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Música online

as melhores rádios para ouvir um som no pC e no smartphone

startup de gringo

por que estrangeiros abrem negócios no Brasil

a nova era espacial

empresas investem em viagens e projetos no espaço

Informação | TendêncIas | Inovação | culTura dIgITal

R$ 11,90 / ed. 327 / março 2013

@_INFO

O celular é sua carteira / música Online / startup de gringO / a nOva era espacial

testamos o nexus 4, aparelho do google com nfC, tecnologia para pagamento móvel

facebook.com/revistainfo

março 2013

info.abril.com.br

Com a Chegada do pagamento móvel ao país, voCê vai usar o telefone para pagar as Compras e fazer transferênCias. entenda Como isso funCiona nº 327 IN327_CapaokASS.indd 119

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/ Março de 2013 6 Carta do editor 9 WWW 10 Cartas enter

25 ONDE NASCEM OS ENGARRAFAMENTOS / Estudo usa registros de celulares para entender como o trânsito das grandes cidades começa

14 A VELOZ HISTÓRIA DO VINE /

26 TÁXI EM UM TOqUE / Testamos quatro aplicativos para chamar táxis. Veja os resultados

16 ALGAS COM SUPERPODERES /

28 SILÊNCIO ARTIFICIAL / Apps ajudam a anular ruídos externos usando qualquer fone de ouvido

Com vídeos de seis segundos, rede segue o modelo Instagram e vira febre na internet De combustível limpo a produtos de beleza, as microalgas são usadas como matéria-prima para diferentes produtos. E agora, serão processadas no Brasil

17 SAI O TIMÃO, ENTRA O iPAD /

Conheça as tecnologias do veleiro que a família Schürmann usará para dar sua terceira volta ao mundo

18 ARTE NO TRABALHO /

Grafiteiros conhecidos por suas obras nas ruas fazem intervenção nas paredes do escritório do Facebook em São Paulo

20 O SEGREDO ESTÁ NOS DETALHES /

Tecnologia, design e referências à cultura pop transformam chaveiros, pen drives e até um chuveiro em objetos de desejo

24 APLICATIVOS DO MÊS /

Uma seleção de apps para iOS, Android, Windows Phone e BlackBerry

29 LEVE UM APP PARA PASSEAR

inovação

42 CIÊNCIA NA MESA /

Preparamos um cardápio do futuro com alimentos supreendentes

48 TEM TROCO PARA UM GALAXY? /

Operadoras e bancos unem-se para transformar nossos celulares em carteiras eletrônicas. No futuro, eles poderão substituir os cartões nas transações financeiras

60 I LOVE BRAZIL / Conheça sete estrangeiros que montaram startups em São Paulo

E GANHE DINHEIRO / Chega ao Brasil a moda de oferecer dinheiro para quem realiza tarefas como ir ao restaurante, responder pesquisas ou assistir vídeos

68 A NOVA ERA ESPACIAL / Explorar planetas, minerar asteroides ou fazer passeios suborbitais são agora negócios para startups

30 CIDADE A PILHA /

76 SOLTA O SOM /

Baterias de metal líquido podem mudar o armazenamento de energias limpas

Com a ajuda de cinco artistas, testamos os principais serviços de streaming de músicas

84 CRIPTOGRAFIA /

ideias

Como impedir que empresas usem seus dados ou que você seja espionado ao navegar na web

32 ALESSANDRA LARIU / Sua ideia pode virar um livro

34 MANOEL LEMOS /

É possível fazer algo escondido na rede?

36 DAGOMIR MARqUEZI /

Sua vida poderá ser salva por um drone

38 TIM WU /

House of Cards e o fim da TV a cabo

teste

89 TESTE / O INFOlab avaliou os smartphones Nexus 4 e Lumia 920, além de ultrabooks, fones de ouvido e um toca-discos que converte LPs em MP3 usando apenas um iPhone 98 RADAR /

42 inovação para Comer

Outros produtos avaliados pelo INFOlab

Ctrl + z

114 TECLADO VIRTUAL? /

Feito para os antigos palmtops, um projetor em miniatura transformava qualquer superfície em um teclado virtual

Conheça o sorvete de baunilha que na boca ganha o sabor de cereja e outras experiências

FOTO: rafael evangelista EDIçãO DE IMAGEM: artnet digital

/ TIrAGEM DA EDIçãO: 120 000 exemplares

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/

um novo olhar Nosso pRiNcipal papel aqui na INFO é

olhar o tempo todo para o que acontece no agitado mundo digital, para entregar a você aquilo que realmente importa, as tendências, os assuntos que farão a diferença no seu trabalho, no seu lazer. Dessa observação atenta e curiosa dos jornalistas e designers da INFO sai a nossa pauta, que, nesta edição, conta como recentes mudanças tecnológicas vão transformar a forma como você faz coisas tão triviais quanto pagar a conta do restaurante ou ouvir música. Veja a reportagem de capa, sobre pagamento móvel. O editor-assistente Marcus Vinícius Brasil mostra que está muito próximo o dia em que todos usaremos o celular como carteira, para pagar as compras ou fazer transferências e outras transações financeiras. Tecnologia para isso já existe e a reportagem aponta como ela será usada no Brasil e seus impactos. É do Marcus também a matéria sobre uma tendência interessante num mundo inusitado, o espacial. Antes dominado pela Nasa e por outras agências de governos, esse mercado se abre agora a startups e empresas interessadas em explorar o céu. O inglês Richard Branson personaliza o movimento e ganhou os holofotes ao anunciar que sua nave, a SpaceShipTwo, deve fazer, ainda neste ano, o primeiro passeio pelo espaço. E com direito a gravidade zero. Na fila de espera para

a aventura estão passageiros ilustres como Angelina Jolie e Brad Pritt, além do brasileiro Rubens Barrichello. Um exemplo de como a INFO pode ajudá-lo a fazer uma escolha decisiva é a reportagem Solta o Som. O editor Maurício Moraes e o engenheiro-chefe do INFOlab, Luiz Cruz, analisaram cinco serviços de streaming de áudio disponíveis no Brasil para você ouvir música no computador, no celular ou no tablet. O resultado é uma radiografia completa dessas rádios online. Matéria imperdível para quem gosta de música. A observação atenta da repórter Paula Rothman para tendências gerou ainda duas reportagens que você não pode perder. A primeira mostra por que cada vez mais estrangeiros têm escolhido o Brasil para abrir suas startups. A segunda, escrita em parceria com a colaboradora Vanessa Daraya, investiga no que trabalham os pesquisadores interessados em tornar os alimentos mais acessíveis e menos suscetíveis a problemas, como o bolor. Não perca o incrível ensaio fotográfico da comida do futuro, que começa na página 42. Boa leitura e até abril!

/ katiam@abril.com.br

Tendências Reportagens da seção Inovação têm como temas pagamento móvel, startups, música, espaço e comida do futuro 6 / INFO Março 2013

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VICTOR CIVITA (1907-1990)

fundador:

Roberto Civita Roberto Civita (Presidente), Thomaz Souto Corrêa (Vice-Presidente), Elda Müller, Fábio Colletti Barbosa, Giancarlo Civita, Jairo Mendes Leal, José Roberto Guzzo, Victor Civita Editor:

Conselho Editorial:

Presidente Executivo Abril Mídia:

Jairo Mendes Leal

Diretor de Assinaturas: Fernando Costa Diretor Geral Digital: Manoel Lemos Diretor financeiro e Administrativo: Fabio Petrossi Gallo Diretora-Geral de Publicidade: Thais Chede Soares Diretor de Planejamento Estratégico e novos negócios: Daniel de Andrade Diretora de Recursos Humanos: Paula Traldi Diretor de Serviços Editoriais: Alfredo Ogawa Diretora Superintendente:

Gomes

Cláudia Vassallo

Diretora de Redação: Katia

Militello

Redator-Chefe: Juliano Barreto Editores: Airton Lopes, Maria Isabel Moreira e Maurício Moraes Editor Assistente: Marcus Vinícius Brasil Repórter: Paula Rothman Estagiário: Gabriel Garcia Diretor de Arte: Rafael Costa Editor de Arte: Oga Mendonça Designers: Vitor Milito e Wagner Rodrigues Colaboradores: Alessandra Lariu, Dagomir Marquezi e Manoel Lemos Infolab: Luiz Cruz (engenheiro-chefe), Leonardo Veras (analista de qualidade) Estagiários: Thiago Brito e Murilo Manhas Gestora de Comunidades: Aline Monteiro Info online Editor: Felipe Zmoginski Editor Assistente: Fabiano Candido Repórteres: Cauã Taborda, Monica Campi e Vinicius Aguiari Estagiários: Gustavo Gusmão e Marcelo Venceslau Desenvolvedores Web: Maurício Pilão, Silvio Donegá e Leandro Caracciolo Produtor Multimídia: Cadu Silva www.info.abril.com.br SERVIÇoS EDIToRIAIS Apoio Editorial: Carlos Grassetti (Arte), Luiz Iria (Infografia) e Ricardo Corrêa (fotografia) Dedoc e Abril Press: Grace de Souza Pesquisa e Inteligência de Mercado: Andrea Costa Treinamento Editorial: Edward Pimenta

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Giancarlo Civita (Vice-Presidente), Esmaré Weideman, Hein Brand, Victor Civita Presidente Executivo: Fábio Colletti Barbosa www.abril.com.br

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/ Extras

info.abril.com.br extras twitter.com/_INFO

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Boeing made in Brazil Uma parceria entre a Boeing e a Universidade de São Paulo permitirá que um dos laboratórios de pesquisa da empresa funcione dentro da escola Politécnica da USP. Entenda como esse projeto poderá tornar os aviões mais seguros e eficientes em abr.io/jatos.

Ciência

ELE quEr morar na sua casa

Gelo com LED pode evitar aquele vexame Uma invenção do MIT Media Lab permite que cubos de gelo com sensores e lâmpadas LED sejam usados em drinques alcoólicos para medir o grau de embriaguez das pessoas. Uma vez dentro das bebidas, os cubos mudam de cor conforme a pessoa começa a beber demais e ainda podem mandar mensagens de texto para seus amigos, antes de um vexame. Leia mais em abr.io/gelo.

InFolab decola com aeromodelo

Fundada por um ex-engenheiro do Google, a startup Willow Garage tem como missão disseminar robôs em todos os lares e permitir que desenvolvedores independentes criem apps para controlar tarefas como arrumar a cozinha ou varrer a casa. Além dos modelos PR2 (foto), a empresa desenvolve robôs que usam o Kinect para captar movimentos e interagir com os humanos. Para saber mais, acesse abr.io/faxina.

1 Abra o leitor QR Code em seu celular; 2 Foque o código com a câmera; 3 Clique em Ler Código para acessar os conteúdos Não tem o Leitor? Acesse www.leitor.abril.com.br Caso seu celular não seja compatível, digite: abr.io/helicoptero

CrIadOres dO BaNg WIth FrIeNds Falam sOBre COmO Os BrasIleIrOs usam O servIçO em BusCa de sexO abr.io/bwfriend

Março 2013 INFO

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/ O que os leitores falam no site e nas redes sociais iNFO ONLiNe

MS errou na estratégia de celulares, diz Gates

TRaBaLhO DO FuTuRO

A matéria de capa da INFO é muito inspiradora. Quando terminar a faculdade, espero trabalhar em um desses empregos dos sonhos. É realmente incrível que essas empresas sejam tão flexíveis em seu cotidiano. Breno henrique de Souza / Andradina [SP] Inteligência ambiental

Parabenizo a INFO pela reportagem de capa. Trabalho em RH e ter essa visão sobre o futuro é de grande valia. Discutimos na empresa alguns tópicos abordados na matéria. Letícia Costa / São Paulo [SP]

Kim Dotcom

Brilhante o trabalho da INFO em fevereiro, especialmente na cobertura in loco do lançamento do Mega, com os bastidores da festa e fotos exclusivas. Rodolpho Tavares / Barra dos Coqueiros [SE] Desejo sucesso a Kim Dotcom, mas gostaria de saber como fica as quem acreditou no Megaupload e perdeu o dinheiro gasto com as assinaturas. Carlos dos Santos / S.J. dos Campos [SP]

Ao ler o texto A Era da Inteligência Ambiental (seção Enter) fiquei pensando se os nossos gestores públicos estão conscientes e imbuídos da necessidade de promover um meio ambiente sustentável. Edilton Saldanha / Fortaleza [CE]

O Facebook já cansou

Já escrevi criticando ideias do colunista Dagomir Marquezi, mas desta vez o faço para lhe dar os parabéns pelas opiniões a respeito do Facebook. O FB já encheu. Nosso precioso tempo pode ser mais bem aproveitado. Sérgio B. Falasqui / Campinas [SP]

E-mail perigoso

A matéria Nunca Deveria Ter Enviado Este E-Mail mostra a necessidade de sempre fazer uma checagem geral antes de enviar qualquer e-mail. Gabriel L. P. de Souza / Salvador [BA]

abr.io/MSerrou Admitir que falhou é um grande passo. A Microsoft vem tentando se adequar aos novos tempos e está falhando, mas admitir que precisa melhorar é um ato de grandeza. Felipe Pereira / Porto Alegre [RS]

Tempestade solar pode atingir a Terra

abr.io/solar Imaginem todos os sistemas bancários queimando, incluindo os backups onde está registrado virtualmente seu dinheiro. Hoje ninguém tem dinheiro de verdade, é tudo controlado pelos computadores dos bancos. Guilherme Oliveira / Belo Horizonte [MG]

TwiTTer

@igortenreiro

A matéria de capa da @_iNFO está show. São muitas as regalias existentes na área de tecnologia e isso só faz o desempenho aumentar. #Ficadica

@welljose

Melhor edição da @_iNFO! Podem manter esse ritmo!

@BeetoAlberto

A @_iNFO está fantástica. A matéria do Kim Dotcom, as empresas adotando novos métodos de trabalho. Sensacional. Parabéns a toda a equipe.

@LixoRadioativo

Nos estados Unidos, o robô da Lego custa um quarto desse preço. Se importar e pagar os tributos ainda sai pela metade.

10 / INFO Março 2013

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brONCAS dO MêS Atualização trava PC

Comprei um Inspiron All in One da Dell e transferi para ele todos os arquivos que usava antes em outro micro. Minha intenção era fazer um backup, conforme pediu o Windows 8, mas antes disso o sistema solicitou uma atualização. Ao fazê-la, a máquina não conseguiu mais reiniciar. O problema ocorreu em 18 de dezembro de 2012. Após várias ligações para o suporte da Dell, eles disseram que substituiriam a placa-mãe e o HD da máquina. Escrevo em 4 de janeiro de 2013 , continuo sem computador e perdi informações profissionais valiosas. Marco Oliveira / Águas Claras (DF) RESPOSTA DA DELL Em resposta à reclamação do leitor, a Dell informa que a equipe de suporte já resolveu o caso. A empresa permanece à disposição do cliente para qualquer dúvida ou informação adicional. Comentário do leitor Recebi a visita de um técnico da Dell para a substituição das peças, mas continuo insatisfeito com a empresa, por todos os transtornos que passei para solucionar o problema.

Notebook sem conserto

O cooler da placa de vídeo do meu notebook HP ENVY 15 1050NR travou. Levei a máquina para a assistência técnica e após 15 dias recebi um e-mail dizendo que a empresa não conseguiu encontrar a peça de reposição e que o equipamento ficaria sem conserto. Por causa de uma ventoinha que custa cerca de 40 reais fui forçado a inutilizar um notebook de 8 mil reais. Saimon Pires / Brasília [DF] RESPOSTA DA HP A HP informa que se trata de um equipamento importado e fora de garantia. Como a empresa não vendeu esse modelo no mercado nacional, não há peças para reposição disponíveis. Orientamos o cliente a levar o equipamento a uma assistência técnica para que seja gerado orçamento para reparo. Comentário do leitor A HP afirmou que irá procurar a peça em lojas independentes para realizar o conserto, mas não deu retorno. Caso não encontrem, vou recorrer a uma solução paliativa, como fazer adaptação e instalar um cooler de outro equipamento.

As empresas mais citadas pelos leitores em fevereiro

Microsoft 10,5% Mercado Livre 10,5% HP 10,5%

Outros 47,5%

redação Comentários sobre o conteúdo editorial da INFO e reclamações para Broncas do Mês: contateinfo@abril.com.br. A correspondência pode ser publicada de forma reduzida. Envie seu nome completo e a cidade onde mora. comunidades Facebook / facebook.com/revistainfo Twitter / info.abril.com.br/twitter Google+/ abr.io/Googleplus Pinterest/ pinterest.com/revistainfo Instagram/ @revista_info assinaturas assineabril.com (11) 3347-2121 Grande São Paulo 0800-775-2828 Demais localidades serviço de atendimento ao cliente abrilsac.com (11) 5087-2112 Grande São Paulo 0800-775-2112 Demais localidades (11) 5087-2100 Fax loja InFO info.abril.com.br/loja / (11) 4003-8877 lojaabril@vendapontocom.com.br Publicidade Para anunciar na INFO, ligue: (11) 3037-2302 São Paulo (21) 2546-8100 Rio de Janeiro (11) 3037-5759 Outras praças (11) 3037-5679 Internacional (11) 3037-2300 Fax publiabril.com.br Permissões da INFO Para usar selos, logos e citar qualquer avaliação editorial da INFO, envie um e-mail para permissoesinfo@abril.com.br. Nenhum material pode ser reproduzido sem autorização por escrito. Venda de conteúdo Para licenciar o conteúdo editorial da INFO em qualquer mídia: atendimento@ conteudoexpresso.com.br / Para solicitar reprints das páginas: reprint.info@abril.com.br saiba que /A INFO não aceita doações de hardware e software nem viagens patrocinadas por fornecedores de tecnologia. / Os artigos assinados pelos colunistas da INFO não expressam necessariamente a opinião da revista.

“Leio a INFO para me manter atualizado sobre os lançamentos de gadgets e sobre tudo o que se refere às tendências tecnológicas”

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Por que leio info

Frederico Hohagen / diretor comercial do MapLink

Ops! Erramos / O preço correto do aplicativo Kuvva, para iPhone, é 1,99 dólar.

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Para começar a gravar basta manter o dedo sobre o app

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A veloz históriA do vine

raesstreia,na ho sua ava

apóse já figur apps 0 o Vinta dos 2ados da lis s baix re mai App Sto

Com vídeos de seis segundos, rede segue o modelo Instagram e vira febre na internet / Por Juliano Barreto

no site Vineroulette.com há uma seleção de vídeos do Vine

Para esporte, na busca do Vine use a hashtag #sports

Tudo é rápido quando o tema é o Vine. O aplicativo para iOS foi comprado pelo Twitter quatro meses após ser criado por uma startup de Nova York, em junho de 2012. Dois meses depois, em janeiro deste ano, o app foi colocado no ar e sua rede, semelhante ao Instagram, mas com vídeos curtos em lugar de imagens, se tornou um sucesso. Cinco dias após o lançamento, o serviço saiu do ar devido ao número alto de acessos. Entre filmetes de gente fazendo careta ou mostrando como são fofos seus gatos, já é possível encontrar contas de empresas como Gap, Calvin Klein, GE e Moët & Chandon promovendo produtos e eventos. Há sites usando o conteúdo do Vine de forma criativa, como o VinesMap.com, que mostra posts ao redor do mundo, e o JustVined.com, que exibe os últimos 20 vídeos de uma página. Há espaço até para a cobertura jornalística, como faz a repórter Tulin Daloglu (@TurkeyPulse), que usa o app para incrementar seu trabalho de correspondente na Turquia. Se o app deixará de ser moda tão rápido quanto apareceu, não dá para saber, mas, em fevereiro, o Twitter anunciou vagas para os desenvolvedores que criarão a versão do Vine para Android. O ritmo parece seguir acelerado. Março 2013 INFO

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/ Ciência

unicelular

As algas ao lado medem menos de 2 mm e só podem ser vistas no microscópio

Algas com superpoderes

De combustível limpo a produtos de beleza, as microalgas são organismos unicelulares usados como matéria-prima para diferentes produtos. Agora, serão processadas no Brasil

/ PoR PAuLA ROThmAN Invisíveis a olho nu, os seres mi-

croscópicos e unicelulares da foto acima medem no máximo dois milímetros de diâmetro e são capazes de feitos incríveis, como produzir combustível limpo ou componentes usados em xampus e sabonetes. Misturando engenharia genética com técnicas de fermentação, como as usadas na produção de cerveja, empresas obtêm os mais variados tipos de óleo a partir de microalgas. Neste ano, todos esses compostos serão fabricados no Brasil. Um dos g r a ndes nomes desse mercado, a empresa americana Solazyme, está construindo sua pri-

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meira fábrica no país. A planta fica na cidade de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, e é uma parceria com a Bunge, empresa de alimentos e bioenergia. O projeto recebeu 245 milhões de reais do banco BNDES. Até dezembro, a joint venture Solazyme Bunge deve iniciar a produção estimada em 100 mil toneladas de óleo ao ano. “As microalgas produzem óleos vegetais naturalmente”, diz Walfredo Linhares, gerente-geral da Solazyme Brasil. “Modificamos o organismo para que produza tipos específicos.” Antes de iniciar a produção no país, as microalgas foram

testadas e aprovadas para uso. Elas também passaram por um processo de adaptação às condições climáticas no laboratório da empresa, em Campinas, no interior de São Paulo. Nos Estados Unidos, a Solazyme tem como principal cliente a marinha americana, para quem fornece combustível. A empresa também possui um programa-piloto com a montadora Volkswagen para veículos com diesel 100% feito com óleo de microalgas. No Brasil, o foco não foi definido. “Depende do mercado. O país importa 200 mil toneladas por ano de óleo de palmiste”, diz Linhares. O composto é usado em xampus e sabonetes e o intervalo entre o plantio e a extração da planta é de sete anos. A microalga pode ser usada para o mesmo fim, com a vantagem de precisar de apenas três dias para o processamento, em uma operação bem mais simples.

