Revista Litoral Bahia 2ª Edição

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ANO 1 | EDIÇÃO 2 | Setembro e Outubro de 2017

Lauro de Freitas, Camaçari e Mata de São João Distribuição gratuita

REVISTA LITORAL BAHIA - Lauro de Freitas, Camaçari e Mata de São João - Distribuição gratuita - ANO 1 | EDIÇÃO 2 | Setembro e Outubro de 2017

FRANCESCO FARUGGIA

“O próximo Google ou Microsoft pode estar no interior da Bahia”

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CÂNCER DE MAMA E DE OVÁRIO

Setembro e outubro são meses de campanha para a prevenção

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Editorial

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m primeiro lugar, gostaríamos de agradecer por toda receptividade com relação à primeira edição e falar da bem-sucedida distribuição. A qualidade e seriedade permeiam o nosso trabalho, desde a escolha da pauta, à produção dos textos e ao layout, finalizando com o processo da entrega. A revista foi distribuída nos principais estabelecimentos comerciais, órgão públicos, edifícios médicos e odontológicos, clínicas, hospitais, lojas, shopping centers, hotéis, escritórios, restaurantes, faculdades, escolas, entre outros, localizados na sede de Camaçari, Lauro de Freitas e Mata de São João, além do litoral, passando por toda a Estrada do Coco, Arembepe, Guarajuba, Imbassaí, Praia do Forte até o Complexo Sauípe.

Na linha editorial, estamos atentos ao que de melhor acontece na região. Neste sentido, a matéria de capa fala do lançamento da pedra fundamental, com obras já iniciadas, do Cimatec Industrial e de uma unidade ampliada do Senai, importantes empreendimentos que irão possibilitar uma terceira via de investimentos no Polo de Camaçari. Temos a honra de publicar uma entrevista exclusiva com o italiano Francesco Faruggia, fundador da Campus Party, um dos maiores eventos de tecnologia do mundo. Ele ministrou uma palestra no Cine Teatro Lauro de Freitas, e nós fomos registrar este momento único. Rumo aos 40 anos, publicamos uma matéria sobre o Polo de Camaçari, um dos principais complexos industriais do país e destaque da economia baiana.

Deslocando para o cenário litorâneo, registramos o Coreto Hype que aconteceu em Imbassaí e é destaque como matéria e na seção Um Dia no Litoral. A feira trouxe para o local o clima do viver o espaço público com arte, gastronomia, sustentabilidade e lazer. Na praia de Itacimirim, fomos conferir o Circuito Camaçariense de Surf 2017.

Como setembro e outubro são meses de campanhas de prevenção aos cânceres de mama e de ovário, temos uma matéria especial sobre este assunto, com informações de como identificá-los, tratá-los e onde buscar tratamento. Também falamos sobre os 55 anos de emancipação política de Lauro de Freitas, da lei dos estacionamentos rotativos privados do município, bem como assuntos

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sobre arquitetura, vida equestre, literatura e meio ambiente.

A partir desta segunda edição, teremos uma nova colunista, a pedagoga Érica Falcão, que vai falar sobre Cultura Teen e Geek, para dialogar com os jovens e também com os pais sobre o mundo da educação e tecnologia. A advogada Carla Saback, especialista em Direito Imobiliário e Empresarial, continuará contribuindo mensalmente com artigos voltados para as questões jurídicas da Região Metropolitana.

Outra grande novidade é a Coluna Total!, uma parceria entre a Revista Litoral Bahia e a Total Comunicação, agência comandada por Tamyr Mota e Renato Franca, especializada em assessoria de imprensa, relações públicas, geração de conteúdo e mailing, que atende a clientes de diversos segmentos como luxo, gastronomia, arquitetura, decoração e moda.

Foram muitas as mensagens que recebemos de leitores, autoridades e empresários aprovando a proposta que estamos oferecendo: de uma publicação de qualidade voltada para a informação local e regional.

Agradecemos a todos, ao tempo em que reafirmamos o nosso compromisso com este projeto.

Boa leitura!

Sara Santiago Diretora/Editora-chefe

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Editora

COMUNICACAO SOS Comunicação Av. Luís Tarquínio Pontes, 2580, Ed. Villas Empresarial I, Buraquinho, Lauro de Freitas.

Telefone: (71) 3340-1855 Site: www.revistalitoralbahia.com.br

Diretora/Editora-chefe Sara Santiago – MTE 3685 sara@revistalitoralbahia.com.br Departamento Comercial Lúcio Saback comercial@revistalitoralbahia.com.br

6 Polo de Camaçari rumo aos 40 anos

Jornalista freelancer Juliana Brito

13 “O próximo Google ou Microsoft pode estar no interior do sertão baiano”

Projeto gráfico e Design Editorial: Eduardo Silva

Literatura: Trilogia das autoras Débora Knittel e Érica Falcão

Impressão XColorum Imagens Inteligentes – Gráfica e Comunicação Visual

Coreto Hype movimenta Imbassaí

Tiragem - 15 mil exemplares

Coluna Total

Camaçari ganha unidades do Cimatec Industrial e Senai

Mesa Posta Um dia no litoral - Imbassaí

É hora de falar da saúde das mamas e ovários

CONTATO PARA ANÚNCIO comercial@revistalitoralbahia.com.br (71) 3340-1855

Estabelecimentos de Lauro de Freitas vão poder cobrar uso de estacionamento Requalificação da Via Atlântica beneficia 400 mil na RMS Ser youtuber de sucesso. Caminhos e desafios de Carol Alves Itacimirim recebe segunda etapa do Circuito Camaçariense de Surf 2017

FALE COM A REDAÇÃO

Falando sobre a nutrição atual

Para sugestão de pauta ou cobertura

Parque Ecológico no coração de Vilas

fotográfica da Seção Um Dia no Litoral, envie

Outlet recebe Feira Agroecológica aos sábados

email para: jornalismo@revistalitoralbahia. com.br.

Decor Day reúne arquitetos, designers e decoradores O direito dos animais e as relações de vizinhança em condomínios fechados

Revista

Universo Pet - Ariel Serumaninho

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Bahia A Revista Litoral Bahia é mensal, com distribuição gratuita no Aeroporto Internacional de Salvador, nos principais estabelecimentos comerciais, concessionárias, órgãos públicos, cartórios. clínicas, hospitais, laboratórios, consultórios odontológicos, shopping centers, hotéis, escritórios, restaurantes, escolas, faculdades e supermercados localizados em Camaçari, Lauro de Freitas e Mata de São João, incluindo o Polo Industrial (COFIC) e Cidade do Saber, em Camaçari. No litoral, em toda a Estrada do Coco, passando por Vilas do Atlântico, Busca Vida, Arembepe, Guarajuba, Itacimirim, Praia do Forte, Imbassaí até o Complexo Sauípe, incluindo os principais hotéis e pontos turísticos da Linha Verde..

A revista não tem nenhuma responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciantes em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade sejam obedecidas, cabendo ao leitor avaliar e pesquisar informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos a normas do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CONAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A Revista Litoral Bahia não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do artigo 3º do Código de Defesa do Consumidor, e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, pela impossibilidade de se deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. Contudo, para zelar pela integridade e credibilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições, a Revista Litoral Bahia se reserva ao direito de recusar ou suspender a veiculação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimento ao consumidor ou às empresas.

Opiniões emitidas nos artigos publicados são de responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, a opinião da Revista Litoral Bahia e da Editora SOS Comunicação. Todas as matérias que possuem o nome do anunciante ou da sua marca na parte superior da página são de responsabilidade do anunciante em questão.

As imagens dos anúncios publicitários e das colunas assinadas veiculadas na Revista Litoral Bahia são de responsabilidade dos respectivos anunciantes e colunistas. É proibida a reprodução total ou parcial de matérias, gráficos, e fotos publicadas nesta edição, por qualquer meio, sem autorização expressa por escrito pela Editora SOS Comunicação, de acordo com a Lei 9.610 de 19/02/1998, sobre Direitos Autorais.

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Lauro de Freitas faz aniversário e se mantém como um dos destaques do estado

Baianos são premiados na 36ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador

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CENAS DO LITORAL

Pôr do sol no Parque Klaus Peters, em Praia do Forte.

Um brinde à contemplação da natureza.

Fábio Lima Foto e texto

Leitor, este espaço é dedicado a você que registra as belas cenas do Litoral Norte da Bahia. Envie a sua foto e frase para jornalismo@revistalitoralbahia.com.br.

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Há mais de 20 anos no mercado

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Fabricação & Adaptação

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Polo de Camaçari rumo aos 40 anos

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Literatura: Trilogia das autoras Débora Knittel e Érica Falcão Projeto gráfico e Design Editorial: Eduardo Silva

Camaçari ganha unidades do Cimatec Industrial e Senai Coreto Hype movimenta Imbassaí

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Mesa Posta Um dia no litoral - Imbassaí Coluna Total

Tiragem - 15 mil exemplares

É hora de falar da saúde das mamas e ovários Estabelecimentos de Lauro de Freitas vão poder cobrar uso de estacionamento

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Requalificação da Via Atlântica beneficia 400 mil na RMS Ser youtuber de sucesso. Caminhos e desafios de Carol Alves Esportes Falando sobre a nutrição atual

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Bahia

Serviços

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Ambulâncias

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Reboques

Lauro de Freitas faz aniversário e se mantém como um dos destaques do Fone: 71-3508-0720 - jonatas@marimarnordeste.com.br estado Rua Floresta Azul, 170, Vida Nova, Lauro de Freitas, Bahia, CEP: 42.700-000 As imagens dos anúncios publicitários e das colunas assinadas veiculadas na Revista Litoral Bahia são de responsabilidade dos respectivos anunciantes e colunistas. É proibida a reprodução total ou parcial de matérias, gráficos, e fotos publicadas nesta edição, por qualquer meio, sem autorização expressa por escrito pela Editora SOS Comunicação, de acordo com a Lei 9.610 de 19/02/1998, sobre Direitos Autorais.

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56 Baianos são premiados na 36ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador

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INDÚSTRIA E RIQUEZA

Polo de Camaçari rumo

aos 40 anos

Um dos principais complexos industriais do país, destaque da economia baiana, o Polo completará 40 anos em 2018, e quer atrair novas e diversificadas empresas à região Por Juliana Brito juliana.brito@revistalitoralbahia.com.br

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Polo de Camaçari está na contagem regressiva dos seus 40 anos, a serem comemorados em 29 de junho de 2018. Considerado o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul, já enfrentou, com êxito, diversas fases e desafios da economia brasileira e pretende, nos próximos anos, atrair mais investimentos e diversificar os tipos de indústrias instaladas na área.

“O Polo ainda é um exportador de matérias-primas e produtos in-

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termediários, não tem ainda uma participação expressiva de empresas que fazem produtos finais, ou seja, aqueles que você enxerga na prateleira. Um dos objetivos é atraí-las. Elas produzem maior volume de empregos e valor agregado. Dos 15 mil empregos diretos que o Polo gera, 50% vem da Ford, que é um exemplo desse tipo de indústria, 90% dessa mão de obra reside em Camaçari e Dias D´Ávila”, explica o superintendente de Desenvolvimento e Comunicação do Comitê de Fomento Industrial

de Camaçari (Cofic), Érico Oliveira.

O complexo reúne características atrativas para qualquer tipo de empresa. Além dos tradicionais incentivos estaduais e da própria estrutura oferecida, dois projetos importantes estarão em funcionamento em breve em Camaçari, o Cimatec Industrial e o novo Senai, que será ampliado, o primeiro com a finalidade de promover pesquisa, produção de soluções para empresas e inovação, enquanto o Senai vai formar mão de obra local.

Fotos: Cofic

Polo é responsável por 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado da Bahia

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MOTOR DA ECONOMIA BAIANA

oje, o Polo é responsável por 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado e esse percentual salta para quase 40% se for considerada a integração com a Refinaria Landulpho Alves. Além disso, produz R$ 1 bilhão em ICMS para a Bahia e responde por 90% da arrecadação tributária de Camaçari, que ficou conhecida, por causa dele, como

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“Cidade Industrial”. Outra contribuição de destaque é para as exportações baianas, sendo responsável por 30% delas. O ativo total do complexo deve superar os US$

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Fotos: Ag. BAPRESS

20 bilhões a partir desse ano.

O tamanho também impressiona. Numa área de aproximadamente 30 mil hectares estão 90 empresas: 35 unidades químicas e petroquímicas, 22 parceiras do Complexo Ford e outras de segmentos de metalurgia do cobre, têxtil, bebidas, celulose, pneus, fertilizantes, bebidas, serviços, energia eólica.

A última grande aquisição do Polo foi o Complexo Acrílico da Basf, há dois anos, onde foram investidos R$ 1,5 bilhão. Produz, em escala global, ácido acrílico, acrilato de butila e polímeros superabsorventes (SAP), utilizando como matéria-prima o propeno fornecido pela Unidade de Petroquímicos Básicos da Braskem.

Essa articulação entre cadeias, aliás, atraiu indústrias de transformação, como a Kimberly-Clark, fabricante de produtos de higiene pessoal e fraldas descartáveis.

O Polo abriga diversas empresas multinacionais, líderes em seus segmentos. Além da Braskem, que é o maior empreendimento privado do Brasil, há a Paranapanema, principal produtora de cobre eletrolítico da América do Sul; a BSC, única indústria que produz celulose solúvel com alto teor de pureza em toda a América Latina; a Deten Química, única produtora no país de LAB (linear alquilbenzeno), matéria-prima básica para produção de detergentes biodegradáveis; a Continental, que montou no Polo sua primeira unidade brasileira, e a Bridgestone na produção pneus; e a Ford. Gamesa, Torrebrás, Alston e Tecsis são destaques do setor eólico, um dos mais promissores e implantado recentemente.

PASSADO E FUTURO

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as nem sempre o Polo foi assim. Na verdade, a atual configuração se consolidou nos últimos 15 anos. Na sua primeira década, tinha outro modelo operacional, com forte participação do Estado e foco químico-petroquímico. A Petrobrás e sua subsidiária Petroquisa tinham a participação majoritária nas empresas. “Foi o primeiro polo industrial planejado. Havia uma participação tímida do empresariado nacional e o capital externo entrava basicamente trazendo tecnologia”, lembra Érico Oliveira.

