Mais um ano chega ao fim e, para nós, da its Teens, é uma alegria saber que em boa parte dele compartilhamos juntos os aprendizados. Nesta última edição do ano, convidamos você a refletir sobre escolhas que transformam o futuro, como o consumo responsável e a importância de cuidar do planeta. Também exploramos temas que despertam curiosidade, como placas tectônicas, biotecnologia e animais que vivem por muitos anos.
As matérias especiais mostram como a formação continuada fortalece os professores e como o Plano Educacional Individualizado torna a aprendizagem mais inclusiva. Trazemos ainda projetos inspiradores das escolas, além de dicas culturais, atividades práticas e conteúdos para aproveitar as férias.
Esta edição resume um ano de descobertas e reforça que aprender é sempre o primeiro passo para escrever o próprio futuro. Boas férias e até 2026!
MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI
IN MEMORIAM
FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC
MARCELLO CORRÊA PETRELLI
PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br
ALBERTINO ZAMARCO JR.
DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br
GERENTE DE MERCADO NACIONAL caroline.fernandes@ndtv.com.br
ANA CAROLINE ARJONAS
Repórter
DAIARA CAMILO
Assistente de mídia
LETÍCIA MARTENDAL
Assistente de Mídia
/conteúdo
Encontre os erros
O homem que calculava
O preço do consumo excessivo
Aprendendo para ensinar
Para se animar nas férias!
Biotecnologia: a ciência invisível que move o mundo
Aprender é para todos
Ler para escrever o próprio futuro
O que são placas tectônicas? #06 #12 #32 #18 #07 #14 #24 #28 #42 #43 #30 #34 #36 #16 #08 #10 diversão formação como funciona? capa spoiler notícias das escolas cultura pop wi-fi
brasilidades
Santa Catarina
saideira mão na massa nosso planeta
Campeões da longevidade: quais animais sobrevivem por mais tempo?
Culturas misturadas: cidades que fazem fronteira com outros países galerias acolhimento diário escolar conhecimentos gerais
Miniestufas: cultivando sabor e sustentabilidade
Pioneiros da arte: os primeiros filmes e canções da história
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ENCONTRE OS ERROS
Observe as ilustrações com atenção e encontre o que está diferente entre elas
O HOMEM QUE CALCULAVA
POR MARISTELA VIEIRA AMORIM
Pedagoga da rede municipal de Brusque
“O homem que calculava”, escrito por Malba Tahan — pseudônimo do professor e matemático brasileiro Júlio César de Mello e Souza —, é uma obra que une literatura, imaginação e saber matemático de forma extraordinária. Publicado originalmente em 1938, o livro tornou-se um clássico por apresentar, em uma narrativa envolvente, a matemática como ciência viva, acessível e profundamente humana. Ambientado no Oriente, o enredo oferece ao leitor uma atmosfera de fábula, repleta de sabedoria, humor e desafios intelectuais.
A história acompanha Beremiz Samir, o protagonista, que se destaca por sua capacidade incomparável de resolver problemas matemáticos com rapidez e precisão. Conhecido como “O homem que calculava”, Beremiz utiliza o raciocínio lógico para solucionar situações complexas que surgem ao longo de sua jornada. Sua inteligência matemática não se limita à resolução de cálculos; ela se transforma em ferramenta de justiça, negociação e diplomacia, ressaltando o valor prático do conhecimento.
Ao longo da narrativa, o autor insere diversos problemas matemáticos de forma natural, integrando-os ao enredo sem torná-los artificiais. Cada desafio é apresentado como parte da experiência dos personagens, convidando o leitor a refletir e, por vezes, a tentar resolvê-lo por conta própria. Malba Tahan demonstra grande habilidade ao transformar uma ciência muitas vezes temida em objeto de curiosidade e prazer intelectual. Assim, o livro cumpre importante função educativa, ao mesmo tempo em que preserva seu caráter literário e artístico.
Mais do que uma obra sobre matemática, é uma reflexão sobre o poder do conhecimento e sua capacidade de transformar vidas. A combinação entre narrativa leve, ambientação extravagante e desafios matemáticos torna o livro relevante tanto para leitores jovens quanto adultos. Sua permanência no cenário literário brasileiro deve-se à singularidade com que une fantasia, cultura oriental e raciocínio lógico.
Que tal continuar a leitura do mês e procurar por estes títulos?
Da minha janela Otávio Júnior
O mistério da montanha
Paulo Debs
O Natal do carteiro
Janet e Allan Ahlberg
Uma aventura na neve
Piers Harper
O preço do CONSUMO EXCESSIVO
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Em uma realidade impactada pelas possibilidades de compras, nos últimos anos, o consumo atingiu marcas preocupantes em diversos locais do mundo. No Brasil, por exemplo, temos o sétimo mercado que mais consome, de acordo com dados do Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas. A pesquisa foi pautada em mapear os locais que possuem o maior número de pessoas com poder de compra, ou seja, indivíduos com renda para adquirir produtos.
Entretanto, quais são os pontos negativos que podem estar associados a esse número? Quando pensamos no equilíbrio da natureza e até mesmo em hábitos saudáveis, é preciso ter em mente que uma vida direcionada ao consumo não é a melhor forma de viver.
Quando surge o consumo excessivo?
A nova forma de adquirir e de vender começou a ficar cada vez mais evidente quando surgiram as mudanças na forma de produção. Basta imaginar que houve um tempo em que eram necessários dias e até meses para descobrir ferramentas e objetos que pudessem facilitar as tarefas humanas.
Porém, com a transformação das indústrias e o início de uma linha de produção pautada em números, diversos produtos começaram a ser criados para atender às demandas da atualidade, incentivando o consumo e até mesmo o descarte de outros itens. Além da matéria-prima utilizada na fabricação, que nem sempre é reposta ou que pode afetar a natureza, com o desejo de ter cada vez mais, muitas pessoas passaram a definir a vida a partir das compras, costume que exige tempo e dinheiro — principalmente nos casos em que é preciso trabalhar cada vez mais para poder comprar.
