Revista +Social nº9

D. José Ornelas Uma reflexão sobre a Pastoral Social na Diocese

Sociedade Filarmónica União Artística Piedense Ao serviço da comunidade

Agrupamento CNE 543 Cova da Piedade Uma pequena grande família

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Editorial

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Em destaque Famílias da “nossa casa”

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Do Papa Francisco Síntese da Exortação Apostólica «A Alegria do Amor»

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Entrevista D. José Ornelas, Bispo de Setúbal

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Em destaque Dia da Comunidade com Homenagem aos Bombeiros Voluntários de Cacilhas

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Em destaque A Ressureição de Jesus celebrada em família

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Infância Bairro

Propriedade Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro Rua Ramiro Ferrão n.38, Cova da Piedade 2805-348 Almada telefone: 212 720 140 | telemóvel: 939 430 940 email: infor@cparoquial-covapiedade.pt O Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro está certificado: - pelo referencial da Norma ISO 9001:2008 - nível A, nas Respostas Sociais Ativas, onde sejam aplicáveis os modelos de avaliação do Instituto da Segurança Social.

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À conversa com...

Sociedade Filarmónica União Artística Piedense: Ao serviço da comunidade

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Infância Romeira e Comunitário

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Ação Social De muitos modos se deve manifestar a caridade

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Amar é construir para os outros Casa do Parque

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Infância Renascer e Ramalha

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Cantinho da Psicologia É bom ter família

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Voluntariado na Saúde A novidade de um desafio

Diretor Padre José Gil de Borja Pinheiro RIbeiro Coordenação e Redação Anabela Sousa Edição e Paginação Anabela Sousa Mário Santos Miguel Almeida Revisão Luísa Simões

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Regaço Materno Sentir família

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Seniores Casa de São Paulo e Residência Nossa Senhora da Esperança

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Cultura Aberta Café com Estórias

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Verdocas

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Notícias da Paróquia O Agrupamento de Escuteiros 543 da Cova da Piedade

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Aconteceu

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Centro de Documentação O estudo da Árvore Genealógica

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Despertar da Fé

Colaboradores Alexandra Reis Carlos Grade Inês Tapadas Maria Martins Miguel Jorge Rosário Silva Paulo Imagens Foto Ramos

Impressão Tipografia Lobão, Lda. Tiragem 1500 exemplares Depósito Legal 367956/13

Editorial

por Padre José Pinheiro

As nossas famílias, as nossas raízes, a nossa história, a nossa missão…

A família foi o tema escolhido para este número da revista + Social. O nosso Centro, como realidade paroquial, é uma família de muitas famílias. Uma rede de afetos onde entram pais e mães, avós, netos, tios, funcionários, voluntários, benfeitores, sacerdotes e, a pessoa mais importante, o nosso irmão Jesus Cristo.

Os nossos escuteiros, e as suas famílias, confundem-se com a história da nossa Comunidade e, por isso, com o nosso Centro Paroquial. Os escuteiros vieram para a nossa Paróquia pela mão do Padre Ricardo Gameiro que viu neste movimento um espaço educativo capaz de atrair os jovens para um caminho de crescimento na fé cristã e no serviço alegre à Comunidade. Obrigado a tantos que, ao longo destes 38 anos, se dedicaram à formação dos nossos jovens, principalmente aos nossos dirigentes.

relações de cooperação e amizade. Ainda está muito por fazer, mas o caminho que já percorremos deixa-nos cheios de esperança.

Estamos a terminar mais um ano letivo. Quero agradecer a cada funcionário desta instituição que diariamente dá o seu melhor ao serviço do seu irmão.

Agradecer a todos aqueles que fazem parte da nossa vida diária, que nos ajudam a acrescer como pessoas, a quem perdoamos e que nos perdoam as nossas inconsistências, e por isso são a nossa família. Jesus dá-nos a sua família que é a Igreja, que tem a missão de cuidar desta grande família que é a humanidade.

Assim o procuramos fazer diariamente no nosso Centro Paroquial, assim Deus nos ajude.

O nosso Centro Paroquial continua a crescer.

A Casa do Parque será, a partir do próximo dia 23 de junho, a nossa nova valência. Situada num andar por cima da sede dos escuteiros, com 14 habitações com casa de banho individual, este espaço está preparado para receber estudantes e professores. Esta não é uma resposta estratégica do nosso Centro Paroquial mas foi a mais sustentável economicamente uma vez que era urgente uma intervenção nesta parcela inacabada, que já apresentava sinais de avançada degradação. Obrigado a todos os que estiveram implicados neste projeto, à Direção do Centro, em especial à nossa Vice-Presidente, Ana Luísa Caixas, promotora entusiasta incansável de mais uma resposta social, e aos arquitetos, José Silva Borralho, autor do projeto, e à Maria Cristina Abreu.

Agradeço a disponibilidade do nosso bispo, D. José Ornelas, para nos conceder uma entrevista.

Com determinação e profundidade, D. José revela-nos o seu pensamento sobre a pastoral social, um trabalho que deve ser sempre desenvolvido em rede com os diferentes parceiros.

Entrevistámos o presidente da Sociedade Filarmónica União Artística Piedense (SFUAP), nossos vizinhos. Nesta conversa, Luís Gonçalves partilhou connosco a história desta importante coletividade da nossa Cidade de Almada. Ao longo destes últimos anos as nossas instituições tem vindo a estreitar 3

Em destaque Por Anabela Sousa

Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro é um prolongamento de casa

Uma relação que se mantém até hoje A família Mota Pereira é uma das muitas famílias do Bairro da Piedade que tem uma ligação antiga ao Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro. A ligação nasce através da Paula Mota, a filha mais nova de José Mota, atual utente da Residência Nossa Senhora da Esperança.

«Por sorte – contam Raquel e Paula Mota, filhas de José Mota e Belmira – a família Mota Pereira veio morar para o Bairro da Piedade. Primeiro eram só dois, mas depressa nasceram a Marta e a Matilde para animar a casa e a vida de toda a família. Com duas crianças pequenas, a escolha da escola parecia óbvia. Não só ficava do outro lado da rua, como ainda tinha a melhor reputação da zona».

Foi assim que Marta e Matilde começaram a frequentar o equipamento de Infância do Bairro Nossa Senhora da Piedade. Aí estiveram desde a Creche até ao 4º ano de escolaridade frequentando, nessa altura, o Centro de Atividades de Tempos Livres.

Em 2006 é José Mota, o avô da Marta e da Matilde que chega, como residente, à Residência Nossa Senhora da Esperança. Posteriormente, há cerca de dois anos, a avó das (agora) jovens começou a frequentar o Centro de Dia da Residência.

O cuidado com os nossos Desta ligação com o Centro Paroquial Padre Ricardo Gameiro, a família guarda as melhores memórias. No que diz respeito ao Equipamento de Infância do Bairro diz respeito, festas de Natal onde os pais eram convidados a participar e os Santos Populares, são os mais destacados.

Dizem ainda, que houve todo o cuidado, por parte da Instituição, com as crianças e pais, amparando em momentos de ansiedade ou de maior preocupação. «É uma relação que se mantem até hoje, mesmo já não tendo nenhuma criança na escola», destacam sublinhando que Paula Mota continua a ir, com frequência, às instalações entregar bens de que já não necessita ou colaborar noutras iniciativas. Já em relação à Residência e o Centro de Dia, afirmam Raquel e Paula Mota, filhas de Belmira e José Mota: «a dignidade e o cuidado com os nossos é o que mais marca a relação».

Integrar a família e chamá-la a participar Apesar de terem aguardado algum tempo até conseguir vaga para o pai, a realidade é que, 'valeu a espera': este é um lar que é quase um prolongamento de casa. Há um cuidado, atenção e dedicação muito grande por todos os utentes. Paralelamente há uma grande preocupação em integrar a família e chamá-la a participar». Por outro lado, a proximidade entre os vários equipamentos do Centro (lar e escola) permitiam que José Mota, enquanto ainda tinha alguma mobilidade, fosse visitar as netas, promovendo um estreitamento da relação e ainda um imenso sentimento de autonomia.

«Sabê-los bem, dá-nos paz de espírito» Atualmente, devido ao seu estado de maior dependência, isso já não é possível, mas a família continua a vir à Residência e consideram que é, para a sua logística familiar, uma mais-valia.

José Mota e Belmira: ele, utente da Residência; ela, utente de Centro de Dia

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«Todos os membros da família trabalham ou estudam.

Por isso, é um descanso saber que está tudo bem com o José Mota. Saber que tem acompanhamento médico e assistência permite-nos estar menos preocupados, assim como sabermos que, no caso de algo estar menos bem, nos ligam imediatamente. A verdade é que sabemos que está bem entregue e, desde a ida da Belmira para o Centro de Dia, tem todo o carinho de que precisa. Infelizmente, não conseguimos visitar a Residência diariamente, mas sabêlos bem dá-nos alguma paz de espírito», afirmam as filhas Raquel e Paula.

A Família de José Mota e Belmira... (da esquerda para a direita) Em cima: Paulo, Raquel e João; Ao centro: Inês, Cristiana, Matilde, Paula, Rita, o bisneto António José, Belmira e Marta; Em baixo: a bisneta Maria Teresa e José Mota

Família amiga, unida e preocupada Esta é uma família que se considera muito unida: «Somos muito amigos e muito preocupados com o bem-estar uns dos outros», dizem. Na verdade, a dinâmica familiar devese, em larga medida, à educação dada por Belmira e José Mota, às filhas Paula e Raquel, que assumem um papel agregador de toda a família e todos se juntam em torno delas.

levantávamo-nos ainda mais cedo para chegar à praia em condições de "inaugurar" o areal da praia de Porto de Mós», destacam, descrevendo as recordações do patriarca da família quando ainda não estava na Residência.

Contam ainda que a família Mota todos os anos passava férias no Parque de Campismo Militar de Lagos. «O “Mota” tinha uma roulotte que estava parada, com toda a parafernália de campismo montada, desde Abril até aos finais de Setembro e os netos passavam ali temporadas com o avô».

Havia apenas uma situação que tinham que cumprir com precisão militar. «Todos os dias em que íamos para a praia, tínhamos que ser os primeiros a colocar o chapéu de praia na areia. Isto implicava que tínhamos que estar na praia, todos equipados e prontos para o mergulho, por volta das oito e meia da manhã. Se porventura, nos atrasávamos e já não éramos os primeiros a chegar, no dia seguinte

Iluminação LED LOJA EM ALMADA (junto ao INTERMARCHÉ da Sobreda)

Marta e Raquel, netas de José Mota e Belmira que frequentaram o Bairro

www.virtualleds.pt

Em destaque Por Anabela Sousa

Lutar pelo bem da família

«O trabalho, para mim, sempre foi uma família» Fátima Pereira é trabalhadora do nosso Centro Paroquial há 26 anos. Atualmente é ajudante de ação direta na Residência Nossa Senhora da Esperança e diz que, aqui, nesta casa, sempre se sentiu feliz, realizada e é muito agradecida por tudo o que lhe têm feito. Nesta edição da +Social damos a conhecer um pouco da sua história da vida e o rosto da sua família.

Tinha doze anos quando começou a trabalhar para ajudar os pais mas a mãe gostaria que tivesse prosseguido os estudos. Na altura, Fátima Pereira era embaladora de produtos alimentares congelados. Mais tarde, aos dezasseis anos tornou-se ajudante de cozinha e aí, diz, aprendeu muito com as colegas mais velhas, «não só a nível profissional como pessoal».

Já com dois filhos nascidos, Fátima viu-se sem emprego devido aos despedimentos que afetaram a empresa onde trabalhava. Pouco tempo depois foi o seu marido, Leonel, que ficou sem trabalho. É nesta altura que a vida de Fátima se torna um pouco mais complicada.

«Ficar sem rendimentos foi uma grande luta. A vida passou a ser bem madrasta, por outras situações, e o ficar sem trabalho só agravou o lado negativo para enfrentar as adversidades», afirma.

«Ser mãe, foi o mais belo de toda a minha vida» No entanto, «e porque dos fracos não reza a história», Fátima ancorou-se aos filhos para mudar de vida. «Há sempre quem nos ajuda a subir a corda e pensar em mudar de vida deu-me força para lutar pelo bem da

família e dos meus filhos. Ser mãe foi o mais belo de toda a minha vida», destaca.

Mãe de seis filhos (Céu, Francisco, Elisabete, Rui, Goreti e uma outra bebé que faleceu apenas com 1h de vida), Fátima fala com saudade da filha que viu partir aos 24 anos de idade.

«Tenho muitas saudades da minha Beta que partiu cedo demais, e é um momento da vida que me "dói" falar. Tem sido um desgosto difícil de superar mas como sempre fui lutadora, temos que olhar pelos que sobrevivem, pelos netos que já nasceram e que são uma grande alegria», refere, emocionando-se.