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/ Aventura

no estaleiro

sai o timão, entra o ipad Em novEmbro, a família Schürmann inicia SUa tErcEira volta ao mUndo. vEJa o vElEiro

O veleiro, aqui em versão 3D, está sendo construído em Itajaí (SC)

novo barCo da família sChürmann

80 pés

oU 24,4 mEtroS é o tamanho do barco

OPERAÇÃO PELO TOUCH as instalações elétricas e digitais do veleiro estarão interligadas pelo sistema nauticap. Um iPad vai monitorar centenas de sensores que controlam de funções críticas de comando às lâmpadas. LONGE DA CABINE não será necessário estar na sala de comando para alterar o curso do barco. com o iPad, o veleiro pode ser conduzido até mesmo pela equipe em terra.

- 10 a 40 °C

SErá a variação dE tEmPEratUra na viagEm, qUE comEça Em itaJaí (Sc), no dia 24 dE novEmbro

INTERNET NO OCEANO o acesso remoto ao sistema, a comunicação por voz e o acesso à internet serão providos por link dedicado de 492 Kbps, fornecido por satélites.

2 anos

é o tEmPo EStimado Para a volta ao mUndo

ENERGIA LIMPA a eletricidade do veleiro será produzida por geradores movidos a biodiesel, painéis solares, sistemas que usam a força dos ventos e da água e até por bicicletas ergométricas utilizadas pela tripulação fixa de dez pessoas. AVENTURA NO APP a viagem dos Schürmann poderá ser acompanhada em celulares e tablets

Um smartphone no espaço

cElUlar com android é tranSformado Em PEça Para SatélitE amador

O smartphone Nexus One, feito pela HTC em parceria com o Google, equipou um satélite amador chamado STRaND-1, criado pela Universidade de Surrey, na Inglaterra. Em seu passeio pela órbita terrestre, o Nexus One terá a missão de tirar fotos do espaço e analisar o comportamento do som em órbita. Um app reproduzirá o áudio de crianças gritando e checará como o barulho se propaga. A conta do satélite no Twitter é @SurreyNanosats. Março 2013 INFO

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/ Facebook

Arte no trAbAlho Grafiteiros conhecidos por suas obras nas ruas fazem intervenção nas paredes do escritório do Facebook em São Paulo

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Por Marcus vinícius Brasil

Rolos e sprays ameaçaram o clima formal, com piso lustroso e paredes claras, do edifício Infinity, que abriga os escritórios dos bancos de investimento Credit Suisse e Goldman Sachs, na Zona Oeste de São Paulo. A mistura de engravatados e artistas de rua aconteceu a convite do Facebook, que se mudou para o prédio em novembro do ano passado e decidiu repetir a decoração de sua sede, em Palo Alto, na Califórnia. Lá, o trabalho foi realizado pelo artista americano David Choe, quando a empresa começava a fa-

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1 COLETIVO SHN Formado por Eduardo Saretta, 37 anos, Haroldo Paranhos, 34, Rogério Fernandes, 30, e Daniel Cucatti, 33, o grupo ganhou fama pelos adesivos e colagens com desenhos vibrantes e assimétricos.

2 CARLOS DIAS Nascido em Porto Alegre (RS) e morador de Florianópolis (SC), o artista tem 38 anos e é conhecido pelas cores fortes e traços fluídos com que desenha personagens e cenários surrealistas.

3 DANIEL MELIM Formado em linguagens visuais, Daniel Melim tem 33 anos e usa estêncil, pincel e rolinho de espuma para criar obras que mesclam referências como a publicidade dos anos 1950 e a beleza feminina.

zer sucesso, em 2005. Ele pintou salas em troca de ações, o que lhe rendeu uma soma estimada em 200 milhões de dólares, quando a rede social fez sua abertura de capital. Aqui, um grupo de grafiteiros foi convidado a pintar livremente as paredes do escritório. “Trabalhamos muito na base da troca”, afirma Carlos Dias, um dos artistas escalados para a intervenção. “Mas não conheço ninguém que tenha ficado milionário”, diverte-se Dias, um gaúcho conhecido pelas cores fortes e desenhos com figuras surrealistas.

Foto Eduardo BiErmann

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A obra no Facebook foi assinada pelo Coletivo Rua, divisão de projetos corporativos da galeria de arte Choque Cultural. Dias juntou-se a Daniel Melim e ao coletivo SHN. Eles pintaram paredes, colaram adesivos e penduraram telas por todo o quinto andar, ocupado pelos 45 funcionários do Facebook. “O escritório tem esse visual de obra em progresso, que faz parte do lema do Facebook de que apenas 1% da jornada está completa”, afirma Ana Carolina Borghi, diretora de recursos humanos do Facebook na América Latina.

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/ Consumo Tech

lá fora

O segredO está nOs detalhes

USB Tribe Star Wars Os fãs podem escolher entre pen drives de Darth Vader, Yoda, Chewbacca e outros cinco personagens de Star Wars para guardar até 8 gigabytes de arquivos. 25 dólares

Tecnologia, design e referências à cultura pop transformam chaveiros, pen drives e até um chuveiro em objetos de desejo

ION Audio Scratch 2 Go Preso por ventosas sobre o LCD, o kit de controladores transforma o iPad em uma mesa para DJs. Dá até para fazer scratches. Preço não definido

Mega Drive Arcade Nano Este chaveiro em forma de joystick é um pequeno console que só precisa de uma pilha AAA e de uma TV para divertir nostálgicos com dez jogos do Sonic. 24 dólares

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BeoLab 15 e BeoLab 16 O conjunto de caixas e subwoofer da Bang & Olufsen fica embutido na parede. Quando acionado por controle remoto, emerge elegantemente. 4 737 dólares

Veho Muvi X-Lapse Este suporte motorizado para smartphones e tablets foi feito para facilitar a produção de fotos panorâmicas ou vídeos em time-lapse. 47 dólares Ziiiro Saturn Inspirado no clássico de ficção Tron, o relógio tem dois anéis de LED para mostrar as horas. 285 dólares

Belkin WeMo Light Switch Equipado com Wi-Fi, o interruptor controla qualquer lâmpada da casa por meio de um app para smartphone. Preço não definido

Kohler Moxie O chuveiro com alto-falante faz a alegria dos cantores de banheiro ao tocar músicas direto do celular por Bluetooth. 315 dólares

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/ Apps que valem a pena

AplicAtivos do mês / POr FABiAno CAndido

iphONe

ipAD

BlAckBerry

TrIplINgO antes de viajar para o exterior, baixe este aplicativo. ele tem 1,2 mil frases traduzidas para dez línguas, entre elas o inglês e o chinês, e um útil dicionário de gírias. Para iOs 4.3 ou superior / grátis

ArTseT imite O seu artista preferido com a ajuda deste app que simula a textura de telas e oferece lápis, canetas e pincéis para desenhar com traços realistas. Para iOs 4.3 ou superior / 1 dólar

DOOmgles O game clássicO doom mantém a diversão nesta versão para o tablet PlayBook. a missão é encontrar e aniquilar monstros num labirinto. Para BlackBerry 1.0 ou superior / 1,99 dólar

AwesOme NOTe anOtações ganham imagens, mapas, gravações de áudio e até desenhos neste app que ajuda a organizar e a lembrar tarefas com ajuda do evernote. Para iOs 4.3 ou superior / 4 dólares

meDIAFIre a memÓria do iPad esgotou? O mediaFire ajuda. ele fornece 50 gigabytes na nuvem para armazenar os arquivos do tablet ou fazer backup. Para iOs 5.1 ou superior / grátis

ADvANceD rAm aO limPar a memória do smartphone, o app acelera programas e jogos. desliga os programas inúteis e ajuda a aumentar a autonomia da bateria. Para BlackBerry 4.6 ou superior / 1 dólar

1pAsswOrD ÓtimO Para esquecidos. ele cria um cofre de senhas, faz login automaticamente nos serviços da web e tem recursos para proteger dados bancários. Para iOs 6.0 ou superior / 18 dólares

DeAD yOurselF Quem curte zumbis vai gostar deste app, que oferece olhos brancos e tortos, além de peles e dentes horríveis para modificar as fotos e compartilhar. Para iOs 4.3 ou superior / grátis

App lOck Para PrOteger dados sigilosos do smartphone, este aplicativo bloqueia com senha o acesso às fotos, mensagens, sms, agenda e programas. Para BlackBerry 4.2 ou superior / 1 dólar

ANDrOID / Celular

ANDrOID / Tablet

wINDOws phONe

FOrmulA 1 2013 guia cOmPletO da F1, o app exibe, em tempo real, a cronometragem das voltas e detalhes de acidentes, além de dados de todos os carros. Para android 2.1 ou superior / 34 dólares

FOlDersyNc Faz BackuP de fotos, documentos e músicas guardados na memória do tablet em serviços como dropbox e sugarsync, além de servidores de FtP. Para android 2.1 ou superior / 3 dólares

yOuTuBe DOwNlOADer Útil Para Baixar vídeos do Youtube e ver depois, sem conexão com a web. tem busca e salva os filmes em mais de dez formatos e em alta definição. Para WP 7.5 ou superior / grátis

mApmyruN cOmPanheirO para corridas, o app tem integração com serviço online em que o usuário cria rotas ou segue caminhos desenhados por outras pessoas. Para android 2.1 ou superior / grátis

rOpe scApe esPante O tédiO com este joguinho. nele, um herói deve usar cordas para se balançar entre árvores e pegar impulso para ir ao espaço atrás de moedas. viciante. Para android 2.1 ou superior / grátis

TIle sNAke uma versãO cOlOrida do clássico game que fez história nos aparelhos da nokia. O objetivo é alimentar uma cobra e evitar que ela toque em si mesma. Para WP 7.5 ou superior / grátis

ANger OF sTIck 2 ParecidO cOm o clássico Metal Slug, o jogo em 2d traz o clássico formato de andar e bater em inimigos usando golpes e armas. simples, mas divertido. Para android 2.1 ou superior / grátis

NOrTON mOBIle securITy lITe O aPlicativO cria uma barreira para evitar que vírus infectem e roubem arquivos e contatos do smartphone. integrado à web, mostra localização do tablet. Para android 2.2 ou superior / grátis

TApTITuDe um PacOte de minigames com uma seleção de mais de 70 jogos clássicos para o Windows Phone. entre eles estão Mahjong, Sudoku e Black Jack. Para WP 7.5 ou superior / grátis

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/ Trânsito

lentidão

A cidade de São Francisco teve seu tráfego mapeado com dados de celulares

Onde nascem os engarrafamentos Estudo usa registros de celulares para entender como o trânsito das grandes cidades começa

Usando 680 mil ligações feitas por pessoas que estavam no trânsito das cidades de Boston e São Francisco, nos Estados Unidos, a Universidade Stanford e o MIT conseguiram descobrir onde e porquê os engarrafamentos começam. Os registros de chamada, que localizavam os motoristas por meio das antenas de telefonia móvel, permitiram que os pesquisadores pudessem analisar todos os trajetos, da origem até o destino.

A conclusão foi a de que os congestionamentos sempre começam nas mesmas regiões e só depois se espalham pela cidade. “Se 1% das viagens de alguns bairros fossem atrasadas ou canceladas, o trânsito em toda a cidade seria 18% menor”, afirma Pu Wang, pesquisador do MIT envolvido no projeto. Os especialistas desejam implantar o estudo em São Paulo, mas ainda negociam o acesso aos registros de chamada com as operadoras de telefonia celular.

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/ Serviço

Táxi em um Toque testamos quatro aplicativos para chamar táxis, entre os dias 5 e 8 de fevereiro, no horário de pico do trânsito de são paulo. Veja os resultados

/

por Luiz Cruz e GABrieL GArCiA

Cidades que atende

rio de Janeiro e são paulo

são paulo, Brasília, Belo Horizonte, rio de Janeiro e 20 cidades

Como funCiona

Com ajuda do GPS do smartphone, o app encontra os

taxistas mais próximos do usuário e envia uma solicitação. O taxista recebe um alerta com o endereço do cliente no seu telefone e, quando aceita o chamado, paga uma taxa à empresa que criou o app. Na chegada, o passageiro faz o pagamento da corrida em dinheiro ou cartão, sem cobrança adicional.

são paulo

(Android e iOS)

EasyTaxi

(Android, iOS, BlackBerry e web)

SaferTaxi

(Android, iOS e web)

ResolveAí

(Android e iOS)

Taxibeat

rio de Janeiro e são paulo

Como Será Sua CaSa em 2023?

especialistas em arquitetura, construção, automação residencial e infraestrutura de redes mostram as tecnologias que mudarão a forma de morar

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Facilidade de uso

Permite escolher o taxista usando diversos critérios

A distância foi mostrada de forma correta

Usa o Facebook para o cadastro e faz agendamento na web

Oferece carros nas categorias Comum e Premium

O mapa do app foi bastante impreciso, com travamentos

Agenda corridas e tem promoções, mas tradução é falha

Os táxis têm Wi-Fi e aceitam cartões de crédito e débito

O app mostrou com precisão a aproximação do carro

Não mostra se há táxis por perto, como nos outros aplicativos

“Desde abrir o portão do prédio com o smartphone até ver no espelho a previsão do tempo e a agenda do dia, tudo será conectado sem fio à web, com uma tecnologia chamada Zigbee.” Leonardo Senna, fundador da empresa de automação residencial iHouse

Permite telefonar para o taxista para combinar a corrida

“Haverá uma busca pela percepção sensorial, com novas interações, como iluminação com cromoterapia e dispositivos para romatizar cada ambiente de forma distinta.” Sabina Deweik, diretora do instituto de pesquisa de tendências Future Concept Lab do Brasil

Não mostrou a distância do táxi em metros

“A eficiência energética ganhará importância. As pessoas trocarão lâmpadas por LEDs e poderão optar por tijolos que melhoram a vedação térmica, economizando no ar-condicionado.” Ricardo Ruschel, sócio da Incorporadora Smart!

10min18s

Interface boa. Mostra detalhes e fotos de carros disponíveis

Nota do iNFolaB

15min16s

localização do táxi

10min9s

opções de táxi

9min35s

Facilidade de uso

7,8

7,5

7,0

6,8

“As construções serão mais rápidas e feitas com menos desperdício, ao usar soluções como placas de gesso e metal pré-moldadas em vez de tetos, paredes e revestimentos.” Clara Reynaldo, arquiteta, sócia da CR2 Arquitetura

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/ Som

BIg data pessOal

Quer saber se você tem mais amigos ou amigas? Ou quais são as ligações de seu círculo? Use alguns serviços e descubra tudo isso e muito mais

Facebook em detalhes

SILêncIo arTIfIcIaL Apps que fazem com que o fone de ouvido usado com o celular anule os sons externos são boa alternativa para ouvir música em locais barulhentos

/

POR erIc coSTa

Fones de ouvido com o recurso de cancela-

mento ativo de ruído são capazes de detectar o som do ambiente e criar uma vibração inversa que anula o barulho e gera um oásis de silêncio. Mas essa mágica deixou de ser exclusividade dos modelos mais caros de headphones. Selecionamos três apps que levantam uma barreira entre você e os sons mais irritantes do cotidiano usando qualquer tipo de fone de ouvido no seu celular. Veja, ao lado, como funcionam os apps SoundCurtain (iPhone), Audiowall (Android) e Ambiance (iPhone e Android).

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O Wolfram Alpha (abr.io/wolfram) faz a melhor coletânea de estatísticas do Facebook. Digite facebook report na busca e faça o login. Aparecem gráficos com histórico de posts e até as conexões entre os seus amigos.

soundCurtain

US$ 4,99 abr.io/soundcurtain O microfone do iPhone captura sons externos e municia o app para criar um ruído invertido. Há também sons relaxantes.

todos os checkins

audiowall

GrátiS abr.io/audiowall Com a criação de um ruído branco, som que une todas as frequências ao mesmo tempo, o app encobre sons externos.

ambiance

US$ 9,99 abr.io/ambiancewin O programa gera sons que isolam o barulho. São 2,5 mil opções de efeitos sonoros, de ruído branco a sons de chuva e mar.

Quer visualizar todos os locais em que fez checkin com o Foursquare? Basta acessar o 4sqmap (abr.io/4sqmap) e fazer o login com seus dados do Foursquare.

sua história no twitter

Acesse o TwitterCounter (abr.io/twittercounter) para ver um histórico da frequência de seus tuítes por data e por RTs. Dá para comparar os dados com os de seguidores.

FOTO MarkuS von Luecken/corBIS ILUSTRAÇÕES SeLyMeS e evanDro BerToL

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/ Tendência

6 coisas

que você deve saber sobre j.j. abrams /

Por juliano barreTo

escolhido para reviver as lendárias franquias star Trek e star Wars, o diretor americano ocupa o posto de rei dos geeks. Conheça algumas curiosidades sobre j.j. abrams.

Leve um app para passear e ganhe um troco Chega ao Brasil a moda de ofereCer dinheiro Para quem realiza tarefas Como ir ao restaurante, resPonder Pesquisas ou assistir vídeos

/ Por daniel dos sanTos Não pergunte quanto o aplicativo custa, mas, sim, quanto ele paga para ser usado. Isso pode parecer estranho, mas começam a surgir no Brasil apps que oferecem pequenas recompensas em dinheiro para quem realiza atividades como ir ao restaurante, fazer exercícios, tirar fotos, responder pesquisas ou procurar um produto na farmácia. A ideia é utilizar a rede de usuários para mapear os hábitos de consumo e testar serviços importantes para as empresas, como atendimento ou até mesmo a exibição correta de produtos nas lojas. Veja, abaixo, como funciona o Pinion, um desses apps pagos.

1 – jeffrey jacob abrams tem 46 anos, mas possui três décadas de experiência no cinema. sua estreia foi em 1982, compondo a trilha de um filme B chamado nightbeast. 2 – mesmo após a fama como diretor, abrams continuou compondo os temas de abertura das suas séries. fez isso em alias, Fringe e lost. 3 – ainda como roteirista, abrams participou da produção de armageddon, eleito o pior filme de 1998 no festival framboesa de ouro. 4 – ele é aficionado por máquinas de escrever e sua produtora, chamada Bad robot, está sediada no antigo prédio da national typewriter Co. mantém até hoje o letreiro original.

passo 1 Baixe o aPP Para ios em aBr.io/Pinion. registre-se e esColha uma das missões disPoníveis, de aCordo Com sua loCalização no momento

passo 3 dePois de fazer o CheCkin virtual, é PreCiso resPonder algumas Perguntas e fotografar a entrada do loCal

passo 2 as tarefas mais Comuns envolvem visita a lojas ou o PreenChimento de Pesquisas. um exemPlo é fazer CheCkin no mCdonald´s mais Próximo

passo 4 Cada missão CumPrida rende ao usuário 50 Centavos. mas o dinheiro só Pode ser resgatado quando os Prêmios somarem 50 reais

5 – em 2007, abrams foi um dos entrevistados do documentário star Wars: The legacy revealed, do history Channel, em que disse ser fã da dupla de robôs C3Po e r2-d2. 6 – ele virou desenho animado em um episódio da 11ª temporada de uma Família da Pesada, em que o personagem Peter griffin se arrisca na carreira de produtor de tv.

