Lume Arquitetura - Ed.81

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Projetos de iluminação: Forte, Hospital, Basílica e Loja

ISSN 1806-0382

ANO XIV - Nº 81 AGO/SET 2016 R$ 25,00

Expolux 2016 e Arena do Conhecimento Simpolux

Evento internacional: Lightfair 2016 Entrevista: Nova presidente da AsBAI



índice Capa Forte Santa Maria Praia do Porto da Barra, Salvador/BA Projeto luminotécnico: Marco Guarneri Foto: Rubens Campo

entrevista

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Paula Carnelós Nova presidente da AsBAI fala dos planos da Associação para o mandato de 2016-2017

14 capa Forte em Salvador Iluminação 100% LED com telegestão valoriza arquitetura colonial do Forte Santa Maria

02 editorial 04 cartas 10 acontecendo 26

lançamentos

case 20

Hospital Qualidade de luz proporciona bem-estar e conforto aos pacientes e funcionários

38 prateleira 40

56 evento nacional

perfil escritórios

Arena do Conhecimento

50 biblioteca 66

Simpolux – Lume Arquitetura Espaço para divulgação da cultura de iluminação dentro da Expolux é sucesso absoluto e atrai centenas de pessoas

perfil empresas

70 holofote Rafaela Romitelli 72

opinião Betina Martau

case 34

Loja de calçados Projeto de iluminação contribui para nova identidade visual

44 case Igreja no Rio de Janeiro Tecnologia LED gera conforto e valoriza imagens sagradas

evento nacional 52 Expolux 2016 Arenas do Conhecimento e Espaço Design são novidades na maior Feira de Iluminação da América Latina

evento internacional Lightfair San Diego Edição 2016 destaca luz e tecnologia, inaugura Fórum de IoT e oferece mais 200 horas de cursos e seminários

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editorial

Mais que uma revista A revista Lume Arquitetura teve papel de destaque na maior feira de iluminação da América Latina de 2016. Durante a 15ª edição da Expolux, a revista contou com um belíssimo estande de 44 metros quadrados que, mais uma vez, serviu de ponto de encontro para parceiros, amigos, leitores, clientes, profissionais do mercado e visitantes em geral.

Além disso, nesta edição da Expolux, Lume Arquitetura foi parceira de conteúdo da primeira Arena do Conhecimento Simpolux – Decor, localizada atrás de seu estande. A equipe de redação da revista em parceria com a Abilux – na figura de seu diretor técnico Isac Roinzenblatt – montou a grade de palestras (apontando os temas e convidando os palestrantes) e gerenciou todas as apresentações, que foram sucesso de público, com aproximadamente mil participantes durante os quatro dias de Arena.

Ano XIV – no 81 – AGO/SET 2016 www.lumearquitetura.com.br Diretora Maria Clara de Maio MTB 19570 mariaclara@lumearquitetura.com.br Editor Erlei Gobi MTB 54344 erlei@lumearquitetura.com.br Editor de arte Eduardo Garcia Marques da Costa arte@lumearquitetura.com.br Reportagem Adriano Degra MTB 76697 adriano@lumearquitetura.com.br Revisão Izabel Cristina Lourenço

Como também vem acontecendo em todas as últimas participações da Lume Arquitetura na Expolux, trouxe uma novidade para seu estande nesta edição: o lançamento do livro “Museus, Luzes e Desafios – A iluminação aplicada ao Mundo dos museus”, de autoria de Gilberto Costa, que esteve presente para uma tarde de autógrafos durante o segundo dia do evento, quando também apresentou uma palestra sobre o tema na Arena.

Os esforços envidados pela equipe Lume Arquitetura para a realização destas ações – estande bonito e robusto, estruturado para receber seus visitantes, Arena do Conhecimento Simpolux - Decor e lançamento do livro – são meios de a publicação retribuir ao mercado o investimento feito na revista ao longo destes mais de 13 anos.

Publicidade Liliane Dias liliane@lumearquitetura.com.br Nelson Rodrigues nelson@lumearquitetura.com.br Rubens Campo rubens@lumearquitetura.com.br Circulação e assinaturas Katia Pereira katia@lumearquitetura.com.br Projeto gráfico Marcelo Crelier - www.crelier.com.br Colaboraram nesta edição Betina Tschiedel Martau, Isac Roinzenblatt, Lisa Bokovoy e Vinicius Marchini. Lume Arquitetura é uma publicação bimestral da De Maio Comunicação e Editora, dirigida a arquitetos, lighting designers, decoradores, engenheiros, construtoras, incorporadoras, órgãos públicos ligados à iluminação urbana e viária, fabricantes e lojistas do setor de iluminação. Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados. Proibida a reprodução parcial ou integral das matérias publicadas sem autorização da Editora.

É a forma de demonstrar que, além de uma revista com conteúdo de qualidade e que respeita o profissional do setor de iluminação, Lume Arquitetura está sempre preocupada com a cultura de iluminação do Brasil. Este é seu diferencial e sua meta. @lumearquitetura

Revista Lume Arquitetura

De Maio Comunicação e Editora Ltda. Rua Cotoxó, 611 Cj. 11 Pompéia CEP 05021-000 São Paulo SP Tels.: (11) 3801-3497, 3873-3675 e 3872-8411

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L U M E ARQUITETURA



cartas impulsionado pelo meu mestrado na FAU-USP. Estarei sempre à disposição de vocês. Ruy Soares Lighting designer São Paulo – SP

EDIÇÃO 80 Muito boa a matéria das Ruínas de São Miguel Arcanjo. Ficou adequada e bem redigida. Parabéns à revista Lume Arquitetura. Fiquem com meu abraço e qualquer coisa que necessitarem estarei aqui para colaborar. Saudações iluminadas.

Cláudia Torres Lighting designer e professora Recife – PE

Gerry Marquez Iluminador cênico Porto Alegre – RS

Parabéns pela organização do evento. Obrigada por fazer parte desse momento tão importante que é falar da luz, e pelo carinho da equipe. Um grande abraço.

Recebi a revista e adorei o Perfil Escritórios!! Ficou incrível, obrigada! Parabéns pela revista como um todo, também achei a matéria sobre as lâmpadas incandescentes bem completa.

Regina Coeli Barros e Mohana Lima Lighting designers Recife – PE

Fernanda Carvalho Lighting designer São Paulo – SP

Maria Clara, queria agradecer pelo artigo; espero que tenha gostado. Tem muita história em comum envolvida nessa matéria. Jean Pascal Nathan De Simone Lighting designer e engenheiro eletrônico São Paulo – SP

ARENA DO CONHECIMENTO SIMPOLUX – LUME ARQUITETURA Agradeço a chance de poder compartilhar o conhecimento que tenho adquirido 4

Agradeço a oportunidade de poder contribuir na realização deste importante evento junto com a Lume Arquitetura, que sempre teve um papel importante na construção deste nosso mercado de iluminação.

L U M E ARQUITETURA

Caro Erlei, obrigado a você pela iniciativa, organização e convite que me fez! Parabéns e + + + sucesso!!! Guinter Parschalk Lighting designer São Paulo – SP

Obrigada a todos os responsáveis pela organização deste encontro, pelo carinho e confiança. Abraços. Norah Turchetti Conte Lighting designer Belo Horizonte – MG

Prezada Maria Clara e Equipe. A Reed Exhibitions Alcantara Machado formaliza os sinceros agradecimentos pela confiança e parceria na realização

da Arena do Conhecimento Decor na 15ª Expolux – Feira Internacional da Indústria da Iluminação. A Arena do Conhecimento Decor contou com uma ampla programação de conteúdo; foram realizadas 24 palestras com profissionais especialistas em diversos temas inerentes à iluminação. Mais de 980 visitantes participaram das atividades da Arena e tiveram a oportunidade de atualização profissional, troca de conhecimentos e interações enriquecedoras, reafirmando o sucesso da ação e a importância desta parceria, onde o profissionalismo e dedicação fizeram a diferença e contribuíram para os resultados positivos da Expolux 2016. Foi uma honra contar com a sua parceria e, mais uma vez, em nome da Reed Exhibitions Alcantara Machado e de toda a equipe da Expolux 2016, reforçamos nosso muito obrigado! Alexandre Brown Diretor da Reed Exhibitions Alcantara Machado São Paulo – SP

Ótima palestra, parabéns Vinicius e toda equipe Brilia! Marilza Maltempi

DOAÇÕES A Ordem Franciscana no Brasil tem se dedicado à área de educação e, particularmente, ao ensino superior, com propostas voltadas para a qualidade, o que implica, diretamente, em manter um acervo bibliográfico diversificado. O sistema de Biblioteca da Universidade São Francisco agradece o envio da Doação, que irá enriquecer ainda mais o nosso acervo. Vania Lucia Patuta Biblioteca Santa Clara Itatiba – SP



entrevista

Paula Carnelós Por Erlei Gobi

Nova presidente da AsBAI fala dos planos da Associação para o mandato de 2016-2017

No início de 2016, a AsBAI (Associação Brasileira de Arquitetos de Iluminação) apresentou sua nova diretoria executiva para o biênio 20162017. A presidente eleita foi a lighting designer Paula Carnelós, da Acenda Projeto de Iluminação, tendo como vice o experiente lighting designer Gilberto Franco, titular do Franco Associados Light Design e um dos membros fundadores da Associação. Nesta entrevista exclusiva à Lume Arquitetura, Paula Carnelós fala sobre sua trajetória dentro da Associação e da indicação para a presidência; das principais atividades realizadas pela AsBAI nas últimas duas gestões (2012-2013 e 20142015); do posicionamento da Associação sobre a Resolução 51 do CAU; dos planos e expectativas de seu mandato. Aborda ainda temas como o EILD – Encontro Ibero-Americano de Lighting Design, a ser realizado em Ouro Preto, em setembro deste ano; e do envolvimento da AsBAI com outras associações do mercado, como Abilux (Associação Brasileira da Indústria de Iluminação) e ABilumi ( Associação Brasileira de Importadores de Produtos de Iluminação), e com os processos de certificação e regulamentação que envolvem a profissão de lighting designer.

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L U M E ARQUITETURA


Lume Arquitetura: Fale sobre sua traje-

de dedicação à AsBAI e que participam

Janeiro. Neste ano estamos expandindo

tória dentro da associação. Quando se

de todas as reuniões contribuindo com

para Belo Horizonte e Porto Alegre. Com

associou e desde quando faz parte da

visões que realmente buscam ampliar

os minicursos, a associação tem como

diretoria?

a cultura da iluminação no país. Uma

objetivo ampliar a cultura do projeto de

Paula Carnelós: Associei-me à AsBAI em

renovação que podemos citar, em fun-

iluminação no país, dando ferramentas e

2010. Em 2012, o Rafael Leão, na época

ção da evolução das tecnologias, foi a

base teórica para o aprofundamento pro-

presidente, me convidou para colaborar

implantação de um processo de trabalho

fissional daqueles interessados pela luz.

com a Diretoria Social. Em 2014, formou-

virtual, dinâmico e flexível. A Associação

Para 2017, estudaremos outros locais

-se um grupo – que foi eleito – e do qual

continua a ter uma estrutura (sede em

para a realização dos minicursos e outras

eu participei como Diretora Social na

co-working, com secretária) e uma base

atividades educativas. É importante dizer

gestão 2014-2015.

virtual, onde conseguimos trabalhar in-

que buscamos sempre engajar os nos-

dependentemente de onde estivermos.

sos associados locais, buscando apoio para a realização do curso. É uma forma

Lume Arquitetura: Como se tornou presidente da AsBAI? Explique-nos este

Lume Arquitetura: Nas últimas duas ges-

de os associados contribuírem para a

processo.

tões da AsBAI, das quais você participou,

realização de algumas atividades, pois

Paula Carnelós: Este grupo que se

quais foram as principais ações realizadas

a AsBAI não é feita apenas pelo trabalho

formou na AsBAI, do qual eu faço parte,

pela associação?

da diretoria. Outras ações importantes

segue relações muito horizontais. As

Paula Carnelós: Participei de duas ges-

são eventos de final de ano para os

estratégias para o biênio são discutidas

tões. Na primeira, como colaboradora

associados e patrocinadores, como a

e decididas em grupo e os processos

da diretoria social (2012-2013) e, na se-

apresentação do documentário The City

de trabalho são divididos em equipes,

guinte, como diretora social (2014-2015).

Dark, e o evento Diálogos de Luz, com o

duplas, dependendo do tema e da ne-

Independentemente de ser colaboradora

fotógrafo Ding Musa e o artista Cláudio

cessidade. Isso faz com que a troca de

ou diretora, participei do desenvolvimento

Alvarez; a participação e o apoio ao Comi-

informações e experiências seja muito

de praticamente todas as atividades,

tê Iberoamericano para o EILD 2014, que

rica. No momento que formamos a chapa,

junto com os meus colegas, na época,

ocorreu em Medellin; apoios a eventos e

o meu nome foi indicado pelo próprio gru-

colaboradores ou diretores. As principais

programas nacionais como LED Fórum e

po e foi assim que eu me candidatei. Foi

ações foram realizadas com objetivo

as atividades desenvolvidas pela Exper,

muito gratificante ter o reconhecimento

de aproximar o associado, a indústria

e internacionais, como PLDC, LIGHTFAIR

dos meus colegas e parceiros!

e a sociedade através da troca. É muito

e Noche Zero.

importante para este grupo, a troca de

Em 2014, deu-se início às Reuniões

Lume Arquitetura: Desde 2012, com a

informações e de experiências. Nesta

Abertas da AsBAI, que é um encontro

entrada de Rafael Leão na presidência

linha, desenvolvemos alguns trabalhos,

anual onde recebemos associados, in-

da associação, houve uma renovação da

tais como três Workshops Internacionais,

teressados, pessoas ligadas à indústria,

diretoria com profissionais mais jovens,

sendo o primeiro com o professor Jan

etc., com intuito de ampliar as trocas de

como você, Fernanda Carvalho, Diana

Ejhed, do Laboratório da KTH – Suécia; o

experiências, validar ações, ou seja, um

Joels, Mariana Novaes, entre outros. O

segundo com o grupo Lighting Detectives

momento imparcial onde todos podem

que isso trouxe de novo?

+ Light up Ninja, representado por Kaoru

contribuir para a discussão e busca de

Paula Carnelós: Falar de renovação é

Mende e Noriko Igashi – Japão; e o tercei-

novos horizontes para a profissão.

um pouco complicado, pois entendemos

ro com o coletivo Social Light Movement,

Todas estas ações foram possíveis

que todas as diretorias, em suas gestões

com Elettra Bordonaro (Itália) e Isabelle

graças ao apoio e participação dos nos-

anteriores, fizeram o seu melhor e se

Corten (Bélgica). Este último fez parte

sos patrocinadores, que contribuem na

comprometeram com as suas estraté-

do calendário do Ano Internacional da

discussão de ações conjuntas ao longo

gias. Quem pode quantificar e qualificar

Luz – IYL2015 (International Year of Light).

de reuniões programadas durante o ano.

se houve renovação são os associados

Todos eles seguiram a temática de

que se beneficiam das ações de cada

sensibilização do olhar sobre a ilumina-

Lume Arquitetura: Neste período houve

gestão. Este grupo, que começou na

ção urbana, definida como estratégia pelo

a polêmica Resolução 51 do CAU. Como

gestão do Rafael Leão, está sempre junto.

grupo da diretoria. Desde 2013, minicur-

a AsBAI se posiciona nesta questão? É a

Conta com pessoas muito engajadas,

sos são ministrados por Diana Joels, hoje

favor de manter o projeto luminotécnico

que criaram uma disponibilidade semanal

diretora cultural, em São Paulo e Rio de

como atribuição exclusiva dos arquitetos?

L U M E ARQUITETURA

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Paula Carnelós: A Resolução 51 surgiu

mudar uma lei aprovada pelo Congresso

Ibero-americano de Lighting Design – é

no momento em que os arquitetos e

Nacional. A AsBAI entende que seu papel

um evento de formato diferenciado, uma

urbanistas criaram seu próprio Conselho

no momento é de abrir o debate sobre

mistura de palestras, jogo, mostra de

e, ao fazerem isso, buscaram abranger

o tema nas suas variadas nuances, não

projetos ibero-americanos, percursos

todas as áreas de atuação dos arquitetos,

deixando de zelar pelo fortalecimento da

sensoriais e investigativos pela cidade,

incluindo o que definem como “arquite-

profissão de lighting designer no Brasil.

intervenções urbanas, cinema, experi-

tura de iluminação”. Foram vitoriosos ao

ências sensoriais sobre a luz e interação

transformar essa determinação em lei, e

Lume Arquitetura: Quais seus planos e

esse foi um processo ocorrido em âmbito

expectativas como presidente da AsBAI?

