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EDITORIAL
O PAÍS PARA CADA UM
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rago três pontos para reflexão nesta que é a última edição de um ano desafiador: crença, equilíbrio e planejamento. A música Trem-Bala, de Ana Carolina Vilela da Costa, traz alguns textos que ajudam a pensar estes temas. O primeiro trata de “acreditar”: Não é sobre ter todas as pessoas do mundo para si É sobre saber que em algum lugar alguém zela por ti E então fazer valer a pena Cada verso daquele poema Sobre acreditar. Recentemente definimos os novos zeladores, tanto no legislativo quanto executivo, do gigante Brasil. Eles estarão lá justamente para cuidar de ti, de mim, de nós, gerenciando os nossos recursos para que sejamos zelados com atenção, presteza e eficiência. Não precisamos de “todas as pessoas do mundo” para isso. Somente “alguém” responsável que faça valer o poema sobre acreditar. Precisamos de “alguém” para zelar pelo público para que possamos, como empreendedores – empresários e trabalhadores, atentar aos outros compromissos familiares e profissionais. E neste ponto entra o equilíbrio. A música descreve: Não é sobre correr contra o tempo para ter sempre mais Porque quando menos se espera a vida já ficou para trás Que a vida é trem-bala, parceiro E a gente é só passageiro prestes a partir. Nessa nossa “curta” jornada terrena, o segredo é dividir, equilibradamente, os tempos disponíveis para preservar a saúde pessoal, as relações familiares e os afazeres profissionais. E para conciliar estes dois pontos
POR CHRISTIAN DIHLMANN
tratados, precisamos de um planejamento sólido, objetivo e factível, tanto na vida particular quanto na sociedade civil da qual partilhamos. Tenho reforçado aqui, com extrema frequência, essa que entendo ser uma das maiores fraquezas do Brasil, a falta de planejamento. E, dentre tantas, exemplifico os casos da usina nuclear de Angra dos Reis, cujo vazamento de água radioativa ocorreu em 8 de outubro de 1986, levando pânico à população da região, e da barragem de Brumadinho, tragédia nacional ocorrida em 25 de janeiro de 2019, tida como o maior acidente de trabalho da história do Brasil, que ceifou centenas de vidas. Diversos foram os avisos prévios sobre os potenciais riscos de acidentes em ambos os casos. Mesmo assim, a passividade dos operadores manteve-se na lenta inércia de reação, traduzindo em impactos imensuráveis e irrecuperáveis, mormente no fator vida humana. Também as autoridades públicas instituídas não colocaram a “mão de ferro” sobre as consequências nefastas, induzindo ao cidadão considerar, mesmo que sem a devida certeza, de que “tudo acaba em pizza”. Inseri apenas dois desastres ambientais para reflexão, que por ações humanas imperdoáveis e interesseiras causaram impactos sem precedentes à população. Embora tenhamos exemplos em todas as áreas, sejam elas na saúde, na educação, na segurança, no ambiental, na produção, nas relações internacionais, na economia, e tantas outras, chamo a atenção para casos do setor político nacional. Eles são ainda mais assustadores e cruéis, pois tendem a se desdobrar em todos os níveis subsequentes da economia do
país, gerando prejuízos inimagináveis. Conclamo, pois, que cada um de nós faça seu planejamento para os próximos períodos, incluindo sua vida pessoal, familiar, profissional e social, participando, mesmo que de forma modesta, da vida pública em sua cidade. Que cada um de nós se torne um auditor das ações de nossos representantes, assegurando assim um futuro melhor para as gerações vindouras. E que entendam que, após a barragem estourar, não há como segurar a avalanche de lama. Estamos findando mais um ano de oscilações para nosso país. O novo sempre gera expectativas de dias melhores. Para isso precisamos agir de forma determinada, assertiva e rápida. Afinal, a vida é trem-bala, parceiro. Rogo a Deus para que não precisemos popularizar a música Esmola, de Samuel Rosa, principalmente no trecho que diz uma esmola pro que resta do Brasil, pois na mesma letra ele destaca: Se o país não for para cada um Pode estar certo Não vai ser para nenhum. Feliz e próspero 2023!
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SUMÁRIO
CONTEÚDO 06 10 16 20 26 30 35 68
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ROTA 2030
Fundep promove evento com o objetivo de apresentar resultados do Rota 2030
PROCESSOS
Processo de manufatura aditiva de metais na fabricação de moldes de injeção de alumínio
CANTINHO DE IDEIAS
A indústria de ferramental do Japão é a primeira do mundo?
PROCESSOS
Benefícios da simulação para processos de estampagem de chapas metálicas no controle de fornecedores
GESTÃO
Diagrama de Ishikawa: como essa ferramenta pode ajudar um programador CNC ou outros profissionais em seu cotidiano?
PROCESSOS
Colaborar para competir? O desafio das ferramentarias do setor automotivo
ESPECIAL
Melhores fornecedores do setor metal-mecânico: seleção 2022
GENTE & GESTÃO
O lucro é a semente do amanhã, mas a semente precisa ser boa!