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/ Sustentabilidade Conteúdo A bateria é composta por camadas de magnésio e de antimônio e por uma solução salina que permite a circulação dos elétrons enquanto a bateria é usada

Energia Com cerca de 50 baterias do tamanho de uma pizza seria possível gerar energia suficiente para abastecer 200 casas

Tamanho Para armazenar a quantidade suficiente de eletricidade, as baterias são reunidas em uma estrutura do tamanho de um contêiner

Tensão Diferente de soluções que dependem do sol ou do vento, a bateria produz a voltagem para entrar na rede elétrica a qualquer hora do dia

Cidade a pilha

BAteriAs De metAl líquiDo CriADAs no mit PoDem revoluCionAr o ArmAzenAmento e A DistriBuição De energiAs limPAs / Por gabriel garcia

Se, por um lado, as tecnologias para transformar a luz so-

lar e o vento em energia evoluíram muito na última década, não se pode dizer o mesmo dos sistemas que armazenam a energia captada por esses sistemas ecologicamente corretos. Quando não há sol ou vento, as usinas limpas não geram tensão suficiente para fornecer eletricidade às redes de distribuição. Para tentar resolver o problema, pesquisadores do MIT (Massachusetts Institute of Technology), nos Estados Unidos, desenvolveram um jeito novo de guardar a energia limpa gerada por usinas eólicas e fotovoltaicas. A inspiração veio das pilhas e baterias que alimentam nossos gadgets. 30 / INFO Março 2013

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“A bateria líquida pode funcionar por anos sem perder sua capacidade de armazenamento. É silenciosa, livre de emissões e sem partes móveis”, afirma Donald Sadoway, professor de eletroquímica do MIT e coordenador do projeto. Além de conseguir gerar alta voltagem, o custo da bateria do MIT é baixo, pois ela é composta por elementos químicos abundantes mantidos em altas temperaturas para preservar seu estado líquido. Os protótipos da bateria, inicialmente voltada para produtoras de energia renovável, devem chegar ao mercado em 2014. “Não podemos esperar que os combustíveis fiquem caros para encontrar uma solução”, diz Sadoway.

ilustrAção eVaNDrO berTOl

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/ Vivendo em Beta

Sua ideia pode virar um livro

Com ferramentas online, é possível editar, divulgar e até descobrir, com a ajuda de profissionais, a receita para escrever um best-seller

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a ra escritores de primeira viagem, ter um livro publicado era um sonho difícil. Mas com a expansão da indústria de selfpublishing, editar manuscritos usando ferramentas online está ficando cada dia mais fácil. A criação de conteúdo editorial, até então controlada por um pequeno número de empresas, se democratizou. Sites como o Blurb (blurb.com) e o agBook (agbook.com.br) oferecem ferramentas para publicar livros sob demanda. Além disso, há serviços que ajudam a divulgar e a vender o livro, como o Lulu (lulu.com) e a própria Amazon (abr.io/amazon). Até aqui não existem grandes novidades. O bacana é que mais recentemente o mundo editorial vem sendo transformado por empresas com inovações interessantes, que vou chamar aqui de self-publishing 3.0.

pesquIsa em tempO real O Ten Pages (tenpages .com) e o Pubslush (pubslush.com), por exemplo, são como um Kickstarter para livros. Escritores amadores que têm uma ideia legal apresentam uma sinopse para o site. A partir daí, as pessoas decidem se concordam com os aspirantes a Machado de Assis. Se a resposta for po-

sitiva, o autor ganha um financiamento para ajudar na publicação do trabalho. No Pubslush, para cada livro publicado, um livro é doado para a educação de crianças carentes. Além da filantropia, outro aspecto interessante do Pubslush é a pesquisa de mercado em tempo real. Antes de investir, autores podem descobrir se o conteúdo é interessante para o público, o que pode também atrair editoras para ajudar na distribuição. Se no Pubslush a seleção dos temas é feita pelo público, no Paper Lantern Lit (paperlanternlit.com) a curadoria de ideias é realizada por profissionais especializados. No site, um grupo de autores cria temas para livros, roteiros de filme e televisão e tenta vendê-las para editoras ou estúdios. Se a ideia for comprada, eles acham autores para escrever ou desenvolver o produto final, ganhando, então, uma comissão por ter criado e facilitado a produção do próximo best-seller. Um modelo novo e muito interessante de self-publishing 3.0. Já o Mosaic (heymosaic.com) cria um miniálbum com as fotos arquivadas no seu iPhone. Você seleciona o tema, as fotos preferidas e faz o design no aplicativo. Em quatro dias chega um livrinho superbonito pelo correio. Ou seja, fazer livro ficou tão fácil que agora pode até ser iniciado no celular.

AlessAndrA lAriu

Mas uma coisa que não mudou completamente foi a questão dos direitos autorais. Quando lemos os termos de serviço dos sites, vemos que existem várias restrições à propriedade intelectual. Assim como as editoras controlam o orçamento, a edição e a distribuição de livros, algumas ferramentas online não dão liberdade para escritores de primeira viagem.

CamINhO para um best-seller? Apesar da ideia do self-publishing ser interessante, a facilidade de escrever um livro é só o início do longo caminho para um best-seller. Mas as características 3.0 das novas ferramentas são fascinantes não só para autores inexperientes, mas também para a indústria editorial. Novos modelos de fontes de renda, combinados com aspectos de filantropia e pesquisa de mercado em tempo real, são fatores interessantes que podem revolucionar o mundo editorial, assim como fez o alemão Gutenberg no século 15, quando inventou a prensa. Já estava mais do que na hora, não? ↙

Alessandra Lariu, 40 anos, é publicitária e cofundadora do site SheSays, que ajuda mulheres a entrar na carreira de criação digital. Empresária, ela mora em Nova York.

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/ BizTech

É possível fazer algo escondido na rede? Com mais de um terço da população conectada, é difícil não ser descoberto. Aplicativos que prometem sigilo vão resolver o dilema?

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m outubro passado, Mark Zuckerberg con f i r mou que o Facebook atingiu a marca de 1 bilhão de usuários ativos. É como se uma em cada sete pessoas do planeta utilizasse os serviços da rede social. É claro que isso torna o Facebook um lugar atraente para todo tipo de interação e quase tudo o que acontece no mundo real pode ser replicado na rede. Porém, algumas redes sociais permitem que certos comportamentos que não são considerados corretos ou aceitáveis na vida real possam acontecer online. Esse tipo de “imperfeição social” é possível, primeiramente, pelo fato de que quase todo o mundo está na rede e, então, comportamentos-padrão dentro de um aplicativo são considerados normais e, depois, porque os participantes não são expostos. Um bom exemplo de “imperfeição social” pode ser observado nas relações profissionais. Não é bem aceito que um profissional empregado diga que está disponível para outras oportunidades ou que está procurando novos desafios. Mas em uma rede como o LinkedIn isso é normal. Todos ali estão procurando oportunidades, mesmo que não ativamente. Pior, se um empregado está lá,

é bem provável que seu chefe também esteja. Ou seja, você pode estar trabalhando e procurando um novo emprego ao mesmo tempo. E a desculpa já está pronta: “Estou fazendo apenas networking”. Vamos levar esse mesmo conceito para o Facebook, ou para qualquer rede social. Uma pessoa comprometida não poderia estar disponível para novas aventuras e, muito menos, procurando novas aventuras. Mas a realidade é que no Facebook todos estão disponíveis. Pesquisas sobre o comportamento na rede mostram que as pessoas gastam mais de um terço do seu tempo vendo perfis e fotos. O mais comum é o de homens observando perfis de mulheres que não conhecem, seguido por homens vendo perfis de mulheres que conhecem. Você pode estar comprometido e procurando outro relacionamento. A rede é o disfarce perfeito. Mas aí somos pegos de surpresa por um aplicativo que vai direto ao ponto. O BangWithFriends, algo como “transe com amigos”, promete fazer que o usuário do Facebook descubra com quem pode transar sem se expor. Quando ativa o app, ele marca todos com quem teria relação. Se uma pessoa marcada também for usuária e tiver interesse, ambas recebem uma notificação de que podem ir em frente.

Manoel leMos

A questão é que tudo deveria acontecer no maior sigilo, mas a realidade não é bem assim. No mundo das redes existe um conceito chamado grau de separação, que mede a distância entre as conexões de uma pessoa para outra. No Facebook, esse número é menor do que quatro. Ou seja, as pessoas estão bem mais próximas do que parece. Junte isso ao fato de que as redes de confiança possuem sobreposições e surge uma combinação explosiva. Basta que um dos pares formados pela ferramenta esbarre numa dessas sobreposições para os dados começarem a vazar. E quanto mais gente, maiores as chances de isso acontecer. A nova busca do Facebook, o Graph Search, permite que se descubra quem está usando qualquer aplicativo. É possível fazer buscas do tipo: “Mostre-me todos os amigos casados que usam BangWithFriends”. Uma lista aparecerá com o resultado. Bom, enquanto você resiste à curiosidade de ir experimentar algumas buscas indiscretas, pense se é possível fazer algo na rede sem ser descoberto.↙

Manoel Lemos, 38 anos, é engenheiro da computação, especialista em supercomputação, empreendedor, investidor em tech startups e diretor-geral digital da Abril Mídia. É apaixonado por mergulho com tubarões.

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/ Cérebro Eletrônico

Sua vida poderá ser salva por um drone usados para fins militares, os aviões-robôs também podem resgatar pessoas em apuros e até proteger a natureza

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drone virou astro do noticiário internacional. Todos os dias, esses aviões-robôs estão nos noticiários das redes de TV CNN e BBC e ainda nos grandes jornais e revistas. Ou porque detonaram mais uma reunião de terroristas nos confins do Afeganistão, ou porque numa dessas ações causaram vítimas entre a população civil. Não vou entrar na questão política, mas o fato é que essas naves por controle remoto estão em alta. Como a internet, os drones surgiram para uso militar e agora estão sendo descobertos pelo universo civil. O nome técnico de um drone é UAV (unmanned aerial vehicle, ou, em português, “veículo aéreo não tripulado”). Desde a guerra civil americana, quando alguém sugeriu usar morcegos para atirar bombas incendiárias nos adversários, essa ideia vem sendo aperfeiçoada. O conceito atual de drone militar nasceu em Israel, na década de 1980, mas foram os Estados Unidos que primeiro perceberam as vantagens táticas dos UAVs no Iraque, durante a primeira Guerra do Golfo, em 1991. Ficou para a história a imagem de um grupo de soldados iraquianos tentando se render a um drone americano. O presidente Barack Obama, por sua vez, aumentou 36 / INFO Março 2013

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os investimentos na tecnologia e transformou os drones em astros das forças armadas. Alguns os consideram armas impessoais e covardes. Outros acham que UAVs são ótimos instrumentos de “intervenção militar cirúrgica”. Acontece que drones não são apenas armas. Existe uma grande variedade de usos pacíficos para esses aviõezinhos por controle remoto. Alguns exemplos: >>> VIgIlâNcIa_Aviões não tripulados são usados para localizar com precisão incêndios em florestas ou monitorar locais potencialmente perigosos, como tubulações de gás e de petróleo. >>> cIêNcIa_Os aviões-robôs são ótimos instrumentos de pesquisa em disciplinas como geografia e hidrologia. Uma empresa australiana produz um drone que voa até o olho de um furacão e transmite seu deslocamento em tempo real. Em outro experimento, as naves exploram regiões polares inóspitas e difíceis. >>> SalVameNtO_UAVs militares já foram usados para localizar pessoas durante furacões e tornados. Para isso, os aviões usaram os instrumentos de guerra como sensores que fotografam claramente a superfície, mesmo com neblina, com chuva ou no escuro.

Dagomir marquezi

>>> PreSerVaçãO ambIeNtal_ Os ecologistas do WWF (World Wildlife Fund) usam drones para vigiar os animais em parques nacionais no Nepal e preparam-se para atuar em parceria com os responsáveis pelos parques nacionais da Tanzânia e da Malásia. >>> VídeO_Produtoras de cinema, TV e publicidade alugam drones de decolagem vertical, como helicópteros, para fazer filmagens aéreas mais rápidas e baratas. Por enquanto, tudo é feito sob fiscalização rígida. Mas vai chegar o momento em que qualquer um poderá ter seu próprio drone. Pilotos da aviação comercial estão muito preocupados com isso. Com a popularização, haverá a necessidade de maior fiscalização. O Brasil terá condições de controlar mais esse tráfego aéreo? Fiquei preocupado quando descobri que alguns paparazzi estão pensando em instalar suas câmeras em drones para sobrevoar as casas das celebridades. Se isso acontecer, por que não podemos ter a pizza ou os remédios entregues em casa pelos drones?↙

Dagomir Marquezi, 60 anos, dividiu sua vida entre o jornalismo e a ficção. Escreveu novelas, musicais e roteiros de cinema. Há 15 anos acompanha a tecnologia em sua coluna na INFO.

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House of Cards e o fim da TV a cabo O sucesso da série produzida pela Netflix nos leva a uma questão: se há conteúdo bom na web, por que pagar pelos canais a cabo?

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ouse of Cards pode não ser a melhor série de TV de todos os tempos, mas está no time das mel hores, e isso faz toda a diferença. A série, que conta a história de um ardiloso deputado do Congresso dos Estados Unidos, interpretado por Kevin Spacey, é uma combinação de The West Wing e Breaking Bad, com uma boa dose de Shakespeare, particularmente de Ricardo III. É uma série típica da atual era de ouro da TV: sombria, dirigida com maestria, com ótimas atuações e cinco vezes melhor do que um filme médio de Hollywood. House of Cards foi produzida pela Netflix, e jornais como o The New York Times escreveram sobre a coragem da empresa, destacando especialmente sua decisão de divulgar os 13 primeiros episódios em um único dia, todos disponíveis para download e para serem assistidos em um computador ou em uma TV conectada à internet. Mas destacar isso tira o foco do que realmente faz de House of Cards um momento significativo na história da mídia. Quando uma empresa de internet como a Netflix consegue produzir conteúdo de primeira linha, isso nos leva a um questionamento psicológico.

Se a Netflix tiver sucesso produzindo conteúdo, outras empresas vão seguir o mesmo caminho e começar a conquistar market share nessa área. Talvez a Amazon vá além dos seus investimentos despretensiosos e aporte 100 milhões de dólares em uma série nível A diferente, ou talvez o Hulu expanda a sua ambição por conteúdo original, ou talvez o próximo grande show surja em um canal do YouTube. Quando isso acontecer, foi passado o bastão e o império caiu – e nós acompanharemos a primeira mudança fundamental no paradigma do entretenimento doméstico em décadas.

web e TwITTer NO TOpO Surgindo como uma séria competidora, House of Cards não é, evidentemente, uma boa notícia para os produtores tradicionais de conteúdo, como HBO ou CBS, mas não representa uma ameaça para a sobrevivência deles. O que a série realmente faz é questionar a existência da atual rainha do entretenimento doméstico no mundo, a indústria da TV a cabo. As empresas de cabo fizeram quase 100 bilhões de dólares nos Estados Unidos por conta da audiência. Mas se você não precisa de TV a cabo para poder acessar bons programas e seriados, pelo que mesmo você está pagando?

Tim Wu

Como qualquer mercado em estágio inicial, o cabo foi, em certo momento, um estranho no ninho, com legalidade questionável. No final da década de 1970 e no início da de 1980, o cabo atacou a dominação da televisão aberta com uma proposta de valor que era focada na qualidade do sinal (em comparação às antenas ligadas aos televisores), em uma ampla opção de escolhas (30 canais!), nas notícias em tempo real (CNN) e no acesso a novos e empolgantes tipos de conteúdo, como fazem MTV, ESPN ou o Playboy Channel. Com o passar dos anos, acompanhando a subida nos preços da TV a cabo, todas as partes de sua proposta inicial de valor foram definhando. Em uma era de excesso de informação, a oferta de muitos canais é vista mais como um trambolho do que como algo positivo. A internet e o Twitter conseguiram, definitivamente, substituir a TV a cabo como fonte mais procurada para as últimas notícias (lembre-se da reportagem da CNN dizendo, erroneamente, que a Suprema Corte dos Estados Unidos havia derrubado o plano de saúde pública de Barack Obama, conhecido como Obamacare). Você pode ter acesso à maioria dos programas da televisão – com algum atraso – por DVD ou por algum site na internet. Pode acessá-los,

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Sangue naS mãoS Kevin Spacey em House of Cards, série da Netflix que muda a forma de distribuir conteúdo

além disso, diretamente em sites piratas. O PornHub comprou o Playboy Channel em 2011. Então, repetindo a pergunta: em que mesmo milhões de espectadores estão gastando seu dinheiro? Antes de House of Cards, a resposta mais precisa para essa questão envolvia esportes ao vivo e a entrega atualizada e conveniente dos melhores shows. Mas se a série protagonizada por Kevin Spacey provar ser um modelo viável, a TV a cabo vai, com o tempo, se reduzir a apenas uma coisa: esportes ao vivo. Mas os esportes, e o poder da inércia, são os dois últimos refúgios para o mercado do cabo e os seus canais, cada vez mais sem telespectadores.

Isso não significa que a televisão a cabo não tenha perspectivas para o futuro. Mas neste ou no próximo ano, as empresas desse mercado terão que aceitar o fato de não serem mais as guardiãs do melhor conteúdo. Ou seja, com o tempo, é bem provável que esse mercado tenha que aceitar a ideia de ser um simples distribuidor do conteúdo de outros (que foi seu modelo original), e funcionar essencialmente como o que antes se denominava “provedor de serviços de internet”. Isso não é bem o que o cabo parece estar interessado em fazer, mesmo com a farta quantidade de dinheiro nessa linha de mercado pelo mundo.

Para os geeks, há muito tempo está claro que, como questão meramente tecnológica, os modelos de entrega pela internet vão, por fim, transformar a TV a cabo em algo obsoleto. Mas nem sempre as melhores tecnologias vencem. Serão necessários momentos revolucionários para as coisas acontecerem. E, com perdão do trocadilho, ver o castelo de cartas desabar. ↙

Tim Wu, 40 anos, é professor da Columbia Law School, colaborador das revistas Slate e The New Yorker e autor do livro Impérios da Comunicação – Do Telefone à Internet, da AT&T ao Google (Editora Zahar).

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68 NovA ERA ESPACIAL

Startups criam projetos para explorar planetas e minerar asteroides

Ciência na Mesa / 42 Tem Troco para um Galaxy? / 48 I Love Brazil / 60 Solta o Som / 76 Criptografia / 84 Março 2013 INFO

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A ciênciA nA mesA

que tal um hambúrguer feito em impressora 3D acompanhado de um milk-shake que previne gripe? Preparamos um cardápio do futuro com produtos que já estão sendo testados / Por paula rothman e Vanessa Daraya / ILUSTrAÇÕeS FurIa

Leite que coMbate o Mau huMor, farinha de algas e carne de laboratório. Esses produtos ainda não estão nas prateleiras dos supermercados, mas em centros avançados de pesquisa e em startups que trabalham com tecnologia de ponta. E devem entrar na sua lista de compras no futuro. A startup americana Modern Meadow testa uma impressora 3D capaz de criar bifes com células de animais. O cientista Andras Forgacs, presidente da empresa, contou a INFO como isso é possível: “Aplicamos métodos de engenharia de tecidos para desenvolver materiais biológicos e assim criar a carne de laboratório”. O projeto é financiado pelo milionário Peter Thiel, cofundador do sistema de pagamentos online PayPal. Já a Beyond Meat, outra startup americana, recebeu investimentos da incubadora criada por Biz Stone e Evan Williams, os fundadores do Twitter. A empresa fabrica tiras vegetais que imitam a textura da carne de frango. “Há um grande interesse nessa área”, afirma Vic Morris, pesquisador do Institute of Food Research, centro de estudos para alimentos do governo britânico. “O aumento da população e as mudanças climáticas farão com que produzir comida suficiente seja um desafio crescente”, disse Morris a INFO. Os pesquisadores estudam também como aumentar a vida útil e a quantidade de nutrientes dos produtos, criando chocolates que demoram para derreter, frutas que não ficam escuras e bolachas com menos gordura. Vire a página e veja como um simples lanche pode estar recheado de inovação. 42 / INFO Março 2013

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Pode ser de frango?

