its Teens Florianópolis - 39

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Renata Bomfim

Gerente de projetos especiais

A edição de dezembro da its Teens marca o encerramento de mais um ano letivo repleto de descobertas, criatividade e conexões entre escola e comunidade. Nesta última publicação do ano, reunimos temas que dialogam com cuidado, conhecimento e pertencimento: dos alimentos que pets não podem consumir ao funcionamento do sistema monetário, passando pela educação antirracista e pela força da cultura escolar. Celebramos conquistas, como projetos de inclusão, presença no Saeb e iniciativas que aproximam as crianças da música brasileira. Também registramos momentos simbólicos, como a transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental. Entre ciência, cultura pop, reflexões sobre o uso da internet e as tradições brasileiras, esta edição convida a olhar para trás com orgulho e para frente com entusiasmo. Que este fechamento de ciclo inspire novos aprendizados em 2026.

MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI

IN MEMORIAM

FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC

MARCELLO CORRÊA PETRELLI

PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br

ALBERTINO ZAMARCO JR.

DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br

DERLY MASSAUD DE ANUNCIAÇÃO

DIRETOR DE PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA

GILBERTO KLEINÜBING

DIRETOR DE MERCADO gilberto.k@ndtv.com.br

LUÍS MENEGHIM

DIRETOR DE CONTEÚDO meneghim@ndmais.com.br

ROBERTO BERTOLIN

DIRETOR REGIONAL FLORIANÓPOLIS bertolin@ndtv.com.br

SILVANO SILVA

DIRETOR REGIONAL JOINVILLE silvano@ndtv.com.br

CRISTIAN VIECELI

DIRETOR REGIONAL ITAJAÍ E BLUMENAU cristian@ndtv.com.br

FABIANA POSSATO

DIRETORA REGIONAL OESTE fabiana.possato@ndtv.com.br

JEAN FELIPE DE OLIVEIRA

DIRETOR DIGITAL E INOVAÇÃO jean.oliveira@ndtv.com.br

MICHEL MARIANO PIZZETTI

DIRETOR REGIONAL CRICIÚMA michel.pizzetti@ndtv.com.br

RENATA BOMFIM

GERENTE DE PROJETOS ESPECIAIS renata.bomfim@portalits.com.br

ANA CAROLINE ARJONAS REPÓRTER ana.arjonas@portalits.com.br

LETÍCIA MARTENDAL ASSISTENTE DE MÍDIA leticia.martendal@portalits.com.br

DAIARA CAMILO ASSISTENTE DE MÍDIA daiara.camilo@portalits.com.br

LEONARDO MESSIAS DE JESUS DESIGNER GRÁFICO

MARIA FERNANDA AMARAL SUPERVISORA DE ASSINATURAS E OPERAÇÕES maria.amaral@ndmais.com.br

ANDRESSA DA ROSA LUZ GERENTE COMERCIAL FLORIANÓPOLIS andressa.luz@ndtv.com.br

CYBELLY REGINA DA SILVA MEIRA GERENTE COMERCIAL BLUMENAU cybelly.meira@ndtv.com.br

FELIPE MUCHENSKI GERENTE COMERCIAL ITAJAÍ felipe.m@ndtv.com.br

CRISTIAN TADEU GERENTE COMERCIAL OESTE cristian.santos@ndtv.com.br

LUIS FERNANDO LENZ GERENTE COMERCIAL JOINVILLE luis.lenz@ndtv.com.br

ISMAEL CARDOSO GERENTE COMERCIAL CRICIÚMA ismael.cardoso@ndtv.com.br

NORBERTO MORETTI JÚNIOR GERENTE DE PERFORMANCE norberto@ndtv.com.br

CAROLINE FERNANDES GERENTE DE MERCADO NACIONAL caroline.fernandes@ndtv.com.br

Pontos
Escolas da Rede Municipal de Florianópolis
ANA CAROLINE ARJONAS
DAIARA CAMILO
LETÍCIA MARTENDAL Repórter
Assistente de Mídia
Assistente de Mídia

/conteúdo

Quem é você nas férias? Aprender para ser diferente

Fábulas de linha e agulha

10 alimentos que seu pet não pode comer #06 #12 #18 #32 #16 #07 #14 #24 #28 #42 #43 #30 #34 #36 #08 #10 diversão conscientização capa como funciona? identidade spoiler notícias das escolas cultura pop wi-fi saideira mão na massa nosso planeta brasilidades galerias diário escolar conhecimentos gerais

Da nota ao digital: a importância do dinheiro

Na batida da rima

Do Grinch ao Quebra-Nozes

Festas típicas de cada região

Prontos para uma nova aventura

Entre memes e realidade: o que é ser cronicamente online?

Espera

O que aconteceria se o mundo usasse um freio de mão?

Carregue suas ideias: recrie a primeira pilha da história

Cores da natureza: como surgem os corantes?

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QUEM É VOCÊ NAS

Quando as férias chegam, o que você pensa primeiro?

a) Finalmente vou dormir sem despertador!

b) Quero colocar tudo em dia: jogos, vídeos e papo com os amigos.

c) Quero sair mais: praça, shopping ou casa dos amigos.

Qual é o seu lugar favorito nas férias?

a) Meu quarto.

b) A casa dos amigos e dos primos.

c) As praias e as praças da cidade.

Se os amigos chamam pra fazer algo diferente, você…

a) Pensa: “Será que eu preciso mesmo sair?”

b) Pergunta quem vai e se tem como chegar lá.

c) Topa na hora e já vai se arrumar.

O que não pode faltar nas suas férias?

a) Muita preguiça e lanche gostoso.

b) Internet boa.

c) Rolês, risadas e novas histórias!

RESPOSTAS

O que você mais gosta de fazer quando está sem nada pra fazer? 1. 2. 3. 4. 5.

a) Cochilar, ouvir música ou assistir ao seu anime favorito.

b) Jogar online e editar vídeos.

c) Visitar lugares novos da cidade.

Mais respostas A: o dorminhoco premium

Você aproveita as férias para recarregar as energias. Ama maratonar séries, curtir sua cama e relaxar.

Mais respostas B: o conectado

Entre jogos, vídeos e conversas, suas férias são cheias de diversão online e boas risadas com a galera.

Mais respostas C: o aventureiro

Ficar parado não é a sua praia. Ama explorar lugares novos, sair com os amigos e colecionar histórias incríveis pra contar na volta às aulas!

POR Waleska Regina Becker Coelho De Franceschi

Gerente de gestão educacional da Secretaria Municipal de Educação

O que une um bordado, uma história e a vontade de criar?

Em “Fábulas de linha e agulha”, organizado por Dennis Radünz, a artista Maria Celeste é celebrada em cada página. Suas palavras se misturam às cores dos bordados, transformando arte em poesia visual.