Encontro, o EILD busca reunir profissio-

federal. A participação da AsBAI na época

O que pretende realizar durante estes

nais e estudantes de diversas disciplinas

foi técnica: forneceu uma série de insu-

dois anos?

e culturas para a ampla discussão sobre

mos teóricos sobre a profissão, ajudando

Paula Carnelós: Temos como compro-

processos criativos, incentivando a troca

a equacionar inclusive as competências

misso dar um passo a cada ano. Este

de experiências e impressões entre os

profissionais necessárias ao exercício da

ano, o nosso objetivo é dar continuidade

participantes e a cidade. O envolvimento

profissão. O texto final do CAU, se por

aos projetos consolidados, como as ati-

da Associação no EILD é total e vai ao en-

um lado ajudou muito no fortalecimento da profissão ao valorizar a seriedade de quem a pratica, por outro representou uma linha de corte grosseira, ao criar dificuldades a muitas pessoas que já vinham exercendo a profissão com competência, independentemente de sua graduação. A AsBAI respeita a legislação brasileira, mas entende que o mercado de proje-

A AsBAI respeita a legislação brasileira, mas entende que o mercado de projetos de iluminação no Brasil é diversificado e heterogêneo.

contro dos objetivos estabelecidos para esta gestão. Como mencionei, a AsBAI é a instituição realizadora do evento e praticamente todos os membros da diretoria são responsáveis por alguma atividade. Por exemplo, no comitê, eu cuido da parte de Comunicação, Mariana Novaes é responsável por Parcerias e Apoio, Diana Joels pelo editorial, Fernanda Carvalho

tos de iluminação no Brasil é diversificado

vidades educativas e sociais, implantar

por logística, Rafael Leão e Leticia Mariot-

e heterogêneo, sendo desempenhado

projetos de aproximação com as mídias,

to pela administração e Mônica Lobo por

por profissionais de diferentes capaci-

a indústria e a sociedade, reforçando a

patrocínios e coordenação geral.

tações e formações. Acreditamos que

imagem do profissional de iluminação

ainda há a necessidade de discutir mais

no cenário nacional e internacional. A

Lume Arquitetura: Como é a relação en-

intensamente quais requisitos básicos

AsBAI realiza este ano o EILD – Encontro

tre a AsBAI e outras associações ligadas

devem ser atendidos por um profissio-

Ibero-americano de Lighting Design – que

ao mercado de iluminação, como a Abilux

nal que pretende realizar um projeto de

acontecerá em Ouro Preto. Este evento

e a ABIlumi?

iluminação. Desde o início de 2016, Gil-

está sendo muito importante para a

Paula Carnelós: Com a Abilux participa-

berto Franco, vice-presidente da AsBAI,

Associação, pois, através dele, conse-

mos pontualmente de algumas atividades

a diretora social Fernanda Carvalho e

guimos expandir o nome da AsBAI nos

em conjunto. Já com a ABIlumi, no mo-

a membro profissional Cláudia Borges

dois cenários.

mento, a relação é inexistente. Pretende-

Shimabukuro, além dos arquitetos Da-

Através da realização do EILD, perce-

niel de Riggi e Maiquel Alexandre Alves,

bemos a receptividade que a Associação

participam de um Grupo de Trabalho, a

tem, em outros países, devido ao trabalho

convite do CAU – SP, com objetivo de se

iniciado pelos nossos antecessores. É

Lume Arquitetura: A Associação partici-

debruçar sobre as particularidades e a

muito gratificante perceber que o trabalho

pou do processo de regulamentação das

atuação dos profissionais da área.

da AsBAI perdura ao longo das gestões

lâmpadas LED no país? Está envolvida

e do tempo.

com a certificação das luminárias LED?

O CAU é uma Autarquia Federal que regulamenta e fiscaliza o exercício

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com soluções de iluminação. Sendo um

mos nos organizar para gerar um diálogo mais próximo entre todas as entidades.

Paula Carnelós: Não participamos da

profissional da arquitetura e do urba-

Lume Arquitetura: Em setembro acon-

regulamentação, mas a diretoria está

nismo desde 2010. Já a AsBAI é uma

tecerá o EILD 2016, em Ouro Preto-MG.

se organizando para que um de nossos

Associação que reúne profissionais que

Fale sobre o envolvimento da AsBAI neste

integrantes esteja sempre envolvido nos

se dedicam à ciência e à arte da ilumi-

evento.

diversos processos de certificação e re-

nação e, portanto, não tem poder para

Paula Carnelós: O EILD – Encontro

gulamentação que envolvem a profissão.

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acontecendo

Estilo Luz Brasil 2016 fortalece cultura de iluminação em Porto Alegre A segunda edição do Estilo Luz Brasil, realizada pelo escritório Eduardo Becker – Atelier de Iluminação, SERGS (Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul) e Rádio Arquitetura, nos dias 18 e 19 de maio de 2016, no Centro de Eventos Plaza São Rafael, em Porto Alegre (RS), atraiu mais de 150 pessoas de todo o país interessadas em adquirir conhecimento em iluminação. “Desde que a gente iniciou o Estilo Luz Brasil, no ano passado, tenho percebido no dia a dia da cidade que as pessoas têm se envolvido muito mais com iluminação. Atingimos o objetivo inicial, pois notamos que a cultura de iluminação mudou muito no Rio Grande do Sul e também no Brasil, já que temos pessoas que vieram do Ceará, de Minas Gerais, do Paraná, e de outros locais para as palestras”, afirmou Eduardo Becker, titular do escritório Eduardo Becker Atelier de Iluminação e organizador do evento. A revista Lume Arquitetura, como mídia partner do evento, abriu o primeiro dia de palestras com a apresentação “Revista Lume Arquitetura e a importância da mídia segmentada”, ministrada pelo editor Erlei Gobi. Depois ocorreram mais cinco palestras no mesmo dia e outras cinco, no dia seguinte, além de uma mesa redonda. “Estou emocionado! Não sei se mais ou menos do que no ano passado; é difícil mensurar. Na primeira edição, deu tudo muito certo e este ano seguimos o mesmo caminho, apesar da temida crise. Tivemos algumas evoluções, como a mesa redonda; a rádio está mais bem ambientada; temos mais câmeras para gerar mais quantidade de vídeos; a grade de palestrantes é tão boa quanto à do ano passado; a Lume Arquitetura novamente cobrindo o evento... Então estou muito feliz, como criança na loja de brinquedos”, disse Eduardo. Ainda segundo o organizador do evento, a ideia inicial era tornar o Estilo Luz Brasil um evento itinerante para todo o Brasil a partir de 2017, mas devido à crise, a próxima edição ainda será em Porto Alegre, porém com novidades. “Para o ano que vem, vamos inovar. Reuni-me com o presidente do CAU-RS e da SERGS e vamos realizar os dois dias de palestras no segundo semestre, provavelmente em outubro, e faremos um evento que envolva a cidade toda paralelamente ao Estilo Luz Brasil. A ideia é criar algo parecido ao Luminale, que ocorre em Frankfurt na época da Light + Building. Este será um grande desafio que envolverá toda a comunidade”, finalizou.

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www.eduardobecker.com/estiloluzbrasil2016

www.facebook.com: Estilo Luz Brasil www.radioarquitetura.com.br 1

1 – Eduardo Becker, ao centro, junto com participantes do evento.

3

4

2 – Participantes atentos durante uma das palestras do Estilo Luz Brasil.

4 – Erlei Gobi ao lado de Eliane Berti Marzotto, Claudio Leindecker e Sananda Nogueira Munhoz, ganhadores do livro Luz e Arte durante sorteio na palestra. 10

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Fotos: Sérgio Ordobás

3 – Erlei Gobi, editor da revista Lume Arquitetura, durante sua apresentação.



acontecendo

Stella unifica suas marcas A Stella Design (luminárias decorativas) e Stellatech (lâmpadas e luminárias LED), uniram suas forças e agora a marca é apenas Stella. Com o slogan “Ideias Luminosas”, a empresa especializada em iluminação com diodos emissores de luz, sediada em Sapiranga (RS), apresenta nova logomarca com o intuito de se reposicionar no mercado luminotécnico nacional. Esse processo se reflete também na nova divisão de produtos da Stella, classificados agora em lâmpadas, luminárias, jardim, fitas, trilhos e decorativa. De acordo com Fernando Berlitz, diretor de Pesquisa & Desenvolvimento da empresa, a marca segue um caminho natural de reposicionamento depois de se consolidar no mercado para se comunicar melhor com seu público. “A qualidade e a inovação seguem sendo a essência da empresa, mas o que vai mudar é a forma de falar com o nosso consumidor”, disse. www.stella.com.br

Startup da GE lança fábrica de LED no Brasil A Current, startup focada em soluções de eficiência energética da GE, lançou sua primeira fábrica de LED na América Latina, situada em Taubaté, em São Paulo. Essa unidade do interior da capital paulista passou a pertencer à estrutura da GE com a aquisição do negócio de energia da Alstom, no final de 2015, e foi escolhida para esta linha de produção por sua capacitação tecnológica e sua localização – perto de portos, aeroportos e rodovias importantes do país. Segundo a empresa, a decisão ocorre em um momento no qual os projetos de iluminação pública crescem na América Latina e já existem mais de 80 parcerias público-privadas para conversões de LED em andamento só no Brasil. Ainda de acordo com dados fornecidos pela Current, a adoção de LEDs na América Latina cresceu em mais de 20 vezes nos últimos seis anos e, em 2017, deve ter um aumento de 37% em comparação com 2016. “A iluminação de LED, que consome pelo menos 30% menos energia do que as soluções de iluminação tradicionais, deverá atingir mais de 80% do mercado até 2025. A Current continua a liderar esta mudança de tecnologia, e estamos animados em fazer esse investimento em resposta à crescente demanda do mercado de clientes comerciais, industriais e municipais em toda a região”, disse Rodrigo Martins, presidente e CEO da Current na América Latina. Um dos primeiros projetos concluídos na nova unidade será a produção de LEDs que a GE irá doar para a cidade do Rio de Janeiro. A fábrica também produzirá luminárias de vias públicas para várias cidades de países da América Latina, acelerando projetos de IP na região. www.gelighting.com

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OBT 1534 36W

2970W

OBT 1514 12W

990W

Produtos que valorizam a eficiência do LED

Em 2016 nos visite: Tivoli Mofarrej Conference Hotel São Paulo | Brasil

18 e 19 de Agosto de 2016


capa

Forte em Salvador Por Erlei Gobi Fotos: Rubens Campo

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L U M E ARQUITETURA

Iluminação 100% LED com telegestão valoriza arquitetura colonial do Forte Santa Maria


O Forte Santa Maria, localizado ao largo da praia do Porto da Barra, em Salvador (BA), foi totalmente revitalizado para abrigar o Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana e, neste contexto, a iluminação assinada pelo lighting designer Marco Guarneri, consultor técnico da Power Lume em Salvador (BA), teve papel fundamental na valorização tanto da área externa do edifício histórico quanto das imagens produzidas por profissionais regionais, com destaque ao trabalho do fotógrafo e etnógrafo franco-brasileiro que dá nome ao espaço. L U M E A R Q U I T E T U R A 15


A revitalização do Forte Santa Maria foi

cruzava fogos na defesa da barra do porto da

realizada por meio da Secretaria Municipal de

Vila Velha, local de desembarque do primeiro

Manutenção (Seman) e faz parte do projeto

donatário da Capitania (Francisco Pereira

de revitalização dos Fortes da capital baiana,

Coutinho, 1536), do primeiro governador-ge-

que também englobou o restauro do Forte de

ral (Tomé de Sousa, 1549) e da primeira das

São Diogo, onde agora funciona o Espaço

Invasões holandesas do Brasil (Johan van

Carybé de Artes. Já os projetos expográficos

Dorth, 1624). Após a reconquista portuguesa

foram implantados sob a responsabilidade

de Salvador, essa primitiva estrutura do Forte

da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo

foi reformada entre 1625 e 1627. Foi tombado

(Secult). Os dois Fortes foram reinaugurados

a partir de 1938 pelo Iphan (Instituto de Patri-

em 12 de maio de 2016, dentro da programa-

mônio Histórico e Artístico Nacional).

ção de aniversário de 467 anos de fundação

Segundo Marco, toda esta rica história do

de Salvador, e tiveram um investimento de

Forte precisava ser valorizada pela ilumina-

aproximadamente 5,3 milhões de reais.

ção: “A ideia era gerar uma iluminação cênica com uma temperatura de cor que não desca-

Forte Santa Maria

racterizasse a arquitetura colonial. Houve até o pedido de uma iluminação com troca de

Erguido a partir de 1614, constituiu um comando unificado, entre 1624 e 1694,

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cores, mas eu não aconselhei”. Para chegar a este objetivo, o lighting

juntamente com o Forte de Santo Antônio da

designer instalou projetores LED lineares

Barra e o Forte de São Diogo, com os quais

de 36W/25º a 2700K na base das fachadas

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Acima, projetores LED lineares de 36W/25º a 2700K na base das fachadas frontal e laterais lavam com luz todo o edifício principal.


Acima, embutidos de piso de 20W/10º a 2700K fazem uplight na parede do fundo do edifício e valorizam o coqueiro existente no espaço. Ao lado, spots direcionais com LEDs de 9W 25º a 2700K sobrepostos no forro iluminam a entrada do Espaço Pierre Verger da Fotografia.

frontal e laterais da edificação lavando com luz todo o edifício principal, além de perfis de LED de 9W a 2700K para destaque contínuo das canhoneiras laterais e no fundo das vigias. “O conceito foi iluminar o Forte como um todo. Além disso, os projetores e os fios foram pintados na mesma cor da fachada para que fossem imperceptíveis durante o dia, não descaracterizando sua arquitetura”, explicou o lighting designer. A rampa de acesso ainda recebeu balizadores LED de 3W aplicados nas paredes. Outro detalhe importante do projeto é o controle da luz, já que toda a iluminação externa possui telegestão. “A fachada principal do Forte recebe projeções durante a noite. Com este sistema é possível controlar a iluminação à distância e a qualquer momento e fazer uma programação para que ela se apague nos horários em que acontecem as projeções. Além disso, permite saber se algum projetor apresentou problemas, além de possibilitar a dimerização e cenas de toda a iluminação. Conseguimos controlar a iluminação em quatro L U M E A R Q U I T E T U R A 17


No detalhe, luminárias instaladas cuidadosamente no terreno do sítio arqueológico. Na foto maior, iluminação das ruínas perimetrais.

circuitos, na fachada frontal do Forte, nas

Este ambiente foi iluminado de três

laterais da casa principal e no fundo”,

maneiras. Para iluminação indireta e

detalhou Marco.

geral, uma luminária com placas de

Na área interna do Forte, embutidos

LED de 30W a 2700K, em formato de

de piso de 20W/10º a 2700K fazem

pá, joga luz para o forro de ripas de ma-

uplight na parede do fundo do edifício e

deira. Para luz pontual, valorizando os

valorizam o coqueiro existente no espa-

quadros e elementos expostos no es-

ço. Como neste ambiente há também um

paço, optou-se por projetores em trilhos

bistrô, balizadores de 50W/60º a 2700K –

eletrificados com lâmpadas LED AR

controlados por telegestão e dimerizáveis

111 de 14W e foco recuado para evitar

– aplicados nas pontas das canhoneiras

ofuscamento. Já para gerar destaque

proporcionam conforto visual e boa am-

nos painéis com interação virtual, foram

bientação aos visitantes.

aplicadas fitas de LED de 4,5W/m em

Espaço Pierre Verger da Fotografia recebeu três tipos de iluminação: indireta e geral, por luminária em formato de pá com placas de LED de 30W a 2700K; direta, por projetores em trilhos eletrificados com lâmpadas LED AR 111 de 14W; e de destaque nos painéis, por fitas de LED de 4,5W/m em suas partes inferiores.

sua parte inferior, soltando-os do solo. Espaço Pierre Verger da Fotografia

A loja do Espaço de exposições, localizada no andar térreo, recebeu

O andar superior do edifício abriga

18

spots direcionais com LEDs de 9W/25º

a exposição permanente de imagens de

a 2700K sobrepostos no forro. “Todo

fotógrafos baianos, com destaque para

o projeto de iluminação, tanto da área

Pierre Verger, além de mostras virtuais,

externa quanto da interna, é 100% LED,

exposições temporárias e eventos pon-

ou seja, possui baixíssima tensão e

tuais. O espaço de 94 metros quadrados

longa durabilidade. Todos os produtos

fica aberto ao público das 11 às 19

são de fabricação nacional e trabalha-

horas, todos os dias, com exceção das

dos em conjunto com a fábrica para a

terças-feiras, e o ingresso custa 20 reais

customização e adequação ao projeto”,

(inteira) e 10 reais (meia).

finalizou Marco.

