Revista nossa - 3ª edição

REVISTA

RIO DAS PEDRAS ANO 3 • NÚMERO 3 • ABRIL 2013 • R$ 10

O Carnaval renasce Outrora famosa pelos excelentes bailes de Carnaval, Rio das Pedras experimentou novamente o gostinho de ver os dias de festejo despertarem a vontade no povo de cair na folia. Há mais de uma década que o Carnaval de Rio das Pedras estava ‘morto’. Este ano, a cidade teve um Carnaval diferente do que estava acostumada. Ao invés de acontecer no salão, a folia foi armada na rua.

APRESENTAÇÃO

Agora com edição bimestral RODRIGO GUADAGNIM

A

dedicação e o dinamismo necessários para confeccionar uma pubicação impressa com qualidade editorial e viabilidade comercial levaram à decisão de interromper momentaneamente a circulação do jornal O RIO-PEDRENSE para focar exclusivamente na publicação da Revista Nossa Rio das Pedras. Anteriormente publicada como edição comemorativa ao aniversário da cidade, Nossa passará a ter circulação bimestral, a partir deste mês de abril.

Nossa surge com a proposta de ser uma revista de atulidade, com conteúdo leve, bem-humorado e nostálgico. Serão presenças constantes nas edições as colunas sociais, as homenagens a algumas pessoas falecidas no bimestre, reportagens sobre os assuntos mais relevantes da conjuntura atual e a presença de colunistas fixos.

O leitor terá acesso a outras homenagens a pessoas falecidas nos últimos meses. Algumas delas a personalidades que se tornaram públicas, como o médico José Durante, o Dr. José, que chegou a concorrer a prefeito na década de 80; como também a Norival Rubinatto, que foi secretário de Educação até o final de 2012; e como Antonio Basso, conhecido cantor de cururu e ex-técnico da Associação Atlética Riopedrense no seu momento de maior prestígio, quando o time disputou a terceira divisão do futebol paulista no final da déca de 70 e início dos anos 80.

A atuação determinante (direta ou indiretamente) nos rumos de Rio das Pedras nos últimos 30 anos é a razão do espaço maior dedicado a ele. Nossa, nesta edição, não vai entrar no mérito da qualidade administrativa do ex-prefeito Victório.

O que nos dispomos a fazer aqui é uma homenagem, como fazemos para tantas outras pessoas. E nas homenagens, o lado bom sempre prevalece.

••• Entre os artigos, dois são de profissionais especialistas em suas áreas: o dentista Rodrigo Giovani Camargo e psicólogo Robson Santos. Ambos serão presenças constante nas edições de Nossa, com a possibilidade de outros profissionais também passarem a figurar entre os colunistas fixos nas próximas edições.

Mas há espaço também para pessoas comuns, ou seja, que não se tornaram personalidades públicas mas que eram queridas pelos que as conheceram. Caso de Tereza Giacomeli Pascon, João Antonio Righi e Nelson Teixeira da Silva, o Capataz. Os dois primeiros são oriundos de famílias tradicionais rio-pedrenses, Há também o professor de história Toni••• já Capataz é um migrante vindo do Rio nho Martins, que irá colaborar conosco esEntre as reportagens que abordam a con- Grande do Norte para trabalhar e que crevendo artigos com teor saudosista, cojuntura atual, uma fala sobre o 7º encon- acabou ficando por aqui. mo o que fala sobre as semanas santas em tro de prefeitos, no qual foi anunciada a Rio das Pedras. Toninho também fez um primeira verba para o Aglomerado Urba- O destaque entre as homenagens da artigo em homenagem a Idalina de Andrano de Piracicaba. As ideias do novo pre- edição é a direcionada ao ex-prefei- de Leone, a dona Idalina, que faleceu aos sidente do Conselho de Pastores também to Victório Olívio Cezarino. Vereador e 99, no início deste ano. Idaliana havia sisão apresentadas; Nossa traz também presidente da Câmara por um mandato; do homenageada na edição anterior da reum perfil e os pontos de vistas do novo prefeito por dois mandatos, Vitorinho, vista. O que faz com que nosso trabalho presidente da Câmara, Francisco Mar- como era populamente conhecido, teve assuma um valor especial, afinal de coninfluência determinante na vida política tas conseguimos prestar uma homenatins de Souza (PPS), o Tiquinho. de Rio das Pedras, mesmo nas eleições gem a ela em vida. E é isto que pretenem que não participou.

••• demos fazer nas próximas edições: continuar homenageando quem partiu, mas As páginas sociais desta edição dão desprincipalmente contar algumas histórias taque especial para o Carnaval 2013, de quem continua conosco. que marcou a volta das famílias rio-pedrenses ao festejo popular. A carnavales••• ca Luiza Pereira de Aguiar, a dona Dirce, homenageada pela organização do carnaE não deixem de ler a reportagem sobre val, também recebeu uma homenagem a mulher que encontrou a câmera fotode Nossa, pela dedicação com a qual degráfica. Sem a boa ação dela, a confecção “O destaque entre as sempenhou suas atividades para dar um desta edição seria comprometida. pouco mais de alegria ao povo de Rio das homenagens da edição Pedras durante os carnavais.

Boa leitura.

•••

é a direcionada ao ex-prefeito Victório Olívio Cezarino”

RODRIGO GUADAGNIM, Editor

@rodrigo_guada

SUMÁRIO

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CARNAVAL 2013 Reestruturado pela prefeitura, Carnaval Popular proporcionou 4 dias de uma grande festa

06 TEM CARÁTER Depois de achar câmera profissional, mulher procura dono do aparelho e consegue devolvê-la

32 MEMÓRIA ESPECIAL Trajetória e curiosidades sobre os 30 anos de vida política do ex-prefeito Victório Cezarino

12 DONA IDALINA A 1ª professora genuinamente rio-pedrense faleceu no dia 8 de janeiro de 2013 aos 99 anos

44 CONFRATERNIZAÇÃO Deputado estadual Roberto Morais organiza 7º Encontro de Prefeitos na cidade de Piracicaba

16 EVANGÉLICOS Conselho de Pastores, agora presidido pelo pastor Israel, quer unir mais as igrejas da cidade

62 SERTANEJO Mesmo com chuva, a dupla Lucas e João Pedro atraiu mais de 1500 pessoas ao Clube de Campo

18 O PRESIDENTE Francisco Martins de Souza, o Tiquinho, fala dos desafios de comandar a Câmara de Vereadores

64 DEMOCRATA Torcida foi fundamental na conquista do Amador.

Para comemorar, churrascão para todo mundo

REVISTA NOSSA Uma publicação de Editora Guadagnim Ltda ME CNPJ: 11.432.681/0001-83 Rua Massud Coury, 864 Rio das Pedras/SP CEP 133900-000 e-mail: revistanossarp@gmail.com Circulação bimestral RESPONSÁVEIS Rodrigo Guadagnim, Editor Fabiana Pizzo, Projeto gráfico e diagramação DATAS DE CIRCULAÇÃO EM 2013 1ª edição a partir de 12/04 • 2ª edição a partir de 07/06 • 3ª edição a partir de 09/08 • 4ª edição a partir de 04/10 • 5ª edição a partir de 05/12

ASSINATURA ANUAL (DIREITO A 6 EDIÇÕES) Parcela única de R$ 50,00 ou 4x de R$ 12,50 no cartão de crédito Valor da edição para venda em banca: R$ 10,00 PUBLICIDADE E ASSINATURA (19) 9738-0436 ou (19) 8161-0307 revistanossarp@gmail.com

CARÁTER

‘Ainda tem gente honesta’ RODRIGO GUADAGNIM

Maria passa por dificuldades na cidade

Maria Rosa da Silva com a família: orgulho de ser honesta

Mãe de família humilde acha câmera profissional, devolve e pede de recompensa: foto com a família

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aria Rosa da Silva, 34, estava caminhando com suas filhas, Tainara e Talita, no início de fevereiro quando avistou uma bolsa bege no muro da delegacia de Rio das Pedras, ao lado da Câmara de Vereadores, no Centro. Dentro dela, estava uma câmera fotográfica profissional da marca Canon. “Fiquei nervosa quando vi. Tentei encontrar de quem era, perguntando para as pessoas que estavam passando por lá, mas ninguém sabia”, conta Maria. “Teve um homem que falou que, caso eu não achasse o dono, podia vender para ele por R$ 200, mas recusei e a levei para casa. Não podia fazer isso com algo que não era meu”, diz ela.

Maria pediu para a filha Tainara olhar melhor a câmera. A menina começou a ver as fotos que estavam no cartão de memória da câmera e deduziu que seria de alguém que trabalhava em algum meio de comunicação, pois havia várias fotos de pessoas públicas do município.

“Eu pedi ajuda a um amigo meu, que co6

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nhece pessoas públicas, para tentar localizar o dono. Foi assim que eu descobri que a câmera era do Rodrigo Guadagnim”, conta Maria. “Fiquei muito feliz em ter encontrado a câmera e poder devolver para o Rodrigo. Ele precisa dela para o trabalho e aquelas fotos com certeza fariam muita falta”, completou Maria. Assim, Rodrigo Guadagnim, editor da Revista Nossa, foi informado que Maria havia achado a câmera e foi até a casa dela buscar o aparelho.

“Não sei o que me deixou mais feliz: ter encontrado a câmera ou a atitude de quem a encontrou, uma família humilde, que passa por dificuldade, mas que dá exemplo de honestidade. O que a Maria fez é uma lição de caráter que devemos reforçar todos os dias, principalmente por vivermos uma época em que a cultura do ‘levar vantagem’ é a que impera” diz Guadagnim.

“Obviamente que uma recompensa financeira foi dada à família. Mas o curioso foi que ela não pediu dinheiro. A única coisa que ela me pediu foi: ‘agora tire uma foto minha com a minha família e coloque num jornal igual fazem com aquelas pessoas que acham dinheiro e devolvem. Quero mostrar para todo mundo que ainda existe gente honesta”, seja feita a vontade de Maria. Ela merece, não acha?

Em 2008, Maria Rosa da Silva e seu esposo Valdecir Nicoletti (o Gaúcho) vieram para Rio das Pedras com os cinco filhos (Leonardo, Talia, Tainara, Talita e Lucas) por influência do irmão dela. Até então, a família morava na cidade de Itajaí, em Santa Catarina, mas acabou perdendo tudo o que tinha depois de uma enchente atingir a casa deles; com isso, partiram em busca de um recomeço. Na cidade nova, o casal começou trabalhando na roça. Em 2010, foram trabalhar em um sítio de uma família rio-pedrense e, em novembro do ano passado, precisaram voltar a morar na cidade. Mais dois filhos integraram a família: Natiele e Maria Luiza. Atualmente, Maria não trabalha para poder cuidar dos filhos.

A única renda da família é fruto do trabalho de Valdecir na roça e eles moram em uma pequena casa alugada.

Entretanto, eles terão que deixar o imóvel em breve, pois o proprietário precisará reformar o local. “Desde que chegamos à cidade, esse é sem dúvida o momento mais complicado que já passamos. Eu, meu esposo e nossos filhos gostamos muito da cidade e realmente queríamos ficar aqui, mas está cada vez mais difícil”, relata Maria. Agora, a família busca ajuda de pessoas caridosas para poder continuar morando na cidade.

COLUNA

Renomado intelectual fictício, Guido L GUIDO LADINO FOTO S : D I V U LG AÇ ÃO

E como tem se mostrado gente boa esse novo papa! Muita gente se pergunta até como pode ser argentino. Mas é aí que está a grande virtude dele. Argentino humilde?! Só pode ser santo, mesmo.

Fontes altamente confiáveis, parentes meus, remanecentes da família Ladino que ficaram na Itália, me contaram os detalhes do conclave. Disseram-me que no primeiro dia houve grande impasse.

Tudo se encaminhava para longos embates e um dos conclaves mais longos da história do catolicismo. Até que um cardeal teve a ideia de sugerir que todos fizessem uma breve apresentação, ressaltando suas qualidades.

Quando chegou a vez do argentino Jorge Mario Bergoglio, ele não quis falar. O brasileiro d. Cláudio Hummes que estava ao lado dele tomou a palavra e fez as vezes de Bergoglio. “Ele prefere não falar, é muito humilde”.

Foi então que um cardeal se virou para o outro e todos disseram em uníssono: “habemus papam! Ser humilde na Argentina! Ninguém aqui tem qualidade que chegue aos pés desta!”.

Aliás, a grande maioria do povo argentino já está torcendo o nariz para esse novo papa. Isso porque, o papa Franscico tem dito que será o papa dos pobres: “Sendo assim, ele não olhará por nosostros!”, exclamam os argentinos.

E o que eu queria ver mesmo era o Pedro Bial anunciando o novo papa com um poema em latim. Aliás, se o Bial for mesmo contratado pelo Vaticano, sugiro que a eleição do novo papa deixe de ser um conclave (reunião fechada a chaves) e passe a ser feita em sistema eliminatório, como no Big Brother.

Já imaginaram, a cada eliminação de cardeal, um discurso inspirado do Bial?

Em latim! Batatinha quando natus...

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E se o papa anterior era o Bento e esse é Chico, o próximo papa, se for brasileiro se chamará Chico Bento, o 1º papa caipira.

••• E reportagens publicadas este ano deixam no ar a hipótese de a superservidora Rosemary Noronha ser amante do ex-presidente Lula. Bobagem, Lula não ter perfil de traidor e sim de traído. Afinal de contas, ele é sempre o último a saber de tudo. Além do que seria uma enorme sacanagem trocar a gatinha da Marisa Letícia pela Rose.

E por falar em gatinha, a médica Virgínia Soares de Souza, acusada de matar pacientes na UTI do Hospital Evangélico de Curtiba, se defendeu das acusações: “algumas pessoas morreram sim na UTI na minha presença, mas não assassinei ninguém. Eles só olharam pra mim e caíram duros”.

A médica descarta que os pacientes tenham morrido de susto. “Acho que foi só coincidência”, disse, vestindo seu charmoso conjuntinho de saia cor de abóbora e camisa azul marinho, itens que realçam ainda mais a beleza dela.