Estudar e trabalhar, para ajudar a família Tinha já trinta e quatro anos quando começou a trabalhar aqui, no Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro.

Começou a tempo parcial e três meses depois passou a trabalhar a tempo inteiro. Aqui, acabou por fazer um pouco de tudo. Hoje é ajudante de ação direta, na Residência Nossa Senhora da Esperança, diz ser muito dedicada ao trabalho e gostar muito do que faz, sempre preocupada com os idosos.

A Família de Fátima Pereira... Em cima (da esquerda para a direita): Daniel (genro), João Pedro (neto), Goreti (filha), Maria do Céu (filha), Rui Alexandre (filho) e Débora (nora); Em baixo (da esquerda para a direita): Carolina (neta), Leonel (marido), Fátima, Santiago (neto), Letícia (neta) e João Miguel (neto)

Em Novembro de 1984, Fátima com o marido e os filhos

ORAÇÃO DO PAPA FRANCISCO À SAGRADA FAMÍLIA «Jesus, Maria e José a vós com confiança rezamos, a vós com alegria nos confiamos»

Fátima (2ª a contar da esquerda) com as colegas de apoio domiciliário, no Bairro

A participação da família nas marchas populares de Almada em 1995

«O trabalho, para mim, sempre foi uma família, pelo acolhimento, pelo amor que sempre aqui senti. A Dª Ana Luísa, quando me via e cumprimentava, sabia de imediato se eu estava bem ou não. Aqui, deram-me muitas oportunidades de formação profissional e foi por esse motivo que comecei a conduzir. Sou muito agradecida por todas as oportunidades e estou disponível para tudo o que me pedirem», conta.

Mas a ligação desta família ao Centro Paroquial Padre Ricardo Gameiro não se esgota em Fátima Pereira: «Durante vários anos, toda a minha família entrou nas marchas populares da Cova da Piedade porque gostávamos muito de música e de dança. Para além disso, a minha filha Céu também cá trabalha, na cozinha do Comunitário». É uma mulher que gosta de trabalhar e de aprender. para além de toda a formação profissional na área da geriatria disponibilizada na Instituição, Fátima quis estudar para completar o ensino escolar obrigatório. «Eu tenho muita estima pela minha formação e pelo meu trabalho. Em primeiro lugar, para mim, está esta "segunda casa" porque só sabendo mais e conhecendo mais, posso ajudar a minha família», conclui.

Jesus, Maria e José a vós, Sagrada Família de Nazaré, hoje, dirigimos o olhar com admiração e confiança; em vós contemplamos a beleza da comunhão no amor verdadeiro; a vós confiamos todas as nossas famílias; para que se renovem nessas maravilhas da graça.

Sagrada Família de Nazaré, escola atraente do santo Evangelho: ensina-nos a imitar as tuas virtudes com uma sábia disciplina espiritual, dá-nos o olhar claro que sabe reconhecer a obra da providência nas realidades cotidianas da vida.

Sagrada Família de Nazaré, guardiã fiel do mistério da salvação: faz renascer em nós a estima pelo silêncio, torna as nossas famílias cenáculo de oração e transforma-as em pequenas Igrejas domésticas, renova o desejo de santidade, sustenta o nobre cansaço do trabalho, da educação, da escuta, da recíproca compreensão e do perdão.

Sagrada Família de Nazaré, desperta na nossa sociedade a consciência do caráter sagrado e inviolável da família, bem inestimável e insubstituível.

Cada família seja morada acolhedora de bondade e de paz para as crianças e para os idosos, para quem está doente e sozinho, para quem é pobre e necessitado.

Jesus, Maria e José a vós com confiança rezamos, a vós com alegria nos confiamos.

(Tradução Canção Nova / Jéssica Marçal)

Do Papa Francisco Síntese da Exortação Apostólica pós-Sinodal do Papa Francisco sobre a família “Amoris laetitia”, a “Alegria do Amor” CAPÍTULO PRIMEIRO: “À LUZ DA PALAVRA” No primeiro capítulo o Papa articula a sua reflexão a partir das Sagradas Escrituras, em particular, com uma meditação acerca do Salmo 128, característico da liturgia nupcial hebraica, assim como da cristã. A Bíblia ”aparece cheia de famílias, gerações, histórias de amor e de crises familiares”(AL 8).

CAPÍTULO SEGUNDO: “A REALIDADE E OS DESAFIOS DAS FAMÍLIAS” Partindo do terreno bíblico, o Papa considera no segundo capítulo a situação atual das famílias, mantendo ”os pés assentes na terra” (AL 6) como se pode ler na Exortação.

A humildade do realismo ajuda a não apresentar ”um ideal teológico do matrimónio demasiado abstrato, construído quase artificialmente, distante da situação concreta e das possibilidades efetivas das famílias tais como são”(AL 36).

O matrimónio é “um caminho dinâmico de crescimento e realização”. “Somos chamados a formar as consciências, não a pretender substituí-las”(AL37) refere o Papa Francisco no seu texto, pois, Jesus propunha um ideal exigente, mas ”não perdia jamais a proximidade compassiva às pessoas frágeis como a samaritana ou a mulher adúltera” (AL 38).

Capítulo terceiro: “O olhar fixo em Jesus: a vocação da família” O terceiro capítulo da Exortação é dedicado a alguns elementos essenciais do ensinamento da Igreja acerca do matrimónio e da família. Em 30 parágrafos ilustra a vocação à família de acordo com o Evangelho, assim como ela foi recebida pela Igreja ao longo do tempo, sobretudo quanto ao tema da indissolubilidade, da sacramentalidade do matrimónio, da transmissão da vida e da educação dos filhos. Fazem-se inúmeras citações daGaudium et spes do Vaticano II, da Humanae vitae de Paulo VI, da Familiaris consortiode João Paulo II. CAPÍTULO QUARTO: “O AMOR NO MATRIMÓNIO” O amor no matrimónio é o título do quarto capítulo desta Exortação e ilustra-o a partir do “hino ao amor” de S. Paulo na Primeira Carta aos Coríntios (1 Cor 13, 4-7). Este capítulo desenvolve o carácter quotidiano do amor que se opõe a todos os idealismos: ”não se deve atirar para cima de duas pessoas limitadas o peso tremendo de ter que reproduzir perfeitamente a união que existe entre Cristo e a sua Igreja, porque o matrimónio como sinal implica um processo dinâmico, que avança gradualmente com a progressiva integração dos dons de Deus” (AL 122).

Também neste capítulo uma reflexão sobre o amor ao longo da vida e da sua transformação. Pode-se ler no documento: “Não é possível prometer que teremos 8

os mesmos sentimentos durante a vida inteira; mas podemos ter um projeto comum estável, comprometernos a amar-nos e a viver unidos até que a morte nos separe, e viver sempre uma rica intimidade” (AL 163).

CAPÍTULO QUINTO: “O AMOR QUE SE TORNA FECUNDO” O capítulo quinto desta Exortação Apostólica foca-se sobre a fecundidade, do acolher de uma nova vida, da espera própria da gravidez, do amor de mãe e de pai.

Mas também da fecundidade alargada, da adoção, do acolhimento do contributo das famílias para a promoção de uma “cultura do encontro”, da vida na família em sentido amplo, com a presença de tios, primos, parentes dos parentes, amigos. A “Amoris laetitia” não toma em consideração a família ”mononuclear”, mas está bem consciente da família como rede de relações alargadas.

A própria mística do sacramento do matrimónio tem um profundo carácter social (cf. AL 186). E no âmbito desta dimensão social, o Papa sublinha em particular tanto o papel específico da relação entre jovens e idosos, como a relação entre irmãos como aprendizagem de crescimento na relação com os outros.

CAPÍTULO SEXTO: “ALGUMAS PERSPETIVAS PASTORAIS” No capítulo sexto da exortação o Papa aborda algumas vias pastorais que orientam para a edificação de famílias sólidas e fecundas de acordo com o plano de Deus. Em particular, o Papa observa que ”os ministros ordenados carecem, habitualmente, de formação adequada para tratar dos complexos problemas atuais das famílias” (AL 202). Se, por um lado, é necessário melhorar a formação psico-afetiva dos seminaristas e envolver mais a família na formação para o ministério (cf. AL 203), por outro ”pode ser útil também a experiência da longa tradição oriental dos sacerdotes casados” (AL 202).

Neste sexto capítulo importantes referências à preparação para o matrimónio, acompanhamento dos esposos nos primeiros anos da vida matrimonial, acompanhamento das pessoas abandonadas, separadas ou divorciadas.

Ao mesmo tempo é reiterada a plena comunhão na Eucaristia dos divorciados e em relação aos divorciados recasados é reforçada a sua “comunhão eclesial” e o acompanhamento das suas situações que não deve ser visto como uma debilidade da indissolubilidade do matrimónio mas uma expressão de caridade.

CAPÍTULO SÉTIMO: “REFORÇAR A EDUCAÇÃO DOS FILHOS” O capítulo sétimo é integralmente dedicado à educação dos filhos: a sua formação ética, o valor da sanção como estímulo, o realismo paciente, a educação sexual, a transmissão da fé e, mais em geral, a vida familiar como contexto educativo. É ressaltado pelo Santo Padre que “o que interessa acima de tudo é gerar no filho, com muito amor, processos de amadurecimento da sua liberdade, de preparação, de crescimento integral, de cultivo da autêntica autonomia” (AL 261).

CAPÍTULO OITAVO: “ACOMPANHAR, DISCERNIR E INTEGRAR A FRAGILIDADE” O capítulo oitavo faz um convite à misericórdia e ao discernimento pastoral diante de situações que não correspondem plenamente ao que o Senhor propõe.

O Papa usa aqui três verbos muito importantes: ”acompanhar, discernir e integrar”, os quais são fundamentais para responder a situações de fragilidade, complexas ou irregulares. Em seguida, apresenta a necessária gradualidade na pastoral, a importância do discernimento, as normas e circunstâncias atenuantes no discernimento pastoral e, por fim, aquela que é por ele definida como a ”lógica da misericórdia pastoral”.

As situações ditas de irregulares devem ter um discernimento pessoal e pastoral e – segundo a Exortação – “os batizados que se divorciaram e voltaram a casar civilmente devem ser mais integrados na comunidade cristã sob as diferentes formas possíveis”.

Em particular, o Santo Padre afirma numa nota de

pé de página que “em certos casos poderá existir também a ajuda dos sacramentos”, recordando que o confessionário não deve ser uma sala de tortura e que a Eucaristia “não é um prémio para os perfeitos, mas um alimento para os débeis”.

Mais em geral, o Papa profere uma afirmação extremamente importante para que se compreenda a orientação e o sentido da Exortação: ”é compreensível que não se devia esperar do Sínodo ou desta Exortação uma nova normativa geral de tipo canónico, aplicável a todos os casos. É possível apenas um novo encorajamento a um responsável discernimento pessoal e pastoral dos casos particulares, que deveria reconhecer: uma vez que “o grau de responsabilidade não é igual em todos os casos, as consequências ou efeitos duma norma não devem necessariamente ser sempre os mesmos” (AL 300).

O Papa desenvolve em profundidade as exigências e características do caminho de acompanhamento e discernimento em diálogo profundo entre fiéis e pastores.

A este propósito, faz apelo à reflexão da Igreja ”sobre os condicionamentos e as circunstâncias atenuantes” no que respeita à imputabilidade das ações e, apoiandose em S. Tomás de Aquino, detém-se na relação entre «as normas e o discernimento», afirmando: ”É verdade que as normas gerais apresentam um bem que nunca se deve ignorar nem descuidar, mas, na sua formulação, não podem abarcar absolutamente todas as situações particulares. Ao mesmo tempo é preciso afirmar que, precisamente por esta razão, aquilo que faz parte dum discernimento prático duma situação particular não pode ser elevado à categoria de norma” (AL 304).

CAPÍTULO NONO: “ESPIRITUALIDADE CONJUGAL E FAMILIAR” O nono capítulo é dedicado à espiritualidade conjugal e familiar, ”feita de milhares de gestos reais e concretos” (AL 315). Diz-se com clareza que ”aqueles que têm desejos espirituais profundos não devem sentir que a família os afasta do crescimento na vida do Espírito, mas é um percurso de que o Senhor Se serve para os levar às alturas da união mística” (AL 316). Tudo, ”os momentos de alegria, o descanso ou a festa, e mesmo a sexualidade são sentidos como uma participação na vida plena da sua Ressurreição” (AL 317).