L U M E ARQUITETURA

Ficha técnica Projeto luminotécnico: Marco Guarneri/ Consultor técnico da Power Lume – Salvador (BA) Projeto arquitetônico: SQ+Arquitetos Associado LEDs: Power Lume



case

Hospital em SĂŁo Paulo Por Erlei Gobi Fotos: Demian Golovaty

Qualidade de luz proporciona bem-estar e conforto aos pacientes e funcionĂĄrios do 9 de Julho


Nos

últimos anos, a iluminação tem adquirido um papel fundamental no

conceito de modernização dos hospitais. O novo cenário é projetar o edifício hospitalar com a premissa de qualidade de luz, promovendo bem-estar e conforto ao paciente e desenhando ambientes com iluminâncias adequadas para as tarefas da equipe médica e de enfermagem. Essa premissa norteou o projeto de iluminação assinado por Neide Senzi, titular do Senzi Consultoria Luminotécnica, na nova torre-edifício do Hospital 9 de Julho, com 22 mil metros quadrados, na capital paulista. “Temos estabelecido este conceito em hospitais não é de hoje, já tem mais de 20 anos. Recebemos feedback do que funcionou e do que não funcionou em nossos projetos, com respostas dos profissionais e usuários. Gosto de usar luz como um efeito visual interessante e de desconectar a relação do hospital com a luz, logo, nada no hospital tem de parecer com hospital. A ideia é que ao entrar no espaço ou ver fotos dele o paciente não saiba se é um hospital, um edifício comercial ou um hotel. A imagem desassociada de um hospital é o grande norte do nosso trabalho”, explicou a lighting designer. Outras preocupações do projeto luminotécnico foram sua manutenção e consumo energético, alcançando inclusive a certificação LEED, como conta Neide: “Entendemos que hospital é um negócio, independentemente de ser privado, público ou beneficente. Ou seja, ele precisa ser gerido como uma empresa. Propor a otimização de energia é sine qua non, já que seu custo operacional é o mais alto de todas as áreas de negócios, porque funciona 24 horas por dia, sete dias por semana. É preciso trabalhar com lâmpadas de longa vida útil, baixa potência e fácil reposição e manutenção, L U M E A R Q U I T E T U R A 21


porque um sistema de iluminação complexo que demanda a parada de um quarto para fazer manutenção é tempo e dinheiro perdido. O hospital pensa na questão financeira como fluxo permanente e contínuo, sai um paciente, entra outro. Imagine o prejuízo que causa ao hospital parar uma sala de cirurgia por algumas horas para manutenção de iluminação”. Fachada e lobby A quebra da imagem do hospital como a maioria das pessoas conhece – branco, frio e afugentadora – já é quebrada na

22

fachada do 9 de Julho. A iluminação da

A porta de entrada do hospital foi

marquise foi desenhada especialmente

tratada como um pórtico pelos projetos

para este projeto. “Utilizamos o perfil

de arquitetura e iluminação. A lighting

metálico de sua própria estrutura e fizemos

designer projetou um nicho na parede de

o fechamento com tela tensionada translú-

mármore, quase como uma sanca vertical,

cida retroiluminada por fita de LED de 10,2

e embutiu em seu interior fita de LED de

W/m a 3000K. Existe uma enorme integra-

10,2 W/m a 3000K, enfatizando os aces-

ção entre a luz e o elemento arquitetônico,

sos no conceito de comunicação visual. A

dando a impressão que a solução foi

fachada recebeu embutidos de piso nos

concebida junto com a marquise”, detalhou

pilares com LEDs de 14W a 4000K, e ainda

Neide. Completam a solução, projetores

há balizadores na entrada do hospital com

embutidos com LED PAR de 10W a 3000K

LEDs de 3W a 3000K e nas rampas de

para luz direta.

acesso com o mesmo tipo de solução para

L U M E ARQUITETURA

A iluminação do Hospital 9 de Julho foi projetada para que ele não tivesse “cara” de hospital. No detalhe, pórtico de entrada iluminado por uma fita de LED de 10,2 W/m a 3000K dentro do nicho da parede de mármore.


facilitar a acessibilidade. “Preocupa-nos

de atendimento e proporcionam luz geral.

como o usuário da cidade vai enxergar

Sobre a área de triagem foi utilizado um

este edifício. Quem o vê de fora acha que

grande pendente linear em perfil extrudado

é um hotel, porque há até um concierge na

com lâmpadas fluorescentes tubulares T5

porta”, disse Neide.

de 25W e 3000K para dar mais intimidade

O lobby do hospital, com pé-direito duplo, foi projetado com o mesmo conceito de empreendimento hoteleiro, com um pai-

Painel gigantesco do artista norte-americano Peter Lik e diversas obras de arte receberam iluminação por projetores com lâmpadas de vapor metálico de 70W instalados em trilho eletrificado para maior flexibilidade de focagem, criando dramaticidade e dando a impressão de ser uma galeria de arte.

e iluminar todos os boxes de atendimento uniformemente. O painel do artista norte-americano

nel gigantesco do artista norte-americano

e as demais obras de arte receberam

Peter Lik, diversas obras de arte e desenho

iluminação por projetores com lâmpadas

arquitetônico diferenciado. “Sabíamos

de vapor metálico de 70W instalados em

da dificuldade de iluminar este pé-direito

trilho eletrificado para maior flexibilidade de

duplo por conta da manutenção, então

focagem, criando dramaticidade e dando

fizemos uma iluminação vertical na plati-

a impressão de ser uma galeria de arte. “O

banda da recepção, com perfis lineares de

painel é pintado em um material que gera

sobrepor com LEDs de 10W/m a 3000K

efeito backlight. Testamos LEDs indicados

que se encontram com as linhas de luz do

para museus, mas não funcionou, não

forro da área com pé-direito simples. Elas

gerou destaque à obra. A única fonte de

têm a mesma linguagem linear e difusa,

luz que conseguiu gerar efeito de brilho foi

tanto no foyer quanto na área de recepção

a lâmpada de vapor metálico. A tempera-

e triagem”, afirmou a lighting designer.

tura de cor esta padronizada com a das

Pontos focais de luz com embutidos de LED de 20W a 3000K destacam o balcão

áreas sociais do hospital, em 3000K”, disse Neide.

L U M E A R Q U I T E T U R A 23


Circulação O conceito de linhas de luz aplicado no

Segundo Neide, na área de internação

lobby foi replicado nas áreas de circulação.

o conceito de linhas foi alterado para algo

O hall dos elevadores – com poltronas

mais orgânico: luminárias como “bolas de

para conforto dos usuários e café – possui

luz” sobrepostas no teto, com diversos diâ-

linhas de luz horizontais descendo pela

metros e alturas e lâmpadas fluorescentes

parede, na vertical, com luminárias de so-

tubulares T5 de 14W e 25W a 3000K. “Essa

brepor translúcidas e equipadas com LEDs

solução nas áreas de enfermaria diferencia a

de 10W/m a 3000K encaixadas em perfis

parte de internação das outras, como circu-

de alumínio. “Uni os elementos vertical e

lação, triagem e atendimento”, afirmou. Nos

horizontal da entrada e apliquei nas áreas

corredores com forro modulado optou-se

de circulação”, explicou a lighting designer.

por usar luminárias difusas em LED de 14W

Nas passarelas de interligação entre o novo prédio e o antigo aplicaram-se linhas horizontais de luz nas paredes com lumi-

24

Internação e quartos

a 4000K “com um formato parecido com uma asa, bem orgânico”, complementou. Há dois tipos de quartos no hospital: o

nárias lineares de LED de 14W/m a 3000K

standard e o VIP. Os 112 quartos standard

com fechamento em difusor translúcido.

estão divididos em sete pavimentos e pos-

“Optamos por esta solução sobreposta

suem seis cenas de luz em cada um deles,

pela dificuldade de utilizar o forro, já que o

dando ao usuário o domínio da iluminação.

pé-direito é baixo e não podíamos embutir

Logo na entrada do quarto há um baliza-

nada por conta das instalações prediais”,

dor de vigia com duas fontes de luz: T5 de

contou Neide. No corredor que liga o novo

25W a 3000K, para luz geral, e um ponto de

prédio ao antigo a lighting designer insta-

LED de 3W a 3000K, integrado, jogando luz

lou linhas de luz no teto com sobrepostos

para o chão. “Quando a enfermeira entra

equipados com fluorescentes tubulares T5

no quarto aciona apenas esta iluminação,

de 25W a 4000K, remetendo ao conceito

não incomodando o paciente”, informou a

dos corredores novos.

lighting designer.

L U M E ARQUITETURA

O hall dos elevadores possui linhas de luz horizontais descendo pela parede, na vertical, com luminárias de sobrepor translúcidas e equipadas com LEDs de 10W/m a 3000K encaixadas em perfis de alumínio.


O quarto standard possui ainda iluminação hoteleira no painel atrás da cama, com arandelas com LED de

Passarelas de interligação entre o novo prédio e o antigo com linhas horizontais de luz nas paredes com luminárias lineares de LED de 14W/m a 3000K e fechamento em difusor translucido.

12W a 3000K; luz no teto com MR 16 LED de 7W/36°, dimerizável; e sancas embutidas equipadas com fita de LED de 10W/m a 3000K. Uma lumi-

um ponto geral no centro e um ponto

nária acima do leito com T5 de 13W

dentro do boxe com embutidos de

a 3000K e dimerizável proporciona

LED de 11W a 3000K para assepsia

duas cenas: uma jogando luz para a

do paciente.

parede e gerando conforto e outra,

Os oito apartamentos VIPs pos-

com luz para a cama, para iluminar

suem a mesma configuração de

os procedimentos a serem feitos no

iluminação na área do paciente, e uma

paciente pelo enfermeiro. Há também

área de estar para os acompanhantes

luz pontual com MR 16 LED de 7W/36°

– com closet, espaço social e banheiro

para o acompanhante.

– que pode ser separada do restante

Por uma recomendação da Anvisa

do ambiente por uma porta de correr.

é preciso ter iluminação pontual no

No estar, há uma sanca invertida atrás

lavatório, já que grande parte das

do sofá com fita de LED de 10W/m a

ocorrências de infecção hospitalar se

3000K; dois embutidos no teto para

dá pela falta de assepsia da equipe

luz focal e um embutido na mesa de

de enfermagem e médica. Esta é uma

refeições com MR 16 LED de 7W/36°,

regra geral no hospital; todos os lava-

além de arandelas com LED de 12W

tórios, nas áreas cirúrgicas, de enfer-

a 3000K e um abajur para leitura com

magem e de procedimentos recebem

fluorescente compacta de 20W a

este ponto de luz com MR 16 LED de

2800K. “Tentamos definir que o padrão

7W/36°. No banheiro, foi instalada uma

da iluminação tem que ser ditado pelo

luminária linear semiembutida em cima

paciente, e não pelo hospital”, enfati-

do lavatório com T5 de 13W a 3000K,

zou Neide.

Ficha técnica Projeto luminotécnico: Neide Senzi/ Senzi Consultoria Luminotécnica Projeto arquitetônico: Fiorentini Arquitetura Interiores: Solange Medina/ New Space Projetos e Decorações Luminárias LED: Omega Light e Philips LEDs: Philips Luminárias: Delta/On Light, Alloy, Eurolighting, Omega Light, Vichenza, Sylvania e JDP Lâmpadas: Philips e Osram Tela tensionada: DPS Brasil

L U M E A R Q U I T E T U R A 25


lançamentos

Mistura de alumínio e madeira Fabricado em alumínio repuxado e madeira de pinheiro de cultivo certificado, o pendente Castaña, da linha Coníferas, da Sylvania, conta com a voltagem de 120V e bocal E 27 para utilização de uma lâmpada fluorescente ou LED. O comprimento máximo do cabo de sustentação alcança 1,5 m e é indicado para ambientes residenciais, comerciais e hotéis. www.sylvania-americas.com

Equivalente à halógena O projetor LED Slim, da Ourolux, tem 100W/120° a 6500K e equivale a uma lâmpada halógena de 1000W. Com eficiência luminosa de 70lm/W, conta com IP 65, 30 mil horas de vida útil e é indicado para quadras esportivas, fachadas e estacionamentos. Vale ressaltar que o produto é uma extensão da linha que já conta com as versões de 30W, 50W e 70W. www.ourolux.com.br

Curvas e retas Com design entre curvas e retas, acabamento em alumínio injetado e pintura microtexturizada na cor branca, a arandela Helix, da Romalux, tem 6W/95° a 3000K com fluxo luminoso de 580 lumens. Indicada para ambientes internos e externos, a peça tem IP 54, IRC 80 e 20 mil horas de vida útil. www.romalux.com.br

Para ambientes internos Indicado para áreas internas como balcão americano ou mesa de jantar, o pendente Silhouette, da Directlight, tem acabamento usinado em alumínio, dissipador com pintura eletrostática e lente difusora em acrílico. Medindo 15 cm x 4,2 cm, o produto ainda traz canopla, quatro LEDs totalizando 5W e driver integrado. www.directlight.com.br

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evento internacional

Lightfair San Diego Edição 2016 destaca luz e tecnologia, inaugura Fórum de IoT e oferece mais 200 horas de cursos e seminários Por Maria Clara de Maio

A convergência de luz e tecnologia marcou cada dimensão

82 cursos. Além da introdução do IoT & Smart Lighting Forum

da LIGHTFAIR International 2016 com a introdução de novos

neste ano, outras novidades incluíram o tema Luz e Saúde,

produtos, novos conceitos de design e nova conectividade,

sessões adicionais de uma hora, 90 minutos de tour da feira

mostrando um nítido caminho para o futuro. A maior Lightfair

para a estação histórica de bondes de San Diego e tradução

dos seus 27 anos de história ocupou cerca de 25.000 metros

simultânea para o espanhol em oito seminários.

quadrados do excelente e bem-estruturado San Diego Conven-

Lançamento de produtos, encontro de grandes profissionais

tion Center, numa das mais belas cidades da Costa Oeste dos

da indústria e pesquisa de iluminação, e um sem número de

Estados Unidos. Nesta edição participaram 617 expositores,

oportunidades para se conectar com agentes deste setor, cola-

incluindo 102 empresas que pela primeira vez se apresentaram

boram enormemente para a vitalidade e relevância desta feira e

no evento e 117 fabricantes com sede fora dos EUA. A visitação

congresso, ano após ano. LIGHTFAIR International é a maior feira

registrada pelos organizadores foi de 27.628 profissionais.

anual de iluminação comercial e de arquitetura no mundo. Ela é

O currículo da conferência – sem igual em outros eventos de

patrocinada pela International Association of Lighting Designers

iluminação – ofereceu 205,5 horas de educação, distribuídos em

(IALD) e pela Illuminating Engineering Society (IES) e produzida pela AmericasMart® Atlanta. A próxima edição acontecerá na Costa Leste dos Estados Unidos, na cidade de Filadélfia, de 7 a 11 de maio de 2017, no Pennsylvania Convention Center.