E o delegado Kiyoshi Hattanda, presidente do Sindepol (Sindicato dos Delegados de Polícia) do Paraná, veio a público para defender a atuação da Polícia Civil no caso. Hattanda é um dos únicos exemplares de japonês careca do planeta Terra.

Seria uma aberração genética ou mais um que se assustou com a doutora Virgínia? Teria o delegado perdido os cabelos em virtude dos detalhes horrendos que envolvem o caso? Ou teria nosso samurai da legalidade ficado careca ao saber que a equipe que transcreveu a fita com as conversas da médica teria trocado a palavra “raciocinar” por “assassinar”? Sérgio Chapelin promete esclarecer todas as dúvidas no Globo Repórter.

••• E Neymar apareceu dia desses de visual novo. Antes era apenas o moicano descolorido. Com a mudança passou a usar descolorido também a lateral do cabelo e a barba. Jesus! A mudança no visual de Neymar se deu logo que ele começou a namorar a Bruna Marquezini.

adino estreia sua coluna Segundo apurou este colunista, Neymar teria desabafado com um amigo. “Elas só ficam comigo por causa do meu dinheiro”. O amigo teria então tentado contornar.

“Imagina, vc é bonitão mesmo”.

Então Neymar desafiou o amigo para uma aposta. Disse que iria provar que era tudo interesse. Foi então e pintou a lateral do cabelo e a barba. E o amigo: “assim não tem jeito, agora ela larga de você”.

E foi Neymar encontrar-se com sua amada. Quando voltou, o amigo foi logo perguntando: “E aí, ela terminou com você ou pelo menos mandou você dá um jeito nisso”. E Neymar: “Não, ela disse que eu fiquei lindo”. Não teve jeito, o amigo teve de pagar a aposta.

••• E outro dia tava olhando a capa do cadeno Ilustrada da Folha de S. Paulo.

Tinha uma foto de um grupo de índias nuas. Fui olhar mais de perto pra ver se tinha alguma formosa. Decepção.

Foi então que eu pensei comigo: Índia bonita só vejo em tatuagem.

E por falar em mulher, outro dia comentei com um amigo que havia conhecido uma que se dizia ‘Satlinista’.

O personagem Guido Ladino analisa com bom humor as principais notícias

“Meu Deus, será que ela não sabe que Stalin comandou a morte de mais de 20 milhões de pessoas!”, falei pro meu amigo, que tratou de contemporizar.

“Guido, ela era bonita?”. Respondi que não. E ele concluiu: “mulher bonita não se preocupa com essas coisas”.

••• E “O Cara” definitivamente não é o Roberto Carlos. “Esse Cara” sem dúvida é o Junno, que quando você pensa que ele morreu, ele ressurge namorando a Xuxa.

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ARTIGO

Semana Santa em Rio das Pedras: um TONINHO MARTINS G R A S I E L A PAC H E C O _ P O L I P H OTO ST U D I O

ANTECEDENTES HISTÓRICOS

A Semana Santa foi introduzida no Brasil, pelos frades franciscanos, os frades carmelitas e os padres jesuítas, que iniciaram a evangelização do Brasil a partir do descobrimento ano de 1500, fundando vilas. Cidades, igrejas, escolas. No dia 06 de agosto de 1870, o padre italiano, missionário jesuíta, Bartolomeu Taddei, faz a benção de inauguração da Capela em Honra do Senhor Bom Jesus,em terras do Barão da Serra da Negra, demolida quando foi inaugurada a atual matriz 24 de junho de 1917.

A devoção ao Bom Jesus, está alicerçada em sua origem por moradores portugueses vindos do norte de Portugal, em cuja cidade de Braga há o Santuário do Bom Jesus do Monte, grande centro de peregrinação daquele pais e a proximidade com Bom Jesus de Pirapora, que desde o século XVIII, centro de romarias.

De 1870 a 1898, a Capela do Bom Jesus de Rio de Rio das Pedras, esteve unida a Igreja Matriz de Santo Antonio de Piracicaba, cujo pároco atendia as necessidades espirituais dos primeiros rio-pedrenses, a proximidade com Itu, através da ligação do caminho que conduzia tropeiros transportando cargas e apresença dos padres jesuítas que mantinham o Colégio São Luiz, Paróquia, além do numero de padres possibilitaram a presença dos jesuítas nos primórdios rio-pedrenses.

Ministras da eucaristia durante procissão no cruzamento das ruas Prudente de Morais com a Moraes Barros, no local em que outrora ocorria o encontro de Nossa Senhora com o Senhor Bom Jesus

tir desde ano a Semana Santa passou a ser celebrada ininterruptamente, sendo incorporada na devoção popular, com a participação das Irmandades Religiosas: Santíssimo Sacramento (1905), Apostolado da Oração (1913), Irmandade de Nossa Senhora das Dores (1920), extinta na década de 70, Filhas de Maria, Marianos, extintos também na década de 1970.

DIAS DE CELEBRAÇÕES

PERÍODO DE 1898 A 1955: CELEBRAÇÃO DA SEMANA SANTA

A Paróquia do Senhor Bom Jesus, de Rio das Pedras, foi criada por decreto do cônego Ezequias Galvão de Fontoura, responsável pela Diocese de São Paulo, que se encontrava vacante, cujo titular Dom Joaquim Arcoverde Albuquerque Cavalcanti, havia sido transferido para arcebispo do Rio de Janeiro.

Criada aos 17 de maio de 1898, com o padre Felipe di Lorenzo, que ficou seis meses na vila nascente. A primeira Celebração da Semana Santa ocorreu no ano de 1899, com o padre Carmello Spolzino, falecido aos 08 de dezembro de 1901, sepultado na capela do cemitério local, a par10

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nhã missa da Instituição da Eucaristia do Sacerdócio Ministerial Católico, a noite lava pés, denudação dos altares como sinal de luto, trasladação do SS. Sacramento no Sepulcro, Adoração ao Santíssimo Sacramento ate às 15 horas da sexta feira.

Na sexta feira santa, havia às 9 horas a Celebração da Paixão de Cristo, às 15 horas o sermão das sete palavras. Não se distribuía a Comunhão.

Sábado de Aleluia, às 10 horas, celebração do fogo novo, da água batismal, leituras, missa da vigília pascal. Domingo de Páscoa celebração de missas normais, utilizado o uso do latim n as celebrações litúrgicas.

Domingo de Ramos-benção e procissão dos ramos - 8 horas da manha, abertura da semana santa, segunda, terça, quarta-feira santas-missa pela manhã, via sacras à noite. Na quarta-feira santa havia o Oficio de Trevas, quando as velas iam sen- REFORMA LITURGICA DA do apagadas. Fazia se a leitura das pro- SEMANA SANTA A PARTIR DE 1956 fecias de Isaias, dos Salmos sobre a Pai- Aos 19 de novembro de 1955, foi publicaxão do Senhor, apagava se as luz da Igre- do o Decreto Máximo Redemptiones, do paja, ao som da matraca, para lembrar as pa Pio XII, com validade a partir da Sematrevas que encobriram Jerusalém quando na Santa de 1956, com vigência até nossos da morte de Jesus. dias! A partir do Concilio Vaticano II, a LiQuinta-feira Santa: Nas catedrais de turgia da Semana Santa passou a ser realiSão Paulo (1899), Campinas (1908), Piraci- zada na Língua Oficial de Cada Pais. caba a partir de (1944) pela Manhã, Missa No Brasil Portugal e suas antigas colôdo Crisma da Consagração dos santos óle- nias, o Português, além da mudança da os (Batismo, Crisma. Enfermos), pela ma- cor litúrgica do roxo para o vermelho, no

a tradição de muita fé Domingo de Ramos e Sexta Feira Santa, recordando o martírio de Jesus na Cruz.

No Domingo de ramos pela manhã, benção procissão dos Ramos, segunda, terça, quarta-feiras santas, missa.

Na quinta-feira santa a noite, SAGRADO TRIDUO PASCAL (Missa da Eucaristia, Lava-pés, Transladação do Santíssimo Sacramento). Adoração ate às 13 horas da sexta feira. Na Sexta-feira Santa, às 15 horas, Celebração da Paixão, Adoração da Cruz, Orações Universais, introduzido o uso da Comunhão nesta Celebração.

Sabado Santo, Vigília Pascal, a partir das 22 horas, Benção do Fogo, do Círio Pascal, Leituras, Liturgia Batismal-bençao da água do batismo, da água benta-renovação das promessas do batismo e Missa. A partir do Concilio Vaticano II, houve a antecipação do Horário a partir das 19 horas.

Domingo de Páscoa-Missas da RessurAtual Igreja Matriz do Senhor Bom reição nos horários normais.

Jesus surgiu como capela em Honra AS PROCISSÕES DA SEMANA SANTA

Desde as primeiras celebrações desta semana, houve o costume de realização da Procissão do Encontro: de Nosso Senhor dos Passos, e Nossa Senhora das Dores, na tarde do Domingo de Ramos, com a saída da imagem do Senhor da capela de Santa Cruz (Bom retiro), Nossa Senhora, saindo da Igreja Matriz, o encontro acontecia na esquina da Rua Prudente e Moraes Barros, com pregação pelo padre do alto da sacada da residência da família

do Senhor Bom Jesus, em 6 de agosto de 1870, inaugurada pelo padre italiano Bartolomeu Taddei

cra nas ruas no sentido Bom Retiro Matriz. A partir da década de 1990, voltou a ser realizada na tarde do domingo de ramos, com a imagem de Nossa Senhora saindo da capela do Nosso Teto, depois transferida para a Capela de são Francisco (Cambará), com encontro das imagens na praça da matriz. A procissão do enterro do Senhor Morto e nossa Senhora das Dores, na sexta feira à noite, realizada sem interrupção, desde o inicio da paróquia. No ano de 1990 foi introduzida a caminhada do silêncio, as 4 horas da manhã, da sexta feira santa, rumo a Capela de São Jose da Fazenda Viegas, momento forte de fé/presença do povo rio-pedrense. Havia também a procissão da ressurreição, realizada na madrugada do Domingo de Páscoa, com a imagem do Cristo Ressuscitado e da Imaculada Conceição, para celebrar a vitória de Jesus. Quando a Semana Santa foi modificada no ano de 1956, esta foi desativada, em virtude dos horários.

As procissões sempre levaram, grande quantidade de fiéis, em suas caminhadas de fé. A Semana Maior constitui grande momento de evangelização, da vida da Igreja, através da fé que passa de gerações, a cada ano, motivando a comunidade para o seu crescimento eclesial.

Cortelazzi, depois da Família Dr. Francisco Gorga, seqüência até a praça.

A última procissão ocorreu na Semana Santa de 1973. Na década de seguinte a Procissão não foi realizada por razões pastorais, reativada no ano de 1986, pelo pároco o Pe. Geraldo Moreira Cesar, TONINHO MARTINS é professor licenciado sendo realizada a noite da terça-feira san- em História, Geografia e Pedagogia ta, que passou a ser realizada a Via Sa- toninhosm@ig.com.br

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ARTIGO

Nossa primeira mestra: Idalina!

TONINHO MARTINS

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Professora Idalina de Andrade Leone nasceu aos 18 de maio de 1913, fora casada com o Sr. Abílio Leone, tendo ficado viúva jovem ainda, com seus dois filhos: Antonio Carlos, posteriormente formado em direito, Juiz de Comarca precocemente falecido; e Humberto, arquiteto, casado com nossa prima Rosa Maria Limongi Leone. Residiu em casa própria onde hoje se localiza a Ótica Matriz. Professora de nosso antigo Grupo Escolar, fora nossa primeira mestra, ensinando-nos as primeiras letras. (1957). Utilizava a Cartilha do Tatu, da Professora Saturnina de Almeida Fagundes, pois apresentava na primeira pagina a figura daquele animal da fauna brasileira, o alunado ia soletrando as primeiras letras.

Fruto da Pedagogia Tradicional, a Cartilha era um instrumento pedagógico amplamente utilizado! Havendo posteriormente o progresso pedagógico da Escola Nova, onde pontificaram os educadores: Anísio Spinola Teixeira, Darcy Ribeiro e Paulo Freire, mas o avanço pedagógico na Alfabetização ocorreu na década de 1980, com o pedagogo suíço Jean William Fritz Piaget (1896/1980) através da Psicogênese, etapas do amadurecimento psico pedagógico da criança.

Conhecido como Construtivismo o processo pedagógico foi iniciado por duas discípulas do mestre suíço: Emilia Ferreiro e Telma Weisz. Professoras que trabalharam

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com dona Idalina no então Grupo Escolar Barão de Serra Negra: Altamira Gil, Lady Joly, Maria Joana de Melo Aires, (filha do farmacêutico Zico Aires), Antonia Graciete Martins Fadooull (Nete), professor Paulino Barbosa Rolim, Lydia Marino Limongi (posteriormente designada Auxiliar do Diretor), os diretores: Fabio Lousada, Nelson Martins e Jose Luis Machado (Sr. Machado), profissionais da educação, que engrandeceram a causa do ensino, por esmero, dedicação e competência!

Após sua aposentadoria, Dona Idalina mudou-se para a cidade de São Paulo, na qual pode encaminhar seus filhos nas respectivas profissões. Enérgica com os alunos, mas provida de uma esmerada educação, culta, lia e estudava muito!

Participou de Campanhas Cívicas como cidadã atuante, lúcida, esperava completar seu centenário no próximo mês de maio, apesar de ter sido homenageada no ano anterior. Cumpriu com abnegação, esmero e competência sua missão de educadora. Faleceu aos 8 de janeiro de 2013, sendo sepultada no Cemitério Central em jazigo com seu esposo. Este artigo uma singela homenagem em nome dos ex alunos, a memória de Dona Idalina de Andrade Leone, no ano do Centenário de Nascimento (1913/2013).

TONINHO MARTINS é professor licenciado em História, Geografia e Pedagogia toninhosm@ig.com.br

RODRIGO GUADAGNIM

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Toda hora é hora* ZÉ DO JOCA

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rande cirurgião, famoso internacionalmente, muito competente, simpático, educado, era o tipo ideal para se conhecer e sustentar uma amizade. Bem casado, tinha um filho, o único, que era sua maior alegria e a quem dedicava a maior atenção. Dizia sempre que o filho teria caminho livre para escolher sua profissão, de maneira alguma o influenciaria para uma carreira, nem mesmo a de médico. Qualquer que fosse a escolha do filho, ele teria todo seu apoio.