ORGULHO DE SER MEMBRO
PROUD TO BE MEMBER
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MEMÓRIAS
Solução atende as marcas automotivas Stellantis, Volkswagen, GM, Toyota, Honda, Mercedes e Nissan
JURÍDICA
Visual Law: uma revolução nos contratos da sua empresa
ENFOQUE
Novidades tecnológicas do mundo da ferramentaria
CIRCUITO BUSINESS Cursos, eventos e feiras
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CONEXÃO WWW
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OPINIÃO
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ESPAÇO LITERÁRIO
Indicação de websites
Conhecimento batendo à sua porta
Indicação de livros
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FUNDEP PROMOVE EVENTO COM O OBJETIVO DE APRESENTAR RESULTADOS DO ROTA 2030 E DIRECIONAR AÇÕES CAPAZES DE TRANSFORMAR O SETOR AUTOMOTIVO POR THIAGO LEÃO
Rota Tech 2030, realizado em São Bernardo do Campo, teve a exposição de projetos de PD&I, palestras e painéis técnicos e lançamento de novas iniciativas
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ais de 250 representantes do ecossistema automotivo e da mobilidade participaram do Rota Tech 2030 – Amostra Tecnológica do Rota 2030, nos dias 09 e 10 de novembro, no Centro Universitário da FEI, em São Bernardo do Campo-SP. O evento, organizado pela Fundep – Fundação de Apoio da UFMG, teve 27 palestras e painéis técnicos, com mais de 50 especialistas do setor, e
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a exposição de 22 projetos de PD&I desenvolvidos por meio do programa Rota 2030. O objetivo foi compartilhar os resultados alcançados nestes três primeiros anos de execução, oferecer um espaço para troca de experiências capazes de fomentar a evolução tecnológica do setor automotivo, e dar visibilidade as novas inciativas do programa para o crescimento e fortalecimento das indústrias. O evento teve como foco as três
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Linhas do Rota 2030 coordenadas pela Fundep: Linha IV – Ferramentarias Brasileiras Mais Competitivas; Linha V – Biocombustíveis, Segurança Veicular e Propulsão Alternativa à Combustão; e Linha VI – Conectividade Veicular. PROGRAMAÇÃO PROMOVEU DIÁLOGO E CONEXÕES ESTRATÉGICAS A abertura oficial do evento teve a participação do presidente da Fundep, professor Jaime Arturo Ramírez, e do
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Reitor do Centro Universitário da FEI, professor Dr. Gustavo Donato. Para o presidente da Fundep, a Fundação vem cumprindo a sua missão de conectar diversos atores da cadeia automotiva, como indústrias, Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs), startups, entre outros, com o objetivo de contribuir para a solução dos principais desafios do setor. Segundo o professor Jaime Ramírez, “o programa Rota 2030 é um case de sucesso e deve servir de inspiração para os demais setores da nossa comunidade”. Além disso, destacou a importância de envolver o governo, as empresas e as universidades públicas e privadas para o desenvolvimento do setor. A programação do Rota Tech 2030 foi organizada em três trilhas de conteúdo: Ferramental, Mobilidade e Conectividade. Ao todo, 27 painéis e palestras técnicas abordaram importantes temas do setor automotivo, como descarbonizarão, biocombustíveis, indústria 4.0, conectividade e tráfego urbano, cidades inteligentes, desafios tecnológicos de ferramentarias, entre outros.
O painel debateu temas sobre a visão das associações sobre os resultados do programa, os principais desafios para os próximos anos e a execução de projetos estruturantes, definido pelo Governo Federal como aqueles transversais com o maior escopo e o envolvendo mais de uma coordenadora do programa.
PAINEL REUNIU ENTIDADES REPRESENTATIVAS DO SETOR E AS COORDENADORAS DO ROTA 2030 Mediado pela gestora de programas da Fundep, Ana Eliza Braga, contou com a participação de representantes das seguintes entidades: Henry Joseph, da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Gábor Deák do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), Leonardo Amaral, da Associação Brasileira Engenharia Automotiva (AEA), e de Christian Dihlmann da Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais (ABINFER). Também estiveram presentes representantes das outras instituições coordenadoras do programa Rota 2030: Senai (Antônio Sérgio Martins), Embrapii (Luciano Cunha de Sousa) e Finep (Felipe Cardoso Gelelete).
