Revista Indústria de Bebidas Ed. N° 115

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Acho que muitos de vocês tem a curiosidade em saber, por que chamamos esta categoria de bebidas Energéticas?

Ano 22 - Edição Nº 115 - 2022

Índice

06 Ingrediente: Tate & Lyle destaca os benefícios e desafios de nova rotulagem nutricional

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Edição: Nº 115 - 2022

Capa: Foto: Divulgação

Diretoria:

Fábio dos Santos Cátia Rodrigues dos Santos fcsantos2002@uol.combr

Jornalista

Walter Fernandes fcsantos2002@uol.com.br

Diagramação e Criação: Rubem Araujo Spinola binhoartegraf@gmail.com

Estagiária

Leticia dos Santos Dutra fcsantos2002@uol.com.br

Assinatura / Expedição: Reinaldo A. dos Santos fcsantos2002@uol.com.br

Departamento Comercial: Fábio dos Santos fcsantos2002@uol.com.br

Departamento Administrativo: Carla Rodrigues fcsantos2002@uol.com.br

Colaboradores:

José Carlos Giordano umbrellagmp@terra.com.br

Mathias R. Reinold mathias@cervesia.com.br

Marco A. Amaral marcoagamaral@uol.com.br

Consultor:

Mathias R. Reinold (Mestre Cervejeiro)

“Os artgos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não representam a opinião da editora.”

FC Santos Editora e Eventos Ltda

Rua Marina, 468 - Campestre Santo André – SP – CEP: 09070-510 Tel.: (11) 98336-4334 / 93348-3442 fcsantos2002@uol.com.br www.industriadebebidas.com.br

Facebook: revistaindustriadebebidas www.revistaindustriadebebidas.blogspot.com.br

Empresa: Empresa carioca Barin aposta alto no mercado nacional de bebidas alcoólicas prontas para o consumo

14 Merc ado: Tradição e vanguarda: Cachaça Pindorama chega ao mercado brasileiro

16 Capa: Acho que muitos de vocês tem a curiosidade em saber, por que chamamos esta categoria de bebidas Energéticas?

20 Tecnologia: Tecnologia deve ter o objetivo de escalar negócios

22 Meio Ambiente: Coca-Cola FEMSA Brasil opera com caminhões elétricos em São Paulo

Editorial

Foi um ano com muitos obstáculos, mas não podemos deixar de agradecer por conseguirmos dar continuidade em nossa trajetória, levando ao mercado de bebidas notícias, matérias e artigos técnicos que possam completar e auxiliar os profissionais que se dedicam todo o ano para manter a excelência na fabricação e envase em nosso setor.

Na edição Nº 115, estamos publicando alguns assuntos de imensa importância ao setor, Rafael Franco, CEO da Alphacode vem falando sobre; Tecnologia deve ter o objetivo de escalar negócios.

A Tate & Lyle destaca nessa edição os benefícios e desafios de nova rotulagem nutricional. Temos também uma página sobre a empresa carioca Barin que aposta alto no mercado nacional de bebidas alcoólicas prontas para o consumo.

Estreando em nossas páginas a Cachaça Pindorama detalha a sua chegada ao mercado brasileiro.

de

Bebidas, publica nessa edição em nossa matéria de capa uma excelente matéria sobre o mercado de energéticos.

Anunciantes E x p e d i e n t e
Completamos mais uma etapa, sendo a ultima edição do ano de 2022, estamos felizes e completos junto aos nossos leitores, clientes e parceiros.
Boa leitura e ótimos negócios Ano 22 Edição Nº 115 2022 Acho que muitos de vocês tem a curiosidade em saber, por que chamamos esta categoria de bebidas Energéticas? Technical Filter...............................................19 Jopemar...............................................4ª Capa Bellpar…….......................................................21 Tovani Benzaquen.....................................12/13 Santosflora……...............................................05 Maqmundi...............……................................11 Allupack……....................................................17 Lapiendrius…….........................2º Capa, 03 e 15 Technical Filter...............................................19 Pallets RP……..........................................3ª Capa Qualiterme....................................................07 Portceramic..................................................09
Finalizando, Marco Amaral, consultor e colaborador da revista Indústria

Tate & Lyle destaca os benefícios e desafios de nova rotulagem nutricional

Nova rotulagem nutricional entra em vigor no Brasil trazendo vários benefícios ao consumidor

percentual de valor diário: “percentual de valores diários fornecidos pela porção”

A tabela de informação nutricional deverá seguir um padrão, dentre os modelos permitidos estão:

Entrou em vigor dia 9 de outubro de 2022 no Brasil a RDC 429/20 e IN 75/20. Ambas as regulamentações estabelecem os critérios para a adoção da nova rotulagem nutricional frontal e as modificações na tabela de informação nutricional e alegações nutricionais “Um item de extrema importância e considerado como diferencial nessas publicações é em relação a nova rotulagem nutricional frontal, algo inédito para o Brasil. Também conhecido como FOP, da abreviação do inglês front-of-pack, os selos nas embalagens identificarão os produtos que possuem um conteúdo acima dos limites previstos para açúcar adicionado, gordura saturada e sódio Essa nova r e g u l a m e n t a ç ã o v a i a u x i l i a r o s consumidores a tomarem decisões baseadas em informações claras e de fácil entendimento”, comenta Lilian Cupersmid, Gerente de Assuntos Regulatórios da Tate & Lyle.

Em outros países da América Latina a rotulagem nutricional frontal já existe há algum tempo, e muitos fabricantes reformularam seus produtos, reduzindo a quantidade de açúcar, sódio e gorduras. No México, após um ano da nova rotulagem, uma pesquisa identificou que 72% dos entrevistas consideram útil esta nova forma para que tomem suas decisões de escolha de produtos¹.

Entre os principais objetivos da nova rotulagem nutricional se destacam: Facilitar a compreensão da rotulagem nutricional pelos consumidores para a realização de escolhas alimentares;

Aperfeiçoar a visibilidade e legibilidade das informações nutricionais; Facilitar a comparação entre os produtos; Reduzir situações que geram engano ao consumidor.

Estas novas regras passam a valer para produtos embalados na ausência do consumidor, incluindo: alimentos, bebidas, ingredientes, aditivos alimentares, coadjuvantes de tecnologia, inclusive aqueles destinados exclusivamente ao processamento industrial ou aos serviços de alimentação.

Tabela de informação nutricional

“A rotulagem nutricional é toda declaração destinada a informar ao consumidor as propriedades do alimento. Dentre elas está a tabela nutricional, onde são descritos o conteúdo energético, os nutrientes e as substâncias bioativas, que são dados obrigatórios nos rótulos dos alimentos embalados na ausência dos consumidores, salvo algumas exceções”, comenta Lilian. Na tabela de informação nutricional, as principais mudanças são:

Uso de apenas letras pretas e fundo branco Proibição de colocar a tabela em áreas de difícil visualização ou deformadas

Identificação de açúcares totais e açúcares adicionados

Declaração do valor energético e nutricional por 100g ou 100ml Destaque do número de porções por embalagem

Uso da frase com esclarecimento sobre o

1. Modelo horizontal 2. Modelo horizontal 3. Modelo vertical quebrado 4. Modelo horizontal quebrado
06 I.B Ed. Nº 115 - 2022 INGREDIENTE Por: Tate & Lyle
5. Modelo agregado

O segmento de bebidas necessita de equipamentos para controle térmico projetados para garantir qualidade. Buscando sempre novas técnicas e soluções para sua produção, nossos equipamentos possuem eficiência energética, proporcionando aos clientes um equipamento focado em gerar economia e lucro para a empresa.

INGREDIENTE

A rotulagem nutricional frontal (FOP)

A rotulagem nutricional frontal é um símbolo informativo incluído no painel frontal das embalagens com o objetivo de esclarecer ao consumidor sobre o alto conteúdo de açúcar adicionado, gorduras saturadas e sódio. Ela é obrigatória nos rótulos dos alimentos embalados na ausência do consumidor, cujas quantidades de açúcares adicionados, gordura saturada e sódio sejam iguais ou superiores aos limites abaixo:

Nutrientes Alimentos sólidos ou semissólidos Alimentos líquidos

Açúcares adicionados = 15g por 100g do alimento = 7,5g por 100ml do alimento

Gorduras saturadas = 6g por 100g do alimento = 3g por 100ml do alimento

Sódio = 600mg 100g do alimento = 300mg por 100ml do alimento

A nova regulamentação consiste em alguns modelos que devem ser seguidos caso seja preciso rotulagem nutricional frontal dos produtos. A Anvisa estabeleceu diferentes modelos para a utilização do FOP, dependendo de quais nutrientes estiverem em quantidade acima do estabelecido. Abaixo um exemplo utilizando todos os nutrientes.

Desafios da indústria na adaptação dos produtos

Diante de uma ampla busca dos consumidores por alimentos mais saudáveis, a nova rotulagem nutricional chega em um bom momento para auxiliar as pessoas a fazerem escolhas mais informadas de alimentos e bebidas. A indústria por sua vez, deverá encontrar formas de entregar produtos que atendam às exigências mais elevadas desses consumidores, com um melhor valor nutricional e que tenham os aspectos sensoriais esperados, como o sabor e a textura.