O livro começa com o apólogo “A linha e a agulha”, de Machado de Assis — uma conversa divertida entre dois objetos que disputam importância no vestido de uma baronesa.

A agulha abre o caminho, mas é a linha que fica para sempre no tecido.

Assim também é a arte de Maria Celeste: feita de paciência, delicadeza e emoção.

Cada ponto é um gesto de criação; cada cor, uma lembrança. E agora, que o ano letivo termina, fica a pergunta: que linhas e cores estamos deixando no nosso próprio bordado da vida?

Ao final de cada ano, também deixamos nossos próprios pontos e cores.

Que o próximo capítulo venha cheio de novas histórias a bordar.

Crescer é uma aventura

Conquista Esporte Clube Telma Guimarães Castro Andrade

O decreto da alegria

Referências:

RADÜNZ, Dennis. Fábulas de linha e agulha: artes de Maria Celeste. Il. Maria Celeste. Florianópolis: Nauemblu Ciência & Arte, 2006.
Rosana Bond
Campeões Fiona Rempt & Noëlle Smit
Rubem Alves

Chegou a hora do almoço e uma cena clássica para quem tem pet se inicia: o bichinho esperando ao seu lado e te encara com olhinhos pidões, querendo um pedaço da comida. Apesar de algumas pessoas darem um petisco, é importante ter muito cuidado, afinal, existem alimentos que podem ser perigosos para cães e gatos.

Para garantir a saúde e o bem-estar do seu bichinho, é essencial ficar por dentro do que ele pode ou não consumir e, assim, evitar riscos e proporcionar uma vida mais saudável e feliz.

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Abacate

A fruta possui uma substância tóxica chamada persina, que pode causar intoxicação em cães e gatos, resultando em vômitos, desconfortos intestinais e até problemas no coração.

Adoçante

Os adoçantes artificiais, como o xilitol, são extremamente tóxicos para os cachorros, já que, como o organismo não reconhece o carboidrato, a ingestão pode causar uma série de problemas, como graves lesões no fígado do animal.

Cafeína e chocolate

Além de conter cafeína, o chocolate também possui a teobromina. Os dois elementos são perigosos para os pets, atuando como um veneno no organismo. Arritmia, tremores e convulsões são algumas das consequências.

Carambola

A ingestão dessa fruta pode prejudicar os rins dos animais, já que contém sais que podem ser tóxicos para o órgão, levando à falência renal.

Carnes e ovos crus

Os alimentos crus podem estar contaminados por bactérias e outros microorganismos, causando diarreia, febre e dores abdominais.

Cebola

Além de causar inflamações do trato gastrointestinal, o consumo de cebola pode destruir os glóbulos vermelhos, resultando em uma anemia.

Comidas fritas

Os alimentos fritos e gordurosos podem causar uma inflamação do pâncreas, dor no estômago e outras complicações, podendo levar à morte do animal.

Sal

O consumo excessivo de sódio pode ser tóxico para os pets, resultando em sintomas como sede, cansaço, músculos rígidos, tremores e até mesmo depressão.

Tomate

Nas partes verdes do tomate é possível encontrar uma substância tóxica chamada solanina, que pode se tornar prejudicial se consumida em grandes quantidades. Fraqueza e problemas gastrointestinais são alguns dos efeitos.

Uva

Os rins dos animais podem ser prejudicados ao consumir uvas, já que as frutas apresentam salicilato, uma substância que causa a diminuição do fluxo sanguíneo.

DA NOTA AO A IMPORTÂNCIA

POR ANA CAROLINE ARJONAS

Imagine acordar em mais um dia de aula e se deparar com uma realidade nova, sem nenhum tipo de dinheiro ou moeda que possa ser usada para comprar produtos ou pagar por serviços. Em uma realidade em que as notas, físicas ou digitais, parecem estar inseridas na realidade de todos nós, é quase impossível pensar em como seria um mundo nesse formato, não é mesmo?

Mas você já parou para pensar em tudo o que o dinheiro movimenta ao longo de um dia ou até mesmo de um mês? Por mais que o ato de comprar pareça simples e quase intuitivo nos dias atuais, nem percebemos como essas quantias movimentam a economia no nosso bairro, cidade e até mesmo Estado, dando sentido ao sistema monetário, responsável por gerenciar toda a grana que há no mundo.

O dinheiro sempre existiu?

Por mais que seja difícil imaginar um mundo sem o dinheiro, a verdade é que as notas e carteiras digitais como conhecemos não surgiram de uma vez. A criação foi sendo feita com o tempo, adequando o modelo de acordo com a sociedade. Se pensarmos em civilizações mais antigas, os itens que tinham valor na época eram utilizados como “dinheiro”. Nos tempos modernos, a troca ainda é válida para alguns casos, como quando trocamos uma figurinha com nossos amigos, mas a compra de objetos e da própria alimentação passou a ser pautada no dinheiro.

Você sabe o que é dinheiro?

Essa pergunta pode até parecer simples, mas você já parou para analisar uma nota antes de fazer a compra? A verdade é que aquele dinheiro físico, que muitas vezes recebemos como mesada, nada mais é do que uma nota. Mas então qual é a importância dele?

É que a nota representa uma parte do valor total que circula na economia de um país. Diferentemente do que muitos pensam, que todo o problema do mundo pode ser resolvido com a impressão de novas notas, medida que causaria uma inflação maior, o fato é que cada nação conta com um valor em caixa. A quantidade é representada pelas notas que estão em circulação e que usamos para consumir. Sendo assim, não é a nota que possui o valor, mas a representação do valor que está agregado.

AO DIGITAL:

DO DINHEIRO

Grana virtual

Além das notas, os valores digitais — aqueles mantidos em contas e aplicativos — também entram na contabilidade. O valor que circula, seja em papel ou digital, é considerado para entender o quanto de dinheiro está disponível na economia. Mesmo que não seja possível tocar, é por meio dele que muitos consomem e até mesmo recebem, sendo uma moeda tão importante quanto a física.

Por dentro do sistema monetário

Se você já jogou o famoso “Banco imobiliário”, sabe que a função de cada jogador é gerenciar os ganhos e as conquistas, compreender o que pode ser um bom investimento e como cada alternativa pode ser propícia. Quando falamos do sistema monetário, a linha de raciocínio é similar: aqui o desafio é como cada país gerencia o quanto ganha.

O Banco Central é o responsável por avaliar a quantidade, a forma de uso e os valores que estão disponíveis, tomando decisões que incluem a impressão (ou não) de mais notas, as regras de acesso para bancos e o acompanhamento para que o dinheiro não perca o valor — a famosa e temida inflação.