No parágrafo conclusivo, o Papa afirma: ”Nenhuma família é uma realidade perfeita e confecionada duma vez para sempre, mas requer um progressivo amadurecimento da sua capacidade de amar. (…). Todos somos chamados a manter viva a tensão para algo mais além de nós mesmos e dos nossos limites, e cada família deve viver neste estímulo constante. Avancemos, famílias; continuemos a caminhar! (…). Não percamos a esperança por causa dos nossos limites, mas também não renunciemos a procurar a plenitude de amor e comunhão que nos foi prometida” (AL 325).

Retirado de http://pt.radiovaticana.va

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Entrevista por Anabela Sousa

D. José Ornelas, Bispo de Setúbal

Uma reflexão sobre a Pastoral Social na Diocese D. José Ornelas é Bispo de Setúbal desde o passado dia 25 de Outubro de 2015.

Passado pouco mais de meio ano desde a sua ordenação episcopal e chegada à Diocese sadina, fomos falar com ele para uma breve reflexão sobre a Pastoral Social diocesana e os desafios que se colocam aos Centros Paroquiais e restantes organizações sociais.

Desde a primeira hora em que foi nomeado bispo para a Diocese de Setúbal, D. José Ornelas soube do empenho que aqui existia nas questões da Pastoral Social. «Sabia das situações problemáticas em que se encontram tantas famílias e tantas pessoas no âmbito da Diocese – afirma o Bispo – devido à crise económica que estamos a viver e que ciclicamente vem afligindo esta região, desde o encerramento dos grandes projetos industriais que criaram esperança em tanta gente nesta parte do território nacional».

D. José Ornelas visitou a nossa Instituição, pela 1ª vez, no dia 16 março 2016

Para além disto, tinha também consciência de uma resposta muito interessante e válida da Igreja: «Não sei fazer comparações mas sei que estamos nos índices de intervenção mais significativos a nível do país, e isso dáme muita alegria. Com obras que não são todas iguais, mas com obras de qualidade e presença no território que são inquestionáveis e isso acho que é uma mais-valia muito grande da Igreja de Setúbal».

Foi recebido, em primeiro lugar no Equipamento do Bairro

Dignificar a pessoa, integrando-a

As crianças ofereceram, ao nosso Bispo, trabalhos feitos por elas

D. José foi também à Casa de São Paulo e alegrou os utentes

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Muito além daquilo que é o assistencialismo, D. José Ornelas considera que o importante na ação social é a promoção da dignidade da pessoa. «O assistencialismo, a uma certa altura, pode ser a doença daqueles que querem ajudar, olhando sempre de cima para baixo, dando uma ajuda que nunca torna a pessoa autónoma e não a estimula a criar, ela própria, o seu futuro», assinala.

Destaca que o fundamental da ajuda é contribuir para que as pessoas se tornem criativas, autónomas e com dignidade.

«Há dias, um jovem telefonava-me e dizia – conta D. José Ornelas – ‘Veja se me arranja alguma coisa que estou sem trabalho’. E o que esta pessoa queria era, apenas, estar ativa. Não é só uma questão de ganhar dinheiro, mas queria ser capaz de oferecer as suas capacidades, o seu saber e poder. E isto, uma comunidade cristã pode ajudar a fazer. Uma comunidade cristã é importante na medida em que integra. Só a integração destas pessoas, dentro da comunidade, do trabalho comunitário, numa colaboração comunitária é dignificante para a pessoa».

Trabalhar em rede tendo a pessoa como objetivo De facto, uma das preocupações do Bispo de Setúbal é a de encontrar caminhos em comum que levem as pessoas a encontrarem-se, a associarem-se e a criarem formas de autossustentação e de autonomia do ponto de vista, quer económico, quer das relações, quer afetivo.

«O âmbito das necessidades é tão grande que não é fácil – afirma o Prelado – daí, também a necessidade de trabalhar em rede, com outras instituições, não só dentro da Igreja mas também fora, com os organismos oficiais, com as autarquias, com a segurança social e outras».

«E isto só é possível - continua o Bispo - se nós colocarmos como objetivo as pessoas, e não simplesmente a nossa visibilidade ou o nosso protagonismo. Tantas vezes vemos pessoas que se querem pôr em bicos de pés para se fazer ver, à custa dos pobres. E os pobres tornam ricos muita gente».

E acrescenta ainda: «Porque é que as organizações não se juntam umas às outras para fazerem um trabalho coordenado, em vez de repetirem coisas? E isto é válido também para as nossas Instituições. Porque é que nós não haveremos de trabalhar em conjunto? Se o nosso objetivo é realmente contribuir para a independência das pessoas, então juntos podemos fazer coisas mais interessantes».

Profissionalização e formação humana, num projeto evangélico O Bispo considera também que há dois setores importantes onde é preciso “investir”. Por um lado a profissionalização e a competência para o trabalho: «Hoje, a profissionalização nunca está feita – afirma o Bispo – Num mundo que muda constantemente, o desafio é para que nos atualizemos. Hoje quem parar envelhece, rapidamente».

Um dos exemplos deste «trabalho em rede» é a central de compras que está a juntar alguns dos Centros Paroquiais da diocese, inclusive o Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro. No entanto, D. José Ornelas diz que é preciso mais.

Por outro lado, D. Josésalienta a formação humana do ponto de vista da fé, criando um ambiente de acolhimento e abertura às pessoas. «Falo, não da ‘piedadezinha’ ou do proselitismo, mas antes de mais, do estar perto e da nossa motivação evangélica. É importante que as organizações tenham uma face de acolhimento, fraternidade e carinho que possa ser expressão daquilo que nos move e do espírito que põe em marcha os nossos esforços para ir ao encontro daqueles que precisam», assinala.

«Aí está uma questão onde trabalhar em rede tem imensas vantagens, mas penso que temos que ir além disso. Mesmo em termos da formação das pessoas, não é necessário que cada centro paroquial faça a sua formação porque se o fizer vai ter mais custos e não terá um conteúdo tão rico. Se fizermos este trabalho juntos, vamos encontrar uma forma de servir melhor e de formar melhor os nossos agentes», refere.

«Sejam voluntários, sejam trabalhadores, é preciso criar um ambiente de sintonia e de harmonização dos nossos serviços. Isso tem de ser aquilo que nos caracteriza: a abertura e acolhimento às pessoas. Os nossos critérios de avaliação, de decisão, a organizações dos nossos serviços, deve espelhar um projeto evangélico, de humanidade, de proximidade, de esperança, para quem quer que seja», acrescenta ainda o Bispo.

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Por onde passou, D. José Ornelas cumprimentou todos com grande alegria

Na Residência Nossa Senhora da Esperança, proferiu a Catequese Quaresmal

A missão do sacerdote em articulação com outras formas de gestão Outra das realidades que não deixa D. José Ornelas indiferente é a ação dos Centros Paroquiais em articulação com a comunidade paroquial, e com os restantes grupos de ação social da Paróquia.

«Não se pode separar um centro paroquial da Paróquia e de toda a atividade evangelizadora, daquilo que é expressão da comunidade – indica – Os centros foram criados pelas paróquias para o serviço dos que mais precisam, e não se pode tornar isto independente. Não seria bom, a nenhum título, porque os centros também só funcionam bem porque estão ligados às Paróquias».

Contudo, o Bispo considera que as responsabilidades de gestão não têm que ficar totalmente entregues aos párocos que, por inerência, são os Presidentes dos Centros Paroquiais.

«Nós temos organizações paroquiais com responsabilidades de gestão enormes e Padres extremamente devotados aos Centros Paroquiais. Mas o Padre não foi formado para gerir uma instituição destas.

Eu pergunto tantas vezes aos Padres: ‘Quanto tempo dás ao Centro Paroquial e quanto tempo dás às restantes atividades da Paróquia?’. Há quem me responda: 20, 30, 40, 60%. Mas então e depois? Quem vai fazer o trabalho específico que é do Padre? As obras de misericórdia, o fazer bem, e ajudar os que precisam são parte da missão do Padre, mas tem que ser articulado», afirma D. José Ornelas.

Desta forma, o Prelado considera que é necessário que as organizações sociais paroquiais criem competências na área da gestão, valorizando a preparação de uma Direção totalmente voluntária: «Os Centros Paroquiais aguentam-se, em relação a outras instituições porque a Direção é voluntária. Se assim não fosse, teríamos custos muito elevados. É preciso manter a ligação com a Paróquia, porque é fundamental, mas ao mesmo tempo, é importante que criem competências suficientes para que o Padre não seja sobrecarregado».

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Em São Paulo, com a fisioterapeuta Inês e uma utente

Na Ramalha, visitou brevemente as instalações

«Qual é a minha bandeira?»

Em pleno Ano Jubilar da Misericórdia, quando lhe falamos sobre o papel das Santas Casas das Misericórdias, D. José Ornelas não hesita: «O que dizemos dos nossos Centros paroquiais aplica-se também muito às Misericórdias.

Tem uma vantagem, que é terem desenvolvido este âmbito de ajuda e solidariedade num ambiente laical, não diretamente ligado à comunidade cristã. Isso é muito bom, mas uma Instituição destas também suscita muita cobiça por parte dos partidos políticos e outros interesses. E põe-se o mesmo problema do que para nós: ‘Qual é a minha bandeira? A da minha visibilidade ou a dos pobres?’».

E acrescenta que gostaria de um maior trabalho conjunto e articulado: «Tenho o maior respeito pelas Misericórdias, e gostaria que fizéssemos um caminho cada vez mais articulado, também com outras Instituições da Igreja para não haver repetições e colaborar dentro daquilo que é o contexto específico de cada um, mas para coordenar ações que estão quase sempre ligadas à Igreja».

À chegada à Residência foi recebido por parte da equipa médica da casa

A Dª Antónia, uma utente invisual da Tuna, quis conhecer melhor o nosso Bispo

Já depois da catequese, abeirou-se de alguns utentes que estavam no refeitório

E não saiu sem deixar algumas palavras de incentivo ao trabalho realizado

Trabalho de qualidade, humanização e formação A Caminhada Quaresmal do ano de 2016, no Centro Paroquial Padre Ricardo Gameiro, terminou com uma conferência do Bispo diocesano, no dia 16 de março. Esta foi também a primeira vez que D. José Ornelas visitou esta Instituição. Na altura, começou no Equipamento do Bairro, passou pela Casa São Paulo, fez uma visita rápida à Ramalha, e terminou na Residência Nossa Senhora da Esperança.

«A primeira impressão que tive do Centro Paroquial da Cova da Piedade foi de grande satisfação, de ver a qualidade e dimensão do serviço que se faz. Uma das grandes satisfações que tenho nesta Instituição, e de outras que existem na diocese, é de ver um trabalho de qualidade, de humanização e de formação», diz D. José.

Por outro lado, o Bispo salienta o papel que este Centro Paroquial que tem na cidade de Almada: «Tem um âmbito de ação muito grande, seja pela quantidade de trabalhadores, seja pela quantidade das pessoas que beneficiam desta organização. É uma das várias coisas bonitas que nós temos na diocese e por isso tem a minha bênção, a minha grata recordação e todo o apoio e incentivo para que continuem a ser expressão da autêntica misericórdia e solidariedade, a partir dos valores do Evangelho que nos orientam».

Em destaque Por Anabela Sousa

«Celebrar o Corpo de Deus é celebrar toda a comunidade»

Dia da Comunidade com homenagem aos Bombeiros Voluntários de Cacilhas A solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo foi, no dia 26 de maio, o dia escolhido pela Paróquia da Cova da Piedade para celebrar a Festa da Comunidade.

Na mesma ocasião o prior Padre José Pinheiro quis homenagear os Bombeiros Voluntários de Cacilhas que estão, este ano, a celebrar 125 anos da fundação da Corporação.

«No dia em que celebramos o Corpo de Deus, celebramos a presença da comunidade cristã na cidade – afirmou o pároco – Nós somos os membros do Corpo de Deus pelo Batismo e, por isso, celebrar o Corpo de Deus é celebrar toda a comunidade».

Logo desde o início da manhã, diversas viaturas estiveram em demonstração

A manhã iniciou-se com uma exposição de trabalhos elaborados pelas crianças, sobre as Obras de Misericórdia e os Bombeiros, no salão polivalente da Igreja de Nossa Senhora de Fátima. De seguida, celebrou-se a Eucaristia que contou com a presença de grande parte da corporação dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas.

«Celebrar esta festa com os bombeiros que servem, faz todo o sentido», destacou o Padre José Pinheiro, sublinhando uma frase de D. Manuel Martins, primeiro bispo de Setúbal: 'A Igreja ou serve, ou não serve para nada". «Isto diz-se da Igreja e diz-se de cada um de nós, da nossa vida. Ou servimos, ou então desperdiçamos o dom que é a vida. Os bombeiros vivem este serviço e, por isso, estamos aqui juntos, na mesma assembleia, gerando-se uma grande comunhão que nos ajuda a descobrir Deus», concluiu.