“Com a entrada em vigor do FOP, muitos produtos comuns no dia a dia dos brasileiros receberão o selo de alto em açúcar adicionado, por exemplo. Isso será um alerta para que as pessoas revejam a frequência e a quantidade de consumo desses alimentos, em especial para quem busca controlar a ingestão desse nutriente. Ainda que as pessoas desejem consumir menos açúcares, não abrem mão de sabor e indulgência, e para atender a essas demandas os fabricantes contam com diversas opções de edulcorantes sem ou de baixa caloria, como por exemplo as estévias, ingrediente que cada vez mais conhecido pelos consumidores”, comenta Leonardo Christol, Gerente de Marketing da Tate & Lyle.

Alegações nutricionais

“As alegações nutricionais são declarações voluntárias feitas na rotulagem e que visam destacar as propriedades nutricionais positivas dos alimentos. As alegações de conteúdo absoluto descrevem a quantidade do valor energético e de nutrientes contidos no alimento, enquanto as alegações de conteúdo comparativo contrapõem a quantidade do valor energético e dos mesmos nutrientes contidos no alimento de referência. Por fim, as alegações de sem adição descrevem que um ingrediente não foi adicionado de forma direta ou indireta”, explica a Gerente de Assuntos Regulatórios da Tate & Lyle. É possível fazer uma alegação nutricional no painel principal em determinado alimento que tenha FOP, desde que as alegações não sejam realizadas para os nutrientes alvo dos selos. Neste caso, as alegações nutricionais não devem estar localizadas na metade superior do painel principal, nem utilizar caracteres de maior destaque.

Prazo de implementação e adequação

Diante de tantas mudanças, é necessário ficar atento aos prazos para implementação e adequação às novas regras.

Todos os produtos que foram lançados a partir de 09/10/2022 deverão cumprir com as mudanças apresentadas pela RDC 429/20 e IN 75/20. Os produtos que, comprovadamente, já estejam no mercado antes dessa data, terão até o dia 09/10/2023 para se adequarem aos novos critérios. Neste caso, os produtos que sejam produzidos até o dia 08/10/2023, poderão ser comercializados até o final do seu prazo de validade.

Em alguns casos específicos haverá um prazo maior para adequação. Produtos de agricultura familiar, empreendimento econômico solidário, agroindústria de pequeno porte, agroindústria artesanal e alimentos artesanais terão até 09/10/2024 para se adaptar. No caso de bebidas não alcóolicas em embalagens retornáveis esse limite é estendido até 09/10/2025. Os produtos destinados exclusivamente ao processamento industrial ou aos serviços de alimentação deverão estar adequados a partir da data de sua entrada em vigor, ou seja, 09/10/2022

Os fabricantes também contam com outras opções para auxiliar na reformulação dos produtos frente a retirada ou redução de açúcares. Moduladores de sabor podem ser utilizados em combinação das estévias para melhora do perfil de dulçor dos produtos, bem como fibras solúveis podem ajudar na recomposição do corpo em diversas formulações.

“O uso de fibras solúveis como parte da estratégia de redução de açúcares pode também ser um aliado na fortificação dos alimentos, aumentando a quantidade de fibras na porção, e até mesmo possibilitando alegações de fonte ou rico em fibras”, finaliza Leonardo.

Segundo o último levantamento realizado pela empresa em sua pesquisa proprietária, 50% dos brasileiros afirmaram que a presença de selos indicativos de alto conteúdo em açúcar adicionado, gordura saturada e sódio irão impactar negativamente a intenção de compra desses produtos². A nova rotulagem nutricional apresenta uma oportunidade aos fabricantes de alimentos e bebidas de reformular seus produtos e oferecer aos consumidores opções mais saudáveis, evitando a rotulagem nutricional frontal.

Serviço:

www tateandlyle.com.br

1) Agencia de Investigación Social Estratégica Dinamia para El Poder del Consumidor, 2020

2) 2020 Pesquisa Global de Percepção de Ingredientes, proprietária da Tate & Lyle

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Antes deixados de lado pelos consumidores de bebidas alcoólicas, os drinks enlatados prontos para o consumo parecem que voltaram para ficar Tendência que foi na moda entre os jovens do Brasil e dos Estados Unidos durante toda década de 90 e o início dos anos 2000, os produtos mistos ready-to-drink (prontas para beber, em português), ou apenas RTDs, acabaram renegadas a segundo plano com o passar do tempo. Agora, com o isolamento social reflexo da pandemia e o consequente crescimento do comércio

virtual de produtos, esse modelo de negócio ressurgiu com força total. Prova disso é a empresa carioca Barin, que, com processo de fabricação artesanal, oferece ao público opções já consagradas, tais como a caipirinha de limão (cachaça, limão e açúcar), o moscow mule (vodca, gengibre, limão e hortelã, além de uma pitada de mix de ingredientes), e o gin tropical, que conta com a receita autoral à base de gin, caju, coco e abacaxi.