Com o desenvolvimento das redes sociais e da tecnologia, basta desbloquear o celular para compreender como somos impactados por propagandas, vídeos e dicas direcionadas ao consumo de determinada marca ou até mesmo influenciador.
Quais são as preocupações?
Quando o foco são as preocupações, é preciso ter em mente que a produção de cada item demanda preparo da indústria, desde o planejamento do produto até a comercialização. Em alguns casos, em uma tentativa de baratear, o resultado pode ser o uso de materiais que agridem o meio ambiente e que podem afetar a fauna e a flora. Outra preocupação também está na forma como os itens antigos podem ser descartados, já que, em muitos casos, essa rejeição pode ser feita de forma inadequada, contribuindo ainda mais com a poluição.
Dicas para consumo consciente
No caso de repensar a forma como são consumidos os itens que estão em comercialização, existem algumas dicas que podem facilitar o processo de escolha, fazendo com que a compra seja algo consciente e não apenas pelo impulso ou pelo desejo imediato de ter.
A primeira dica é imaginar se o uso daquele objeto fará parte do seu dia a dia. Como você pretende usar? Qual será a relevância? Se as respostas parecerem confusas, o correto é repensar e tentar compreender até que ponto a compra pode ser uma boa opção.
Reutilizar itens e objetos também é uma forma de diminuir o consumo. Aqui a dica pode ser buscar por opções que são vendidas com valores menores, como em brechós, ou até mesmo doações ou trocas. As ações contribuem para que o descarte seja menor, dando uma nova utilidade para aquilo que seria jogado no lixo.
Apostar na reciclagem também é uma forma de respeitar o meio ambiente e o dinheiro, já que muitas coisas podem ser criadas a partir do que seria descartado. Quando a compra for necessária, a dica é optar por marcas com posicionamentos conscientes e produtos com alta durabilidade, para que não seja preciso comprar novamente — aqui o diferencial está na qualidade e não na quantidade.
O que são placas
tectônicas?
POR REDAÇÃO ITS TEENS COM REVISÃO DA BIÓLOGA IZABEL FERREIRA
Você já descascou uma laranja e reparou como a casca envolve toda a fruta? Pois é, a Terra funciona de um jeito parecido! A camada mais externa do nosso planeta, chamada crosta terrestre, é como a casca da laranja: fina, dura e essencial para proteger o que está dentro. Logo abaixo dela está o manto, uma camada espessa formada por rochas em altas temperaturas, que se comportam como um líquido muito denso e pastoso. E no centro da Terra está o núcleo, dividido em duas partes: o núcleo externo, líquido e composto principalmente por ferro e níquel, e o núcleo interno, sólido, onde as temperaturas são altíssimas.
Imagine que você cortou a laranja em vários pedaços (mas sem tirar a casca), agora você consegue ver a parte suculenta da fruta — essa parte é como o manto da Terra. Assim como a casca do alimento pode ser separada em pedaços ao ser retirada, a crosta terrestre também é dividida em blocos gigantes, que chamamos de placas tectônicas.
Essas placas se formaram há milhões de anos, quando o calor vindo do núcleo começou a movimentar o material do manto. Esse movimento, chamado de corrente de convecção, empurra as partes sólidas da crosta, fazendo com que elas se quebrem e se desloquem lentamente sobre o manto. É esse processo que cria e movimenta as placas tectônicas.
Essas placas flutuam sobre o manto, uma camada interna do planeta que é como um líquido muito denso e quente. Apesar dessa atividade ser super lenta (elas se movem poucos centímetros por ano, mais devagar que o crescimento das suas unhas!), o impacto é enorme.
O início de tudo
Em 1912, o cientista alemão Alfred Wegener propôs a Teoria da Deriva Continental. Ele sugeriu que os continentes já estiveram unidos em um único supercontinente chamado Pangeia, há cerca de 300 milhões de anos, e que, ao longo do tempo, se separaram e continuavam se movendo. Vamos entender quais evidências o cientista usou para provar sua teoria:
Encaixe dos continentes: Wegener observou que os contornos da América do Sul e da África pareciam se encaixar como peças de um quebra-cabeça.
Fósseis idênticos: espécies de fósseis idênticos, como o Mesossauro, foram encontrados no Brasil e na África do Sul, sugerindo que esses continentes já estavam unidos.
Semelhança nas rochas e cadeias de montanhas: rochas idênticas foram encontradas em continentes separados, como a mesma formação geológica nos Montes Apalaches (América do Norte) e na Escócia.
Evidências climáticas: depósitos de gelo foram encontrados em regiões tropicais, o que indica que essas áreas já estiveram em locais mais frios.
Apesar de todas essas evidências (que hoje temos grandes convicções que são reais), Wegener não conseguiu explicar o mecanismo que fazia os continentes se moverem e sua teoria foi desacreditada na época.
Anos depois...
Claro que no avanço tecnológico e científico as teorias foram confirmadas: a litosfera terrestre não é uma estrutura fixa, mas fragmentada em várias placas que se encaixam como um gigantesco quebra-cabeça. Essas placas podem ser oceânicas (compostas principalmente por basaltos e localizadas sob os oceanos) ou continentais (formadas por granitos e mais espessas). São estas as principais placas tectônicas:
1. Placa do Pacífico (a maior do planeta);
2. Placa Norte-Americana;
3. Placa Sul-Americana;
4. Placa Africana;
5. Placa Euroasiática;
6. Placa Indo-Australiana;
7. Placa Antártica;
8. Placa de Nazca (influencia o território da América do Sul);
9. Placa de Cocos (próxima à América Central). Além dessas, existem várias menores espalhadas pelo globo.
E o Brasil nisso tudo?