No final, verdadeiramente emocionado, o comandante dos Bombeiros de Cacilhas, Miguel Silva, dirigiu uma sentida palavra de agradecimento ao pároco e à comunidade por aquele belíssimo gesto com o qual encerraram as comemorações dos 125 anos de existência. Após o final da Eucaristia, os Bombeiros e o pároco dirigiram-se à famosa “Rotunda do Bombeiro”, na Cova da Piedade, onde colocaram uma coroa de flores, evocando assim todos os Bombeiros que dão a vida ao serviço do bem comum.

Também no Polivalente da Igreja esteve patente uma exposição dos Bombeiros

Eucaristia com guarda de honra dos Bombeiros de Cacilhas

No final da Eucaristia, os Bombeiros cumprimentaram toda a comunidade paroquial que ali marcou presença

Os trabalhos vencedores da exposição: «As Obras de Misericórdia»

1º lugar - Sala Ursinhos Jardim Infantil da Romeira

2º lugar - Sala Ouriços Centro Comunitário Renascer

3º lugar - "O Berço" e "A Nossa Creche" Equipamento de Infância do Bairro

Na «rotunda do Bombeiro», o pároco, Padre José Pinheiro, acompanhou os Bombeiros Voluntários de Cacilhas para, solenemente, ser colocada uma coroa de flores

O Padre José Pinheiro com o o Comandante Miguel Silva

Em destaque Da Quaresma à Páscoa na nossa Instituição

A ressureição de Jesus celebrada em família

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Depois da Caminhada Quaresmal dedicada à Ecologia Integral...

... Concluimos com a Sopa solidária...

... onde partilhámos uma refeição em família...

... e no final rezámos a Via Sacra em união com a Cruz de Jesus.

Já em Tempo Pascal, na Alegria de Jesus Ressuscitado, e com um coro animado...

... celebrámos a Eucaristia no Equipamento do Bairro...

... onde colaboradores, crianças e seniores, se reuniram...

... para passar um dia diferente.

«A Páscoa é um tempo para recordar os acontecimentos fundadores da nossa fé, que continuam a inspirar a nossa existência, a guiar o nosso caminho, a motivar o nosso empenhamento na família, na comunidade cristã, na sociedade onde nos inserimos. É sobretudo um tempo de recuperar e renovar a esperança, sem ignorar os problemas dramáticos que nos rodeiam e sem deixar-se submergir por eles.»

D. José Ornelas, Bispo de Setúbal, na mensagem de Páscoa 2016

Infância - Bairro Por Equipa Pedagógica do Equipamento do Bairro

Em Maio assinalou-se o dia da família! E nós, no contexto escolar, valorizamos o envolvimento das famílias ao longo do ano letivo, uma vez que as famílias são um pilar fundamental na educação dos filhos e realizar um trabalho de articulação com a Escola, é enriquecedor para todos os agentes educativos.

Assim, as famílias são convidadas a virem às salas realizar pequenas atividades de acordo com as suas profissões, ou atividades com as quais se sentem à vontade.

São igualmente convidadas a participar nos projetos de sala e nas atividades do plano anual de atividades.

SALA ARCO-ÍRIS No Dia do Pai e no Dia da Mãe, as famílias foram convidadas a vir à sala arco-íris realizar uma atividade com os filhos: fazer um pequeno desenho e deixar um registo numa folha com a fotografia. O resultado final foi muito interessante e os pais e as crianças divertiram-se.

SALA 2 ANOS NOSSA CRECHE Na sala dos 2 anos da Nossa Creche, de modo a vivenciar e envolver a temática do Dia da Mãe, entregámos a cada mãe, um pé de flor e pedimos que construísse uma flor alusiva ao dia com muito amor.

O resultado final foi um canteiro que intitulámos, como: “O Jardim do Amor”. Agradecemos a colaboração de todas as mães pelo empenho e interesse.

BERÇÁRIO, SALA 1 ANO – 'A NOSSA CRECHE' No âmbito do projeto curricular de equipamento “Pequenos cientistas à descoberta do mundo” foi proposto aos pais/família a construção de um animal com material de desperdício.

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SALA LARANJA Também a Sala Laranja no âmbito do projeto curricular deequipamento, e na semana da comemoração do Dia Internacional do Mar recebemos as biólogas Márcia e Raquel, esta última, mãe de uma criança da sala.

Através das suas explicações e observação de um polvo e de um caranguejo, o grupo teve a possibilidade de brincar, explorar e aprender sobre animais marinhos, de uma forma lúdica e interativa.

SALA VERDE A Sala Verde recebeu a visita de um avô que dinamizou uma atividade com materiais de desperdício. Deste modo, o grupo construiu barquinhos com rolos de papel de cozinha e cada criança decorou a gosto o seu barco.

Foi uma atividade interessante e enriquecedora, pois ao contrário do que é habitual tivemos a presença de um avô.

SALA AMARELA A mãe da Filipa esteve connosco a abordar o tema do Corpo Humano. Tivemos um esqueleto a sério ao qual a Filipa deu vida. Explorámos, perguntámos e observámos todos os materiais que a Cristina trouxe e fizemos ligação com os livros das nossas áreas de ciências e da biblioteca.

Foi uma manhã muito agradável e de muita aprendizagem.

SALA BERÇÁRIO E 1 ANO - CRECHE 'O BERÇO' Foi com grande entusiasmo, amor e carinho que no decorrer do mês de maio Pais e Filhos construíram uma prenda lindíssima para oferecer às mães.

Cada Mãe recebeu uma tela decorada pelo pai e filho(a) com uma fotografia da mãe e filho(a).

Este foi um momento divertido na exploração de diversos materiais de expressão plástica, proporcionando aos pais a vivência de uma atividade na creche junto dos seus filhos.

SALA AZUL Na Sala Azul, os pais são incentivados e valorizados por participarem ativamente na vida escolar dos filhos e nos projetos propostos.

Temos o projeto “Vamos trazer os nossos animais à sala”, no qual convidamos as famílias a trazerem os seus animais de estimação à nossa sala.

Temos tido uma boa participação e este projeto tem despertado muito interesse e alegria nas crianças, permitindo-lhes contactar com diferentes animais e desenvolver mais aprendizagens acerca do mundo animal.

Para as crianças e famílias que trazem os seus animais à sala, é notório a sua felicidade ao mostrar o seu animal de estimação aos amigos.

A mãe do Diogo veio à nossa sala, falar sobre a sua profissão, que é Radiologista – “ela tira radiografias ou Raios X e trabalha no Hospital”. A mãe ensinou-nos que “radiografias são fotografias a preto e branco dos nossos ossos” e trouxe-nos radiografias de várias partes do corpo, que estivémos a observar com atenção.

Foi uma manhã muito interessante e em que todos pudemos aprender coisas novas e ficámos a conhecer melhor o nosso corpo humano.

Ficámos a saber, através de um esqueleto apresentado, que temos muitos ossos e aprendemos os seus nomes.

As famílias têm também participado em outras iniciativas, em que desenvolvem atividades conjuntamente com os seus filhos.

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À conversa com...

Por Anabela Sousa

Sociedade Filarmónica União Artística Piedense

Ao serviço da comunidade Nesta edição da +Social avançamos com o destaque à Sociedade Filarmónica União Artística Piedense, coletividade com 127 anos de existência, e com uma grande importância no seio da comunidade almadense congregando dezassete mil associados em diferentes atividades. Luís Gonçalves é presidente da Direção da SFUAP há, quase, doze anos – completará, no final deste ano civil, quatro mandatos à frente desta coletividade – e é ele que nos conta como têm vivido estes tempos.

A Sociedade Filarmónica União Artística Piedense (SFUAP) foi fundada em a 23 de Outubro de 1889 por um grupo de residentes da Cova da Piedade, na sua maioria operários corticeiros, com o objetivo principal de criar uma filarmónica.

Assinala o presidente da Direção que a banda se tem mantido ao longo da sua existência «sempre com um nível elevado, sendo complementada pelas escolas de música da SFUAP, de onde saem todos os anos os novos músicos que alimentam a banda permitindo manter um elenco completo, composto na sua maioria por jovens».

No entanto, para além da música, a SFUAP tem desenvolvido outras atividades de caráter recreativo, desportivo e cultural, nomeadamente biblioteca, coro infantil e adulto, teatro, cinema, natação, hidroginástica, campismo, ginástica, atletismo, aikido, halterofilia, judo, dança e bailes que, garante Luís Gonçalves, no seu conjunto têm envolvido milhares de praticantes.

«Com a evolução dos tempos e tendo em conta as transformações económicas e sociais que se têm verificado – destaca Luís Gonçalves – a SFUAP procurou adaptar se às novas realidades, reestruturando as suas atividades e apoiando especificamente algumas modalidades de competição. Foi o caso, designadamente, da natação e da ginástica rítmica, que têm obtido resultados excelentes a nível regional, nacional e internacional, conquistando títulos e batendo recordes».

Orientação para os valores Com reconhecida importância e atividade no seio da comunidade almadense, a SFUAP tem prestado, de acordo com o presidente da Direção, «um significativo serviço social aos seus associados, ao concelho de Almada e ao país». É uma referência local, regional, nacional e conhecida internacionalmente pelas participações em muitas competições, onde obteve classificações de destaque e em que o mérito cultural e desportivo bem como os serviços à população não têm parado de crescer.

No entanto, toda esta intervenção comunitária tem um sentido e uma orientação para os valores, «respeitando o passado e assegurando o futuro, ajudando a formar 20

A Banda Filarmónica da SFUAP participa, todos os anos, na pr

homens e mulheres ou seja Cidadãos conscientes e preparados», refere Luís Gonçalves. Assim, o lema adotado pela SFUAP é «acarinhamos e aplaudimos intensamente todos os campeões que surgem na coletividade, mas o nosso principal objetivo é formar pessoas».

Voluntariado a dirigir Ao longo dos doze anos de mandato à frente dos destinos da Direção da SFUAP, Luís Gonçalves diz que dificuldades e desafios não têm faltado, mas que se centram, sobretudo, em ultrapassar os obstáculos.

«Lembro aqui que todos os elementos da Direção, quinze no total, bem como os do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral, desempenham as suas funções em regime de voluntariado, não auferindo assim qualquer espécie de benefício, não obstante a coletividade, pela sua dimensão, estar equiparada a uma média empresa», sublinha. É assim, hipotecando, muitas vezes, o tempo além dos horários de trabalho, que se entregam ao serviço à comunidade: «No meu caso, por desempenhar uma atividade profissional bastante ativa e exigente, as muitas horas que é preciso inventar para dedicar à SFUAP têm que ser retiradas à família, ao lazer e muitas vezes ao adequado descanso», refere o presidente.

Consolidar o que existe, sem perder a ambição A nível institucional, acrescenta ainda Luís Gonçalves, o principal desafio tem sido proporcionar toda a oferta de atividades, com a qualidade que os associados e utentes merecem e chegar ao final de cada ano com contas certas e positivas. «É público e notório que nem tudo depende de nós – diz – Quando a realidade envolvente se altera, como é o caso da proliferação de planos de água e sobretudo se praticarem preços abaixo do custo real e sem nenhuma

Luís Gonçalves ao lado do Pe. José Pinheiro, na Festa da Comunidade da Paróquia da Cova da Piedade, aquando da homenagem aos Bombeiros de Cacilhas

rocissão das Festas em honra de Nossa Senhora da Piedade

compensação para a nossa coletividade, naturalmente as dificuldades aumentam».

No que a projetos para o futuro diz respeito, Luís Gonçalves afirma: «Pretendemos consolidar as condições de segurança e conforto no nosso parque de campismo, que assegurem a sua continuidade; remodelar as instalações na Cova da Piedade, dando prioridade ao espaço do antigo Teatro Garret, onde temos a ambição de criar um auditório/ sala polivalente com qualidade que dignifique esta importante zona da cidade e que tão carenciada está de um equipamento desta natureza. Para além disso pugnar pela viabilização dos nossos espaços aquáticos, criando condições de diminuição dos seus deficits de exploração».

Relação de vizinhança, amizade e cooperação Na relação com a Paróquia da Cova da Piedade, o presidente destaca que tem sido muito boa ao longo dos últimos anos porque se tem baseado no respeito institucional e na cooperação fraterna quanto à realização de diversas iniciativas.

«Não podemos esquecer que ambas as instituições, ainda que de forma por vezes diferenciada, trabalham a favor da mesma comunidade onde se inserem. Reconhecemos, ainda assim, que haverá espaço para a fazer crescer ainda mais, na medida em que seja possível ir encontrando soluções de equilíbrio e sustentabilidade para levar por diante novos projetos», sublinha.