Um estudo elaborado pela consultoria InsightAce Analytic mostrou que esse

segmento de bebidas alcoólicas prontas para o consumo registrou um faturamento recorde no ano passado: 32,9 bilhões de dólares, com projeção de ultrapassar os 85,5 bilhões até 2030. Lançada em dezembro de 2021, a Barin obteve resultados surpreendentes em apenas cinco primeiros meses de produção, com 21 mil latas. Para Rodrigo Carvalho, criador da marca, o principal objetivo é ofertar um produto de qualidade elevada dentro de uma lata.

“A ideia da lata surgiu pela questão da sustentabilidade, mas o grande desafio da marca é quebrar o paradigma de que produto enlatado não pode ser super premium. O luxo pode ser prático, arrojado e preocupado com a sustentabilidade”, disse o empresário.

Com estimativa de faturamento de quase R$ 1,9 milhão até 2023 – chegando a mais de R$ 6,1 milhões até 2025 –, a Barin já ensaia os seus próximos passos para pegar a ponte aérea e desembarcar com tudo em São Paulo, um ponto que é estratégico para os planos da empresa.

“São Paulo é uma praça fundamental para nós, e para entrar com o pé direito, vamos seguir o mesmo modelo que utilizamos no Rio de Janeiro. O nosso segundo momento é a consolidação da marca em todo o Brasil. E o maior desafio da Barin foi montar um produto premium, prático e pronto para consumo, e isto é algo que não se encontra com facilidade nos mercados, A marca traduz sofisticação de uma maneira bem disruptiva'', detalha Rodrigo.

Como Comprar?

Por enquanto, a Barin vende os seus produtos apenas pelo site oficial. Quem quiser experimentar basta criar uma conta, escolher qual a melhor opção de bebida de sua preferência e finalizar o seu pedido. Os packs, com quatro latas de 269ml, custam R$ 56. A Barin é perfeita para piqueniques, acompanhamento de petiscos leves ou para refrescar aquela gostosa visita de amigos.

Serviço:

www.barin.co

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Empresa carioca Barin aposta alto no mercado nacional de bebidas alcoólicas prontas para o consumo
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EMPRESA P or: R edação
Pesquisa recente aponta que o setor mundial deverá superar a casa dos 85 bilhões de dólares até 2030

Tradição e vanguarda: Cachaça Pindorama chega ao mercado brasileiro

Marca fluminense de aguardente une o artesanal à infraestrutura e práticas ESG

m u ito a lia d a a d es m ata m ento, à monocultura extrativista e à exploração. Queremos mudar isso e tudo que fazemos reflete essa ética.” diz Luiza Konder de Almeida Braga, da Pindorama.

A partir dessa reforma, depois de muitos ajustes e aprendizado para garantir um produto de altíssima qualidade, o alambique passou a produzir em torno de 50 mil litros de cachaça prata ao ano, o carro-chefe da marca Dez por cento dessa produção destina-se à criação da versão descansada em barris de amburana. A própria empresa planta dez árvores da madeira para cada barril utilizado.

além de também a criar uma estrutura para produção de energia através do bagaço da cana. A marca ainda adotou práticas sociais em parcerias com escolas locais, possibilitando aulas de esportes e matérias na fazenda.

Acachaça Pindorama, produzida no interior do Rio de Janeiro, vem trilhando um caminho próprio, construindo uma marca que celebra nossa história em toda sua diversidade Considerada um verdadeiro tesouro da cultura nacional, a cachaça artesanal premium tem vivido um renascimento e muito deve-se aos pequenos produtores das diversas regiões do Brasil que buscam a excelência na prática do processo original que hoje em dia é apreciada mundo afora.

A Fazenda das Palmas, sede da empresa Pindorama, está localizada no coração do Vale do Café, entre Vassouras e Morro Azul. Quando o casal Luiza e Antônio Carlos de Almeida Braga adquiriram a propriedade em 2012 descobriram ali nas suas instalações o que vinha a ser o terceiro alambique comercial do estado do Rio e decidiram por restaurar o local. Construído originalmente em 1855, o alambique havia sido desativado e abandonado, porém ainda mantinha a caldeira inglesa, importada via Alemanha no começo do século XX.