Internet das Coisas e Iluminação

Foto: Photo courtesy of LIGHTFAIR® International

Para inaugurar o IoT & Smart Lighting Forum na LIGHTFAIR San Diego – um novo evento de um dia desenhado para explorar o impacto da Internet das Coisas e qual sua relação com a iluminação inteligente – o CEO da Enlighted, Inc. Joe Costello foi convidado como palestrante especial. Costello falou sobre como e porque a indústria de iluminação deve aproveitar a oportunidade do IoT para edifícios comerciais . “A revolução da Internet das Coisas será tão grande quanto a revolução da Internet”, disse Costello. “Eventualmente, cada produto será construído para se conectar. A iluminação é um exemplochave desta possibilidade. Sensores inteligentes instalados em iluminação comercial estão mudando de gestão do edifício tal como a conhecemos”.

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Lux Brasil na LFI 2016: visibilidade e novos negócios Um estande original e charmoso – desenvolvido pelo arquiteto e lighting designer Guinter Parschalk, do escritório studioix, em parceria com o designer Jum Nakao, do Jum Nakao Atelier Criativo – e as empresas brasileiras Accord Iluminação, Geo Luz & Cerâmica e Light Tool compuseram a terceira e bem sucedida participação do Lux Brasil na LIGHTFAIR International. Além de prospectar clientes, que poderão vir a gerar negócios da ordem de 800 mil dólares, as empresas participantes conseguiram iniciar parcerias com um grande showroom norte-americano (Accord); fazer lançamentos de produtos e rodadas de negócios (Light Tool) e consolidar a marca e estabelecer parcerias locais (Geo Luz & Cerâmica). “Foi um sucesso! Proporcionou ainda mais visibilidade aos produtos brasileiros, pois o estande chamou muito a atenção dos visitantes”, comentou Daniela Felipe, gerente do Lux Brasil. “Conseguimos referenciar o ‘Brasil pronto para exportar’, explorar a capacidade de customização das empresas brasileiras e ainda o potencial e a integração, tanto de produtos handmade como produtos com mais tecnologia agregada”, afirmou. Pela primeira vez como expositor na LIGHTFAIR, a empresa Light Tool está entusiasmada com os resultados de sua participação na feira. “Foi um passo importante para expandir os nossos negócios internacionalmente. Estamos fazendo contatos importantes para concretizar esse objetivo e animados com as possibilidades”, afirma Caio Gossn Leite, diretor de vendas da companhia. A Accord Iluminação, também estreante, conseguiu fechar uma parceria para mostrar os produtos em showroom nos Estados Unidos. “Aqui nos EUA, é muito importante ter o produto à vista para o especificador fazer as suas escolhas na hora de desenvolver os projetos”, avaliou Donato Acordi, diretor da empresa. Já para Mayra Saidemberg, diretora da veterana Geo Luz & Cerâmica, que é expositora no Lux Brasil há três edições na LIGHTFAIR, afirma que a participação neste tipo de evento promove a formatação de um modelo de distribuição dentro dos Estados Unidos. “Uma tarefa difícil, mas que estamos conseguindo realizar”, comentou.

Foto: MCM

Foto: LUX BRASIL

Da esquerda para direita: Donato Acordi (Accord Iluminação), Lodomiro Martinkoski (Accord Iluminação), Bernardo Acordi (Accord Iluminação), Caio Gossn Leite (Light Tool), Nayara Pecchia (Geo Luz & Cerâmica), Daniela Felipe (Lux Brasil) e Mayra Saidemberg (Geo Luz & Cerâmica).

Arquitetura e as cidades

Foto: MCM

Bjarke Ingels, renomado e inovador arquiteto dinamarquês, co-fundador do BIG Bjarke Ingels Group, foi um dos mais aplaudidos nesta LIGHTFAIR 2016, como palestrante especial dos Keynotes Luncheon. Sua vibrante apresentação “Social Infrastructure” falou sobre como a infraestrutura construída do passado pode renascer como formador social e cultural. Lembrou que é preciso pensar proativamente a cidade como uma plataforma da arquitetura se tornar uma parte pró-ativa da esfera pública.

O Prêmio LFI de Inovação destacou o melhor em inovação de novos produtos. Recebeu 275 inscrições de 142 empresas em 15 categorias, que foram julgadas por um painel composto de profissionais de iluminação independentes. O grande vencedor foi a Philips, com a luminária Gardco SoftView LED para garagens e estacionamentos. A lista completa de inscrições e vencedores está disponível em www.lightfair.com/lightfair/V40/lia.

Foto: MCM

LFI Awards 2016

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evento internacional

Novas versões dos softwares AGi32 e ElumTools A Lighting Analysts Inc., empresa norte-americana que desenvolve e distribui os softwares AGi32 e ElumTools para o cálculo e visualização de projetos de iluminação, lançou na LIGHTFAIR International 2016 as novas versões dessas ferramentas de trabalho, introduzindo importantes funcionalidades visando incrementar os seus recursos e a produtividade de lighting designers e profissionais de iluminação em geral na elaboração de seus projetos. O Software AGi32, bastante conhecido no mercado, vem sendo desenvolvido há 32 anos, é disponível em plataforma monousuário ou no modo compartilhado mediante gerenciamento via internet ou via aplicativo instalado no servidor de rede. Destina-se ao cálculo, visualização e análise de projetos de iluminação. A versão v17 deste software, recém-lançada, introduz, entre outros, recursos para acelerar o processo de criação de relatórios e memoriais de cálculo formatados via função Page Builder, além de novos comandos destinados a potencializar a produtividade do usuário na execução de seus projetos. O ElumTools é uma ferramenta criada em 2012 destinada a projetos de iluminação em modelos tridimensionais construídos em plataforma Autodesk® Revit® Architecture ou MEP, operando como um add-in deste sistema. Os projetos podem ser elaborados em regime colaborativo, isto é, com a participação simultânea das várias disciplinas envolvidas. Esta é uma característica típica de sistemas que empregam a tecnologia BIM (Building Information Modeling) definido como uma representação digital em 3D das características físicas e funcionais de um empreendimento (construção), gerando uma base de informações multidisciplinares que são compartilhadas e gerenciadas durante todo o ciclo de vida do empreendimento, desde sua concepção até a sua demolição. As novas versões do ElumTools (para Revit 2017, 2016 e 2015) recentemente lançadas incluem suporte para iluminação exterior, novas métricas e parâmetros de cálculo, possibilidade de criar máscaras e múltipla edição de malhas de pontos de cálculo. As novas versões do AGi32 e ElumTools introduzem um recurso revolucionário – obtido após sete anos de pesquisa e desenvolvimento – que tem a capacidade de gerar um relatório contendo as simulações do aproveitamento da luz natural de hora em hora, ao longo de um determinado período de tempo (até um ano), em ambientes com ou sem iluminação artificial em conjunto. O processo utiliza dados meteorológicos históricos baseados no padrão Perez All-Weather Sky Model com 4.380 soluções para cálculo da iluminância horária ponto a ponto num plano de trabalho. Desde 2002 a Leukom é representante exclusiva da Lighting Analysts no Brasil, estando capacitada a fornecer a assistência necessária a todos os interessados em avaliar o desempenho dessas ferramentas. Mediante acesso aos sites www.agi32.com e www.elumtools.com, o profissional de iluminação pode efetuar o download, instalação e ativação de licenças do AGi32 e ElumTools no modo TRIAL válida pelo período de 30 dias. A partir do site www.leukom.com.br o interessado poderá obter as instruções detalhadas para a operação desses programas. Mais esclarecimentos poderão ser obtidos via e-mail info@leukom.com.br

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L U M E ARQUITETURA


CSL RGBW CYLINDERS Fabricante: CSL – Creative Systems Lighting www.csllighting.com A nova coleção de luminárias cilíndricas da CSL – Creative Systems Lighting, é oferecida em várias opções de cores, todas dimerizáveis. Os novos cilindros em RGBW são compostos por 3 LEDs – um vermelho, um verde e um azul, permitindo a troca da intensidade dos três quando mixados, a gosto do usuário. A adição do LED branco possibilita ao usuário escolher esta cor ou outra combinação de cores.

LED Track Lighting System Flicker FreeTM MR 16 Fabricante: Soraa www.soraa.com A empresa exibiu suas novas lâmpadas LED Flicker FreeTM MR 16, que eliminam o problema do efeito estroboscópico, ou “flicker invisível”, comum em MR 16 LED de outras empresas. Além dessa novidade, as lâmpadas mantêm a assinatura dos produtos da Soraa, que abordam todo espectro de luz visível.

Fabricante: JESCO Lighting Group www.jescolighting.com A linha de LED L156 apresentada pela Jesco na LIGHTFAIR, está disponível em três opções: com um LED de 18W, um LED de 27W ou um LED de 49W, todos com IRC de 80, 90 ou 97. O sistema pode substituir com alta eficiência lâmpadas de vapor metálico e PAR 38 de 70W.

Stack Classic Fabricante: Stack Lighting www.stacklighting.com A Stack Classic é a primeira lâmpada de uso residencial e comercial que inclui rádio frequência com tecnologia de detecção de movimento. Esta tecnologia de detecção integrada é um resultado da abordagem inovadora da Stack de incorporar o sensor diretamente nas lâmpadas, o que permite experiências de iluminação sem impor ao usuário tocar um aplicativo local ou via smartphone. Para impulsionar a adoção de tecnologias de iluminação responsiva, a empresa anunciou recentemente o seu programa de parceiros incluindo Lunera, Plumen e a brasileira Brilia.

MBUL™ Fabricante: Hubbell Lighting www.hubbelloutdoor.com Compacto e versátil, este mini-holofote decorativo em LED é indicado para iluminação de paisagismo, colunas, fachadas e pequenas áreas. Possui IP 65 e substitui lâmpadas HDI de 50W a 70W HID, incandescentes de 100W ou fluorescentes de 84W.

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evento internacional Calx Fabricante: Cerno www.cernogroup.com Disponível em três tamanhos, a linha de pendentes da Cerno – empresa de Irvine, na Califórnia, que estreou na Lightfair nesta edição – possui acabamento em madeira e metal. A fonte de luz em LED emite 215 lumens, em 2700K, e proporciona IRC de 85.

HSL11 Taos Fabricante: Auroralighting www.auroralight.com Especializada em luminárias de cobre e bronze com excelente acabamento, a Auroralighting apresentou, entre seus vários lançamentos, o HSL11 Taos. Versátil e disponível em duas opções de ângulo de facho, utiliza módulos de LED de 2, 4 ou 6W, e também é compatível com halógenas MR 11, configurando-se numa verdadeira luminária híbrida.

POWERSHINE D Fabricante: Griven USA www.griven-usa.com Este projetor duplo produz efeitos de iluminação dramática e elevados níveis de iluminação para a maioria dos projetos arquitetônicos. Contém 96 LEDs de alta potência em RGBW, branco ou branco quente, totalizando 192 LEDs em todo o sistema. Drivers com isolamento térmico garantem a longevidade do produto, bem como seu acabamento em alumínio fundido, hardware em aço inoxidável e lentes em vidro temperado.

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L U M E ARQUITETURA

ARINI Fabricante: HessAmerica, U.S. www.hessamerica.com O sistema de iluminação ARINI é indicado para iluminação de espaços públicos e privados, combinando iluminação e outras plataformas, como dispositivos integrados de comunicação e segurança. Com seis LEDs de alta potência, disponíveis em 3000K ou 4000K e IRC acima de 80, pode oferecer entre 3950 e 4500 lumens.



case

Loja de calçados Por Adriano Degra Fotos: Marcelo Donadussi

Atendimento

34

Projeto de iluminação contribui para nova identidade visual da loja Paquetá, em Porto Alegre

rápido, preciso, e sem filas nos caixas.

Desenvolvido em conjunto com a arquitetura, o projeto lu-

Pensando nesse conceito, a nova unidade da loja Paquetá, marca

minotécnico – realizado pelo lighting designer Marcos Castilha,

do Grupo Paquetá, foi inaugurada no segundo pavimento do

titular do escritório Castilha Iluminação – teve uma importância

shopping Iguatemi, em Porto Alegre, com 340 metros quadrados

singular para o empreendimento e foi produzido para que cada

de área útil. E para proporcionar bem-estar e auxiliar efetivamente

passo e movimento da jornada do cliente na loja pudessem ser

na permanência do consumidor no interior da loja, o proprietário

repletos de conforto e, ao mesmo tempo, ter os produtos valo-

fez questão de ter um projeto de iluminação.

rizados, tudo isso através de luz focada e difusa, combinadas

L U M E ARQUITETURA


Acima, grande pendente formado por um conjunto de formas geométricas retangulares, equipado com bulbo LED de 9W a 3000K, ganha destaque no corredor central da entrada em pé-direito duplo. No detalhe, prateleiras iluminadas através de frisos lineares com fitas de LED de 1300 lm/w.

em doses certas. “Havia a previsão de muitas tipologias de expositores e produtos, bem como um projeto complexo de forro, o qual também fazia parte do ‘VM’, portanto, além de trabalhar com os objetos que ‘acendem’, tivemos que aplicar iluminação direcional para atender todas as necessidades, iluminando os expositores e também os setores onde os clientes experimentam os calçados (ponto importantíssimo da loja) para que tivessem comodidade e total visão no momento da avaliação final da compra”, disse Castilha. Muito mais do que desenvolver simplesmente um projeto de arquitetura, a arquiteta Lisiane Di Corá em conjunto com a equipe multidisciplinar da 2Buy tiveram que pensar e aplicar um projeto de visual merchandising, trabalho que planeja os tipos de expositores, as formas de jornadas dos clientes dentro da loja, a comunicação velada (aquela que não é vista), como ajustar o balcão de recepção, etc. No varejo isso faz muita diferença e auxilia bastante para atingir o sucesso do projeto. “Tínhamos uma planta de forma irregular, ou seja, não era nem quadrada e nem retangular, ela era uma forma linear com um dente, de um formato assimétrico e, além disso, existe um eixo sensível onde a loja fica L U M E A R Q U I T E T U R A 35


entre a parte antiga e a nova do shopping. Outro

explodir o custo de execução ou gerar proble-

ponto importante é que a loja conta com duas

mas de excesso de peso para sua suspensão”,

entradas, onde o público-alvo é o masculino e o

explicou Castilha.

feminino. Portanto, tem dois ambientes distintos

Segundo o lighting designer, nesta região

de compras no mesmo local, considerando as

do teto onde está o pendente, trilhos eletrifi-

diversas formas e comportamentos desses dois

cados com spots LED COB (Chip On Board)

‘mundos’ de se portarem em um ambiente de

de 23W/12° e 24° a 3000K – com 2000 lumens

compra”, informou.

– iluminam os displays e painéis, além da área

Essa parceria entre o projeto realizado pela

dos bancos onde se experimentam os calçados.

2buy e o de iluminação, pelo lighting designer

“No pé-direito mais baixo trabalhamos com AR

Marcos Castilha, não rendeu apenas elogios

111 LED do tipo ‘refletida’, com uma capa frontal

estéticos como também contribuíram para os

que controla o ofuscamento. Já na área de pé-

negócios da loja. De acordo com informações

-direito alto, onde existe a necessidade de mais

da empresa, a loja foi a que mais vendeu na

intensidade nos fachos, utilizamos os LED COB,

rede Paquetá em maio deste ano, superando a

que chegam a maiores fluxos luminosos, embo-

meta em 24%.

ra não proporcionem tanto conforto visual. Mas com o pé-direito alto isso foi amenizado e não

Entradas

ofereceu problema para o projeto”, comentou. Ainda nesta área frontal da loja, o espaço

No corredor central da entrada, em pé-direito

36

tomado pelo estoque de produtos no mezanino

duplo, onde ficam os modelos de sapatos femi-

determinou um volume com o pé-direito rebai-

ninos, os clientes visualizam um grande penden-

xado, e os produtos expostos abaixo dele foram

te formado por um conjunto de formas geométri-

iluminados com duas “linhas” de AR 111 de 15W

cas retangulares, equipados com bulbo LED de

a 3000K. Entre este rebaixo e as prateleiras ao

9W a 3000K. “São vários prismas retangulares

fundo, formou-se um desnível no teto, que foi

feitos em acrílico translúcido, suspensos em um

preenchido com uma sanca de luz indireta, equi-

arranjo para aparentar uma ‘forma única’, como

pada com fluorescentes T5 de 54W a 3000K.

uma escultura de luz. Foi um desafio a proposi-

A grande maioria dos nichos e prateleiras

ção de peças para atingir este efeito formal sem

onde os sapatos ficam expostos contaram com

L U M E ARQUITETURA

Duas “linhas” de AR 111 de 15W a 3000K iluminam os produtos expostos abaixo do volume do mezanino, com pé-direito rebaixado. O desnível no teto, entre este rebaixo e as prateleiras ao fundo, foi preenchido por uma sanca com T5 de 54W a 3000K.


iluminação interna; alguns foram confec-

Já para a iluminação do balcão da área

cionados em marcenaria, iluminados por

de trabalho dos caixas, Castilha utilizou duas

frisos lineares equipados com fitas de LED

linhas de AR 111 LED de 15W/40°, uma so-

de 1300 lm/w. “Uma boa parte dos displays

bre o caixa – dentro de um rebaixo no forro

foi confeccionada em acrílico translúcido e,

– e outra ao fundo para complementar a luz

desde o início, era diretriz do ‘VM’ que todos

no balcão e ressaltar os displays na parede.

fossem ‘autoiluminados’. Para os displays

À frente do caixa, uma luminária temática

em acrílico foi inicialmente estipulada a

construída em madeira e acrílico também

temperatura de cor de 3000K, mas, após a

com AR 111 LED de 15W/24° irradia luz

realização do protótipo, o cliente determinou

direcional no display de bolsas e acessórios

que todos nesse material recebessem ilumi-

femininos. Além disso, essa solução ilumina

nação mais fria a 4500K, de forma a criar um

a área de espera, em frente aos caixas, com

contraste com a iluminação das prateleiras,

luz difusa.

sancas e spots, que permaneceram com luz quente”, esclareceu Castilha.