Operava dois ou três dias por semana, sempre pela manhã ou à tarde, e de maneira alguma durante a noite. Os hospitais e médicos, sabendo de sua intransigência, jamais o colocavam para o serviço noturno.

Chamavam profissionais de outras cidades na hipótese de casos considerados graves e inadiáveis. Durante os períodos da manhã e da tarde, ele não se furtava de nenhuma tarefa, independentemente da distância, da gravidade do caso ou até mesmo de receber ou não pelos serviços prestados.

Era muito querido e estimado por colegas e clientes. Ninguém entendia aquela mania.

Havia comentários de todos os tipos com referência a sua negativa de trabalhar à noite: enxergava mal, já estaria cansado, era supersticioso etc. Mas ele mesmo dizia que agia dessa forma porque gostava de ficar em casa nesse período com a esposa e o filho, analisando operações realizadas durante o dia, lendo e se aperfeiçoando, pesquisando, e por aí a fora.

Depois que passou a se dedicar à cirurgia geral, adquirindo nome e fama, isso há mais de 25 anos, jamais recebeu ou atendeu chamadas noturnas. Diziam que não trabalhava à noite porque, cansado, não poderia produzir dentro de sua real capacidade. Outra hipótese.

Quase três horas da madrugada, a campainha soa nervosa e insistentemente, falatório na porta de entrada, clima de nervosismo, até que o famoso médico, devidamente agasalhado, aparece e pergunta qual o motivo de tanta agitação. Obtém a resposta de um policial, seu conhecido: “Houve um desastre sério, um ônibus foi atropelado pelo trem da madrugada e vários feridos estão em estado desesperador e há várias cirurgias a serem feitas!”.

O policial, sabendo da maneira de ser daquele médico, falou tudo o que tinha para falar e esperou, sem ânimo algum, pela resposta. Informou que os médicos das cidades vizinhas não chegariam a tempo. Era um caso de misericórdia.

Chegando ao hospital, o médico constatou que o paciente, já na mesa de operação, pronto para ser operado, era o que corria maior perigo e poderia não suportar por mais tempo tanto sofrimento. Toda a dedicação e todo o conhecimento do médico vieram à tona e, por mais de quatro horas, operou-se, colocaram-se pinos, costuraram-se cortes naquele corpo jovem mas bastante maltratado pelo desastre.

D I V U LG AÇ ÃO

Depois de tudo terminado, o médico soube que havia salvado a vida de seu pior inimigo político. Calmamente sorriu, pensando em seu filho. No dia seguinte, outra placa foi colocada ao lado da placa antiga, na entrada de sua casa, com os seguintes dizeres: “Atende-se a qualquer hora”. *Conto de pura ficção ZÉ DO JOCA é professor de História aposentado

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A medicina aprova a hipnose ROBSON SANTOS

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elizmente a ideia das pessoas com relação a hipnose está mudando rapidamente, pois para os brasileiros até alguns anos atrás, ela era vista como uma forma de entretenimento chamada “hipnose de palco”, que expunha as pessoas as mais diversas situações ridículas e constrangedoras.

Hoje, os especialistas que fazem uso da hipnose são médicos, psicólogos e dentistas que a utilizam para conseguir obter ganhos reais para a saúde das pessoas.

A hipnose moderna é investigada pela ciência e utilizada em renomados centros médicos do mundo, como por exemplo, no Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, no M.D. Anderson Cancer Center, dois dos mais importantes centros de tratamento e pesquisa da doença, para diminuir efeitos colaterais da quimioterapia, como fadiga e dor. É utilizada no hospital de Liége na Bélgica como forma de analgesia. No Brasil a hipnose segue pelo mesmo caminho, pois é utilizada de forma corriqueira no Hospital A.C. Carmargo, de São Paulo, especializado na luta contra o câncer, no Hospital das Clínicas (HC/SP), e também na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

As indicações da hipnose são amplas, só para citar algumas, ela pode ser utilizada para o tratamento de dor crônica, transtorno de pânico, fobias, depressão, disfunções sexuais, tabagismo, obesidade, insônia, problemas digestivos de fundo nervoso etc. Hoje, a hipnose no Brasil é reconhecida por quatro conselhos: Conselho Federal de Medicina, Conselho Federal de Psicologia, Conselho Federal de Odontologia e o mais novo conselho a aprovar o uso da hipnose foi Conselho Federal de Fisioterapia.

Atualmente, com o uso de sofisticados equipamentos computadorizado, como a Tomografia por Emissão de Positrons – PET é possível observar que a hipnose produz profundas modificações no funcionamento do cérebro, essas descobertas tiram definitivamente a hipnose do campo do esotérico ou místico.

Hoje o conceito médico da hipnose, é um estado focado de atenção no qual o paciente cria novos aprendizados que o 14

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D I V U LG AÇ ÃO

levarão a superação ou cura dos problemas que antes o afligiam.

Vamos supor que uma pessoa é ansiosa demais para falar em público. Durante as sessões de hipnose, o hipnoteraputa leva essa pessoa a imaginar que, no dia da apresentação, ela estará calma, tranquila, relaxada, falando com os presentes de forma fluente, e no final estará ainda mais tranquila, calma e relaxada. Como duran-

“Médicos, psicólogos e dentistas utilizam a hipnose para conseguir obter ganhos reais para a saúde das pessoas”

te a hipnose a mente está focada nessas imagens, o cérebro absorve essas informações de uma forma mais intensa, fazendo com que a pessoa durante a apresentação real se comporte da mesma forma que foi imaginado durante a hipnose.

A hipnose é um poderoso instrumento de ajuda terapêutica, mas é preciso habilidade, responsabilidade e boa formação em hipnose clínica para fazer uso dela. Ou seja, quem não é médico, psicólogo ou dentista, não pode tirar uma dor, tratar uma fobia ou mudar o comportamento de alguém, pois isso caracteriza exercício ilegal da medicina ou da psicologia.

Em 60% dos casos é dado alta aos pacientes entre 8 a 20 sessões com hipnose, pois a intervenção com a hipnose faz com que o tratamento psicológico seja muito mais rápido e eficiente.

ROBSON SANTOS é psicólogo clínico e especialista em hipnose clínica pelo Instituto Milton H. Erickson de Campinas, filiado ao The Milton H. Erickson Foundation, Inc. Phoenix, Arizona – EUA. Atende no Centro Clínico de Piracicaba, na Av. Independência, 940, 11º andar, sala 112. Telefone do consultório: (19) 3411-0200. Site: www.hipnosesaude.com.br

Tenha o sorriso perfeito RODRIGO GIOVANI CAMARGO

C

uidar dos dentes é importante e deve ser feito sempre, independentemente da idade. Mas quando há a necessidade de tratamento ortodôntico (colocação de aparelhos), muitas pessoas ficam receosas. Por causa da idade, não querem colocar o aparelho de metal, muito usado pelos adolescentes. Ou ainda, devido ao tempo de tratamento e principalmente com relação ao provável desconforto causado pelo aparelho.

Mas isso, felizmente é uma preocupação do passado. Hoje, com o avanço da tecnologia, é possível deixar os dentes alinhados discretamente, sem chamar muita atenção, de forma quase que imperceptível. Hoje a odontologia disponibiliza uma série de alternativas que vão desde aparelhos estético, produzidos em porcelana ou cristais de safira, a aparelhos ortodônticos linguais, onde todas as peças estarão na face interna dos dentes, possibilitando um aparelho ortodôntico incógnito, até placas alinhadoras transparentes removíveis, chamadas de Invisaling, que alinham os dentes sem a necessidade de aparelhos fixos em alguns casos.

Resolvido o problema estético dos aparelhos, outra insegurança em relação ao tratamento, é o tempo de duração. Pois acredita-se ainda que o tratamento ortodôntico seja algo demorado, de longo prazo, como antigamente, onde os pacientes ficavam cinco ou seis anos com os aparelhos.

Com o surgimento de novos materiais, principalmente os aparelhos auto-ligados, aparelhos estes que não necessitam mais de ligaduras, as famosas “borrachinhas” para prenderem os fios, diminuiu-se consideravelmente o atrito causado entre o fio e o aparelho, possibilitando assim um tratamento muitas vezes 50% mais rápido que o convencional.

Alem disso, este sistema de tratamento utiliza-se de fios importados, com tecnologia desenvolvida pela NASA, são ligas de metais que possuem flexibilidade e características térmicas, que em contato com a temperatura da boca ficam mais resistentes e permitem um alinhamento mais rápido e com desconforto quase zero ao paciente.

D I V U LG AÇ ÃO

Outra vantagem importante é o numero de visitas ao profissional, principalmente adultos que não possuem muito tempo em suas agendas, pois como os aparelhos não necessitam de ligaduras e os fios mais tecnológicos são empregados, é possível realizar todo o tratamento com muito menos visitas ao especialista, podendo haver intervalos de até 60 dias entre as consultas.

“Com o avanço da tecnologia, é possível deixar os dentes alinhados sem chamar muita atenção”

RODRIGO GIOVANI CAMARGO

é graduado pela Faculdade de Odontologia de Bauru - USP e especialista em Ortodontia www.scodontologia.com.br R E V I S TA N O S S A

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CONSELHO DE PASTORES

Nova diretoria prega mais união entre os evangélicos ‘Embora o estatuto preveja reeleição indefinida, pretendo ficar apenas um mandato (dois anos)’

RODRIGO GUADAGNIM_NOSSA

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ma das coisas que fica evidente na conversa com o pastor Israel Aparecido Ascari, 42, eleito presidente do Conselho de Pastores de Rio das Pedras em janeiro, é o cuidado para não falar coisas que possam causar mal-estar no meio evangélico, pois o principal projeto dele à frente da entidade é o de unir as diversas igrejas evangélicas da cidade.

Israel é cauteloso ao expor seus planos, embora tenha muitos, como é comum a qualquer líder de sangue novo que assume um cargo relevante. “Essa nova diretoria está cheia de ideias e projetos e queremos trabalhar de uma forma diferente da que vinha sendo feita.

Mas não porque queremos ser melhores.

São apenas pontos de vista diferentes e precisamos de todos unidos no conselho, O pastor presidente Israel Ascari é inclusive os membros da diretoria ante- evangélico há 14 anos e dirige o Ministério Santa Geração - Resgatando Vidas rior”, afirmou Israel.

Israel é evangélico há 14 anos e guarda com precisão a data em que se converteu: 2 de abril de 1999. A memória aguçada tem uma razão de ser: quando chegou a igreja, a dor na alma era insuportável e o alívio começou a vir naquele dia.

“Estava vivendo uma situação de perdas materiais, afetivas e desestruturação familiar. E a igreja evangélica mudou minha vida a partir daquele dia. Para mim fez bem e sei que pode transformar a vida de muitas pessoas. Por isso me empenho a diretoria tem de ser atuante para que para seguir a frente da igreja e ajudar ou- os projetos caminhem. A atual diretoria tras pessoas”, disse. Nesse sentido, a igre- é composta por 11 pastores (veja foto na ja fundada por ele e da qual é pastor pre- página ao lado), com funções específicas. sidente tem um nome sugestivo: Ministé- Outro objetivo dele é promover a alternância no poder. rio Santa Geração - Resgatando Vidas.

“Embora o estatuto preveja reeleição DEMOCRÁTICO Um dos pontos de vista indefinida, pretendo ficar apenas um de Israel é pela descentralização do po- mandato (dois anos) e dar lugar para ouder no conselho. No entendimento dele, tro. Acredito que a falta de alternância 16

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na presidência atrapalha uma das principais razões de existir do conselho, que é a de unir os evangélicos”, disse.

EVENTOS Sobre os eventos do calendário anual, Israel diz que pretende manter os principais que o conselho já vinha realizando: a Cruzada Evangélica, a participação na Fiacom, a carreata contra as drogas e a comemoração do Dia da Bíblia, no segundo domingo de dezembro. Em todos eles, pretende imprimir mudanças em relação ao que vinha sendo realizado em Rio das Pedras. “Mais uma vez reforço que não por querer ser melhor, mas por acreditar que as mudanças são necessárias para unir as igrejas”.

Sobre a Marcha para Jesus, que chegou a ser cogitada, Israel afirmou que um evento semelhante será realizado, porém não com esse nome. “Fomos pesquisar e esse nome é patenteado pela igreja Renascer em Cristo. Vamos pensar em outro nome para fazer um evento semelhante”.

R I C A R D O F R E I TA S _ D I V U L G A Ç Ã O

DIRETORIA DO CONSELHO DE PASTORES DE RIO DAS PEDRAS (ESQUERDA PARA DIREITA) Departamento Jurídico: Vereador Edison Donizete Marconatto, Igreja Mundial. Conselheiro: Pastor João Diogo de Lima, Igreja Pentecostal Restaurando Vidas. 2° Tesoureiro: Pastor Valdeci Costa de Oliveira, Igreja do Evangelho Quadrangular do Bairro Santo Antonio. Conselheiro: Bispo Luciano Baltiere Trevizan, Igreja Filhos do Rei. Vice-Presidente: Pastor Alexandro Motta Menezes Sobrinho, Igreja Presbiteriana Renovada. Presidente: Pastor Israel Aparecido Ascari, Igreja Ministério Santa Geração. 1° Tesoureiro: Pastor Percy Canciliero Guidolin, Igreja Evangélica Cristã Pentecostal.

1° Secretário: Pastor Gustavo Billo, Igreja Agnus. 2° Secretário: PB Fabio Eupidio de Oliveira, Igreja Assembleia de Deus Madureira. Abimael, Igreja Mundial. Conselheiro: Bispo Otanizio Pereira Feliciano, Igreja Nova Vida Para a Salvação.