Com a ajuda das duas filhas, Joana e Maria, e do genro, Rafael, nasceu a Pindorama cujo nome coincidentemente significa em Tupiguarani, região das palmeiras ou terra livre do mal. "Ao decidirmos reformar o alambique e restabelecer a produção de cachaça, realizamos todo um trabalho de pesquisa histórica da bebida e também da região da fazenda, como forma de fundarmos uma marca com um DNA que carrega esse legado cultural e histórico e ao mesmo tempo está se posicionando como uma via sustentável de produção agroflorestal que leva em conta as necessidades da realidade do século XXI. A Pindorama vem com uma proposta de ressignificar a nossa cultura, infelizmente

O processo começa desde o plantio da cana de açúcar que é realizado na própria fazenda, próximo ao alambique. Um fator importante que acaba por enriquecer a fermentação e garantir ao processo uma temperatura e fatores ideais são os mais de 100 hectares de mata-atântica que cercam o alambique e são hoje uma APP (Área de Proteção Permanente).

Para garantir a integridade do produto, e a fidelidade a este processo centenário, a Pindorama ainda é submetida a análises constantes Durante seu processo, são retirados os primeiros 20 litros iniciais, a cabeça da cachaça, assim como os seus últimos 10 litros, denominado de cauda, restando apenas o que há de mais puro no processo, o coração da bebida. Após essa etapa, a bebida é posteriormente armazenada em tonéis de aço INOX (Pindorama Prata) e em barris de amburana (Pindorama Ouro) onde se intensificam suas características especiais Atualmente, a Pindorama Ouro ainda não é comercializada e tem perspectiva de lançamento em 2023. Com isso, aliado à reforma do alambique, os fundadores também implementaram iniciativas que tornaram o projeto consciente nas diretrizes de ESG. "Estudamos todos os processos da cachaça, e vimos como poderíamos melhorar a produção nos aspectos ambientais, sociais e de governança. Com isso, vimos que poderíamos realizar ajustes desde local de plantio, o que seria plantado, até mesmo a outros aspectos da fabricação e pontos mais simples, como utilizar a infraestrutura como local de aula para escolas da região", explica Luiza Braga.

Dessa forma, a marca implementou iniciativas como o reflorestamento da área com espécies nativas da mata atlântica, o plantio de cana de açúcar e milho não transgênico em consórcio próximo ao alambique, como forma de proteção do solo,

O rótulo, desenvolvido por Oveja & Remi, renomado escritório argentino de design, traz uma ilustração cheia de símbolos como a floresta, o rio, animais e também personagens que ilustram a multiplicidade de nossa população. É uma representação da união de culturas e a intenção de comunicarmos para nossos consumidores a importância de cada povo na construção da nossa história.

A marca fez sua estreia inicial, em 2017, no mercado português, devido às facilidades iniciais oferecidas pelo país. Logo após seu lançamento, a Pindorama conquistou a medalha de prata no International Spirits Challenge, em Londres, em 2019. Em 2021, após um resultado consistente de vendas na Europa, a marca iniciou sua comercialização no Brasil, chegando a pontos de venda no Rio de Janeiro e São Paulo, como Aprazível, Arpoador Inn, Hotel Fasano, Babbo Osteria e o Supermercado Zona Sul.

Neste ano, a marca conquistou o 2º lugar na competição de melhor cachaça no V Ranking da Cúpula da Cachaça, além de expandir sua distribuição mundo afora, chegando ao Reino Unido e também participando da Rum Fest, em Londres, sendo a única cachaça participante e atraindo uma legião de curiosos e novos apreciadores.

E a Pindorama tem mais perspectiva de mais expansão. A marca tem previsão de chegar a mais estados, se propondo a manter a qualidade na produção e com meta de dobrar o número de produção, alcançando mais de 100 mil garrafas em 2023.

"Estamos em franco crescimento e temos a proposta de dobrar a nossa produção, sempre mantendo nossa qualidade O mercado da cachaça tem muito a crescer, tem uma grande demanda por um produto de qualidade no Brasil e mundo afora. E queremos mostrar o potencial da bebida e sua versatilidade", termina Luiza.

Serviço:

www.drinkpindorama.com

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Pindorama no mercado
MERCADO P or: R edação

Bem antes de entrar nos detalhes de composição e ingredientes funcionais desta bebida, vamos falar um pouco sobre sua história e como ela chegou a ser o que é hoje.