A ideia para a área de calçado masculino, debatida em conjunto com a arquitetura, foi aplicar uma solução que deixasse o “teto”

Vitrine, caixa e espaço masculino

iluminado e, ao mesmo tempo, servisse de iluminação funcional para os produtos.

“Para iluminar a vitrine, devido à largura

Portanto, a partir dessa premissa, o lighting

estreita e grande quantidade de produtos

designer chegou à solução com calhas de

pequenos, foi utilizada uma linha de MR 16

iluminação indireta equipadas com fluores-

LED/15° em espaçamentos bem estreitos,

centes T5 de 54W a 3000K, ajustadas de

intercalados com AR 111 LED de 15W/24°.

uma forma interativa e também formando um

Dessa forma, obtivemos uma luz ‘geral’ e

conjunto “único”. “Esse resultado foi impor-

vários pequenos fachos concentrados dispo-

tante, pois definiu o ambiente como área e

níveis para não deixar nenhum produto sem

ainda proporcionou iluminação difusa inten-

destaque”, afirmou o lighting designer.

sa e com grande conforto visual”, finalizou.

Calhas com T5 de 54W a 3000K, ajustadas de uma forma interativa, proporcionam luz indireta e funcional para os produtos.

Ficha técnica Projeto luminotécnico: Marcos Castilha/ Castilha Iluminação Colaboração ao projeto luminotécnico: Carina Tavares e Brenda Lelli Projeto arquitetônico e de visual merchandising: Lisiane Di Corá e equipe/2Buy Luminárias e LED integrado: Trust Iluminação Lâmpadas: Philips e Osram

L U M E A R Q U I T E T U R A 37


prateleira

Pendente contemporâneo O pendente Inzuppiera, da linha Contemporânea, da Luciin Iluminação, conta com cúpula de vidro na tonalidade dourada e canopla em preto fosco, proporcionando contraste moderno. Com a medida de 28cm x 15cm e fio de 1,30m, utiliza bocal E27 e é indicado para ambientes internos. www.luciin.com.br

Luminária em chapas de metal A Coleção Desapego, da Luxion, é produzida em chapas de metal com pintura acetinada e fonte de luz direcionada. Com dois LEDs de 3,5W a 3000K, conta com fluxo luminoso de 300lm, IP 20 e é indicada para residências e hall de hotéis, podendo ser instalada em parede ou teto. Além disso, a coleção é composta por peças individuais (módulos de 40cm x 40cm) e conjuntos de quatro, seis, nove ou doze elementos. www.luxion.com.br

LED subaquático Confeccionada em policarbonato com 125 milímetros de diâmetro e corpo na cor branca, a luminária LED de código 50053, da Iluctron, tem 18W e está disponível a 3500K, 6500K, na cor azul e em RGB. O produto conta com alta luminosidade, atingindo uma área de até 12 metros quadrados, é indicado para piscinas de alvenaria, vinil e fibra e ainda tem três anos de garantia. www.iluctron.com.br

Balizador LED O balizador de solo LED Spur Efeito, da linha Jardim, da Stellatech, tem 2W/30º a 3000K, IRC>80 e IP 67. Bivolt, conta com fluxo luminoso de 80 lumens, durabilidade de 20 mil horas e é indicado para uso em calçadas, muros, escadas, paredes e decks de madeira. www.stella.com.br

38

L U M E ARQUITETURA



perfil escritórios

Estúdio Âmbar As arquitetas Christina Draeger e Débora Bello se conheceram no ano de 2005. Tiveram trajetórias parecidas, ambas se formaram pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e trabalharam em renomados escritórios de iluminação. Em 2007 começaram a desenvolver – juntas – seus projetos próprios. Durante algum tempo, as duas conciliaram o trabalho, nos escritórios em que cada uma trabalhava, com os projetos que faziam juntas, em casa, no período da noite. Depois de adquirir certa vivência em vários campos de atuação resolveram enfim fundar o próprio escritório, o Estúdio Âmbar, em julho de 2012, no Rio de Janeiro.

Principais áreas de atuação O Estúdio Âmbar realiza a maior parte dos projetos em residências, entretanto, existem também trabalhos

para determinados casos. Como o escritório conta com muitos projetos residenciais, a iluminação de interiores e também de paisagismo acabou se tornando uma especialidade.

desenvolvidos em lojas, bares, restaurantes, escritórios e clínicas no portfólio do escritório.

1

Especialidades A proposta do Estúdio Âmbar é elaborar projetos de iluminação que sejam eficientes e se diferenciem esteticamente – desenvolvem, inclusive, luminárias especiais

Principais projetos executados XX Vinte Coworking, no Jardim Botânico (RJ); restaurante e charutaria Esch Café, no Leblon (RJ); Residência no Leblon (RJ); Banana Jack Icaraí, em Niterói (RJ); bar Arena, na Ilha do Governador (RJ) – em parceria com as lighting designers Janine Richie e Ana Carolina Gayoso; e residência em Búzios, também no Rio de Janeiro. Projetos recentes Apartamento no Jardim Botânico (RJ); casa no Jardim Botânico (RJ); escritório do Partido Novo, em Ipanema (RJ); e consultório odontológico, em Niterói (RJ). Projetos em execução O escritório está com alguns projetos de iluminação residenciais no Rio de Janeiro, onde se destacam casas em Além disso, existe uma clínica de oncologia, em Niterói (RJ).

40

L U M E ARQUITETURA

Paulo Veloso

Teresópolis (RJ); em Itaipava (RJ) e outras na capital carioca.


Profissionais que compõem o escritório O Estúdio Âmbar é composto por três profissionais: Christina Draeger e Débora Bello, sócias e fundadoras do Rafael Porto

escritório, e Aloísio Caio Bello, responsável pelo departamento financeiro. Prêmios recebidos

Titulares: Christina Draeger e Débora Bello

O escritório ainda não participou de nenhuma premiação. Entidades de classe que participa

Data de início das atividades: Julho de 2012

Uma das sócias, Christina Draeger, é membro da AsBAI (Associação Brasileira de Arquitetos de Iluminação).

Endereço: Rua Olindina Alves, 313 – Badu – Niterói (RJ) - CEP 24320-060

É representante de alguma empresa do ramo? Qual? Não. Possui loja de produtos para iluminação? Qual?

Telefones: (21) 99203-1321/ (21) 98723-5971

Não. Porém, em alguns casos, as luminárias desenhadas para os projetos se tornaram tão especiais que o escritório

Site: www.estudioambar.com.br

2

Facebook: www.facebook.com/estudioambarluz

1

Residência no Leblon (RJ).

2

Banana Jack Icaraí, em Niterói (RJ).

3

Residência em Búzios (RJ).

3

Paulo Veloso

Rafael Porto

Instagram: @estudioambar

L U M E A R Q U I T E T U R A 41


decidiu disponibilizá-las para venda.

interessantes, deve criar condições ideais

É o caso da linha “Timber”, que pode

para o trabalho, aprendizado e bem-estar,

ser encontrada na loja “Coisas de uma

para o nosso ciclo biológico circadiano

Arquiteta”, no Jardim Botânico (RJ), ou

funcionar da melhor forma (o que influencia

adquirida diretamente em contato com o

na saúde), entre outras responsabilidades.

Estúdio Âmbar.

A luz tem um papel fundamental nesse processo, enviando mensagens ao nosso

Média de projetos executados em um ano As lighting designers preferem não

corpo e mente. Enfim, existem essas e muitas outras questões, além da estética,

divulgar.

que às vezes passam despercebidas.

Profissionais considerados muito bons no

O futuro do lighting design

Brasil e no exterior No Brasil, as titulares gostam muito

Percebe-se, de forma geral, que a iluminação tem se tornado cada vez

dos projetos de Mônica Lobo e de

mais complexa. Existe uma série de

Maneco Quinderé, com quem já tiveram

tecnologias e possibilidades: a luz

a oportunidade de trabalhar. Já, fora do

pode ser interativa, comunicativa, gerar

país, a admiração fica para o trabalho do

sensações. Para certos tipos de projetos

Dean Skira, Kai Pippo, Olafur Eliasson,

é cada vez mais necessário trabalhar em

entre outros.

conjunto com profissionais de áreas como a de tecnologia. Também já se sabe a

Ser lighting designer O homem é um ser

importância do uso correto da iluminação na educação, no trabalho e na saúde. E

predominantemente visual, portanto a luz

tem a questão da economia de energia,

influencia enormemente a sua percepção

importante para o bolso e para o planeta.

do espaço. O lighting designer, além

Com tudo isso, é esperado que a profissão

de tornar os espaços mais bonitos e

seja cada vez mais valorizada!

Participações na Lume Arquitetura O escritório Estúdio Âmbar teve um projeto publicado na revista Lume Arquitetura, na edição nº 76, com a iluminação do Bar Banana Jack Icaraí, em

holofote

Niterói (RJ). Além disso, Débora Bello foi a entrevistada da seção Holofote da edição n° 79. case

De que forma a iluminação se tornou

pois as pessoas acham que é dispen-

sua principal atividade como arquiteta?

sável ou até mesmo por falta de conhe-

Como foi seu ingresso nesta área?

cimento de que existe um profissional

Cursei a faculdade de Arquitetura na

específico para isso. Felizmente, isso tem

UFRJ e, numa aula da disciplina de Inte-

mudado e temos notado uma procura

riores, assisti a uma palestra da lighting

maior deste público. Particularmente,

designer Diana Joels, que foi convidada

residencial é o que mais gosto de fazer,

para falar sobre iluminação. Desde então

então fico feliz por estarmos avançando

me interessei pelo tema. Pouco tempo

neste sentido.

depois, abriram vaga para estágio no escritório Maneco Quinderé & Associados,

Você faz parte de alguma associação?

do qual ela era sócia. Fiz a entrevista e

Por quê?

entrei. Lá, eu estagiei, me formei e fui efetivada como arquiteta. Foram cinco

Bar temático

anos e meio de muito aprendizado e crescimento. Que tipo de formação você acredita que um lighting designer deve ter?

Por Erlei Gobi Fotos: Rafael Porto

Luz acolhedora e intimista norteia iluminação do Banana Jack Icaraí

em junho de

2014,

o

Banana

da unidade do bar de entretenimento que possui de três andares é possível assistir jogos em um fliperama, tabuleiro, dados e sinuca, além de degustar um cardápio recheado de sanduiches, steaks, onion rings, costeletas empanadas, nachos, burritos, tacos, e o tradicional e exclusivo chope de banana da casa. A arquitetura desta unidade ficou a cargo do Escritório de Arte, da cenógrafa titular Gigi Barreto. “Quando o cliente me chamou para fazer o Banana Jack, ele já tinha outra unidade em Ipanema, mas que não possuía uma identidade definida. O principal conceito foi conseguir múltiplos ambientes dentro do bar para atender e acolher diversos tipos de público, como casais, famílias, adolescentes, pessoas que quisessem assistir aos jogos no telão ou se divertir na área de jogos. O local tem como personagem o gorila Jack Kong, então a ideia foi construir a casa dele. Trabalhamos bastante com tijolo aparente, luminárias industriais vermelhas, madeira, e desenhamos os papeis de parede com imagens de bananas”, detalhou Gigi. A iluminação da “Casa do Jack Kong” foi projetada pelas lighting designers Christina Draeger e Débora Bello, titulares do Estúdio Âmbar. “O

40

42

L U M E ARQUITETURA

L U M E ARQUITETURA

L U M E A R Q U I T E T U R A 41

70

pos específicos voltados para a iluminação. Então há uma troca de informações e ideias dos lighting designers e outras pessoas ligadas ao tema. Além disso,

preender o espaço. Acho importante fazer

tínhamos a rotina do escritório, e, à noite,

a Christina faz parte da AsBAI, então as

cursos voltados para a área, ter conheci-

em casa, íamos para o segundo round,

informações chegam ao nosso escritório.

mento de programas e ferramentas que

desenvolvendo os nossos projetos. Com

auxiliem o trabalho, participar de fóruns,

o tempo, cada uma trilhou seu caminho;

Quais suas inspirações para projetar

feiras, e buscar se manter atualizado. Por

eu trabalhei em outros lugares, mas, sem-

luz? Você admira em especial algum

fim, acredito que um lighting designer

pre que possível, fortalecíamos a nossa

lighting designer no Brasil ou no mundo?

surgiu esta parceria?

telão e shows ao vivo; se divertir com jogos de

nhando as atividades da área por outros meios, como redes sociais, que têm gru-

Entrevista concedida a Erlei Gobi

Trabalhávamos muito, pois durante o dia

parceria. Até que em 2012 decidimos

Acho que tudo pode inspirar. Algo no

nos dedicar exclusivamente aos nossos

caminho que fazemos todos os dias,

projetos e assim surgiu o Estúdio Âmbar.

inauguraram o Estúdio Âmbar. Como

como mascote o gorila Jack Kong. No ambiente

De qualquer forma, acabo acompa-

A faculdade de arquitetura dá a base

Em 2012, você e a Christina Draeger

Jack Icaraí, localizado em Niterói (RJ), é a segun-

associação, mas tenho pensado sobre.

para, antes de se pensar a luz, com-

deva ter muita sensibilidade.

Inaugurado

No momento, não faço parte de nenhuma

Sócia do Estúdio Âmbar afirma que o olhar atento é fundamental na inspiração do lighting designer.

uma viagem, um momento de lazer, e também uma pesquisa mais direcionada.

Quais as principais dificuldades que o

Devemos ter um olhar atento. No Brasil

Conhecemo-nos durante o período em

Estúdio Âmbar enfrentou para se firmar

admiro a Mônica Lobo, com quem já tive

que trabalhamos no escritório do Ma-

no mercado brasileiro de iluminação?

o prazer de trabalhar. Ela é cuidadosa,

neco. Eu era estagiária e, logo quando

Acho que para alguns tipos de projeto

bem detalhista e técnica. No exterior,

fui efetivada, em 2008, ela saiu para

(comerciais, institucionais...) é indiscutível

gosto muito do trabalho do croata Dean

outro emprego. Tornamo-nos amigas e

a necessidade do projeto de iluminação.

Skira. Acho que os projetos dele têm um

mantivemos contato. Neste período, co-

Para projetos residenciais, principalmente

conceito forte, e costumam fugir do lugar

meçamos a fazer alguns projetos juntas.

os menores, ainda há certa resistência,

comum.