PARA SER DIFERENTE

ENTRE VÍDEO-CARTAS, JORNALISMO E CONTOS

AFRICANOS, TURMAS DESCOBREM SOBRE IDENTIDADE, RESPEITO E HERANÇA CULTURAL

POR ANA CAROLINE ARJONAS

O QUE VOCÊ

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crianças aprendem sobre Consciência Negra por meio da tecnologia e histórias

Tempo de leitura: 6 minutos

Quando nos deparamos com um livro de História e começamos a estudar a forma como outros povos sobreviveram e os fatos históricos que ficam marcados por gerações, por alguns momentos questionamos como tantos capítulos da humanidade foram escritos. Porém, mais do que ler e se indignar, é preciso acreditar que a educação e o respeito continuam sendo pontes para a mudança de pensamento e a formação de uma sociedade completamente desenvolvida e consciente.

Para despertar esse olhar crítico e aprimorar a formação cidadã, os 360 alunos do terceiro ao quinto ano da

Escola Básica Municipal (EBM) Professora Neuza Paula da Silveira estudaram durante todo o ano a Consciência Negra e os temas que corroboram com a data. A iniciativa de trazer o assunto para dentro da sala de aula começou a ser debatida ainda no ano passado, fazendo com que os professores planejassem os encontros de forma a fazer do conteúdo algo que despertasse o interesse dos alunos.

“Os meus objetivos, como uma professora antirracista, é trabalhar a temática nas escolas, promovendo uma educação comprometida com a valorização das identidades, o enfrentamento

das desigualdades raciais e a construção contínua de práticas pedagógicas que afirmem o respeito e a diversidade como princípios do ensino”, explica a educadora Nali Catarina Pedroso Nunes, que atua no letramento digital. Entre os eixos temáticos que foram abordados na escola, estão questões como mulheres negras que fizeram história, povos originários (indígenas), diversidades culturais, consciência racial e educação antirracista. Além da mudança em sala de aula, o projeto foi uma oportunidade de promover o conhecimento e as conversas entre os docentes da unidades, que precisaram pensar em conjunto nas atividades que marcaram o mês.

Com contos indígenas, produções textuais, atividades artísticas no Paint 3D e Canva, vídeo-cartas, educomunicação, oficina de Jornalismo em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e atividades jornalísticas integrando Português, História e letramento digital, foi possível perceber a mudança de postura e de posicionamento. “Os estudantes vêm apresentando diariamente mudanças em seus comportamentos, letramento racial e em especial nas críticas às diversas formas de preconceito que ocorrem na escola e na sociedade”, conta a professora.

A turma trabalhou o respeito e as raízes culturais

Conhecimento e tecnologia

Para aqueles que nasceram imersos na internet, é preciso pensar que o conhecimento também deve questionar e instigar a forma como usamos as novas tecnologias. Pensando nisso, os encontros tiveram como ponto de partida temas que incluem o pensamento computacional, o mundo digital e a cultura digital, uma forma de mostrar como a tecnologia pode ser utilizada para impulsionar o conhecimento e como devemos questionar aquilo que aparece em nossas telas.

Bem consigo mesmo

Outra atividade que chamou a atenção do grupo foi uma mostra fotográfica, denominada “O que me torna especial?”. Esse foi um convite para refletir quem somos e como nossos traços dizem de onde viemos, marcando a herança cultural de cada um. A ação foi uma forma de identidade e autoestima, salientando as diferenças e o respeito, a base para todas as relações.

A cultura foi evidenciada de diversas formas, aproximando os alunos do tema

Os pequenos também colocaram a mão na massa, aprendendo na prática

Consciência e gamificação

O envolvimento com o tema, que está presente em outras escolas da rede municipal, foi o ponto de partida para a criação de um jogo intitulado “Afrotech”. A tecnologia foi desenvolvida por alguns educadores municipais, time de que Nali faz parte. Esse é um jogo online antirracista que busca instigar nos pequenos a identificação de momentos históricos, unindo o passado e o presente.

Fotos: EBM
Professora Neuza
Paula da Silveira/Divulgação

LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA

ASSISTIVA EDUCACIONAL PROMOVE INCLUSÃO EM FLORIANÓPOLIS

Para garantir que todos os estudantes possam ter acesso a um aprendizado de qualidade, as escolas da rede municipal contam com o apoio do Laboratório de Tecnologia Assistiva Educacional. Localizado no antigo prédio do Núcleo de Educação Infantil Municipal (Neim) Abraão, o ambiente reúne recursos de tecnologia assistiva. Com mais de 40 itens que servem de auxílio no aprendizado dos estudantes, o espaço foi pensado para fortalecer a inclusão nas escolas.

Os equipamentos são voltados à adaptação, à produção e ao desenvolvimento de soluções tecnológicas que ajudam na autonomia e participação dos alunos com deficiência.

O acervo conta com teclados personalizados, abafadores de ruído, vocalizadores de botões, mouses adaptados, conjuntos escolares posturais, capacetes multifuncionais e outros itens que garantem a adaptação dos estudantes.

No espaço também são oferecidas formações e experimentações, para que profissionais da rede possam criar estratégias de práticas escolares mais acessíveis e inovadoras.

Chagas/Divulgação

das

Antônio

Anirson

Neim

Foto:

ESCOLAS DA REDE MUNICIPAL MARCAM PRESENÇA NO SAEB

Após dez anos sem ter uma frequência de 100% no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), Florianópolis contou com a participação de todas as escolas da rede municipal na prova. Os testes foram aplicados de 4 a 6 de novembro com as turmas no quinto e nono ano do Ensino Fundamental.

Mais de quatro mil alunos das 36 escolas municipais participaram da avaliação. A forte presença das unidades é resultado das estratégias aplicadas durante todo o ano letivo com o Floripa Mais Aprendizagem e reflete o desempenho de estudantes, professores e familiares.

Confira um pouco da trajetória dos estudantes no Saeb lendo o QR Code!

PROJETO APROXIMA CRIANÇAS DA MÚSICA BRASILEIRA

Com o objetivo de ampliar o repertório cultural das crianças e aproximá-las de novos gêneros da música popular brasileira, o Núcleo de Educação Infantil Municipal (Neim) Anirson Antônio das Chagas desenvolveu o projeto “Choro Xadrez”.

Promovida em conjunto com a professora responsável pelos projetos coletivos Camila Santana e a equipe escolar, a ação foi uma proposta dentro da Semana do Movimento “Nossa

diversidade”. O objetivo é divulgar o gênero musical aos pequenos, pensando em propostas que atendam tanto os bebês quanto as crianças.

Para desenvolver o projeto, a diretora Vanessa Ferrazza entrou em contato com o artista Álvaro Fausane, integrante do Choro Xadrez. As turmas participaram de um show exclusivo do grupo, com muita dança e música. A intenção era despertar nas crianças o interesse por novas formas de expressão e estimular a criação.