Luís Gonçalves deixa ainda uma nota sobre o importante papel do prior Padre José Pinheiro: «O importante papel que o Senhor Padre José Pinheiro tem assumido nos últimos tempos que muito apreciamos, e que tem contribuído de forma decisiva para o reforço e estreitamento desta relação que é de vizinhança, mas também de amizade e cooperação».

II Meeting Xira - prova desportiva dirigida para nadadores Infantis e Juvenis que contou com a participação de 20 nadadores da SFUAP

Pelo mérito da sua intervenção foi reconhecida como coletividade de utilidade pública, conforme despacho publicado no Diário da República N.º 258, II Série, de 08/11/1979, mas acrescem ainda diversas distinções e condecorações: • Ordem de Benemerência e Galardão de Mérito Cultural pela Secretaria de Estado da Cultura; • Troféu de Mérito e Placa de Mérito da Federação Portuguesa de Campismo e Caravanismo; • Medalha de Bronze da Federação Portuguesa de Natação; • Homenagem, Mérito e Agradecimento da Federação Portuguesa das Colectividades de Cultura e Recreio; • Em 1985 foi atribuído, pelo Comité Olímpico Português, o Troféu Olímpico, em reconhecimento dos valores que vem realizando desde a sua fundação; • Em 1989 foi agraciada com a Medalha de Ouro da Cidade de Almada, aquando das comemorações do seu Centenário; • Mais recentemente, em 2005 foi-lhe atribuída a Medalha de Mérito Desportivo pela Secretaria de Estado do Desporto; • Em Novembro de 2006, o Prémio de Mérito Desportivo “Personalidade do Ano” na área de Aikido, pela Confederação do Desporto de Portugal.

Infância - Romeira Por Equipa Pedagógica do Jardim Infantil da Romeira

Família…

Por definição, o conjunto de pessoas que possuem grau de parentesco entre si.

Família…

Local onde deve existir harmonia, afetos, proteção e todo o tipo de apoio necessário na resolução de conflitos ou problemas de algum dos membros.

Família…

Uma instituição responsável por promover a educação dos filhos e influenciar o comportamento dos mesmos no meio social.

Família…

Somos todos nós…

Aqueles com relação de parentesco, aqueles com quem passamos grande parte do nosso dia, aqueles que com quem, e por quem nos preocupamos e dividimos o mesmo gosto pela vida!

Também nós, ESCOLA, somos familia…

E ao querer participar de forma ativa na das nossas crianças, tentamos trazer cada um de vós até às nossas salas da Romeira.

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Infância - Comunitário Por Equipa Pedagógica do Centro Comunitário Cova da Piedade/Laranjeiro

A família é o primeiro contexto de socialização da criança, atuando como mediadora principal dos padrões, modelos e influência culturais.

A verdadeira educação nos valores transmite-se, passa dos pais para os seus filhos desde o dia do nascimento até ao final da vida.

A família é a instituição mais privilegiada da educação, pois é no seu meio natural que o homem nasce e existe e onde se desperta como pessoa. Exerce enorme influência quer na integração escolar quer no desenvolvimento dos filhos.

A Instituição, o espaço educativo e o apoio à família, a creche, o Jardim de Infância e o CATL Um dos objectivos específicos da Creche (DGAS) é colaborar estreitamente com a família numa partilha de cuidados e responsabilidades em todo o processo evolutivo das crianças.

A Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar assenta no princípio geral que a educação pré-escolar é a primeira etapa da educação básica no processo de educação ao longo da vida, sendo complementar da acção educativa da família, com a qual deve estabelecer uma estreita relação, favorecendo a formação e o desenvolvimento equilibrado da criança, tendo em vista a sua plena inserção na sociedade como ser autónomo e solidário.

Um dos objectivos dos Centros de Atividades de Tempos Livres (DGAS): Favorecer a inter-relação família/escola/comunidade/estabelecimento, em ordem a uma valorização, aproveitamento e rentabilização de todos os recursos do meio. É pois fundamental que pais e mães enquanto parceiros competentes na educação dos seus filhos façam desde o primeiro instante, parte efetiva da dinâmica institucional e estabeleçam relações de cumplicidade com os profissionais.

Estes, por seu turno, devem cuidar da qualidade das interacções que desenvolvem com as famílias, procurando interessá-las no trabalho pedagógico da instituição e exercendo com elas uma estreita relação que permita uma maior colaboração e intencionalização.

É assim na nossa Instituição.

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Ação Social Por Carlos Grade

A comunidade cristã em ação

De muitos modos se deve manifestar a Caridade «Toda a atividade apostólica deve fluir e receber a força da caridade; algumas obras, porém, prestam-se por sua natureza, a tornarem-se viva expressão dessa caridade» (Decreto sobre o Apostolado dos Leigos, n.º 8).

Temos, pois, segundo este texto Conciliar que a Igreja não pode esquecer este testemunho sem omitir algo de básico na sua missão, porque «Cristo fez deste mandamento do amor para com o próximo o Seu mandamento, e enriqueceu-o com um novo significado, identificando-Se aos irmãos, como objeto de caridade» (ibidem).

Acrescentaremos ainda, seguindo o mesmo texto Conciliar que esta caridade provém da celebração Eucarística que é fonte de toda a vida cristã: «A Santa Igreja, assim como nos seus primeiros tempos juntando ao ágape a ceia Eucarística se mostrava toda unida à volta de Cristo pelo vínculo da caridade, assim em todos os tempos se pode reconhecer por este sinal de amor» (ibidem).

De muitos modos se deve manifestar esta caridade; ela será mesmo como que a respiração do cristão, porque em última análise se identifica com o próprio Deus.

No entanto, algumas obras prestam-se por sua natureza a tornar-se viva expressão dessa caridade. Cristo quis que elas fossem sinais da sua missão messiânica (cf, Mateus. 11,45): ... onde onde quer que se encontrem homens a que faltam sustento, o vestuário, remédios, trabalho, instrução, meios necessários para levar uma vida verdadeiramente humana, afligidos pelas desgraças ou pela doença, sofrendo o exílio ou a prisão, aí se deve encontrar e buscar a caridade cristã. Tarefa não menos difícil do que a celebração cultual, a da promoção da caridade, mas ao mesmo tempo indispensável, para tornar mais verdadeiro o culto e «o mundo creia».

Esta preocupação em fazer de toda a comunidade Esta Eucarística uma comunidade de caridade, em todas as dimensões, será obra de todos os seus membros; mas no que toca à organização das obras chamadas de caridade, será munus dos leigos – ou dos diáconos – para que os sacerdotes se dediquem «à oração e à palavra» (Act. 6,4).

Pela oração eles constróem a unidade na caridade e pela palavra anunciam uma ordem social cada vez mais justa que suprima progressivamente os males que tais obras se esforçam por mitigar: «satisfaçam-se antes de mais as exigências da justiça, nem se ofereça como caridade aquilo que já é devido a título de justiça; suprimam-se antes de mais as causas dos males e não apenas os seus efeitos; e de tal modo se preste a ajuda que os que recebem se libertem a pouco e pouco da dependência alheia e se bastem a si próprios» (ibidem).

Parece-nos extraordinário este programa pastoral: anunciar pela palavra a ordem nova da salvação, na sua dimensão humana-divina; celebrar esta salvação na Eucaristia e vivê-la no mundo numa autêntica Caridade.

A Doutrina Social da Igreja está intimamente relacionada com a mensagem da salvação e, na verdade, o anuncia e proclama dentro de um campo concreto: o das relações sociais com os seus problemas inerentes, concretos e objetivos quer no âmbito económico epolítico quer, sobretudo, no âmbito social. A mensagem é para a salvação humana e a Igreja a apresentará como serviço ao homem.

«Cada cristão e cada comunidade são chamados a ser instrumentos de Deus ao serviço da libertação e promoção dos pobres, para que possam integrar plenamente na sociedade; isto supõe estarem docilmente atentos, para ouvir o clamor do pobre e socorrê-lo». (EG, 187)

Papa Francisco: «Não às aparências! O fundamental é a Caridade!»

Estas primeiras palavras procuram, apenas, chamar a atenção para a necessidade iniludível de a paróquia se organizar social atendendo a que a comunidade paroquial deve ter um instrumento pastoral necessário ao na sua ação social, desenvolvimento da sua vida cristã.

Ação Social da paróquia não é uma associação ou uma organização, é a própria comunidade cristã na sua ação A Ação comunitária de caridade; ela não atua em nome próprio, mas sim no da Comunidade paroquial e do seu pastor ou pároco.

Para que possa exercer a sua atividade, a Ação Social precisa de voluntários, de pessoas que entreguem a sua Para disponibilidade (tempo, conhecimento, competência, vontade, amor) de forma organizada ao serviço do outro.

Pense nisso.

Pense 24

Amar é construir para os outros

Este é o novo projeto do Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro que vai ser inaugurado já no próximo dia 23 de junho, na véspera das festas de São João e na presença do Bispo de Setúbal, D. José Ornelas e de outras entidades civis.

Um espaço com catorze quartos individuais e Wc privativo, cozinha, lavandaria e espaços de estudo e de convívio, com uma decoração moderna e acolhedora, dirigida à população estudantil (estudantes e professores) de Almada.

Localizada na antiga Quinta dos Castros, na Ramalha, no andar por cima da sede dos Escuteiros da Cova da Piedade, a Casa do Parque fica junto à estação de metro da Ramalha e a cinco minutos da Estação de comboios do Pragal.

Nas imediações do Parque Urbano do Pragal e do Parque da Paz, a Casa do Parque oferece a oportunidade de praticar desposto na natureza e de aproveitar momentos de descanso com uma vista bastante agradável.

A Casa do Parque situa-se, ainda, numa área com grande oferta de serviços diversificados, nomeadamente supermercados, restaurantes e ginásios, favorecendo o acesso aos serviços de que necessitam regularmente.

Cozinha e sala

Um dos quartos com WC privativo, roupeiro e secretária

Sala de estudo

Varanda nas traseiras da Casa do Parque, com vista para a Capela de São Jorge

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Infância - Renascer Por Equipa Pedagógica do Centro Comunitário Renascer

É essencial que se tenha em conta que quando uma criança entra para uma instituição ela não está sozinha, o que significa que com ela entra a sua família, e as vivências que teve nesse contexto, daí ser fundamental que se estabeleça uma relação positiva entre ambos os contextos (familia e equipamento de infância). Desta mesma opinião partilham Bassedas, Huguet e Solé ao referirem que “quando a criança ingressa na escola (...) já viveu, em sua família, um conjunto de experiências transcendentes a si. Os professores (...) necessitam saber como é essa criança, quais os seus ritmos, (...) o que lhe agrada e o que não lhe agrada” (1999:285). Também esta importância do estabelecimento de uma relação de cooperação e confiança entre a família e a instituição está expressa no artigo segundo da Lei Quadro da Educação Pré-escolar: “A educação pré-escolar é a primeira etapa da educação básica no processo de educação ao longo da vida, sendo complementar da acção educativa da família, com a qual deve estabelecer estreita cooperação, favorecendo a formação e o desenvolvimento equilibrado da criança, tendo em vista a sua plena inserção na sociedade como ser autónomo, livre e solidário.” (Ministério da Educação, 1997:19) Perante isto é de todo o interesse para o desenvolvimento da criança, que a família estabeleça uma relação sólida com o contexto educativo isto porque “Quando as famílias participam na vida das escolas, quando os pais acompanham e ajudam o trabalho dos filhos, estes têm melhores resultados do que colegas com idêntico background, mas cujos pais se mantêm afastados da escola” (Marques, 1999:9).

As trocas informais, por exemplo, são momentos primordias para o estabelecimento e desenvolvimento de relações de confiança com os pais e outros familiares próximos da criança. Estes contactos informais são importantes por diversas razões, segundo Bassedas, Huguet e Solé, estes contactos: “permitem um conhecimento progressivo dos agentes educadores da criança; ajudam os pais (...) a tranquilizarem-se e a verem com segurança a estada do seu filho (...) na escola; a própria criança pode ver que as pessoas adultas significativas para ela têm coisas a dizer-lhe, etc.” (1999:285).

Desta forma acreditamos que a partilha de informações com os pais sobre a criança dá a ambos (pais e filhos) maior segurança, pois o facto da criança sentir que existe um elo de ligação positivo entre os familiares, principalmente com os pais, e o educador, irá reflectir o seu à vontade em relação a uns e outros, dando-lhe maior segurança.

Neste sentido, para que se desenvolva um clima de confiança é necessário que se envolvam as famílias: conversando com os vários elementos que a constituem em momentos informais (acolhimento e entrega); estimulando os elementos da família a passarem algum tempo na sala; ter formas de comunicar entre a escola e a família.