Na década de 1980, o austríaco

Dietrich Mateschitz, em sua viagem à Bangcoc/Tailândia notou que lá existia uma bebida composta por ervas e especiarias que os nativos bebiam com objetivo de obter mais energia e disposição física e mental.

Ele ficou muito interessado e usando os conhecimentos da medicina nutricional chegou na bebida que temos hoje.

Uma bebida com aqueles ingredientes ele havia descoberto na Tailândia, mas com uma aparência mais ocidentalizada, ou seja, carbonatada e vendido em uma latinha.

O sucesso veio rápido e logo já se espalhou por todo mundo.

Cabe aqui destacar que neste caso eu me refiro ao energético da marca Red Bull, a primeira a conquistar o mercado mundial, com um marketing agressivo focado ao público jovem e patrocinando os principais

esporte radicais e de aventura, sucesso foi eminente.

Agora vamos falar sobre o aspecto funcional desta bebida e descobrir o existe em sua composição para poder ser classificada como energético.

A bebida Energética é regulamenta no Brasil pela AVISA, sendo necessário ter em sua composição cafeína, taurina, carboidratos e vitaminas, principalmente as vitaminas do complexo “B”

Podem além destes mencionados anteriormente conter também outros ingredientes como, glucoronolactona, inositol, aromas, corantes e outros ingredientes secundários.

Pela legislação existe um limite de 350 mg/l de cafeína e 400mg/100 ml de taurina.

É importante ressaltar que as bebidas energéticas não são nocivas à saúde humana e não possuem álcool em sua composição.

A única ressalva ou cuidado em seu consumo se aplica a pessoas que possuem sensibilidade à cafeína.

Mas fiquem tranquilos, uma latinha de 250 ml possui em média a mesma quantidade de cafeína que uma xicara de café.

Falaremos agora sobre desempenho da bebida no mercado brasileiro nos últimos dez anos e o que ocorreu com ela ou com mercado para obtermos resultados de vendas, positivos e ou negativos.

Segue na sequencia dois gráficos, sendo que gráfico 1 é volume de consumo versus ano e gráfico 2 o desempenho em % referente ao ano imediatamente anterior (Fonte: ABIR)

A linha pontilhada do gráfico 1 representa a curva de tendência de crescimento da bebida, isso demonstra que nestes últimos dez anos, com alta e baixas de nossa economia e com pandemia em 2020, Bebidas Energética vem crescendo mesmo

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Acho que muitos de vocês tem a curiosidade em saber, por que chamamos esta categoria de bebidas Energéticas?
CAPA P or: Marco A. Amaral

assim.

Para ilustrarmos mais um exemplo da ordem de grandeza deste volume e de seu avanço neste período, se comparamos o volume de consumo das Bebidas Energéticas com as Carbonatada, em 2011 ela representava apenas 0,5%, mas em 2021 passou para 1,5%.

etapas de variação de consumo em % muito distintas durante estes últimos 10 anos. Período de 2011 à 2013, foram anos de grande crescimento no consumo, devido ao lançamento de novos sabores e da nova alternativa de embalagem, garrafa PET Energético deixou de ser apenas uma

maior propenção de consumo de itens não essenciais.

Anos de 2014 à 2017 foi um periodo de perfil oposto, baixo poder aquisitivo e consumidor reduziu seu consumo de intens não essenciais, logo notamos uma retração no seu consumo.

A princípio perece pouco, mas lembremos que as bebidas carbonatadas é segunda maior em consumo no Brasil, ficando atrás apenas da Água Mineral.

No Gráfico 2 podemos destacar algumas

bebida de consumo nos eventos noturnos e envasada em latas.

Além da popularização da bebida, estávamos passando no período de 2011/13uma melhora do poder aquisitivo e

Ano de 2018 ate 2021, retomada da economia e reduçao inflação, mesmo com a Pandemia de 2020 e 2021 seu volume cresceu. Havendo uma mudança do local de consumo das ruas, bares e eventos para ser consumido nos lares. Com o amadurecimento do habito de consumo e maior competividade entre os fabricantes, prevemos a existência de um número menor de marcas mas um aprimoramento da qualidade da bebida. Isso irá refletir na segmentação das marcas lideres, lançando novos sabores e com novos ingredintes em sua composição. A fusão de categorias de bebidas é uma outra tendência, exemplo: bebidas Energéticas com reposição de sais minerais e vitaminas, ou seja Energéticos com Isotônicos.

O que podemo esperar sobre futuro desta bebida?