A mudança de perfil se deu a partir do governo Fernando Collor, no início dos anos 90. Com a abertura do País aos produtos estrangeiros, as empresas nacionais tiveram que reestruturar suas estruturas de negócios, se descolando do estado brasileiro. Durante toda a década, as empresas privadas brasileiras e multinacionais começaram a crescer em presença em Camaçari e o complexo não parou de se diversificar.

A chegada da Ford, em 2001, foi o segundo marco nesta história. Em 2014, a multinacional inaugurou lá sua primeira fábrica de motores no Nordeste. Atualmente, a planta de Camaçari tem capacidade de produção de 250 mil veículos por ano que podem chegar a 300 mil.

Enquanto o Polo trabalha para continuar competitivo, ainda enfrenta alguns entraves, especialmente os logísticos, que dependem mais do empenho dos governos que de iniciativas empresariais. “O Brasil é menos competitivo por conta dos custos logísticos, dos custos tributários e impostos indiretos”, resume Oliveira. “Mas o Polo tem conseguido superar isso e acena com perspectivas positivas por conta dessa sua capacidade.

A Bahia tem uma localização estratégica, está no meio do caminho”.

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LITERATURA

Das fantasias de adolescentes para a literatura de

ficção fantástica

Fotos: Divulgação

Duas amigas de infância se reencontram após 30 anos e vivem juntas uma historia real cheia de ficção Por Sara Santiago sara@revistalitoralbahia.com.br

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uinha e Binha se conheceram na adolescência, na década de 80, quando se mudaram dos seus estados, Rio de Janeiro e São Paulo, respectivamente, para morar em Vilas do Atlântico. Elas fazem questão de esbanjar o título de primeiras moradoras, junto com suas famílias, do então loteamento e lugarejo de veraneio. “Aqui só tinham umas 30 casas, era tudo areal. Nossos pais foram pioneiros em querer morar aqui”, lembram. A efervescência da fase adolescente elas viveram juntas. Quase sempre dormiam na casa da outra, sem falar das mudanças quando, enfim, chegavam os fins de semana, com direito a pão na chapa à noite e às criações no quarto que adoravam fazer, como peça de teatro, paródias, coreografias etc. No diário de Quinha que somente grandes amigas tinham acesso, Binha foi a primeira a escrever, deixando um lindo poema que a amiga jamais esquecera ou deixara perder com o passar do tempo.

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Autoras com a trilogia O Eclipse da Lua Azul_

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de literatura que a gente consome. Eu amo literatura infantil e ficção fantástica. E quando nós começamos a escrever, foi na paixão mesmo. A gente foi evoluindo, fluindo e depois foi se transformando numa ficção fantástica. Só pensamos uma coisa: vamos escrever sobre duas amigas. Então quando voltamos de uma viagem, decidimos: vai ser uma jornada dessas jovens e os três mundos... aí a história foi acontecendo”, relembra Débora.

Num cantinho de uma cafeteria em Vilas, elas falaram para a Revista Litoral Bahia sobre a obra e mais um pouco sobre elas. Confira!

As duas têm em comum, desde pequenas, a forte influência dos familiares no hábito da leitura, uma com o pai, a outra com o avô, mais diretamente. Esse universo literário permeou o imaginário delas, ao ponto de se personificarem como personagens na vida real: uma se via como bruxa, a outra como princesa. Os anos se passaram e essas duas amigas cresceram, seguiram seus rumos, casaram, construíram suas famílias.

Distantes uma da outra por três décadas, elas se reencontraram e puderam cultivar a amizade até os dias de hoje. Mais que isso. Elas compartilharam parte de um sonho que não viveram na adoles-

cência, como viajar juntas, e protagonizaram a realização de um projeto tão ousado e desafiador.

Essa história poderia ser facilmente relacionada a duas personagens de ficção, porém, estamos falando da vida real, mais especificamente, de Érica Falcão (Quinha) e Débora Knittel (Binha), como elas carinhosamente se chamam. O reencontro das duas resultou na trilogia de ficção fantástica “Eclipse da Lua Azul”, que elas consideram fruto da perseverança e determinação, assim como das influências literárias que tiveram ao longo da vida. “A gente escreve o que a gente gosta, tanto de temas, quanto o tipo

Revista Litoral Bahia: A trilogia “O Eclipse da Lua Azul - Mundo Humano”, “Templo de Gelo Mundo Angelical” e “Raízes de Luz - Mundo Elemental” aborda três esferas. O que vocês descobriram com a escrita desses

livros? Érica: Que falar sobre energias e escolhas nos faz repensar sobre as nossas ações, principalmente sobre os cuidados com o Planeta Terra.

Débora: Eu acredito muito na sincronicidade, então fico muito atenta aos sinais. Eu tento captar o que está ao redor e fazer associações.

Quando começamos a construir o Eclipse, falamos dos três mundos, depois aprofundamos os outros dois mundos.

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consciência disso. Graças a Deus, a gente não teve perda dos pais, mas tivemos a perda do lugar de origem (risos)... olha que incrível!

E nunca falamos sobre isso... Érica: Todos nós vivenciamos perdas em algum momento das nossas vidas. E comigo não foi diferente. Então percebi que quando a gente escreveu a trilogia Eclipse da Lua Azul, falamos muito sobre as nossas escolhas e o quanto isso pode mudar o rumo das nossas vidas.

Débora e Érica se conheceram na adolescência, em Vilas do Atlântico

Revista Litoral Bahia: Algum personagem foi escolhido para representar alguém?

Débora: Os personagens são facetas, partes de nós, de alguém que conhecemos, de personagens que a gente se identificou.

Revista Litoral Bahia: Débora, de São Paulo, Érica, do Rio de Janeiro. De que forma a Bahia uniu vocês e influenciou na realização desse trabalho?

Débora:Hoje, vejo nitidamente como autora o quanto o livro tem da gente, da nossa história, do nosso sentimento, das coisas que a gente precisa elaborar como ser humano. A gente tem um histórico, nos conhecemos desde menina, conhecemos as famílias uma da outra, vivemos todo o processo de adolescência juntas, então toda vez que a gente mobilizava algum sentimento das meninas do livro, lembrava muito a nossa juventude. Não lembrava o jeito de ser, mas algumas questões que elas colocavam no livro, eram nossas questões também quando éramos adolescentes.

Érica: Considero Débora como uma querida irmã mais velha. Aí hoje a gente pensa: quem diria que depois de 30 anos iríamos escrever, e juntas. Pois é... Eu e Binha que brincávamos em viajar juntas pelo mundo, após o lançamento do Eclipse da Lua Azul, realizamos esse sonho. Fomos para Bolonha, Paris, Rio, São Paulo... Pensem como foi divertido poder compartilhar da alegria de lançar o nosso primeiro livro juvenil e ainda reviver um sonho de adolescente. Vou confessar: eu nunca tinha viajado para a Europa sem meu marido, e eu fui com Débora. Dentro do avião a gente quase não dormia, criando a continuação da trilogia, ao mesmo tempo em que relembrávamos da nossa juventude.

Revista Litoral Bahia: O livro aborda algumas perdas: perda da mãe, distância do pai, perda do lugar de origem... qual a maior lição que essa literatura de ficção fantástica pode dar para a nossa realidade?

Débora: Você falou uma coisa agora que eu não tinha tomado

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Revista Litoral Bahia: Vocês escreveram as histórias dos personagens e foram responsáveis pelo fechamento das mesmas.

O que fazer com nossas escolhas quando temos o poder de agir sobre elas?

Débora e Érica: Nós conseguimos ver sob vários ângulos. Cada personagem tinha a sua verdade, a sua escolha, que não era a errada, era a verdade que ele acreditava. Tivemos duas situações: a decisão do personagem e a decisão que nós iriamos concordar que iria ser a decisão do personagem. Tínhamos que ser fieis à jornada de cada um, e não à nossa vontade.

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ONDE COMPRAR Livrarias: Saraiva, Cultura, Leitura, Dom Casmurro e Nobel Loja da Amazon Site da Solisluna Editora 39,90 (Cada capa)

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ENTREVISTA

“O próximo Google ou Microsoft pode estar

no interior do sertão baiano” A profecia é do italiano Francesco Faruggia, fundador da Campus Party, que ministrou palestra em Lauro de Freitas Por Juliana Brito Fotos: Ascom Prefeitura Lauro de Freitas

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italiano Francesco Faruggia, 63 anos, é conhecido por ser o fundador e estar há 20 anos à frente de um dos mais populares eventos de tecnologia do mundo: a Campus Party. Mas nada na sua aparência lembra um empresário desse ramo, no qual ele caiu de paraquedas, tendo a sorte de estar no lugar certo e com a pessoa certa, no caso, o outro fundador da Campus, Paco Ragageles. “Naquela época ainda não existia internet para uso e consumo. Ela existia, mas no âmbito acadêmico, e ele (Paco) sabia o que faria a internet. Paco me falou: ´Vamos fazer o maior evento de internet do mundo!’. Ele pediu para eu ajudá-lo e assim fundamos a Campus Party”, lembra Faruggia.

Antes disso, ele nunca havia sequer passado perto da área de tecnologia. Seu currículo reúne experiências em empresas multinacionais, de produtos de consumo massivo e de marketing estratégico Atualmente, é muito para mídias massivas, que tifácil poder mudar o nha como clientes, no Brasil, mundo de qualquer grandes do setor como TV parte do mundo. Então, Globo, Editora Abril e Folha de São Paulo. Também atuou, o próximo Google durante algum tempo, com ou Microsoft pode marketing político. estar no interior do Faruggia esteve em Lauro sertão baiano, se tem de Freitas para uma palestra promovida pela Secretaconexão e se damos ria de Planejamento, Ciência, oportunidade para Tecnologia, Inovação e Demostrar que pode. senvolvimento Econômico (Seplan) em parceria com a Lauro de Freitas TV (LFTV), no final de julho, intitulada “Feel the future – Seminário Juventude e Inovação”, direcionada em especial para jovens de escolas públicas do município. Poucos dias depois, teria início a primeira edição da Campus Party em Salvador, realizada de 09 a 13 de agosto, na Arena Fonte Nova, que registrou público recorde entre as Campus regionais. O evento abrangeu 30 áreas de conhecimento, como astronáutica, robótica e ciências, trouxe um ganhador do Prêmio Nobel de Química e discutiu fenômenos como big data e blockchain.

Na entrevista a seguir, Francesco Faruggia conversa com a Revista Litoral Bahia sobre o impacto da tecnologia no futuro, na educação e fala da necessidade de inserir os jovens dentro da cultura digital.

Hoje vai vir uma plateia de estudantes da rede pública municipal. Como você pensa inspirá-los?

Nós vamos ter dois temas centrais na Campus Party. Um, é a revolução produtiva, ou seja, como levar o mundo digital às áreas de produção agrícola, como se pode acelerar essa transição, como a tecnologia digital pode ajudar a economia tradicional. O outro tema são as universidades empreendedoras, para quando o estudante sair dela ter o seu próprio negócio. Numa economia industrial, com um diploma você tem um emprego. Hoje não é mais assim. Hoje, 50% dos menores de 30 anos diplomados, na Europa, não têm trabalho. A universidade tem que mudar. É essa mudança que temos que discutir, para poder criar não somente um ato de conhecimento acadêmico, mas também pragmático e prático de desenvolver uma empresa, projetos. Esse é o foco da Campus. O nome da palestra de hoje é “Feel the Future”. Estão acontecendo muitas coisas que as pessoas não conhecem. Daqui para frente tudo isso vai acontecer muito mais rapidamente. Agora estamos iniciando uma era muito mais veloz do que estávamos mais acostumados, e isso vai produzir mudanças. É isso que eu explico a eles aqui. Creio que precisam aprender como vão ser os âmbitos, o que eles têm que aprender.

Você vai falar para jovens que são de famílias sem muito recursos financeiros. Como é que em uma era tecnológica, tão competitiva, esses jovens poderão estar em pé de igualdade?

Pedi para convidar três garotos para falar aqui. Um é o Maciel Barreto. Ele é de origem humilde, de uma vila do interior da Bahia, ele não tem estudos universitários e é bicampeão mundial de casemodder (casemod é a modificação do gabinete de um computador). Hoje, estamos de frente a uma oportunidade muito grande. Primeiro, é preciso que eles entendam que eles po-

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dem. Segundo, que percebam que não dependem mais do Estado, da escola, da universidade para conseguirem o que eles querem.

A impressão que se tem, pelos cases de sucesso, é que isso vem para os sujeitos excepcionais. É isso mesmo?

Não. Basta saber o que quer fazer e como fazer. E, depois, todo mundo vai ter a mesma oportunidade. A sociedade industrial se formou em cima da concentração do conhecimento, de copyrights.

Se você não estava em Harvard, MIT, numa universidade europeia, você nem ia mudar o mundo. Como funcionava? Os americanos pegavam os melhores de cada turma e levavam para lá.

Levavam de graça. Concentravam os melhores lá e pariam copyright. Até que chegou a internet e desconcentrou o conhecimento.

Hoje, meninos de Nova York, Paris e Canudos têm acesso ao mesmo conhecimento no Youtube. Atualmente, é muito fácil poder mudar o mundo de qualquer parte do mundo. Então, o próximo Google ou Microsoft pode estar no interior do sertão baiano, se tem conexão e se damos oportunidade para mostrar que pode. O problema maior é que a autoestima desse povo é muito baixa. É renunciar antes de tentar. Você tem que abrir a porta para eles verem que podem. E, curiosamente, são melhores os que vêm das classes pobres do que os meninos ricos.

O menino rico tem um monte de estímulos e não sabe escolher. O menino da periferia não tem estímulo. Se você abre um laboratório de robótica, ele vai concentrar

Francesco Faruggia durante a palestra

toda a energia dele nisso, se você consegue que ele não renuncie a priori. O maior especialista em Big Data tem 34 anos, trabalhou nas campanhas de Obama, é consultor do Google e é brasileiro, é de Porto Alegre. As oportunidades

São melhores os que vêm das classes pobres do que os meninos ricos. O menino rico tem um monte de estímulos e não sabe escolher. O menino da periferia não tem estímulo.

estão muito mais abertas do que eram antes. Antigamente, a universidade era só para branco. Melhorou o acesso à universidade, mas ela hoje dá diploma para o desemprego. Temos que mudar a

universidade. O acesso é positivo, porque não é só o processo cognitivo, mas social, de relacionamento, de trabalhar por um objetivo e ter que entregar, de ter que se confrontar. Mas não pode durar quatro anos. Hoje o conhecimento viaja muito mais rápido do que a capacidade de absorvê-lo através de um processo acadêmico.