O QUE VOCÊ

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batalha de rimas promove a valorização da cultura negra e fortalece a identidade dos alunos. Tempo de leitura: 6 minutos

ESTUDANTES TRANSFORMAM A ESCOLA EM PALCO DE EXPRESSÃO, CULTURA E COMBATE AO PRECONCEITO

Basta um espaço para reunir o público, um microfone, uma caixa de som, um mediador e duas pessoas dispostas a improvisar e o cenário está montado: é hora da batalha de rimas. Entre respostas rápidas e criativas, os MCs fazem a plateia vibrar com cada verso performado. O que começou como uma forma de expressão e resistência da juventude negra nos anos 1970, hoje é considerado um importante movimento cultural.

Em Florianópolis, as batalhas já fazem parte da cultura urbana da cidade, reunindo diversas pessoas em praças e espaços públicos para mostrar o talento e a habilidade na arte, assim como dar voz a temas de inclusão e consciência social, como racismo, igualdade e respeito.

Para os estudantes da Escola Básica Municipal (EBM) Maria Tomázia Coelho, isso não é novidade. Por lá, desde 2023, os alunos de todas as turmas participam de batalhas de rimas, organizadas pelos professores Antônio Cícero Ribeiro de Souza, Ednéia Patrícia Dias e Jonatan Maestri. A ideia surgiu como parte do projeto “À flor da pele”, ação desenvolvida dentro da proposta da educação das relações étcnico-raciais aplicadas na instituição.

O objetivo é construir uma escola livre de preconceitos e contribuir para uma sociedade pluriétnica e multicultural, em que diferentes costumes e tradições são apreciados.

Ao valorizar essa diversidade cultural, a unidade demonstra, na prática, o compromisso com o combate ao racismo e a promoção da identidade negra. “Todos os estudantes que participam desse processo saem fortalecidos, desenvolvendo habilidades fundamentais para construção de uma escola antirracista, livre de preconceitos, onde estudantes pretos e pardos fiquem orgulhosos de sua origem e identidade afro-brasileira e, principalmente, fomentar debates permanentes sobre as políticas públicas, justiça e o negro na sociedade brasileira”, explica Ednéia, que também é responsável pelo projeto Conecta MTC.

Inspirados nos MCs da região, os alunos foram convidados a participar do momento de improviso na “Batalha do conhecimento”, em que recebiam um tema da plateia e iniciavam as rimas sobre o assunto. Outros elementos do hip hop também foram representados no dia do projeto, com os artistas Lenon Serafim e Jeane London fazendo um grafite ao vivo.

Além dos protagonistas da rima, a participação da plateia também é de extrema importância, com aplausos e gritos. Apesar de ser uma disputa, o respeito é o principal elemento nas batalhas, dando espaço para a colaboração e não competição. “O apoio aos colegas foi visível nesse momento, pois recebiam palavras de apoio e motivação para seguirem nas rimas”, comenta a professora.

Quem se sentiu animado com a vibração dos amigos foi Carlos Henrique Vilela, do quarto ano do Ensino Fundamental. Rimando pela primeira vez, o nervosismo foi embora após ser encorajado pelo público. Além disso, a participação o inspirou a seguir na música — o menino até escreveu canções e gravou uma música autoral na Rádio MTC.

Quem participa do projeto da rádio também pôde mostrar seus talentos na batalha, como é o caso de Natã Enzo de Oliveira, também do quarto ano, que exerceu o papel de DJ. “Fiquei tremendo mas fui me soltando depois. Eu já sei usar o programa de músicas porque atuo na Rádio MTC e o professor (Antônio) Cícero me ajuda muito, me ensinando a parte técnica. Foi meu primeiro evento grande e deu tudo certo. Eu gostei muito de participar e sempre que puder eu vou fazer”, relata o aluno.

Os alunos conheceram de perto o processo do grafite
Natã participou da batalha como DJ
Os

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unidades escolares preparam estratégias para tornar mais leve a transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental.

Tempo de leitura: 10 minutos

O fim do ano está chegando e, com ele, vem um misto de sentimentos. É hora de guardar o uniforme, dar um até logo à rotina escolar e se preparar para os desafios que vêm pela frente. Neste aguardo pelo novo capítulo, as emoções se dividem entre a saudade e expectativa sobre como será o próximo ciclo.

O novo pode até parecer assustador, já que essa transição entre os anos escolares acompanha também as diferentes etapas da infância. Cada fase tem um ritmo diferente e outra forma de lidar com as responsabilidades e compreender o mundo ao redor.

Benjamin, Rafael e Margot estão ansiosos para a próxima etapa

Entre descobertas e aprendizados

Os espaços de recreação dão lugar às carteiras enfileiradas e os momentos de brincadeira agora são divididos com avaliações e horários mais definidos. Para ajudar as crianças a se adaptarem a essa nova fase, é importante adotar estratégias que não as sobrecarreguem, mas que, aos poucos, ensinem a importância da autonomia e da responsabilidade. E se tem uma turminha que sabe bem disso é o G6 do Núcleo de Educação Infantil Municipal (Neim) Coqueiros.

Ao longo de todo o ano, os 42 pequenos do grupo participam de atividades que vão muito além do conteúdo teórico previsto para o próximo ano. Junto com a introdução do letramento e dos números por meio de momentos lúdicos, eles estão vivenciando experiências que trabalham a autoconfiança e a independência.

“A gente tenta construir nas crianças o sentimento de pertencimento e de autonomia, de que elas conseguem”, comenta a diretora da unidade, Sharlene dos Santos.

Para isso, as turmas do matutino e do vespertino participam dos esportes de aventura, com ações que incluem passeios de exploração da cidade, como trilhas ecológicas e canoagem. Outra mudança significativa foi a chegada dos cadernos com pauta e os materiais individuais, que contou com a ajuda das famílias na fabricação dos objetos com itens recicláveis.

De forma leve e natural, os pequenos registram as saídas pedagógicas nas folhas, ajudando-os a chegarem à próxima fase escolar já familiarizados com a prática.

“A alfabetização precisa ser uma necessidade real do ser humano, não pode ser uma coisa automática. Então uma criança que conhece o mundo, quer conhecer através das letras e dos livros. A gente precisa dar para elas o gostinho, para que não seja algo maçante, e sim mais prazeroso e significativo”, complementa Sharlene.

O resultado real pode ser visto na organização na festa de encerramento da turma, que ocorreu neste último mês letivo.

Os pequenos foram os responsáveis por escolherem a temática e a decoração.

“Eles estão sendo críticos e cidadãos suficientes para nos mostrar aquilo que gostam”, comenta a diretora.

E a turminha já se sente pronta para encarar os novos desafios.