Duas empresas prometem alternativas vegetarianas com sabor e textura de frango. A Beyond Meat vende filés feitos com proteínas de soja, ervilha em pó, fibras de cenoura e farinha sem glúten. Com ingredientes parecidos, a LikeMeat usa máquina que aquece, pressuriza e resfria a mistura para criar a textura de fibras

A tecnologia da empresa Modern Meadow evita o sacrifício de animais e permite criar bifes personalizados. Usando células e proteínas manipuladas em laboratório, uma impressora 3D deposita camadas da mistura, que segue as linhas de um desenho criado no computador. “Controlaremos a composição, colocando mais ferro, vitaminas e ômega-3”, diz Andras Forgacs, presidente da empresa

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Carne de laboratório

Células-tronco de animais são a matéria-prima para criar tiras de bacon ou pedaços de filé. O pesquisador holandês Mark Post alimenta as células com nutrientes e as cultiva em uma estrutura de gordura. A técnica elimina emissões de gases poluentes associados à criação de animais. O desafio é o preço. Hoje, um hambúrguer desses custaria 250 mil dólares

foto LAURIPATTERSON/iSTOCKPHOTO

tem hambúrguer na imPressora

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Menos sal na batata fRita

O Soda-Lo é um sal desenvolvido pela Universidade de Nottingham, no Reino Unido. Um processo patenteado transforma os cristais em esferas ocas, 20 vezes menores do que os grãos comuns. O produto se espalha melhor e permite eliminar metade da quantidade de sal nas receitas. A tecnologia está em teste nos Estados Unidos

salsicha MagRa

Os embutidos preparados pela equipe de Alejandro Marangoni, da Universidade de Guelph, no Canadá, possuem um óleo-gel que substitui metade da gordura animal. Ele é feito com fibras de celulose que são aquecidas e resfriadas até formarem um polímero com consistência gelatinosa. A tecnologia está em fase de testes na indústria

foto GMVozd/iSTOCKPHOTO

Radiação antiboloR

A empresa americana MicroZap usa ondas eletromagnéticas para manter o pão livre de mofo por 60 dias. Uma sessão de radiação de 10 segundos mata os esporos do mofo e evita a adição de muitos conservantes. A técnica pode proteger outros alimentos e eliminar bactérias perigosas, como a salmonela

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massa sem gordura

A americana Solazyme Roquette Nutritionals cortou 75% da gordura de bolos e biscoitos. Criou uma farinha de microalgas que substitui parte dos ovos, leite ou manteiga em receitas industrializadas. As algas fermentam em tanques e produzem um óleo que também compõe parte da farinha. Produtos com essa tecnologia chegam ao mercado em dois anos

A mesma tecnologia que reduz a gordura em salsichas cria barras de chocolate que não derretem a temperaturas de até 50 ºC. O polímero, feito de fibras de celulose, forma uma rede de cristais dentro do doce. Uma mordida quebra essa rede e o chocolate derrete na boca

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ChoColate resistente

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Fruta perFeita

As frutas geneticamente modificadas da empresa canadense Okanagan Specialty Fruits não escurecem depois de fatiadas nem ficam marrons após batidas. Elas não produzem a enzima que causa o escurecimento em contato com o ar. Maçãs sempre bonitas já são comercializadas. Peras, cerejas e ameixas estão em desenvolvimento

Leite enriquecido

Pesquisadores da Universidade de Guelph, no Canadá, testam formas de inserir estruturas microscópicas no leite e seus derivados. Elas adicionam nutrientes e substâncias que protegem contra a gripe e até melhoram o humor

foto Latinstock/atkinson, Dr. sue/corbis

Sorvete doiS em um

Um sorvete de baunilha que na boca ganha o sabor de cereja. A técnica, criada na Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, é a da microencapsulação. As partículas de sabor são cobertas com camadas finíssimas de cera, gelatina ou proteína que se dissolvem na boca

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OperadOras e bancOs se un eM para lançar nO país O pagaMentO Móvel, que tr ansfOrMa O celular eM uMa carteira digital. será pOssível usar O telefOne para pagar as cOMpras, a cOnta dO restaurante e fazer transferências. ente nda cOMO funciOna / Por Marcus Vinícius Brasil / foto

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NFC A tecnologia de aproximação Near Field Communication permite a troca de dados entre dois aparelhos a curta distância

Aplicativos A nova carteira eletrônica baseia-se em programas que rodam em Android e iOS. Eles permitem ao usuário registrar os dados do cartão de crédito ou débito em seus celulares

AbrA suA cArteirA e exAmine com atenção o conteúdo. Nela há cédulas de diferentes valores, moedas, algumas folhas dobradas de um talão de cheques quase nunca usado, cartões de débito e de crédito de um ou dois bancos, cartões-fidelidade de restaurantes, cafeterias e lojas, recibos de compras e muitos papeizinhos com variadas anotações. Por mais útil que pareça, você leva no bolso ou na bolsa um objeto ultrapassado, com um amontoado de plástico e papel que não fará muito sentido num futuro bem próximo. Ainda este ano, as velhas carteiras de couro perderão sua exclusividade na hora de fazer pagamentos ou transferências. Em seu lugar entram os celulares. Não apenas os sofisticados smartphones, mas qualquer aparelho, pois o que interessa é estar conectado. O Brasil ocupa o 16º lugar em um ranking da MasterCard que elegeu os países mais preparados para o chamado mobile payment, o pagamento com dispositivos móveis que movimenta operadoras, grandes bancos e o governo brasileiro, numa tentativa

de fazer o consumidor sacar o celular para pagar suas compras em lojas ou a conta do restaurante. “O ano de 2013 será o das carteiras eletrônicas”, afirma Maurício Romão, diretor de produtos digitais da operadora Vivo. “Estimamos que até a metade do ano já teremos um volume grande de clientes. Em dois ou três anos, o plano da Vivo é atingir 5 milhões de brasileiros.” A carteira que migra para o celular pode ter diversas formas. Em comum está o fato de rodar um aplicativo que permite aos usuários movimentar dinheiro, seja nas transferências de pequenos valores para outras contas, seja nos pagamentos feitos em máquinas

de cartão habilitadas em restaurantes, farmácias, cinemas e lojas. Existem várias maneiras de o processo acontecer. Em smartphones com tecnologia NFC (comunicação por proximidade), as aplicações dos bancos armazenam os dados dos cartões de crédito e fazem as transações ao aproximar o celular de um terminal. O consumidor ativa o aplicativo, escolhe a forma de pagamento, aproxima o celular do leitor da loja em que realizou a compra e digita a senha. Para valores baixos não há necessidade de inserir o código. Nos aparelhos mais simples, tecnologias como SMS, o popular sistema de mensagens de texto, e o protocolo

A carteira que migra para o celular pode ter diversas formas. Em comum há um aplicativo que permite movimentar dinheiro em transferências e pagamentos

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USSD, parente do SMS que não guarda os dados no aparelho, servem ao mesmo propósito, o de acessar informações bancárias no chip do telefone. Funciona assim: o consumidor vincula o número de seu aparelho celular aos dados do cartão de crédito ou débito no banco ou na empresa que administra o cartão. Informa o número do aparelho ao lojista, que escolhe a opção pagamento pelo celular na leitora de cartão. O comprador recebe, então, um SMS com os dados da transação e responde para confirmar a compra. As principais

vantagens do uso do telefone móvel nesses tipos de pagamento são a simplificação e uma maior segurança no processo. Recibos podem ser armazenados digitalmente e acessados a qualquer momento, dispensando o papel. O cartão-fidelidade de restaurantes, cafeterias e lojas pode ser incorporado ao perfil do comprador dentro de um aplicativo específico, eliminando assim a necessidade do plástico. “O celular tomou conta da vida das pessoas”, afirma Dilson Ribeiro, vicepresidente de produtos e negócios da em-

presa de pagamentos eletrônicos Cielo. “Será natural ter dentro desses aparelhos as informações de seus cartões.” Não é de hoje que o pagamento móvel é tema de interesse para operadoras, bancos e empresas de cartões, de olho em um negócio que em 2012 movimentou 172 bilhões de dólares no mundo, segundo o Gartner. Mas no Brasil os projetos não passaram de promessas até agora. Por que em 2013 esse cenário mudaria? Movimentos importantes ajudam a entender porque agora esses projetos parecem decolar.

USSD O protocolo Unstructured Supplementary Service Data funciona de forma similar ao SMS, permitindo o tráfego de dados na rede GSM. Será usado nos celulares mais simples

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PARCERIAS foRtES

Lançamento do pagamento móvel é resultado da associação entre operadoras, bancos e administradoras de cartão

Cielo Possui 300 mil terminais de ponto de venda com NFC no país

Itaú Fez acordo com a TIM para NFC

Caixa Econômica Federal Fez parceria com a TIM para celulares de baixo custo

Paggo Joint venture entre Cielo e Oi para pagamento móvel

TIM Busca parcerias com bancos para NFC e celulares de baixo custo Oi Emite cartões SIM que armazenam dados bancários

MasterCard Foca em acordos com bancos e operadoras

MFS Empresa da Vivo e MasterCard. Foca clientes sem conta em banco

Mobile Payment Operator Parceria de Claro e Bradesco para pagamentos móveis Bradesco Já emite cartões equipados com tecnologia NFC

Claro Lança carteira digital ainda este ano

Banco do Brasil Parceria com a Visa no uso de SMS

Vivo Planeja lançar até o meio de 2013 sua própria carteira eletrônica Visa Criou o próprio protocolo NFC, chamado payWave

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deroso”, afirma Percival Jatobá, diretor executivo de produtos da Visa do Brasil. Outro serviço que deve contribuir para a adoção do mobile payment é a possibilidade de fazer a recarga em celulares pré-pagos, que respondem por 82% do mercado, e movimentam 27 bilhões de reais anualmente no Brasil. O pagamento móvel poderá ser usado tanto por donos de smartphones quanto por quem usa celulares simples. “Nosso mercado é misto”, diz Jatobá. “Há oportunidades na população que não tem contas bancárias, mas também entre os que usam tecnologias avançadas.” Entre dezembro de 2012 e janeiro deste ano, duas funcionárias da empresa de call center Atento tiveram a primeira experiência com pagamento pelo celular. Betiane Cavalcante Costa, 32 anos, e Milena de Souza, 23, mora-

Em tEstE As colegas Betiane Costa e Milena de Souza participaram de projeto-piloto da MFS para pagamento móvel

foto ênio cesar

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Para os consumidores que usam smartphones, a tecnologia NFC deverá ser a mais usada. Basta aproximar o celular do leitor para fazer o pagamento PagPop e Payleven oferecem um acessório que permite ao smartphone ou tablet do lojista identificar e ler o cartão de crédito do consumidor, transformando esses aparelhos em terminais de ponto de vendas. Já a startup PicPay utiliza QR Code como gatilho para acionar sua plataforma de pagamento. Há quem aposte que a conveniência de usar o celular para transações bancárias irá acelerar o ritmo de adoção dessa tecnologia no dia a dia. “Possibilidades como pagar contas pelo celular vão tornar o serviço po-

QR Code o lojista estampa um código no produto e o leitor direciona o cliente para a página de check-out, que aciona a plataforma de pagamento dentro da aplicação no celular

>>> A MasterCard fez uma joint venture com a Vivo e criou a MFS, empresa que lançará em abril um serviço que associa uma conta bancária à linha de celular, e um portal de dados que permite a troca de dinheiro entre os usuários. >>> A TIM lança no segundo semestre deste ano, em parceria com a Caixa Econômica Federal, um produto similar ao da MFS, no qual o cliente ganha uma conta associada a seu número, acessada também pelo celular. >>> A Claro anunciou uma joint venture com o Bradesco para criar uma carteira eletrônica destinada à população sem conta bancária. A previsão de lançamento é o terceiro trimestre do ano. >>> Parceria entre Visa, Banco do Brasil e Bradesco e outra envolvendo MasterCard, Itaú e TIM já fazem testes do sistema NFC. O objetivo é ouvir consumidores e lojistas sobre a experiência. >>> Startups também estão de olho nesse mercado. Empresas como GoPay,

doras da Zona Norte de São Paulo, trabalham no atendimento ao suporte técnico da Sony. Elas guiam os clientes na hora de configurar seus celulares, mas apesar de entenderem de aparelhos sofisticados, não possuem smartphones. Usam celulares de baixo custo, e representam a camada da população que deve sair na frente na adoção do pagamento móvel, com seus pré-pagos. Betiane e Milena integraram um grupo de 250 voluntários que participaram de um projeto-piloto da MFS, joint venture de Vivo e MasterCard Março 2013 INFO

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foto personageM 2

que prepara para abril o lançamento de um serviço que associa uma conta bancária à linha do celular em sete cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. Esse primeiro produto da empresa é um canal de transferência de dinheiro que utiliza a tecnologia USSD, similar ao SMS, mas que não armazena dados no aparelho, para transações entre usuários. Ao se associar, o cliente recebe uma conta bancária conectada à linha telefônica, que pode ser utilizada para transferir pequenas quantias e fazer a recarga de créditos. O consumidor inicia o processo digitando em seu celular um número predefinido pela operadora. Ele recebe um menu com as funções disponíveis, como 54 / INFO Março 2013

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pagamento de conta, transferência ou recarga do pré-pago. A transação ocorre por troca de mensagem de texto. Todo o processo passa por um portal de dados no próprio celular, acionado depois que o cliente disca o número-chave. Será possível também fazer saques em caixas eletrônicos com um cartão de plástico. “Não gosto de andar com dinheiro. Prefiro pagar com vale-refeição ou cartão de débito, porque é mais seguro”, diz Betiane. “Se pudesse usar o celular em todo lugar, abandonaria até o cartão.” Para o teste, foram depositados 50 reais na conta de cada voluntário. Como a experiência era controlada, as garotas puderam fazer compras apenas na lanchonete do prédio em que

trabalham. Para isso, faziam transferências no valor da compra para o número de teste usado também pelo caixa da lanchonete. “Nunca tinha usado algo assim. Gostei muito”, afirma Milena. O presidente da MFS, Marcos Etchegoyen, estima que até 2014 a empresa tenha em carteira cerca de 2 milhões de clientes ativos do serviço. “Nosso foco está na população que não tem conta em banco”, diz Etchegoyen. Segundo dados do IBGE, 46,8 milhões de brasileiros estão nessa situação. Abrir uma conta bancária não é um processo fácil para uma grande parcela da população brasileira. Também para atingir essa massa não bancarizada, a operadora TIM vai lan-

foto Ênio cesar

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çar, no segundo semestre deste ano, em parceria com a Caixa Econômica Federal, um serviço similar ao oferecido pela MFS. “O usuário adquire uma conta associada à linha, que pode ser acessada por meio de um portal de dados”, afirma Carlos Roseiro, diretor de serviços financeiros móveis da TIM. Claro e Bradesco também devem lançar um serviço para essa fatia de público, a partir do terceiro trimestre deste ano. O primeiro piloto deve ir ao ar em abril. “A massificação desse tipo de serviço virá com o tempo”, diz Márcio Parizotto, diretor de novos meios de pagamento da Bradesco Cartões. A operadora Oi segue na mesma direção. Em parceria com a Cielo, lançou a joint venture Paggo, em setembro de 2010. A empresa já possui uma série de serviços, incluindo o pagamento por meio de mensagens SMS. “É uma transação segura, porque não há a troca do número de cartão”, afirma Dilson Ribeiro, da Cielo. As informações estão impressas no chip da operadora. Esses projetos coincidem com as discussões entre o Banco Central e o Ministério das Comunicações para o

Três fatores serão importantes para a adoção da carteira eletrônica pelos consumidores: segurança, conveniência e a integração entre bancos e operadoras

lançamento de um marco regulatório dos pagamentos móveis, anunciado em outubro de 2012 por Alexandre Tombini, presidente do Banco Central. Seu objetivo é facilitar a criação de contas bancárias simples a partir do celular. Entre os itens discutidos está a padronização do valor máximo que poderá ser transferido em uma operação desse tipo. Apesar de, neste primeiro momento, os sistemas ainda não se conversarem, Marcos Etchegoyen, da MFS, prevê um futuro em que os clientes poderão transferir dinheiro para usuários de outras operadoras. “A interoperabilidade vai acontecer. A troca de SMS não funcionava entre as operadoras no início. A questão tecnológica se resolve com o tempo”, afirma Etchegoyen.

basta aproximar

Com tecnologia NFC, o pagamento é simples

Para os consumidores que utilizam aparelhos topo de linha, a tecnologia em que o mercado aposta para os serviços de m-payment é a NFC. Alguns dos maiores fabricantes de celulares já vendem no Brasil modelos equipados com NFC, como o Lumia 920 (Nokia), o Razr HD (Motorola), o Galaxy S III (Samsung), o Xperia ZQ (Sony) e o novíssimo Nexus 4 (Google). A Apple, no entanto, deixou o NFC de fora de seu modelo mais recente, o iPhone 5, lançado em setembro de 2012. “A tecnologia NFC é a melhor solução por ser segura e simples”, afirma Maurício Romão, da Vivo. A operadora pretende colocar no mercado, até o meio deste ano, um serviço que utiliza esse tipo de transmissão. A parceria do Bradesco com a Claro também prevê uma solução que utiliza o NFC. Já o Itaú tem um projeto-piloto com a TIM, também baseado em NFC. “O pagamento por aproximação é muito seguro”, diz Ribeiro, da Cielo. “Se o celular for roubado, as informações são bloqueadas. Além disso, o número do cliente vem associado a uma linha telefônica e ao aparelho físico, o que dificulta clonagens e fraudes. No futuro, não tenho dúvidas de que o NFC vai tomar conta desse mercado.” Mas a i nda e x istem obst ác ulos no caminho para uma adoção em massa, como a necessidade de substituir as máquinas dos lojistas. Março 2013 INFO

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como pagar

Tanto os usuários de celulares simples quanto os de smartphones poderão usar a carteira digital. Veja como funcionam três tipos de pagamento

ElEs já usam o cElular

Conheça a experiência de quatro países em que carteiras eletrônicas são realidade

consumidor

Celular com USSD

Insere cartão SIM equipado com dados da conta do banco

Celular com SMS

No terminal, vendedor seleciona pagamento por celular

Smartphone com NFC

Inclui dados do cartão de crédito em um aplicativo

Digita o número do celular do cliente Digita o número de acesso ao portal de dados

Seleciona a opção de transferir dinheiro

Insere número do celular do destinarário

Transação finalizada!

Ativa o NFC Digita o valor da compra

Cliente recebe SMS e confirma o pagamento

Digita senha do cartão de plástico

Transação finalizada!

Depois de realizar a compra, aproxima o aparelho do terminal de pagamento

JAPÃO A tecnologia NFC faz parte do cotidiano dos consumidores no Japão. O pagamento por proximidade está até no sistema de transporte público, além de lojas e máquinas de vendas.

QUÊNIA Com estrutura financeira precária, o Quênia aderiu ao SMS. O sistema, chamado M-Pesa, liga uma conta bancária à linha telefônica. O modelo é replicado em outros países do continente.

ESTADOS UNIDOS A Square, empresa de Jack Dorsey, cofundador do Twitter, permite ao usuário instalar aplicativo no smartphone que registra os dados do cartão de crédito, para pagar as compras.

Insere senha em caso de altos valores

Transação finalizada!

SINGAPURA País mais bem preparado para o pagamento móvel, Singapura tem cobertura de rede em 100% do território. Há ainda uma forte regulamentação do governo.