O Brasil está localizado no centro da placa Sul-Americana, uma região distante das bordas onde ocorrem os grandes choques entre placas. Por isso, não temos tantos terremotos como outros países, já que as bordas das placas são as áreas onde acontecem os maiores tremores e formações de vulcões.
Aqui, os abalos sísmicos que acontecem são geralmente fracos, causados por pequenos ajustes no interior da placa ou pela movimentação de falhas antigas nas rochas subterrâneas.
Em resumo, o Brasil é um país sismicamente estável — e isso é uma ótima notícia para nós!
Aprendendo para ensinar
Um espaço para repensar rotinas, trocar experiências e criar aulas que fazem a diferença
O QUE VOCÊ VAI ENCONTRAR POR AQUI:
A atividade incluiu os docentes das escolas municipais
formação continuada fortalece práticas pedagógicas.
Tempo de leitura: 5 minutos
Os encontros são formas de construir conhecimento e fazer trocas significativas sobre a prática pedagógica
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Antes de entrar em sala de aula e compartilhar o conhecimento com a turma, o professor é o responsável por pensar em cada detalhe e em como as aulas podem ser valiosas.Pesquisar sobre o assunto, estruturar a apresentação e bolar mecanismos que vão além das metodologias tradicionais são algumas das atribuições do profissional, etapas que demandam preparo e criatividade. É a partir desse olhar inovador que os docentes criam atividades e trabalhos que nos marcam e que ficam na memória, mostrando o valor do aprendizado. Entretanto, para pensar em novas opções e aprimorar aquilo que já faz parte da rotina, a formação continuada é uma das ferramentas, possibilitando o desenvolvimento das equipes.
No caso de Brusque, os profissionais participaram de encontros com o foco de promover a atualização da rede municipal, compreendendo que esse é um momento importante para as turmas. “Buscou-se também alinhar o trabalho comum em toda a rede, de modo que eventuais transferências das crianças entre as unidades não interferissem em seu processo de aprendizagem e desenvolvimento”, explicam a diretora de Educação Infantil, Bruna Bernardes Coelho Pereira, as coordenadoras de Educação Infantil, Daniela Fischer Zambonetti e Beatriz Amorim, e o assessor pedagógico, Lucas Vitor Baumgartner.
Durante as conversas e trocas, a parte teórica é alinhada com as experiências, mostrando aos profissionais como é possível explorar opções além do tadicional. “Há uma ampla adesão ao movimento de formação contínua e continuada, evidenciada pelo grande número de profissionais engajados em estudar, implementar novas ações e refletir criticamente sobre práticas que já não se mostram adequadas ao contexto atual”, explicam os responsáveis.
FORMAÇÃO PARA TODOS
Para que o aprendizado fosse igualitário para toda a rede municipal, os encontros foram planejados para contemplar todas as unidades. “Cada polo contou com representantes para participar dos momentos de reflexão, escuta e trabalho coletivo. No ano vigente, a organização do projeto contemplou encontros mensais para todas as faixas etárias, além de encontros alternados, com o objetivo de garantir a participação e o envolvimento de todos.”
Como o foco era atender os profissionais, não houve uma seleção de participantes, apenas uma organização priorizando aqueles que estão em sala de aula. “Foram convocados os professores regentes, de hora-atividade, Educação Física e coordenadores que atuam com as turmas de creche e pré-escola. Salientamos que os coordenadores pedagógicos dispõem de encontro mensal, visando à troca de práticas pedagógicas”, reforçam os profissionais.
Professores e profissionais participaram das formações
Fotos: Secretaria Municipal de Educação/Divulgação
Literatura,
ciência
e
sabor: alunos aprendem observando morangos
Inspirados pela leitura do livro “O ratinho, o morango vermelho e o grande urso esfomeado” (Don e Audrey Wood), estudantes da Escola de Tempo Integral (ETI) Professor Raul Amorim iniciaram uma jornada lúdica e sensorial que conectou literatura, natureza e investigação científica. A narrativa, cheia de suspense, despertou a curiosidade dos pequenos leitores, que foram motivados a expandir a experiência para além das páginas. Em seguida, as crianças acompanharam de perto o ciclo de vida de um pé de morango plantado na escola, observando diariamente a transformação das flores em frutos. Utilizando microscópios, elas aprofundaram a descoberta, investigando detalhes da fruta invisíveis a olho nu, como texturas e sementes, em um momento de puro encantamento científico.
A atividade, que uniu o estímulo à imaginação com o conhecimento prático sobre o crescimento das plantas, culminou na melhor parte da experiência: o saborear dos morangos. A iniciativa se destacou por proporcionar um aprendizado significativo e integrado.
Projeto utiliza metamorfose como trabalho pedagógico
Ao observarem a horta escolar e perceberem que algum tipo de inseto estava devorando as hortaliças, as crianças da Escola de Ensino Fundamental (EEF) Edith Krieger Zabel demonstraram curiosidade sobre que tipo de animal seria, onde vivem e como é o ciclo de vida dele. Foi assim que descobriram as lagartas e nasceu o projeto “Metamorfose das borboletas”.
Os estudantes capturaram algumas lagartas e construíram um minihabitat para acompanhar o desenvolvimento delas até o momento da transformação. A experiência foi sucesso total, despertando ainda mais a curiosidade e o interesse pelo tema, possibilitando o estudo da metamorfose das borboletas.
Foto: ETI
Professor
Raul Amorim/Divulgação
Sustentabilidade
Projeto “A pipa” une criatividade e tradição
A Escola de Educação Fundamental (EEF) Professora Adelina Zierke executou com sucesso o projeto “A pipa”, uma iniciativa que envolveu os estudantes em um processo criativo e lúdico.
A primeira fase do projeto consistiu na confecção das pipas, quando as crianças demonstraram grande entusiasmo.