EXPOSIÇÃO DE PROJETOS AMOSTRA TECNOLÓGICA DO ROTA 2030 Também foram apresentados 22 projetos de PD&I em execução pelas Linhas IV – Ferramentarias Brasileiras Mais Competitivas e V – Biocombustíveis, Segurança Veicular e Propulsão Alternativa à Combustão, do programa Rota 2030. Uma oportunidade para conhecer de perto ações que geram mais inovação e competitividade para o setor automotivo e dialogar com a equipe envolvida nos trabalhos. Pela Linha de Ferramentarias foi possível conferir, por exemplo, os resultados dos projetos consorciados “DEMESTAA”, “MISCAE” e “DECOLAB”, executados pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os projetos desenvolvem a construção de demonstradores do processo
de estampagem de superfícies automotivas “Classe A” e de painéis estruturais “Coluna B”. Os demonstradores são representativos da capacidade industrial do setor brasileiro de ferramentarias e tem como objetivo mapear todo o processo de construção do ferramental de estampagem, e identificar os gargalos e oportunidades de melhorias. Ao todo, os projetos possuem a participação de mais de 23 empresas, entre montadoras, sistemistas, autopeças e ferramentarias. LANÇAMENTO DE NOVAS INICIATIVAS PARA MELHORAR A COMPETITIVIDADE DAS FERRAMENTARIAS Além de apresentar resultados e discutir as perspectivas para os próximos ciclos, a Fundep também promoveu o lançamento de novas iniciativas por meio da Linha IV – Ferramentarias Brasileiras Mais Competitivas, do Rota 2030. Confira: ROTA IN CURSO O Rota In Curso é uma plataforma online e gratuita voltada para a formação e capacitação de empresários e colaboradores de ferramentarias. Possui como principais
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objetivos melhorar a gestão, otimizar processos produtivos e gerar resultados cada vez mais efetivos para as indústrias. Já é possível ter acesso a mais de 50 cursos, ofertados pelo Senai, nas modalidades presencial, semipresencial, EAD e EAD autoinstrucional. E o melhor, as ferramentarias que participam das iniciativas da Linha IV do Rota 2030 podem participar de maneira totalmente gratuita. FICOU INTERESSADO? SAIBA COMO PARTICIPAR! A plataforma funciona como uma loja virtual, porém ao invés de dinheiro os cursos são adquiridos por meio de créditos gerados quando uma ferramentaria participa de iniciativas do Rota 2030. Os créditos são acumulativos e é possível adquirir uma matrícula, por exemplo, a partir de 5 créditos. Logo após a aquisição de um curso, é gerado um código que deve ser utilizado para efetivar a matrícula na instituição de ensino. Foram criadas categorias que valem entre 20 e 400 créditos. A ferramentaria poderá receber créditos pelo simples fato de efetivar o cadastro na plataforma. Empresas associadas a Abinfer também recebem automaticamente 40 créditos. O cadastro no Rota In Curso deverá ser realizado pela própria empresa (pessoa jurídica) que indicará um usuário responsável pelas transações. Para saber mais, acesse: rotaincurso.fundep.ufmg.br
ROTA CHALLENGE – 2ª EDIÇÃO O Rota Challenge é uma iniciativa que visa conectar ferramentarias com startups para solucionar os principais desafios tecnológicos do setor, promover um ambiente de inovação e a otimização de processos produtivos para o aumento da competitividade do setor. Na 2ª edição, o investimento será de até R$ 600 mil para a execução de provas de conceitos (POCs). Agora a busca será por startups capazes de oferecer soluções tecnológicas para superar os seguintes desafios do setor ferramental: • Executar e controlar o planejamento de projetos via software; • Aumentar a precisão de orçamentos; • Gestão de compras, matéria prima e suprimentos.
Saiba mais: rota2030.fundep.ufmg.br PARCEIROS O Rota Tech 2030 foi uma realização da Fundep, em parceria com o Centro Universitário da FEI, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Unicamp, Universidade Estadual do Ceará (UECE), Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), Sindipeças, Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais (Abinfer), SAE Brasil, da Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas (ABCM) e do Parque Tecnológico de Santo André.
Thiago Leão Líder de Comunicação do Programa Rota 2030 - Fundep thiagoleao@fundep.com.br
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Utilize o QR CODE para ler o artigo: Diminuição de ciclo de injeção utilizando aços com troca térmica otimizada
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PROCESSOS
PROCESSO DE MANUFATURA ADITIVA DE METAIS NA FABRICAÇÃO DE MOLDES DE INJEÇÃO DE ALUMÍNIO P O R C A R L O S A L B E R T O C O S TA - T H O M A S S T E D I L E R I B E I R O -
C
CARLOS MAURÍCIO SACCHELLI - DIEGO R. SANT´ANNA
om a crescente demanda por peças de alta resistência mecânica, alta precisão geométrica e baixo peso na indústria automotiva, a injeção de alumínio em alta pressão (HPDC – High Pressure Die Casting) vem se destacando como uma opção para a produção desses tipos de peças. O HPDC pode ser considerado como um processo de precisão, já que se consegue produzir peças com espessuras finas e geometrias complexas (Graf, 2021). Estima-se, em uma média global, que cerca de 60% das peças de alumínio produzidas no HPDC são destinadas à indústria automotiva (Grand View Research, 2019). Para a obtenção das peças