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HOMEM PÚBLICO

‘Política é coisa séria e precisamos agir corretamente’ O presidente da Câmara fala sobre os primeiros três meses: tempo de aprender a agir na legalidade

E

nsina um dito popular que “sábio é aquele que sabe o quanto ignora”. Essa é a postura que o presidente da Câmara de Rio das Pedras, Francisco Martins de Souza, o Tiquinho, tem adotado. De vocação empreendedora, típico homem que “gosta de fazer acontecer”, Tiquinho percebeu logo nos primeiros dias que está pisando em território novo, onde a forma de exercer o comando é bem diferente da que ele adota para conduzir sua empresa. Mas de forma sutil, sem fazer barulho, como é o seu estilo, Tiquinho tem se afinado com os meandros da política e está confiante em poder ajudar o povo, que é a razão de ele ter entrado na política.

“Quando fui convidado a entrar na política eu relutei, porque já imaginava que pudesse ser assim. E realmente está sendo do jeito que pensei, por isso não posso dizer que estou arrependido nem desanimado. Estou aprendendo a tomar atitudes para beneficiar o povo, agindo certo e dentro da lei”, disse.

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“Tenho uma empresa há 21 anos e lá, quando penso uma coisa é muito mais rápido para realizar. Na política, é necessário lidar com a burocracia, com a questão legal, é preciso dialogar com os demais vereadores e com o poder executivo... O processo é mais lento, mas a gente vai se adaptando e tenho quatro anos para fazer acontecer”, completou.

Confira o que este paraibano de 45 anos, nascido em Cajazeiras (PB) e radicado em Rio das Pedras há 27 anos, onde, além de se estabelecer como empresário, constituiu família com mulher e uma filha, pensa a respeito de alguns temas.

“Todos os dias estou na Câmara e durante esse tempo, preciso deixar meus negócios de lado”

O povo “Fui eleito justamente por atender bem a população e quero continuar atendendo. Não vou abandonar o povo. Mas as pessoas precisam entender que, como vereador, tenho que seguir a lei e muitas vezes o povo não compreende. É preciso ter paciência. Como também é preciso ter jogo de cintura para explicar à população que a Câmara não é um órgão de assistência social. É difícil, dá trabalho, mas devagar tudo se ajeita.

O importante é que todos os dias estou na Câmara, despachando e atendendo o povo. Quero ajudar muita gente e é por isso que fui eleito, mas dentro da lei”.

Vida pública “Do ponto de vista profissional, a política não é um bom negócio para mim. Financeiramente tem sido desvantajoso, de certo modo, porque tenho de me ausentar muito da minha empresa para estar na Câmara, despachando, acompanhando o andamento dos trabalhos e atendendo o povo.

Todos os dias estou na Câmara e durante esse tempo, preciso deixar meus negócios de lado.

Não tenho, porém, do que reclamar.

Escolhi a vida pública e tenho de estar preparado. Do mais, administrar a Câmara é tranquilo. É só dialogar e seguir as leis”.

Agir certo “Estou aprendendo o modo de agir e o ‘peso’ da política. Se procedermos corretamente podemos ajudar muito a população fazendo indicações e projetos.

Quero ajudar a muita gente, mas através de projetos, que permitem que essa melhoria que, nós, homens públicos proporcionamos, seja permanente. Política é coisa séria e precisamos fazer as coisas corretamente”.

Francisco Martins de Souza, o Tiquinho, presidente da Câmara de Rio das Pedras RODRIGO GUADAGNIM_NOSSA

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MEMÓRIA

Coração rio-pedrense Ele morou em vários locais até chegar a cidade.

Foi embora, regressou e marcou história

F OTO S : Á L B U M D E FA M Í L I A

José Durante recebeu o título de cidadão rio-pedrense em 2001, na Câmara de Vereadores

O

sonho de ser médico sempre acompanhou José Durante Sobrinho.

Nascido no dia 19 de março de 1946 e natural de Itápolis – SP, o primeiro emprego dele foi aos 12 anos, atuando como ajudante em uma farmácia da cidade Paraíso do Norte - PR, onde morava com os pais João Durante e Ignêz Poppi Durante e seus quatro irmãos. Aos finais de semana, vendia laranjas no campo de futebol da cidade para ter um dinheiro extra.

José adorava tudo relacionado à medicina e sabia que não seria fácil realizar o seu sonho. Quando fez 15 anos, pediu aos pais para fazer o ensino médio em um internato de padres na cidade de Londrina - PR, onde sabia que teria acesso a um ensino melhor para se preparar para o vestibular. A aposta deu certo e ele foi aprovado para cursar medicina na Universidade Federal do Amazonas.

Foi durante a faculdade que José conheceu Aglair Pinto Durante, por intermédio de um amigo em comum. Dois meses depois, eles começaram a namorar e se casaram três anos depois, em 16 de maio de 1970. O casal teve três filhos: Renata Poppi Durante, Jill Poppi Durante (já falecido) e Juliana Poppi Durante.

Desde o terceiro ano de faculdade, José começou a realizar pequenas cirurgias graças ao apoio de seu professor Dr. Jorge Auka. O 5º e último ano foi cursado

Perda do filho Jill abalou Dr. Durante A vida de José Durante nunca mais foi a mesma desde a morte do filho Jill Poppi Durante, vítima de um acidente de carro na Rodovia Valério Pedro da Silveira Martins (Piracicaba-Rio das Pedras) no dia 9 de agosto de 2002.

Ele tinha 29 anos. “Desde a morte do Jill, o José vinha perdendo a vontade de viver. Nada mais tinha graça ou muito sentido para ele”, explica Aglair.

Jill estava seguindo os passos do pai e acabara de se formar em medicina na Universidade Severino Sombra (USS), na cidade de Vassouras – RJ, em julho de 2002; menos de um mês antes de sofrer o acidente.

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no Rio de Janeiro para fazer residência em um hospital adequado. Quando se formou, recebeu convite para trabalhar no hospital de Paraíso do Norte e se mudou com a família para lá.

“O José sempre trabalhou muito, quase não tinha tempo para o lazer. Mas em seu tempo livre, adorava ler. Além disso, não dispensava uma boa partida de xadrez”, conta a esposa Aglair.

José gostava muito de sítios e sempre quis ter um. Para conseguir isso, ele e a família se mudaram diversas vezes para cidades onde os terrenos eram mais baratos, como Barra do Bugres – MT, onde além de exercer medicina, teve uma serraria junto com um morador do local. O negócio não deu certo, mas foi fundamental para um dos passos mais importantes de sua vida.

LEIA MAIS NA PÁGINA AO LADO

Dr. Durante chegou na cidade e conquistou a simpatia do povo rio-pedrense Em 1977, José viajou com a família até Rio das Pedras para cobrar uma dívida de madeira feita por um riopedrense na serraria. Devido a sua experiência, foi convidado para trabalhar no hospital e maternidade São Vicente de Paulo e aceitou. Morou durante oito anos na cidade, onde conquistou a simpatia do povo. Em 1985, ele quis se mudar para o Pará, onde os terrenos eram mais baratos. A família ficava no Pará enquanto ele trabalhava no Maranhão, onde as oportunidades de emprego eram melhores. Foi lá onde um importante capítulo da história recente de Rio das Pedras começou a ser escrito. José conheceu o jovem médico Júlio César Barros Ayres e aconselhou que ele e sua esposa, Viviane Bilio Ayres, se mudassem para Rio das Pedras. Eles gostaram da ideia e para lá foram. Em 2012, Dr. Júlio viria a ser eleito prefeito do município. Em 1995, José voltou para a cidade. Em virtude do bom trabalho e da atenção ao povo, ele se tornou bastante popular, chegando a concorrer a prefeito na década de 1980. Em 2001, recebeu o título de cidadão rio-pedrense. No dia 25 de fevereiro de 2013, José faleceu aos 66 anos devido a uma parada cardiorrespiratória.

José se formou em medicina na Federal do Amazonas em 1972

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MEMÓRIA

A alegria chega ao fim RODRIGO GUADAGNIM_ARQUIVO_NOSSA

Brincalhão, era sempre uma das principais atrações das cavalgadas do Clube dos Cavaleiros

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mante dos animais, corintiano e brincalhão, Nelson Teixeira da Silva, o Capataz, nasceu na cidade de Grossos, no Rio Grande do Norte. Filho dos finados João Teixeira Alves de Carvalho e Maria Cícera Ferreira da Silva, ele veio para Rio das Pedras na década de 1980 em busca de melhores condições de vida.

Em sua cidade natal, Capataz trabalhava em uma salina (empresa especializada em produção de sal marinho).

Quando chegou a Rio das Pedras, ele começou a trabalhar como pedreiro tanto na cidade quanto em Piracicaba. Em 1988, atuou na construção do Centro Educacional Infantil Bruna Maniassi Zeppelini, escola rio-pedrense que completou 25 anos em abril deste ano.

Depois disso, Capataz entrou no Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), onde permaneceu até sua morte. Foram 15 anos de dedicação ao Saae. Primeiro, trabalhando na manutenção de tubulações nas ruas e, nos últimos tempos fazendo manutenção de bombas d’água.

No ano de 1989, ele se casou com Nadir Alves dos Santos Cruaia. O casal teve uma filha: Bruna Camila Teixeira da Silva.

Uma das grandes paixões de Capataz era torcer pelo seu time do coração, o Corinthians. “Ele era fanático pelo time. Assistia todos os jogos e, no ano passado, me ligou todo feliz para contar da vitória no Mundial de Clubes”, lembra a filha Bruna. Capataz adorava animais, especialmente cavalos. “Ele chegou a ter um (cavalo) durante um tempo, mas precisou vendê-lo para arrumar o carro”, conta Bruna. Nas cavalgadas com o pessoal do Clube dos Cavaleiros, o sempre bem-humorado Capataz era uma das principais atrações da viagem (leia texto nesta página).

No dia 15 de março de 2013, Capataz sofreu um enfarto e faleceu aos 51 anos.

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Em 2009, Capataz ficou em pé em cima do cavalo no desfile em Bofete

Também em Bofete, na Fazenda Capão Rico, ele divertia o pessoal da comitiva

Um palhaço fantasiado de cavaleiro “Em uma das cavalgadas, vestiram Nelson Teixeira da Silva, o Capataz, de palhaço. Pensaram em aproveitar o potencial dele. A verdade é que Capataz está o tempo todo fantasiado. É um palhaço vestido de cavaleiro, ou de funcionário dos SAAE no horário comercial. É um humorista por natureza. Artista que literalmente até chora para fazer os outros sorrirem. É tão bom no que se propõe a fazer que não precisa de muito repertório.

Faz todo mundo perder o fôlego varias vezes com a simulação de uma montaria (na qual é peão, narrador, rojão e até batida do coracão) ou com os cantos do aboio (um canto de lamentação do boiadeiro nordestino, que vira piada na voz dele). Um sujeito esperto, que também sabe dos limites e com quem brinca, por isso, é querido pela turma”. RODRIGO GUADAGNIM O texto acima foi publicado originalmente em 24 de abril de 2009, no jornal O RIO-PEDRENSE

MEMÓRIA

Mulher de grande coração F OTO S : Á L B U M D E FA M Í L I A

Ela cresceu na fazenda São José, onde conheceu o esposo. Em 1947, se mudaram para RDP

T

alentosa na costura e atenciosa com as pessoas ao seu redor, Thereza Giacomeli Pascon, conhecida popularmente como Therezinha, nasceu no dia 30 de agosto de 1917 na fazenda São José, local onde atualmente é a Usina São José. Filha dos finados José Giacomeli e Luiza Rozineli, ela cresceu ao lado de cinco irmãos e cinco irmãs.

Desde pequena, Therezinha ajudava a família na lavoura do sítio. No seu tempo livre, se dedicava a aperfeiçoar suas habilidades com costura. No dia 19 de junho de 1937, Therezinha se casou com Paulo Pascon. O casal teve três filhos: Erasmo Pascon (já falecido), Santa Pascon Bonassa e Sebastião Francisco Pascon. Eles continuaram morando na fazenda São José, junto com o sogro (João Pascon), o tio do esposo (Ângelo Pascon) e a tia do esposo (Mariquinha Paulilo Pascon).

Dois anos depois do casamento, a família se mudou para a Fazenda São Luís, que pertencia a Santa Bárbara D’Oeste para trabalhar na lavoura. Quatros anos mais tarde, mudaram novamente, agora para o sítio Santa Thereza.

Em 1947, a família veio morar em Rio das Pedras, onde o esposo de Therezinha abriu uma fábrica de gaiolas.

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No ano de 1986, o esposo de Therezinha se aposentou. Ele sofreu um ataque cardíaco e faleceu no dia 15 de janeiro de 1988. Os filhos do casal já estavam encaminhados na vida e Therezinha, que sempre ajudou o esposo nas empreitadas profissionais, virou pensionista do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Thereza Giacomeli Pascon (centro) com os filhos Sebastião Francisco Pascon (esq) e Santa Pascon Bonassa (dir)

CARIDADE Desde pequena, Therezinha

adorava costurar. Em Rio das Pedras, ela teve mais tempo para se dedicar ao seu hobby. “Ela era muito talentosa na cos- trabalhou no projeto Clube das Mães por tura e durante muito tempo vendeu seus 15 anos. Junto com outras mulheres, elas produtos para uma loja da cidade que os se revezavam para costurar enxovais e revendia”, conta a filha Santa. Porém, a roupas para pessoas carentes. Sempre prioridade de Therezinha não era obter que ela ganhava uma roupa nova, logo já lucro, e sim ajudar os necessitados. “Ela doava alguma antiga sua”, lembra Santa.

Bingo com as amigas era só diversão Therezinha era muito católica e não perdia uma missa, especialmente as da Igreja da Nossa Senhora Aparecida. Ela também adorava jogar bingo com as amigas. “Quando se reuniam para jogar, elas não tinham hora para parar”, conta Santa. No dia 25 de outubro de 2010, Therezinha sofreu uma queda e quebrou o braço direito. Cindo dias depois, caiu novamente, quebrando o fêmur da perna direita. “Ela fez vários exames, mas não estava doente.

Era apenas a idade mesmo”, diz Santa. No dia 16 de dezembro de 2012, Therezinha faleceu aos 95 anos. “Chamamos uma ambulância quando percebemos que ela não estava normal, mas quando a condução chegou, ela deu um último suspiro e faleceu”, conta Santa.