Rafael de Oliveira Ramos mal pode esperar para aprender mais sobre seu assunto favorito nas aulas de Ciências: os dinossauros. Já Margot Helena da Silva e Benjamin Galker Mesquita, que gostam de Matemática, estão ansiosos para praticar contas mais complexas. Durante o ano, as crianças também desenvolveram habilidades de leitura e em Libras.

Para os três, a sede por saber mais e explorar o mundo veio de um dos melhores momentos do ano: as saídas pedagógicas para aprender a história da cidade. As crianças conheceram a trajetória e as lendas de Florianópolis ao visitarem locais como o Centro, a Lagoa da Conceição e a praia de Naufragados.

Os pequenos do G6 se prepararam o ano inteiro para esse momento

Uma nova jornada

Devido à proximidade com a escola municipal da região, durante o segundo semestre, o G6 visitou os estudantes do primeiro ano da unidade e participaram de um café colonial com a turma, que os inspirou a quererem ser “crianças grandes”, prontas para encarar o novo desafio. A proposta busca aproximar os pequenos deste novo ambiente.

“Trazer as crianças até a escola de Ensino Fundamental pode ser uma excelente opção. Criar um momento em que os pequenos possam viver um dia de primeiro ano, simulando atividades como se fossem os próprios estudantes. Sentar nas mesas de trabalho, utilizar cadernos e livros próprios da turma, participar de uma aula no laboratório de Ciências ou de tecnologia, escolher um livro na biblioteca, praticar uma atividade física direcionada nas quadras, assistir a uma aula em outra língua. Essas são experiências de apropriação, um ‘quebra-gelo’. Desta forma, eles podem se sentir seguros e confiantes, podendo usufruir de tudo o que há de melhor nesta nova e encantadora fase da vida”, conta a diretora da Escola Básica Municipal (EBM) Almirante Carvalhal, Magali Schmitz Knoll. Ao chegar no primeiro ano do Ensino Fundamental, uma das maiores mudanças é o cronograma das atividades, agora mais regrado.

“Várias rotinas novas se estabelecem, como horário de entrada e saída mais rigorosos, e o aumento da quantidade de professores que darão aula naquela turma. Existe também, durante o período de estudo, uma maior troca de professores, colegas novos que chegam, espaço compartilhado com crianças maiores e estudantes mais velhos”, explica Magali.

A unidade pensa em diferentes maneiras para facilitar a adaptação e fazer a nova turminha se sentir mais acolhida. Na sala de aula, com a professora Fabiana Cristina Acordi Nunes, os momentos são divididos entre o resgate da infância e grandes responsabilidades, respeitando essa transição de fase. “A escola precisa reproduzir, de certa maneira, o mesmo espaço que antes ela tinha: criar atividades em roda, ambientar a sala com um cantinho da leitura, criar momentos de partilha coletiva como a hora da novidade e compartilhar a rotina do dia antes de começar as atividades”, detalha a diretora. De forma interdisciplinar, a professora trabalha com as crianças o letramento, tanto de números quanto de letras, fundamental para essa etapa. E o resultado é perceptível: todas as crianças já estão lendo e escrevendo — exemplo disso são Kalel Felipe Souza Santos e João Felipe de Freitas Almeida, que tem o momento da leitura como a melhor parte do dia.

Fotos: José Somensi

Apoio das famílias

As crianças não são as únicas que sentem o impacto dessa mudança. A fase também é uma novidade para os pais e responsáveis, que agora precisam participar cada vez mais ativamente, auxiliando os estudantes nas atividades e a se sentirem confiantes. Para ajudá-los nesse processo, o Neim Capoeiras, junto com a EBM Almirante Carvalhal, promoveu uma roda de conversa com as famílias e uma psicóloga. O objetivo da proposta é acolher os responsáveis neste momento, respondendo as dúvidas e ajudando-os a se sentirem seguros. “Para os pais é muito importante fornecer o máximo de informações sobre esse período, sobre as mudanças que seus filhos terão, e como auxiliá-los na autonomia e no desenvolvimento”, conta Magali.

O letramento é o principal foco dos anos iniciais do Ensino Fundamental

Kalel e João, ambos do primeiro ano, se divertem nos momentos de leitura
CONFIRA

SEIS FILMES NATALINOS PARA ASSISTIR EM FAMÍLIA, INCLUINDO CLÁSSICOS E COMÉDIAS

CONTEMPORÂNEAS

POR GUSTAVO BRUNING

Guirlandas, pisca-piscas e decorações vermelhas, verdes e douradas por todo lado. Num sopro, o Natal chegou novamente. Quantas séries você maratonou neste ano? Quantos filmes recomendou aos amigos? Teve tempo para finalizar aquela longa saga que sempre quis ler por completo?

Independentemente de quantos filmes, séries ou livros fizeram parte do seu ano, agora é hora de aproveitar a reta final de 2025. O clima natalino está por toda a parte e, desde os primórdios do cinema, está presente em histórias adaptadas para as telas. Seja uma comédia contemporânea, uma aventura emocionante ou uma animação repleta de reflexões, há diversas opções para todos os gostos. Prepare a pipoca, junte a família ou os amigos e escolha um destes clássicos que celebram a época mais divertida do ano.

UMA BUSCA QUASE IMPLACÁVEL

Se há algo complicado de fazer no fim do ano é ir às compras. O movimento intenso nas lojas e as longas filas podem ser bem desagradáveis, mas nada pior do que ir atrás de um presente específico de última hora. É o que acontece com Howard, que esquece de comprar o disputado boneco Turbo Man para o filho em “Um herói de brinquedo”. A partir daí, decide ir atrás dessa raridade, a todo custo, em plena véspera de Natal. O resultado é uma comédia hilária, que mostra os mais diversos contratempos enfrentados pelo protagonista para compensar sua ausência. No fim, é mais do que pôr as mãos no herói de plástico: é se tornar um herói de verdade.

“UM HERÓI DE BRINQUEDO” (1996)

SOZINHO NO NATAL

Uma das melhores partes do Natal é passar essa ocasião especial cercado por familiares e pessoas queridas, certo? Não para Kevin, de oito anos, que se sente desvalorizado pelos parentes e, de repente, se vê completamente sozinho em casa durante a data comemorativa. Em “Esqueceram de mim”, o que parece um momento de liberdade acaba se tornando um pesadelo e o garoto precisa enfrentar uma dupla de bandidos. É aí que vemos algumas das melhores armadilhas elaboradas, já que o menino é extremamente criativo e fará de tudo para defender o lar.