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pelo processo HPDC é necessário a utilização de um molde de injeção, sendo este um item complexo a ser fabricado. No projeto do molde de injeção, o balanço térmico da temperatura deve ser observado com cuidado, pois devido à natureza cíclica e a severidade do processo, esta ferramenta essencial fica sujeito a danos causados pela fadiga térmica (variação de temperatura), erosão, e adesão nas superfícies de suas cavidades. Durante o processo, o alumínio é injetado na cavidade com velocidades que variam de 20 a 60 m/s, tendo temperaturas de uso na faixa de 700 ºC e pressão de até 20 MPa. A escolha dos materiais que formam os componentes do molde (cavidades e estrutura) deve priorizar
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materiais que possuam resistência adequada para essas condições de processo (Nunes et al, 2017). Atualmente, os materiais mais utilizados nas cavidades de injeção de alumínio a alta pressão são os aços de trabalho a quente como o X37CrMoV5-1 e o X40CrMoV5-1. Esses aços são conhecidos comercialmente como H11 e H13, e tem sua composição e tratamentos de acordo com a norma NADCA #229 (NADCA, 2018). O processo de fabricação dos moldes de injeção de alumínio, principalmente as cavidades (partes que transferem a forma final à peça), envolve uma série de processos de usinagem complexos e de extrema precisão. Além das superfícies das cavidades, um outro desafio na
fabricação desses componentes dos moldes está associado à fabricação dos canais que farão parte do sistema de refrigeração. Esse sistema é responsável pela extração do calor do molde e balanceamento térmico o que, por consequência, implica diretamente no tempo de ciclo de produção das peças e vida útil do molde. Especificamente no caso dos moldes para injeção de peças em alumínio, o projeto desses canais passa a ser um elemento chave devido às altas temperaturas que envolvem o processo e, portanto, a refrigeração adequada do molde é desejada, a fim de minimizar as diferenças de temperatura, reduzindo consequentemente a fadiga térmica nas cavidades do molde. Novas tecnologias de fabricação têm surgido como alternativas para a fabricação de alguns elementos dos moldes de injeção, como aquelas associadas ao processo de Manufatura Aditiva (MA), também popularmente conhecida como impressão 3D. As tecnologias de MA para fabricação de peças metálicas são capazes de gerar peças com geometrias complexas (Figura 1) por meio da consolidação selecionada de sucessivas camadas de pó metálico. Isso permite uma liberdade geométrica no projeto e fabricação dos componentes, dificilmente alcançada por processos de fabricação convencionais, além de minimização de custos, considerando que somente o material que é agregado à peça final é consumido, sendo o restante do pó reaproveitável. As tecnologias de MA
mais utilizadas para esta aplicação são o PBF (Power Bed Fusion) e o SLM (Selective Laser Melting) com diferentes tipos de materiais disponíveis para uso (Aniwaa, 2021; Sandvik, 2021; Matmatch, 2021; Hoganas, 2021, Sames et al, 2021). Normalmente o uso da MA aplicada a produção de componentes dos moldes de injeção envolve um processo híbrido que combina a MA com outros métodos de fabricação tradicionais, como usinagem. Estudos mais recentes apresentam teste e comparações de componentes de moldes produzidos pela fusão de pó metálico de diversos tipos de materiais, inclusive com aços equivalentes ao H13, em relação a moldes produzidos por processos tradicionais de fabricação (Jarfors et al, 2021; Wang et al, 2020; Kóvacs et al, 2020; Stolt et al, 2019; Fiorentini et al, 2019; Mazur et al, 2016). Isso mostra que as tecnologias de MA estão cada vez mais presentes dentro do processo de fabricação dos moldes de injeção. Contudo, alguns pontos relacionados às propriedades finais dos materiais obtidos por meio da MA não são claramente difundidos e compreendidos por parte dos engenheiros e técnicos desenvolvedores de moldes de injeção sob pressão para peças de alumínio, por ser a aplicação desta tecnologia neste setor recente, conforme levantamento feito por Zhang et al. (2021). Neste artigo apresenta-se um levantamento inicial de algumas das propriedades apresentadas por diferentes materiais utilizados pelo
Figura 1: Inserto a) CAD; b) canais de refrigeração; e c) inserto por MA (Sames et al, 2021)
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PROCESSOS