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Startups também vão entrar no jogo, ao oferecer acessório que permite transformar o celular ou o tablet do lojista em terminal de ponto de venda

Hoje, a Cielo tem 300 mil terminais habilitados para esse tipo de operação, de um total de 1,8 milhão espalhados pelo Brasil. Dilson Ribeiro acredita que antes dos celulares, cartões de plástico equipados com chip NFC, emitidos pelos bancos, devem liderar o processo de uso dessa tecnologia em larga escala. Em dezembro de 2012, o Bradesco colocou em produção seus novos cartões com a tecnologia e já começa a entregálos aos clientes. “Esse é um passo importante para que as pessoas fiquem familiarizadas e o lojista se acostume à agilidade que ela oferece”, afirma Márcio Parizotto, do Bradesco. “Não se trata de substituir a atual, mas de agregar.” Apesar de todas as iniciativas a serem lançadas ao longo de 2013, as mudanças mais dramáticas no nosso cotidiano acontecerão aos poucos. “Este é um ano de transformação, em que saímos do laboratório e vamos para o mercado”, diz Marcelo Tangioni, vicepresidente de produtos da MasterCard. Um passo importante para o avanço dos sistemas móveis de pagamento foi a definição clara do papel de cada participante do processo. Assim, operadoras não avançam sobre o negócio dos bancos e bancos não poderão criar suas próprias operadoras de telefonia. “Havia desconfiança entre as empresas de que uma pegaria o pedaço da outra. Hoje, do jeito que está sendo construído o processo, cada um fará

a sua parte”, diz Maurício Romão, da Vivo, que desenha um cenário em que cada operadora terá sua própria carteira eletrônica, capaz de conversar com qualquer banco e bandeira de cartão. Seria mais um serviço no cardápio das operadoras para atrair novos clientes. Nesse ambiente, startups também vão entrar no jogo. Um exemplo entre as empresas iniciantes é o da Payleven, do grupo alemão Rocket Internet, responsável por um sistema que transforma celulares em máquinas de captura de cartão de crédito. Ela usa um aplicativo e um aparelho conectado à entrada de fone

de ouvido para fazer a leitura das tarjas magnéticas. Lançado em abril como um projeto-piloto, o produto já tem 2 mil usuários. “Esperamos conquistar em cinco anos 2 milhões de clientes, ou 10% do mercado de profissionais liberais que hoje não aceitam cartão pela dificuldade de alugar uma máquina convencional”, diz a presidente da Payleven, Adriana Barbosa. O próximo passo da empresa é lançar uma aplicação para os consumidores, em que poderão registrar os dados de seu cartão de crédito e fazer pagamentos em lojas que usam o sistema da Payleven, sem ter que tirá-lo do bolso. “Uma revolução silenciosa está em andamento no Brasil”, diz Jatobá, da Visa. “Quem oferecer a solução mais conveniente, com segurança e interoperabilidade, sairá ganhando. Hoje vemos essa explosão. Daqui a cinco anos, sobreviverão as que forem mais úteis ao consumidor.” Serão essas as que conseguirão colocar sua velha carteira de couro no fundo da gaveta, definitivamente. ↙

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Jan Riehle Itaro

Daniel Hatkoff PItzI

Simon Croisetiere ondaLocaL

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Derek Fears Peter Propper

emprego ligado

ondalocal

Ronald Beigl

Sophie & Juliete

Nathan Dee

emprego ligado

I Brazil ElEs largaraM carrEiras dE sucEsso para tEntar a sortE no Brasil. conhEça sEtE EstrangEiros quE MontaraM startups EM são paulo E EntEnda por quE o país atrai EMprEEndEdorEs digitais dE fora / Por paula rothmann

fotoS marcio scavonne Março 2013 INFO

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OndaLOcaL Canadá e eslováquia / Uma namorada brasileira foi a responsável por convencer Simon Croisetiere (à esquerda na foto) a se mudar para São Paulo, em 2009. Mas o canadense de 33 anos já estava de olho em outras características da cultura nacional. “Sabia que havia muitas oportunidades para empreendedores na área de internet”, diz. Há dois anos, Croisetiere conheceu Peter Propper, 29 anos, um eslovaco que buscava novos negócios. Juntos fundaram a OndaLocal, startup especializada em marketing digital para pequenas e médias empresas. “Nosso objetivo é aumentar o número de clientes dessas empresas, ao melhorar seu posicionamento no Google, ajudar a comprar anúncios no Facebook e em classificados online”, diz Croisetiere. A OndaLocal também desenvolve ferramentas, como serviços de métrica para monitorar e-mails e ligações. Lançada em novembro de 2012, a empresa recebeu investimentos do fundo Mountain do Brasil e planeja fechar o ano com 1,5 mil clientes. Fora do escritório, as coisas também parecem dar certo. “Adoro os brasileiros. Na Eslováquia, as pessoas são mais frias”, diz Propper. “Só achei difícil acostumar com a falta de pontualidade. Nada no Brasil começa na hora marcada.” 62 / INFO Março 2013

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Itaro aleMan ha / O alemão

Jan Riehle, 34 anos, desembarcou no Brasil em 2011, contratado para intermediar as negociações entre investidores europeus e as operações brasileiras dos sites de e-commerce clickOn e Brandsclub. Quando as empresas foram vendidas, ele decidiu ficar e investir. Escolheu um nicho, o de automóveis, e desde novembro Riehle comanda a Itaro, um serviço de comércio eletrônico de acessórios e peças para carros. O modelo é inspirado em uma fórmula consagrada na Europa, mas a empresa começou a testar alguns novos serviços em São Paulo. “Ao comprar um pneu, por exemplo, o cliente escolhe para qual das 300 oficinas cadastradas ele deve ser enviado e já agenda um horário”, diz Riehle. Seu ambicioso plano de fundar uma empresa bilionária começou bem. A Itaro espera faturar 10 milhões de reais no primeiro ano. “O Brasil valoriza muito os gringos”, afirma Riehle em bom português, mas ainda com forte sotaque. “A penetração da internet está crescendo e o país, mesmo sendo muito grande, possui uma única língua.” Isso é um diferencial importante, segundo Riehle, em relação às centenas de idiomas falados em outros mercados também em expansão, como os de Índia e China. “Vários amigos me perguntam se devem vir para o Brasil. Digo que sim, porque eu, por enquanto, não tenho planos de ir embora.”

edição de imagem artnet digital PRodUção MeliSSa tOMé

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Sophie & Juliete Liechtenstein

/ Fluente em inglês, espanhol, alemão, francês e português, Ronald Beigl não tem problemas quando precisa explicar, em qualquer idioma, porque deixou uma grande empresa internacional de consultoria para trabalhar com joias no Brasil. “Sempre quis empreender e sempre gostei de moda”, diz Beigl. Ao lado da sócia brasileira, Camila Souza, ele comanda, desde 2012, a Sophie & Juliete, uma empresa de venda direta de colares, pulseiras e anéis voltada para mulheres das classes A e B. O conceito é um upgrade do tradicional modelo de catálogos de empresas como Avon e Natura. As revendedoras, chamadas estilistas, organizam reuniões com amigas para apresentar as peças da coleção, mas usam a internet para finalizar a venda e solicitar a entrega das peças na casa das clientes. “Todas as vendedoras possuem uma página no nosso site e ganham uma comissão pelas vendas online”, diz Beigl. Nascido em Liechtenstein, pequeno país de 36 mil habitantes vizinho da Áustria, Beigl veio ao Brasil pela primeira vez em 2004, para um intercâmbio da faculdade. Cinco anos depois, já trabalhando na Suíça, foi enviado temporariamente a São Paulo e não voltou mais. O nome Sophie & Juliete foi escolhido após muita pesquisa. “As grandes marcas de moda têm nomes duplos. Escolhemos Sofia, que significa sabedoria, e Julieta, da história com Romeu”, diz Beigl. Até agora, a combinação deu certo. A empresa atraiu 7 milhões de reais em investimentos e já tem mais de 500 revendedoras em todos os estados do Brasil. 64 / INFO Março 2013

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EmprEgo Ligado estados unidos / O jeitão de surfista californiano esconde a verdadeira identidade de Nathan Dee

(à direita na foto). Aos 32 anos, ele tem no currículo várias passagens por escritórios de advocacia em Nova York, onde cabelo comprido e tênis eram vetados. Hoje, em um clima bem mais descontraído, Dee e seus sócios tocam a Emprego Ligado, startup fundada em 2012 para recrutamento de vagas por SMS. “O foco é mão de obra em larga escala, para supermercados e empresas de telemarketing, por exemplo”, diz Dee. O serviço é gratuito para o candidato, que se cadastra e recebe, por mensagem de texto, notificações de vagas próximas à sua residência. “Viemos para o Brasil porque o momento econômico do país é favorável”, diz Derek Fears que, ao lado de Jacob Rosenbloom, completa o trio de fundadores da startup. Para morar no país, os amigos, que se conheceram na Universidade Stanford, rasparam as economias e colocaram dinheiro suficiente para conseguir um visto de investidor. Em 2012, foram concedidos 8 340 vistos desse tipo pelo governo brasileiro, um aumento de 40% em relação a 2011, com 286 milhões de reais injetados por estrangeiros em empresas no Brasil. Sobre a burocracia para abrir uma startup no país, reclamação de todo empreendedor, Fears diz: “É chato, mas serve como filtro para mostrar quem está realmente interessado no país”.

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Pitzi estados unidos / Em 2010,

o americano Daniel Hatkof desembarcou em São Paulo. Veio com a missão de entender o mercado e a cultura locais, a pedido de um fundo de investimentos. Não foi preciso muito tempo para que Hatkof, 29 anos, tivesse um insight curioso sobre o mercado brasileiro de telefonia móvel. “Como os celulares são caríssimos, as pessoas parecem ter medo de usá-los”, diz. Pensando nisso, fundou o Pitzi, um serviço de assistência técnica para celulares. Lançado no ano passado em São Paulo, o serviço já chegou a Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Com mensalidades que variam de 5 a 30 reais, a empresa promete consertar qualquer problema de software ou hardware em até três dias. Os aparelhos vão e voltam das oficinas credenciadas levados por motoboys ou Sedex. O único problema não coberto é tela quebrada. “Mas como trabalhamos com os fabricantes, conseguimos cobrar no máximo 75 reais pela troca da tela”, diz Hatkoff. A Pitzi funciona em um casarão reformado perto da Avenida Faria Lima, na Zona Oeste de São Paulo. O local é espaço de trabalho de uma dezena de startups, como a Emprego Ligado. “O clima é ótimo. Decidimos muita coisa jogando pinguepongue”, diz Hatkof. Em breve, a área de lazer deve ganhar TV, videogames e, quem sabe, instrumentos musicais. Antes de se formar em economia, Hatkoff estudou música e, acredite se quiser, tornou-se especialista em oboé.

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Passeio esPacial Com passagem a 200 mil dólares, a nave SpaceShipTwo, da Virgin Galactic, fará voos com gravidade zero

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A novA erA espAciAl Explorar planEtas, MinErar astEroidEs ou apEnas dar uM passEio no Espaço são nEgócios para EMprEsas quE inVEstEM no noVo MErcado aEroEspacial. conhEça projEtos quE coMEçaM a dar rEsultados / Por Marcus Vinícius Brasil

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Q

quando assuMiu o cargo de di-

retor de missões científicas da Nasa, em abril de 2007, o astrofísico Alan Stern lidava com um orçamento de 16 bilhões de dólares e uma lista de projetos que desafiava o senso comum. Stern era o responsável pelos planos para alcançar Marte e Plutão, supervisionava a chegada da Voyager aos limites do sistema solar e os estudos para uma missão que enviaria homens até um asteroide, a milhões de quilômetros da Terra. Mas no ano passado sua trajetória mudou como se atraída por uma tendência que se espalha por toda a indústria aeroespacial. Stern resolveu abrir uma startup. No dia 6 de dezembro, Alan Stern e sua equipe anunciaram os planos da Golden Spike Company. Se tudo sair como no cronograma, em cinco anos a empresa enviará sua primeira missão tripulada à Lua. Os clientes serão governos interessados em missões científicas que utilizariam seu sistema de lançamento e pouso. “Somos uma empresa jovem”, disse Stern a INFO. “Mas já levanta-

mos fundos para operar o negócio e montar a equipe. Em paralelo, estudamos o desenho do veículo. As reservas de missões começarão neste ano.” Stern diz que já existem clientes interessados em pagar 1,5 bilhão de dólares por voo. Em janeiro, a Golden Spike anunciou um acordo com a Northrop Grumann para desenvolver o módulo de aterrisagem. Essa empresa americana projetou, nas décadas de 1960 e 1970, o veículo que desceu à superfície lunar durante o projeto Apollo, da Nasa. O cientista Alan Stern, 55 anos, é o mais recente integrante de uma onda que invade o setor privado, cada vez mais interessado em tecnologias e negócios espaciais. Os objetivos são tão variados quanto minerar asteroides e transportar carga e alimento para a Estação Espacial Internacional, um laboratório na órbita terrestre mantido por diversos países. Aos poucos, empresas iniciantes no mundo espacial vão tomando parte do espaço ocupado pelas agências estatais, antes únicas protagonistas na exploração humana do sistema solar.

“A iniciativa privada será essencial para reduzir custos e aumentar a segurança”, disse a INFO Jessica Ballard, porta-voz da Virgin Galactic, que planeja operar voos turísticos suborbitais ainda em 2013. Fundada pelo empresário britânico Richard Branson, 63 anos, a empresa criou uma nave para até seis passageiros e dois pilotos, a ser lançada de um avião maior. Cada passagem, com gravidade zero incluída no pacote, custará a partir de 200 mil dólares. O veículo se chama SpaceShipTwo e já executou vários voos experimentais. Na lista de espera há passageiros famosos, como o casal Angelina Jolie e Brad Pitt, além do piloto Rubens Barrichello. Atualmente o problema não é a tecnologia a ser usada, mas como obter os altos recursos financeiros para essas empreitadas. “As empresas que estão entrando agora no mercado tentam resolver esse problema”, disse Jason Crusan, diretor de sistemas avançados de exploração da Nasa, à publicação Technology Review. “Será interessante entender se eles têm um modelo viável de negócio.”

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NEGÓCIOS NAS ESTRELAS

No alto, caminhão transporta a nave Dragon (foto à esq.), da SpaceX, empresa de Elon Musk, o fundador do PayPal, antes de sua missão de reabastecimento da Estação Espacial Internacional. Abaixo, à esq., o foguete Falcon, também da SpaceX. Na ilustração, o foguete LauncherOne, da Virgin Galactic, que levará pessoas e satélites para o espaço

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Caça ao asteroide

Estudo do California institutE of tEChnology mostra Como sEria possívEl Capturar uma roCha EspaCial E transportá-la até a órbita da lua para Exploração / INFOGRÁFICO LUCIANO VERONEZI, LUIZ IRIA, MARCUs VINíCIUs BRAsIL, RAFAEL COsTA E WAGNER RODRIGUEs

Passo 3

Passo 2

Noventa dias depois do início do processo de captura, é hora do retorno. A viagem de volta duraria seis anos, auxiliada por um sistema de propulsão alimentado por dois painéis solares com 10,7 metros de diâmetro

Ao se aproximar da rocha, a nave a envolve com um saco de captura de 15 metros de diâmetro. Com o objeto no lugar certo, são acionados braços infláveis responsáveis pelo fechamento da embalagem

Passo 1

A nave é lançada da Terra acoplada a um foguete Atlas V. Segundo o estudo, a melhor janela para o começo da viagem seria em 2016, e a aproximação do asteroide aconteceria quatro anos depois

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Raio x da missão Veja detalhes do projeto que seria capaz de capturar um asteroide e aproximá-lo da Lua

A NAVE Lançador: foguete Atlas V 551 Fonte de energia: painéis solares sistema de captura: saco com 15 metros de diâmetro

A VIAGEM data de partida: 2016 Chegada no asteroide: 2020 Processo de captura: 90 dias Viagem de volta: 6 anos destino final: órbita lunar duração total: 10,2 anos Passo 4

Mais de dez anos depois de sair da Terra, a nave e sua carga finalmente se aproximam da Lua o suficiente para ficarem presas em sua órbita. Ali, permanecem à disposição para futuras missões explorarem seu conteúdo

O ASTEROIDE Nome: 2008 HU4 Tamanho: 8 metros de diâmetro massa: 1,3 mil toneladas Composição: carbonáceo tipo C 1a aproximação da Terra: 2016 CUSTO TOTAL 2,6 bilhões de dólares*

* A missão que levou o jipe Curiosity até Marte custou 2,5 bilhões de dólares

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Os altos custos dos projetos não têm impedido empreendedores de entrar nessa corrida espacial. Enquanto trabalham na mesa de projetos, desenvolvendo modelos conceituais para as missões, esses aventureiros buscam investimentos para colocar seus sonhos nas alturas. É o caso da White Label Space, que reúne cientistas na Europa e no Japão. Participantes do Lunar X Prize, prêmio do Google que dará 30 milhões de dólares para o primeiro time capaz de pousar um robô na Lua e enviar dados à Terra, eles concluíram o plano de viagem e criaram protótipos dos sistemas que devem operar a nave. Mas Andrew Barton, chefe da equipe europeia, reconhece que verba se tornou um problema sério. “Levantar dinheiro é nosso maior desafio”, diz Barton. “Patrocinadores e investidores acham a missão muito interessante, mas temos dificuldades para convencê-los a colocar o dinheiro.” Como alternativa, os pesquisadores recorreram a uma plataforma de financiamento coletivo para a construção do veículo que rodará pela superfície lunar. Conseguiram 30 mil dólares, oferecendo aos apoiadores camisetas, kits de brinquedos e a oportunidade de pilotar o equipamento de teste. No deserto de Mojave, nos Estados Unidos, a empresa Interorbital Systems trabalha para colocar no mercado foguetes de baixo custo que podem ajudar essa nova geração de empreendedores a reduzir seus gastos. Em outubro, eles realizaram o primeiro teste com os modelos Neptune. “Nossos dois primeiros voos serão realizados no fim de 2013”, diz a presidente da empresa, Randa Miliron. A Interorbital também vende kits de montagem de pequenos satélites para pessoas interessadas em realizar experimentos ou projetos educacionais. Eles custam 8 mil dólares, com o lança-

Celebridades estelares

Conheça os famosos que estão na lista de espera para os voos da Virgin Galactic

Sir Richard Branson / fundador Angelina Jolie / atriz Brad Pitt / ator Rubens Barrichello / piloto Ashton Kutcher / ator Stephen Hawking / físico Paris Hilton / socialite Michael Schumacher / piloto James Lovelock / cientista Niki Lauda / piloto

mento incluído. Cada foguete pode levar 24 satélites para órbita. Foram vendidas cerca de 40 unidades em 15 países. Entre as grandes companhias, a SpaceX, do bilionário Elon Musk, 42 anos, fundador do PayPal e da Tesla Motors, tem se destacado pelo modelo comercial, que começa a dar certo. Em outubro de 2012, a empresa lançou uma nave de carga não tripulada para reabastecer a Estação Espacial Internacional que acoplou no dia 10. Foi o primeiro voo de um acordo de 1,6 bilhão de dólares feito com a Nasa para 12 missões. Mas o projeto mais exótico nessa onda espacial é o da mineração de asteroides liderada pela americana Planetary Resources, apoiada por Eric Schmidt e Larry Page, do Google, e pelo cineasta James Cameron. A empresa quer ter uma frota capaz de identificar objetos com potencial para serem minerados, em busca de metais preciosos e água. “Já temos tecnologia para isso”,

diz Louis Friedman, engenheiro aeroespacial, cofundador da Planetary Society. Ele participou de um recente estudo que demonstra como resgatar um asteroide e transportá-lo para a órbita da Lua. Isso aconteceria em 2020. Foi usado como modelo um objeto com 8 metros de diâmetro, batizado 2008 HU4. Uma nave abastecida pela energia de dois painéis solares alcançaria a rocha quatro anos após ter partido de nossa atmosfera. Depois do contato, a sonda acionaria quatro braços infláveis para abrir um saco com 15 metros de diâmetro e embalar o asteroide. O processo duraria 90 dias. Em seguida, começaria o trajeto de volta à órbita lunar, no ponto onde o conteúdo seria explorado. A missão tem custo estimado em 2,6 bilhões de dólares, quase o mesmo investido na missão que levou o jipe Curiosity a Marte, no ano passado. O professor José Leonardo Ferreira, doutor em ciências espaciais e integrante do Instituto de Física da Universidade de Brasília, é pouco otimista em relação a uma missão desse tipo. “A primeira dificuldade é ter um veículo com propulsão adequada ao alto impulso para atingir o asteroide”, diz Ferreira. “O puxão, ou estilingue gravitacional, nem sempre é possível. Outras dificuldades estão relacionadas à pequena gravidade do objeto, seu formato não arredondado e o giro caótico.” Desafios como esses permitem deduzir que a importância das agências governamentais deve ainda se manter por um bom tempo, principalmente quando o alvo são planetas e órbitas distantes. Já as atividades próximas da Terra serão dominadas pelo setor privado. “A Nasa tem sido ativa ao encorajar o florescente setor privado espacial”, diz Jessica Ballard, da Virgin Galactic. Bem-vindo à economia do espaço. ↙