Erasmo, filho mais velho do casal, faleceu aos 23 anos vítima de uma pneumonia em 9 de junho de 1963

Paulo Pascon sempre pode contar com o apoio de sua esposa Therezinha em suas empreitadas profissionais

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MEMÓRIA

Dedicação ao trabalho Rio-pedrense passou boa parte da vida na capital paulista, onde conheceu sua esposa

FOTOS: MACHADO

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ério e muito centrado no trabalho, Norival Paulo Rubinato nasceu no dia 15 de maio de 1943 na cidade de Rio das Pedras. Filho dos finados João Rubinato e Hermínia Paulina Betiol Rubinato, ele cresceu ao lado de quatro irmãos e cinco irmãs.

Norival começou a trabalhar por volta dos 18 anos na Usina São Jorge, no setor administrativo; durante o colegial, fez o curso de Contabilidade da escola do Comércio (Contador Waldomiro Domingos Justolim), o que fez com que ele conseguisse o emprego. Além de trabalhar no setor, Norival também dirigia uma van da Usina e levava alguns colegas de trabalho para casa no horário de almoço.

Estudioso, Norival cursou duas faculdades: Economia e Administração, ambas na Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba). Depois de formado, ele se mudou para o Rio de Janeiro e posteriormente para São Paulo, onde atuava como gerente administrativo.

Foi durante seu trabalho na capital paulista que ele conheceu Nilza Tony Rubinato; Norival trabalhava com o irmão dela. Eles se casaram no dia três de setembro de 1977 e tiveram três filhos: Elaine, Paulo e Daniel.

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Norival passou um bom tempo O casal continuou morando em São Paulo e vinham regularmente para Rio longe da família trabalhando na capital das Pedras nos finais de semana para vi- paulista e só os via no final de semana sitar a família de Norival. Em 1993, devido a dificuldade para criar os filhos na capital em virtude da violência e do trânsito, a esposa de Norival e seus filhos se mudaram para Rio das Pedras. Ele, no entan- MENSAGEM DA FAMÍLIA to, continuou em São Paulo trabalhando e Agradecemos aos médicos, apenas via a família nos finais de sema- enfermeiros e funcionários do na quando vinha visitá-los. Em 2001, de- Pronto Socorro de Rio das Pedras e pois que se aposentou, Norival finalmen- aos do Fornecedores de Cana pela te se mudou para Rio das Pedras e não te- atenção, dedicação e por fazerem ve mais que ficar longe da família. tudo que era possível para ajuda-lo.

De volta a Rio das Pedras, Norival teve mais tempo para ficar perto da família Em 2004, a família de Norival abriu a Auto Moto Escola e CFC Inovação. Com isso, Norival passou a dar aulas teóricas no CFC, atividade que realizava até os dias atuais. No segundo semestre de 2012, ele também foi convidado para assumir o cargo de secretário de Educação de Rio das Pedras. Segundo sua esposa, a vida de Norival era o trabalho.

“Ele não era de viajar, de ficar passeando, sem fazer nada. Ele gostava de trabalhar e de passar o final de semana com a família. Era isso que ele mais gostava e que o fazia feliz”, diz a esposa Nilza. No dia 16 de dezembro de 2012, Norival subiu no telhado de sua casa para verificar algo. “Não sabemos ao certo como aconteceu. Ouvimos o barulho e quando chegamos ele estava caído no chão de um lado e a escada estava do outro”, diz Nilza. Norival foi encaminhado para o Pronto Socorro e depois transferido para o hospital dos Fornecedores de Cana. Ele passou por uma cirurgia para tentar conter a hemorragia, mas não resistiu e faleceu no dia 17 de dezembro aos 69 anos. A missa de 7º dia foi realizada no dia 23 de dezembro.

Norival se formou em Economia e Administração na Unimep

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MEMÓRIA

O repentista rio-pedrense Ele se destacou na cidade por suas contribuições esportivas e culturais, especialmente no cururu

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música cururu ficou marcada em Rio das Pedras na voz de Antônio Orlando Basso. Filho dos finados João Basso e Santa Basso, ele nasceu no dia 28 de janeiro de 1930, em um sítio na cidade de Rio das Pedras, e cresceu ao lado de cinco irmãs e quatro irmãos.

Desde criança, Antônio trabalhava na lavoura com os pais. Quando chegou à maioridade, começou a atuar como motorista de caminhão, transportando matérias de construção pela região.

Foi nesse período que Antônio começou a namorar Lúcia Cipriani Basso, que morava em um sítio próximo ao dele. Quatro anos depois, eles se casaram no dia 31 de dezembro de 1955. O casal teve quatro filhos: Izildinha Aparecida Basso Trancolim, Ademir Orlando Basso, Célia Regina Basso Thomé e Antônio Marcos Basso.

Em 1966, o casal saiu do sítio e foi morar na área urbana de Rio das Pedras. Depois, em 1975, Antônio começou seu próprio negócio: um comércio de venda de materiais para construção. Com o tempo, os filhos Ademir e Marcos passaram a ajudar o pai na empreitada e a empresa se mantém viva até hoje. A história de Antônio Basso com a música cururu começou quando ele tinha 20 anos, instruí-

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do pelo cantor Agostinho de Aguiar. Com Basso com os familiares na o tempo, ele começou a ter reconhecimen- homenagem que recebeu da to na cidade e era chamado para cantar Secretaria de Cultura, em 2012 em eventos festivos e religiosos. Participações em rádios da região eram frequentes e chegou até a ter programas próprios sobre música cururu nas rádios Beira Rio, Educadora, Rádio Brasil, entre outras.

Ainda na área cultural, Antônio escrevia poemas e cantigas. Ele sempre gostou muito de escrever e, quando tinha uma MENSAGEM DA FAMÍLIA ideia, pegava um pedaço de papel, rascu- “Foi um filho obediente e um grande tio, nhava e guardava para depois transformá- sogro, irmão, pai... Um avô maravilhoso, -los em poemas. Em 2012, ele foi homena- um marido amoroso. Foi amigo dos geado pela Secretaria de Cultura de Rio amigos. Amava Rio das Pedras e era um das Pedras por suas contribuições cultu- homem simples, de muita fé e que por rais e esportivas no município. onde passou só deixou boas lembranças”.

Futebol, família e amigos eram indispensáveis na vida de Antônio Basso Além de suas contribuições culturais, Basso também escreveu seu nome na história do futebol rio-pedrense. Foi goleiro dos times da Usina São José, Usina Santa Izabel e Associação Atlética Riopedrense. Inclusive, chegou a receber um convite do Rio Branco Esporte Clube, de Americana, para fazer um teste no time como goleiro, mas não pôde aceitar porque precisava cuidar da plantação de café e ajudar os irmãos na fazenda. Depois, nos anos 1980, ele foi técnico da Riopedrense, que disputava a 3ª Divisão da Federação Paulista de Futebol; ficou seis anos à frente do time e buscava ter uma relação de “pai e filho” com os jogadores. “Ele gostava muito de contar suas histórias para os netos. Adorava se reunir com todos os familiares e se preocupava em saber como estava a vida dos filhos e dos netos. Era muito atencioso”, lembra a filha Célia Basso. O carinho pelos amigos também era uma marca de Antônio. “Ele buscava manter contato com todos os amigos e gostava de ficar batendo papo com eles, além de visitar aqueles que estavam doentes”, conta a esposa Lúcia. No dia 20 de março de 2013, Antônio Basso faleceu aos 83 anos devido a um aneurisma abdominal.

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Basso exibe camisa da Associação Atlética Riopedrense, time do qual ele foi técnico na 3ª divisão do Paulistão

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MEMÓRIA

Grande talento na direção F OTO S : Á L B U M D E FA M Í L I A

Seguindo o ramo da família, João Antonio era motorista de caminhão; ele adorava animais

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gosto por caminhões e estradas sempre esteve presente na vida de João Antonio Righi. Nascido em 3 de maio de 1959, ele vem de uma família de caminhoneiros. Seu pai, João Américo Righi, e seus tios trabalhavam com transporte de carga e desde pequeno João Antonio tomava gosto pelo ramo.

Começou a trabalhar aos 13 anos como ajudante em uma oficina mecânica e depois como torneiro mecânico. Aos 19 anos, já tinha carteira de habilitação e começou a trabalhar como motorista na safra de cana de açúcar. Também atuou caçambas, mas se especializou em transporte de peças metalúrgicas, atividade que exercia até os dias atuais.

Em 1977, João Antonio conheceu Maria Aparecida Armelin Righi (Cida). Eles namoraram por três anos e se casaram no dia 26 de julho de 1980. O casal teve três filhos: Sabrina Lidiane Righi, Marcelo Righi e Júlia Righi.

João Antonio era um homem simples, que adorava pescar com os amigos e assistir filmes antigos. Também gostava muito de passarinhos e tinha habilidade para construir suas próprias gaiolas.

O carinho pelos animais fez com que ele adotasse temporariamente um filhote de carneio, em agosto de 2012. “Com o tempo, o espaço aqui em casa ficou muito pequeno e tivemos que levar ele para um sítio. O João ficou triste, mas ao mesmo tempo feliz porque sabia que o Sininho (nome do carneirinho) agora estava em um local mais espaçoso”, conta a esposa Cida.

O filho Marcelo também seguiu o ramo da família e desde pequeno ajudava o pai com os caminhões. “O João tinha três caminhões e era muito prestimoso com eles. No final do ano passado, ele e o filho reformaram a carroceria de um dos caminhões sozinhos; compraram as peças e reconstruíram tudo”, lembra Cida.

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R E V I S TA N O S S A

João Antonio Righi (dir) com a esposa Cida (esq) e a filha caçula Júlia; casal teve três filhos

João Antônio Righi seguiu o ramo da família e se tornou motorista de caminhão aos 19 anos

No dia 3 de fevereiro de 2013, João Antonio sofreu um infarto e faleceu aos 53 anos de idade. “Ele foi embora muito cedo. Praticamente só trabalhou na vida, pois ajudava o pai desde pequeno. Vai fazer muita falta”, diz Cida.

MENSAGEM DA FAMÍLIA

“Deus: dai-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até vós; dai-nos a caridade pura, dai-nos a fé e a razão; dai-nos a simplicidade que fará das nossas almas o espelho onde se refletirá a Vossa Imagem”.

MEMÓRIA ESPECIAL

A última vitória de um político predestinado Vitória na eleição de 7 de outubro de 2012, coroou 30 anos de vida pública RODRIGO GUADAGNIM revistanossarp@gmail.com

V

ictório Olívio Cezarino trazia a vitória na etimologia do seu nome. E foi assim que partiu: vitorioso naquilo que talvez mais gostasse de fazer, política. Exatos 30 anos depois de entrar para a vida pública como vereador mais votado em 1982, Victório participou de mais uma campanha vencedora, a que elegeu Júlio César Barros Ayres, o Dr. Júlio, prefeito de Rio das Pedras.

Foi a ‘cereja do bolo’, que veio para coroar a carreira política de Vitorinho e reforçar os argumentos daqueles que o classificam como “o maior político da história de Rio das Pedras”. Boa parte dos que pensam assim sabe que esse título simbólico não é sinônimo de dizer que Victório tenha sido o melhor prefeito de Rio das Pedras. Como prefeito, embora tenha sido um grande realizador até pelo orçamento reduzido que administrou, Victório esteve longe de ser unanimidade.

Mas o fato é que a história mostra que a visão política do ex-prefeito era privilegiadíssima. Durante esses 30 anos de vida pública, pode-se dizer que, direta ou indiretamente, foi vitorioso na imensa maioria dos pleitos que disputou. Victório perdeu três eleições nesses 30 anos, mas uma análise mais criteriosa permite concluir que ele perdeu totalmente apenas uma, a de 2000, para Antonio Costa Galvão.

Nas duas eleições que perdeu para o ex-prefeito Marcos Buzetto (uma em 2004, concorrendo pessoalmente e, outra, em 2008 apoiando Dr. Júlio), a astúcia política de Victório também saiu um pouco vencedora. Isso porque Marqui-

nho foi lançado na política por Victório, de quem foi vice em 2000.

E Marquinho era um anônimo para a grande maioria da população. Trabalhava como funcionário do cartório, quando Victório percebeu seu carisma e o trouxe para seu lado. No final da história, a criatura acabou vencendo o criador, porém a história mostrou que a visão política de Victório estava correta. Foi apenas um dos casos.

Dr. Júlio foi mais um de quem Victório anteviu acertadamente o potencial para a política. O médico começava a despontar como um líder carismático atendendo o povo no sistema público de saúde e Victório primeiro o colocou como secretário de Saúde no seu segundo mandato (19961999), depois o chamou para ser vice dele para disputar as eleições de 2004. O desfecho é o que todos conhecem: Dr. Júlio eleito prefeito em 2012.

Mas se Dr. Júlio tivesse perdido, Victório novamente não teria sido totalmente derrotado. Isso porque Carlos Defavari, segundo colocado na eleição, foi vice de Victório, no segundo mandato dele. Defavari já havia se lançado na vida pública, antes de ser vice de Victório – foi também na turma de 1982. O que Victório fez também neste caso foi enxergar o potencial de um político e trazê-lo para o seu lado.

Sem contar o “carnaval” que Victório fazia ao observar as pequenas lideranças da cidade, atrair para o seu lado e lançá-las a vereador (em 1992, quando apoiou o ex-prefeito Francisco Eduardo Marrano, Victório lançou 388 candidatos a vereador, um recorde que deve perdurar por muito tempo). Em todos os casos, Vitorinho procurava – e conseguia – convencer aquela liderança em potencial a vir para o lado dele. Uma das frases de Victório que se tornou folclórica e que ele repetia com convicção era: “deixe pra mim, eu sei tudo”. Tudo ele obviamente não sabia. Mas em matéria de política, de fato, Vitorinho sabia muito.