processo de MA para a fabricação de componentes para os moldes de injeção de alumínio, de forma a contribuir no esclarecimento desse assunto para o setor de matrizarias e ferramentarias, minimizando assim informações e especulações relativas a esses tipos de tecnologias. Diferentes fatores necessitam ser considerados ao introduzir as tecnologias de MA de metais à manufatura de moldes para injeção de alumínio, tendo em mente as particularidades do processo de injeção. Neste trabalho foi selecionado um conjunto de propriedades e parâmetros, normalmente consideradas importantes, por parte dos fabricantes e usuários de moldes de injeção, seja de polímeros ou alumínio. Entre esses, pode-se citar: dureza, tratamentos térmicos; resistência à fadiga térmica e ao impacto, condutividade térmica, densidade e acabamento superficial. A dureza está relacionada de forma direta com os tratamentos térmicos utilizados e define a resistência ao desgaste das cavidades do molde durante o processo de injeção. Portanto, compreender os níveis de dureza que podem ser obtidos em peças produzidas por meio dos processos de MA torna-se um fator importante e crítico no uso desta tecnologia. Um outro é a fadiga térmica que associado a condutividade térmica influenciam a geração de trincas térmicas na superfície da cavidade após certo número de ciclos, questão crítica em moldes para a injeção de alumínio sob pressão. Por fim, há a necessidade de compreender como variáveis inerentes ao processo de MA podem afetar os parâmetros de densidade e a relação com o acabamento superficial obtido pelo
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processo de usinagem. Assim, compreender esses parâmetros quando se fala em componentes produzidos por MA é importante para as empresas que pretendem dar um passo na adoção desse tipo de tecnologias, i.e., impressão 3D. A próxima seção apresenta os resultados colhidos na literatura com relação às propriedades anteriormente citadas. DISCUSSÃO DAS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS PRODUZIDOS POR MA Essa seção apresenta uma visão dos trabalhos identificados na literatura com respeito a cada um dos parâmetros analisados no âmbito deste artigo. Foram coletados trabalhos e artigos de bases oficiais de publicações, dando ênfase a trabalhos com base científica e que apresentassem resultados experimentais. Dureza, resistência ao impacto e tratamentos térmicos Kovács et al (2020) apresentam um estudo com o uso de pó metálico do material HTCS130 (Rovalma, 2022), um aço ferramenta para trabalho à quente que apresenta alta condutividade térmica como diferencial, como opção para utilização em cavidades para injeção de alumínio. Após realizada a impressão, foi realizado um tratamento térmico que consistiu em uma hora a temperatura de 1.050ºC e resfriamento ao ar, permitindo o material alcançar durezas entre 38 e 45 HRC, o que está dentro da faixa de valor apresentada no datasheet do HTCS130 produzido convencionalmente, entre 34 e 52 HRC. Os valores de tensão de ruptura do material impresso se mostram até 5% maiores do que os do material
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convencional. Yasa et al (2010) buscaram em seu trabalho otimizar o tratamento térmico para um aço Maraging Steel 300 comercialmente nomeado CL50WS e produzido pela Concept Laser GmbH, uma outra alternativa de material utilizado na impressão de moldes para injeção de alumínio. Através do envelhecimento do aço a 480ºC por 5 horas, obteve-se um aumento de 13 HRC em relação ao material pré-tratado, chegando a um total de 58 HRC. A tensão de ruptura também aumentou consideravelmente com o tratamento, de 1.290 MPa para 2.216 MPa, e como consequência a deformação máxima reduziu de 13% para 2%. Tan et al (2018) utilizam dois tipos de tratamentos térmicos, envelhecimento e envelhecimento em solução também no Maraging Steel 300, obtendo durezas entre 51 e 55 HRC, tensões de ruptura entre 1.890 e 2.015 MPa e deformações máximas entre 2,8 e 5,6%. O envelhecimento, em comparação com o envelhecimento por solução, traz valores de dureza e tensões de ruptura um pouco maiores em troca de deformações máximas um pouco menores. Ambos tratamentos térmicos proporcionam uma resistência ao impacto bastante inferior ao material não tratado, em torno de 75% menor. Åsberg et al (2019) também estudaram a influência de tratamentos pós impressão nas propriedades mecânicas do H13 fabricado por MA. Em seu artigo, os autores recomendam a realização de um tratamento térmico isotérmico a 650ºC por 8h para aliviar as tensões residuais inerentes de metais produzidos por
PROCESSOS
manufatura aditiva. O metal então pode ser submetido a um tratamento de têmpera e revenimento para o endurecimento e aumento de resistência do mesmo. Por fim, como um terceiro possível tratamento do H13 impresso, os autores aplicam antes da têmpera um processo de densificação isostática à quente com o intuito de diminuir porosidades e melhorar as propriedades mecânicas. Após testes de diversas amostras com combinações diferentes dos tratamentos citados, as amostras que passaram por todos os tratamentos apresentaram os melhores resultados de porosidade e propriedades mecânicas, alcançando porosidades de 0,005% no centro das amostras e 0,02% nas periferias, dureza equivalente a 53 HRC e deformações de até 6,6%. Comparando com um H13 produzido convencionalmente e com 45 HRC, a amostra traz inclusive uma tensão de ruptura cerca de 20% maior. Alguns estudos também levaram em consideração a resistência ao impacto, normalmente definida através de ensaios de Charpy. Kovács et al (2020) realizaram o teste de acordo com o padrão húngaro MSZ EN 10045-1 com duas amostras impressas do HTCS130 e obtiveram valores de resistência ao impacto de 27,46 J e 28,44 J, o que está de acordo com os valores informados pelo fabrican-