Como a universidade pode não ficar obsoleta?

Mas já ficou obsoleta. Hoje, nas grandes cidades do Brasil, competimos com o narcotráfico. Hoje os professores são velhos, são gente analógica. Não têm ideia do que acontece pelo mundo. Não só no Brasil, mas na Espanha, na Itália. Na China é diferente. Estão dez anos na frente de todo mundo. Eles entenderam que o mundo estava mudando e resolveram mudar o ensino. Na Campus Party, vamos ter uma mesa com dois ex-ministros do Trabalho, um deles é o Jaques Wagner. Ele me contava que esteve na China, há

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pouco tempo, e ele visitou algumas universidades e viu sociólogo estudando engenharia. Porque se você não tem o código matemático da engenharia, não vai ter a linguagem para transmitir seu conhecimento ao mercado. Tem que saber o que é um algoritmo. Não precisa ser um expert em fabricar um, mas tem que saber como pode te ajudar a desenvolver o seu trabalho. Quem não aprender isso... E pode aprender sozinho, não espere da escola.

Em quanto tempo essa mudança deve acontecer?

Olha, o tempo é relativo. O importante não é o tempo, é estar na direção correta. O tempo entra em termos pessoais. Se isso acontecer em 30 anos, para mim, dane-se, vou estar morto. Para eles (estudantes da plateia), vão estar na plenitude da vida.

A Campus Party costumava acontecer em São Paulo, com a exceção de algumas edições em Recife. Qual a importância de fazê-la agora visitar várias cidades do Brasil?

Em todo o mundo, ela acontece em uma única cidade do país. Na Holanda, a gente faz uma

O maior especialista em Big Data tem 34 anos, trabalhou nas campanhas de Obama, é consultor do Google e é brasileiro, é de Porto Alegre. As oportunidades estão muito mais abertas do que eram antes.

Campus, lá tem 15 milhões de habitantes. O Brasil é um continente.

O cara de Salvador que queria ir, tinha que gastar R$ 1 mil de passagem. Na Campus de São Paulo, 60% eram de fora. Então, a gente começou a abrir mão disso que fazíamos em todo o mundo. Na verdade, o Brasil sempre foi vanguardista na Campus Party. Foi o primeiro lugar para o qual ela saiu desde que começou na Espanha.

Por que escolheram o Brasil?

Não é que escolhemos. Estava um cara que era patrocinador na Espanha e era presidente da Telefónica no Brasil e estava Lula.

Fui apresentado para Lula e ele se empolgou, chamou todo mundo, e disse: “Isso tem que acontecer!”.

Tivemos um apoio tão grande que não tinha como não fazer. Quando fizemos em Recife, foi por causa do Eduardo Campos, que era ministro de Lula.

O projeto Células Empreendedoras nasceu numa edição de Recife, não foi?

Nasceu na Campus Party. Um professor de Recife inventou esse sistema, que cria células interdisciplinares dentro das universidades públicas e privadas e as desafia a criar um projeto de bem social, depois trabalham seis meses e competem entre eles.

Os três melhores projetos, geralmente, alguém os adota. Qual é a função - que é genial? Primeiro,

O Brasil sempre foi vanguardista na Campus Party. Foi o primeiro lugar para o qual ela saiu desde que começou na Espanha.

Enderson Araujo (24), morador de Sussuarana, do projeto Lab Favela

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criar a capacidade de trabalhar em grupo. A sociedade industrial criou inimigos, não grupos. Ao criar grupos interdisciplinares, um aprende com o outro. Segundo, elaborar um projeto empresarial, que já sai estruturado. Participa o Sebrae, participa um monte de gente. Alguns continuam o projeto, outros não.

Recentemente o projeto foi apresentado em Salvador, no IFBA...

Não sei, já tomou vida própria.

Está acontecendo em todo lugar.

Isso é muito importante porque não muda o currículo, participa quem quer, e isso é muito bom. É assim que vai acontecer a revolução. Porque se você tem que mudar o currículo, formar o professor, não vai acontecer nunca.

Por quê? Porque estamos em uma

revolução digital. Temos a morte da economia industrial. Quem detém o poder, na economia industrial, vira conservador e atrapalha a vida dos que estão fazendo a revolução digital. Entre eles estão os bancos. Você já viu quanta merda falam dos bitcoins? Eu sou

milionário por bitcoin. Hoje mexe com US$ 40 bilhões. Sabe por que sou milionário de bitcoin? Porque um dia, um menino, numa Campus Party, me explicou o que era isso.

Ele me explicava e eu não entendia. Só quem entende é eles. Até hoje não sei como funciona (risos).

Sabe por que sou milionário de bitcoin?

Porque um dia, um menino, numa Campus Party, me explicou o que era isso. Ele me explicava e eu não entendia. Só quem entende é eles.

Salvador vai receber a Campus pela primeira vez. O evento muda conforme a cidade?

Muda de três em três meses, muda porque... A Campus Party é feita pela Campus Zero. A gente chama todo mundo, todas as comunidades de internet da região da edição, explica como é o evento e pergunta o que querem ver.

Então, cada Campus é feita pela Campus Zero da região. Claro, a gente traz uns quatro, cinco palestrantes internacionais.

Plateia lotou o teatro para a palestra “Feel the future – Seminário Juventude e Inovação

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MATÉRIA DE CAPA

Foto: Valter Pontes Coperphoto - Sistema FIEB

Lançamento da pedra fundamental do Cimatec industrial

Camaçari ganha unidades do

Cimatec Industrial e Senai Com obras já iniciadas, Sistema Fieb levará ao município industrial um centro de inovação e pesquisa e ampliará a atuação do centro de formação de mão de obra Por Juliana Brito

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a virada do segundo semestre de 2017, dois empreendimentos de relevância para a indústria de Camaçari foram lançados no município, ambos realizados pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb). Um deles é o CIMATEC Industrial, que vai contribuir promovendo pesquisa e inovação. O outro é uma unidade ampliada do SENAI, centro especializado em formar mão de obra para a indústria.

O superintendente de Desenvolvimento e Comunicação do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), Érico Oliveira, acredita que as duas unidades vão colaborar na atração de novos empreendimentos e possibi-

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litará uma base tecnológica para pequenas e médias empresas da região. “É um ganho estratégico para a região. O CIMATEC é um dos principais polos de conhecimento do País. Trazer isso para Camaçari é muito relevante”, analisa. Sobre a ampliação do serviço do SENAI, ele ressalta que mão de obra é um dos requisitos para que uma empresa decida se instalar na região. “Muitas chegaram ao Nordeste, nos últimos anos, por causa da expansão do mercado local. A segunda coisa que perguntavam é se havia mão de obra disponível. Trazer isso para dentro de Camaçari, para atender da petroquímica à energia eólica, aumenta o potencial de atratividade do Polo. Era para já ter acontecido, aliás, mas o importante é que aconteça”, diz Oliveira.

Esses projetos são um plano antigo, para a cidade industrial, do Sistema Fieb, Cofic e Governo do Estado. O secretário de Desenvolvimento Econômico de Camaçari, Sérgio Vilalva, conta que a prefeitura contribuiu agilizando as licenças necessárias aos projetos, que enxerga como um terceiro vetor para a atração de investimentos.

“O CIMATEC Industrial é o investimento mais importante depois da vinda da Ford. A gente só tem a agradecer à Fieb. Sou um entusiasta desses projetos. O CIMATEC vai qualificar ainda mais as empresas que estão estabelecidas aqui e ajudar a atrair outras.

Por exemplo, sei que há a possibilidade de ter um túnel de vento da Embraer e não temos ainda a indústria aeronáutica aqui”, ressalta o secretário.

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Foto: Beto Jr. Coperphoto - Sistema FIEB

EB

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Terreno do Senai Camaçari

CIMATEC INDUSTRIAL

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complexo tecnológico e industrial é um projeto de longo prazo, que vai levar mais de 15 anos para ser concluído, e tem como objetivo ampliar as possibilidades de atuação, com laboratórios avançados em um complexo industrial, com possibilidade de atuação em escala real e operações de risco. É uma iniciativa do Sistema FIEB, com apoio do Governo do Estado da Bahia, da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do BNDES. Como envolve uma área de quatro milhões de metros quadrados e pretende atender a serviços que necessitam de espaço e galpões industriais para se desenvolver, adquiriu um terreno com um valor subsidiado, localizado na Via Atlântica (BA-530).

Vem sendo considerado a porta para a terceira fase de investimentos no Polo de Camaçari – a primeira marcada pela indústria petroquímica e a segunda, pela

instalação da Ford – e vai contar com uma estrutura diferenciada no País, com laboratórios modernos e pistas de testes. A estrutura terá capacidade de atender as demandas de diversas áreas da indústria, como energia eólica, mecânica, naval e offshore, automotiva, elétrica, construção civil, química, petroquímica e biotecnologia, farmacêutica, celulose e papel e petróleo e gás.

“O projeto CIMATEC Industrial consiste em implantar um centro de P&D&I, extensão do Campus CIMATEC de Salvador, em ambiente industrial com foco no escalonamento de produção (scale-up), testes de grande porte, plantas piloto e desenvolvimento de protótipos em escala real, apoiando todo o processo de desenvolvimento tecnológico e inovação industrial. Tais atividades não são recomendáveis em ambientes urbanos e, portanto, requerem uma localização

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Fotos: Angelo Pontes Coperphoto - Sistema FIEB

Automação Industrial

compatível”, explica o gerente de Tecnologia e Inovação do SENAI CIMATEC, Daniel Motta. O SENAI CIMATEC, em Salvador, acaba de completar 15 anos sendo considerado um projeto de destaque na indústria do País, por integrar educação profissional, ensino superior, tecnologia e inovação.

Motta afirma que a colaboração com as empresas da região vai ser fundamental para o projeto.

“O desenvolvimento de pesquisa aplicada no CIMATEC depende da demanda industrial. Para cada demanda, elaboramos um termo de parceria com as empresas, especificando as entregas, prazos e custos. As empresas acompanham toda a execução dos projetos”, diz.

A primeira das cinco etapas deve ficar pronta em maio de 2018, com um investimento de R$ 80 milhões. Em uma área de 50 mil metros quadrados, vão ser construídos 11 prédios. Entre os equipamentos que serão inaugurados nesta fase estão os laboratórios de Construção Naval e de Caracterização de Materiais. “Visa atender demandas já identificadas em diversos setores

Laboratório de Robótica Industrial

industriais, como por exemplo o de óleo e gás, que apresenta desafios de desenvolvimento tecnológico em águas profundas”, exemplifica Motta. Logo após o lançamento da pedra fundamental, em 12 de junho, teve início o serviço de topografia e locação do prédio administrativo, a construção do canteiro de obras provisório e, fora da área do CIMATEC, a construção de dez galpões, feitos em estruturas pré-moldadas, que vão compor essa primeira etapa.

A segunda fase do complexo tem previsão de ficar pronta dentro de cinco anos, com a inauguração da pista de testes, heliponto, fábrica piloto de Manufatura Avançada e laboratórios de Acústica e União de Materiais. “Apesar de apresentar demandas já identifi-

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cadas, essas necessitam de um maior tempo para avaliação da infraestrutura requerida. Destaco aqui, nesta fase, a pista de teste para o desenvolvimento do setor automotivo”, comenta o gerente de Tecnologia e Inovação. A etapa seguinte levará mais cinco anos para ser concluída, incluindo, entre as unidades, um laboratório de teste para a geração de energia solar e um campo para testes de segurança, além da planta de Cervejaria. A penúltima fase deve ser inaugurada daqui a 15 anos, com destaque para os laboratórios de Testes para Equipamentos Bélicos e de Filmes Fotovoltaicos. E, por último e sem prazo de conclusão, a quinta etapa prevê a expansão e novos programas com base no desenvolvimento de novas tecnologias.

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Foto: Angelo Pontes Coperphoto - Sistema FIEB

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Laboratório de tranformação de polímeros

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SENAI AMPLIADO

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) vai ganhar espaço próprio em Camaçari. A instituição já está presente no município há oito anos, em um local cedido pela prefeitura.

Entre 2014 e 2016, realizou 35 mil matrículas, 8,3 mil delas gratuitas.

Camaçari, que é destaque industrial do estado e tem um dos projetos mais bem sucedidos nesse segmento no País, na avaliação da Federação merecia uma unidade mais ampla para a preparação de mão de obra.

O novo SENAI de Camaçari vai receber um investimento de R$ 12 milhões, com recursos do BNDES, e ocupará uma área de 35 mil metros quadrados, em um terreno doado, localizado entre o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) e o Hospital Geral de Camaçari (HGC). Durante a obra serão gerados 200 empregos e, após a conclusão, 60 empregos.

A estrutura vai ser formada por um prédio de três andares e 18 salas e um galpão multiuso de mil metros

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quadrados, com a capacidade de atender até dois mil alunos por dia.

Além de mais de uma dezena de cursos técnicos, a unidade também vai oferecer soluções customizadas para as empresas. De acordo com a Fieb, a unidade deve ser entregue ainda no primeiro semestre de 2018.

A diretora da unidade, Eligiane Figueiredo, diz que a expectativa para a nova sede é alta. “A ideia é trazer novos cursos, novas competências, como técnico em química e técnico de automação”, diz ela, que acredita que há muito o que crescer na oferta do ensino técnico.

“Temos demanda na região. Estudos recentes sobre o número de estudantes, no Brasil, que cursam o ensino médio e cursos técnicos diz que temos só 11% deles em cursos técnicos, e na Bahia deve ser algo próximo a isso. Na Alemanha, esse percentual é de 40%”, ressalta.

A faixa etária média dos alunos de Camaçari fica entre 17 e 24 anos, justamente aquela que está em busca do primeiro emprego.

A maioria dos egressos consegue uma colocação no mercado após a conclusão dos estudos. Vilalva acredita que a presença de uma unidade do SENAI no município, que já possui uma do IFBA, vai ser importante para a qualificação da juventude camaçariense. “Educação nunca é demais, é a base de tudo”.

Atualmente, o SENAI atende 900 alunos e a maioria da demanda por matrículas se dá nos cursos de alta empregabilidade na região, como mecânica, eletromecânica, soldagem e eletrotécnica. Os cursos são definidos em diálogo com o mercado local. Até 2013, a unidade oferecia apenas qualificação e iniciação profissional e, desde 2014, teve início a oferta de cursos técnicos. A diretora do SENAI Camaçari diz que, além da formação técnica, os cursos procuram expandir a visão de mercado do aluno, para que aprenda a se pensar dentro dele e a buscar soluções. “Em tempos de crise, por exemplo, a prestação de serviço tem sido uma alternativa”.