As turmas do pré participaram ativamente de todas as etapas, desde a montagem da estrutura com os palitos e fios até a escolha das cores e colagem do papel de seda. Paralelamente, os alunos do infantil se divertiram pintando pipas em papel cartão e criando rabiolas com fitilhos, fortalecendo a coordenação motora e a percepção visual.
Na fase seguinte, chegou o momento mais aguardado: a soltura das pipas. Durante os períodos da manhã e da tarde, as crianças levaram suas criações ao pátio da escola para vivenciar momentos de alegria e descontração.
O projeto proporcionou às crianças a oportunidade de brincar livremente, revivendo a magia desse brinquedo que marca a infância de gerações.
A Escola de Educação Fundamental (EEF) Padre Luiz Gonzaga Steiner dedicou o ano letivo à pesquisa e organização de trabalhos em torno dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), culminando em uma mostra e um desfile para a comunidade. O evento teve como tema principal a ODS 13 (Ação contra a mudança global do clima), com o objetivo de despertar a consciência sobre as alterações climáticas e a importância da sustentabilidade. A iniciativa contou com a participação de parceiros institucionais, como Veolia Brusque, Unimed, Defesa Civil e Secretaria Municipal de Educação.
Toda a comunidade escolar se envolveu na causa, desde a cozinha — que destinou lixo orgânico para a composteira — até a construção e pintura de espaços e hortas pelas famílias. Os alunos utilizaram tecnologia e literatura infantil para pesquisas, criaram maquetes comparando ambientes saudáveis e poluídos e produziram sabão em barra a partir de óleo reutilizado. Destacou-se a criatividade na confecção de papel reciclado e obras de arte com elementos naturais. Por meio do estudo da estação meteorológica, os estudantes buscaram entender o clima local, construíram uma linha do tempo das enchentes e desenvolveram um sistema de captação de água do ar-condicionado para uso na limpeza da escola.
O ponto alto da mobilização foi o desfile, em que os alunos apresentaram roupas confeccionadas com materiais reciclados, como papel, plástico e tampinhas, em parceria com as famílias. A riqueza das produções e o trabalho colaborativo envolveram toda a escola e a comunidade, reforçando o orgulho da unidade em ser a representante do movimento ODS e reafirmando seu compromisso com a educação e com um ambiente mais limpo e saudável para as futuras gerações.
Foto: EEF
Padre Luiz Gonzaga Steiner/Divulgação
Aprender é para todos
Ação valoriza as potencialidades de cada aluno e fortalece a educação inclusiva na rede municipal
POR REDAÇÃO ITS TEENS
O QUE VOCÊ VAI ENCONTRAR POR AQUI:
implementação do Plano Educacional Individualizado (PEI) torna aprendizagem mais democrática.
Tempo de leitura: 5 minutos
Enquanto você pratica esportes em uma tarde, o seu amigo prefere passar o tempo lendo um livro. Ainda há aqueles que adoram conhecer novas músicas ou se arriscar nos jogos do momento. Cada um tem um jeito único de ser: alguns podem ser mais falantes, outros são introvertidos, aventureiros ou cautelosos. Já imaginou como a vida seria sem graça se todos fôssemos iguais?
O mundo é feito das diferenças de cada indivíduo, e é justamente isso que o torna mais interessante. Desde os gostos pessoais, a personalidade até a maneira de pensar e aprender, todos têm seu próprio jeito de compreender a vida.
A escola é um dos primeiros ambientes onde essas individualidades se tornam visíveis. Por isso, a equipe de gestão, em colaboração com os professores, adota estratégias para garantir que todos os alunos tenham as mesmas oportunidades de aprender, respeitando o ritmo e as necessidades de cada um — exemplo disto é o Plano Educacional Individualizado (PEI).
Fotos: NAMEI/Divulgação
A implementação do Plano Educacional Individualizado começa com a promoção de formações sobre o tema
Juntos na aprendizagem
Se você já prestou atenção ao redor da sala durante as aulas, pode ter percebido que um colega possui um material escolar diferente ou conta com a ajuda de um professor de apoio. Isso acontece porque diferentes recursos são aplicados no cotidiano escolar para que os alunos com necessidades educacionais especiais consigam participar ativamente das atividades e adquirir conhecimento.
Em Brusque, esse movimento teve início ainda em 2025, quando o Núcleo de Apoio Multiprofissional à Educação Inclusiva (NAMEI) iniciou a implementação do PEI a partir das formações com os professores de atendimento educacional especializado (AEE).
Os temas incluem o fortalecimento da inclusão; o papel do educador regente e do AEE; a parceria entre escola e famílias; e as maneiras de aplicar a avaliação inclusiva e práticas pedagógicas diferenciadas. “Cada encontro busca unir teoria e prática, trazendo reflexões e exemplos reais vivenciados nas escolas”, conta a equipe do NAMEI.
Em colaboração entre a equipe pedagógica, o time de gestão, professores e profissionais do AEE, são desenvolvidas ações para tornar o ambiente escolar cada vez mais inclusivo. A experiência da família e dos estudantes que precisam de acompanhamento especializado também é essencial para pensar em adaptações que atendam às necessidades
“Os professores passam a planejar de forma mais individualizada, considerando as potencialidades e os desafios de cada aluno. Isso gerou maior integração entre as equipes e uma prática mais reflexiva, voltada para o desenvolvimento integral e o progresso real dos estudantes”, explicam os profissionais.
Professores e agentes do atendimento especializado participam de capacitações sobre a educação inclusiva
Inclusão na prática
A partir da análise da realidade de cada unidade, as escolas desenvolvem projetos voltados à socialização, comunicação e autonomia dos estudantes público-alvo da educação inclusiva. Brincadeiras adaptadas, recursos visuais e tecnológicos, oficinas de convivência e ações de sensibilização da comunidade escolar são algumas das iniciativas.