te de 28,5 J. Para o Maraging 300, Bai et al (2017) demonstram que a resistência ao impacto do material é bastante influenciada pelo tratamento de envelhecimento. O Maraging 300 impresso não envelhecido apresenta uma resistência ao impacto de cerca de 24 J, e cai para menos de 5 J após o tratamento térmico. Yasa et al (2010) obtém resultados semelhantes para o aço maraging 300 denominado CL50WS, onde os valores de resistência ao impacto do metal impresso antes do envelhecimento são de 41,9 J, e após o envelhecimento caem para 4,9 J. Os autores chamam a atenção para o Maraging 300 produzido convencionalmente ser capaz de alcançar valores de resistência ao impacto de até 27 J, mesmo após o envelhecimento. Quando comparada aos valores de dureza e tensão de ruptura de aços convencionalmente utilizados observa-se que os aços produzidos por MA são capazes de alcançar os padrões da indústria. O Quadro 1 mostra um resumo dos estudos identificados para o parâmetro dureza, tratamento térmico, tensão de ruptura, resistência ao impacto e deformações. Resistência à fadiga térmica e condutividade térmica Wang et al (2020) compararam um aço ferramenta H13 impresso a
um aço similar forjado, conhecido comercialmente como Dievar, no quesito fadiga térmica. Três amostras foram utilizadas, uma impressa sem tratamento térmico, uma impressa com tratamento térmico, e uma forjada com tratamento térmico, de modo a garantir que as amostras tivessem uma dureza inicial e uma densidade similares. Ao submeter as amostras a ciclos de aquecimento e resfriamento rápidos, sem aplicação de esforços mecânicos, trincas surgiram e se propagaram. As trincas no H13 forjado tiveram um comprimento total cerca de 25% maior do que as que surgiram no H13 impresso temperado, e cerca de 60% maior do que o impresso sem tratamento térmico. Isso indica que as amostras impressas apresentaram melhor resistência a trincas provenientes de fadiga térmica do que o aço H13 produzido convencionalmente. O autor pondera que a razão para a maior resistência à fadiga térmica por parte do H13 produzido por MA está em sua microestrutura, a qual apresenta subestruturas celulares e um tamanho de grão mais refinado do que a versão forjada do material. Em seu artigo, Kovács et al (2020) investigam através de simulações a utilização potencial do material HTCS130 (Rovalma, 2022), o qual apresenta uma condutividade térmica de cerca de 60 W/(mºC), o que representa
Material
Tratamento Térmico
Dureza (HRC)
Tensão de Ruptura (MPa)
Resistência ao Impacto (J)
Deformações (%)
HTCS130 Impresso
Normalização
38 - 45
1412-1422
28,44
-
Maraging Steel 300 Impresso
Envelhecimento
51 - 58
1890 - 2015
10,1
2,8 - 5,6
H13 Impresso
Alívio de tensões + Densificação isostática à quente + Têmpera + Revenimento
53
1743
-
5,9 - 7,5
HTCS130 DC Convencional *
-
34-52
1343
28,5
13
Dievar *
Recozimento + Alívio de tensões + Endurecimento + Têmpera + Revenimento
44-52
1480 - 1900
20-40
12,5 - 13
Quadro 1: Informações de propriedades mecânicas e tratamento térmico de aços-ferramenta produzidos por MA * Informações retiradas do site do fabricante
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PROCESSOS
quase o dobro da condutividade do aço H13 comercial que está na faixa de 29 a 33 W/(mºC). Esta condutividade térmica elevada permite um melhor controle da temperatura na cavidade durante o ciclo de injeção. Isso foi demonstrado no artigo, o qual obteve perfis de temperatura no tempo semelhantes entre o inserto simulado utilizando um aço H13 especial e canais de refrigeração complexos e o inserto utilizando o HTCS130 com canais de refrigeração convencionais. Em comparação, o inserto utilizando o aço H13 especial com canais de refrigeração convencionais proporcionou uma remoção de calor consideravelmente menor. Densidade e acabamento superficial Mazur et al (2016) estudaram os parâmetros de processo que resultam na maior densidade do material durante a impressão de aço H13 pela técnica SLM (Selective Laser Melting), sabendo que uma maior densidade é equivalente a menos porosidades na peça impressa. Foi observado que a técnica de impressão possui a capacidade de produzir peças com densidades de até 99,99% utilizando como parâmetros de impressão uma densidade de energia de 120 J/mm², uma potência de 375 W e uma velocidade de 868,06 mm/s. Notou-se, porém, que altas densidades de energia causavam perda de precisão dimensional, pois o excesso de energia resulta