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Solta o Som

CoM ajuda de CinCo artistas, testaMos os prinCipais serviços de streaMing de MúsiCa disponíveis no país / Por Maurício Moraes e luiz cruz

V

ocê sabe quantas músicas cabem no seu celular? Nem perca tempo tentando descobrir a resposta. Com catálogos que reúnem álbuns de artistas do mundo inteiro, os serviços de streaming de áudio permitem ouvir uma quantidade imensa de faixas em qualquer aparelho, não importa o espaço disponível. Tudo fica guardado na nuvem e pode ser acessado pelo navegador ou por aplicativos, pagando uma mensalidade. O modelo, parecido com o de streaming de vídeo, como o popularizado pela Netflix, tem suas vantagens, como baixar discos para escutar depois, sem estar conectado à web. Para descobrir quais são as melhores opções de streaming de áudio, submetemos os cinco principais

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serviços disponíveis no Brasil a uma bateria de testes. O INFOlab comparou as funcionalidades de Rdio, Deezer, Grooveshark, Sonora e Rara.com. Para analisar o vasto acervo, pedimos ajuda a cinco artistas: os cantores Roger e Céu, o guitarrista Edgard Scandurra, o DJ João Brasil e o VJ da MTV Chuck Hipolitho. Cada um indicou dez álbuns que considera essenciais. Os serviços que apresentaram o maior número de discos indicados ganharam a melhor nota na categoria Catálogo. Saiba onde escutá-los no nosso site (abr.io/discos). Não é exagero dizer que o futuro da indústria da música passa pelo streaming. Estudo da empresa de pesquisas Strategy Analytics aponta que o streaming cresceu 40% no ano passado, contra 9% das vendas das lojas de música digital, como a iTunes Store. Isso explica a expansão internacional

de startups como o Deezer, que recebeu aporte de 100 milhões de euros em 2012. “Fechamos contratos mundiais com as gravadoras para oferecer o serviço em 182 países, com exceção de Estados Unidos”, diz Mathieu Le Roux, diretor-geral do Deezer para a América Latina. O serviço já chegou a 160 países. A expansão da banda larga e o uso cada vez maior de smartphones e tablets têm impulsionado o streaming de música. No Rdio, os ouvintes brasileiros são ativos em dispositivos móveis, escutando faixas e compartilhando conteúdo. Mesmo com grandes acervos e boas ferramentas, os serviços ainda estão no começo. A competição vai aumentar, assim como as funcionalidades e a praticidade oferecidas. Veja, a seguir, como os serviços se saíram nos testes do INFOlab e escolha um para curtir suas músicas preferidas.

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rDIO A interface bem pensada, os recursos de rede social e o ótimo acervo, que conta até com artistas brasileiros de selos independentes, fazem do Rdio o melhor serviço de streaming testado pelo INFOlab. O design cuidadoso consegue oferecer uma experiência uniforme ao usuário, tanto pela web quanto nos smartphones e tablets. O acesso a todas as ferramentas é fácil. Da busca à criação de playlists. Também é simples saber o que os amigos estão ouvindo e encontrar e adicionar artistas ou pessoas com gosto musical parecido, o que facilita a descoberta de álbuns que interessam. Isso é fundamental, devido ao tamanho do catálogo, com mais de 18 milhões de músicas. O Rdio permite baixar músicas para o celular ou o tablet, ótimo recurso para quem não quer sofrer com a rede 3G das operadoras. O serviço sincroniza o conteúdo entre diferentes dispositivos automaticamente, mantendo em to-

pendentes ou startups, o que permitiria ampliar suas funções. Outro problema é o pequeno período disponível para degustação, de uma semana. Passado esse prazo, dá para ouvir no site só 30 segundos de cada faixa. Por conta disso, é comum encontrar quem experimentou o Rdio mas nunca mais voltou.

Deezer Recursos não faltam ao Deezer, que estreou em janeiro no Brasil. De todos os serviços analisados pelo INFOlab, foi o que reuniu a maior quantidade de ferramentas. Além de oferecer mais de 20 milhões de faixas e de permitir a descoberta de álbuns, bandas e playlists, os usuários podem enviar canções de artistas que não estão disponíveis no catálogo, como os Beatles, além de gravações pessoais. É só fazer o upload pela web que as músicas ficam armazenadas em Meus MP3, com acesso restrito a quem mandou os arquivos. Formatos alternativos ao MP3 não são aceitos.

Com interface simples de usar, acervo amplo e ótima integração com smartphones e tablets, o Rdio foi o melhor serviço testado pelo INFOlab dos a mesma seleção de faixas. Quando o Rdio é acessado pelo browser, basta selecionar as músicas que deseja mandar para o smartphone e o serviço faz o trabalho sozinho. Funciona bem, desde que o app esteja instalado e o aparelho permaneça ligado a uma rede Wi-Fi. A simplicidade traz uma desvantagem. O Rdio não funciona integrado a apps criados por desenvolvedores inde-

Outra vantagem é o modo offline, disponível até pelo browser. O recurso permite salvar faixas no computador e escutar mesmo desconectado da web. Para isso, é necessário instalar uma extensão no navegador Google Chrome. Assinantes do plano Premium+ podem baixar músicas no smartphone ou tablet e ouvi-las sem depender de 3G ou Wi-Fi. O serviço não se esqueceu dos aspiran-

tes a DJ, que têm à disposição uma mesa de mixagem virtual. O Deezer funciona integrado a apps criados por desenvolvedores independentes. Os programas permitem, por exemplo, saber quais álbuns são compartilhados pelo Twitter e ouvir rádios online de outros usuários. O período de degustação é de seis meses. Nos primeiros 15 dias, o acesso é liberado ao plano Premium+, que inclui smartphone e tablet. É possível estender por mais duas semanas, informando o cartão de crédito. Um dos pontos negativos do Deezer está no pequeno destaque dado aos gêneros da música brasileira. Há rádios só para samba e bossa nova. No teste do INFOlab, o Deezer empatou com o Rdio, que foi a Escolha INFO por ter melhor interface e integração mais completa com dispositivos móveis.

GrOOveshark O acervo diversificado é, ao mesmo tempo, o grande diferencial e o principal problema do Grooveshark. Foi encontrada no serviço a maior quantidade de álbuns indicados pelos artistas que ajudaram INFO nos testes. Isso assegura música de alto nível, mesmo com uma quantidade menor de faixas do que oferecem Rdio, Deezer e Rara.com. Essa vantagem ocorre porque, ao contrário dos concorrentes, o Grooveshark aposta no conteúdo enviado por internautas para ampliar seu catálogo. Parte das músicas também vem de gravadoras e artistas licenciados. A startup, que não cobra o acesso pela web, costuma comparar seu modelo de negócios ao do YouTube, sustentado por publicidade. Como qualquer pessoa pode fazer o upload de arquivos, o que se viu no teste foram álbuns incompletos ou com músicas repetidas e fora de ordem. A qualidade do áudio transmitido também varia bem mais do que o desejável.

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QUAl é A MúsiCA

hA EsCol

ma

Compare as características dos cinco serviços de streaming de áudio analisados pelo INFOlab

rço 201

3

rdio.com

deezer.com

grooveshark.com

rara.com

sonora.terra.com.br

Modo offline funciona também no navegador

Não cobra pelo uso no browser

Busca por conteúdo funciona bem

Bom acervo de música brasileira

Integração com apps de terceiros e com smartTVs

Acervo bastante diversificado

Boa seleção de playlists temáticas

Não cobra pelo streaming de rádios online

Mesa de mixagem para brincar de DJ

Permite upload de arquivos

Preços baixos nos primeiros três meses

Os planos permitem download de faixas

Não permite o upload de arquivos

Alguns recursos são difíceis de encontrar

Álbuns incompletos e apresentação confusa

Não oferece integração com redes sociais

Sem versão nativa para tablets

Período de degustação de apenas uma semana

Falta histórico de músicas executadas

Apps não estão disponíveis nas lojas de iOS e Android

Não tem período de degustação

App para Android falha com muita frequência

Android, BlackBerry, iOS e Symbian. Versão HTML 5

Android e iOS

320 Kbps

192 Kbps

Não informado

256 Kbps

20 milhões

13 milhões

15 milhões

4 milhões

Sim

Sim

Não

Não

8,90 (web) 14,90 (web e mobile)

Grátis (web) 17,75 (web e mobile)

8,4

7,7

6,1

6,3

7,9

7,5

6,8

6,0

Pontos fortes Na versão desktop, importa biblioteca do iTunes e do Windows Media Player Bom acervo de música brasileira Interface simples de usar

Pontos fracos

Versões mobile Android, BlackBerry, iOS e Windows Phone

Android, BlackBerry, iOS e Windows Phone

Android, BlackBerry, iOS e Windows Phone

Qualidade máxima de áudio 320 Kbps

Músicas disponíveis 18 milhões

Upload de arquivos Não

Mensalidade (em R$) (1) 8,99 (web) 14,90 (web e mobile)

7,99 (web) 15,99 (web e mobile)

14,90 (web) 24,90 (web e mobile) (2)

Avaliação técnica 8,4 Custo/Benefício 7,9

(1) Preços praticados em 15/02/2013, sujeitos a alterações e descontos oferecidos pelos serviços | (2) A mensalidade do plano mais barato do Sonora dá direito ao download de dez músicas

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Álbuns essenciais

Veja em quais serviços podem ser encontrados os dez discos indicados por cada um dos cinco artistas convidados por INFO

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Revolver The beatles This Is the Modern World The Jam Homework Daft Punk Idea The bee Gees G.I. Blues elvis Presley Led Zeppelin led Zeppelin Geraes Milton nascimento Roberto Carlos Canta para a Juventude Roberto carlos Visions Grimes Shocking Blue sparkle Motion

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PlacaR Final Confira qual foi a pontuação de cada um dos serviços. Valores mais altos indicam quantidade maior de álbuns

Sonora

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Chaos A.D. sepultura A Love Supreme John coltrane Powerslave iron Maiden Amoroso João Gilberto Elis & Tom Tom Jobim e elis Regina Só Não Toca Quem Não Quer Hermeto Pascoal Night Ripper Girl Talk The K&D sessions Kruder e Dorfmeister King Tubby Meets Rockers Uptown augustus Pablo Thriller Michael Jackson

Rara.com

Fun House The stooges Rocket to Russia The Ramones Exodus bob Marley & The Wailers The Queen Is Dead The smiths Rumours Fleetwood Mac Õ Blésq Blom Titãs Selvagem? Os Paralamas do sucesso Da Lama ao Caos chico science & nação Zumbi Raimundos Raimundos Let It Bleed The Rolling stones

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Grooveshark

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Disintegration The cure Afrociberdelia chico science & nação Zumbi

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Os Afro-Sambas de Baden e Vinicius baden Powell e Vinicius de Moraes A Tábua de Esmeralda Jorge ben Jor Caetano Veloso (1969) caetano Veloso Begin Here The Zombies Ella and Louis ella Fitzgerald e louis armstrong Chega de Saudade João Gilberto Roberto Carlos (1969) Roberto carlos Check your Head beastie boys

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Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band The beatles Pet Sounds The beach boys Master of Reality black sabbath Led Zeppelin IV led Zeppelin Red King crimson In a Glass House Gentle Giant Fun House The stooges Thick as a Brick Jethro Tull Chuck Berry Is on Top chuck berry Rastaman Vibration bob Marley & The Wailers

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Roger

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0 = Não Encontrado | 1 = Encontrado | 0,5 = Incompleto

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Quem fizer questão de escutar um disco específico pode esbarrar em uma confusão sem tamanho. O acervo do Grooveshark lembra um pouco a era Napster, quando internautas montavam bibliotecas de arquivos em MP3 sem a imagem da capa do disco ou com nomes errados. O excesso de material desorganizado interfere na precisão da busca. O Grooveshark afirma que cumpre as leis americanas e retira conteúdo que infringe direitos autorais, sempre que solicitado. Mas o modelo baseado em conteúdo gerado por usuários não agradou às grandes gravadoras, que processaram a empresa. A disputa nos tribunais ainda não terminou. No ano passado, o Grooveshark conseguiu uma decisão favorável contra a Universal. Enquanto o imbróglio não se resolve, os apps para smartphone criados pelo serviço continuam fora das lojas da Apple e do Google. A instalação requer métodos não oficiais e o uso só está liberado para quem pagar uma assinatura mensal.

SONOra Para se diferenciar, o Sonora aposta em uma mistura de streaming com download de músicas. Ao assinar um dos planos, o usuário pode baixar uma quantidade limitada de arquivos em MP3 por mês (10, 25 ou 250). Isso faz com que cada faixa custe menos do que o valor cobrado na iTunes Store, por exemplo. Por isso, o serviço tende a agradar quem compra álbuns online com regularidade. Os planos dão direito ainda a streaming ilimitado pela internet, na assinatura mais básica, e por smartphones e tablets, nas mensalidades mais altas. Dá para experimentar o Sonora por uma semana, com acesso às rádios mesmo sem uma assinatura. O streaming pela internet tem

gráfico evandro bertol

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alguns recursos úteis. Em cada álbum, o serviço indica as sete faixas mais populares, em ordem de preferência. Isso facilita na localização dos principais sucessos de cada artista. Há também a possibilidade de criar playlists rápidas. Basta indicar o nome de três músicos, bandas ou gêneros que o Sonora organiza uma sequência de 30 canções. É possível também saber o que os internautas estão ouvindo.

rara.cOm O Rara.com estreou no Brasil no fim de 2012. Tem acervo amplo, com 14 milhões de músicas, e dá um bom desconto nos três primeiros meses. O acesso pela web sai por 1,99 real no período. Com o uso em tablets e smartphones, sobe para 2,99 reais. Depois o valor chega ao patamar dos concorrentes. Assim como nos acervos de Rdio, Deezer e Sonora, as faixas disponíveis foram licenciadas

O Grooveshark tem no acervo o maior número de álbuns indicados pelos artistas convidados por INFO, mas muitos estão desorganizados ou incompletos O serviço oferece uma boa integração com as redes sociais, com foco no compartilhamento. Não há, contudo, a possibilidade de seguir outros usuários ou de criar playlists colaborativas. O acervo do Sonora, com mais de 4 milhões de músicas, é o menor entre os serviços testados. Foi também o que apresentou a menor quantidade de álbuns indicados pelos artistas convidados por INFO. A interface está ultrapassada em relação a concorrentes como Deezer e Rdio, que trazem visual mais moderno e a oferta de funcionalidades comuns em aplicativos web. No Sonora, pequenas janelas surgem sempre que são pressionados botões. É necessário fechá-las manualmente, um resquício da internet do passado. A qualidade máxima do streaming para assinantes chega a 192 kbps, enquanto os concorrentes atingem 320 kbps. O app para iOS funcionou bem no teste, mas o de Android travou muito.

das quatro maiores gravadoras (Sony, Universal, Warner e EMI) e de selos independentes. O serviço conta com apps para iOS, Android e Windows 8. A interface desses programas é bem simples e intuitiva. Traz as funcionalidades básicas de um tocador de música e a possibilidade de baixar faixas para ouvir depois, sem conexão. A interface web oferece o essencial, mas há menos recursos que nos concorrentes. A equipe do Rara.com monta boas playlists com artistas brasileiros de diferentes gêneros. Outro atrativo são as rádios divididas por temas, gêneros e seleções de melhores faixas de cada década ou de todo o serviço. Não há, contudo, integração com as redes sociais. Saber o que os amigos estão ouvindo faz falta para quem deseja descobrir novidades. Afinal, ouvir música é uma atividade social, que depende de troca de experiências, por mais que estejamos isolados pelos nossos fones de ouvido. ↙ Março 2013 INFO

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como impedir que empresas

usem seus dados ou que você

seja espionado na internet / Por Felipe Zmoginski ilustração alpha Dog 84 / INFO Março 2013

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general aMericano

e ex-diretor da CIA David Petraeus, o jogador de golfe Tiger Woods e a atriz Carolina Dieckmann poderiam ter economizado muitas caixas de ansiolíticos se, ao enviar fotos e textos íntimos, tivessem adotado ferramentas de criptografia. Woods não teve o cuidado de proteger seu iPhone, usado para trocar libidinosas mensagens com garotas de programa, e Petraeus escolheu uma modesta conta do Gmail para enviar declarações de amor à sua amante e biógrafa, a jornalista Paula Broadwell. Carolina Dieckmann também optou pelo email do Google ao enviar para o marido fotos em que aparecia sem roupa. Como mostram os casos envolvendo celebridades, quando dados privados caem na rede as consequências podem ser pesadas. Em seu último livro, Cypherpunk – Liberdade e o Futuro da Internet, lançado em fevereiro, o ativista Julian Assange, fundador do WikiLeaks, defende o uso massivo da criptografia para proteção de dados. De outra forma, diz Assange, viveremos em um ambiente onde nossas informações, coletadas por serviços como Facebook, Amazon e Google, serão permanentemente monitoradas e compartilhadas entre corporações e

órgãos de inteligência em busca de consumidores e suspeitos. Oficialmente, empresas como Google e Facebook afirmam que os dados de seus usuários são protegidos e analisados apenas de forma anônima, por robôs, com o objetivo de oferecer serviços mais eficazes e publicidade dirigida. Pode soar fantasioso um mundo em que corporações e governos vigiam toda página lida na internet, cada e-mail enviado ou busca feita no Google, armazenando bilhões de interceptações diárias em data centers ultrassecretos. Mas tecnicamente isso seria plenamente possível. “O pagamento que o usuário dá às empresas de internet por usar seus serviços gratuitos é a cessão de seus dados. Isso está

espionado, imagine o que não fariam com um usuário comum”, afirma Maass. Assim como Assange, a EFF defende o uso de serviços criptografados como a melhor forma de proteger os usuários. “A exploração de dados sensíveis parece algo que só deveria preocupar gente famosa ou poderosa, mas vemos cada vez mais pessoas comuns envolvidas em confusões após terem seus dados violados”, afirma Maass. O ativista da EFF afirma que informações coletadas em e-mails e redes sociais têm servido para que empregadores contestem ações de ex-funcionários em processos trabalhistas ou são usadas por ex-maridos e ex-mulheres em processos de divórcio ou de disputa pela guarda dos filhos.

está cada vez mais fácil usar criptografia. nos navegadores chrome e Firefox, bastam três cliques para instalar plug-ins que codificam os dados

expresso nos termos de uso dos serviços”, disse a INFO Dave Maass, diretor da Electronic Frontier Foundation (EEF), organização americana fundada com a missão de proteger a privacidade dos usuários de serviços online. Segundo Maass, com a queda nos preços do armazenamento de dados e a disseminação de serviços em nuvem, ficou simples e barato para as empresas guardarem informações e minerá-las como quiserem. “A computação em nuvem trouxe muitas comodidades, mas é inegável que essa tecnologia nos coloca em uma situação ainda mais frágil. Se até um diretor da CIA teve seu Gmail

Um dos obstáculos para o uso da criptografia é o fato de, para a maior parte dos usuários, isso parecer complicado demais. “A cada dia surgem novos plug-ins que permitem aos usuários encriptar seus dados e navegar de forma anônima, usando protocolos como HTTPS e Tor, de modo tão simples como dar um duplo clique”, diz Maass, referindo-se ao protocolo que codifica informações da conexão do usuário e à tecnologia que mascara a localização geográfica de uma conexão. Quem utiliza os browsers Chrome ou Firefox, por exemplo, consegue instalar com apenas três cliques o