MACHADO_ARQUIVO

Victório discurando na cerimônia de posse do seu segundo mandato em 1º de janeiro de 97 R E V I S TA N O S S A

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MEMÓRIA ESPECIAL

Victório discursa na rua Prudente de Morais, na solenidade de inauguração da nova sede da Câmara de Vereadores, em 31 de agosto de 1999

FOTOS: MACHADO_ARQUIVO

Victório priorizou pobres e migrantes No discurso de agradecimento de Victório quando ele foi homenageado com a moção de aplausos pelo vereador Joaquim Afonso na Câmara de Vereadores (leia a íntegra do discurso nesta edição), pouco menos de um mês antes de ele ser internado para a retirado câncer, o ex-prefeito traçou uma rápida biografia dele como homem público. Em sua fala, Vitorinho forneceu os elementos para quem o ouviu no dia - ou agora para o leitor desta publicação – entender como ele pensava como político e refletir se aprova ou não as prioridades dele enquanto governante.

Victório foi um político populista e teve grande parte das ações dele voltadas para atender ao povo mais carente e migrantes que se instalavam temporariamente na cidade durante a safra. Esse tipo de ação ficou mais evidente com a criação de bair-

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R E V I S TA N O S S A

ros populares ou mesmo distribuição de lotes inteiros para que famílias de baixa renda construíssem suas casas.

No discurso dele na Câmara, Victório assumiu claramente que essas ações eram prioritárias. E defendeu a postura dele dizendo foi bom para todo o município, porque, segundo ele, isso permitiu que a cidade crescesse e, na avaliação dele, ajudou a economia porque são essas que pessoas mais humildes que movimentam o comércio local. “Rico vai tudo comprar em Piracicaba”, disse ele.

A questão é que nem todos aprovavam essa forma de enxergar o desenvolvimento do município. Muitos enxergam na postura do ex-prefeito uma forma de fazer política eleitoral, com assistencialismo, visando se perpetuar no poder. Outros dizem ainda que o excesso de loteamentos populares, mal planeja-

dos acabou “enfeiando” e comprometendo um desenvolvimento ordenado, do ponto de vista urbanístico.

O fato, no entanto, é que depois de Victório poucos lotes destinados à população operária foram aprovados. No último governo Marquinho, um plano diretor entrou em vigor, prevendo terrenos de 300 metros quadrados. A imensa maioria dos loteamentos aprovados foram de condomínios fechados. Hoje a cidade tem pouca oferta de lotes, o que faz com favoreça o aumento do valor dos terrenos e incentive a especulação imobiliária.

Talvez um meio termo entre os 5 metros de testada dos terrenos do Sem-Terra, doados por Victório Cezarino, e os 300 m² de Marquinho sejam necessários para que a classe operária volte a ter condições de morar bem em Rio das Pedras, como já aconteceu um dia. RODRIGO GUADAGNIM

MEMÓRIA ESPECIAL

‘Sonho dele era ver a posse do Júlio’ A poucos dias dos três meses de campanha eleitoral, Victório descobriu que aquela coisa no estômago que o incomodava na verdade era um câncer no esôfago. Debilitado pelas sessões de quimioterapia, ele participou da política. A cirurgia foi marcada para o dia 16 de novembro. Uma coincidência que permitiu a Vitorinho viver sua última vitória na política.

“O sonho dele era voltar para ver a posse do Júlio. Ele falava sempre disso”, conta o primo Osmar Cezarim. Esse sonho ele não teve tempo de realizar. Victório jamais saiu do hospital até morrer, no dia 7 de fevereiro em decorrência de uma parada cardiorrespiratória, broncopneumonia e neoplasia gástrica.

Victório ao lado do então prefeito de Piracicaba Humberto de Campos na inauguração da Manetoni, em 18 de junho de 99: uma das empresas que trouxe para a cidade

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MEMÓRIA ESPECIAL

Prefeito e deputado lamentam perda do ex-prefeito Victório

Presidente da Câmara relata humanidade

DEL RODRIGUES

O prefeito de Rio das Pedras, Júlio César Barros Ayres (PPS), o Dr. Júlio, lamentou a morte do ex-prefeito Vitório Olívio Cezarino, por quem manifestou gratidão e a quem classificou como “amigo, lutador e homem de um coração imenso”.

“O Victório foi para mim um amigo, acima de tudo. Ele foi uma das pessoas de maior coração que eu conheci. Além de carismático era muito bondoso”, disse Dr. Júlio, que completou. “Se hoje eu sou político e prefeito, devo isso ao Victório, que foi muito mais que um incentivador.

Foi um guerreiro leal, que ficou ao meu lado e me acompanhou durante esta última campanha, mesmo passando por quimioterapia e radioterapia”.

DEPUTADO. O deputado estadual Roberto Morais (PPS) compareceu ao velório de Victório, ao lado de Dr. Júlio, e lamentou a perda do ex-prefeito, a quem classificou como “um grande amigo, acima de tudo”. “Conheço o Victório desde a épo34

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O prefeito de Rio das Pedras Dr. Júlio e Roberto Morais compareceram ao velório

ca em que eu trabalhava apenas no rádio, há 35 anos. Durante meu primeiro mandato como deputado, o Victório era prefeito e eu pude trabalhar em parceria com ele”, disse Morais. “O Victório foi uma figura popular e muito carismática no trato com o povo. Além disso, tinha uma grande visão política, tanto que foi o padrinho das principais lideranças políticas de Rio das Pedras”, completou Roberto Morais. RODRIGO GUADAGNIM

O presidente da Câmara de Vereadores de Rio das Pedras, Francisco Martins de Souza (PPS), o Tiquinho Paraíba, decretou luto oficial de três dias, declarou ponto facultativo e cedeu o espaço do plenário da Câmara para o velório do ex-prefeito Victório Olívio Cezarino. E não foi apenas mero formalismo. Tiquinho tem razões especiais para prestar as homenagens a Victório. “Uma vez um parente meu morreu em São José do Rio Preto. Fomos avisados à noite e estávamos sem dinheiro. Procuramos o Victório às dez horas da noite e ele tirou dinheiro do bolso e me deu pra eu e minha podermos ir para lá. Esse era o Victório. Um homem que, como prefeito, sempre teve as portas para me atender qualquer dia”, disse Tiquinho.

Politicamente, Tiquinho foi mais um dos lançados na vida pública por Victório. Concorreu a vereador três vezes, sempre nas coligações apoiadas por Victório. Na eleição anterior, em 2008, chegou a ser eleito, porém perdeu o direito de exercer o mandato em virtude de Victório ter perdido os direitos políticos meses depois na Justiça e, conseqüentemente, os votos que o ex-prefeito teve na eleição para vereador daquele ano terem sido anulados. “Como os votos do Victório foram anulados, o coeficiente da nossa coligação não foi mais suficiente para fazer um vereador e eu tive de deixar minha cadeira de vereador. Mas, mesmo assim, nunca tive mágoa do Victório e permaneci ao lado dele na política”, afirmou o presidente da Câmara.

Principais obras

• Novo

Velório Municipal

• Criação

do Conjunto Habitacional Vitória Perim Cezarino, o Pombal (onde também fez Escola Municipal, Pré-Escola, Creche Padre Geraldo, Quadra com arquibancada, Centro Comunitário).

• Reforma

e ampliação de vários prédios públicos (Biblioteca Municipal, Estádio Municipal, Cemitério Municipal, Delegacia, Pronto Socorro Municipal)

• Aprovação

do Loteamento Bom Jardim

• Doação

de área para empresa Arcor do Brasil, Bairro Bela Vista;

• Benfeitorias

nos Bairros Alberto Zeppelini e Codespaulo;

• Benfeitorias

para o Bairros Dona Rosina e Cambará (asfalto, Centro Comunitário, tubulações da rede de esgoto, reforma e ampliação da Escola, Quadra de Esportes;

• Doação

de 730 lotes populares para o bairro Victório Cezarino, o Sem-Terra. do Loteamento Jorge Coury e Loteamento Luiz Massud Coury;

• Escola

a e Creche do Nosso Teto

• Asfalto

no Nosso Teto

• Aprovação

• Aprovação

dos Loteamentos Sta. Maria I, II e do Condomínio Village;

• Projeto

e recursos empenhados para a construção da escola do bairro Victório Cezarino, o Sem-Terra.

• Construção • Criação

do Distrito Industrial Augusto Sacarassati

• Construção •

da avenida Ana Negri Gramani, em cima de onde ficava a antiga linha de trem.

da Rodoviária Municipal

Construção do Centro Médico de Especialidades

• Recapeamento

das Ruas e Avenidas do Bairro São Cristóvão I • Asfalto e recapeamento das principais Ruas do Centro e do Bairro São Cristóvão II; R E V I S TA N O S S A

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MEMÓRIA ESPECIAL

Em setembro, Victório recebeu moção de Gostaria de estar aqui recebendo um título de cidadão rio-pedrense, que é algo que eu não tenho. Sou nascido em Mombuca, uma pequena cidade, onde meus pai e minha tia tinham sítio. Lá eu nasci no meio do barro e aprendi a respeitar os mais humildes.

Porque tem muitas pessoas que têm dinheiro no bolso, aqueles coronéis, do tempo do Barão de Serra Negra e que pegaram esse lado do Barão e acharam que eram os donos da cidade. Eu enfrentei essas pessoas, desapropriando, tranzendo nordestinos, paranaenses para esta cidade.

Tem meia duzia de ricos que fala até hoje que eu fiz o caminho errado. Eu não fiz o caminho errado não, senhores vereadores.

Sabem por quê? Porque se a cidade cresceu é porque esse povo veio de outros estados para procurar um melhor caminho melhor.

Como você veio, vereador Elizeu (diz apontando para o então vereador Elizeu Góis), como você veio (aponta para o então vereador Luiz Mauro Chagas, o Maurinho Ceará), como você veio Isão (aponta para o então vereador Israel Cipriano Rocha), como você veio Didiu (aponta para o então vereador Orismar Carolino de Souza).

Senhoras e senhores, houve um crescimento na cidade. Nós contávamos os comércios que nós tínhamos aqui nesta cidade. Hoje, não dá pra dizer o quanto nós temos. Porque é do trabalho, da economia que sai o suor desse cidadão que quer trabalhar e são eles que sustentam nosso comércio. Porque os verdadeiros milionários e ricos compram em Piracicaba, não gastam aqui.

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R E V I S TA N O S S A

FOTOS: REPRODUÇÃO

Victório fala com veemência durante o discurso na Câmara

São esses paraibanos que eu trouxe, sim, alagoanos... Seja o que for: baiano, paranaense é quem trouxeram a verdadeira riqueza para esta cidade. Se fosse só pelos rio-pedrenses, nossa cidade tinha hoje quatro mil habitantes no máximo. Eu quero saber como é que sobreviveria.

Porque aqui, sempre quando teve os cortes de cana, vieram os paraibanos aqui para cortar as canas, porque, senão, as canas ficavam em pé. E aqui procuraram seu espaço, através da seca no Nordeste, através das dificuldades que tinham lá, aqui procuraram seu lugar. E foi pelo seu trabalho, pelo seu esforço que alguns conseguiram suas casas, seus comércios, alguns têm até sua própria indústria.

Porque eles têm força de vontade, espírito de luta, não cruzaram os braços . Um exemplo é bairro Victório Cezarino, chamado Sem-Terra. Lá quando doei os terrenos,

fiz o sucessor com 70% dos votos (Francisco Edurardo Marrano foi eleito apoiado por Victório, com quem rompeu antes mesmo de assumir). E desculpem a minha modéstia à parte, quem eu indicasse naquela época seria eleito com 70% dos votos.

E não me arrependo de ter apoiado (o Marrano), não. Porque acima de tudo, a gente tem que ter hombridade. Mas não era para eu sair da prefeitura como sendo chamado de traidor. E disse no dia da posse que em 96 estaria voltando. E voltei, quando o plano dele era outra pessoa.

A vida pública tem esses caminhos, esses percalços. Mas temos que aprender a lidar. E não trazer mágoa no coração como muita gente diz: Victório, você ajudou tanta gente e tanta gente virou as costas para você. Não me importo com isso. Me importo com aquilo que eu pude fazer para o povo. E todo homem público tem esse

aplausos: leia a íntegra do discurso sentimento, essa coragem de dar emprego ao povo, de ajudar aqueles que precisam, aqueles que batem a sua porta em busca de um remédio, de uma cesta básica.

Nunca neguei um remédio, uma cesta básica pra ninguém. Nunca neguei uma viagem para o Paraná, para onde quer que fosse, porque lá morreu seu ente querido. Fosse sábado à noite, fosse quando fosse. Às 8 da manhã, todo sábado ía atender o povo, 40 pessoas. E resolvia os problemas e não era com promessas, com discurso, era com veemência.

Aqui (diz apontando para o texto da moção de aplausos) não foi citado nem um quinto do que nós fizemos. Com sete milhões de reais (de orçamento) e pagando em oito anos 14 milhões de reais de dívida, esse homem que roubou a cidade inteira, como se prega no jornal, esse homem que comprou uma fazenda no Mato Grosso... Comprei sim, com a venda da minha propriedade da família Cezarin.

E tá lá no meu imposto de renda o que eu tinha lá atrás e o que eu tenho depois de ter sido prefeito. Eu era muito melhor de vida. Porque o que eu ganhei na prefeitura, eu distribuí ao povo mais humilde, mais pobre.

E se eu fosse voltar um dia, não iria mudar meu sentimento, porque a criação que meus pais me deram foi essa. E nunca vou me arrepender por ter ficado mais pobre.

Mas Deus vai me dar força para eu lutar muito naquilo que eu posso fazer para Rio das Pedras, independente de política ou não. Não serei secretário como as pessoas estão falando, não. Porque não pre-

Recebendo moção de Joaquim para quem Victório foi o melhor prefeito

ciso de emprego, de nada, graças a Deus. so não é juto. O povo sabe de quem eu falo.

Não devo um milhão de reais ao municí- Por isso a vocês que vieram aqui hoje, meu pio como se prega sobre esse astuto que muito obrigado. E ao Joaquim, por esta homenagem. Só Deus lhe pode pagar. Porque tem fazenda no Mato Grosso.

Hoje é um dia de homenagem, não é nada sem Ele podemos fazer acontecer.

