e orgânico, captação de água bruta, adutora de água bruta, emissário de efluente tratado, iluminação externa, sistemas de ar condicionado, detecção e combate a incêndio, pistas de acessos leste e oeste, adequação dos non process buildings, obras de urbanização, paisagismo, sinalização vertical e horizontal. AUTOSSUFICIÊNCIA EM GERAÇÃO DE ENERGIA A unidade da Fibria em Três Lagoas possui autossuficiência energética. Toda a energia consumida é gerada na própria fábrica, por meio de biomassa proveniente de cascas do eucalipto e biomassa líquida resultante do processo indwustrial. Com o aumento da capacidade de produção, o complexo industrial passará a ter um excedente de 130 MWh, que será disponibilizado no sistema elétrico nacional. ESCOAMENTO DA PRODUÇÃO Um túnel foi escavado por debaixo da rodovia BR-158 ligando áreas florestais da Fibria próximas à unidade industrial da empresa. Isso permitirá que caminhões penta trens (com cinco


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