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plug-in gratuito HTTPS Everywhere, que codifica os dados que trafegam entre o computador e os sites visitados. Se um cracker interceptar a conexão (isso é frequente quando navegamos em Wi-Fi desprotegidos) tudo o que conseguirá ver será um emaranhado de números. Outro serviço simples é o aplicativo Tor Browser Bundle, que pode ser instalado em máquinas com Windows, Mac ou Linux. O app muda as configurações de proxy do navegador e cria camadas que impedem terceiros de saber em qual localidade geográfica está o usuário. Há ainda serviços de chat e mensagens instantâneas, como Cryptocat e Pidgin, que permitem trocar mensagens de modo codificado. Além de navegar de modo anônimo, é possível criptografar também arquivos, como fotos, planilhas e textos salvos no PC, pen drive ou mesmo em um cartão de memória. Aplicações gratuitas, como TrueCrypt, permitem codificar o HD do computador e ainda criar senhas com diferentes níveis de acesso. A ideia é proteger o usuário caso ele seja coagido a revelar sua senha, permitindo que entregue apenas a chave mais simples, que daria acesso a arquivos menos sensíveis. Um dos exemplos de novos serviços que nascem sob a marca da encriptação é o Mega, sucessor do Megaupload, fechado após acusações de pirataria. O novo serviço, criado pelo controverso empreendedor alemão Kim Dotcom, transforma qualquer arquivo transferido para a nuvem do Mega num código hermético, só acessível pelo usuário que detém a chave de encriptação. “Estamos protegendo a privacidade das pessoas”, disse Dotcom a INFO, ao apresentar seu serviço, em janeiro. Mais do que o usuário, Dotcom pode estar apenas preocupado em prote-

foto rafael costa

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ger sua nova empresa, transferindo a todos os cidadãos. Há formas de comresponsabilidade pelo tráfego de ar- bater o crime sem colocar sob suspeita quivos, como filmes e músicas, para o milhões de pessoas”, diz Maass. Se os usuário. “Talvez seja só uma artima- usuários passassem a criptografar seus nha para evitar problemas legais, mas dados, colocariam em xeque o inovao fato é que, do ponto de vista jurídico, dor modelo de negócios que transforninguém poderá acusar o Mega pelo mou Google, Amazon e Facebook em comportamento de seus usuários”, companhias multibilionárias, apoiaafirma Eduardo Silva, advogado es- das nas informações de seus clienpecialista em direito digital. “É como tes para vender produtos e serviços. se Dotcom alugasse um galpão aos usuários para trabalharem. Pela lei, se eles usarão o espaço em um bazar de caridade ou no refino de cocaína, é responsabilidade de quem utiliza o imóvel ou, no caso, o espaço na nuvem.” O engenheiro de sistemas Vladimir Amarante, especialista em encriptação de dados da Symantec, diz que tecnologias como HTTPS, Tor ou o novo Mega podem, de fato, modificar o cenário de mineração de dados. “Não dados trancados Kim Dotcom lançou o Mega com criptografia em todo arquivo armazenado vou dizer que a criptografia é algo indestrutível, A ascensão da criptografia faz lemmas seu uso torna difícil o monitoramento dos dados dos usuários e é um brar uma antiga charge que mostrava péssimo negócio. Para abrir um úni- Julian Assange como vilão, acusado de co arquivo encriptado, por exemplo, obter dados de corporações e publicá-los é preciso utilizar um supercomputa- gratuitamente, ao passo que Zuckerberg dor por um tempo longo para tentar tornou-se o homem do ano ao execuquebrar a proteção”, diz Amarante. tar tarefa oposta, entregando dados de Como qualquer tecnologia, a crip- usuários às agências de publicidade, tografia pode servir para uma tarefa por dinheiro. O avanço da criptografia nobre, como proteger a privacidade, propõe inverter a equação que classimas também pode dar abrigo a crimi- fica os vilões e os heróis da internet.↙ nosos, como pedófilos ou terroristas. “Toda invenção pode ser usada para Em INFO.abrIl.cOm.br/Extras o mal, mas a necessidade de reprimir cONhEça cINcO sErvIçOs para pessoas fora da lei não pode servir de crIptOgraFar smartphONEs, justificativa para devassar a vida de pEN drIvEs E O hd dE sEu mIcrO

Março 2013 INFO

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/ fotos Rafael evangelista Notas 10,0 9,0 a 9,9 8,0 a 8,9 7,0 a 7,9 6,0 a 6,9 5,0 a 5,9 4,0 a 4,9 3,0 a 3,9 2,0 a 2,9 1,0 a 1,9 0,0 a 0,9

Impecável Ótimo Muito bom Bom Médio Regular Fraco Muito fraco Ruim Bomba Lixo

Veja os critérios de avaliação da INFO em info.abril.com.br/ sobre/infolab.shl

Smartphones / 90 Câmeras / 92 Toca-Discos / 94 Fones de Ouvido / 95 Ultrabooks / 96 Aeromodelo / 97

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estreias de peso

Os smartphones Nexus 4 e Lumia 920 são os primeiros equipados com as novas versões dos sistemas Android e Windows Phone / pOr AirtON LOPes

0,9 cm

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6,8 cm

ALTOS E BAIXOS

O Nexus 4 traz tecnologias que ganharão espaço no futuro, mas esquece recursos úteis hoje

SEM CARTÃO Não dá para expandir a memória do aparelho

Nexus 4 / LG depois da HtC e

da samsung, coube à lg a tarefa de produzir a quarta versão do Nexus, o smar tphone oficial do google. o resultado é um aparelho com processador de quatro núcleos, tela de alta definição com 4,7 polegadas e desempenho irrepreensível para rodar várias aplicações ao mesmo tempo. mais do que o hardware digno de um smartphone de topo de linha, dois fatores tornam o Nexus 4 cobiçado. o primeiro é o preço, similar ao de aparelhos intermediários (299 e 349 dólares para os modelos de 8 e 16 gB, nos estados unidos). Porém, é improvável que os brasileiros tenham o benefício quando o modelo chegar oficialmente, previsto para este semestre. o outro diferencial é a versão mais recente e pura do android, a Jelly Bean. uma de suas novidades mais vistosas é o recurso Photo sphere. Com ele, a câmera de 8 mP produz fotos em 360 graus, no estilo das imagens do modo street View do google maps. a visualização da cena é feita na galeria de fotos do Nexus 4 ou no álbum do google+ do usuário.

3,5G (HSpA+) / Android 4.2 / Snapdragon S4 pro Krait 1,5 GHz quad core / 16 GB / Tela de 4,7” / Câmeras de 8 Mp e 1,3 Mp / 139 g / 13h17min de bateria(1) AvALIAçÃO TéCnICA: 8,5 CuSTO/bEnEfíCIO: 7,3

/ R$ 1 799(2)

90 / INFO Março 2013

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CADÊ O 4G? Ele não aproveita as redes celulares LTE

MIRACAST Envia vídeo por Wi-Fi, mas há poucas TVs compatíveis

BASTA AprOXImAr

Com NFC, o Nexus 4 está pronto para o pagamento móvel

SEM TECLAR A escrita é feita deslizando o dedo e com predição de palavras no modo Gesture Typing

edição de imagem artnet digital ilustraçÕes evandro bertol (1) duração medida com o aparelho em chamada e com o Wi-Fi e o Bluetooth ativados (2) Preço praticado no mercadolivre (3) Preço do aparelho sem planos de voz e dados

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WINDoWS PHoNE 8 Agora é o usuário quem determina o tamanho dos blocos com conteúdo ativo na tela inicial

SEM MEDo Do SoL A tela de 4,5 polegadas e alta definição tem boa legibilidade mesmo sob luz direta

ENERGIA SEM cAboS Assim como o Nexus 4, o Lumia 920 é compatível com carregadores por indução. Basta deixar o celular em cima deles para dar carga na bateria. O acessório custa 199 reais

gps offline

Lumia 920 / NOkiA Para quem se prende apenas a especificações, mesmo com a conexão 4G no

padrão brasileiro, o Lumia 920 pode parecer inferior aos Androids mais poderosos. Mas, na prática, a suspeita de performance inferior do smartphone da Nokia é logo dissipada. Nos testes, o que se viu foram respostas instantâneas e ótima fluidez para explorar os recursos do Windows Phone 8, cujo visual é praticamente idêntico ao do seu antecessor. Uma das novidades do sistema é o aprimoramento na execução de tarefas simultâneas. Outras, como a função de roteador Wi-Fi e o suporte a cartões microSD, corrigem omissões das versões anteriores do Windows Phone. O lamentável é que, mesmo assim, o Lumia 920 não vem com entrada para cartão, um recurso útil mesmo quando se tem 32 GB na memória interna. A câmera de 8,7 MP, por outro lado, é uma das melhores em smartphones quando o assunto é fotografar em modo macro e filmar em 1 080p com sistema de estabilização óptica. Apesar da espessura e do peso acima da média, o corpo esculpido em policarbonato é bonito e agradável de manusear.

7,1 cm

1,1 cm

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O app faz a navegação por GPS falando nomes de ruas e funciona com mapas gratuitos salvos no smartphone. Não depende do 3G

4G (LTE) / Snapdragon S4 krait 1,5 GHz dual core / 32 GB / Tela de 4,5” / Câmeras de 8,7 MP e 1,3 MP / 185 g / Windows Phone 8 / 10h24min de bateria(1) AvALIAção técNIcA: 8,4 cuSto/bENEfícIo: 7,0

/ R$ 1 999(3)

Março 2013 INFO

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É só clicar e postar

LCD MÓVEL O display sensível ao toque se destaca do corpo e gira até 180 graus para cima ou 50 graus para baixo

A conexão Wi-Fi para publicar fotos no Facebook sem precisar do PC é a nova atração das câmeras com corpo compacto e lentes intercambiáveis / pOr Airton LoPes e LeonArdo VerAs

APLICATIVOS Baixados por Wi-Fi, os apps adicionam à máquina recursos como controle remoto pelo smartphone

9,3 cm

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11,2 cm

NEX-5R

/ SOny Os atrativos deste modelo vão além daqueles que se espera de uma boa câmera híbrida, isto é, de uma máquina com corpo compacto que trabalha com lentes intercambiáveis. Nos testes do INFOlab, a NEX-5R produziu fotos com excelente qualidade. A busca pela melhor imagem é facilitada pelo sistema de autofoco espertíssimo e pela notável velocidade nos cliques. No modo de disparo contínuo foram registradas dez fotos em um segundo. Como não possui flash embutido, é bom reservar espaço na bolsa para levar o flash externo em passeios noturnos. O LCD sensível ao toque é pouco usado pelos dedos. Uma das raras situações em que ele é útil de fato é na seleção de foco nos enquadramentos em que o fotógrafo brinca com a profundidade de campo. Esta Sony possui Wi-Fi e uma loja de aplicativos. A conexão sem fio também entra em ação para enviar arquivos a dispositivos com iOS e Android, ao PC e ao Facebook.

16,1 Mp / Zoom de 3x (18 a 55 mm) / Filma em 1 080p / LCD de 3” touchscreen / Wi-Fi / 436 g (271 g só o corpo) AVALIAçãO TéCnICA: 8,2 CuSTO/bEnEfíCIO: 7,6

/ R$ 2 699

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SEM FIO O Wi-Fi envia fotos e vídeos para Facebook, Picasa, YouTube e SkyDrive e até por e-mail

FAÇA-SE A LUZ A NX1000 não tem flash embutido, mas vem com um modelo removível para cliques noturnos

PRETO E BRANCO

9,8 cm

6,4 cm

11,4 cm

O design do modelo fica menos sóbrio nas suas versões coloridas. Mas só as opções preta e branca estão nas lojas brasileiras

Smart Camera NX1000 / SAMSuNg Dificilmente um detalhe escapa do olhar apurado

desta câmera com Wi-Fi da Samsung. Seu sensor registra as imagens em 20,3 MP, resultando em fotos que não deixam nada a desejar em fidelidade de cores e contraste. O foco automático não é ruim, mas é menos ágil do que o de câmeras avançadas. Nos testes em ambientes com menos luz, as dificuldades para focalizar ficaram mais evidentes. Um diferencial nos controles manuais desta Samsung é o uso do anel de foco para selecionar exposição e velocidade quando o botão iFn está pressionado. Se a intenção é dispensar os cabos e compartilhar fotos e vídeos em resoluções reduzidas logo após o clique, a NX1000 oferece conexão direta por Wi-Fi com Facebook, Picasa e YouTube. Na cópia para smartphones, tablets e PCs, o conteúdo é salvo com a definição original. Também é possível utilizar a rede sem fio para transmitir fotos e vídeos para TVs com suporte a DLNA. Nos testes, funcionou bem.

20,3 MP / Zoom de 2,5x (20 a 50 mm) / Filma em 1 080p / LCD de 3” / Wi-Fi / 398 g (271 g só o corpo) AvALIAÇãO técnIcA: 7,9 cUStO/bEnEFícIO: 7,6

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Do LP Para o iPhone

Além de ressuscitar álbuns esquecidos no armário, o iLP digitaliza as músicas do vinil direto no smartphone ou no PC / poR Airton LoPes

US$ 300 MIL É o preço do tocadiscos Reference II, da suíça Goldmund, o mais caro do mundo

38 cm

PARA VER E OUVIR Adorados por colecionadores, os picture discs têm a arte pintada sobre o vinil

41 cm

iLP / IoN AudIo Este toca-discos tenta agradar tanto os saudosistas do vinil quanto os que gostam de ouvir músicas em MP3. Além de reproduzir LPs, o aparelho possui uma dock para que as faixas sejam digitalizadas e salvas em iPhones e iPads compatíveis, o que exclui modelos com conector lightning. O processo é simples. Basta encaixar o dispositivo da Apple, posicionar a agulha e iniciar a gravação usando o aplicativo EZ Vinyl and Tape Converter. A divisão das faixas em arquivos separados é automática, mas nem sempre funciona como deveria. As músicas digitalizadas podem ser reproduzidas no iPhone pelo aplicativo EZ Vinyl, porém, só aparecerão na biblioteca do dispositivo da Apple se forem exportadas para o PC e sincronizadas pelo iTunes. A digitalização dos vinis também é feita ligando o iLP ao computador pela porta USB. Neste método, a conversão é mais rápida, dá para escolher entre os formatos e definir a qualidade do arquivo final. Nos testes do INFOlab, a divisão automática por faixas no PC foi bem mais precisa.

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34,5 cm

33, 45 e 78 RpM / Saída RCA estéreo / uSB / Compatível com ipod touch (4ª geração), iphone 4 e 4S, ipad (até 3ª geração) / 3 kg AVALIAçãO técnIcA: 7,6 cUStO/bEnEfícIO: 7,6

/ R$ 699

Produto cedido para testes pela Opeco (www.opeco.com.br)

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AgitAdo ou pArAdão?

EQUALIZADOR É alimentado por duas pilhas AAA encaixadas na concha esquerda

19 cm

O fone da TDK atrai quem prefere curtir um som em casa. Já o design do Tank Soldier tenta agradar skatistas e DJs / por AirTOn LOpeS

17 cm

8,5 cm

ST-800 / TDK O modelo agradou nos testes pelo som muito bem equilibrado e o destaque para detalhes sutis das músicas. Essas virtudes ficam mais evidentes com o equalizador, posicionado no cabo, desligado. Quando o recurso está ativado, ele proporciona ganho de volume ajustável pelo anel na concha esquerda, porém há perda de definição. O visual retrô é atraente, mas o porte avantajado desencoraja o uso deste fone fora de casa, além de cansar o pescoço. Formato concha (around-the-ear) / Conexão p2 (adaptador p10) / Cabo de 1,2 m e extensor de 1,5 m / Sensibilidade: 104 dB/mW / resposta de frequência: 20 – 20 000 Hz / 375 g AvALIAçãO técnIcA: 8,4 cUStO/bEnEfícIO: 7,0

ESPIRAL Além do cabo normal, o fone vem com um cabo extra que amplia o seu alcance

21,5 cm

/ R$ 499

16,8 cm

9 cm

Tank Soldier / AeriAl7 Com design inspirado no estilo street wear dos skatistas e uma estrutura articulada para DJs aproveitarem o movimento das conchas, este fone tem um som bom, mas que não empolga. O detalhamento agrada, porém, a profundidade dos graves fica aquém do esperado em um modelo com faixa de resposta de frequência iniciada em 5 Hz. Nos testes do INFOlab, a definição de agudos surpreendeu. O volume é bom, mas não existe controle no fone. Formato concha (around-the-ear) / Headset / Conexão p2 (adaptador p10) / Cabos de 1,4 m e 1,4 m (espiral) / Sensibilidade: 108 dB/mW / resposta de frequência: 5 – 20 000 Hz / 299 g AvALIAçãO técnIcA: 7,8 cUStO/bEnEfícIO: 6,7

/ R$ 489

Março 2013 INFO

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/ 95

2/28/13 9:45:57 PM


/

Força e espaço de sobra

Enquanto o ultrabook da LG apresenta chip superveloz e corpo de 1,2 quilo, o modelo da HP oferece tela maior e muito espaço para os arquivos / pOr Airton LoPEs

DIRETO DO CELULAR Cartão SD não tem vez no Z355. O ultrabook só tem entrada para microSD

1,5 cm

21,5 cm

31,5 cm

Z355 / LG Sem luxos, este ultrabook tem quase tudo o que mais importa para quem trabalha longe do escritório. Com 1,2 quilo, ele pesa pouco na mochila e apresenta força de sobra para as tarefas mais comuns. Pena que a sua autonomia fique abaixo da média dos ultrabooks com tela de 13,3 polegadas avaliados pelo INFOlab. A fileira no lado direito do teclado com atalhos para as principais funções do Windows 8 é uma boa sacada. Em compensação, é difícil achar quem goste do seu touchpad, com botões fixos. Tela de 13,3” / Intel Core i7-3517 1,9 GHz (Ivy Bridge) / 4 GB / SSD de 256 GB / Vídeo onboard / 1,2 kg / Windows 8 / 1h26min de bateria(1) AvALIAçãO TéCnICA: 8,1 CUsTO/bEnEfíCIO: 7,5

/ R$ 3 999

2,2 cm

23,5 cm

34 cm

Pavilion 14-B090BR / Hp Com exceção do grava-

dor de DVD, este ultrabook da HP possui tudo o que a maioria dos laptops comuns com tela de 14 polegadas têm a oferecer, mas em um corpo mais fino e leve. O processador Core i5 de última geração vem acompanhado de 6 GB de memória, drive SSD de 32 GB para acelerar a inicialização da máquina e muito espaço para os arquivos. O HD de 750 GB é o de maior capacidade entre os ultrabooks que já passaram pelo INFOlab. Mas não gostamos das dimensões reduzidas do touchpad.

Tela de 14” / Intel Core i5-3317U 1,7 GHz (Ivy Bridge) / 6 GB / SSD de 32 GB e HD de 750 GB / Vídeo onboard / 1,8 kg / Windows 8 pro / 1h27min de bateria(1) AvALIAçãO TéCnICA: 7,9 CUsTO/bEnEfíCIO: 7,5

/ R$ 2 599

96 / INFO Março 2013

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(1) Duração de bateria medida com o software Battery Eater e o notebook com o Wi-Fi ligado, tela com o máximo de brilho e perfil de alto desempenho no Windows, sem permitir o desligamento de componentes

2/28/13 9:46:09 PM


Brincando de piloto

Com o helicóptero de controle remoto Thunder 18, dá para sentir o gosto de voar sem tirar os pés do chão. Mas por pouco tempo / pOr Leonardo Veras

hélice dupla As pás de cima e de baixo giram em sentidos opostos. A hélice da cauda é só enfeite

30 cm

51 cm

59,5 cm

12 cm

H-18 Thunder 18 / CAndide O Thunder 18 pode

NO cOMaNdO O controle pesa 411 gramas e se comunica com o helicóptero a uma distância de até 20 metros

divertir pilotos experientes e iniciantes devido a dois ajustes pré-configurados. No modo básico, os controles de voo são limitados para facilitar o aprendizado e evitar acidentes. Quem prefere uma experiência mais próxima à de um aeromodelo mais complexo tem a opção de ajustar velocidade e aceleração em cada eixo de movimento. O maior desafio é manter o helicóptero no ar, pois não é preciso vento muito forte para desestabilizá-lo e a autonomia é pequena. Depois de duas horas e meia de carga, a bateria durou só 16 minutos.

avaliaçãO técNica: 7,5 custO/beNefíciO: 7,0

/ R$ 499

Março 2013 INFO

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/ Radar HOME THEATERS

Ultrabooks

// ThinkPad X1 Carbon Lenovo

// Show de conexões

Feito de fibra de carbono, o X1 Carbon alia leveza, conforto e visual sofisticado. Oferece bom desempenho e tela de 1 600 por 900 pixels. Teclado e touchpad acima da média. A única saída de vídeo é por conexão Mini DisplayPort.