Em suma, quando se fala de trabalho com as famílias é importante ressalvar que tanto os momentos formais como informais são, segundo as Orientações curriculares para a educação pré-escolar, “ocasiões de conhecer as suas expectativas educativas, de os esclarecer sobre o processo educativo a desenvolver com o grupo e de ouvir as suas sugestões” (1997:45). Em prol de um maior bemestar das crianças, as famílias e a escola devem colaborar harmoniosamente, o seu diálogo deveria ser permanente, aberto e construtivo.

“Ao mesmo tempo que pais e [educadores] estão a aprender algo sobre as crianças e si próprios, cada criança beneficia das relações que se estão a desenvolver entre adultos” (Bove,1999. Cit in Post e Hohmann,2004.P.299) Acreditando que o processo educativo é um caminho que terá maior sucesso se a família e a escola estiverem de mãos dadas, a Creche e Jardim de Infância da Ramalha incentiva a sua participação ativa.

Infância - Ramalha Por Equipa Pedagógica da Creche e Jardim-de-infância da Ramalha

Sala Arco-íris

Assim, o envolvimento das famílias pode acontecer presencialmente ou não, através de, por exemplo, trabalhos desenvolvidos ao longo do ano quer propostos pelo Educador, quer pelas famílias; festejo de datas como o dia do pai e da mãe; reuniões de pais; são pedidos às famílias materiais e pesquisas para a realização de atividades e mini projetos, especialmente no jardim-de-infância.

E quando nos referimos à família não falamos apenas do pai e da mãe. Exemplo disso são os convites realizados por todas as salas da creche e jardim-de-infância da Ramalha aos avós das nossas crianças para virem realizar uma atividade da sua escolha na respetiva sala.

Sala Sonhos

Hora do Conto com a participação da mãe da Ana Inês e da Ana Beatriz.

Sala Casinha Branca

Sala Jardim

As avós responderam ao convite de virem ao nosso berçário e os bebés adoraram a sua visita!

Sala Sol

Sala Aquário Azul e Verde

As famílias da nossa sala são fantásticas pela sua imaginação. Contámos com a sua participação na recriação de histórias para a personagem preferida das crianças desta sala, o lobo mau, no âmbito das “Histórias por tecer” do Projeto Curricular de Equipamento.

Sala Aquário Azul e Verde

As crianças da nossa sala foram convidadas a ir ao cabeleireiro da mãe da Ânia descobrir esta profissão tantas vezes recriada em sala durante as atividades de descoberta ativa. Foi uma manhã diferente, divertida e bastante lúdica.

As famílias da nossa sala têm sido muito participativas, não só na sua vinda à sala com diferentes propostas de atividades, mas igualmente na recolha de informação para os mini-projetos desenvolvidos ao longo do ano. Aqui vemos o avô do Martim a construir barcos de esferovite.

Mini Projeto: “Partilhas” iniciado em Janeiro com o objetivo de promover nas crianças a oralidade através do relato em sala, de experiências vivenciadas em família aquando saídas culturais, férias ou de outros momentos significativos na vida da criança.

Vamos: Enriquecer o vocabulário; Desmistificar medos e receios em grupo; Envolver a família no processo escolar; Fomentar nas crianças a partilha.

A história “A que sabe a lua” foi tantas vezes contada em sala a pedido das criança e por elas recriada nas suas brincadeiras, que foi com naturalidade que surgiu a dúvida acerca do sabor da lua.

Cada família levou então um saquinho de biscoitos em forma de lua feitos pelas crianças com o desafio de nos dizerem a que lhes sabe a lua.

No fim, descobrimos que esta tem um sabor diferente para cada um mas que leva sempre uma pitada de sonhos, amor e imaginação!

Cantinho da Psicologia Por Inês Tapadas, Psicóloga Clínica e Voluntária no Regaço Materno

«Santuário de vida»

É bom ter família Hoje em dia designa-se por família um conjunto de pessoas que possuem grau de parentesco entre si e vivem na mesma casa formando um lar.

A família é formada pelo pai e mãe e por um ou mais filhos, que compõem uma família nuclear ou elementar, contudo, a família é mais do que isso.

A família é considerada uma instituição responsável que promove a educação dos filhos e influencia o seu comportamento no meio social. O papel da família no desenvolvimento de cada indivíduo é fundamental, pois é no seio familiar que são transmitidos os valores morais e sociais que servirão de base para o processo de socialização da criança, bem como as tradições e os costumes perpetuados através de gerações.

A família é compreendida como sendo a célula vital da sociedade, a primeira sociedade natural, que deriva do casamento (um vínculo perpétuo entre um homem e uma mulher), “santuário da vida”, a quem é atribuída uma tarefa educativa que é um direito dos filhos, é protagonista da vida social e deve ter a sociedade a seu serviço.

A família é importante para a pessoa e para a sociedade, é no âmbito da mesma que o homem recebe as primeiras noções do bem e da verdade, aprende a amar e a ser amado e o significado de ser pessoa. Sem famílias fortes na comunhão e estáveis no seu compromisso, os povos debilitam-se, e é no seu âmbito que se dá a aprendizagem das responsabilidades sociais e da solidariedade (Catecismo, 2224).

Segundo Minuchin (1990), no interior da família, os indivíduos podem constituir subsistemas, formados pela geração, interesses e funções, havendo diferentes níveis de poder e onde os comportamentos de um membro afetam e influenciam os outros membros.

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Em todas as famílias, independentemente da sociedade, cada membro ocupa determinada posição ou tem determinado estatuto, sendo orientado por papéis. Papéis estes, que não são mais do que, “as expectativas de comportamento, de obrigações e de direitos que estão associados a uma dada posição na família ou no grupo social”.

As funções da família regem-se por dois objectivos, um de nível interno, como a protecção psicossocial dos membros e o outro de nível externo, como a acomodação a uma cultura e sua transmissão. A família deve então, responder às mudanças externas e internas, proporcionando sempre um esquema de referência para os seus membros. Existe consequentemente, uma dupla responsabilidade, isto é, dar resposta às necessidades dos seus membros e da sociedade.

A família constitui o primeiro e o mais importante grupo social de toda a pessoa, bem como o seu quadro de referência, estabelecido através das relações e identificações que a criança criou durante o desenvolvimento. É por isso, que o ambiente familiar é um local onde deve existir harmonia, afetos, proteção e todo o tipo de apoio necessário na resolução de conflitos ou problemas de algum dos membros. As relações de confiança, segurança, conforto e bem-estar proporcionam assim, a unidade familiar.

Voluntariado na Saúde Por Alexandra Reis

Uma aprendizagem constante

Voluntariado...A novidade de um desafio Há vários anos que me confrontavam com o desafio. O voluntariado médico… Falta de tempo... receios... mas sim, porque não… A prática da medicina fora do ambiente onde me formei como profissional e em que me movo diariamente, é bem diferente...

Já passou praticamente um ano. A aprendizagem é constante, uma partilha de afetos, uma experiência ímpar.

Vou regularmente à Casa de São Paulo, um equipamento do Centro Paroquial Padre Ricardo Gameiro, onde procuro atenuar esses sintomas físicos típicos de uma idade avançada, mas que a ciência nos ajuda a contornar e a devolver qualidade de vida aos utentes desta comunidade.

Posso dizer que o meu papel vai além da medicina… a ciência e os fármacos sem a dose certa e oportuna de afeto, pouco valem. É um desafio enquadrar a cada dia o idoso que reside naquela casa, no seu ambiente familiar, no seu passado e memórias. Atender à sua situação particular, com as suas limitações físicas, cognitivas… mas também todo o potencial humano que cada irmão mais velho partilha connosco em cada instante.

Envelhecer é um processo inevitável, mas é uma etapa da vida tão válida e importante como as anteriores. Encontrei uma equipa maravilhosa que, a cada momento, procura minorar os efeitos deste envelhecimento sem o esconder ou mascarar: a ajuda na higiene pessoal, a alimentação adequada, a prática de exercício físico, a exposição

Doutora Alexandra Reis, médica voluntária na nossa Instituição

solar, a atividade intelectual, a assistência espiritual.

São aspetos bem mais importantes que os cuidados médicos. Contribuem para um bem-estar assente numa felicidade genuína e nada “química”. Sinto a cada dia, que o equilíbrio emocional dos idosos da Residência Nossa Senhora da Esperança e da Casa de São Paulo os torna fisicamente muito mais resistentes, o que de alguma maneira facilita a minha tarefa.

Entendo agora que este voluntariado, não é uma ajuda que eu presto, mas uma partilha em que recebo muito.

A atitude e a disponibilidade para servir é, sem dúvida, o processo mais eficaz e imediato do enriquecimento e do crescimento pessoal. Estou muito grata ao Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro pela ocasião e pela oportunidade.

Regaço Materno Por Ana Gomes e Rosa Almeida

Sentir Família “A família é mais importante que do que a escola e brincar é, pelo menos, tão importante como aprender”(Eduardo Sá, 2014).

Podemos encontrar uma vasta bibliografia que se dedica à temática da família, nomeadamente no que diz respeito à definição de diferentes tipos de família, sendo enunciadas terminologias que permitem a unificação do conceito.

De uma forma simples, os elementos que constituem a família denunciam a sua tipologia, ora um casal com filhos, trata-se de uma família nuclear, ao acrescentar a tia-avó, já estamos perante uma família alargada; tiramos a mãe ou o pai, assim como a tia-avó e já definimos como família monoparental, etc.

Referir, ainda, que assistimos ao acréscimo de novas tipologias familiares, no nosso vocabulário, nomeadamente as intituladas “famílias alternativas e as famílias arco-íris”. Tudo muito correto, pois precisamos de definições base para podermos ter uma perceção mais assertiva do termo, sobretudo ao nível técnico, mas deixamos a nota que se segue para reflexão: Se família implica a promoção da educação dos descendentes, a responsabilidade de garantir o desenvolvimento integral dos seus membros; se implica ser um espaço contentor de harmonia, conforto, afeto e proteção; se tem como princípio a relação de confiança, o compromisso de transmitir os valores morais e sociais (indispensáveis para o processo de socialização), e ainda, assumir um papel difícil de corrigir e orientar com vista ao bem-estar geral… será um Centro de Acolhimento, também uma família?

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Seniores - São Paulo Por Equipa técnica da Casa de São Paulo

«Tudo aquilo que se partilha... multiplica-se», Papa Francisco Os Seniores da Casa de São Paulo são motivados para que os dias sejam diferentes uns dos outros. O envelhecimento é um processo comum a todos os seres vivos e provoca modificações ao nível somático e psíquico, determinando, deste modo, alterações da relação do indivíduo com o meio que o rodeia.

minimizada com a prática frequente de atividade física.

Na Casa de São Paulo procura-se promover as mais variadas atividades/experiências que visam manter a autonomia e/ou a reabilitação. Para facilitar o processo de institucionalização do sénior é fulcral o envolvimento das famílias. Habitualmente, assistem a atividades culturais e participam em momentos de partilha de conhecimentos, e atividades culturais.

São diversificadas as atividades promovidas na nossa Casa, no âmbito da promoção de estilos de vida saudável.

As atividades intergeracionais “Ginasticar com os Seniores da Casa de São Paulo” aliam a prática de exercício físico à relação com as nossas crianças dos vários equipamentos de infância, resultando em algo muito saudável para ambos. Igualmente a classe de movimento é um contributo positivo, para manter o idoso mais ativo.

Colaboradores, familiares e idosos... todos se envolvem!

Aula de Karaté com o Professor Marco

As atividades desenvolvidas vão de encontro aos gostos, interesses e necessidades dos seniores.

Mensalmente é realizada uma reunião, onde cada idoso avalia as atividades realizadas e sugere de acordo com a sua preferência o que gostava de ver desenvolvido, implicando-o desta forma tanto na própria ação como no processo da mesma ação. As atividades propostas podem realizar desejos antigos como é caso da informática, mas também as que estimulam a criatividade em diversas áreas artísticas e sociais, como por exemplo, declamação de poesia por parte dos nossos seniores.

O Karaté com o Professor Marco e o Yoga leccionado pela Professora Diana, teem tido uma grande recetividade por parte dos seniores de São Paulo. Apesar de não serem atividades vocacionadas para à 3ª idade, foi possível adaptá-las às limitações de cada um. Tem sido um desafio muito grande e com uma avaliação muito positiva.