Mas Deus é o infinito, Deus será o nosum dia de eu descarregar, mas como eu fico sempre fico calado, não respondo nada so resultado, Deus sabe que eu vou contia ninguém, nem a jornal, sempre fico cala- nuar aqui mais um ano, dois anos. Minha do, chega uma hora que tem que dar um doença já está sendo recuperada, graças basta. E nunca também mexi com mulher a Deus. Porque eu acredito em Deus, semde ninguém e nunca apanhei de ninguém. pre acreditei e Ele vai me colocar no meio Porque esse respeito eu sempre tive com o do povo de novo.

Muito obrigado, gente. Obrigado aos cidadão, como pessoa e como prefeito.

Tudo isso é uma marca que a gente le- meu familiares. Obrigado a vocês que vieva de certas pessoas que chegaram ontem ram dar hoje essa homenagem para mim. aqui e servem para discriminar as pesso- Essa homenagem não é minha, é de todo as que têm 60 anos de Rio das Pedras. Is- o povo rio-pedrense. Meu muito obrigado.

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MEMÓRIA ESPECIAL REPRODUÇÃO

Último discurso Boa noite a todos! Em primeiro lugar, quero agradecer a todos os eleitores. Na vida política, a gente tem que ter um projeto. Eu, quando fui eleito vereador, em 1982, fui o vereador mais votado, no voto vinculado. Fizemos um bom trabalho na Câmara, fui para prefeito e ganhamos a eleição. Fizemos sucessor em 92, voltamos em 96. Perdi em 2000* e 2004, quando o Júlio foi meu vice.

Depois Lançamos o Júlio a deputado estadual. Por que lançamos a deputado estadual? Para começar a fincar uma primeira pedra. Para pintar o futuro, almejando lá na frente. Sabíamos que iríamos perder em 2008. Nós tínhamos

Victório durante sua última aparição pública, discursando na comemoração da vitória do Dr. Júlio

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consciência. Mas nós tínhamos certeza que em 2012 nós venceríamos.

E eu sempre apoiei, porque ele (Júlio) foi meu secretário de Saúde. Sempre cuidou dos menos favorecidos. É por isso que o seu nome vingou. Porque ele é a massa, é o povo. Tenho certeza que o Júlio ficará oito anos na prefeitura. E vai fazer sucessor ainda lá na frente. E vai comandar a cidade 20 anos. Para o bem desse povo, para o bem dessa massa. Para vocês cabos eleitorais, para vocês que confiaram em Dr. Júlio e Carlão. Muito obrigado. Só tem uma pessoa que pode pagar: o nosso Mestre. Que Deus abençoe a todos, muito obrigado.

*NOTA DA REDAÇÃO Quando Victório perdeu a eleição em 2000, o vice dele era Marcos Buzetto, o Marquinho, que viria a derrotar Victório posteriormente na eleição de 2004, por 198 votos de diferença.

Depoimentos sobre Victório Cezarino Como pessoa, o Victório dispensava comentários. Foi um prefeito excelente e nunca se distanciou da população. Não tinha essa de ter que marcar horário. Se você cruzasse com Victório na rua, ele parava, conversava normalmente com todo mundo e até sentava na calçada.

Conheço o Vitorinho desde que eu me entendo por gente. Sempre foi uma pessoa boa e, depois de ser eleito, nunca mudou, nunca deixou o poder subir à cabeça.

Para uma cidade como Rio das Pedras, sem dúvida nenhuma o Victório era o prefeito ideal”.

O Victório foi uma pessoa muito boa. Assim como eu, ele falava tudo o que pensava; era uma pessoa muito sincera. Muitas vezes ele vinha aqui em casa de noite e me chamava para dar uma volta. Ele gostava de andar pela cidade para ver se estava tudo certo, se não tinha nada suspeito acontecendo... realmente se preocupava muito com o povo da cidade. Ajudar os pobres era algo que ele fazia muito. Sou testemunha: ele não pensava duas vezes para fazer isso e tirava dinheiro do próprio bolso para ajudar quem precisava. Tinha dias que ele vinha em casa às 13h e ficava até de noite. Mais do que um grande político, ele era um grande amigo”.

CARLOS ROBERTO MUSSIN

ERNESTO CIPRIANI

Conheci o Vitorinho há 20 anos e ele sempre foi uma pessoa humilde.

Nunca mudou o seu jeito de ser e se importava com a população. Conversava com todos de forma igual, olhando nos olhos. Além disso, sempre cumpriu suas promessas. Prova disso é que mesmo tendo uma agenda cheia devido aos compromissos políticos, ele foi padrinho de formatura do meu irmão. Sempre o ajudei na política e quis o seu bem.

Todos que eram próximos dele ficaram muito tristes quando ele adoeceu.

Eu doei sangue para ele nessa reta final e rezei muito para que não sofresse.

O Vitorinho jamais será esquecido”.

RENATA CARDOSO DA SILVA

O Victório foi o político mais humano da história de Rio das Pedras.

Eu sou testemunha disso. Na construção do bairro Sem-Terra, além do terreno, ele forneceu para cada família 2 mil tijolos, areia, pedra, barra de ferro e cinco quilos de cimento. Ele tinha um jeito explosivo e passava todo dia na garagem, antes das 7h, para ver se estava tudo em ordem. Teve um dia que estávamos em um baile e ele pediu para eu ir com ele em um lugar, mas não falou onde.

Ele queria fiscalizar se os guardas estavam trabalhando; encontramos um dormindo, que foi repreendido com uma suspensão. Ninguém teria coragem de fazer o que o Victório fazia. Lembro ainda de uma Festa do Peão em que cerca de 40 pessoas estavam do lado de fora por não ter dinheiro para entrar. Falei para ele se tinha algum jeito de ajudá-los e ele disse que não em um primeiro momento. Porém, voltou atrás, foi na portaria e deu um jeito de todos entrarem na festa. Os políticos precisavam ser mais humanos, assim como era o Vitorinho”.

Falar do Vitorinho é falar de uma das mais belas histórias de Rio das Pedras. Ele era um homem humilde, simpático, que governou para o povo, para os pobres, e nunca discriminou ninguém por religião, orientação sexual, classe social ou etnia. Rio das Pedras só é o que é hoje por causa do Victório Cezarino. Ele era, sem dúvida nenhuma, ‘o’ cara. Procuro me espelhar nele no meu trabalho como vereador e tenho um sonho: se um dia eu for prefeito, espero ser exatamente como o Vitorinho foi”.

SÉRGIO ROBERTO CECOTTE

JOAQUIM AFONSO

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MEMÓRIA ESPECIAL FOTOS: RODRIGO GUADAGNIM_N OSSA

Victório ouve daqui

Victório ouve dali

Cliques para a posteridade Os últimos dias de vida saudável e produtiva do ex-prefeito Victório Cezarino foram dias de fazer aquilo que talvez ele mais gostasse e fosse bom: política. No dia em que as imagens desta página foram registradas, Victório chegou para mais uma tarde de discussão sobre política no quartinho dos fundos da agropecuária de Fernando Piva. Ali todos o chamavam de “Rei”. Uma referência bem-humorada a um apelido maldoso conferido ao ex-prefeito por um “jornalista”. Naquele dia, não foi diferente: “E aí Rei, tá parecendo o Poderoso Chefão hoje, hein”, brincaram com ele em virtude da roupa que ele vestia. Vitorinho achou graça. Na verdade, já se sabia que o quadro clínico dele era complicadíssimo. Eu estava trabalhando no Centro e passei ali pra cumprimentar o pessoal. Como estava com a câmera, resolvi registrar as imagens. No começo ele não gostou. Depois se soltou e começou a gesticular como habitualmente fazia quando falava de política. No final, estava posando bem-humorado pra foto que ilustra a página ao lado. E essa era a síntese do jeito de ser do Vitorinho: primeiro ficava bravo, depois rateava e, por fim, ria. Ficou pra história. RODRIGO GUADAGNIM 40

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Por fim esbraveja, fala depressa, enrolado: “Não é assim, gente. pra mim eu sei tudo”, era “Não a frase mais comum Por fimDeixe esbraveja, falaque depressa, enrolado: é assim, gente. Deixe pra mim que eu sei tudo”, era a frase mais comum

E no final das contas, entre os amigos, a conversa com Vitorinho terminava sempre em risada R E V I S TA N O S S A

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PRESENÇA

7º Encontro de Prefeitos “O 7º Encontro de Prefeitos, organizado pelo deputado estadual Roberto Morais (PPS), ocorreu no dia 23 de março de 2013 no Salão Nobre da Câmara de Vereadores de Piracicaba. Estiveram presentes no evento 18 prefeitos da região e mais de 100 vereadores de 35 municípios diferentes. Também compareceram lideranças da região, como o conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) José Pedretti.

Durante o encontro, o vice-presidente da Emplasa anunciou a aprovação do primeiro projeto do Aglomerado Urbano de Piracicaba, chamado de “DNA da Região”, que está orçado em R$ 1,3 milhão. O projeto conta com mapeamento dos 22 municípios que compõem a aglomeração e contará com fotos de satélites, informações ambientais e socioeconômicas. Depois da reunião, as autoridades almoçaram no Espaço Haras.”

O diretor técnico da Unica, Antonio de Pádua Rodrigues; Roberto Morais, o presidente da Câmara de Rio das Pedras, Tiquinho; Dr. Júlio e Arnaldo Jardim

O vereador de Piracicaba Carlos Cavalcanti entregou a Gabriel Ferrato, presidente do Aglomerado Urbano, documento pedindo o fim dos interurbanos

Os vereadores Vande do PT, Pedrinho Montrazio e Edson Marconato 44

R E V I S TA N O S S A

No centro, o deputado federal Arnaldo Jardim, o prefeito de Saltinho, Clademir Torina, o Grilo; e Roberto Morais, ladeados por vereadores de Saltinho

Neto, vereador de Mombuca

O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Dimas Ramalho também compareceu e discursou no evento

Roberto Morais ganhou uma bandeira do Estado de São Paulo do deputado Arnaldo Jardim

FOTOS: RODRIGO GUADAGNIM_N OSSA

Roberto Morais discursa no evento

Todos os prefeitos e autoridades reunidos no encontro

O prefeito de São Pedro, Helio Zanata, Barjas Negri, Roberto Morais, a secretária de Desenvolvimento Social de Piracicaba, Eliete Secamille, o deputado federal Arnaldo Jardim e Maíra Negri

A prefeita de Mombuca Rute Belanga assinou a bandeira dada a Morais

Barjas Negri, agora presidente da Fundação para o Desenvolvimento para a Educação, também discursou no evento

Dr. Júlio aproveitou o almoço para colocar a conversa em dia com o ex-prefeito de Piracicaba, Barjas Negri

Dr. Júlio com o prefeito de Piracicaba, Gabriel Ferrato e Tiquinho

Luiz José Pedretti, vicepresidente da Emplasa, anunciou a primeira verba para o Aglomerado Urbano de Piracicaba

O deputado Arnaldo Jardim discursou no evento

O vereador Tutinho também papeou com Dr. Júlio R E V I S TA N O S S A

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4 DIAS DE FESTA

Nosso Carnaval de volta Banda Obaluaê, de Rio das Pedras, e a escola de samba piracicabana Caxangá foram algumas das atrações

O

mês de fevereiro foi marcado pelo sucesso do Carnaval Popular de Rio das Pedras, o primeiro evento realizado pela nova administração municipal, por meio da Secretaria de Cultura.

Com criatividade para preparar as atrações e atenção especial na segurança, os organizadores conseguiram ganhar a confiança de boa parte das famílias, que novamente puderam brincar o Carnaval de Rio das Pedras. Um Carnaval que já foi tradicional, mas que havia caído no ostracismo. Outro detalhe a ser ressaltado é a redução de custos. Segundo a organização, o Carnaval de 2013 custou menos de 1/3 do Carnaval do ano passado.

A festa foi realizada nos dias 9, 10, 11 e 12 de fevereiro com atrações tradicionais do município e da região. O local escolhido para receber o evento foi o Conjunto de Rotatórias Mário Covas, na

Av. dos Operários (do lado da Rodoviária).

Uma das novidades foi a presença dos blocos carnavalescos da cidade, que se inscreveram antecipadamente na Secretaria de Cultura, o que garantiu acesso ao camarote em formato “U” que foi instalado no local para os blocos e para autoridades do município.

O evento começou no sábado à tarde (9) e a primeira atração foi a Banda do Javalonso, formada por foliões que se vestem com figurinos do sexo oposto. A concentração começou em frente ao salão da Banda Antenor Cortelazzi, na rua Dr. Mário Tavares, e o desfile seguiu até o Conjunto de Rotatórias. À noite, o carnaval continuou na área da festa até à 1h. O agito ficou por conta da banda rio-pedrense Obaluaê, especializada em carnaval.

A praça da rotatória serviu como praça de alimentação e contou brinquedos infláveis com monitores para a criançada (durante as matinês, realizadas nos dia 10 e 12).

No domingo (10) foi realizado o Carnaval de Rua. A Carreta da Alegria Super Star, que abriu o desfile, foi uma das sur-

presas mais criativas. Um caminhão scania preparado para transportar passageiros percorreu as principais ruas da cidade levando em cima dele a Banda Antenor Cortelazzi, que tocou clássicas marchinhas de carnaval. Depois, houve desfile da escola de samba Caxangá, de Piracicaba.

O trio elétrico comandado por Paulo Baiano também animou os foliões dos blocos que desfilaram pelas ruas da cidade.

Enquanto isso, o Caminhão Show se tornou um camarote móvel, onde autoridades do município acompanharam o desfile. As festividades continuaram na área da festa até às 1h, com show da banda Obaluaê.

Na segunda feira (11), a festa foi das 21h à 1h com show da Obaluaê. E no domingo (12), tanto a matinê quanto a noite de encerramento foram animadas pela Obaluaê.

O evento contou com apoio da Polícia Militar e da Guarda Municipal, segurança particular, membros do posto de bombeiros e uma ambulância para atender emergências no local. Nenhuma ocorrência foi registrada durante os quatro dias de festa.

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MEMÓRIA CARNAVALESCA

Dona Dirce e o Carnaval F OTO S : Á L B U M D E FA M Í L I A

Inspirada pelos desfiles do Rio de Janeiro, criou a escola de samba Mocidade Alegre

O

dia estava quase amanhecendo quando Rosana acordou. Saiu da cama na ponta dos pés, chegou à cozinha e avistou a luz da sala acessa.