L U M E ARQUITETURA


www.om-light.com


case

Igreja no Rio de Janeiro Tecnologia LED proporciona conforto e valoriza imagens sagradas da BasĂ­lica Santa Teresinha do Menino Jesus Por Adriano Degra Fotos: Erik B. Pinto


Os “mandamentos”

de uma iluminação de igreja

bando a nave principal e o presbitério, e conta com o pé-direito

pedem que o lighting designer entenda e compreenda não

de aproximadamente 14 metros no vão central. O estilo de

apenas a arquitetura do espaço como também a liturgia que

arquitetura românica é obra do engenheiro e arquiteto Antonio

ocorre no templo religioso. Antenadas no assunto, as lighting

Vicenti e tem os altares feitos em mármore, o piso em mosaico

designers Mônica Ann Diniz, titular do escritório MD Light,

e as paredes e teto pintados em tom de rosa. Já os vitrais, em

em parceria com Maria Cláudia Bousquet, lighting designer

todo o perímetro da igreja, são obras de Cavaliere Formenti,

independente, souberam utilizar dessa expertise no projeto

e retratam os principais fatos da vida de Santa Teresinha.

luminotécnico realizado na basílica Santa Teresinha do Me-

Para realizar o retrofit da iluminação e proporcionar um

nino Jesus, primeira dedicada à santa, situada no bairro da

ambiente mais confortável aos fiéis, as lighting designers

Tijuca, no Rio de Janeiro, tombada pela prefeitura fluminense.

trocaram as fluorescentes dos pendentes da nave principal,

“A liturgia foi parte muito importante na concepção, pois os

do altar e as incandescentes das arandelas do presbitério por

focos de luz direcionados para a mesa central aumentam

LED; e também, da sanca superior, que ficou com tuboleds.

a iluminância no presbitério durante as celebrações e têm

De acordo com Mônica Ann, alguns fatores contribuíram para

como objetivo específico, quando ligados sozinhos, destacar

a escolha dos diodos emissores de luz: “As dimensões dimi-

a exposição do ‘Santíssimo’, objeto sagrado exposto todas

nutas que os tornam mais discretos e facilita a instalação por

as quintas-feiras para adoração ao longo do dia”, informou

se tratar de um patrimônio tombado; a economia energética,

Mônica Ann.

uma vez que a igreja funciona sete dias por semana, 15 horas

O templo religioso mede 550 metros quadrados, englo-

por dia em média; além do pedido do próprio cliente”.

L U M E A R Q U I T E T U R A 45


Ainda segundo a lighting designer Mônica Ann, os principais conceitos luminotécnicos aplicados foram a uniformidade, a luz de destaque

perceptíveis quando utilizadas as cenas propostas”, explicou Mônica. O nível de iluminância alcançado na nave

e a flexibilização de cenas, além da economia

principal durante as celebrações é de 250 lux

energética. “O sincronismo entre a luz indireta,

variando até 180 lux nos arredores. Mônica

que valorizou ainda mais a arquitetura, e o nível

Ann Diniz comentou também que a iluminação

médio da iluminância garantiram o conforto

uniforme e indireta criada no teto proporciona

visual e a sensação de aconchego para as

maior destaque principalmente nos momentos

orações”.

em que são lançadas pétalas de rosas pelos buracos existentes na linha central do teto. Além

Nave

de produzir a sensação de amplidão do espaço religioso.

Os pendentes fixados na nave principal fazem parte da história da igreja. Eles foram

Presbitério

restaurados e a fonte de luz trocada por lâmpadas vela LED de 5W a 3000K além de sua altura

46

“A localização das arandelas e castiçais não

ter sido diminuída para melhor compor com as

foi modificada, e as fontes seguem a idealização

colunas – que tiveram aplicados em seu topo

do projeto como um todo, alterando apenas

perfis de LED de 19,2W a 3000K, para realçar

para a tecnologia LED a 3000K”, informou

o acabamento dos arcos. “Nesta composição,

Mônica Ann. Nos castiçais fixados no altar

destacamos o teto rosa arredondado com

optou-se por 24 lâmpadas vela de 3W; já no

o afresco acima do presbitério iluminando o

altar, entre as colunas de mármore escuro,

corredor com os pendentes de forma a direcio-

foram aplicados dois perfis de LED de um metro

nar a atenção para o local, como sendo a ‘luz

de comprimento de 14,4W. Para complementar

no final do túnel’. Optamos por menos luz na

a solução, as lighting designers fizeram o

parte de trás, para que o altar principal tivesse

retrofit nas arandelas equipadas agora com

mais destaque quando todas as luzes fossem

lâmpadas minibulbo de 4W e seis cantoneiras

acessas. Os efeitos de luz e sombra são mais

com tuboleds de 21W. “Anteriormente existiam

L U M E ARQUITETURA

Dois perfis de LED de 14,4W, nas colunas de mármore escuro, no altar, proporcionam luz difusa.



Nos castiçais, fixados no altar, optou-se por 24 lâmpadas vela LED de 3W.

lâmpadas fluorescentes e incandescentes e, com a aplicação da tecnologia LED, de baixa potência, conseguimos não apenas o êxito econômico como também separar a luz pontual da geral”, explicou Mônica Ann. Ainda para iluminar o mesmo ambiente, as lighting designers utilizaram três focos de luz com AR 111 de 13W/24°, também a 3000K, dois direcionados para a mesa no presbitério e um para o púlpito. Esses focos ajudaram a direcionar o olhar do público para a mesa e o púlpito durante as celebrações, enquanto o restante valorizou a arquitetura de forma suave e harmoniosa. Já nas laterais do presbitério, a solução ficou por conta de sancas equipadas com perfis de LED de 14,4W, na mesma temperatura de cor. “A imagem da Santa Teresinha do Menino Jesus foi iluminada com cinco bulbos LED de 12W, instaladas dentro de um nicho no alto, ao redor de sua cabeça, para realçar e gerar mais brilho em seu esplendor. O fluxo luminoso alcançado nessa solução foi o de 1080 lumens”, detalhou Maria Claudia. A dez metros de altura

e o principal efeito foi a harmonia criada entre

do altar, um trecho bíblico retirado do livro de

o nicho e a nave principal, oferecendo maior

Mateus 18:1-6: “Se vós não fizerdes como

sensação de volume e presença da imagem de

meninos, não entrareis no Reino dos Céus”, foi

São Justino”, relatou Mônica Ann.

grafado e ganhou destaque através de perfis de

No altar de Nossa Senhora do Carmo, ao

LED de 9,6W, também na temperatura de cor

lado do presbitério, a temperatura de cor man-

quente.

teve-se padronizada a 3000K. Para iluminar a imagem, optou-se por um foco com AR 111 LED

Nichos

de 13W/24°, situado no alto do capitel, à esquerda, e direcionado para o rosto da santa. Já nas

Com imagens em três planos distintos

48

laterais da santa, as lighting designers aplicaram

(baixo, médio e alto), o nicho de São Justino,

dois perfis LED de 14,2W a 3000K, enquanto

situado na nave principal, próximo à porta de

que nas laterais dos capitéis a solução ficou por

entrada, foi iluminado com a mesma solução uti-

conta de duas cantoneiras equipadas com tubo-

lizada para destacar os arcos da nave principal.

leds de 21W, na mesma temperatura de cor. “O

Acima da cabeça da imagem do santo foi utili-

foco e os perfis têm como objetivo proporcionar

zado um projetor de 2W, instalado com ângulo

destaque à santa, criando maior dramaticida-

de 45° a 3000K, outro foi direcionado para o

de, e as cantoneiras têm como função uma luz

“santíssimo”, cada qual aplicado dentro de sua

de preenchimento e complementação do altar

respectiva caixa de mármore e um terceiro loca-

como um todo, suavizando os contrastes, uma

lizado atrás do arco direcionado para a santa no

vez que a imagem está situada a grande altura

plano alto. “A localização foi definida para man-

em relação ao horizonte visual do público”,

ter os equipamentos os mais discretos possíveis

finalizou Mônica Ann.

L U M E ARQUITETURA

Ficha técnica Projeto luminotécnico: Mônica Ann Diniz/ MD Light e Maria Cláudia Bousquet Projeto arquitetônico: Antonio Vicenti Luminárias: LED Profiles LEDs: Eklart, Intral e Osram


CCT & RGBw ajustável Certificação ZLL Controlado pela porta de entrada / APP e controle remoto Cada lâmpada pode ser roteada automaticamente Distância remota> 20m Ligar/desligar lâmpadas e lúmen / CCT, sintonizável Grátis

LED Panel light

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biblioteca

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Fácil navegação

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BELLA | 2016

As 306 páginas do catálogo decorativo 2016 da BELLA ILUMINAÇÃO, há 18 anos no mercado, conta com diversas opções de pendentes, lustres, plafons e arandelas. O exemplar contém variadas informações técnicas, como tipo de material fabricado, medidas, soquete e quantidade de lâmpadas utilizadas. Além disso, o internauta pode visualizar algumas imagens com os produtos ambientados. www.bellailuminacao.com.br

Variedade de produtos

Com o intuito de facilitar a navegação dos internautas, a CONEXLED, empresa que atua no segmento de iluminação LED e marca do grupo Conex, apresenta seu novo site que permite ajuste de layout para diferentes tamanhos de tela. Na nova home page é possível baixar o catálogo de produtos 2016, solicitar um orçamento, visualizar os contatos de representantes espalhados por todo o país e ainda assinar a newsletter para receber as novidades da empresa. www.conexled.com.br

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Repleto de variedades, o catálogo de produtos 2016 da AVANT LUX, localizada em São Paulo, conta com as seguintes linhas: lâmpadas LED; luminárias LED; lustres e luminárias tradicionais; e tradicionais. Além de visualizar as fotos, o leitor conta com todo o descritivo técnico dos produtos (potência, temperatura de cor, ângulo de abertura de facho, fluxo luminoso, entre outros) e pode fazer o download pelo site da empresa. www.avantlux.com.br

50

L U M E ARQUITETURA

O catálogo geral 2016/2017 da POWER LUME – empresa situada em Caxias do Sul (RS), conta com projetores, embutidos, balizadores, arandelas, entre outros. Nas 67 páginas do exemplar, o leitor encontra ilustrações dos produtos e fotos em diversas aplicações, como em residências, cinema, teatro e áreas comerciais, industriais e públicas. Além disso, é possível conhecer as especificações técnicas, como fluxo luminoso, tipo de acabamento e até dicas de instalação. www.powerlume.com.br



evento nacional

Expolux 2016 Arenas do Conhecimento e Espaço Design são novidades na maior Feira de Iluminação da América Latina

Divulgação Expolux

Divulgação Expolux

Por Adriano Degra Fotos: Algeo Cairolli

52

Finalizada no último dia 2 de julho, após cinco dias corridos

movimento pôde ser notado durante a Expolux, onde muitas

de evento, a 15ª edição da Expolux (Feira Internacional da In-

destas empresas se apresentaram com estandes robustos e

dústria de Iluminação), realizada no Expo Center Norte, em São

bonitos. De acordo com o gerente da feira, Ivan Romão, foram

Paulo, teve como grande destaque a Arena do Conhecimento

contabilizados 23.158 visitantes do Brasil e do exterior, ante um

Simpolux – Lume Arquitetura, que contou com 24 palestras com

pouco mais de 22 mil de 2014. “Registramos aumento de 5,26%

renomados profissionais sobre temas relacionados a iluminação

em relação à edição anterior com uma audiência qualificada

decorativa (veja detalhes na página 56).

que incluiu arquitetos, designers de interiores, construtores,

A predominância da tecnologia LED “saltou aos olhos” dos

engenheiros e lojistas”, resumiu. Além do número de visitantes,

visitantes da feira. E por cada corredor dos Pavilhões Verde e

a quantidade de expositores também aumentou, saltando de

Vermelho que se circulava era possível perceber a hegemonia e

300, há dois anos, para 380.

a consolidação dos diodos emissores de luz. A tecnologia LED

Segundo o diretor do evento, Alexandre Brown, a feira se mos-

trouxe ao mercado de iluminação diversos novos players, e este

trou um excelente termômetro para o setor – que vinha trabalhando

L U M E ARQUITETURA


com uma queda de 7% nas suas vendas para

apenas diodos emissores de luz. Conversei

2016 (quando comparado com 2015). “As

com alguns proprietários de empresas que

perspectivas pós-Expolux levaram a Abilux

estão expondo e a maioria ficou muito satisfei-

(Associação Brasileira da Indústria de Ilu-

ta com os contatos e vendas realizadas nesta

minação) a rever estes números para cima.

edição”.

Tudo indica que a recuperação dos negócios no segundo semestre permitirá ao segmento

Participação chinesa

repetir o desempenho alcançado em 2015, quando faturou R$ 3,9 bilhões”, lembra o executivo. As tradicionais rodadas de negó-

Todos conhecem a importância dos fabricantes chineses para o mercado mundial riores, eles marcaram presença na Expolux

Divulgação Expolux

Divulgação Expolux

de iluminação e, como nas edições ante-

corroboraram essa expectativa. “Com a parti-

Divulgação Expolux

cios, realizadas no segundo dia do evento,

cipação de 14 expositores, 36 compradores e

2016. Se anteriormente os visitantes estavam

84 reuniões, os encontros geraram negócios

acostumados a encontrá-los nos espaços

declarados pelos compradores da ordem de

destinados exclusivamente a eles, “amontoa-

R$ 9 milhões”, informou Brown.

dos” entre os LEDs, nesta edição foi possível

Isac Roizenblatt, diretor técnico da Abilux,

encontrar alguns deles com estandes grandes

conta um pouco de suas impressões do

e disputando terreno com renomadas marcas

evento: “Achei extraordinário. Acredito que

do setor nacional. “É algo formidável, pois,

ele melhorou de nível em relação ao último

apesar da crise econômica do Brasil, grandes

e cresceu. A qualidade dos produtos melho-

empresas chinesas estão participando pela

rou muito também, inclusive vimos produtos

primeira vez e não com espaços reduzidos

modificados em função das novas tecnolo-

de estandes, de 2m x 2m, por exemplo, e sim

gias em estandes cujas luminárias utilizam

com estandes grandes e bonitos. Ou seja, L U M E A R Q U I T E T U R A 53


evento nacional

Estande da Lume Arquitetura na Expolux A revista Lume Arquitetura marcou presença mais uma vez na Expolux com um belíssimo estande de 44 metros quadrados, o maior da história de sua participação na feira. O local – sempre bem movimentado com a visita de assinantes e importantes nomes do setor – contou com uma sala reservada para reunião, um balcão para assinatura e compra de livros e um espaço para bate-papo. “Colado” à Arena do Conhecimento Simpolux – Lume Arquitetura, os visitantes e palestrantes tinham como “parada obrigatória” o estande da revista e aproveitavam para colocar a conversa em dia e praticar o importante network sobre o mercado nacional de iluminação. Como está virando marca registrada do estande sempre trazer uma novidade, nesta edição não foi diferente e a Lume Arquitetura aproveitou a ocasião para lançar o livro Museus, Luzes e Desafios – A iluminação aplicada ao mundo dos museus, de autoria do engenheiro e professor Gilberto José Corrêa da Costa, que participou de tarde de autógrafos no segundo dia da Expolux. “O livro foi feito para que o Brasil possa desenvolver pequenos museus com qualidade. Além disso, museu é uma obra diferenciada e sua iluminação tem que seguir esta mesma linha. Não podemos pensar que só os museus grandes são importantes, porque os pequenos têm os mesmos problemas. A tarde de autógrafos foi muito boa, as pessoas me elogiaram muito e eu fiquei muito feliz”, disse o autor.

Equipe da Revista Lume Arquitetura.

Prêmio Abilux Design de Luminárias Talvez por conta de tantas novidades e eventos realizados simultaneamente a feira, o Prêmio Abilux Design de Luminárias 2016 não teve o habitual holofote durante a 15ª edição da Expolux. Mais enxuta, a premiação contou com 42 produtos inscritos, contra 97 da edição de 2014 e teve 16 peças premiadas nas categorias: residencial, comercial, industrial,

Linha Polar Mini 2° lugar na categoria residencial Interlight

iluminação pública e monumental e esportiva.