“Ao reconhecer as diferenças e planejar estratégias adequadas, a escola oferece oportunidades de aprendizagem mais justas e acessíveis. Assim, cada aluno se sente valorizado, confiante e pertencente ao grupo, o que reflete diretamente em sua evolução e interesse pelo aprender”, esclarece a equipe.
Garantido por lei
A implementação do PEI inclui todos os estudantes com laudo médico ou indicação de acompanhamento educacional especializado. A ação está alinhada com a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (nº 13.146/2015), o Decreto nº 12.686/2025 e as diretrizes da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Para 2026, o objetivo é dar continuidade à aplicação do plano, tornando-o cada vez mais consolidado no dia a dia escolar. “Ele representa o compromisso da rede de ensino em garantir que cada estudante tenha suas especificidades reconhecidas e atendidas. Por meio dele, a escola se torna um espaço mais humano, acolhedor e comprometido com a aprendizagem de todos”, concluem os profissionais do NAMEI.
O QUE VOCÊ
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alfabetização é trabalhada por meio de sons e gestos.
Tempo de leitura: 10 minutos
POR CELIO BRUNS
Bruno Golembiewski
ntrar no mundo das palavras é como abrir uma porta cheia de possibilidades: entender placas de rua, cantar letras de música, escrever bilhetes, jogar videogame lendo as instruções sem ajuda, mandar mensagens e até criar histórias. Em Brusque, esse processo é feito com força total para mais de duas mil crianças que vivem uma das etapas mais importantes da vida escolar: a alfabetização.
Um exemplo prático pode ser visto na Escola de Ensino Fundamental (EEF) Ponta Russa, onde 26 estudantes do primeiro ano estão aprimorando o relacionamento com as letras e as palavras. Lá, o processo de alfabetização tem cheiro de lápis apontado, quadros coloridos e muita curiosidade.
As salas contam com cartazes mostrando bocas pronunciando os sons das letras, reforçando o método fônico, que trabalha a relação entre som e símbolo. “Esse recurso ajuda muito porque a criança faz a conexão auditiva para então registrar a escrita. Ela enxerga o som”, explica a diretora Marcela Peixe Odisi.
A escola também utiliza estratégias, como ditados, leituras guiadas e avaliações periódicas, garantindo que cada aluno seja acompanhado individualmente. “Os professores passam por várias formações e percebemos uma evolução rápida. Os métodos são lúdicos e adquirimos materiais específicos”, completa Marcela.
A diretora ainda destaca que os estudantes costumam chegar ao primeiro ano com noções básicas do alfabeto e de consciência fonológica, resultado de experiências na Educação Infantil. Para reforçar o envolvimento, no início do ano, a escola promove um encontro com uma neuropsicopedagoga, em que as famílias recebem orientações sobre como apoiar o processo. “Aqueles que têm mais dificuldade geralmente são os que possuem menos acompanhamento em casa”, pontua.
A turma está aprendendo sobre as letras e palavras
Aprendendo por meio da diversão
Na unidade, a professora Caroline de Oliveira Riffel organiza uma rotina diária de leitura e atividades práticas. As salas têm momentos de leitura compartilhada e rodas em que cada criança lê um trecho do livro, desenvolvendo não apenas fluência, mas também coragem, expressão e interpretação. Entre os títulos preferidos da turma está “O menino maluquinho”, do escritor Ziraldo, clássico do humor, da imaginação e da infância brasileira.
A professora também usa jogos, brincadeiras e atividades de escrita espontânea para diagnosticar o nível de cada estudante. Quando alguém precisa de reforço, o apoio é imediato, sempre com afeto e incentivo. “A leitura constante é o que comprova que o aluno realmente aprendeu. A prática diária faz toda a diferença”, explica Caroline.
No meio da sala, sentada com postura de quem sabe aonde quer chegar, está Natália Eccel, estudante de 7 anos. Orgulhosa, ela afirma que já consegue ler todas as palavras e escrever com todos os tipos de letra. “Leio em casa com meus pais, eles me ajudam bastante. Fico muito feliz quando consigo ler sozinha.”
A proximidade com o livro faz parte da rotina dos pequenos
Cada letra é uma vitória
A alfabetização não é apenas sobre juntar palavras. É sobre descobrir autonomia, identidade e o poder de construir a própria história. Para incentivar a proximidade dos pequenos com as letras, o ciclo de alfabetização na rede municipal é composto pelos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, período em que os estudantes aprendem a reconhecer letras, relacionar sons, formar sílabas, palavras e textos simples.
Em 2025, o município conta com mais de duas mil crianças neste processo, divididas entre o primeiro e segundo ano.
Cada passo é uma descoberta que exige estudo, criatividade, acompanhamento e, claro, muita paciência.
Segundo a Secretaria Municipal de Educação, em 2024 os resultados mostraram que 72% das crianças foram consideradas alfabetizadas de acordo com as avaliações internas. Já pela avaliação do Alfabetiza SC, programa do governo do Estado, o índice foi de 67,8%. A diferença nos números não representa erro, mas sim a influência de diferentes fatores, como migração de estudantes, vulnerabilidade social, assiduidade, acompanhamento familiar e necessidades específicas de cada aluno.
A meta é ousada e inspiradora: até 2030, 80% das crianças deverão estar alfabetizadas ao final do segundo ano.
Lívia se diverte enquanto aprende
O acompanhamento tem sido essencial para o aprendizado
A turma contou com a ajuda dos sons e imagens para facilitar a alfabetização
Não existe ano mais importante
Na alfabetização, aprender é uma construção. Por isso, os dois primeiros anos do Ensino Fundamental têm funções complementares. Enquanto o primeiro é marcado pela descoberta e pela relação som/letra, o segundo consolida a leitura e desenvolve autonomia.