Com qualidade sonora e um leque de entradas de áudio e de vídeo acima da média, o HT-S3500, da Onkyo, é uma boa opção para quem não precisa de um home theater com Wi-Fi e um player de Blu-ray. No INFOlab, o som do modelo foi bem nos testes de definição, detalhamento e impacto. E, embora não tenha dock, o HT-S3500 tem uma porta USB para interagir com iPhones.

// vaio Duo 11 Sony

Este híbrido com teclado deslizante, LCD de 11,6 polegadas e resolução full HD se transforma em tablet ou ultrabook. Força para executar tarefas complexas não falta, mas a sua ergonomia ruim desencoraja longas jornadas de trabalho.

// Ultra X8600 Positivo

Com 8 gigabytes de memória, teve nos testes um dos melhores desempenhos entre os laptops de 14 polegadas na execução de tarefas gerais. O touchpad aceita os gestos de comando da nova interface do Windows 8. Porém, a sensibilidade não é a ideal.

Especificações

5.1 / 680 W / Saídas: 1 HDMI, 1 vídeo componente, 2 composto, 1 RCA estéreo / Entradas: 4 HDMI, 2 vídeo componente, 4 composto, 2 áudio óptica, 1 coaxial, 5 RCA estéreo / USB / R$ 2 799 AvAlIAçãO INFOlAB

// vaio SvT13115FBS Sony

8,4

Típico ultrabook intermediário com drive de memória flash e HD trabalhando em conjunto. A performance nos testes foi satisfatória. O visual é bonito, mas o peso (1,6 quilo) é maior que o desejado para ultrabooks de 13,3 polegadas.

// Torres sem fio

O SC-BTT490, da Panasonic, impressionou nos testes pelo som impactante dos graves. O áudio é distribuído por caixas frontais pequenas e traseiras em forma de torre que ficam ligadas em um receptor de áudio sem fio. Pena que, se quiser se livrar também do cabo de rede para curtir os aplicativos online, o usuário seja obrigado a comprar um adaptador Wi-Fi.

// vivoBook X202E Asus

É o primeiro ultrabook com preço menos proibitivo a aceitar o toque dos dedos sobre o LCD para comandar o Windows 8. A precisão e a resposta do display de 11,6 polegadas e 1 366 por 768 pixels são satisfatórias. Porém, o desempenho é o de uma máquina básica.

Samsung

O Série 9 encanta pela qualidade das imagens e pelo design bonito e prático. A resolução do display é quatro vezes a de uma tela de alta definição (720p). A inclinação e a altura são ajustáveis e a variedade de conexões é boa.

// T27B750 Samsung

Blu-ray 3D / 5.1 / 1 000 W / Saídas: 1 HDMI, 1 vídeo composto / Entradas: 2 HDMI, 1 áudio óptica, 1 RCA estéreo / 2 USB, slot SD / Dock para iPhone / Ethernet / R$ 2 999 AvAlIAçãO INFOlAB

8,1

98 / INFO Março 2013

IN327_Radar.indd 98

Tela de 14" / Intel Core i5-3427U 1,8 GHz (Ivy Bridge) / 4 GB / SSD de 128 GB / Vídeo onboard / 1,4 kg / Windows 7 Professional / 1h24min de bateria(1) / R$ 7 089 AvAlIAçãO INFOlAB

8,3

Especificações

Tela de 11,6" touchscreen / Intel Core i7-3517 1,9 GHz / 6 GB / SSD de 128 GB / Vídeo onboard / 1,2 kg / Windows 8 Single Language / 1h42min de bateria(1) / R$ 5 499 AvAlIAçãO INFOlAB

8,2

Especificações

Tela de 14" / Intel Core i5-3317U 1,7 GHz (Ivy Bridge) / 8 GB / SSD de 32 GB e HD de 500 GB / Vídeo onboard / 1,6 kg / Windows 8 Single Language / 1h44min de bateria(1) / R$ 2 299 AvAlIAçãO INFOlAB

8,1

Especificações

Tela de 13,3" / Intel Core i5-3317U 1,7 GHz (Ivy Bridge) / 4 GB / SSD de 32 GB + HD de 320 GB / Vídeo onboard / 1,6 kg / 2h18min de bateria(1) / R$ 2 999 AvAlIAçãO INFOlAB

8,0

Especificações

Tela de 11,6" touchscreen / Intel Core i3-3217 1,8 GHz (Ivy Bridge) / 4 GB / HD de 500 GB / Vídeo onboard / 1,4 kg / Windows 8 Single Language / 1h57min de bateria(1) / R$ 1 999 AvAlIAçãO INFOlAB

7,5

Monitores

// Série 9 S27B970D

Especificações

Especificações

Com tela de 27 polegadas, este modelo tem imagem muito boa, sintonizador de TV digital, funções de smartTV e design bacana. Ele é compatível com as tecnologias WiDi e Wi-Fi Direct, que falhou em todas as tentativas de conexão com tablets e smartphones.

Especificações

Tela de 27" / LCD com LED / QHD (2 560 x 1 440 pixels) / Contraste dinâmico: não divulgado / Contraste estático: 1 000:1 / Tempo de resposta: 5 ms / Entradas: 1 HDMI, 1 DVI, 1 DisplayPort / 2 USB / R$ 3 599 AvAlIAçãO INFOlAB

8,8

Especificações

Tela de 27" / LCD com LED / 1 920 x 1 080 pixels / Entradas: 2 HDMI, 1 vídeo componente, 1 composto, 1 D-Sub, 2 RF, 1 RCA, 1 P2 / 2 USB / Ethernet, Wi-Fi / R$ 1 599 AvAlIAçãO INFOlAB

8,4

FOTOS RAfAeL evAngeLiStA (1) Duração de bateria medida com o software Battery eater e o notebook com o Wi-fi ativado, tela com o máximo de brilho e perfil de alto desempenho selecionado no Windows, sem permitir o desligamento automático de componentes

2/28/13 3:13:56 PM


Tablets

// iPad 4ª Geração Apple

O modelo mais recente do tablet da Apple com tela Retina Display (2 048 por 1 536 pixels) traz um processador mais veloz e um novo conector menor que o anterior. Nos testes, o maior ganho foi na duração da bateria.

// iPad mini Apple

O iPad mini oferece ótima portabilidade e compatibilidade total com os apps feitos para o iPad maior. O seu corpo é levíssimo. A autonomia de bateria passou de nove horas nos testes. A resolução da tela (1 024 por 768 pixels) é boa, mas não encanta.

// Galaxy Note 10.1 Samsung

O tablet com configuração forte e chip de quatro núcleos pode dividir a tela e rodar dois apps ao mesmo tempo. O recurso pode, por exemplo, ser usado no aplicativo S Note, que faz anotações com ajuda da caneta stylus.

// Ypy 10 Nova Geração Positivo

Sua tela de 9,7 polegadas tem as mesmas proporções do display do iPad, e é boa para leitura de revistas e sites. Mas sua sensibilidade e sua autonomia deixam a desejar. Uma vantagem do modelo é aceitar conexão de pen drives.

Especificações

Tela de 9,7” / A6X Cortex A9 1,4 GHz dual core / 32 GB / 660 g / iOS 6 / 10h59min de bateria(1) / R$ 1 999 avalIaçãO INFOlab

9,2

Especificações

Tela de 7,9" / A5 Cortex A9 1 GHz dual core / 32 GB / 308 g / iOS 6 / 9h18min de bateria(1) / R$ 1 699(2) avalIaçãO INFOlab

8,7

Especificações

Tela de 10,1” / Exynos 4412 Cortex A9 1,4 GHz quad core / 16 GB + microSD / 3,5G (HSPA+) / 592 g / Android 4 / 6h04min de bateria(1) / R$ 1 899 avalIaçãO INFOlab

8,7

Especificações

Tela de 9,7" / Cortex A9 1 GHz / 16 GB + microSD / 3,5G / Wi-Fi / 609 g / Android 4 / 2h40min de bateria(1) / R$ 1 299 avalIaçãO INFOlab

7,3

Fones de ouvido

// OE2i Bose

Une som de primeira e conforto, pois seu corpo é bem leve. Nos testes, a qualidade de áudio foi boa e mostrou-se bem equilibrada em itens como volume, amplitude e tonalidade. Os graves são menos intensos que os de outros fones da mesma marca.

// CitiScape Uptown SHl5905bK Philips

Mais do que a qualidade de áudio satisfatória, o que mais se destaca neste fone da Philips é o conforto ao ouvir música. A forração das conchas de couro é macia, e elas se acomodam suavemente sobre as orelhas.

// HD 229 Sennheiser

Este fone se destaca pela leveza. Ele pesa apenas 92 gramas. Conchas e suporte são feitos de plástico, mas não aparentam ser frágeis. A qualidade de áudio é satisfatória e tem bom detalhamento. Porém, fica devendo graves mais profundos.

(1) Duração medida com a exibição de vídeo em 720p e com o Wi-Fi e o Bluetooth ativados (2) Preço praticado no MercadoLivre

IN327_Radar.indd 99

Especificações

Formato on-ear / Headset / Conexão P2 / Cabo de 1,7 m / Sensibilidade: não informada / Resposta de frequência: não informada / 92 g / R$ 872 avalIaçãO INFOlab

8,2

Especificações

Formato over-the-ear / Headset / Conexão P2 / Cabo de 1,22 m / Sensibilidade: 103 dB / mW / Resposta de frequência: 13 – 23 500 Hz / 270 g / R$ 299 avalIaçãO INFOlab

7,9

Especificações

Formato on-ear / Conexão P2 / Cabo de 1,4 m / Sensibilidade: 110 dB/mW / Resposta de frequência: 18 – 22 000 Hz / 92 g / R$ 269 avalIaçãO INFOlab

7,2

Março 2013 INFO

/ 99

2/28/13 3:14:06 PM


/ Radar Smartphones

// iPhone 5 Apple

O modelo ganhou um display de 4 polegadas, mas o corpo ficou 20% mais leve e manteve a largura do iPhone 4S. A autonomia melhorou, mas é inferior à dos Androids grandes. Conector e slot para SIM card ficaram menores. O 4G não funciona no Brasil.

// Galaxy Note II Samsung

A nova versão do híbrido de smartphone e tablet da Samsung tem uma poderosa configuração e tela de 5,5 polegadas de ótima qualidade que reconhece toque dos dedos e anotações e desenhos feitos com a stylus. Mas é difícil operá-lo com uma só mão.

// Razr i Motorola

Primeiro modelo no Brasil com chip da Intel, é um dos melhores smartphones intermediários que já passaram pelo INFOlab. A operação e a transição entre aplicativos são feitas com fluidez. A duração da bateria surpreendeu positivamente.

// lumia 900 Nokia

O aparelho utiliza o mesmo processador do Lumia 800, mas ganhou tela maior, uma câmera com 8 MP de melhor qualidade e outra frontal para videochamadas. Apesar do bom conjunto, não será atualizado para Windows Phone 8.

// Optimus l5 Dual LG

O smartphone Android dual SIM da LG é um modelo intermediário com um botão exclusivo para determinar rapidamente qual linha deve ser a prioritária para fazer ligações. O display de 4 polegadas tem bom tamanho, mas a resolução é de apenas 320 por 480 pixels.

Especificações

4G (LTE) / iOS 6 / A6 1,3 GHz dual core / 64 GB / Tela de 4" / Câmeras de 8 MP e 1,2 MP / 112 g / 7h55min de bateria(1) / R$ 2 999(2) avalIaçãO INFOlab

9,2

Especificações

3,5G (HSPA+) / Android 4.1 / Exynos 4412 Cortex A9 1,6 GHz quad core / 16 GB + microSD / Tela de 5,5" / Câmeras de 8 MP e 1,9 MP / 182 g / 13h34min de bateria(1) / R$ 2 229(2) avalIaçãO INFOlab

9,1

Especificações

3,5G (HSPA+) / Android 4 / Intel Atom Z2480 2 GHz / 8 GB + microSD / Tela de 4,3" / Câmeras de 8 MP e 0,3 MP / 126 g / 11h31min de bateria(1) / R$ 1 159(2) avalIaçãO INFOlab

8,6

Especificações

3,5G (HSPA+) / Windows Phone 7.5 / Snapdragon 1,4 GHz single core / 16 GB / Tela de 4,3” / Câmeras de 8 MP e 1 MP / 160 g / 12h18min de bateria(1) / R$ 1 399(2) avalIaçãO INFOlab

8,4

Especificações

3G (dual SIM) / Android 4 / Cortex A5 800 MHz / 4 GB + microSD / Tela de 4" / Câmera de 5 MP / 121 g / 10h04min de bateria(1) / R$ 749 avalIaçãO INFOlab

7,3

Docks

// Wireless audio Dock Da-E750 Samsung

O som produzido pelo amplificador valvulado desta dock é potente e de altíssima qualidade. Ela tem Wi-Fi, Bluetooth e conectores para gadgets da Apple e para smartphones Samsung Galaxy. Mas fica devendo rádio FM.

// DS7700/78 Philips

Com bateria interna e só 800 gramas de peso, esta dock da Philips se destaca pela boa autonomia. A qualidade do áudio é adequada, para um aparelho desse porte. O modelo funciona com iGadgets e aparelhos com Bluetooth.

100 / INFO Março 2013

IN327_Radar.indd 100

Especificações

100 W de potência / Entradas: P2, USB, microUSB / Ethernet, Wi-Fi (AirPlay e DLNA), Bluetooth / Compatível com iPod, iPhone e iPad (conector de 30 pinos) e smartphones Galaxy S e Note / 8,6 kg / R$ 1 999 avalIaçãO INFOlab

8,6

Especificações

14 W de potência / Entrada P2 / Bluetooth / Compatível com iPod, iPhone e iPad (conector de 30 pinos) / 800 g / Bateria interna / 5h33min (modo dock) e 12h53min (modo Bluetooth) de bateria(3) / R$ 519 avalIaçãO INFOlab

7,8

FOtOS RAfAeL evANGeLiStA (1) Duração medida com o aparelho em chamada e com o Wi-fi e Bluetooth ativados (2) Preço do aparelho sem planos de voz e dados (3) Duração de bateria medida com a reprodução contínua de música

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TVs

// 84LM9600 LG

O modelo é uma opção para assistir vídeo em 4K (3 840 por 2 160 pixels), a melhor qualidade disponível em TV. Com conteúdo compatível, as imagens são perfeitas. Com Blu-ray e TV digital, a qualidade é muito boa, mas não tanto quanto em uma TV full HD.

// UN75ES9000 Samsung

As 75 polegadas de tela e a qualidade do 3D ativo proporcionam imersão e realismo notáveis às imagens na UN75ES9000. Reconhece voz, gestos e face para acionar aplicativos e comandar a TV, mas fica devendo conexão por WiDi.

// viera TC-P65vT50b Panasonic

São excelentes as imagens produzidas nas 65 polegadas, com nível de preto excepcional. O Bluetooth usado para sincronizar os óculos 3D ativos também transmite o áudio a fones e docks e permite ligar um teclado na TV.

Especificações

Tela de 84" / 4K (ultra HD) / LCD com LED / 3D passivo, vem com 6 óculos / Entradas: 4 HDMI, 1 vídeo componente, 1 composto, 1 D-Sub / 3 USB / Ethernet, Wi-Fi / R$ 44 999 avaLIaçãO INFOLab

9,3

Especificações

Tela de 75" / Full HD / LCD com LED / 3D ativo, vem com 4 óculos / Entradas: 3 HDMI, 1 vídeo componente, 1 composto / 3 USB / Ethernet, Wi-Fi, Bluetooth / R$ 25 999 avaLIaçãO INFOLab

9,0

Especificações

Tela de 65" / Full HD / Plasma / 3D ativo, vem com 2 óculos / Entradas: 4 HDMI, 1 vídeo componente, 1 composto, 1 D-Sub / 3 USB / Ethernet, Wi-Fi, Bluetooth / R$ 12 999 avaLIaçãO INFOLab

8,7

Câmeras

// EOS 5D Mark III Canon

Sólida e robusta, a Mark III faz excelentes fotos graças ao seu sensor do tipo full frame, tão grande quanto um negativo de 35 mm. Ela é veloz para achar o foco correto, usando 61 pontos distribuídos pelo sensor. O microfone embutido grava apenas em mono.

// alpha 57 (SLT-a57K) Sony

Uma das principais virtudes da Alpha 57 é a velocidade. Nos testes, o modelo conseguiu fazer 11 imagens por segundo, com resolução máxima de 8,4 MP. As fotos têm ótima qualidade, mas as cores ficam levemente saturadas.

// Coolpix P510 NIKON

Este câmera da Nikon agrada pelo zoom de 42 vezes. Outro diferencial é o módulo GPS, que permite gravar a localização de cada uma das fotos. Nos testes do INFOlab, a qualidade das imagens foi razoável, semelhante à de uma câmera compacta.

// DMC-G5K Panasonic

As imagens que esta câmera produz têm boa definição e cores fiéis. O seu LCD é touchscreen. Basta tocar na tela para focar. A ergonomia é boa, mas a DMC-G5K é grande e possui controles confusos, alguns com dupla função, o que dificulta o uso.

Especificações

22,3 MP / Zoom de 4,4x (24 a 105 mm) / Filmagem em 1 080p / LCD de 3,2" / 1,639 kg / R$ 23 999 avaLIaçãO INFOLab

8,9

Especificações

16,1 MP / Zoom de 3x (27 a 82,5 mm) / Filmagem em 1 080p / LCD de 3" / 841 g / R$ 2 999 avaLIaçãO INFOLab

8,1

Especificações

16,1 MP / Zoom de 42x (24 a 1 000 mm) / Filma em 1 080p / LCD de 3" / 547 g / R$ 1 599 avaLIaçãO INFOLab

7,9

Especificações

16,1 MP / Zoom de 3x (28 a 84 mm) / Filma em 1 080p / LCD de 3" / 568 g / R$ 3 499 avaLIaçãO INFOLab

7,7

Março 2013 INFO

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OPORTUNIDADES E OFERTAS DE PRODUTOS E SERVIÇOS DE TECNOLOGIA

CADERNO

HARDWARE . SOFTWARE . SERVIÇOS . SUPRIMENTOS . CARREIRAS E CURSOS . AUTOMAÇÃO

PARA ANUNCIAR

(11) 3037.5868 / (11) 3037.2700 OUTRAS LOCALIDADES: 0800.701.2066 sergio.albino@abril.com.br classificados@abril.com.br PARA SABER MAIS INFORMAÇÕES, ACESSE O SITE http://info.abril.com.br/midiakit O conteúdo deste caderno é de inteira responsabilidade dos anunciantes.

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CADERNO

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AUTOMAÇÃO / CARREIRAS E CURSOS | 2

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3 | CARREIRAS E CURSOS / HARDWARE

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pORtátiL O teclado pesava

90 g e era alimentado por baterias

3 s 1m2 inuto

que mpo inoso e t o m foi lado lu nos o tecncionouNf olab f u s do I t es t e

tecladO vIrtual? Mesmo com os handhelds perto do fim, em 2005 algumas empresas ainda tentavam diminuir o sofrimento de usuários que precisavam digitar textos longos. A empresa chinesa i.Tech lançou o VKB (Virtual Keyboard by Bluetooth). O gadget se comunicava sem fio com handhelds, tinha pouco mais de 9 centímetros de altura e projetava um teclado com 29,5 centímetros de largura. Suas teclas eram feixes de luz que interagiam por meio de sinal infravermelho e havia até uma opção para que a digitação fizesse barulho, como em um teclado normal. A boa ideia, no entanto, não se popularizou devido ao preço. O VKB custava 1 490 reais, valor que, na época, era suficiente para comprar um bom handheld, como o Palm Zire 72. / Por juliano barreto ↙ veja mais: info.abril.com.br/blog/ctrlz

114 / INFO Março 2013

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foto MARCELO KURA

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