Metro Lighting 3° lugar na categoria iluminação pública Power Lume

OBT 534 2° lugar na categoria comercial IndeLED

54

L U M E ARQUITETURA


eles estão chegando diretamente. Inclusive, o maior fabricante de iluminação da China esteve na feira com estande grande”, ressaltou Isac Roizenblatt. Arenas e Espaço Design Além da Arena do Conhecimento Simpolux – Lume Arquitetura, houve também outra Arena do Conhecimento destinada a área técnica, e juntas somaram mais de 48 horas de conteúdo. O Espaço Design, com 1.161 metros quadrados e 13 ambientes (living, quarto infantil, home theater, home office, loja, terraço, sala de jantar, garagem, quarto de casal, sala íntima, lavabo, hall e sala de almoço), cada um decorado e iluminado por determinado arquiteto, também surgiu como novidade. Esta área – idealizada após uma pesquisa apontar que 62% do público gostariam de ver um “Espaço Demonstração” na Expolux – serviu como fonte de conhecimento e inspiração para os profissionais do setor ampliarem suas experiências na feira. “Este ano, fizemos uma remodelação total da Expolux, onde contamos com duas Arenas do Conhecimento, o Espaço Design, e tivemos ainda a visita de uma associação global de iluminação. Para coroar tudo isso, o evento atingiu um número expressivo de visitantes e, em minha opinião, os expositores capricharam bastante na qualidade dos estandes”, afirmou Leôncio Cardoso Neto, membro da diretoria executiva da Abilux. Nem tudo são flores Em evento dessa magnitude, com tantas novidades envolvidas, é compreensível que nem tudo funcione perfeitamente. Ainda mais neste momento de consolidação de um público cada vez mais especializado que frequenta a feira. No estande da Lume Arquitetura, a equipe de reportagem ouviu alguns relatos de arquitetos e lighting designers que não tiveram tratamento adequado em determinados estandes. Um dos casos que chamou à atenção foi o de uma arquiteta que foi até um estande e o atendente se negou a entregar um catálogo de produtos, que eram destinados exclusivamente a lojistas. Inconformada, a arquiteta pediu para falar com a gerência para tentar resolver a situação, quando foi surpreendida com a confirmação da informação. Isso não demonstra apenas uma falta de treinamento por parte do funcionário, como também carência de visão de negócios, afinal, essa mesma arquiteta poderia ter interesse pelas peças da empresa e especificá-las em seus projetos futuros. A próxima edição da Feira Internacional da Indústria de Iluminação já tem data agendada e será de 24 a 28 de abril de 2018, nos Pavilhões Branco e Verde do Expo Center Norte, em São Paulo.


evento nacional

Arena do Conhecimento Simpolux – Lume Arquitetura Por Erlei Gobi Fotos: Algeo Cairolli

Espaço para divulgação da cultura de iluminação dentro da Expolux é sucesso absoluto e atrai centenas de pessoas

A primeira edição da Arena do Conhecimento Simpolux,

e presidente da AsBAI no biênio 2016/17, com a apresentação

realizada pela Abilux com parceria de conteúdo da Revista Lume

“A importância do lighting design na arquitetura de interiores”.

Arquitetura, foi sucesso absoluto! Durante os dias 28, 29 e 30

“Minha palestra foi talvez a menos técnica da grade, então eu quis

de junho e 1º de julho, aproximadamente mil pessoas passaram

passar um panorama geral do que é o universo da iluminação

pelo espaço destinado à divulgação de informação e puderam

para que o participante da arena pudesse ter uma breve ideia

assistir às 24 palestras – seis a cada dia – sobre uma variedade

de todos os temas apresentados nos quatro dias do evento.

de temas inerentes ao setor.

Esta iniciativa é maravilhosa e espero que a Arena cresça nos

A equipe editorial da revista Lume Arquitetura, em parceria com Isac Roizenblatt, diretor técnico da Abilux (Associação

próximos anos porque é preciso aliar a informação com o que é apresentado na feira”, disse Paula.

Brasileira da Indústria de Iluminação), teve o cuidado de trazer

A palestra intitulada “Desafios da indústria de iluminação

ao público uma grade com temas pujantes do setor de ilumi-

na adoção da tecnologia LED” foi realizada por Edson Jacob,

nação, tais como luz no paisagismo; software de iluminação;

gerente de desenvolvimento de produtos eletrônicos da Interlight.

índice de reprodução de cores; a importância do lighting design;

“Acho que a divulgação de conhecimento é muito importante e

iluminação de monumentos históricos; luz, saúde e bem-estar,

não vimos isso em edições anteriores da Expolux. Quis traçar

entre outros, além de profissionais renomados e especializados

um panorama do que a indústria enfrenta com a entrada dos

para abordá-los. “O evento foi um sucesso. Pudemos ver ótimas

LEDs no mercado. Trabalhando na indústria senti na pele esta

palestras sobre temas muito importantes para o mercado sendo

dificuldade. O LED é um mercado novo que se abre e uma pos-

apresentadas por especialistas nestas áreas. Além disso, o

sibilidade maravilhosa de ganho para o mercado brasileiro, mas

público foi muito bom e qualificado, com diversas perguntas

é preciso ser trabalhado de maneira correta”, explicou Edson.

pertinentes”, afirmou Isac.

Norah Turchetti Conte, lighting designer titular da Alalux, abordou o tema “Luz e paisagem - À noite, os gatos não são

Dia 28 de junho

pardos”, lotando a Arena. “Achei fantástico poder passar para as pessoas o meu sentimento em relação à iluminação, que é

No primeiro dia de palestras foram abordados temas como a importância do lighting design na arquitetura de interiores;

56

algo ligado à poesia, à beleza e à importância do sonho que se realiza. A Arena estava bárbara”, enfatizou Norah.

os desafios da indústria na adoção da tecnologia LED; luz no

Marcos Castilha, lighting designer titular do Castilha Ilumina-

paisagismo; certificação AQUA; a construção sensorial pela luz

ção, foi o quarto palestrante do dia e falou sobre “O projeto de

e iluminação em aeroportos.

iluminação e a certificação AQUA”. “Tentei passar os ensinamen-

Quem teve a honra de abrir o evento foi Paula Carnelós,

tos para a obtenção da certificação AQUA e mostrar que quem

lighting designer sócia-titular da Acenda Projeto de Iluminação

ganha no fim do processo é o cliente, que terá um produto de

L U M E ARQUITETURA


L U M E A R Q U I T E T U R A 57


evento nacional melhor qualidade. É interessante mostrar que

porque não havia nada diferenciado”, lembrou

este sistema, apesar de mais complexo, nos ga-

Mohana.

rante mais qualidade de concepção e implementação do projeto. É importantíssimo ter espaço

Dia 29 de junho

para cursos e workshops dentro das feiras de iluminação. Todas, além da exposição de produtos voltada para a área comercial, deveriam ter

tecnologia LED em três apresentações, sendo

a preocupação em passar conhecimento; isso é

uma delas mostrando sua aplicação junto às

educar o mercado”, afirmou Marcos.

fibras óticas; a iluminação em monumentos; a

Vitor Penha, diretor de criação do Estúdio

luz em ambientes hospitalares e a iluminação

Penha, abordou a questão sensorial da luz com

de museus. A abertura do dia foi realizada por

a palestra “Ouvir a luz: construção sensorial”.

Vinicius Marchini, CEO e cofundador da Brilia,

“É muito importante esta iniciativa porque a luz,

com a palestra “LED inteligente: a luz na era

em função das mudanças tecnológicas e de

digital”. “Com a Internet das Coisas, abre-se

sua sensibilidade, é pouco debatida e pouco

um novo capítulo para a tecnologia LED, onde o

compreendida como significado e como estímu-

produto, além de mais eficiente e durável, pode

lo. Cada vez que levamos um pouco de nosso

fazer mais por nós e permitir que o controlemos

conhecimento sobre luz, o mundo vai ficando

de formas mais inteligentes. Achei a iniciativa da

mais sensível”, disse Vitor.

Arena muito interessante e espero que ela possa

Fechando o primeiro dia do evento, Regina Coeli Barros e Mohana Lima, lighting designers titulares do Archidesign, palestraram sobre

58

O segundo dia de palestras abordou a

ocorrer nas próximas edições da feira”, contou Vinicius. Leonardo Barreto – engenheiro eletricista do

“Iluminação de aeroportos - estudos de casos”.

IPHAN, especialista em iluminação e presidente

“Tentamos passar que um projeto de iluminação

da ASPHAN – falou sobre “Iluminação de monu-

não pode ser feito no final de uma obra, ele

mentos – A luz na preservação e valorização de

precisa iniciar desde a concepção do projeto

acervos culturais”. “As pessoas participam da

de arquitetura. Se todas as especialidades não

feira não apenas para ver equipamentos, mas

estiverem trabalhando em equipe o resultado fi-

para pensar o uso deles. Espero que eu tenha

nal não será satisfatório. A Arena atraiu algumas

ajudado a pensar a iluminação de monumentos,

pessoas que não estavam mais vindo à Expolux,

apresentando os critérios que os órgãos de

L U M E ARQUITETURA

participantes passaram pela Arena do Conhecimento durante quatros dias de palestras



evento nacional

preservação adotam e quais são os conceitos

apresentada por Gilberto Costa, engenheiro

que devem embasar os projetos nesta área,

eletricista pela UFRGS (Universidade Federal

principalmente o respeito ao monumento”,

do Rio Grande do Sul), professor do IPOG

explicou Leonardo.

e autor do livro “Museus, Luzes e Desafios”,

A apresentação intitulada “LED em prática”

lançado no estande da revista Lume Arquitetu-

foi ministrada por Umberto Boggian, supervisor

ra, também na Expolux. “O museu é uma obra

técnico da Stella. “As pessoas acham que a

diferenciada e sua iluminação tem que seguir

portaria 144 do Inmetro vai solucionar toda a

esta mesma linha. Não podemos pensar que

questão qualificativa do LED, mas ela é uma

só os museus grandes são importantes, porque

portaria ainda aquém do que podemos ter com

os pequenos têm os mesmos problemas”,

os LEDs. Há uma série de empresas, como a

contou Gilberto.

Stella, que está trabalhando para mostrar ao

cas com LEDs: uma nova era na condução da

de dos LEDs. A iniciativa da Arena é sensacio-

luz”, foi realizada por dois palestrantes: Wilson

nal e esperamos poder participar mais vezes”,

Sallouti, especialista em iluminação com fibras

detalhou Umberto.

óticas, e Vicente Scopacasa, consultor na área

Neide Senzi, lighting designer titular da

de iluminação e professor em cursos de espe-

Senzi Consultoria Luminotécnica, lotou a Arena

cialização e pós-graduação. “Mostramos a con-

ao falar sobre “A luz na arquitetura hospitalar”.

tribuição que o LED pode dar para os sistemas

“Quis passar em minha palestra que existem

de iluminação com fibras óticas. Explicamos

critérios de análise de projeto que se você não

que a fusão destas duas tecnologias é viável e

vivencia e não é expert pode estar criando uma

pode trazer resultados incríveis, como já está

problemática em desenvolvimento. A ilumi-

acontecendo na prática. A iniciativa da Arena

nação de hospitais é uma área específica, de

é exemplar, a Lume Arquitetura está de para-

grande complexidade, e não são todos que po-

béns”, explicou Wilson. Vicente complementa:

dem desenvolver projetos nesta área. Gostaria

“A parceria no desenvolvimento do produto

de parabenizar pela iniciativa da Arena, pois é

foi muito boa porque conheço o Wilson e o

extremamente importante que as pessoas pos-

pessoal da Fasa Fibra Ótica há um bom tempo.

sam entender nosso mercado”, disse Neide.

Os projetos que geramos são muito bons, com

A palestra “Os desafios dos museus” foi 60

A ultima apresentação do dia, “Fibras Óti-

mercado que há uma diferenciação na qualida-

L U M E ARQUITETURA

especificações adequadas e eficientes”.


Dia 30 de junho

de criar uma Arena do Conhecimento é provocadora e agrega um valor enorme à feira”, disse

As apresentações do terceiro dia abordaram assuntos como os efeitos da luz na vida dos

Cláudia. A palestra “Efeitos não visuais da luz

seres humanos – tema de duas palestras; a

artificial e o projeto luminotécnico” foi realizada

integração das luzes natural e artificial; luz na

por Ruy Soares, lighting designer titular do We

hotelaria; design e conceito de luminárias e ín-

Light. “É uma preocupação da indústria a rela-

dice de reprodução de cores. David Bosboom,

ção do nosso organismo, da nossa fisiologia,

lighting designer titular do LDB Lights, com a

com a luz artificial, especialmente dos LEDs.

tradução simultânea de sua sócia, Lilian Bos-

É um assunto de interesse da medicina, da

boom, abordou o tema “Iluminação centrada no

biologia, da psicologia, da arquitetura e, para

ser humano - Luz para uma vida mais saudá-

minha surpresa, está se tornando do interesse

vel”. “É muito importante uma feira como a Ex-

também do público geral. Essa oportunidade

polux transmitir conhecimento, porque um dos

de levar às pessoas um conhecimento recente,

problemas no Brasil é o baixo nível de conheci-

que temos adquirido mundialmente, pois é um

mento em todas as esferas: cliente, fabricante,

assunto muito novo, é imprescindível e só tenho

lighting designers e arquitetos. Especificamente

a agradecer”, detalhou Ruy.

na área de iluminação, é preciso mais informações e de melhor qualidade”, afirmou David. Cláudia Torres, lighting designer e profes-

Guinter Parschalk, lighting designer titular do Studioix, falou sobre “Luz & hospitalidade na iluminação de hotelaria”. “Com minha idade

sora do curso de arquitetura e urbanismo da

e experiência prefiro mostrar projetos do meu

Universidade Federal da Paraíba, ministrou

portfólio e justificar um pouco o motivo da-

a palestra “A poética da luz natural e artificial

quelas escolhas, qual era o problema e como

integradas ao projeto de arquitetura”. “Quis

o resolvemos. A intenção foi apresentar os

passar que estamos em um momento de

projetos de hotelaria e apontar seus desafios

evolução tecnológica muito grande e de busca

e diferenciais, despertando a curiosidade das

de significado da arquitetura e iluminação. A

pessoas”, afirmou Guinter.

luz é um elemento extremamente básico, mas

Marco Dias, gerente de produtos da

muito importante e precisa estar vinculada a um

Newline, abordou o tema “Design e conceito no

conteúdo e um sentido do espaço. A iniciativa

mercado brasileiro”. “Tentei transmitir de que

L U M E A R Q U I T E T U R A 61


evento nacional

maneira a equipe Newline busca tendências no

e Procel Edifica”. “Este é um tema de relevância

mercado nacional e internacional para acertar na

para o mercado profissional de iluminação porque

criação de seus produtos, atendendo as expec-

exige vários requisitos além do projeto luminotéc-

tativas de seus clientes. A iniciativa da Arena é

nico convencional e observamos que as edifica-

ótima, já que incentiva e promove os profissionais

ções mais renomadas muitas vezes procuram

a divulgarem seus conceitos e experiências para o

estes tipos de certificação”, explicou Juliana.

mercado de iluminação”, contou Marco. Daniel Feldman, professor nos cursos de pós-

João Gabriel Pereira de Almeida, engenheiro eletricista do Ceilux (Centro de Excelência em

-graduação em iluminação do IPOG (Instituto de

Iluminação), traçou uma “Breve história dos pro-

Pós-graduação e Graduação) e do Centro Univer-

gramas para cálculos de Iluminação e o DIALux

sitário Belas Artes de São Paulo, fechou o terceiro

evo”. “A iniciativa da Arena é excelente. O merca-

dia da Arena com a palestra sobre “Índice de

do carece de eventos como este, técnicos e que

Reprodução de Cores”. “O IRC, se não for casado

passam informação por meio de profissionais que

com temperatura de cor e distribuição espectral,

estão no mercado compartilhando seus conhe-

causa uma visão distorcida do que efetivamente

cimentos. Tentei passar que precisamos dar um

a fonte de luz pode fazer. Para um estudioso e

upgrade em nossos projetos. Não podemos mais

para quem trabalha com iluminação, é preciso se

fazer projetos somente no sentimento, é preciso

aprofundar no assunto. Tenho que dar parabéns a

utilizar as ferramentas de cálculos”, disse João

Lume Arquitetura pela Arena, pois conhecimento é

Gabriel.

algo que não acaba nunca”, enfatizou Daniel.