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LAZER E ENTRETENIMENTO

Coreto Hype movimenta

A feira trouxe o clima do viver o espaço público com arte, gastronomia, sustentabilidade e lazer Por Sara Santiago Fotos: Auremar Santos

Imbassaí A

s placas por toda a feira já sinalizavam: “você está no paraíso”, “desligue o celular”, “sinta o vento suave”, “viva este momento”. As boas vibrações espalhadas no Coreto Hype, que desembarcou pela primeira vez em Imbassaí nos dias 21, 22 e 23 de julho, juntaram-se a diversas opções gastronômicas, de lazer, entretenimento, arte e sustentabilidade.

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Arte por toda parte

A feira, que também contou com expositores de moda, design e decoração, recebeu gente de todas as idades e classes sociais, movimentando o fim de semana do distrito turístico de Mata de São

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João. Presente no evento, o secretário de Cultura e Turismo, Alexandre Rossi, falou da importância de levar mais opções de arte para o local, destacando também a movimentação econômica que uma ini-

ciativa como esta pode promover.

“O Coreto Hype sempre aconteceu em Salvador, e foi um desafio trazer para o Litoral Norte, especificamente para Imbassaí, que tem todo o perfil de receber uma feira como esta, com artesãos, economia criativa, mágico, música. Hoje, algumas pousadas estão com 30% de reservas em função dessa demanda, ou seja, gerar economia é gerar negócios e atrativos para que o turista e a população em si possam aproveitar. É a primeira vez e veio para ficar”, disse o secretário com otimismo.

No estande de uma escola comunitária de Imbassaí, duas oficinas estavam sendo realizadas sob a orientação da professora Mariana Meira: a de tricô de dedo feito com linha de carneiro e a de lanterna, um passeio que a escola faz com

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Estande de uma escola comunitária de Imbassaí

crianças do Jardim de Infância durante o inverno. “Hoje, estamos na praça do Coreto Hype para mostrar a nossa escola à comunidade e aos visitantes, realizando oficinas com um pouco do trabalho que desenvolvemos”, disse Mariana.

As opções para a garotada não paravam por aí. Teve também criação de brinquedos de madeira com pintura artesanal, construção de

hortinha infantil e leitura da Carta da Terra. Os adultos, por sua vez, puderam conhecer a marcenaria criativa, pintura artesanal e hortas urbanas, tudo isso ministrado pela Gato Maloko e Divina Arte Ateliê, empresas que atuam com foco em sustentabilidade. No campo da arte, o Coreto deixou seu legado no túnel de Imbassaí através do trabalho do grafiteiro Fael Primeiro.

Oficina de criação de brinquedos de madeira

ATRAÇÕES No centro da feira, o Palco Sounds animou o público com bandas e artistas de Salvador, Camaçari e Mata de São João, a exemplo de Diamba, Afrocidade, Myfriends, Utopia Celeste, Dj Lumuhana e o coletivo Zambabem. Teve também aulão funcional e a Capoeiragem da Associação Oxogun, que apresentou Maculelê, Dança Afro, Aula de Capoeira e Samba de Roda.

O Coreto Hype é uma realização da L&B Produção e teve o apoio institucional da Prefeitura Municipal por meio da Secretaria de Turismo.

Sinalização das placas - aproveite o clima de Imbassaí

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MÃE, CASEI Ana Caroline Ferreira Criou o perfil no Instagram @maecasei para compartilhar sua rotina de casada.

Divide um pouco do seu mundo, mesas postas, dá dicas, inspiração de moda e receitas. ana@revistalitoralbahia.com.br

Mesa posta

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ceituado designer de móveis Theo Agami. Foi uma honra poder expor o meu trabalho. Escolhi roupas de mesa sofisticadas para a ocasião, destaque para o uso do abacaxi como item decorativo. Gostaram da composição?

o início do mês de agosto, fui convidada para a produção de uma mesa posta em um evento na Loja DaLuz. O encontro de designers e arquitetos contou com a presença do con-

Durante o evento

Detalhe da louça

Mesa posta

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UM DIA NO LITORAL Fotos: Auremar Santos

Imbassaí 01

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1 - ANA PAULA, JOÃO MARCOS ROSA E BENJAMIM CARVALHAIS ROSA 2 - SECRETÁRIO DE TURISMO DE MATA DE SÃO JOÃO, ALEXANDRE ROSSI 3 - HELENA ELECTO DE MOURA, ANDRÉ MOURA E TATIANA ELECTO DE PAIVA 4 -PEDRO SÁ E O SECRETÁRIO ALEXANDRE ROSSI 5 - LUCA, NINA E ALEXANDRE GARBOGGINI 6 - LICIA NOGUEIRA CALDAS, LUIZ ALBERTO FALCÃO, Mª EDUARDA E HENRIQUE FALCÃO 7 - OCEANA, CAETANO E FLORENCIA RAND 8 - JUSSIARA SILVA, DENISE LAUDANO, AYARA DOS SANTOS, ALINE DOS SANTOS, JACIRA BARRETO, JASSIARA LISBOA E SARA VIEIRA 9 - SIMONE BRAULT MIRANDA E NADIA SANTOS 10 - SANDRA FRANCO LIMA E ROGER DE OLIVEIRA BENN 11 - LUCAS BARRETO E VIVIANE FRAGA DA SILVA 12 - MARIANA MEIRA E LETÍCIA SANTOS 13 - MÔNICA GOUVEIA E JULIA CARDIM 14 - PEDRO SÁ E NANA PORTO 15 - ISLA DE MENEZES DULTRA E ZEUS 16 - DUANY DOS SANTOS E MARIA HELENICE 17 - MILENA CARVALHO MOTTA, RICARDO FELIPPINI, MARISE, RICARDO ARNALDO, MARCOS, LUNA E CENIRA 18 - WELBER DOS SANTOS, MAIRA MENEZES E Mª CELIA MENEZES 19 - YANA, VALENTINA E BENTO BERMAN 20 - MARCELO E MARCELLA MENDES MOTA, ROBERTA BERNARDES E RICARDO DE LA ROCQUE 21 - VICTÓRIA TATO, BEATRIZ COSTA, ROMÁRIA SILVA E TAMARA JESUS

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COLUNA TOTAL!

Tamyr Mota Empresário, public relations e colunista social.

O Banco do Nordeste realizou a terceira edição do Prêmio Banco do Nordeste da Micro e Pequena Empresa na Bahia, em reconhecimento às empresas que se destacaram por melhoria da competitividade e ideias inovadoras. A Icatu Bahia, que mantem escritório em Camaçari, foi a grande vencedora na categoria “Melhor Empresa de Prestação de Serviço do Estado da Bahia” e foi representada na premiação por Heckel Pedreira, Diretor Geral, e Calina Pedreira, Diretora de Operações.

O empresário Thomas Almeida, que comanda as lojas Construcabos (Lauro de Freitas) e Desigual Luz e Design (Salvador), especializadas em iluminação decorativa, acabou de chegar de uma viagem pelo Havaí, um dos principais destinos turísticos do mundo. Por lá, elegeu a praia Sandy’s, como uma das suas preferidas – a mesma que o ex presidente Barack Obama passou boa parte da sua infância.

Alexandra e João Pinheiro Eça foram os anfitriões da big-festa de 32 anos de aniversário do Tivoli Ecoresort, em Praia do Forte. O agito contou com shows de Ivete Sangalo e Banda Eva, desfiles e apresentação da DJ Joana Hasse e foi prestigiado por turma das boas, formada por Erasmo Viana e Gabriela Pugliese, Jonas Sulzbach e Mariana Gonzalez, Beto Pacheco e Lícia Fabio.

O Grupo CAM acaba de fincar bandeiras em Lauro de Freitas e a moderna unidade da clínica CAM foi inaugurada com festa no litoral norte. E tem mais novidades na rede, a executiva Verena Kirchhoff, que já passou por empresas como Morya e Odebrecht, acaba de assumir a diretoria de comunicação do conglomerado de saúde. Viva!

Thassia Naves, a principal blogger do Brasil, deu rasante no Iberostar, em Praia do Forte, e causou frisson com a mulherada. Por lá, ela participou de um talkshow de lançamento da linha Verão Le Beige da Wella. A aparição foi relâmpago, pois assim que terminou o evento, a it girl seguiu para São Paulo.

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SAÚDE

É hora de falar da saúde das

mamas e ovários

Setembro e outubro são meses de campanhas de prevenção aos cânceres de mama e de ovário, alguns dos que mais atingem as mulheres. Saiba como identificá-los e tratá-los Por Juliana Brito

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dia 22 de março deste ano vai ser inesquecível para a vendedora Rosana da Silva Santos, não só por ter sido o dia do seu 33º aniversário, mas pela notícia de um diagnóstico de câncer de mama no seio direito. A surpresa foi grande já que, além de estar abaixo da faixa etária de risco, havia realizado exames preventivos oito meses antes.

Rosana também entrou para uma lista de pacientes raros, cujos tumores têm origem genética e que correspondem de 5% a 10% dos casos. Ela é o sexto de sua família paterna.

“A princípio, tomei um susto. Nesta hora, a gente se pergunta porque aconteceu comigo, já que sou boa pessoa. Mas então fui ao médico, me informei, vi que tinha muita chance de cura e isso foi me acalmando”, conta.

Setembro e outubro são meses de campanhas de alerta para a prevenção dos cânceres de ovário e de mama, respectivamente. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), a estimativa de novos casos de câncer de mama e de ovário na Bahia, em 2017, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é de 3.910 casos e de 360 casos, nesta ordem.

O câncer de ovário tem provocado mais óbitos no estado nos últimos anos. O problema, no caso desse tipo de tumor,

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metastático. Como não é que na maioria das vefácil, mas, portadora da mutação tem cura, no imagizes só é descoberto no gene BRCA1, que aumenta a nário popular ainda em estágio avançaincidência de tumor mamário para é confundido com do, agindo silencio85% e de ovário para 60%, preferiu algo semelhante samente no corpo seguir a indicação médica para evia uma sentença da mulher. “Ele tem tar o mesmo destino de outras muimediata de morte, sintomas de outras lheres da família, a exemplo de sua mas isso não é mais doenças”, explica a mãe, falecida em 2007, aos 56 anos, verdadeiro devido aos médica oncologista do após lutar sete anos contra um cânavanços da mediciNúcleo de Oncologia cer de ovário. na.

“Metástase hoje é da Bahia (NOB), Renata Nas clínicas especializadas, já é Rosana Santos foi diagnosticada com câncer no dia do aniversário uma doença crônica”, Cangussu. Esses sintopossível saber o risco de desenvoldiz Renata Cangussu. mas geralmente se asver a doença. Esse tipo de estudo é “Por isso é tão essencial fazer semelham aos de problemas gasmais indicado especialmente o diagnóstico precoce, trointestinais. O câncer de mama, o para quem, assim como porque a chance de mais comum entre mulheres, aprea atriz americana, tem cura é hoje cada vez senta alguns sinais que são mais fána família histórico maior. Atualmente, ceis de identificar, como a presença de portadoras das temos muitas armas de nódulo, mudanças no aspecto mutações nos gepara poder curar o da mama, da pele dela ou do manes BRCA1 e BRCA2. câncer”, enfatiza. milo, com deformação ou presença Mas como pelo de secreção. menos 90% dos caOPÇÕES Mas, felizmente, essas doensos são adquiridos, a Há algumas estraças matam muito pouco hoje em opção por um estilo de tégias de prevenção dia, se descobertas ainda no início, vida saudável já pode Em 2013, a atriz Angelina Jolie fez cirurgia de retirada da mama desses tipos de câncom uma chance de sobrevivência ser uma eficaz arma de cer. Uma delas, conside 90%. Por isso, a importância de prevenção ao câncer. derada radical e indicada apenas fazer a prevenção anual, especial“Sabemos que a combinação de para pacientes com forte histórico mente em se tratando de mulhedieta balanceada com atividade fída doença na família, é a cirurgia res que atravessam ou já passaram sica pode reduzir os riscos em 30%. preventiva. Em 2013, a atriz pela menopausa. Rosana senDeve-se reduzir o consumo de açúAngelina Jolie passou tiu a diferença no aspeccar, gordura e carne vermelha. Conpor uma mastectomia to da mama direita em sumir frutas, verduras e legumes (cirurgia de retirada dezembro de 2016, ajuda a proteger do câncer”, ensina da mama), causandurante o banho, ao a oncologista. do polêmica sobre fazer o autoexame, Quando a doença é diagnosa necessidade do e foi logo ao médico. ticada, há algumas opções de traprocedimento, que Seu tumor foi diagtamento, realizados conforme a pode ter repercusnosticado ainda com necessidade. No caso do câncer sões negativas na au2 cm, o que fez a difede mama, são a mastectomia, hortoestima da paciente rença na expectativa de monoterapia, radioterapia e quimioem alguns casos. Mecura da paciente. “Nunterapia, com a função de reduzir o Dra Renata Cangussú Foto: NOB Divulgação ses após a cirurgia das ca fui acomodada com tumor. Nos ovários, opta-se por cimamas, Jolie também a saúde”, diz. rurgia e quimioterapia. No caso de retirou as trompas e ovários.

Há casos em que o tumor se Rosana, foi feito primeiro a retirada A própria atriz admitiu, à época, espalha para outros lugares do do tumor e, em seguida, realizada que não se tratou de uma decisão corpo, o que se chama de câncer as sessões de quimioterapia.

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REDE DE APOIO

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asada e muito unida à família, a vendedora diz que uma das coisas mais difíceis desde o diagnóstico foi lidar com a ansiedade dos parentes em relação ao tratamento, especialmente a da mãe. Mas, conforme foi sendo realizado, esse receio foi se tornando menor. O apoio dos familiares, a fé na cura, a in-

tensificação dos cuidados com a saúde e a prática de algumas terapias alternativas, como acupuntura, têm sido pilares importantes para o tratamento dela. “Estou na oitava sessão e com cabelo ainda”, comemora. Ela, que mora em Irecê, a 478 km da capital, apenas se queixa da distância até o NOB, onde faz quimioterapia uma vez

ÓBITOS POR CÂNCER DE OVÁRIO NA BAHIA FONTE: SESAB

por semana.

Rosana vê a doença como um episódio em sua vida, quer voltar à rotina assim que for possível e faz planos para o futuro. Sem filhos, ela pensa em um dia engravidar. “A minha vida parou em função da doença, mas quando tudo isso passar, quero tentar ser mãe”, afirma.