Bebidas Energéticas composta com a bebida mais popular do Brasil, café Mas uma tendência importante que devemos mencionar seria o lançamento opções desta bebida com alternativa de ingredientes mais naturais, deixando de lado a taurina, cafeína e substituindo por guaraná, ginseng, canela e chás

Vamos esperar e nos prepararmos para este futuro !!!

Serviço:

LightHouse Consultoria Análise do mercado de bebidas.

Desenvolvimento Novos Produtos.

marcoamaral@hotmail.com

www.abir.org.br

Fotos: Divulgação

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Tecnologia deve ter o objetivo de escalar negócios

Para Rafael Franco, CEO da Alphacode, investimentos em tecnologia devem trazer resultados em áreas como experiência do cliente e omnicanalidade

resultados que serão gerados estão caindo absurdamente. A impressão que temos é que a racionalidade voltará a dar as cartas em um mercado que foi atropelado por uma pandemia e ondas como o Metaverso, NFTs e criptomoedas”, pontua.

Segundo o CEO da Alphacode, uma onda de investimentos com uma nova finalidade está chegando ao mercado. “Acredito que os investimentos em tecnologia, que trazem resultados para as companhias em áreas como experiência do cliente, omnicanalidade e relacionamento serão a principal tônica nos próximos meses, fazendo com que as empresas realmente cresçam exponencialmente a médio e longo prazo”, declara.

Ao utilizar a tecnologia para potencializar os resultados de uma empresa é possível alcançar: Maior agilidade na realização de processos; Maior eficácia e economia; Aumento da vantagem competitiva no mercado.

geradora de soluções para o cenário desafiador que a humanidade tem adiante”, finaliza.

Para que um negócio se desenvolva de forma plena, as empresas precisam reinventar-se e aprimorar-se de tempos em tempos. Nesse sentido, o uso de novas tecnologias para potencializar os resultados apresentados é fundamental. Afinal, nos dias de hoje, o crescimento de uma companhia está diretamente relacionado à adoção de medidas tecnológicas.

De acordo com Rafael Franco, CEO da Alphacode, empresa que atua em São Paulo, Curitiba (PR) e Orlando (FL-EUA), responsável pelo desenvolvimento de aplicativos para marcas como Habib's, Madero e TV Band, a tecnologia precisa estar a serviço dos resultados. “Nesse novo cenário de juros mais altos e as trombetas apontando para uma recessão, a ordem nas empresas passou a ser cuidar do caixa e aumentar os lucros. Com esse quadro pintado, é necessária, cada vez mais, uma posição responsável dos líderes de tecnologia nas empresas na busca por utilizar os investimentos de maneira eficaz, aumentando a lucratividade pelo ganho de eficiência”, relata.

Para o empresário, o ciclo de investimentos aleatórios na área de tecnologia está chegando ao fim. “Os investimentos que estão completamente desconectados dos

De acordo com Rafael Franco, a atuação dos profissionais de tecnologia é crucial nesse momento de transição. “É fundamental que exista uma atuação contundente nessa busca por evolução Assim, a área tecnológica não será vista como uma fonte de custos elevados, mas sim como uma

Empresário que atua no mercado de tecnologia há 20 anos, a paixão o levou a se aprofundar nesta área e por isso se graduou em Ciência da Computação com pós em Engenharia de Software Também foi executivo de multinacionais liderando projetos premiados por grandes empresas. Em 2015 fundou a Alphacode, empresa presente em São Paulo, Curitiba (PR) e Orlando (FL-EUA) em que atualmente é CEO Lidera um time de especialistas em experiências digitais com grande destaque para projetos de aplicativos mobile, sendo responsável por projetos de grande porte neste segmento como Grupos Habib's, Madero e TV Band. Comanda o time responsável por dezenas de aplicativos que atendem mais de 20 milhões de pessoas todos os meses, principalmente nos segmentos de Delivery, Saúde e Fintechs.

Serviço:

www.alphacode.com.br

Consultoria e Desenvolvimento de novos produtos

Elaboração de relatórios específicos sobre diferentes segmentos de mercado de alimentos e bebidas, provendo informações relevantes e estratégicas para que sua empresa possa conhecer melhor o mercado e tomar decisões estratégicas.

Desenvolvimento de novos produtos, desde a escolha de fornecedores, embalagens, processo de fabricação e desenvolvimento de parceiros (co-packers).

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20 I.B Ed. Nº 115 - 2022
TECNOLOGIA P or: Redação

Coca-Cola FEMSA Brasil opera com caminhões elétricos em São Paulo

A Coca-Cola FEMSA Brasil está operando com sua frota de caminhões elétricos para a distribuição de bebidas na região metropolitana de São Paulo.

primeiras rotações A suspensão pneumática permite suspender um dos eixos para gerar ainda mais economia na operação. O peso bruto total de cada unidade é de 14.300 Kg e a capacidade máxima de carga útil, somada à carroceria, chega a 9.055 Kg, a maior de sua categoria em elétricos no Brasil.