Atravessou o pequeno corredor, passou pela porta e se deparou com uma das cenas mais marcantes de sua vida.

Na pequena sala, vidrada no televisor de 21 polegadas, Luiza Pereira de Aguiar, conhecida popularmente como Dona Dirce, fazia anotações e desenhos em seu caderno enquanto observava o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro.

O chão estava forrado de folhas amassadas. “O que você está fazendo, mamãe?”, pergunta Rosana Aparecida de Aguiar, na época com oito anos de idade. Acompanhado de um largo sorriso, recebe como resposta: “Só uns rabiscos, filha”. Eram os primeiros traços de um projeto que levaria ao surgimento da primeira (e única) Escola de Samba de Rio das Pedras.

Dona Dirce sempre foi apaixonada pelo carnaval. Nascida em 22 de agosto de 1937 e natural de Jaboticabal – SP, ela se mudou para Rio das Pedras com os pais Salvador e Noemia Pereira e suas quatro irmãs e dois irmãos. Desde muito cedo trabalhou na roça e aproveitava a noite para bordar e costurar.

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No dia 29 de abril de 1961, casou-se com João Maurício Aguiar. O casal teve quatro filhos: Rosana Aparecida Aguiar, João Arnaldo de Aguiar (já falecido), Ana Elizabete de Aguiar e Cristina de Aguiar (já falecida). Depois de casada, deixou de trabalhar na roça e atuou como doméstica da família Zeppelline por 32 anos.

A amizade com a família Zeppelline foi fundamental para tirar do papel o grande sonho de Dirce. “O Antônio Ayrton Maniassi Zeppellini foi eleito prefeito em 1983. Dois anos depois, minha mãe o procurou e mostrou o projeto da escola. Ele adorou e resolveu apoiar”, conta a filha Rosana. “Ela começou a agitar os

Em família, Dona Dirce fazia os preparativos para o Carnaval, costurando roupas e adereços para os foliões

amigos para fazer a escola e se dedicou muito. Batizou a escola de Mocidade Alegre, uma homenagem à Mocidade Independente de Padre Miguel, do Rio de Janeiro, que ela tanto gostava. Até as cores (verde e branca) são as mesmas”, diz ela.

Os 16 anos de Mocidade Alegre foram os mais felizes da vida de Dona Dirce Valter Girotti Rodrigues (o Kiko), amigo de Dirce, lembra com carinho da Mocidade Alegre. “Ela passava a noite fazendo fantasias para os membros da Mocidade e realmente batalhava para que os carnavais da cidade fossem inesquecíveis”, diz ele. “A escola teve 16 anos de vida. Sem dúvida nenhuma os ‘anos dourados’ da Mocidade foram de 1997 a 2000, quando o Vitorinho Cezarino era prefeito”, diz Rosana. “Ele amava a escola e nos dava total apoio; até passava aqui de madrugada, enquanto minha mãe e o pessoal trabalhavam nas fantasias, para ver se precisavam de mais alguma coisa. Foi o período mais feliz da vida dela”.

A história da Mocidade Alegre terminou em 2002, quando a prefeitura parou de apoiar o projeto. “Desde o final da escola, minha mãe foi se abatendo mais a cada ano. O carnaval era tudo para ela”, lembra Rosana. Dona Dirce faleceu no dia 13 de dezembro de 2009 devido a uma insuficiência respiratória. Deixou duas filhas, cinco netos, duas netas, oito bisnetas e três bisnetas. Em 2013, a Secretaria de Cultura de Rio das Pedras realizou uma homenagem póstuma para Dona Dirce no Carnaval Popular, em agradecimento a todo trabalho cultural desempenhado por ela ao longo dos anos na cidade.

Dona Dirce durante desfile da Mocidade Alegre rio-pedrense

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QUEM FOI, GOSTOU

Novo Carnaval agrada foliões FOTO S : D I V U LG AÇ ÃO

Além de agitar os rio-pedrenses, o Carnaval Popular fez a alegria de um grupo de intercambistas de Ohio (EUA), alunos da Esalq que curtiram a festa

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Participamos de vários Carnavais de Rio das Pedras, mas esse foi com certeza o melhor de todos. O público estava muito animado e a estrutura do evento estava excelente”.

NATASHA SANTOS, integrante das Princesinhas do Axé e passista da Caxangá

Foi um Carnaval muito bom. Bem organizado, com segurança, infra-estrutura excelente e o mais importante: um ótimo ambiente familiar. Pude trazer minha filha Yasmin, que se divertiu muito”.

JOÃO BATISTA PERRES, Rio Foto

Com certeza esse foi o melhor Carnaval dos últimos 12 anos.

O nosso bloco nasceu em 1981 e o que foi feito pelo Nenê (Bonassa, secretário de Cultura) é a nossa cara: sair desfilando pela rua, poder dançar, ter um ambiente gostoso para festejar.

Fazia muitos anos que não conseguia vir com a minha família, tínhamos medo, mas esse ano foi excelente!”

Foi a primeira vez que desfilamos em Rio das Pedras.

A recepção na cidade foi ótima, tanto por parte da população quanto dos organizadores do evento. A infraestrutura não ficou devendo em nada para Piracicaba.

Esperamos poder desfilar mais vezes em Rio das Pedras, pois a recepção foi realmente fantástica”.

O espaço destinado para o evento ficou excelente.

Há muito tempo Rio das Pedras não tinha um Carnaval assim. E isso só foi possível porque o Nenê (Bonassa, secretário de Cultura) procurou as pessoas certas para realizar a festa, pessoas que realmente gostam de Carnaval. Finalmente a cidade está no caminho certo para resgatar as festas de antigamente que o povo tanto gosta”

GIOVANA DELFIM DA SILVA, Bloco Eles/Elas

ODIVALDO DARAGONE, Diretor Social da escola de samba Caxangá

VALDETE APARECIDA BONASSA PADOVEZE, Trem das Onze

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Esse Carnaval foi campeão! A Cultura nos apoiou com o trio elétrico para desfilarmos desde o bairro Bom Jardim (bairro sede do Bloco) e conseguimos arrastar 350 pessoas. A infra estrutura da festa estava ótima e as atrações foram muito legais. Estão de parabéns”.

Esse foi o 5º ano que atuei como Rei Momo, sendo que os quatro primeiros foram em Piracicaba. Eu, particularmente, achei o Carnaval de Rio das Pedras melhor do que muitos da região. Muitas famílias estiveram presentes, o que é ótimo para a festa. Excelente organização”.

SANDRO DE ALEXANDRE, Bloco Ah Muleke!

DIEGO DELFINO, Rei Momo (Princesas: as irmãs Mariana e Marcela Ocanha)

Esse Carnaval foi muito diferente de tudo que vinha sendo realizado na cidade. O ambiente, a segurança... tudo que foi feito proporcionou um ambiente sadio para o pessoal brincar. Espero que continue assim no ano que vem, e que continuem melhorando ainda mais”.

Foi um dos melhores Carnavais da história de Rio das Pedras. No ano passado não participei, mas nesse ano pude trazer toda a minha família. É assim que se resgata aquele maravilhoso ambiente dos antigos carnavais da cidade”.

ANTÔNIO MANOEL MONTEIRO, Toniquinho

Trouxe meus colegas intercambistas da Esalq, que são de Ohio (EUA), para curtir o Carnaval aqui em Rio das Pedras.

Eles estão se divertindo muito e entraram no clima da brincadeira”.

LARISSA DEGASPARI, estudante de Agronomia

PROFESSOR GERALDO JOSÉ DOS SANTOS, Bloco Treme Treme

Esse foi o primeiro evento da administração do Dr. Júlio e já começou revolucionando totalmente o Carnaval Popular. Sou amigo pessoal do Júlio há muito tempo e dedico minhas apresentações para ele”.

Foi uma festa muito satisfatória.

Nos Carnavais anteriores nunca participávamos porque não tinha incentivo. Dessa vez, foi a própria Secretaria de Cultura que nos convidou. Nós vamos continuar participando nos próximos Carnavais, pois a tendência agora é que seja sempre melhor. O ponto forte do evento foi a segurança; pudemos trazer nossas famílias sem nenhum receio. A organização está de parabéns”.

ARISTIDES BENTO, Bloco Maracujá Mecânico

O Carnaval daqui superou as expectativas.

O ambiente familiar que o Nenê trouxe foi o diferencial da festa. Minha mãe, que há 13 anos não saia de casa no Carnaval, veio nos quatro dias de festa e trouxe amigas de Piracicaba.

O nosso bloco Chamma Alegria também está homenageando na camiseta o meu pai, Miguel Chamma, que faleceu no dia 29 de dezembro de 2011, e era apaixonado por Carnaval”.

FLÁVIA CHAMMA, Bloco Chamma Alegria

NAZARÉ LEITE, Banda Obaluaê

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SÁBADO À NOITE (09/02)

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DOMINGO À NOITE (10/02)

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MATINÊ - DOMINGO (10/02)

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SEGUNDA À NOITE (11/02)

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MATINÊ - TERÇA-FEIRA (12/02)

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BANDA DO JAVALONSO (09/02)

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BANDA DO JAVALONSO (09/02)

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PRESENÇA

Lucas e João Pedro agitam o A forte chuva que caiu em Rio das Pedras no dia 9 de março não impediu que mais de 1.500 pessoas comparecessem ao show da dupla de sertanejo universitário Lucas e João Pedro, realizado no Clube de Campo de Rio das Pedras. Antes da atração principal, o evento contou com a apresentação do DJ Paulo Pringles e do DJ Tone Set. Houve também duas participações especiais que dividiram os microfones com a dupla Lucas e João Pedro.

A primeira foi a cantora Lays Martini. Depois foi a vez do Rangel, da dupla Ronny & Rangel, subir ao palco. Confira as fotos do evento, que foram registradas pelo fotógrafo Machado.

Jone Vicente (Juca) e Ariane Folha (Tata)

Márcio Carvalho, Cecília Ugocioni, Fabiana Trevizan Ugocioni, João Roberto Ugocioni, Carolina Trevizan, Maria Inês Ugocioni e Plínio Carducci

Tcharles Ganone, Stella Collegari e Vanessa Baillo

Luis Pompermayer Junior, Fernanda Moyses, Leonardo Basso e Silvia Moyses

Lucas, Isis Viviani e João Pedro

Alessandra Domigues, Silvia Beltrame e Laura Paes

Maiara Amorim, Raphael Apolinário, Gleiton Silveira e Larissa Ferreira

Aline Piva, Amanda Piva, Denis Fabiano e Júlio Silva

Lucas, Beatriz Pereira da Rocha Mariano, Tainá Souza, Laura Viviani e João Pedro 62

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DJ Paulo Pringles

Clube de Campo FOTOS: MACHADO

Roberto Rubin e Eloá Angeleli

Guilherme Manesco Grigolon e Daniele Travaioli

Medily Vieira e Thaissa Marcello

Fausto Defavari e Erica Kravitz

Lucas, Thamires Souza, Julia Borges, Caroline Mozer e João Pedro

Marcos Ferreira e Keile Ferreira

João Felipe Zarbetti e Amanda Fedatto R E V I S TA N O S S A

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FESTA DO POVÃO

Democrata curte título do tetra com churrasco FOTOS: RODRIGO GUADAGNIM

Presidente palmeirense (Heleno), filha corintiana: nada mais democrata

A galera reunida no churrasco

Jogadores e torcida se reuniram para festejar a conquista do tetracampeonato Amador

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ogadores e torcida do Democrata se reuniram em um fim de semana de janeiro para comemorar com um churrasco o tetracampeonato amador de futebol de Rio das Pedras, conquistado no mês anterior. O churrasco durou dois dias e aconteceu em uma chácara no bairro em que o time é sediado, o Luiz Massud Coury.

A final da primeira divisão do Campeonato Amador de Rio das Pedras 2012 foi disputada entre Democrata e Chácara Show. Depois de 80 minutos (dois tempos de 40) muito disputados e o 0 a 0 no placar, a decisão foi para os pênaltis. Com defesa do goleiro do Demô, Pau-

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lo Calefe, na penalidade batida por Diego Souza, o Democrata derrotou o Chácara por 7x6 e sagrou-se tetracampeão.

Nove times disputaram a primeira divisão: Democrata, Chácara Show, Unimak, Serra, WWW, Catedral do Amor, Pombal Unidos da Vitória, Canabres e Hoolygans. Foram 25 jogos no total. Esse foi o terceiro título do Democrata no ano - também conquistou o Campeonato Regional Amador de Mombuca e o Torneio 7 de Setembro de Rio das Pedras.

Prêmios individuais

SEGUNDONA Na final válida pela 2ª Divi-

2ª DIVISÃO

são do Campeonato Amador, a equipe do Unimak B bateu o Amigos por 1 a 0 e conquistou o título. O gol que garantiu a vitória saiu aos 28 minutos do primeiro tempo dos pés do atacante Renato. Agora a Unimak tem dois times na 1ª divisão. A equipe do Amigos também conseguiu o acesso.

GOLEIRO E DEFESA MENOS VAZADA:

1ª DIVISÃO GOLEIRO E DEFESA MENOS VAZADA:

Chácara Show ARTILHEIRO:

Diego Francisco Leme Souza (Chácara Show) JOGADOR DESTAQUE:

Alisson Luis Tavares (Unimak)

Unimak B ARTILHEIRO:

Felipe Gaulina (Unimak B) JOGADOR DESTAQUE:

Airton Gaudêncio (Amigos F.C.)

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SESSÃO RETINA

Senhorita Despedida RODRIGO GUADAGNIM

A cachorrinha de rua Nina mora nas imediações do cemitério de Rio das Pedras e é famosa por assistir a todos os sepultamentos. No último dia 8 de fevereiro, no enterro do ex-prefeito Victório Cezarino, ela mais uma vez cumpriu o ritual. Deitou-se no chão e ficou observando até que o último tijolo fosse acentado. Quando todos íam embora, ela se sentou no final do corredor central, em frente a capelinha do cemitério, e ficou observando até que o última pessoa saísse. Nina parece se compadecer da dor dos amigos e familiares.