ÓBITOS POR CÂNCER DE MAMA NA BAHIA FONTE: SESAB

2014 183 ÓBITOS 2015 166 ÓBITOS

2016 195 ÓBITOS

2017 66 ÓBITOS ATÉ O MOMENTO

2017* 338 ÓBITOS ATÉ O MOMENTO até 28/06/2017

ONDE TRATAR O tratamento em oncologia para Camaçari, Mata de São João e Lauro de Freitas pode ser feito nas seguintes unidades em Salvador: Centro Estadual de Oncologia (Cican); Hospital Roberto Santos; Hospital Santo Antônio; Hospital Santa Isabel; Hospital Aristides Maltez; Hospital Edgar Santos. Para crianças, a opção é o Hospital Martagão Gesteira.

Os municípios são os responsáveis pelo encaminhamento dos pacientes e eles pactuam o atendimento.

Fonte: Sesab

COMO IDENTIFICAR CÂNCER DE OVÁRIO • Aumento do volume abdominal / inchaço contínuo (não é o inchaço casual) • Dificuldade de comer / sensação de plenitude • Dor abdominal ou pélvica • Necessidade urgente e frequente de urinar Fonte: http://ovariancancerday.org/pt/about-ovarian/symptoms/ CÂNCER DE MAMA - Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher.

- Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja.

- Alterações no bico do peito (mamilo).

- Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço.

- Saída de líquido anormal das mamas.

Fonte: INCA

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DEPOIMENTO Fernanda Santana Miranda

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ive o primeiro diagnóstico de câncer aos 33 anos. É o câncer de mama considerado hormonal positivo e que o tratamento basicamente é fazer quimioterapia, fazer uma cirurgia de reconstrução imediata da mama e radioterapia. Depois disso, fiz o tratamento com bloqueador hormonal, fiquei fazendo isso de 2013 a 2015. Há dois anos, tive uma recidiva de câncer de mama, só que, no caso, voltou no fígado e no pulmão, tive que fazer toda a quimioterapia de novo e entender que, agora, meu tratamento não teria fim, a doença passaria a ser crônica, e eu teria que controlá-la. Então, posso falar que há dois momentos. Quando recebi o diagnóstico, eu sabia que tinha cura, trabalhei em cima disso, porque realmente a maioria tem cura. Os nódulos descobertos em fase inicial, com menos de um centímetro, têm 80% de chance de cura. É um câncer altamente curável. Não foi o meu caso. Fui vítima de negligência médica, a médica ficava dizendo que não era nada, até que procurei outro médico, fui fazer a biópsia e já estava com cinco centímetros. Continuei o tratamento, vida normal.

Posso dizer que o pior momento foi quando voltou, em junho de 2015. Foi um divisor de águas na minha vida. De início a gente associa logo câncer metastático à morte. É uma doença que mata

muito, uma vez que não tem cura.

Muitas mulheres morrem mesmo. É grave. Mas eu descobri que é possível ter qualidade de vida, levar um dia de cada vez, ressignificar a vida. Passamos por momentos em que precisamos repensar nosso dia, nossas relações. A ideia é essa: fazer da doença metastática uma doença crônica. Os médicos já consideram assim e, a depender, é possível viver muitos

Fernanda Santana Miranda, jornalista e pesquisadora

anos. Eu não acredito muito em fatores de prevenção de câncer de mama. Acredito que algumas coisas contribuem para que não tenhamos determinados tipos de câncer. A gente sabe que no câncer de pulmão, mais de 60% dos que têm, fumaram. No câncer de mama - falo isso sem base científica nenhuma, são minhas observações, essa vivência que tenho

-, tem gente jovem, atleta, que amamentou... Não era para termos, teoricamente, câncer de mama. Eu fazia atividade física, tinha uma alimentação saudável, nunca fumei... Temos que nos conscientizar para fazer o preventivo, para que uma vez que tenha diagnóstico, ainda esteja no início e se possa fazer um tratamento o mínimo agressivo possível. Isso aumenta a sua chance de cura. E uma coisa que eu, como paciente de câncer de mama metastático, faço questão é de desmistificar o câncer metastático. É muito comum ouvir da família, do trabalho, da sociedade, aquele olhar de “Coitada, vai morrer daqui a pouco”. Acho que ninguém tem o poder de dizer quando o outro vai morrer, porque a vida é instável e impermanente. Então, acho que estar na vida da pessoa, estar presente para fazer coisas legais é muito melhor do que abrir a boca e falar bobagens ou ficar prevendo coisas ruins para esse familiar ou amigo. Não seja essa pessoa.

Esteja por perto, se coloque à disposição, se informe sobre a doença e você vai entender. Esses últimos dois anos que tenho vivido com câncer metastático tem sido vividos com muita qualidade de vida e é isso que para mim importa. Viver um dia de cada vez mesmo.

Fernanda Santana Miranda, 37 anos, baiana, é jornalista e pesquisadora

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CIDADES

Lauro de Freitas

faz aniversário e se mantém como um dos destaques do estado O município da RMS é um dos raros casos de emancipação recente bem-sucedida Por Juliana Brito Foto: Marvin Kennedy

A velocidade dos veículos reflete o crescimento de uma cidade que completou 55 anos de Emancipação Política

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auro de Freitas, cidade mais urbana da Região Metropolitana de Salvador (RMS), completou 55 anos de emancipação no último dia de julho. E, ao contrário da maioria dos municípios com pouco tempo de independência, é um caso de sucesso só comparado, no estado, ao município de Luís Eduardo Magalhães, na região oeste.

A história do município, segundo o historiador Gildásio Freitas, remonta ao Brasil Colônia. Santo Amaro de Ipitanga foi criada em volta da Igreja da Matriz, em 1578. Nos anos 60, um dos seus territórios, a praia de Buraquinho, serviu de cenário para o filme “Barravento”, do prestigiado diretor baiano Glauber Rocha. Também era muito frequentada por hippies na década de 70.

O coordenador de Contas Regionais e Finanças Públicas da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), João Paulo Caetano, diz que a emancipação é sempre um processo de chances relativas de sucesso.

No caso de Lauro, além da proximidade

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estratégica com a capital baiana, contribuiu a inteligência local para captar oportunidades. “Não foi por mágica. Se os empresários e o poder público não visualizarem essas características e não investirem, nada acontece. Isso ficou incipiente no início, nas décadas de 60, 70 e 80, mas foi vislumbrado a partir dos anos 90. Lauro de Freitas soube captar os movimentos e fazer políticas. Naturalmente, não é isso que ocorre com municípios emancipados”.

Com quase 200 mil habitantes, os números não deixam dúvidas sobre a prosperidade de Lauro de Freitas e alguns até fazem o município superar os resultados de Salvador, como o PIB (Produto Interno Bruto) per capita de R$ 34 mil contra R$ 19,5 mil da capital baiana. Há dez anos, era a oitava economia da Bahia e hoje já ocupa a quarta posição.

“E deve se manter nesse patamar econômico. O metrô provavelmente vai favorecer isso e a Via Metropolitana deve diminuir o deslocamento na Estrada do Coco, gerando essa perspectiva de crescer mais, ficando Lauro de Freitas atrás apenas de Salvador e Feira de Santana, no estado”, avalia Caetano.

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POSIÇÃO ESTRATÉGICA

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auro de Freitas está, de fato, em uma localização privilegiada na RMS, entre Salvador – e sua vocação para os serviços - e a industrial Camaçari, e acabou abraçando, em suas atividades econômicas, um pouco das especialidades desses dois vizinhos. Dados de 2014 indicam que 72,6% da economia local vem do setor de serviços e 26% da indústria, especialmente a de eletroeletrônicos e da construção civil.

O setor de serviços tem, hoje, como destaque o comércio varejista, que foi impulsionado no início da década de 90, com a Estrada do Coco, vetor de deslocamento entre Salvador e o Litoral Norte, por onde um público com poder aquisitivo vem circulando desde então. “Lauro de Freitas já nasceu como extensão de Salvador e, naquela época, a capital já não tinha mais para onde crescer, vivia o boom do turismo, então esse contexto acabou sendo favorável a Lauro de Freitas”, ressalta o especialista da SEI.

ESPAÇO URBANO

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as nem tudo nestes 55 anos foi excepcional e há aspectos que devem ser melhorados no município. Se tem um no qual a história da emancipação de Lauro de Freitas seguiu o exemplo de outras cidades foi na urbanização. Criador do curso de Urbanismo da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), o professor Ney Castro critica o fato do planejamento urbano desse município priorizar o conjunto interno e pouco se associar à região a qual pertence, o que ele ressalta que é uma carac-

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terística de todos os municípios da Região Metropolitana de Salvador, incluindo a própria capital baiana, cuja gestão municipal, segundo ele, resiste em incorporar-se a um projeto de gestão da RMS. “Lauro de Freitas, como tantos outros municípios da RMS, é planejada sendo vista ‘para dentro’, sem o necessário respaldo e com-

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patibilização como o planejamento metropolitano, pois este não existe na Bahia, assim como muito menos existe uma política específica de desenvolvimento urbano para o Estado na qual deveria ser contemplada a política, e assim se permite aberrações tais como propostas de criação de regiões metropolitanas sem o necessário respaldo econômico-teórico e técnico, a exemplo do que se apregoa com a notícia da apresentação de proposta de criação da região metropolitana de Juazeiro”, avalia Castro.

O mercado imobiliário, que vem crescendo há uma década, promete aquecer-se mais ainda após a inauguração de equipamentos e obras de mobilidade. Essas alterações merecem um olhar mais cuidadoso dos governos, de acordo com o especialista.

“Esta relação exige que a gestão pública, antes de decidir implantar novos modos de transporte e alterar os instrumentos de mobilidade urbana, tome o devido cuidado de adotar medidas de precaução, de modo a evitar ‘inchações’ e crescimento mais desordenado do que o próprio modo de produção capitalista enseja, movido sobretudo pela especulação imobiliária. Proteger significa dever se antecipar à oferta de novos meios de mobilidade e isto nós não temos constatado em Salvador e na RMS e nos seus municípios integrantes, pois as margens e entornos desses novos meios não vêm sendo administrados na merecida escala de precauções e proteção, daí porque as distorções e descontroles advirão numa escala muito maior do que se pode esperar”, diz o professor.

PARABÉNS, LAURO DE FREITAS! A festa da emancipação mostrou ainda mais a força do povo, que foi às ruas festejar o aniversário da cidade. É, mais uma vez, a participação popular retornando ao município de Lauro de Freitas. Nas nossas duas gestões, investimos muito para que o povo decidisse as coisas e, nessa manifestação pelos 55 anos, vimos as pessoas na rua com o cortejo cívico, político e hoje vimos o povo na missa. A participação popular foi uma marca das nossas gestões anteriores e vai continuar sendo neste mandato. A população terá espaço para continuar tendo bastante participação nas decisões que afetam diretamente a vidas das pessoas. Esse é o mesmo povo que participa do Plano Plurianual (PPA), que participa do orçamento participativo e decide junto com a gente os planos da cidade”.

Moema Gramacho Prefeita

Cheguei a Lauro de Freitas por consequência da minha militância política há mais de dez anos.

Quero continuar contribuindo com essa jovem senhora que completou 55 anos de emancipação dando o melhor de minha contribuição, buscando mais para as pessoas em acesso às políticas públicas e sociais de qualidade, além de cooperar para a emancipação da população na construção de uma cidade cidadã, que atenda às necessidades daqueles que mais precisam da mão do poder público. No momento, estou trabalhando para que tenhamos uma Instituição, como a Câmara, com credibilidade e respeito pela sociedade, colaborando para o desenvolvimento da cidade com ética, transparência, respeito e participação social, reconhecida por cumprir seu papel”.

Vereadora Naide Brito Presidenta da Câmara Municipal de Lauro de Freitas

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A cidade de Lauro de Freitas, nossa Santo Amaro de Ipitanga, é relativamente jovem de emancipação, mas seu território possui séculos de tradição, basta olharmos a fundação da Igreja Matriz no centro do município, datada de 1608. Foi esta histórica cidade que me acolheu enquanto cidadã, onde também pude me desenvolver enquanto profissional da área de saúde. Foi aqui também que pude contribuir como agente político, quando em 2012 fui eleita pelo povo desta cidade vereadora, em 2016 vice-prefeita, e, agora em 2017, assumindo o cargo de deputada estadual. Na Assembleia Legislativa, acredito que posso ajudar muito mais minha cidade, lutando por políticas públicas estaduais, como segurança pública e saneamento básico, contribuindo para o seu desenvolvimento humano, social e ambiental. Parabéns, Lauro de Freitas!”

Mirela Macedo Deputada Estadual (PSD)

Lauro de Freitas é a cidade que escolhi para viver, lá pelos idos de 1980. Já lá se vão mais de 27 anos. Participei dos governos que impulsionaram a cidade e lhe deram uma nova cara, inclusive como prefeito entre 2000 e 2004. Infelizmente, nos últimos doze anos, a cidade cresceu de forma desordenada, por conta de equívocos administrativos, como a liberação da verticalização desenfreada, que tanto combatemos nos anos em que cuidávamos da cidade. Durante esses anos a industrialização foi interrompida e com isso retrocedemos ao início dos anos 80, quando Lauro de Freitas era apenas uma cidade dormitório. O futuro de nossa cidade está sendo construído pela visão distorcida do governo estadual. Por isso, temo que voltemos a ser novamente apenas uma cidade dormitório”.

Sou de Campina Grande, na Paraíba, e moro na Bahia desde 1980. Conheci Lauro de Freitas no primeiro governo de Dr. Gerino, quando, na época, vendemos uma estrutura pré-moldada para o estádio de futebol. Desde que tive o primeiro contato, na época morando em Feira de Santana, que vi em Lauro de Freitas a cidade ideal para morar, criar meus filhos e empreender. Em 1987, me mudei para Lauro de Freitas, no afã de procurar aqui uma bela qualidade de vida associada a um bom mercado de trabalho. Desde então, demos continuidade à nossa atividade na área de estruturas pré-moldadas, com a Sólida Pré Moldados, o que fazemos até hoje. Além do mais, abrimos dois restaurantes com a bandeira Picuí, um na Estrada do Coco e outro no Equus Clube do Cavalo.