A atividade física é uma forma de prevenção de efeitos secundários durante o envelhecimento e, constitui um meio para melhorar ou manter a saúde mental, física e cognitiva. No sistema músculo-esquelético as alterações que ocorrem no sistema locomotor, devido à perda de equilíbrio, diminuição da densidade óssea, problemas articulares, falta de força muscular e, consequentemente, menor capacidade de funcionalidade pode ser bastante O Sr. Miguel Antunes na Aula de Informática

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As crianças da Ramalha foram “Ginasticar com os Seniores”

No passado dia 14 de Maio, comemorámos o Dia Internacional da Família, tendo sido mais um pretexto para uma tarde bem passada, onde os idosos juntamente com as suas famílias festejaram. Os seniores fizeram uma demonstração de Karaté, que surpreendeu, comoveu e alegrou todos os que assistiram.

A Casa de São Paulo é uma casa aberta para o exterior, convidando muitos grupos artísticos para alegrar e manter a relação com a comunidade. Realiza também muitas atividades ao ar livre. Para mostrar a nossa união e espírito familiar, juntámo-nos a uma causa, contra os maus tratos na Infância. .

Seniores e colaboradores fazem laço humano

Seniores - Residência Por Isabel Abreu

Dia Mundial da Saúde

A Enfermeira Sofia Cardoso Leite realizou uma sessão informativa sobre o Dia Mundial da Saúde, em que abordou os diabetes e os cuidados a ter com a alimentação. Todos os utentes concordaram que os bons hábitos são benéficos para aumentar a qualidade e expectativa de vida.

Dia Internacional do Livro Infantil

Celebrámos o Dia Internacional do Livro Infantil com o equipamento do Bairro.

As crianças da “Nossa Creche” visitaram-nos, e nós contámos a “História da Galinha” dramatizada. Todos gostaram da história, espalhando sorrisos e boa disposição numa união partilhada entre gerações.

Grupo “Viva a Dança Viva”

Uma tarde diferente com a atuação do Grupo “Viva a Dança Viva”, da Torre da Marinha, e que muito encantou os seniores. Obrigado por este momento de festa e alegria que tanto nos agradou!

Dia Internacional do Café

Um dia na Cozinha em que as utentes confecionaram bolos e fizeram refrescos com sabor a café, numa partilha de saberes e sabores.

Foi um momento alegre e descontraído entre todos.

Dia Mundial da Atividade Física

Uma gincana preparada pelo Gabinete de Fisioterapia e apoiada pelos estagiários de Nutrição do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz encheu de alegria a tarde dos nossos utentes. Algumas crianças do Bairro vieram jogar com os “seus” avós e divertiram-se imenso.

Grupo Coral da ARPCA

O Grupo Coral da ARPCA atuou perante os nossos seniores, famílias e colaboradores músicas tradicionais de Portugal.

Cantaram e encantaram os presentes, animando a tarde e recordando canções populares tão conhecidas dos utentes.

Dia Internacional da Família Proporcionou-se uma tarde animada em que tivemos a atuação da Tuna Sol e Dó da Cultura Aberta (Centro de Convívio) e todos os utentes de Residência e Centro de Dia lancharam no jardim, em comunhão familiar num momento de fraternidade.

Realizou-se, também, uma exposição de fotografias dos seniores com as suas famílias no salão polivalente, em que estavam patentes em folhas e num pé de feijão. Este trabalho foi executado com a colaboração da voluntária de artes plásticas.

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Cultura Aberta Por Maria Martins, voluntária do Centro Paroquial

A importância de ser voluntário

Reflexões e partilha no Café com Estórias Os voluntários que colaboram na Cultura Aberta (Centro de Convívio do Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro) foram convidados a estar presentes numa reunião que decorreu, no passado dia 11 de Maio, na biblioteca da Residência Nossa Senhora da Esperança.

Pouco mais se revelou sobre a atividade que iria decorrer durante a tarde.

Desta forma, e com alguma surpresa, foram convidados a participar numa sessão de World Café dinamizada por um grupo de alunas do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, do Mestrado Executivo em Psicologia Positiva Aplicada.

Esta iniciativa teve como objetivo a reflexão, partilha de ideias e convívio entre todos os voluntários que colaboram com a Cultura Aberta do Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro, reconhecendo a importância do trabalho e obra desenvolvidos por todos os que, graciosamente, disponibilizam o seu tempo, conhecimentos, dedicação e entusiasmo a uma causa maior: o Voluntariado.

A Cultura Aberta proporciona a toda a comunidade a possibilidade de frequentar cursos e ações de formação em áreas diferenciadas, com o total apoio e dedicação deste grupo de formadores totalmente voluntário.

Café com Estórias A metodologia do World Café pretende reproduzir um ambiente de café onde todos são convidados a participar.

Cada mesa tem associada um tema/questão apreciativa.

Os participantes deixam registadas nas toalhas de papel que cobrem as mesas as suas reflexões, opiniões, desenhos e sugestões.

No final, o anfitrião (faroleiro) de cada mesa efetuou a leitura da respetiva toalha e das reflexões ali deixadas pelos seus convidados. Terminámos com um pé de dança animado e orientado por um dos professores.

Na mesa n.º 5, a questão colocada aos voluntários era: Que emoções positivas sinto quando estou a fazer voluntariado? Aqui ficam alguns registos...

«Alegria pelas interações e partilha» «Dou o meu dom e também recebo o saber dos outros» «Dedicação, amor, amizade, disponibilidade e realização» «Descobrir que afinal até tenho capacidades que julgava latentes/adormecidas... Paciência, bom humor, vontade de estar sempre presente»

Em Fátima no Tempo Pascal

A caminho com Maria... a simplicidade... o compromisso... a fidelidade...

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A 06 de maio, a Cultura Aberta da nossa Instituição peregrinou até aos pés de Nossa Senhora, em Fátima. O dia estave "fresco" e chuvoso.

Percorreram, a pé, os Valinhos rezando a Via Lucis - o Caminho da Luz - que retrata a vida de Jesus, desde a Ressureição ao Pentecostes

Olá amigos, Sabem que ao longo dos últimos 10 anos produzimos mais plástico do que em todo o século passado?!

Sabias que a quantidade de plático deitado fora durante um ano é suficiente para dar a volta ao mundo quatro vezes?

e que o plástico no oceano se divide em pedaços tão pequenos que uma garrafa PET de um litro pode-se espalhar por todas as praias do mundo.

Causando a morte de milhares de mamíferos marinhos.

Posso ajudar-te a mudares os teus hábitos para assim reduzires o uso abusivo de plástico:

usa sacos de pano e garrafas de metal ou vidro.

Reutiliza as embalagens plásticas

Recicla.

Notícias da Paróquia Por Rosário Silva, Chefe de Agrupamento

O Agrupamento de Escuteiros 543 da Cova da Piedade

Uma pequena grande família na Comunidade da Cova da Piedade O Agrupamento 543, antes da sua formação oficial, em 8/10/1978, como ponto de partida fez um primeiro acampamento no Seminário de Almada em junho de 1978, onde se contou com a participação de 2 Lobitos; 9 Exploradores Juniores; 6 Exploradores Seniores (actualmente Pioneiros) e 1 Caminheiro, conforme Ordem de Serviço N.º 1. A 8 de outubro de 1978 nasce oficialmente o Agrupamento 543 do Corpo Nacional de Escutas na Paróquia da Cova da Piedade.

Foram nomeados, na altura os seguintes Dirigentes: Chefe de Agrupamento – João Martin; Secretário – Amaro Barbosa; Comissão de Serviço – Mário Peres e José Barreiro; Realizaram, então, as primeiras promessas, e foram investidos os primeiros escuteiros deste Agrupamento. A fundação oficial do Agrupamento saiu em Ordem de Serviço Nacional N.º 369, recebe como Patrono do Agrupamento S. Paulo.Em 1980, integrado no Agrupamento 543, realizamse promessas de Escuteiros Marítimos e constituiu-se a Brigada Marítima Pedro Escobar, com uma equipa de caminheiros (atualmente designados companheiros) - Cutty Sark e duas equipas Séniores (atuais Marinheiros) - Gago Coutinho e Sirius, tendo por Guias o Carlos Peres, José Carlos e Jorge Quintela.

O agrupamento 543 da Cova da Piedade foi um dos primeiros agrupamentos do país (senão o primeiro) e, seguramente, o primeiro da Região de Setúbal a trabalhar em coeducação.

Desde os trabalhos preparatórios para a sua fundação em 1978, os seus Bandos, Patrulhas e Equipas foram mistas, vivendo os rapazes e raparigas juntos o projecto educativo escutista.

A primeira sede do Agrupamento foi construída sobre a abobada da Capela de Nossa Senhora da Piedade. Nos primeiros anos, conviveram nesse espaço as 4 secções, a secretaria e o departamento do material. Mais tarde, com o crescimento do Agrupamento, construiu-se no último pavilhão do equipamento do Bairro, um espaço direccionado aos jovens, onde os escuteiros puderam durante muitos anos usufruir de um espaço, onde reuniam a Iª e IIIª secção, departamento de fotografia e material/património do Agrupamento.

Comemorámos os 25 anos neste espaço, onde guardamos carinhosamente muitas recordações, entre grandes atividades: festas, cerimónias, vigílias e porque “o Escuta tem sempre boa disposição de espírito” algumas façanhas que nem sempre correram bem.

Os primeiros escuteiros deste agrupamento

O início desta grande família

Promessa do Chefe Belchior

Há muito tempo...

Promessas, por volta dos anos 80, na nossa casa-mãe (Chefe Guilherme e Chefe Martin)

Brigada Marítima (Carlos Peres, Pontes, João, Mami, Cristina, Jose Carlos, Miguel, Melita, Mario Serio, Jorge Quintela)

O Sonho começava a aproximar-se da realidade, nesta fase, o pontapé de saída do Pe Ricardo foi muito importante. (Chefe Cristiano; D. Gilberto: Pe Ricardo; Chefe Paula)

Juntos construímos e esperámos... (Diogo; Diogo Esteves; Ricardo e Nuno Maldon

A grande família que hoje somos… Obrigado a quem começou: Pe Ricardo; Monteiro.

Obrigada Pe José Pinheiro, por continuar connosco esta caminhada.

O futuro está nas vossas mãos... SERVIR!

A família do 543 O Agrupamento 543, sendo o maior e mais antigo grupo de Jovens da Paróquia, tem vindo a cimentar ao longo destes anos junto da Comunidade Paroquial uma presença ativa em todas as atividades que promove. O Escutismo como movimento de educação só faz sentido quando vivido como uma família, verdadeiros irmãos escutas, procuramos no irmão mais velho um exemplo a seguir. A maioria dos Dirigentes deste agrupamento viveu um percurso de proximidade, de alguma cumplicidade, natural nos elementos da mesma família.

Como família que somos temos contribuído para o crescimento de muitas gerações, contribuindo para a formação integral dos jovens, ao longo destes anos, temos, igualmente, partilhado inúmeras alegrias, mas também temos vivido e partilhado tristezas, que só no seio de uma verdadeira família os podemos ultrapassar e seguir o caminho natural da vida. Perdemos elementos muito jovens que hoje se encontram no eterno acampamento.

Juntos seguimos o caminho e juntos sonhamos. Neste espírito de união de diferentes personalidades, encontramos um ponto comum: ao fim de 30 anos, construímos a nossa casa, a nossa sede. Nunca esqueceremos que hoje temos esta casa, porque tivemos uma outra grande família, a nossa comunidade paroquial, que connosco arregaçou mangas e nos ajudou a acreditar que os sonhos também se realizam.

Por fim e não menos importante ao Padre Ricardo um eterno obrigado pelo caminho que nos ajudou a trilhar e nos deu asas para voar e sonhar sem limites…

nado; Grandes Chefes Belchior e Cristiano)

Agora há que continuar a sonhar por novas causas...

Somos uma família! (Chefes Brandão e Irina; Daniel; Alice e Carolina)

Juntos crescemos! (Daniel; Beatriz; Sofia; Alice; Carolina)

Ao nosso Diácono Inácio, são grandes as saudades das histórias de Goa e o exemplo de que “O Escuta tem boa disposição de espírito”. A estes dois homens que muito deram por esta comunidade e nos ajudaram a crescer, a nossa eterna gratidão e que descansem em paz no eterno acampamento.

Ao Padre Afonso um carinho especial, pela força e dedicação nos momentos mais difíceis, da vida da nossa comunidade, por nunca ter desistido de nós.

Aos Escuteiros, Dirigentes e Candidatos a dirigentes deste Agrupamento, de ontem, de hoje e de sempre, DA MELHOR VONTADE… até… SEMPRE ALERTA PARA SERVIR. «Entrei para a família do Agrupamento 543 a 20 de abril de 1978 e estive no grupo das primeiras promessas, em 8 de outubro de 1978.

Estive pouco tempo no ativo, mas a verdade é que nunca mais deixei esta família.

Quando os meus rapazes começaram o seu percurso, também neste agrupamento como Lobitos, em 19 de outubro de 2002, voltei a ter uma participação mais activa (no mínimo, pela logística que os pais normalmente asseguram).