na re-fusão demasiada de camadas anteriores. Um melhor resultado, levando em conta a densidade do material e a precisão dimensional na impressão, foi obtido utilizando como parâmetros uma densidade de energia de 80 J/mm², uma potência de 175 W e uma velocidade de 607,64 mm/s, alcançando uma densidade do material de 99,88%. Contudo, como as peças produzidas por MA necessitam de um processo posterior de acabamento (usinagem), a falta de precisão nesses casos pode não ser, necessariamente, um problema. Tan et al (2018) conseguiram obter, em seu trabalho, uma densidade de 99,9% na impressão de Maraging Steel 300 utilizando como parâmetros de processo uma densidade de energia de 67 J/mm³, uma potência de 285 W, uma velocidade de 960 mm/s e uma espessura de camada de 110 µm. Yasa et al (2010) investigaram os efeitos dos parâmetros de impressão do Maraging Steel 300 no acabamento superficial, e obtiveram valores de rugosidade Ra entre 17 e 40 µm para uma peça sem acabamentos posteriores. Os parâmetros que resultaram nos menores valores de rugosidade coletados são de uma velocidade por volta de 200 mm/s, uma espessura de camada de 30 µm e uma potência em torno de 105 W. Sarafan et al (2021) avaliam em seu trabalho a qualidade superficial da parede lateral de cubos impressos
com Maraging Steel 300, tanto sem acabamentos posteriores quanto com uma usinagem pós impressão. Para o primeiro caso, foram obtidos valores de Ra entre 9,54 e 12,26 µm, de Rq entre 11,95 e 15,24 µm, e de Rz entre 52,89 e 67,13 µm nas paredes laterais, dependendo da potência utilizada. Já para paredes laterais usinadas após a impressão, foram obtidos valores de Ra entre 0,32 e 0,65 µm, de Rq entre 0,39 e 0,80 µm, e de Rz entre 2,18 e 2,46 µm. Adicionalmente, Mazur et al (2016) também investigaram a rugosidade na fabricação de canais circulares fabricados através da impressão do aço H13, verificando que a metade superior do canal, que é impressa de modo suspenso sem apoio, apresenta uma rugosidade (Rz) 100% maior do que a seção inferior do mesmo canal. Isso é justificado pelo fato de a seção inferior ser impressa sobre outras camadas impressas de material, enquanto a seção superior é sustentada por material de suporte resultado em camadas suspensas. Para um canal de 4mm de diâmetro, a seção inferior apresentou uma rugosidade Rz de 40 μm, enquanto a seção superior apresentou uma rugosidade Rz de cerca de 95 μm. Dados de propriedades de alguns fabricantes de pós metálicos Conforme as vantagens da manufatura aditiva com pó metálico vão sendo demonstradas, fabricantes co-
Fabricante
Material
Dureza (HRC)
Tensão de Ruptura (MPa)
Deformações (%)
Condutividade Térmica (W/mº.C)
Voestalpine
BÖHLER AMPO W360
55- 57
1970 - 2010
6,6 - 8,1
-
Rovalma
HTCS-130DC
34 - 52
1009 - 1343
13 - 18
53 - 60
Oerlikon
MetcoAdd H13
52 - 53
1882 - 1915
9 - 12
-
3D Systems
LaserForm Maraging Steel (B)
52 - 58
2140 - 2240
1 - 4,5
20,9
Uddeholm
Dievar
44-52
1480 - 1900
20-40
12,5 - 13
Quadro 2: Metais para MA comercialmente disponíveis e algumas de suas propriedades
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PROCESSOS
meçam a disponibilizar ao mercado suas versões de diferentes materiais para a impressão 3D. No Quadro 2 são apresentados alguns exemplos de metais (pós) para manufatura aditiva comercialmente disponíveis, de acordo com os catálogos de fabricantes, com propriedades dos mesmos conforme disponíveis em seus respectivos datasheets. Salienta-se que esses dados foram extraídos com base nos artigos analisados, destacando-se que existem outros fabricantes não abordados nesse artigo. CONSIDERAÇÕES FINAIS Esse trabalho teve como objetivo apresentar algumas das propriedades dos materiais obtidos por meio de MA e utilizados em moldes de injeção, de forma que possam ser
comparadas com os materiais comercialmente utilizados. Observa-se que parte dos trabalhos identificados, em sua maioria de origem acadêmica, apresentam-se em caráter experimental mostrando que o uso de tecnologias de manufatura aditiva pode ser uma alternativa efetiva para a área em breve. Um aspecto importante e que não foi foco nesse artigo são os custos associados ao uso das tecnologias de impressão MA, que possui um grande impacto dentro dessa cadeia produtiva. Esse tema está sendo estudado em outro projeto de pesquisa conduzido pelos autores. Por outro lado, existem potenciais aplicações dos processos de MA, como é o caso dos canais de refrigeração do molde onde técnicas como o “conformal cooling” apresentam-se
como uma solução tecnicamente viável. Assim, esse tema será discutido em um futuro artigo. Por último, percebe-se que há uma carência de casos com aplicações reais da indústria na literatura. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem ao Programa Rota 2030 - Linha IV “Ferramentarias Brasileiras Mais Competitivas” e a Fundep pelo apoio financeiro ao projeto 27194*10 - Melhoria no projeto de ferramentas de injeção de alumínio.