Com o início da verticalização em nosso município, criamos a Mais Construções em sociedade com Edivaldo Coelho e Rogerio Fracassi, ambos empreendedores que sempre apostaram na nossa cidade. Construímos o Moradas das Mangueiras e em seguida o Mais Empresarial e Mais Hotel. Sempre apostamos no seguimento de galpões para locação, em formato de condomínio e, desde os anos 90, que fazemos vários empreendimentos nessa área, gerando um grande volume de geração de empregos e rendas. O mais recente empreendimento industrial do nosso grupo é o condomínio Mais Logística, localizado no Caji, onde temos como uma das empresas instaladas o centro distribuidor da Farmácia São Paulo. Sou um grande entusiasta quanto à Lauro de Freitas, sempre acreditei e continuo acreditando no futuro dessa cidade, apesar de entender que precisamos de alguns ajustes e a criação de um masterplan visando os próximos 10 anos, no mínimo”.

Marcelo Abreu Ex-prefeito e Presidente do PPS no município

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Benedito Carneiro Empresário

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AGORA É LEI

Estabelecimentos de Lauro de Freitas vão poder cobrar uso de

estacionamento

A decisão da Câmara derruba antiga lei municipal que proibia a cobrança Por Juliana Brito

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epois de Salvador, chegou a vez dos estacionamentos rotativos privados de Lauro de Freitas cobrarem pelo uso. O projeto de lei que permite a exploração comercial desses espaços foi aprovado na Câmara Municipal e a lei publicada no Diário Oficial do Município em 12 de julho. A liberação beneficia, em grande medida, centros comerciais e de serviços, alguns de grande circulação, como hospitais, bancos, shopping centers, supermercados e hotéis que disponibilizam área própria ou de terceiro para estacionamento particular.

Até então, vigorava a Lei Municipal Nº 979/2001, que proibia a exploração comercial dos estacionamentos privados. Mas, a exemplo do que foi dito sobre

Foto: Auremar Santos

Lei que permite a cobrança desses espaços foi publicada no Diário Oficial do Município em 12 de julho

esta matéria na capital baiana, em 2015, a restrição é inconstitucional segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que considera que apenas a União

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teria competência para legislar sobre Direito Civil, além de uma limitação imprópria do direito de propriedade. Em decisão sobre Ação Direta de Inconstitucionali-

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dade, o STF afirmou que “a imposição de gratuidade do estacionamento em propriedade privada ofende o direito à propriedade e à livre iniciativa”. À época da liberação da cobrança em Salvador, os comerciantes dos grandes centros comerciais temiam uma queda de circulação dos consumidores, já que coincidiu com o momento em que a cidade sentia os primeiros sinais mais contundentes da crise econômica iniciada no ano anterior. Conforme era esperado pelos representantes dos shopping centers, semanas após o início da cobrança, o fluxo de consumidores voltou ao habitual.

O presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio da Bahia (Sindilojas), Paulo Motta, destaca essa repercussão inicial negativa na capital baiana e espera que Lauro de Freitas também flexibilize a lei em alguns aspectos a favor dos consumidores, a exemplo do que ocorreu em Salvador, meses depois da autorização da cobrança em estacionamentos privados.

“Tudo que gera ônus para a sociedade preocupa a nós, varejistas. Há uma queda no varejo em todo o estado e um aumento da carga tributária. Essa cobrança pesa para o consumidor, que já vai gastar comprando. Acredito que haverá resistência em Lauro de Freitas, como aconteceu em Salvador. Lá houve um período de queda de 40% no fluxo de vendas, que só se normalizou quatro, seis meses depois do início da cobrança”, diz Motta.

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O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Lauro de Freitas, Ribamar Kleber Silva, acredita que a nova lei pode trazer prós e contras. “Caberá a cada estabelecimento privado avaliar a possibilidade de cobrança e o respectivo impacto em sua atividade. Em locais com forte carência de vagas, espera-se até

um estímulo na atividade de comércio e serviços, a exemplo do que ocorre em áreas de Salvador, como Calçada e Centro. Por outro lado, também haverá o risco de prejuízo ao comércio e serviços, principalmente quando o valor cobrado for percebido pelo consumidor como mais um custo a ser pago”.

DEVERES

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egundo a nova lei, se a prefeitura se recusar a liberar alvarás, poderá pagar multas.

A liberação da concessão será analisada pelo órgão de ordenamento do uso do solo, devendo o estabelecimento se adequar às normas da legislação em vigor, especialmente quanto à sua localização, acessibilidade e trânsito. Os valores cobrados deverão ser afixados em painel próprio, de fácil visibilidade ao consumidor, contendo de forma descritiva o valor da primeira hora de estadia e das demais em acréscimo por tempo superior.

O estacionamento particular será obrigado a fornecer, no ato de ingresso e de saída do veículo, comprovante que possibilite ao consumidor o controle dos seus serviços. Neste documento deverá estar discriminada a entrada e saída do veículo, o preço total a ser pago, o custo do imposto sobre o serviço no documento fiscal a ser entregue ao consumidor. O estabelecimento que descumprir a lei ficará sujeito a notificação, multas e suspensão temporária do alvará. A fiscalização vai ser feita pela Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Ordem Pública (Settop).

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MOBILIDADE

Requalificação da Via Atlântica beneficia 400 mil na RMS

A obra facilitou o acesso e o tráfego para os municípios de Camaçari, Pojuca, Dias D’Ávila, Mata de São João e Lauro de Freitas Por Juliana Brito Foto: Manu Dias - GOVBA

Nova pavimentação da rodovia BA 530 (Via Atlântica), em Camaçari

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onhecida como Estrada da Cetrel, a Via Atlântica foi inaugurada em junho, com o objetivo de melhorar o fluxo do trânsito na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

A obra consistiu na pavimentação de 19 quilômetros entre Camaçari e a Estrada do Coco, em Lauro de Freitas, além da duplicação de um trecho de 2,8 quilômetros, facilitando o acesso e o tráfego para os municípios de Camaçari, Pojuca, Dias D’Ávila, Mata de São João e Lauro de Freitas. Ao todo foram investidos R$ 32 milhões nessa requalificação, que ficou sob a responsabilidade da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra).

A via tem uma extensão total de 22 quilômetros e, segundo o governo do estado, deve melhorar o trafego para 400 mil moradores da RMS, o fluxo de 2.280 veículos, além de beneficiar o turismo local e o transporte de cargas industriais.

O superintendente de Desenvolvimento e Comunicação do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), Érico Oliveira, acredita que a obra é importante para o Polo de Camaçari, o mais relevante complexo industrial da Bahia. Ele destaca ainda que a via, ao contrário de outros acessos ao Polo, não está pedagiada. “A Via Atlântica vai próximo de Arembepe e é uma outra alternativa de ligação do Polo ao Litoral Norte.

Isso vai facilitar a movimentação como um todo”, diz.

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CULTURA TEEN & GEEK Érica Falcão Pedagoga com especialização em Tecnologia Educacional, há 21 anos atuando nesta área com crianças e adolescentes. Escritora de livros juvenil de Ficção Fantástica. erica@revistalitoralbahia.com.br

Ser youtuber de sucesso.

Caminhos e desafios de Carol Alves

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lá, galera tecnológica!

Este espaço é destinado a você que não desgruda do universo Geek e Teen... então resolvi entrevistar a fofíssima youtuber baiana Carol Alves, que já ultrapassou a marca de 533 mil inscritos no seu canal Cah Alves, para aqueles que sonham em se tornar um youtuber de sucesso. Vamos saber como ela conseguiu? Érica Falcão: Quem é Carol Alves?

Carol Alves: Meu nome é Ana Carolina de Pinho Alves, poucas pessoas sabem disso, inclusive as pessoas que assistem o canal me conhecem como a Cah. Tenho 22 anos, sou de Salvador, nasci no dia 2 de setembro de 1994. Meus pais se separaram quando eu tinha dois anos de idade, mas a minha relação com os dois é ótima. Sou filha única... minha avó e minha mãe são minhas paixões... desde novinha

sempre gostei muito de viajar... me mudei para Michigan, nos Estados Unidos, no ano de 2014, para estudar Administração. Ainda moro nos Estados Unidos. Érica Falcão: Carol, sua alegria contagiante faz a gente querer assistir seus vídeos. Quando você decidiu ser youtuber e por quê?

Carol Alves: Eu acho que meu desejo inicial nunca foi ser youtuber.

Meu desejo era compartilhar conhecimento, aprender coisas com as pessoas... e quando eu fui para os Estados Unidos, tive a necessidade de me sentir mais próxima do Brasil. Criei o canal e essa foi a forma que eu encontrei para conseguir conversar com outras pessoas.

Gosto de conhecer e interagir com elas. Portanto, me tornar uma youtuber foi uma consequência. Érica Falcão: Como você consegue esbanjar tanta naturalidade

A baiana Carol Alves já ultrapassou a marca de 533 mil inscritos no seu canal no Youtube

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como se estivesse ao lado dos seus seguidores, falando com uma câmera de vídeo?

Carol Alves: Eu acho que tudo na vida é prática. No inicio foi muito difícil para mim também... eram muitas repetições porque eu queria exatamente gravar aquilo que eu queria falar... Então eu percebi que aquilo não dava certo.

Acho que a naturalidade vem com o hábito. Quando eu gravo, não fico com os tópicos na minha mão, eu os escrevo antes e sei o que vou falar. Então, fico ali matutando como é que eu vou falar aquilo para as pessoas e depois vem, simplesmente vem... falo naturalmente. Érica Falcão: Antes de iniciar os seus vídeos, você de uma forma carinhosa se apresenta e convida seu público a conhecer seus temas. Qual a faixa etária que mais se identifica com seus vídeos?

Carol Alves: O canal é bem diversificado e é mais voltado para o público

criança/adolescente. Sempre gostei muito desse público e me identifico com eles. No meu canal, ensino a fazer coisas manuais, pois sinto que a sociedade de hoje perdeu um pouco isso.

Ou seja, quero trazer para a internet uma coisa em que eles possam por em prática no seu dia a dia. O meu público é fiel e são muito fofos, sinceros, compreensivos... adoro! Érica Falcão: Como youtuber, você consegue ter retorno financeiro?

Carol Alves: Sou youtuber profissional e consigo me manter com o canal. Levei 10 meses para atingir mil inscritos, ou seja, quase que 1/3 da minha trajetória. Depois que cheguei aos mil inscritos, postei um vídeo que viralizou e fui para 10 mil, até que no final do ano de 2016, eu completei 100 mil inscritos.

Quando iniciei o ano de 2017, já estava com 112 mil inscritos. E foi a partir desse ano que eu foquei no Youtube, estudando sobre ele e com mais tempo para a edição dos vídeos, que dá

Carol Alves é apaixonada por músicas e seriados

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O canal de Carol Alves é bem diversificado e é mais voltado para o público juvenil

muito trabalho. Dá dinheiro, mas você tem que se dedicar. O youtuber ganha dinheiro através das propagandas que passam antes ou durante os vídeos, porém, é o Youtube que decide quantos vídeos seu ele vai monetizar. Érica Falcão: Em 2016, você fez um vídeo sobre suas séries favoritas. Você se considera uma Geek?

Carol Alves: Eu diria que sim... o meu lado Geek é a paixão pelas músicas e seriados. Faço tudo ouvindo música. Érica Falcão: Muitas crianças e jovens quando assistem seu canal querem se tornar youtuber como você. Porém, existem perigos nas redes sociais que devemos ficar atentos. Que conselhos você daria para quem sonha com essa carreira?

Carol Alves: Meu conselho principal é que as pessoas não precisam atravessar a fase da vida que elas estão. Acho que é importante a gente pensar que quando a gente fala em ser youtuber é ser empregado, é ter um trabalho... agora para as crianças que querem, realmente, ser um youtuber, compartilhar coisa, porque eu acho isso também legal... a primeira coisa é ter o acompanhamento da família, ou seja, não ser por conta própria, pois o que fazemos hoje influencia muito nosso dia de amanhã. Por isso, façam tudo com cautela.

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Fotos: Auremar Santos

ESPORTES

Itacimirim recebe segunda etapa do

Circuito Camaçariense de Surf 2017 Evento reuniu 145 atletas da Bahia e Sergipe Por Juliana Brito

N

em a chuva que teimava em cair na Praia de Itacimirim dispersou os amantes do surf durante a 2ª etapa do Circuito Camaçariense de Surf 2017, realizada nos dias 29 e 30 de julho. O evento, organizado pela Associação Camaçariense de Surf (ACS), com o apoio da Prefeitura de Camaçari e de empresas locais, reuniu 145 atletas do estado e de Sergipe, que competiram em nove categorias. O grande vencedor da mais importante, a Open, foi o surfista Erick Moraes.

Esse circuito é composto de três etapas. A primeira ocorreu em Arembepe, em março deste ano. A próxima vai ser na Praia de Jauá, dias 25 e 26 de novembro. A competição é homologada pela Federação Baiana e é válida também pelo Baiano Amador. O evento premiou os quatro primeiros colocados em cada categoria, exceto na Petit, para crianças até 10 anos, na qual todos os competidores foram contemplados como forma de incentivo.

“O circuito surgiu da necessidade de fomentar o surf, que é um lazer para o jovem e é um esporte propício nessa orla”, conta o presidente da ACS, José Reis.

José Reis, presidente da Associação Camaçariense de Surf (ACS)

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Etapa do Circuito Camaçariense de Surf 2017

Evento movimentou a praia de Itacimirim

O

Atletas da categoria principal

INCENTIVO

“mar está para peixe” no surf brasileiro. Além da vocação natural conferida por um extenso litoral e do esporte ter finalmente virado olímpico, os brasileiros andam se destacando nas competições mundo afora, a exemplo de Gabriel Medina e de Adriano Souza, o “Mineirinho”. Os ídolos inspiram as crianças a seguirem neste esporte. É o caso do atleta mirim Vitor Gabriel, 8 anos, fã desses campeões mundiais. Nessa etapa, ele ficou em terceiro lugar na categoria Petit. Vitor já compete há um ano e, em março passado, foi vice-campeão brasileiro Pena Little Monster em Itacaré, no sul da Bahia. Filho de surfistas, ele pratica o esporte desde os dois anos, e afirma que o seu foco é na diversão de estar no mar, mesmo durante uma competição.

“Eu estou me divertindo enquanto estou no mar. Se eu perder, vai ser legal também. É só ver os erros, treinar, fazer as coisas certas e ganhar”, diz o pequeno.