Seja na retaguarda, seja de forma mais activa, também nos envolvemos em projectos que contribuíram para estreitar os laços entre os vários elementos: a nova sede; expedições/viagens, preparadas ao longo de meses, e outras.

Olhando aos que já passaram pelo Agrupamento, pode dizer-se que este já vai na 3ª geração, considerando os que já fizeram o seu percurso, já constituíram família e já têm os seus filhos no agrupamento.

Como em todas as famílias, há alturas de maior e de menor harmonia e neste agrupamento, com a sua diversidade de sensibilidades, acontece o mesmo.

Mas a prova de que constitui uma família é que, após 37 anos, continua activo, integrado na comunidade e a servir o próximo.»

Joaquim Silva, Escuteiro do 543 - Pai; irmão e tio de escuteiros no ativo

Aconteceu 53ª Semana de Oração pelas Vocações - 10 a 17 de abril de 2016

Seminaristas em serviço no Centro Paroquial «Este ano, no primeiro de Seminário, decidi com mais um colega dar uma parte do nosso tempo de férias a uma atividade de voluntariado, e então fomos passar 3 dias no Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro, na Cova da Piedade. Passamos o nosso primeiro dia nos dois equipamentos utilizados por idosos, e nos dois dias seguintes conhecemos 2 equipamentos ocupados por crianças e o armazém do Banco Alimentar.

A começar o tempo de Páscoa, foi uma experiência que me disse muito e de várias formas… Antes de mais obrigou-me a sair do meu “ambiente de controlo”, a sair das minhas fronteiras, a deixar Cristo Ressuscitado viver verdadeiramente em mim. Mas mais ainda do que eu fui obrigado a fazer, foi aquilo que me fizeram, aqueles idosos e aquelas crianças mostraram-me a verdadeira importância de uma simples palavra, de um simples gesto de carinho e de amor que muitas vezes passa despercebido. Por outras palavras, a importância do serviço ao outro no amor, do dar-me completamente, e neste caminho que faço, perceber a importância deste dom total que sou chamado a ser…

Em relação a este serviço, a este estar simplesmente, a este dom existencial houve um pormenor que me marcou imenso, o exemplo que o Padre Ricardo me deu, mesmo sem o ter conhecido. Todas as pessoas que falavam connosco sobre o Padre Ricardo, funcionários ou utentes, paroquianos ou não paroquianos, crentes ou não crentes, demonstravam um carinho e uma admiração maravilhosa por aquele que foi um diretor, um pároco, um amigo e até o seu “pai”, por mais pequeno que tenha sido o espaço de tempo em que conviveram, percebe-se claramente que o Padre Ricardo marcou verdadeiramente a vida daqueles que com ele privaram, foi capaz de ser sinal da presença de Jesus na vida daquelas pessoas, independentemente da sua fé. E para mim, neste caminho, foi muito importante ter mais um exemplo do que sou chamado a ser.

Vivemos a semana de oração pelas vocações, e o desejo que o Papa Francisco expressa no início da mensagem para esta semana é o de que “todos os baptizados pudessem, no decurso do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, experimentar a alegria de pertencer à Igreja!”. Esta pertença só pode ser vivida na medida em que vivo a minha vocação, e esta consegue-se quando faço da minha vontade, a vontade de Deus.

Então peço-vos que, mais profundamente neste tempo, rezem por todos os jovens da vossa Paróquia, da nossa Diocese e de toda a Igreja para que sejam capazes de pôr a questão a Nosso Senhor sobre o que Ele quer de cada um deles, e para que oiçam a resposta no mais íntimo do seu coração para que a ponham em prática todos os dias da sua vida.»

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Seminarista Afonso Pereira

As crianças de CATL do Centro Comunitário com os seminaristas Claúdio Rodrigues (ao centro de camisola azul) e Afonso Pereira (à direita, de camisola branca)

«Com muita alegria e com espírito de fraternidade aceitei o convite de escrever a propósito da minha visita ao Centro Social Paroquial Ricardo Gameiro.

Devo dizer que fiquei espantado. Deparei-me, desde o acolhimento, com pessoas (que ali trabalham) totalmente livres. Pessoas que de uma forma clara e livre, cheias de alegria, me falaram do seu trabalho. Não falaram de um modo geral mas sim de um modo concreto, demonstrando o quão implicados estão nele. Ao ver isso foi como se me dissessem: “ Eu e o meu trabalho somos um. O fruto do meu trabalho joga-se na medida em que me der àqueles que estão ao meu cuidado”. Este modo de encarar o trabalho criou em mim um espanto que me despertou e encantou, pois, também eu, quero fazer da minha vida uma entrega real, concreta com cada um daqueles que se me apresentam.

Fiquei encantado com a forma como se propõe o caminho Cristão nesta instituição. Independentemente do credo todos são acolhidos e ninguém fica para trás. A proposta cristã é feita tendo em conta o ponto comum entre crentes e não crentes, que é o fator humanidade. Pude ver que todos se veem e respeitam como humanos que são. E isso é muito belo.

Não posso deixar de falar do rosto dos idosos e das crianças com os quais me deparei. No meu encontro com cada um daqueles rostos proporcionou-se um encontro excecional. Excecional porque ao falar, ao ouvir e interagir com cada um deles me senti ainda mais confirmado na minha vocação. Não no sentido em que lhes dei muitas coisas, mas na medida em que a minha simples presença foi motivo de alegria. Sinto que Jesus me pediu para ser, única e exclusivamente, presença durante aqueles três dias.

Neste sentido, nesta semana das vocações que vivemos, peço-vos que rezeis por todos aqueles que Deus chama a serem Sua presença no meio do mundo. E rezar implica que cada um, em nome de Jesus, desafie rapazes e raparigas para o encontro extraordinário com Jesus.»

Seminarista Claúdio Rodrigues

Aconteceu económico que teve ao ser publicada pouco antes da Cimeira de Paris, e leu excertos do documento como: "o acesso à água potável e segura é um direito humano essencial, fundamental e universal, porque determina a sobrevivência das pessoas e, portanto, é condição para o exercício dos outros direitos humanos".

Pe. José Pinheiro convidado em encontro do SMAS

Água Pública, um direito universal A sala da exposição "A Água e o Saneamento em Almada" encheu-se de convidados, visitantes e trabalhadores para assistirem e participarem no encontro "Água Pública, um Direito Universal", realizado no passado dia 31 de maio.

O orador convidado Padre José Pinheiro apresentou o tema "Carta Encíclica do Papa Francisco sobre o Cuidado da Casa Comum – A questão da água". Começou por enquadrar o tema da água na doutrina social da igreja e fez referência a vários documentos e publicações onde a importância da água é debatida e reconhecida, acentuando a sua força simbólica na história da igreja e da humanidade.

Sobre a carta encíclica mencionou o impacto político e

Relacionou esse direito com a dignidade humana, falou das desigualdades mundiais na quantidade e qualidade da água e sobre a tendência para, em alguns lugares, este recurso escasso ser privatizado "tornando-se uma mercadoria sujeita às leis do mercado". Terminou dizendo que o correto uso da água é também uma responsabilidade e um dever de todos.

O Vogal do Conselho de Administração dos SMAS e Vereador – Rui Jorge - trouxe ao encontro o tema "Desafios ambientais, a Cimeira de Paris e o Compromisso dos Autarcas", da qual resultou a assinatura de um acordo para a diminuição de 1,5 graus na temperatura.

O Presidente dos SMAS de Almada- José Gonçalves reforçou que a gestão pública da água é a forma mais indicada de garantia de igualdade de acesso à água e ao saneamento, que todos temos responsabilidade na nossa intervenção e participação cívica, quer no uso da água, como na sua defesa como um direito inalienável.

Este encontro inseriu-se no programa das comemorações dos 65 anos dos SMAS de Almada com o envolvimento e participação da comunidade.

Em Maio na Paróquia

Primeiras Comunhões, Crismas e Nossa Senhora

As Primeiras Comunhões de dia 01 de maio, na Paróquia, foram celebradas pelo pároco, Padre José Pinheiro

A 08 de maio, foi o vigário paroquial, Padre Afonso Liberal, que celebrou a Eucaristia onde as crianças da catequese comungou Jesus pela primeira vez

A 13 de maio, procissão em honra de Nossa Senhora de Fátima, que congregou três Paróquias: Miratejo-Laranjeiro, Laranjeiro-Feijó e Cova da Piedade

No Pentecostes, a 15 de maio, D. José Ornelas, o Bispo Diocesano, esteve na Paróquia da Cova da Piedade para a celebração do sacramento do Crisma

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Centro de Documentação Por Alexandra Figueiredo e Ana Barrosa

As raízes e história da Família

O estudo da Árvore Genealógica Hoje em dia, cada vez mais há interesse pela procura das raízes e história da família, exista ou não nobreza na ascendência familiar. Esta procura tem vindo a aumentar com a melhoria das facilidades no acesso à informação, possibilitada pela digitalização da documentação referente à família e a sua disponibilização na Internet.

O Centro de Documentação dedica-se à inventariação, digitalização e preservação dos Proclamas, 1842, fl.1, Paróquia de Almada arquivos Religiosos e da Família, tendo interesse na divulgação do seu acervo e assim, contribuir para o estudo genealógico.

A documentação disponibilizada para o estudo da Família provém de diferentes acervos Paroquiais da Diocese de Setúbal (entre os séculos XVII e XX), consistindo em processos matrimoniais (banhos ou proclamas); em extratos de batismos, óbitos e matrimónios; em assentos de irmãos das diversas Irmandades ou Confrarias associadas às Paróquias. Esta informação pode ser completada com recurso a róis de confessados e recenseamentos escolares, eleitorais e militares.

O que podemos descobrir com esta informação?

Diversos dados pessoais, nomeadamente, nome, data de nascimento e óbito, estado civil, naturalidade, agregado familiar, profissão, local de residência, se era ou não devoto, se pertencia a uma Irmandade, entre outros.

A Genealogia (gen+logos= geração+estudo) corresponde à “ciência da História da Família” e realiza o estudo de um indivíduo ou família a partir de um levantamento sistemático dos seus antepassados ou descendentes, locais onde nasceram e viveram e seus relacionamentos interfamiliares. Esta ciência é essencial para a compreensão das relações entre as famílias e evolução social, demográfica e geográfica das comunidades.

A Bíblia lia contém uma das mais antigas descrições genealógica, a conhecida linhagem de Jesus Cristo, muito representada na Arte cristã, através da árvore de Jessé.

Informação relevante para o estudo da genealogia As principais fontes são os registos vitais: nascimento, casamento e óbito. Dependendo dos anos em que estes ocorreram são designados de registos paroquiais ou Registo Civil.

Em 1536 a Constituição Diocesana de Lisboa obrigava ao registo dos batismos na área desta Diocese. Por deliberação do Concílio de Trento, em 1563, passa a ser obrigatório manter registos paroquiais (batismo e casamento) em todas as igrejas. Em 1614, o Ritual Romano de Paulo V, expandiu o registo, introduzindo o registo de óbitos.

Com a proclamação da República cria-se o Registo Civil, com a respetiva publicação do Código em 1911.

Este código obriga ao registo dos atos de nascimento, casamento e óbito, impondo a primazia do Registo Civil sobre os registos paroquiais. Devido à sua entrada em vigor, os registos paroquiais passaram para os acervos dos Arquivos Distritais.

Com a Concordata entre Portugal e a Santa Sé, em 1940, reintroduz-se o reconhecimento das cerimónias religiosas, obrigando, no entanto, à transcrição do assento paroquial nos livros do Registo Civil da Conservatória da área da Paróquia.

Em suma, estes são os primeiros passos para a pesquisa genealógica. Contudo, ao aprofundar este tipo de investigação serão necessários conhecimentos de paleografia e português arcaico.

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«Brotará um rebento do tronco de Jessé, e um renovo brotará das suas raízes.»

(Isaías 11,1)

Codex Vyssegradensis XIV.A.13, fl.4v, Representação da Árvore de Jessé

Quais as ferramentas para o estudo genealógico?

Em Portugal pode ser realizado através da internet, partindo de diversos sítios: http://www.myheritage.com. pt; http://etombo.com; http://www.geneall.net; http:// familysearch.org; http://digitarq.arquivos.pt.

O estudo genealógico pode ser efetuado por qualquer pessoa que tenha interesse em conhecer os seus familiares.

Como começar?

1. Recolha de fontes orais: junto dos familiares, realize

um levantamento dos seus ascendentes (pais, tios, avós, bisavós…), obtendo o máximo de informação possível; 2. Procura de registos: registo civil e registos paroquiais; 3. Cruzamento de dados e criação de diagramas ou a chamada árvore genealógica.

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