No Sistema Estadual de Avaliação da Educação Básica de Santa Catarina (Seaesc), a rede municipal cresceu 11 pontos percentuais em Língua Portuguesa e quatro pontos em Matemática. Porém, quando os dados são unificados com a rede estadual, houve queda de três pontos percentuais em ambas as áreas. Isso acontece porque o resultado final considera todas as escolas públicas da cidade, não apenas as municipais.
Mesmo assim, os avanços são fruto de um trabalho consistente: formação contínua dos professores, desenvolvimento de coordenadores pedagógicos, acompanhamento ativo da gestão e implementação da Proposta de Alfabetização e Letramento de Brusque. A rede municipal também aderiu ao Programa Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, iniciativa federal criada para fortalecer o letramento em todo o Brasil.
Qual é a taxa de alfabetização do Brasil?
Para manter o monitoramento de aprendizagem, as redes de ensino contam com diferentes sistemas e avaliações, entre eles o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CAEd) e o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O CAEd desenvolve avaliações e indicadores educacionais que ajudam municípios e Estados a entender o nível de aprendizagem de cada etapa escolar e planejar ações de melhoria. No cenário nacional, segundo dados oficiais recentes, a taxa média de alfabetização no país, considerando a idade certa, até o final do segundo ano, ainda está abaixo da meta ideal, refletindo desigualdades sociais e regionais.
PARA SE ANIMAR NAS FÉRIAS!
Confira oito animações japonesas para maratonar nas férias
POR GUSTAVO BRUNING
As férias estão batendo na porta e, junto com elas, virão semanas completamente livres de tarefas escolares. Além de ver os amigos, matar a saudade de parentes e seguir com as atividades físicas, esse período pede uma boa maratona de filmes e séries.
Que tal fazer algo inédito, em invés de rever aqueles clássicos que você já memorizou ou jogar o mesmo jogo de sempre? Você pode aproveitar o tempo livre para se aventurar por novos hobbies ou assistir produções que não costumam brotar na sua tela.
Os animes, com uma variedade enorme de temas, são um vislumbre de diferentes culturas e reflexões. Essas animações, produzidas no Japão, hoje estão por toda parte e podem apresentar a você personagens inspiradores, mundos mágicos e tramas instigantes. Conheça oito animes para assistir nas férias!
THE WATER MAGICIAN (2025)
Com a habilidade de dominar a água em diversas formas, Ryo deve sobreviver por 20 anos no mundo selvagem, infestado de monstros, para se tornar um poderoso mago. O aprendizado vem por meio da adversidade, já que o jovem acaba imerso em um ambiente hostil e descobre maneiras de se tornar mais forte.
ZENSHU (2024)
A animadora Natsuko Hirose lida com um bloqueio criativo, que veio logo após o seu primeiro anime fazer um sucesso tremendo. Enquanto dirige uma nova obra, é transportada para dentro do mundo do seu filme favorito, onde precisa usar suas habilidades para mudar o rumo do enredo. A trama explora as camadas do processo criativo.
BLUE BOX (2025)
Você conhece o badminton? O esporte, bastante popular em países asiáticos, é a paixão de Taiki, protagonista de “Blue Box”. Quando passa a conviver mais de perto com Chinatsu, uma jogadora de basquete, percebe uma ligação especial e entende como o esforço conjunto pode ser um grande estímulo. Ao mesmo tempo em que faz de tudo para se aperfeiçoar no que ama, o garoto encontra formas de conciliar os treinos com essa amizade.
HAIKYUU!! (2014)
Com quatro temporadas, esse anime é ambientado no mundo do vôlei. Shoyo, apesar de ser considerado baixo para o esporte, sonha em superar os obstáculos físicos para virar um atacante de elite. Para isso, deve enfrentar rivais poderosos, se tornar mais resiliente e aprender a trabalhar em equipe. Ótimas motivações para qualquer treino!
SKIP AND LOAFER (2023)
A rotina no Ensino Médio e as descobertas da adolescência fazem parte desse anime, protagonizado por uma garota que se muda de uma cidade pequena para Tóquio, capital do Japão. Lá, Mitsumi precisa se adaptar à nova escola, lidar com conexões inesperadas e abraçar o amadurecimento - tudo para promover as mudanças positivas que almeja.
THE FRAGRANT FLOWER BLOOMS WITH DIGNITY (2025)
O nosso valor está nas nossas atitudes e escolhas, assim como na forma como tratamos os outros. Essa é uma das lições desse anime, que mostra uma dupla de amigos com inseguranças e diferenças sociais. Enquanto o gentil Rintaro trabalha na pastelaria da família, Kaoruko integra um colégio de elite. Com um tom leve, trata da convivência de estudantes de escolas bem diferentes, que enfrentam pressões do meio para estarem próximos.
CAPTAIN TSUBASA (2018)
A primeira versão desse anime foi lançada em 1983, mas um remake de 2018 foi responsável por conquistar novos fãs. Ele é protagonizado por Tsubasa, um garoto apaixonado por futebol desde pequeno e que sonha em levar seu time ao topo. Ao mesmo tempo em que lida com adversários habilidosos, desenvolve novas técnicas e descobre o que realmente significa jogar em equipe.
CARDCAPTOR SAKURA (1998)
Uma das maiores referências quando se trata de animes, a história de Sakura Kinomoto é atemporal. A alegre e otimista heroína tem a habilidade de manipular cartas, que garantem a ela dons específicos. Nas aventuras, desbrava desafios enquanto aprende a lidar com os poderes e conciliar escola e amizades. Com amigos e criaturas guardiãs, precisa capturar as cartas mágicas para manter o equilíbrio do mundo.
Episódios remasterizados, em português, lançados no canal oficial do Naisu no YouTube. Escaneie o QR Code para assistir!