A palestra “Simply Perfect Light” foi realizada por Susan Larson, vice-presidente de vendas

Dia 1º de julho

da Soraa, e contou com tradução simultânea de Leonardo Oselame, gerente de planejamento da

O último dia de apresentações também

62

Save Energy, representante oficial da marca norte-

contou com a Arena lotada, mesmo tratando de

-americana no Brasil. “Trabalhando com ilumina-

temas mais densos, como a Certificação LEED e

ção técnica de especificação é importante que

Procel Edifica; softwares de iluminação; e automa-

consigamos difundir o pouco de conhecimento

ção residencial. Juliana Iwashita, diretora da Exper

que temos e aprendemos com a Soraa e com os

Soluções Luminotécnicas se debruçou sobre “A

profissionais de iluminação com os quais traba-

iluminação nos processos para Certificação LEED

lhamos. A ideia é reeducar o mercado para que

L U M E ARQUITETURA

horas de palestras sobre diversos temas da iluminação


ele entenda o que está comprando. Queremos

nós fazemos. O que as pessoas veem quando

melhorar a qualidade da iluminação, dos produ-

estão na Expolux é o resultado final do nosso

tos e até da fabricação nacional; dar um passo à

trabalho, mas não imaginam como a gente chega

frente”, informou Leonardo.

a ele”, disse Donato.

O tema “Automação residencial – Uma ten-

A Arena do Conhecimento Simpolux – Lume

dência irreversível” ficou a cargo de José Roberto

Arquitetura foi oficialmente encerrada com a

Muratori, presidente da Aureside (Associação

palestra “Claro e escuro: uma dualidade neces-

Brasileira de Automação Residencial e Predial).

sária”, de Betina Martau, mestre em arquitetura e

“Foquei minha apresentação em despertar o

doutora em engenharia civil, professora e pesqui-

interesse dos profissionais para conhecer, fazer

sadora da UFRGS. “Sabendo que este conheci-

parcerias ou até mesmo participar ativamente

mento da iluminação circadiana está consolidado

do mercado de automação residencial. Entende-

e esta é uma feira de negócios, mostrei qual é

mos que nestas mostras, mesmo não sendo de

o potencial de mercado que tem este tipo de

automação e sim iluminação, pois, como mostrei,

iluminação. Por isso trouxe números dos estudos

iluminação converge demais com automação, as

dos impactos econômicos da implantação de

pessoas percebem a importância desta parceria”,

sistemas considerando o ciclo circadiano. A Arena

afirmou José Roberto.

é uma ótima oportunidade de levar extramuros as

Donato Acordi, sócio da Accord Iluminação,

pesquisas e o conhecimento que produzimos na

mostrou um pouco do trabalho de sua empresa

universidade, aumentando a possibilidade de que

na apresentação “Accord Iluminação: Produção

mais pessoas consigam assimilar este conhe-

e design 100% nacional”. “Avalio que a Arena é

cimento e mudar suas práticas de projetos, até

muito positiva porque para nós, como fabricantes,

porque estamos falando da saúde das pessoas, é

é uma oportunidade de mostrar um pouco o que

uma causa bem importante”, finalizou Betina.


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Luminárias Tubulares T8 SUPERLED. São tão bonitas e econômicas que só podem ser da Ourolux.

Quando estão desligadas, você vê o quanto são bonitas e decorativas. E quando ligadas, você vê a alta qualidade e o baixo consumo de energia em ação. As luminárias T8 SUPERLED da Ourolux já vêm com lâmpadas LED e são ideais para cozinhas, lavanderias e escritórios. Se você procura praticidade, qualidade e elegância em luminárias, você acaba de encontrar.


perfil empresas

Ourolux A empresa iniciou suas atividades há quase 25 anos como distribuidora de produtos de iluminação. Em 2005 criou a marca Ourolux e nela concentrou seus esforços e investimentos. Em 2009 lançou a marca e a linha SUPERLED, o que mais tarde a levaria à liderança neste segmento.

Principais áreas de atuação A empresa é especializada em produtos inovadores para o mercado de iluminação, como lâmpadas, luminárias e LEDs.

de Vendas, realizada pela Nielsen em parceria com a Abras (Associação Brasileira de Supermercados). Além de ter ficado na 3ª posição no Prêmio Abreme Fornecedores, em 2015.

Atualmente possui uma linha com mais de 500 produtos. A empresa possui departamento de projetos? Entidades de classe que participa

Não.

Associada à Abilux (Associação Brasileira da Indústria de Iluminação).

Principais projetos executados recentemente Em 2013, a Ourolux forneceu todas as lâmpadas para

Especialidades Produtos para iluminação (lâmpadas e luminárias) de

o projeto realizado no Drud´s Hotel, em Hortolândia (SP), primeiro hotel do Brasil inteiramente iluminado por LEDs.

ambientes residenciais, comerciais e industriais. 2

Prêmios recebidos A empresa recebeu o prêmio de Produto do Ano da revista Eletricidade Moderna em três anos consecutivos: 2013, 2014 e 2015. De 2012 a 2016 esteve no Top 5 da pesquisa Líderes 1

66

L U M E ARQUITETURA


Uma história na sua história Em junho de 2012, a Ourolux forneceu lâmpadas SUPERLED para a “Rio + 20”, sendo na ocasião a única empresa com estoque suficiente para atender à necessidade da organização do evento. As lâmpadas foram enviadas para o Rio de Janeiro por via aérea. Nosso gerente comercial na cidade foi pessoalmente retirar os produtos no aeroporto, acompanhando a entrega no evento. Divulgação

Atua em outro segmento? Não.

Nome da empresa: Ourolux Comercial Ltda

A empresa possui designers fixos para a criação das luminárias? Onde buscam inspiração? A empresa não possui designers fixos, ela busca

Data de fundação: Outubro de 1992

inspiração em visitas a eventos internacionais e a fornecedores no exterior.

Fundadores: Não divulgado

Possui showroom e/ou laboratório? O showroom da Ourolux fica no escritório da empresa,

Diretoria comercial: Antonio Carlos Pazetto

no bairro do Paraíso, em São Paulo. Já o laboratório está localizado em Guarulhos, Grande São Paulo.

Número de funcionários: 300 funcionários

3

Faturamento médio nos últimos anos: Não divulgado Site: www.ourolux.com.br Facebook: www.facebook.com/ourolux.oficial Twitter: twitter.com/ourolux_oficial

4

1

Laboratório da Ourolux, em Guarulhos (SP).

2

Drud´s Hotel, em Hortolândia (SP).

3

Centro de distribuição da Ourolux, em Guarulhos (SP).

4

Centro de distribuição da Ourolux, em Guarulhos (SP).

L U M E A R Q U I T E T U R A 67


A empresa desenvolve produtos equipados com a

nacional de lâmpadas. Atualmente, 100% dos

tecnologia LED?

produtos são importados.

A Ourolux afirma ter o maior portfólio de produtos em LED no Brasil, tecnologia que proporciona grande economia de energia elétrica

Avaliação do mercado de iluminação. Com a entrada dos produtos em LED,

em relação às lâmpadas halógenas e fluorescentes.

inúmeras marcas foram introduzidas no

O que era uma tendência, há alguns anos, hoje é

mercado, muitas dessas com baixa qualidade.

realidade e já abriu um enorme mercado, em franca

O consumidor, porém, com o passar do tempo,

expansão. O uso de produtos LED só aumenta em

passou a distinguir os produtos de qualidade.

todos os países e a tendência é que, em poucos

Com a certificação do LED, a enorme

anos, represente a maior fatia no mercado de

quantidade de marcas desconhecidas está

lâmpadas. As demais tecnologias aos poucos se

sendo eliminada por não atenderem às suas

tornarão obsoletas.

exigências. Os elevados custos para manter um grande portfólio de produtos fizeram com

Como está inserido no mercado de iluminação? A Ourolux é líder em vendas de produtos LED. Também ocupa a 3ª posição entre os líderes

que muitos players reduzissem suas linhas. A Ourolux investiu na manutenção da linha mais completa de produtos de iluminação.

de vendas do varejo alimentar e a liderança no A empresa trabalha no mercado de exportação

atacado alimentar.

também? Por quê? Qual a principal diferença do mercado de iluminação no início das atividades da empresa e agora? No início, a quantidade de players era muito

Iniciamos as atividades recentemente, pois percebemos que a marca Ourolux já ultrapassou as fronteiras do Brasil.

inferior à de hoje em dia. Ainda havia produção

PRODUTOS CARROS-CHEFE

SUPERLED Tube SUPERLED Ouro 60 Tipo: Lâmpada LED bulbo Potência: 6W Voltagem: Bivolt Temperaturas de cor: 2700K e 6400K Detalhes: Lentes de 15°, 38° ou 30° X 65° (oblonga)

Luminária de Emergência Tipo: Luminária de Emergência Potência: SUPERLEDS de 1W e 2W Voltagem: Bivolt Detalhes: Funciona com pilhas recarregáveis (inclusas no produto).

68

L U M E ARQUITETURA

Tipo: LED tube Potência: 9W, 10W, 18W e 20W Eficiência luminosa: 104lm/Watt Temperaturas de cor: 4000K e 6400K Voltagem: Bivolt Detalhes: Corpo em alumínio ou vidro.



holofote

De que forma a iluminação se tornou

desenhadas para a lógica do LED. Ele é

sua principal atividade como arquiteta?

um componente eletrônico, bidimensional

Estive, no início da carreira, por quase

e que requer lentes e drivers, portanto,

dez anos trabalhando em escritórios

pensar luminárias para ele é diferente de

tradicionais de projetos arquitetônicos;

pensar o desenho de luminárias para um

neste período, aos poucos e de forma

bulbo tubular ou esférico, como eram as

autônoma, construí a percepção de como

antigas lâmpadas.

a luz era capaz de interferir na construção dos espaços, modelar a arquitetura e criar

Quais foram os trabalhos mais impor-

mudanças de ambiente para um mesmo

tantes da sua carreira até hoje?

lugar. Percebi que existiam aparelhos

O Parque Municipal dos Oleiros, em Tere-

distintos para efeitos diferentes, então fui

sina (PI); o Centro Cultural Pivô, na capital

estudando essas particularidades como

paulista; e alguns restaurantes, lojas e

os tipos de aberturas de facho, montagens que incorporavam a emissão da iluminação à arquitetura. Então, quando colaborei no escritório do arquiteto Mauro Munhoz, tomei contato mais próximo com a disciplina, conheci alguns projetistas de iluminação e, a seguir, passei a colaborar no escritório Franco + Fortes.

Arquiteta conta sobre o início de sua trajetória na iluminação e da influência do LED neste mercado. Entrevista concedida a Adriano Degra

Em sua opinião, que tipo de formação um lighting designer deve ter? O lighting designer deve ser capaz de visualizar e compreender profundamente o projeto arquitetônico, saber ser sutil quan-

Mendes da Rocha. Nesse tipo de arqui-

do assim a arquitetura pedir, e também

tetura é comum lidar com a luz como se

saber a hora de ser criativo e propositivo.

Quais foram os desafios e as dificulda-

as lâmpadas fossem o principal elemento

É sempre um trabalho que vai envolver o

des encontradas para se estabelecer

da iluminação e não a luminária como um

relacionamento com muitas pessoas: os

como um escritório de lighting designer

todo, o que foi um tabu a ser quebrado.

clientes, arquitetos, engenheiros, paisa-

independente?

70

edifícios corporativos com o selo AQUA.

gistas, o construtor e os fornecedores. No

Estamos num processo constante de

Como você avalia o mercado de ilumi-

meu ponto de vista, é importante ter uma

formação de um público consumidor

nação hoje com relação a como ele era

apreciação pela luz em termos gerais, em

do projeto de iluminação. Há quase 12

quando você começou?

fotografia, cinema, teatro, pinturas, etc.

anos, quando comecei, muitas vezes foi

Percebi que a chegada da tecnologia LED

preciso explicar detalhadamente onde

foi uma boa oportunidade para quebrar

Recentemente houve o banimento das

eu poderia ajudar, que tipo de qualidade

esse paradigma que comentei anterior-

lâmpadas incandescentes no Brasil;

seria adicionada ao ambiente, ou seja, o

mente, de ver a fonte da iluminação como

você sentirá falta desta fonte de luz em

tipo de suporte que alguém que conhece

sendo a lâmpada e não a luminária. Com

seus projetos?

tecnicamente muitos produtos de ilumi-

a nova tecnologia, faz mais sentido pen-

Existem outras opções com o mesmo bul-

nação pode oferecer. Meus principais

sar no componente emissor de luz, o LED,

bo da incandescente com uma pequena

clientes eram arquitetos, em especial ar-

como mais integrado a um conjunto ótico,

cápsula de lâmpada halógena em seu

quitetos formados na “Escola Paulista de

à luminária. Vejo, contudo, que no mer-

interior, e é possível obter um resultado

Arquitetura” cujo um dos pilares é Paulo

cado ainda existem poucas luminárias

muito próximo.

L U M E ARQUITETURA



opinião

O despertar de um luminotécnico Formação acadêmica e sensibilidade projetual Por Betina Tschiedel Martau O ensino de iluminação nos cursos de gra-

a emoção”, afirma Brandston (2010, p.29),

duação apresenta uma série de desafios, entre

indicando a necessidade de utilizar outros

eles a fragmentação do processo de projeto

instrumentos para entender como as pessoas

e a demasiada ênfase em aspectos técnicos

reagem aos espaços. Ao colocar o indivíduo como centro do

e quantitativos, com atividades muitas vezes

projeto, o aluno busca focar na forma com que

focadas em simulações em softwares.

as pessoas irão reagir ao ambiente luminoso. Partindo-se do pressuposto de que a ilumina-

na prática, hoje já é possível encontrar cursos

ção está cada vez mais focada nos aspectos

ou disciplinas específicas sobre iluminação em

emocionais dos usuários e menos em aspec-

qualquer nível de formação, desde cursos de

tos meramente funcionais (quantidade de luz

curta duração (extensões) até especializações

nas tarefas), a busca por novas formas de

(pós-graduação). As possibilidades de busca de conhecimento mais formal se ampliaram em número, mas não necessariamente em qualidade.

Divulgação

Diferentemente da formação dos luminotécnicos da minha geração, que aprendiam

ensinar a projetar a criação de atmosferas com luz demanda um novo olhar metodológico.

Utilizo uma metodologia para ensinar a pensar a iluminação

Apesar de a área de iluminação hoje ocupar um espaço con-

partindo de conceitos como o design centrado no usuário, cria-

sagrado como parte importante da Arquitetura, muitas disciplinas

ção de atmosferas e representações de narrativas através de

ainda abordam o seu projeto com etapas metodologicamente

storyboard em papel preto, o que tem gerado experiências didá-

muito semelhantes aos projetos elétricos, utilizando ferramentas

ticas enriquecedoras. Para projetar atmosferas com luz é preciso

de cálculo e modelos de visualização disponíveis.

organizar as percepções desejadas. Uma forma de ensinar aos

DIALux e Relux são os softwares mais comuns atualmente

alunos esse processo é a partir da lógica de criação de narrativas

utilizados no meio acadêmico, tanto por sua facilidade de

de projeto. As narrativas visam descrever as experiências que

utilização quanto pelo fato de serem gratuitos. Apesar de ex-

se quer oferecer aos usuários em termos de percepção da luz.

tremamente realistas, os softwares são, muitas vezes, dema-

É preciso alterar o currículo das disciplinas de conforto

siadamente demorados para uma etapa inicial exploratória de

que abordam tema de iluminação para que os conteúdos

ideias e conceitos. Essas ferramentas são de grande valia no

possam refletir esta nova forma de ensinar a iluminar. Usando

processo ensino-aprendizagem, mas oferecem pouco espaço

de criatividade e comprometendo os alunos em seu processo

para o raciocínio crítico e o desenvolvimento da capacidade

de aprendizagem, esta estratégia é sugerida como forma de

propositiva do aluno, sendo, portanto, mais apropriadas para

alcançar resultados mais efetivos no ensino de iluminação para

as etapas finais do projeto luminotécnico.

os cursos de graduação.

A prática docente torna evidente a necessidade de valorizar aspectos como o atendimento das necessidades do usuário e a capacidade e sensibilidade do aluno para propor estratégias de iluminação capazes de gerar uma experiência emocional. “Eu nunca vi luxímetro que tivesse olhos, ou que pudesse medir 72

L U M E ARQUITETURA

Betina Tschiedel Martau Mestre em arquitetura, doutora em engenharia civil e professora e pesquisadora do Propar (Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Arquitetura) da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).




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