“ESQUECERAM DE MIM” (1990)

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“OS FANTASMAS DE SCROOGE” (2009) 4

VERDE TAMBÉM COMBINA COM VERMELHO

Nem todo mundo é loucamente apaixonado pelo Natal, mas uma coisa não podemos negar: é uma época que agracia todos com alegria, harmonia e espírito de amor e empatia. Tudo isso, no entanto, é desprezado pelo mal-humorado protagonista que dá nome ao filme “O Grinch”. Esse ser ranzinza, que mora isolado em uma caverna, odeia essa data mais do que tudo e mantém distância da população de Quemlândia.

Tudo muda quando ele conhece a pequena Cindy-Lou, que o trata com respeito e faz de tudo para ajudá-lo a entender o verdadeiro significado do Natal. Ao contrário do que muitos pensam, não se trata de fazer compras ou exibir decorações, mas de perdoar, ouvir e abraçar.

“O GRINCH” (2000)

NUNCA É TARDE PARA MUDAR

O clima natalino traz também a deixa para refletirmos sobre quem fomos ao longo do ano. Será que demos o nosso melhor nos estudos ou podemos melhorar? Fomos bondosos uns com os outros e dividimos as coisas sempre que possível? Em “Os fantasmas de Scrooge”, o milionário egoísta Ebenezer Scrooge é visitado por três fantasmas na noite de Natal e tem a chance de olhar para a própria vida com outros olhos. Os espíritos do Passado, Presente e Futuro fazem o idoso perceber os danos causados pela ganância e o quanto o afeto e a compaixão são poderosos. Baseado na história clássica de Charles Dickens, traz uma valiosa lição sobre generosidade e renovação.

A MAGIA DO AUTODESCOBRIMENTO

ASSUMINDO O GORRO

Você já imaginou como é a família do Papai Noel? Em “Noelle”, conhecemos a filha do próprio, uma jovem empenhada em ajudar o irmão a assumir as funções que eram do Bom Velhinho. Os problemas começam quando o irmão desaparece, o que a leva a uma jornada bem além do Polo Norte, que a coloca cara a cara com a realidade de uma cidade comum. Nem sempre é fácil manter as tradições, mas essa heroína faz de tudo para garantir que o espírito natalino permaneça vivo e os presentes sejam entregues no prazo. Nesse meio tempo, aprende que costumes podem mudar e que é capaz de liderar e assumir responsabilidades.

“NOELLE” (2019)

Não faltam histórias ambientadas em mundos mágicos, mas nenhuma está tão conectada ao Natal quanto o longa-metragem “O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos”, inspirado no tradicional balé “O Quebra-Nozes”, de Tchaikovsky, de 1892. A atmosfera lúdica e o imaginário que tomam conta desse período dão o tom a essa aventura, protagonizada pela corajosa Clara Stahlbaum.

Essa garota determinada lida com a perda de uma pessoa importante, mas isso não a impede de aceitar a grandiosa missão de salvar os Quatro Reinos. Para isso, deve entender o conflito desse universo, encontrar o seu lugar e descobrir o próprio poder.

“O QUEBRA-NOZES E OS QUATRO REINOS” (2018)

ENTRE MEMES O QUE É SER CRONICAMENTE

Você já passou por aquele momento em que falou um meme no meio do almoço da família e ninguém entendeu? Ou até mesmo recriou a cena de um vídeo viral na roda de amigos e ficou aquele silêncio? O clima pode ficar um pouco constrangedor, agora só basta tentar explicar a piada, rir sozinho ou esquecer esse episódio.

Situações como essa podem ser comuns para aqueles que se consideram “cronicamente online”. O termo tem feito sucesso nas redes sociais atualmente e retrata os internautas que passam muito tempo na internet, não deixando nenhuma postagem que bombou no feed passar despercebida.

Vivendo conectado

O mundo nunca esteve tão digital. Com apenas um aparelho é possível ouvir música, assistir a filmes, ler livros, participar de aulas online e explorar diferentes lugares do planeta sem sair de casa. Com tantas opções, é comum que o tempo de tela seja muito maior do que o recomendado, e as redes sociais acabam sendo o ambiente em que as pessoas mais gastam minutos, e até mesmo horas, diariamente — seja para checar alguma novidade, postar fotos ou apenas descansar no intervalo entre atividades.

E assim como o jornal, o rádio e a TV já foram os principais meios de divulgar notícias e entretenimento, hoje as redes sociais têm a própria comunicação, e muito disso vem do humor. Bastam imagens editadas, vídeos curtos e até mesmo comentários engraçados para surgir o novo meme do momento. E para quem não gosta de perder nenhum deles, é preciso permanecer cada vez mais online para estar por dentro de tudo o que está acontecendo.

É como se fosse uma grande bola de neve: um criador de conteúdo faz uma publicação com referência a outro vídeo, usuários deixam diversos comentários com a mesma frase, gírias se tornam comum entre pessoas de lados opostos do país e assim vai surgindo uma nova linguagem na internet. E para se integrar a esse meio ocorre algo inevitável — o aumento do uso de tela.

E REALIDADE: CRONICAMENTE ONLINE?

Será que sou cronicamente online?

Ao estar conectado o tempo inteiro, os limites entre o mundo offline e o virtual acabam sendo cada vez mais curtos. Expressões da internet já podem ser escutadas no cotidiano, gírias de jogos em inglês se tornam parte do vocabulário de pessoas que não dominam o idioma e o dia a dia de desconhecidos do outro lado da tela vira tópico de conversas.

Se identificou com algo deste tipo? Que tal prestar atenção em alguns detalhes para testar se você se reconhece como alguém cronicamente online?

• Lembra de memes de anos atrás e conhece os atuais;

• Costuma virar a noite nas redes sociais;

• Fica por dentro de todas as modas e assuntos do momento;

• Usa expressões e jargões da internet o tempo todo;

• Já esqueceu de responder algum amigo ou familiar quando estava mexendo no celular.

Quando isso se torna um problema

Apesar da internet e das redes sociais possibilitarem uma infinidade de benefícios, é importante ter em mente os perigos do descontrole do tempo que você passa entre o mundo online e a vida real. Além do sedentarismo, que pode acarretar problemas de saúde, o psicológico também pode ser afetado quando acontece esse desequilíbrio.

Outra expressão que chamou atenção nos últimos meses é “brain rot”. A tradução, “cérebro podre”, pode parecer assustadora, mas está ligada ao resultado negativo que o consumo excessivo de conteúdos superficiais causa na mente. E se tem uma coisa que a internet está cheia é de postagens sem informações confiáveis e brigas desnecessárias.

Fadiga, insônia, dificuldade de concentração, comprometimento da memória, falta de conexões com o mundo real e o famoso FOMO (“fear of missing out” ou o “medo de ficar de fora”, em português) são apenas algumas das consequências prejudiciais que esse desequilíbrio pode causar.