O surfista Lucas Guilherme, 32 anos, foi campeão desse circuito

ano passado, na etapa de Arembepe, disputando a categoria Open, na qual é o atual líder do ranking estadual. Ele elogia a iniciativa e a organização do circuito, realizado desde 2014.

“Sempre olho pelo lado da base, das crianças. Qualquer esporte é uma oportunidade de integração social. E esse é um campeonato

As irmãs Marina e Isabele do Vale

Vitor Gabriel, atleta mirim

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estadual no nosso município, traz renda para a localidade e ao mesmo tempo beneficia atletas”, diz.

De uma família de surfistas, as irmãs Marina e Isabele do Vale também elogiaram a qualidade do evento. “Achei muito legal e bem organizado o circuito, a estrutura é boa e a praia é linda”, opina Marina. Elas foram algumas das poucas presenças femininas na etapa. Acostumadas a frequentar as competições, elas afirmam que essa ainda é uma característica do surf. “Deveria ser diferente, mas ainda é um esporte masculino”, admite Isabele.

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NUTRIÇÃO Lídia Loyola Nutricionista graduada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), especialista em Nutrição Clínica Funcional e Nutrição Esportiva Funcional. Professora de pós-graduação na área de Atendimento Clínico Esportivo e Estético, atua na Nutriderm, trabalhando com a individualidade bioquímica e equilíbrio nutricional. lidia@revistalitoralbahia.com.br

Falando sobre a nutrição atual

A

nutrição vem sendo tema de muitas discussões atualmente. A cada dia surgem novas descobertas que firmam a importância e a necessidade de equilibrar nutricionalmente a alimentação e nutrir o corpo para um perfeito equilíbrio do organismo, respeitando a individualidade bioquímica.

A nutrição funcional, tanto clínica quanto esportiva, na qual sou especialista, traz para o campo da saúde a visão de que a qualidade dos alimentos é mais determinante na saúde do que a simples contagem de calorias. O que antes era dito como vilão, agora é visto com bons olhos, como no caso das gorduras, estas que se manipuladas de forma correta na dieta, atuam com potencial anti-inflamatório, reparador das células hepáticas, modulando e auxiliando no emagrecimento, como é o caso do ômega 3. Alguns nutrientes auxiliam a reduzir o inchaço, reduzir celulite, melhorar sintomas como dor de cabeça, melhorar o sono, modular o intestino e outros sinais de alteração do corpo.

Na individualização da dieta, durante a consulta, avalio os sintomas do corpo relatados pelo paciente, que vão desde os mais comuns, como dores de cabeça, retenção de líquidos, TPM exacerbada, fadiga crônica, retenção de líquidos, depressão, irritabilidade, ansiedade, inflamações articulares, obstipação, diarreia, flatulência, cólicas, inflamações intestinais, alterações de pele, acne, vertigens, rinite e outras alergias, e dificuldade de perda de peso. Muitos sintomas podem ser resultado de intolerância a certos alimentos, ou características de má digestão devido à má mastigação, alteração da produção de enzimas digestivas, ou um organismo estressado e com alteração da qualidade do intestino e flora bacteriana intestinal.

Dessa forma, selecionamos os alimentos e os manipulados específicos para aquele paciente e montamos uma estratégia dentro dos alimentos selecionados para melhorar a performance esportiva e de medidas. Quando se ajusta o carboidrato pelo peso de cada pessoa e distri-

bui-se a proteína ao longo do dia, o músculo terá substrato suficiente para poder responder bem ao treinamento e dessa forma conseguir o resultado tão esperado e buscado na academia, esteticamente e ainda com mais disposição física e equilíbrio dos sintomas.

NHOQUE DE ABÓBORA INGREDIENTES: 1 ½ xícaras de abóbora cozida - ½ xícara de farinha de aveia ou de trigo - 1 clara de ovo - Sal a gosto - Manjericão a gosto - 1 colher de sopa de queijo ralado MODO DE PREPARO: Misture todos os ingredientes até formar uma massa homogênea. Em uma panela, coloque três copos de água para ferver.

Com duas colheres, forme os nhoques e jogue-os na água fervente até que venham para a superfície. Retire da água. Arrume-os em um prato, regue com uns fios de azeite, manjericão e queijo ralado.

DICAS: Para cozinhar a abóbora, basta levá-la inteira para o micro-ondas por 20 minutos. Espere esfriar e abra. Ela vai estar cozida como purê. Acompanhe este prato com a carne de panela e com um saladão bem colorido.

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Administração

MEIO AMBIENTE

Horta de plantas medicinais e verduras tem objetivo educacional e conscientizador

Entrada do Parque Ecológico

Projeto Tamar - protótipos de tartarugas marinhas Fotos: Auremar Santos

Parque Ecológico

no coração de Vilas

Área verde tem atraído famílias, crianças, jovens e turistas pelas opções de lazer ao ar livre

sível e como um espaço atrativo de lazer deveu-se a uma meta desafiadora do atual secretário de Meio Ambiente, Saneamento e Recursos Hídricos (Semarh) de Lauro de Freitas, Alexandre Marques. “Demandou muito planejamento, captação de parcerias, trabalho conjunto das secretarias municipais e o grande esforço da prefeita Moema Gramacho, que acreditou no planejamento e

Por Sara Santiago

N

uma tarde de sábado do final de julho, a professora Samira Cristina Gonçalves (37) levava seus filhos Letícia (5) e Gabriel (7) pela quinta vez ao Parque Ecológico (PE) de Lauro de Freitas, reinaugurado no dia 5 de junho. “Meus filhos estão gostando muito do parque.

Aqui tem muitas atrações, brinquedos, uma área boa para piquenique e para lazer. A gente também areja a cabeça, conversa com outras pessoas, é muito bom”, disse.

Inaugurado há mais de 20 anos, porém, sem funcionar de forma efetiva para visitação popular, a reabertura do parque de forma aces-

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Professora Samira Gonçalves com os filhos Letícia e Gabriel

no projeto que apresentamos como uma das metas da secretaria para o primeiro semestre da sua gestão”, explicou.

Até o início do mês de agosto, o PE recebeu mais de oito mil pessoas, além das visitas programadas por grupos, como fazem algumas escolas por meio do preenchimento de um formulário disponível no site da Semarh. Segundo o órgão, esta é uma forma de organizar o fluxo de grupos e oferecer um melhor atendimento e suporte durante a visita,

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José Gomes Junior levou a família para conhecer o parque

de modo que os visitantes sejam recebidos e acompanhados por monitores.

Com uma área de 70 mil metros quadrados de mata virgem em Vilas do Atlântico, sendo 15 mil metros utilizados com finalidade ecológica voltada para a preservação da natureza e informações sobre o bioma local, o PE tem atraído famílias, turistas, amigos e crianças pelas opções de lazer ao ar livre. O supervisor de manutenção José Gomes Junior (39) aproveitou aquela tarde de sábado

Espaço Zen

Tirolesa Parque Infantil

Orquidário

do dia 22 de julho e levou toda a família pela primeira vez. “Viemos para descobrir as novidades do parque.

Apesar de ter ficado muito tempo fechado, a gente espera ser surpreendido com essa reabertura”, disse.

Se depender das opções oferecidas no parque, a família de Júnior fez um passeio agradável, com diversão para as crianças, sob o ar puro, a calmaria e o canto dos animais que ali habitam. Vamos seguir o caminho que eles fizeram e conhecer juntos o parque?

Concha Acústica Borboletário

Estufa de plantas

Parque Infantil

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AGRICULTURA FAMILIAR

Outlet recebe

Feira Agroecológica aos sábados Fotos: Auremar Santos

Por Juliana Brito

O

estiloso Outlet Premium, na Estrada do Coco, vem, desde maio deste ano, cedendo espaço para agricultores familiares da região de Camaçari comercializarem a produção, que vai desde frutas, verduras e legumes a iguarias produzidas com esses alimentos. A Feira Agroecológica acontece aos sábados, das 9h às 17h, na praça de eventos do espaço.

A consultora de imagem, Wanessa Pires, não perde um final de semana na feira, que costuma frequentar na companhia do marido, Leandro Pires, e da filha Ana. Moradora de Abrantes, ela acha a iniciativa excelente. “Venho quase todo sábado. Consigo comprar tudo que vejo no mercado, mas a um preço menor, justo, e sem agrotóxico. O que preciso, estou encontrando aqui”, elogia a consumidora.

A Feira é uma parceria do Outlet com a Prefeitura de Camaçari, através da Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pesca (Sedap). Cerca de dez produtores participam do evento, uma

Wanessa Pires com o marido Leandro e a filha Ana

forma de reforçar o orçamento mensal.

Kueliane Rocha e o esposo, Leandro Araújo, vendem produtos típicos, como pamonhas, beijus, doces caseiros, Kueliane Rocha e o esposo Leandro Araújo moram no Quilombo da Cordoaria e vendem produtos típicos sucos e mingaus. Eles moram na região de Camaçari, Elza Monteino Quilombo da Cordoaria, na zona ro relata uma experiência diferente. rural de Camaçari. A renda da famíEla, que vende frutas, legumes e lia provém basicamente das vendas verduras para programas de aquisià prefeitura do município, mas os fição de alimentos da agricultura fanais de semana não têm decepciomiliar, ainda não sentiu os efeitos da nado o casal. “Não sei dizer quanto feira no final do mês, mesmo após estou ganhando com a feira, mas três meses de participação. “Trago está nos ajudando bastante”, afirma pouca coisa para não estragar. EsKueliane. pero que melhore”, diz.

Agricultora em Barra do Pojuca,

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ARQ E DECOR

Decor Day reúne arquitetos, designers e decoradores Fotos: Joabe Cruz

Evento foi realizado pela Rede Sempre, em parceria com uma loja local e um escritório de design Por Sara Santiago

N

a tarde do dia 9 de agosto, a primeira edição do Workshop Decor Day reuniu mais de 100 profissionais do segmento de arquitetura e decoração, em uma loja de móveis local, na Estrada do Coco.

O evento foi realizado pela Rede Sempre, em parceria com a loja e um escritório de design. Segundo a jornalista Patrícia Lane, uma das organizadoras, o evento inaugura uma fase de alinhamento dos profissionais com o público local e as centenas de empresas do segmento sediadas em Lauro de Freitas.

Presente na abertura, o secretário de Planejamento, Mauro Cardim, ressaltou a importância do evento para o setor e falou sobre as perspectivas de investimentos e transformações pelas quais o município

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As organizadoras do evento - France Mary, Jaqueline Fagundes, Patrícia Lane e Lu Martins

e decoração. A life coach e sexóloga irá passar. “No segmento de vocês, Alcione Bastos abriu a série de deespero poder ajudar no que for posbates abordando a influência dos sível. A cidade passa por uma exambientes nos relacionamentos. pansão e com esse crescimento as Francy Mary, designer de interiores, pessoas vão passar a querer morar falou dos estilos de decoração na aqui pela qualidade de vida que nós contemporaneidade. Já o arquiteto estamos buscando. Muita coisa vai e urbanista Marcus Malamudar com a revisão mut trouxe para a plateia do Plano Diretor de Deas questões que envolvem senvolvimento Municio paisagismo. A designer Lu pal (PDDM), e com isso vocês M a r - tins, por sua vez, falou do arquitetos e decoradores vão e l e - mento cores no ambiente, ficar bastante contentes porque finalizando com a palestra a cidade vai ter grandes Secretário Mauro Cardim durante a abertura do sobre Arte e Arquitetura, miinvestimentos, obras e evento nistrada pela artista plástica e serviços”, disse. estudante de arquitetura Jaqueline Ao todo, cinco palestrantes falaFagundes. ram sobre o universo de arquitetura

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ARTIGO

Carla Saback Advogada, graduada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), especialista em Direito Imobiliário e Empresarial.

Atua em Praia do Forte e Região Metropolitana de Salvador.

O direito dos animais e as relações de vizinhança em condomínios fechados Protejam os animais, pois eles possuem coração e sentimento, assim como nós”. Ainda que discordemos do filósofo alemão

Somente em situações pontuais, devidamente ponderadas em análise irrigada de bom senso, é que a presença de animais domésticos nas unidades residenciais autônomas pode vir a ser desautorizada

Arthur Schopenhauer, é inegável a crescente relação de afeto estabelecida entre pessoas e animais domésticos, acolhidos nos núcleos familiares como verdadeiros “membros” de família. É inegável também que conciliar interesses em centros urbanos cada vez mais plenajados em sistema de condomínios fechados, é tarefa difícil, desafio que muitas vezes ultrapassa as possibilidades de solução amigável entre vizinhos, para encontrar no Judiciário a palavra final que apazigue o conflito instaurado.