BIOTECNOLOGIA: A CIÊNCIA INVISÍVEL QUE MOVE O MUNDO
POR LUCAS INÁCIO
Pode parecer estranho num primeiro momento, mas a gente vive rodeado por bichos em todos os lugares. Inclusive, nos alimentamos de muitos desses seres. Mais impressionante ainda, milhões de seres humanos são salvos graças a essas vidas. Quando a gente pensa assim, pode parecer até cenário de filme de terror, mas na verdade é a nossa vida desde sempre.
Com cerca de 300 mil anos, nós, os Homo sapiens, somos uma das espécies tradicionais relativamente mais recentes no planeta, mas a gente é rodeado por vidas o tempo todo e precisa delas para sobreviver. Não se trata dos nossos bichos de estimação, muito menos dos insetos que chamamos de pragas, mas sim os microrganismos que são essenciais para a vida como conhecemos hoje e que fazem parte do nosso cotidiano há mais de oito mil anos em pães, queijos, iogurte, cervejas e vinhos (no caso dos adultos), entre vários outros.
Todos esses alimentos envolvem processos biotecnológicos, ou seja, que utilizam de seres vivos para fazer novos produtos. Nesse caso, a biotecnologia é a área que estuda esse tipo específico de processo que pode modificar vidas da natureza, inclusive em nível genético, para gerar benefícios. Não à toa, com o avanço das tecnologias em escalas micro, nano e até pico, a biotecnologia se tornou uma área essencial de estudo nos últimos 20 anos, mesmo com sua história milenar.
ONDE ESTÁ A BIOTECNOLOGIA?
Aquela ciência que começou a ser desenvolvida na fabricação de alimentos e bebidas há mais de seis mil anos percorreu uma longa trajetória que vai incorporando outras áreas de conhecimentos mais específicos. Hoje a biotecnologia incorpora biologia molecular, genética, informática, engenharia, química, física e contribui diretamente em várias áreas.
A divisão das áreas da biotecnologia se ramifica tanto que hoje é classificada por cores:
Vermelho - Saúde humana: vacinas e antibióticos, terapias regenerativas e até órgãos artificiais.
Verde - Agricultura: criação de sementes, transgênicos, combate a pragas, entre outros.
Branca - Indústria: desenvolver biocombustíveis, diminuir a poluição, desenvolver materiais mais sustentáveis, etc.
Azul - Estudos do mar: a base desta área são as microalgas que são essenciais no desenvolvimento de biocombustíveis, cosméticos, saúde e meio ambiente.
Outras cores: amarelo (produção de alimentos), marrom (estudo dos solos), cinza (recuperação e proteção do meioambiente), preto (armas biológicas e mecanismos de defesa).
PERIGOS E CUIDADOS
Por ser uma área tão abrangente e até desconhecida, sobretudo em níveis moleculares, a biotecnologia guarda muitos dilemas técnicos e éticos sobre seu uso. Se a vida na natureza demorou 4,28 bilhões de anos para se desenvolver, com processos de seleção natural rigorosos e lentos, será que acelerar as mudanças da forma que os seres humanos estão fazendo nas últimas décadas não vai afetar esse equilíbrio?
A resposta é que, se for feita de um jeito descontrolado, sim, haverá consequências. Isto pode acontecer no meio ambiente com a extinção de espécies de animais, plantas, fungos e bactérias, podendo gerar desequilíbrios ambientais; gerar reações alérgicas, doenças e intoxicações imprevisíveis entre organismos vivos e até em nós, seres humanos; clonagem e modificação de genomas; criação de armas biológicas (as quais são proibidas desde os anos 1920).
EXEMPLOS DE APLICAÇÕES
SIGNIFICATIVAS
Produção de insulina, vacinas (caso da Covid-19), antibióticos e medicamentos que aumentaram a expectativa de vida de 32 para 72 anos em apenas um século;
Terapia para tratamentos de câncer e doenças neurológicas degenerativas;
Pesquisas com células-tronco e criação de órgãos para transplante em laboratório;
Na agricultura, há o aumento da produção agrícola, com criação de alimentos mais resistentes a pragas, enriquecimento de nutrientes, melhoramento genético de plantas (apesar dos riscos já citados);
Estudos genéticos para prevenção de doenças e de condições raras, além dos conhecimentos históricos da vida no planeta por meio do mapeamento genético dos seres vivos;
Alimentação à base da fermentação biológica: criação de pães, queijos e iogurtes, vinhos e cervejas, vinagre etc.
Campeões da LONGEVIDADE:
quais animais sobrevivem por mais tempo?
POR REDAÇÃO ITS TEENS
Graças aos avanços da medicina e à melhoria na qualidade de vida, é comum que a maioria das pessoas viva, em média, cerca de 70 a 80 anos — um aumento de mais de 40 anos em comparação à expectativa de vida no Brasil em 1900. Se esta já é uma idade consideravelmente longa, imagine como seria viver por cinco séculos? Embora isso seja impossível para os humanos, algumas espécies alcançam essa surpreendente marca. Seja pelo metabolismo ou por um ambiente com menos predadores, no reino animal alguns se destacam por sua longevidade. Conheça oito deles:
1. Esponja-do-mar
Apesar de ter uma aparência que foge do senso comum do que é um animal, as esponjas marinhas são um dos seres marinhos mais antigos e estão presentes em todos os oceanos. Resistentes à acidificação dos oceanos, as criaturas podem sobreviver a baixos níveis de oxigênio — algumas espécies podem chegar aos 600 anos. O fato mais impressionante é que já foi encontrada uma esponja com cerca de dois mil anos.
2. Tubarão-da-groenlândia
Apesar de levar o nome da região, o animal é encontrado nas águas frias e profundas em diversas partes do mundo. É considerado o vertebrado com maior longevidade, podendo chegar aos 400 anos.