Cronicamente offline

Para garantir que esses efeitos sejam mínimos, é essencial seguir alguns passos simples que podem fazer a diferença no dia a dia, evitando que você caia em um ciclo vicioso de passar horas explorando as redes sociais. Veja algumas dicas:

• Defina horários para usar o celular e guarde o aparelho em determinados momentos do dia, como nas aulas, nas refeições e nas ocasiões especiais com a família e os amigos;

• Descanse a mente: saia para caminhar, leia livros, pratique um esporte, desenhe e se envolva em novos hobbies;

• Evite usar aparelhos eletrônicos perto da hora de dormir: isso melhora o seu sono e aumenta a disposição no dia seguinte;

• Valorize o contato com as pessoas no presencial. Converse com pessoas mais velhas da sua família, conheça mais sobre eles e descubra curiosidades;

• Lembre-se que nem tudo o que você vê na internet é real, mas apenas um recorte da vida das pessoas.

Um freio de mão cósmico

Antes de tudo, vale lembrar: a Terra gira a aproximadamente 1.670 km/h na linha do Equador (sim, a gente viaja em alta velocidade e nem sente). É como se estivéssemos dentro de um carro muito rápido, mas superestável. Agora, se esse carro freia de repente... bem, se segure na cadeira, porque as consequências seriam de tirar o fôlego (literalmente!).

Se o planeta parasse a sua rotação de uma hora pra outra, tudo (pessoas, objetos e até os oceanos) continuaria se movendo naquela velocidade absurda. Os mares se transformariam em tsunamis gigantescos, viajando na direção em que o mundo girava. Cidades costeiras seriam engolidas num piscar de olhos. Isso porque, com a parada brusca, a água dos oceanos não ia simplesmente ficar no mesmo lugar.

Dias infinitos (e noites também)

Além disso, a gente teria um lado do planeta eternamente virado para o Sol e outro preso na escuridão. Resultado: um lado fritando em calor exorbitante e o outro congelando. Sem contar que o clima ia virar um caos total, com ventanias insanas tentando equilibrar as temperaturas extremas.

O QUE ACO SE O MUND

Era 31 de dezembro de 2011, o relógio marcava 11 horas e 59 minutos. Faltava apenas um minuto para a virada do ano. Quando finalmente chegou a meia-noite, em vez de silêncio ou mistério, o que se ouviu foram os estouros dos fogos de artifício, abraços apertados e votos de Feliz Ano Novo por todos os lados. O assunto que dominava aquela época? O famoso calendário Maia — que ficou conhecido no mundo inteiro e

ONTECERIA DO USASSE

até inspirou um filme de 200 milhões de dólares, cheio de cenas exageradas de desastres naturais. No longa “2012”, cientistas descobrem que o núcleo da Terra está superaquecendo por conta de uma atividade solar intensa, o que desencadeia um colapso global.

Brincadeiras à parte, às vezes a ficção faz a gente imaginar cenários malucos. Por exemplo: e se, de repente, a Terra parasse de girar? Já pensou no tamanho da confusão que isso causaria?

Gravidade maluca e fim do campo magnético

Outra coisa doida: a gravidade também mudaria. Na linha do Equador, a força gravitacional é um pouquinho menor por causa da rotação. Se ela parasse, a gravidade ali aumentaria, e o pessoal sentiria o corpo mais pesado. Adeus, pulo alto na quadra! Sem a rotação, o campo magnético da Terra — aquele que protege a gente das radiações solares e ajuda pássaros e baleias a se guiarem — acabaria. Resultado? Mais radiação, bússolas desorientadas e problemas sérios para a vida no planeta.

Da imaginação para a vida real

Cientistas descobriram que a rotação do planeta está ficando mais lenta, perdendo cerca de 1,7 milésimo de segundo a cada século. Parece pouco, né? E realmente é — mas ao longo de milhões de anos, isso faz diferença. Lá atrás, na época dos dinossauros, um dia tinha só 23 horas. Se esse ritmo continuar, os dias vão ficar mais longos no futuro, e a gente terá que esperar mais horas para ver o pôr do sol. Além disso, o clima pode começar a piorar, já que algumas regiões ficariam muito tempo sob o sol escaldante e outras na escuridão. Ventos fortíssimos tentariam equilibrar a temperatura e, aos poucos, o planeta inteiro mudaria.

Presente nos sucos de uva, nas geleias de frutas vermelhas, no sorvete e até mesmo nas maquiagens, é comum escolhermos alguns produtos por conta das cores. Isso porque as tonalidades despertam a atenção e a curiosidade. Porém, você já se perguntou de onde vêm as cores dos alimentos?

O corante, item utilizado no processo de fabricação de inúmeros objetos e alimentos, pode ser retirado das flores e plantas, aproveitando o colorido da natureza para acentuar alguns tons ou dar uma nova vida ao que será comercializado.

O segredo está na composição biológica da flora, e as flores utilizam esse núcleo colorido para modificar os polinizantes ou até mesmo para proteção contra predadores ou radiação solar.

POR ANA CAROLINE ARJONAS

Primeiras cores da história

Avaliando o desenvolvimento das culturas e dos povos antigos, as cores já eram inseridas em roupas e objetos há milhares de anos, como provam as populações do Egito e da Índia e os povos indígenas. Naquela época, o açafrão, a cúrcuma, a beterraba e o repolho roxo já eram utilizados como base para aplicação de cores. Se levarmos em consideração os mecanismos utilizados no Egito, vamos compreender que algumas tonalidades só eram possíveis após a extração da matéria-prima, que em seguida era moída e diluída na gordura para que fosse possível pintar tecidos e telas. Um exemplo é o verde, que tinha como base o mineral malaquita. Esse processo de olhar para a natureza e encontrar inspirações de cores seguiu por anos, fazendo com que a humanidade colocasse em obras e pertences as mesmas tonalidades que eram admiradas na vegetação — minerais e insetos também eram utilizados.

Sintético ou natural?

Entretanto, o processo passou a ser modificado quando as opções sintéticas começaram a surgir, impulsionadas pelo desenvolvimento das indústrias. Com a necessidade de pintar cada vez mais itens e de forma padronizada e ágil, surgiram os corantes artificiais. Nessa produção, feita em laboratório, são levadas em consideração as moléculas que podem refletir e amenizar as cores — e foi assim que também surgiram tonalidades que não podem ser encontradas na natureza.

Uma questão de ótica

Antes de pensar nas cores como as conhecemos, o primeiro ponto que deve ser destacado é que tudo depende de um jogo de luz e de tonalidades. Isso porque algumas plantas e flores remetem a determinadas cores por conta da luminosidade que recebem. Basta pensar que tudo o que vemos depende da quantidade de iluminação que é refletida e o quanto é retida — e a luz branca, que é a junção de todas, possui um papel primordial para entendermos as cores ao nosso redor.

O Brasil é um país cheio de cores, música, dança e, claro, festas!