“Nosso objetivo é gerar valor ambiental para os stakeholders e as comunidades que atendemos, considerando ações para mitigar os impactos em toda a cadeia de valor, desde fornecedores a clientes e consumidores”, completa o CEO da CocaCola FEMSA Brasil, que atende mais de 90 milhões de consumidores em 52% do território brasileiro operando em oito estados (SP, MG, PR, SC, MS, RS, RJ e GO).

São 31 veículos direcionados a atender os centros de distribuição de Jurubatuba, Osasco e Ipiranga. Além do baixo impacto ambiental, com emissão zero de poluentes, outros benefícios esperados são a redução de ruídos na cidade, a diminuição de geração de outros resíduos – não é necessário trocar água e óleo, por exemplo-, a economia por quilômetro rodado e o baixo custo de manutenção. A operação com os novos modelos é também um importante avanço n a a g e n d a E S G d a c o m p a n h i a “Sempre buscamos soluções inovadoras para corresponder às expectativas da sociedade em relação às questões ambientais. Temos a inovação em nosso DNA e essa característica nos motivou a ter uma frota elétrica operando na Grande São Paulo, resultado do investimento contínuo em operações sustentáveis e em soluções que contribuem para a redução da emissão de poluentes em toda a cadeia”, afirma, Ian Craig, CEO da companhia no Brasil. Em comparação aos caminhões à diesel, os elétricos podem reduzir as emissões de carbono e beneficiar o meio ambiente. Com autonomia média de 100 quilômetros, os veículos são recarregados durante à noite nos centros de distribuições, onde foram realizadas obras civis e modificações de instalações. Na prática, a aquisição fará com

q u e a e m p re s a d e i xe d e e m i t i r aproximadamente 465 toneladas de dióxido de carbono ao ano.

“A sustentabilidade está no centro das ações da Coca-Cola FEMSA Brasil O investimento em caminhões elétricos faz parte de uma ampla estratégia que, entre outras soluções, busca mitigar os impactos no meio ambiente, gerando uma redução significativa na emissão de poluentes.”, destaca Camila Amaral, VP Jurídica e de Assuntos Corporativos.

A tecnologia de última geração é uma das vantagens agregadas. Todos os veículos estão conectados com dados de desempenho em nuvem e com o pacote RIO e-Fleet para a gestão de frota, o que possibilita o acompanhamento em tempo real do desempenho do veículo e motorista, garantindo a segurança no transporte. Um dos grandes trunfos é o sistema de regeneração do motor, que conta com cerca de 100 sensores e novos controles eletrônicos que usam os atritos do freio e a redução de velocidade como fonte de energia para dar carga extra às baterias, capaz de recuperar 40% durante a frenagem para tornar o veículo mais eficiente.

Com calibração minuciosa para operações severas, o motor também entrega 300 KW e torque de 2.150 Nm (nanômetros) desde as

A C o c a - C o l a F E M S A B r a s i l e s t á comprometida com a redução da emissão dos gases de efeito estufa, alinhada às diretrizes do SBTi (Science Based Targets), iniciativa do Pacto Global das Nações Unidas e outras instituições que se baseiam na ciência para a redução de emissões de poluentes causadores do efeito estufa. Para isso, foi criado o “Comitê de Mudanças Climáticas”, orientado para estudar, acompanhar e implementar estratégias para reduzir as emissões de suas operações Com isso, a empresa tem ampliado a utilização de empilhadeiras elétricas com baixo consumo de energia e alta capacidade de carga.

Outra frente diz respeito à gestão de água: todas as fábricas contam com sistema de monitoramento, aproveitamento e reutilização do insumo. Do ponto de vista da gestão de resíduos, a sustentaPET, iniciativa pioneira de coleta de resíduos pós-consumo, criada pela Coca-Cola FEMSA Brasil, em parceria com a Coca-Cola Brasil, estimula a economia circular ao gerar renda p a r a c a t a d o r e s , r e c i c l a d o r e s e cooperativas, dinamizando a cadeia de reciclagem do PET Desde o início das operações, que contam com mais de 160 parceiros, 2,8 bilhões de garrafas de PET foram recicladas.

Serviço:

www.coca-cola-femsa.com.br

22 I.B Ed. Nº 115 - 2022
Estratégias e ações ESG
MEIO AMBIENTE P or: Redação
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