3. Quahog-do-oceano
Também encontrado em ambientes frios, o molusco vive no Atlântico Norte e pode viver mais de 500 anos — o feito é resultado do metabolismo desacelerado da espécie.
4. Rougheye rockfish
Apesar de que o nome em inglês possa assustar, esse peixe vermelho chega até 97 centímetros de comprimento e pesa quase sete quilos. Vivendo em águas profundas, o animal pode viver cerca de 200 anos.
5. Tuatara
O animal nativo da Nova Zelândia é conhecido como o “ornitorrinco dos répteis”. O apelido veio devido à mistura de características de aves, tartarugas e lagartos. Com um sistema imunológico forte e um metabolismo lento, a espécie pode viver mais de 100 anos.
6. Lagosta americana
Diferentemente da maioria dos animais, as lagostas continuam a crescer durante toda a vida, permanecendo ágeis e férteis durante muito tempo. As mudanças de exoesqueleto diminuem os efeitos do envelhecimento celular, o que contribui para sua longevidade, já que algumas podem ultrapassar os 100 anos de idade.
7. Elefante-africano
É verdade que algumas espécies não ultrapassam os 50 anos, no entanto, os elefantes das savanas e florestas africanas podem viver entre 60 e 70 anos. A baixa taxa de envelhecimento celular e a ausência de predadores naturais (exceto os caçadores humanos) contribuem para essa marca.
8. Papagaio
A expectativa de vida dos pássaros pode variar de acordo com a espécie: enquanto alguns vivem até os 60 anos, outros podem ultrapassar os 90 anos.
O segredo da juventude
Reparou algo em comum entre determinados exemplos? Os animais marinhos costumam viver mais tempo do que os terrestres devido a uma série de fatores ambientais e biológicos. Além do metabolismo lento e as águas frias e profundas citadas em algumas espécies acima, outras razões contribuem para a longevidade, como ambientes estáveis; menor exposição a predadores; adaptação a condições extremas; mecanismos de defesa eficientes e reparação celular potente.
POR REDAÇÃO ITS TEENS
Da paixão pelo futebol aos ritmos de dança, as semelhanças culturais da América do Sul ultrapassam os limites geográficos e aproximam povos de países diversos. Apesar de cada nação possuir costumes e tradições únicas, é possível notar alguns aspectos que criam uma conexão natural entre as regiões do continente.
A ligação se torna ainda mais forte nas localidades que fazem fronteira com países vizinhos. Esses municípios são pontos de encontro cultural, onde pessoas de diferentes nacionalidades compartilham histórias e tradições.
O português se mistura com o espanhol, os mercados têm produtos de ambos os lugares e as festas tocam música que agradam todos os povos, criando uma identidade única e, ao mesmo tempo, diversa.
Conheça cinco cidades que apresentam essa particularidade:
1. Foz do Iguaçu
Conhecida por abrigar uma das sete maravilhas naturais do mundo, as Cataratas de Iguaçu, a cidade está localizada na fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. Ao passear por lá, é possível visitar três países em um único dia.
A união entre as diferentes nações é refletida em sua população, que conta com mais de 80 etnias — por lá, é normal escutar pessoas falando em português, espanhol e guarani. Nos restaurantes, a gastronomia é uma junção de diversos lugares. É possível aproveitar churrasco, comida oriental, prato italiano e até árabe, já que a cidade abriga a segunda maior colônia árabe do Brasil.
O comércio é um dos setores mais fortes da região. No Paraguai, a feira de Ciudad del Este é um dos maiores centros de compras da América Latina.
Curiosos com o mundo e suas belezas, os pequenos descobriram que as lagartas que habitam a unidade escolar se transformam em lindas borboletas. Veja como foi desenvolvida a atividade:
EEF EDITH KRIEGER ZABEL ÁREA RURAL
As turmas do pré, da Educação Infantil, aprenderam como se faz pipa e ainda se divertiram ao colocá-las no ar. Confira!
EEF ADELINA ZIERKE SÃO JOÃO
EEF ADELINA ZIERKE SÃO JOÃO
MINIESTUFAS: cultivando sabor e sustentabilidade
Materiais:
Garrafa PET com tampa; Tesoura e/ou estilete.
Passo 1: com a ajuda de um adulto, utilize a tesoura ou o estilete para cortar a garrafa PET ao meio.
Passo 2: a parte superior será a tampa. Para ela se encaixar na parte de baixo, faça um corte na lateral da garrafa.
POR REDAÇÃO ITS TEENS
Você já caminhou pela vizinhança e reparou que em casa de vó sempre há muitas árvores carregadas de deliciosas frutas? Se você visitar uma dessas casas, provavelmente será recepcionado com geleias, sobremesas naturais e alimentos fresquinhos e saborosos. Mas como será que elas conseguem cultivar diferentes espécies de plantas em tão pouco tempo? O segredo é mais simples do que você imagina: muito amor, carinho e miniestufas! Venha com a gente e conheça os detalhes de como construir seu próprio viveiro de plantas.
Passo 3: fure a base e a tampa da estufa. Na parte de baixo da garrafa, faça mais de um furo para a água escoar. A abertura na tampa serve para o gás carbônico, emitido pela planta, sair e ela respirar.
Hora de plantar!
Sua miniestufa está pronta, agora é o momento de colocar a mão na terra. Você pode cultivar sementes e pequenas mudas neste ambiente, mas para conseguir colher no próximo ano, a dica é fazer a estaquia (processo de plantio no qual é retirado um galho da árvore e replantado na terra fertilizada).
Como fazer:
No fundo coloque pedras ou argila expandida;
Em cima das pedras/argilas, coloque um pedaço de pano (para a terra não sair nas aberturas);
Adicione a terra fértil e/ou adubo e faça um buraco para posicionar a muda; Molhe a terra até ver que ela absorveu água suficiente;
Feche a estufa e deixe em um local com bastante luminosidade, mas não diretamente no sol.