Cada região tem suas celebrações únicas que refletem a cultura, a história e as tradições de seu povo.

típicas de c

E o mais incrível é que, em qualquer época do ano, tem alguma festa rolando em algum canto do país. Vamos fazer uma viagem pelas regiões brasileiras e conhecer as festas típicas que tornam o Brasil tão especial e diverso.

Do Frevo ao Boi-Bumbá:

festas que pulsam cultura

Começando pelo Nordeste, não tem como não falar do Carnaval de Salvador, na Bahia. Lá, os trios elétricos invadem as ruas com muita música e os foliões seguem as bandas, dançando e cantando por dias seguidos. É uma energia contagiante! Já em Pernambuco, o Carnaval tem outro ritmo: o frevo. A dança rápida e cheia de acrobacias, acompanhada por orquestras de metais, transforma as ruas de Olinda e Recife em um espetáculo único. É só ver os passistas com suas sombrinhas coloridas que dá vontade de entrar na festa.

No Norte, uma das festas mais famosas é o Festival de Parintins, no Amazonas. Esse evento grandioso celebra a lenda do boi-bumbá e coloca em cena os bois

Garantido e Caprichoso, que disputam quem conta melhor a história. Os dois grupos apresentam shows verdadeiros, com fantasias gigantescas, dançarinos, músicas e até alegorias mecânicas. É como um desfile de Carnaval, mas com um toque amazônico que faz tudo parecer ainda mais mágico. Outra festa marcante na região é o Círio de Nazaré, no Pará, que mistura religiosidade e cultura com procissões emocionantes e uma forte conexão com a fé do povo.

cada região

Festas de Norte a sul: do chimarrão às quadrilhas

Seguindo para o Sudeste, encontramos a Festa do Peão de Barretos, em São Paulo, que é a maior celebração sertaneja do Brasil. Lá, rodeios, shows de música sertaneja e uma vibe de “cowboy brasileiro” dominam. É uma festa cheia de energia, em que as pessoas se vestem de trajes e vibram com as competições. Outra festa muito especial é o Carnaval do Rio de Janeiro. Os desfiles das escolas de samba no sambódromo são um espetáculo à parte, com carros alegóricos gigantes, fantasias e muito samba-enredo que contagia o mundo inteiro.

No Centro-Oeste, as Cavalhadas são uma tradição cheia de história. Realizadas em cidades como Pirenópolis, em Goiás, elas relembram as batalhas medievais entre cristãos e mouros, com cavaleiros vestidos a caráter em desfiles que misturam encenação e cultura. A região também tem muitas festas juninas, com quadrilhas animadas, comidas típicas, como pamonha e curau, e danças que aquecem até as noites mais frias.

No Sul, a Oktoberfest, em Blumenau, Santa Catarina, é um festival inspirado na cultura alemã. Tem música típica, desfiles, pratos deliciosos e, claro, muito chope! É uma oportunidade de conhecer mais sobre as influências dos imigrantes alemães que ajudaram a moldar a cultura local. Outra festa imperdível é a Festa da Uva, em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, que celebra a colheita da fruta com desfiles, música, comidas típicas italianas e, claro, muito vinho.

EBM Antônio Paschoal Apóstolo
Neim Doutora Zilda Arns Neumann
Neim Poeta João da Cruz e Sousa
Neim Almirante Lucas Alexandre Boiteux

Confira alguns momentos das ações promovidas nas unidades da rede municipal.

Neim Poeta João da Cruz e Sousa
EBM Antônio Paschoal Apóstolo
Neim Almirante Lucas Alexandre Boiteux
Neim Doutora Zilda Arns Neumann
Neim Almirante Lucas Alexandre Boiteux
Neim Poeta João da Cruz e Sousa
EBM Antônio Paschoal Apóstolo
EBM Antônio Paschoal Apóstolo
Neim Doutora Zilda Arns Neumann
Neim Almirante Lucas Alexandre Boiteux
Neim Doutora Zilda Arns Neumann
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EBM Antônio Paschoal Apóstolo
Neim Poeta João da Cruz e Sousa
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EBM Antônio Paschoal Apóstolo
Neim Doutora Zilda Arns Neumann
Neim Almirante Lucas Alexandre Boiteux

POR SANDRA BERNADETE RAMOS

Professora da EBM Darcy Ribeiro

Quem dera

Que a espera

Não fosse um grito na janela

Por quem se espera.

Nem o ruído constante

De uma faca cortante, Almejante. Um coração pedante

À procura… espera, Não se exaspera

Nem se desespera.

Aguarda a ânsia eterna

De quem, na esfera,

Termina com a espera.

RECRIE A PRIMEIRA PILHA DA HISTÓRIA

Você já ouviu falar em Alessandro Volta? Ou melhor, Alessandro Giuseppe Antonio Anastasio Volta. Não? Mas com certeza já ouviu falar em volts, certo? Pois é! Este italiano de nome extenso deu origem ao termo que usamos para medir tensão elétrica: os volts. Para ser mais específico, ele foi o inventor da pilha elétrica

Após muitas descobertas e pesquisas científicas na área da física e química, em 1800, Volta descobriu que ao juntar cobre, zinco, ácido sulfúrico e alguns pedaços de pano, ele poderia gerar uma corrente elétrica capaz de acender uma lâmpada. A invenção ficou conhecida como “pilha de Volta” (nada mais justo, não é?).

Depois de 225 anos, a tecnologia evoluiu! Hoje temos baterias recarregáveis, pilhas de alta duração e até produtos movidos a energia solar. Mesmo assim, a invenção original ainda desperta curiosidade e instiga a colocar a mão na massa para descobrir como isso realmente funciona. Vamos testar?

Materiais:

• 3 moedas de 5 centavos (cobre);

• 3 arruelas (discos finos com um furo no centro) de zinco;

• Papelão;

• Água;

• Sal;

• Calculadora.

Montagem:

1. Corte o papelão em círculos, do tamanho da moeda.

2. Molhe o papelão na água com sal e tire o excesso de água com um pano (se tiver muita água, pode ocorrer um curto na bateria).

3. Você vai empilhar cada item dessa forma: moeda, papelão e zinco — sequência conhecida como célula voltaica.

4. Repita o procedimento três vezes.

5. Com os fios da calculadora, conecte em cada extremidade e pronto! Você tem uma versão da primeira pilha inventada.

Reação explicada:

Quando o zinco e o cobre entram em contato com o eletrólito (a água com sal), acontece a seguinte reação:

1. O zinco libera elétrons no ácido.

2. Esses elétrons viajam pelo papelão molhado até o cobre.

3. O cobre recebe os elétrons, completando o circuito.

O movimento de elétrons gera uma corrente elétrica, fraca, mas suficiente para ligar uma calculadora ou até uma lâmpada de LED.

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