Limitar o acesso e permanência de animais domésticos em condominios multiresidenciais, adotando posturas que efetivamente promovam o bem-estar de todos, especialmente do ponto de vista da higiene, segurança, docilidade e sossêgo, são cautelas necessárias à convivência harmôni-

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ca entre vizinhos. Contudo, não

cunstâncias prejudiciais a outros

bem comum de todos. Se a fi-

deve significar o esvaziamento

moradores devem ser analisadas

nalidade última dessas normas

do Direito de Propriedade no que

caso a caso e provadas, não sen-

condominiais é a garantia de um

tange as áreas de uso privativo.

do possível a remoção ou proibi-

meio ambiente equilibrado, es-

Como ponderar? Sem que seja

ção de acesso do animal fundado

pecialmente no que tange aos

efetivamente necessária a inter-

apenas na simples alegação de

Direitos de Propriedade e de Vi-

venção e adequado o meio eleito

violação a documentos ou deli-

zinhança, suas regras devem ser

para coibir a abusividade, não é

berações condominiais.

fruto da ponderação de interes-

recomendável “romper as fron-

Não foi em vão que a Cons-

ses com adoção de critérios cla-

teiras” da vida privada para inter-

tituição Federal do Brasil, Lei

ros, ligados à higiene, controle de

ferir irrazoavelmente no modo de

Maior do país, conferiu proteção

vacinação, cuidados médico-ve-

viver das famílias, dentro de suas

aos animais colocando-os, as-

terinário, cuidados de não circu-

residências.

sim como os seres humanos, no

lar nas áreas comuns, ressalvado

O Direito de Vizinhança tem

âmbito jurídico e legal de prote-

o direito de passagem, prezando

mesmo a atribuição de limitar a

ção do Estado. Neste formato, é

pelo sossêgo, mitigando riscos à

faculdade de uso e gozo ineren-

saude e à segurança das pessoas

te à propriedade, numa espécie

e animais.

de sacrifício a ser suportado pelo

Por sua ampla capacidade

titular deste direito, para que

de ajustar condutas, as normas

a convivência social seja equilibrada. Mas instituir vedações desarrazoadas que impedem o livre exercício da propriedade de cada um em flagrante abandono de parâmetros lúcidos que ajudam a superar o conflito, é ir na contramão da realidade, em total desconexão com o fim maior do direito de vizinhança, que é

A expulsão de animal de estimação de condomínios torna-se possível somente em três hipóteses, a saber: se causar incômodo ao sessêgo, se houver risco à segurança ou à saúde

condominiais não podem abrigar disposições que vedam injustificadamente genericamente

comportamentos considerados,

sem um prejuizo concreto, sendo mesmo desaconselhável adotar normas que contenham presunções absolutas e estanques, de que a simples presença de animais domésticos na área privati-

a harmonia entre vizinhos. Nes-

va de casas e apartamentos, por

se sentido, o Superior Tribunal

si só, afeta negativamente o bom

de Justiça vem sendimentando

uso da área coletiva. Somente em

o entendimento que indepen-

real o dever de compatibilidade

situações pontuais, devidamente

dentemente de haver proibição

hierárquica desses instrumentos

ponderadas em análise irrigada

expressa em convenção condo-

regulatórios

intracondominiais

de bom senso, é que a presença

minial, regulamento interno ou

com a própria Constituição e Le-

de animais domésticos nas unida-

deliberação de assembleia geral

gislação Nacional. Mais ainda,

des residenciais autônomas pode

de condôminos, a expulsão de

para terem a força e efetivida-

vir a ser desautorizada, não como

animal de estimação de condo-

de que almejam, devem assumir

uma regra proibitiva que contém

mínios torna-se possível somen-

prioritariamente o seu papel de

um fim em si mesma, mas como

te em três hipóteses, a saber: se

concliar, abraçando uma postura

mecanismo de controle de con-

causar incômodo ao sessêgo,

que tenha como norte primordial

dutas a serviço da sociedade na

se houver risco à segurança ou

a manutenção do equilibrio dos

promoção da harmonia e pacifi-

à saúde. Além disso, estas cir-

interesses envolvidos, visando o

cação social.

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INFORME PUBLICITÁRIO

Protesto de títulos e documentos de dívida em cartório é opção eficiente e segura de cobrança de dívidas

Michelle Collin Tabeliã de Mata de São João, graduada pela Faculdade Dom Helder Câmara, pós-graduada em Direito Público pela PUC-MINAS e em Direito Notarial e Registral pela Faculdade Cândido Mendes/RJ.

N

este mês de setembro, a Lei Federal Nº 9.492/1997, que regulamenta os serviços concernentes ao Protesto de Títulos e outros Documentos de Dívida, completa 20 anos. Um ganho expressivo para a sociedade, que passou a ter em um único diploma toda a legislação anteriormente esparsa.

Dentre todos os meios legais existentes colocados à disposição dos credores para a busca de satisfação dos negócios jurídicos não cumpridos, o protesto extrajudicial é o que gera resultados mais rápidos, com uma enorme vantagem frente aos demais. Isto porque o protesto tem como finalidade fundamental provar a inadimplência e o descumprimento da obrigação por parte do devedor, além de preservar o direito de regresso contra eventuais coo-

brigados pelo débito e viabilizar o pedido de falência do devedor. Entretanto, o principal objetivo e finalidade de um portador que leva seu título a protesto não é o Protesto do Título, mas o recebimento de seu crédito.

Diversos são os benefícios trazidos pelo Protesto de Títulos. Este representa uma via alternativa de cobrança de dívidas, evitando o procedimento judicial, sabidamente mais demorado e oneroso. O Protesto também causa efeitos da natureza cadastral, pois o nome de quem foi protestado fica fazendo parte de um registro de consulta pública de no mínimo cinco anos. Qualquer documento de dívida líquida e certa pode ser protestado, como por exemplo: duplicatas mercantis e de serviços; taxas condominiais; sentença judicial; cheque; nota promissória; contratos diversos, etc., e a certidão positiva de Protesto em nome do devedor pode ser solicitada por qualquer pessoa, independente de autorização.

O Protesto de Títulos e documentos de dívidas é uma maneira legítima de fortalecer o fluxo de caixa de uma empresa através da recuperação das dívidas dos clientes, garantindo assim o recebimento das vendas e/ou serviços em atraso. Também tem sido de grande valia sua utilização para a recuperação de créditos pelo Poder Público, por meio do Protesto das Certidões de Dívida Ativa, alternativa cujos entes públicos estão se valendo e tendo retorno significativo.

O protesto de títulos deve ser feito no Tabelionato de Protesto do lugar do pagamento nele declarado, ou, na falta de indicação, do lugar do domicílio do devedor. Por meio do site do IEPTB - Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil, é possível fazer consulta online e gratuita dos Protestos: http://pesquisaprotesto.com.br.

O Tabelionato de Notas com Função de Protesto da Comarca de Mata de São João, Bahia, funciona na Praça Barão Açu da Torre, N.º 129, Centro, de segunda a sexta-feira, das 08:30 às 16h. Mais informações pelo telefone (71) 3635-1515 ou pelo e-mail cartorio.matadesaojoao@gmail.com PROTESTO DE DÉBITOS CONDOMINIAIS: RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO EM ATÉ 5 DIAS ÚTEIS EFETIVIDADE: 80% DAS DÍVIDAS ENVIADAS PARA PROTESTO SÃO SOLUCIONADAS TEMPO: MAIS DE 60% DOS TÍTULOS E DOCUMENTOS ENVIADOS PARA PROTESTO SÃO SOLUCIONADOS EM TRÊS DIAS LEGALIDADE: O PROTESTO TEM AMPARO LEGAL E É FISCALIZADO PELO PODER PÚBLICO ECONOMIA: TODO O PROCESSO É SIMPLES E NÃO NECESSITA DE INVESTIMENTO, GARANTINDO A REALIZAÇÃO DO SERVIÇO SEM CUSTOS INESPERADOS

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VIDA EQUESTRE

Foto: Sidney Araújo

Considerado a premiação máxima da raça, o evento reúne os campeões de cada estado

Baianos são premiados na 36ª Exposição Nacional do Cavalo

Mangalarga Marchador Evento anual que acontece em BH é considerado a “Copa do Mundo” da raça Por Juliana Brito

O

s criadores baianos mais uma vez fizeram bonito na Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador, que aconteceu de 18 a 29 de julho, no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte, reunindo cerca de 1700 animais de criató-

rios de todo o País. Considerado a premiação máxima da raça, o evento reúne apenas os campeões de cada estado.

A exposição acontece anualmente na capital mineira e já vai, em 2018, para a 37ª edição, reunindo um público superior a 200 mil nos

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dois últimos anos. Além dos melhores cavalos mangalarga marchador, a programação ainda inclui shows de astros da música brasileira e opções de gastronomia.

Na Nacional, como é chamado o evento pelos criadores, os cavalos são separados por idade e anda-

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Foto: Divulgação Haras Beira Rio

Momento de premiação do Haras Beira Rio

mento – marcha picada ou marcha batida – e, ao final, os vencedores de cada categoria disputam entre si o título de campeão dos campeões.

Entre os melhores do país que figuram pelo parque de exposições, há animais que beiram o valor de R$ 1 milhão.

Os vencedores em BH não levam prêmio em dinheiro, mas ga-

nham, além do troféu, prestígio e visibilidade que rendem bons negócios aos seus proprietários. Um animal premiado tem automaticamente o preço e tudo relacionado a ele, a exemplo do material genético, bastante valorizado. “É como se fosse a Copa do Mundo da raça, é o mais importante do meio. Vão os melhores e mais valorizados da raça do país. Alguns animais que vencem lá têm o seu valor triplicado”, diz o presidente da Associação dos Criadores de Cavalos Mangalarga Marchador da Bahia (ACCMMB), Saulo Faria. Cerca de 200 criadores baianos participaram da 36ª edição.

Um dos animais baianos premiados foi a égua Baroneza Beira Rio, do Haras Beira Rio, de Gongogi, sul do estado. Baroneza, quarto produto nascido no haras, ganhou o 1º Prêmio Adulta da Raça de Marcha Picada e de Reservada Campeã das Campeãs Nacional de Marcha Picada, esse último equivale ao segundo lugar e é fruto de uma disputa

É como se fosse a Copa do Mundo da raça, é o mais importante do meio. Vão os melhores e mais valorizados da raça do país. Alguns animais que vencem lá têm o seu valor triplicado” Saulo Faria Presidente da Associação dos Criadores de Cavalos Mangalarga Marchador da Bahia (ACCMMB)

Foto: Sidney Araújo

Foto 360º da comitiva do Haras Beira Rio no Parque de Exposições Gameleira Foto: Eduardo Britto

Premiação da Baroneza

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com as vencedoras do evento em outras categorias. A égua, que tem cinco anos, também foi premiada na categoria jovem na edição anterior da Nacional. Outro vencedor foi o Palhaço Porteira Azul, premiado melhor potro de marcha batida, que pertence ao Haras Porteira Azul, em Feira de Santana.

NEGÓCIOS O dono de Baroneza, Eduardo Oliveira, cria cavalos mangalarga marchador há sete anos e participa da exposição nacional desde 2012, tendo outros animais premiados.

Ele acredita que é uma excelente oportunidade de conhecer o trabalho de outros criadores, fazer bons negócios e estabelecer parcerias. O criador conta que gastou R$ 10 mil para enviar Baroneza para a exposição e deixa-lá bem acomodada.

“Tem quem gaste menos e tem quem gaste mais que isso. O animal

Foto: Eduardo Britto

BAHIA referência no Brasil”, diz Saulo Faria.

Entre as raças genuinamente brasileiras, o mangalarga marchador é a que mais cresce. Faria acredita que a Bahia, além de ter um grande território, é atraída pela diversidade de práticas relacionadas a esse cavalo. “Ele serve para pista, para cavalgada, para trabalhar na fazenda”, enumera. Eduardo Oliveira também destaca o conforto do animal desta raça. “É como andar de carro”, compara. “Por isso que os números da Nacional são cres-

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Foto: Divulgação

A

Bahia é o único estado a ter um estande na exposição. Pioneiro, conseguiu manter a prerrogativa mesmo quando o evento decidiu não mais manter estandes estaduais. É também um dos principais em número de cavalos dessa raça no país. Em quantidade de criadores é o quarto, segundo o presidente da associação baiana da raça, chegando próximo a mil associados, atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. “É o maior criador do Nordeste e sem dúvida uma

Foto 360º do dia da final, 28 de julho

vai um mês antes para se adequar ao clima, tem animal que desidrata ou não come direito, então a gente tem que entrar com uma suplementação, tem cavalo que fica gripado e a gente precisa entrar com antibiótico. É o mesmo trato que se dá a um atleta em uma Olimpíada”, conta.

A equipe de veterinários que cuida desses campeões abrange desde especialistas em fisioterapia a odontologia. Fazer um campeão ou campeã, de acordo com o criador baiano, é um verdadeiro trabalho de equipe. “São vários fatores. Eu acredito em investimento genético – sou dono da mãe dela (Baronesa), uma égua que comprei de outro criatório. Tem o fator sorte.

E tem também a equipe, o trabalho de todas as pessoas que trabalham com ela, formada por dentista, ferrageador, enfim, é toda uma equipe multidisciplinar”, diz Oliveira.

Os baianos Rogério Tavares, Lucio Saback e João Rocha prestigiaram a Nacional

centes. Está cada vez mais difícil participar, são muitos criadores”, diz o criador.

Revista Litoral Bahia

SETEMBRO E OUTUBRO | 2017

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UNIVERSO PET Ariel Serumaninho Nasci no dia 9 de dezembro de 2015.

Sou um Cãoespecial conhecido como #SRD (Sem Raça Definida). Tenho meu próprio Instagram canino @ariel_dog09, onde troco AUhistórias divertidas com meus AUmiguinhos. arielserumaninho@revistalitoralbahia.com.br

Por que me chamo

Ariel Serumaninho?

B

em, essa é uma história que a minha mamãe AUdora contar para seus AUmigos. Logo quando eu cheguei à minha nova casa, meu papai já havia escolhido o meu nome.

Ele me Cãoexplicou que foi por eu ter nascido no dia 9 de dezembro, dia regido pelo anjo Ariel. Bem, eu não Cãoentendo disso, mas se eles ficaram AUfelizes com esse nome, eu também fiquei. Porém, o meu Cãoapelido só veio surgir depois de oito meses, quando, finalmente, minha mamãe me deixou conhecer o mar...

No momento em que eu saltei do carro com meu irmão humano, levei um susto ao ver pela primeira vez o mar. Pedi colo à minha mamãe, afinal, só conhecia a piscina lá de casa. Ela me levou no seu colinho até entrarmos em um carro diferente que estava na água. Fiquei com minhas orelhinhas ligadas até descobrir que aquilo não era carro,

mas sim um barco grande do AUmigo humano do meu pai. Assim que o passeio começou, tratei de me acomodar no colo da minha mamãe. Pensem... Qual o cãozinho que não AUcurte um ventinho gostoso batendo no rosto, enquanto gotas de água salgada respingam o nosso

Ariel conhecendo o mar

corpo? Que AUdelicia... Passei a viagem toda só AUcurtindo essa tal de barco.

Quando chegamos a uma praia, meu papai pulou na água e me AUchamou. Aí que a coisa Cãopegou!

O medo era tanto que eu fui parar nas pernas da minha mamãe. Ela me pegou no colo e, com cuidado, me entregou ao meu papai. Ele me abraçou e eu fiquei assim, AUgarradinha que nem criança enquanto ele me levava até a areia. Lá, ele me pôs no chão e juntos brincamos um tempão. Ouvi meus tios humanos falarem que achavam engraçado eu me comportar como se fosse um humano. Ué, mas a minha família era humana. Como eu poderia ser Cãodiferente? Foi então que o tio disse para meus pais: “essa Ariel é mesmo um Serumaninho”. Todos concordaram, caindo na risada. Confesso que eu não AUentendi muito o porquê da risada, mas abanei meu rabinho, demonstrando o quanto eu os amava.

E AUcê? Como foi que escolheu o nome do seu animalzinho de estimação? Até a próxima!

Lambeijos!

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ANO 1 | EDIÇÃO 2 | Setembro e Outubro de 2017

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“O próximo Google ou Microsoft pode estar no interior da Bahia”

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CÂNCER DE MAMA E DE OVÁRIO

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