REFERÊNCIAS Utilize o QR CODE ao lado para ver as referências
Carlos Alberto Costa - Graduação em Engenharia Mecânica (1986) e mestrado em Engenharia Mecânica (1992) pela Universidade Federal de Santa Catarina. Doutorado em Manufacturing Engineering pela Loughborough University (2000). Professor Titular da Universidade de Caxias do Sul. Atua no Programa de Mestrado Profissional em Engenharia Mecânica e do Programa de Pós-Graduação em Administração (Mestrado e Doutorado). Em sua trajetória acadêmica e de pesquisa tem atuado nos seguintes temas de pesquisa: moldes de injeção, desenvolvimento de produtos, modelagem de informações, processo de desenvolvimento de produtos, impressão 3D, Tecnologias Assistiva e Biomecânica. Lattes - 4764885168130450 Thomas Stedile Ribeiro - Graduação em Engenharia Mecânica (2020) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Mestrando em Engenharia Mecânica na Universidade de Caxias do Sul com bolsa do Programa ROTA2030 na área de análise estrutural de moldes de injeção sob pressão para peças de alumínio. Lattes - 4920079801092906 Carlos Maurício Sacchelli - Graduação em Engenharia Mecânica (1994) e Mestrado em Ciência e Engenharia de Materiais (2000) pela UDESC. Doutor em Engenharia Mecânica (2007) pela UFSC. Atualmente é professor associado na UFSC - Campus Joinville. Atua na área de Engenharia de Produto e Projeto de Moldes e Matrizes. Coordena o Laboratório de Inovação e Desenvolvimento de Produtos e Processos – LiD. Lattes - 4171332959305161 Diego R. Sant´Anna - Mestre em Engenharia Aeronáutica e Mecânica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica - ITA (2015). Graduado em Engenharia Industrial Mecânica pela ETEP (2012). Técnico em Mecânica pelo Instituto de Tecnologia de Jacareí (2005). Professor convidado pela FATEC SENAI Porto Alegre, da Pós-Graduação em Engenharia Aplicada à Indústria 4.0 (2019) e Faculdade Anhanguera (2016). Pesquisador no Instituto SENAI de Tecnologia Metalmecânica em Belo Horizonte/MG (2016). Atualmente trabalha como Analista de Serviços Técnicos e Tecnológicos no Instituto SENAI de Inovação em Soluções Integradas em Metalmecânica - São Leopoldo/RS, com projetos de pesquisa na área de manufatura. Experiência em processos de fabricação/usinagem no Fraunhofer Institut für Produktionstechnologie - IPT, Aachen, Alemanha (2011) e no Centro de Competência em Manufatura - CCM/ITA. Lattes - 9653694100563771
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CANTINHO DE IDEIAS
INTERCÂMBIO BRASIL-JAPÃO DA INDÚSTRIA DE FERRAMENTAIS
Etsujiro Yokota
Christian Dihlmann
Luís Eduardo Albano
Roberto Eiji Kimura
Presidente de Honra
Presidente
VP Relações Internacionais
Membro Associado
Takao Maeda
Stephan Dihlmann
Roberto Monteiro Spada
Juvenil Fukushima
Membro Associado
Engenheiro Agile2
Diretor SENAI/SP
Membro Associado
R
11ª Reunião – A indústria de ferramental do Japão é a primeira do mundo?
elato da reunião virtual realizada em 28 de setembro de 2022 (20:00h às 22:00h) para alinhamentos de visões globais referentes ao setor de ferramentaria, principalmente para o período pós pandemia, com a presença do Prof. Etsujiro Yokota, do Japão, Presidente de Honra da ABINFER – Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais. Foi definido o próximo encontro virtual para o dia 16/11/2022 (quarta-feira), as 20:00h. O título sugerido para a próxima reunião é a continuação do tema: A indústria de ferramental do Japão é a primeira do mundo?
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INTRODUÇÃO O presidente de honra Yokota iniciou a reunião informando que há a China chegou ao auge do desenvolvimento. Hoje foi anunciado o fim das relações amigáveis entre Japão e China. O próximo país a ser destaque será a Índia. Será inaugurada uma grande siderúrgica na Índia e terá um abastecimento bastante intenso para o setor metalomecânico. Um dos motivos de a China se desenvolver bem foi o investimento em siderúrgicas. No Japão comentam que a África deve se desenvolver mas se não tiver um investimento forte em siderurgia não acontecerá. Recomenda fortemente que a ISTMA – International Special Tooling and
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Machining Association atraia a Índia para o grupo. A Índia está se preparando para entrar forte na produção e comercialização de moldes e matrizes. Também a indústria automotiva deve crescer bastante nos próximos anos naquele país. Recomenda ainda que a ABINFER faça uma aproximação com a Índia e conheça ferramentarias lá. Christian pergunta se Yokota tem acesso à ferramentarias lá pois a Associação daquele país não é mais tão acessível quanto já foi no passado. Yokota disse que precisa de acesso através de pessoas conhecidas e ele vai relacionar umas 5 empresas conforme solicitação de Christian. Vai indicar em
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5 estados diferentes. E vai repassar também a estratégia para acessar estas empresas. A Índia não é um país único e tem cerca de 2.000 estados independentes. Cada estado tem seu próprio dialeto. A Índia não é um país homogêneo. Pede que tenhamos atenção para a Índia, pois é uma ação estratégica e será muito importante para o futuro do Brasil. A Associação na Índia é a TAGMA – Tool and Gauge Manufacturers Association of India. Utilizam máquinas de origem alemã e softwares americanos. Essa foi a introdução e devemos saber que a Índia será a bola da vez. No futuro, o continente africano. Sobre o grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) da ISTMA, ele concorda com a estruturação e existência, mas pensa que a Rússia deve ser eliminada do grupo. Entende que a China deve iniciar uma desaceleração econômica e perder força. Um empresário comentou com o Yokota que há falta de mão-de-obra, e que o ferramental já está 20% mais caro que o Japão. Muitos ferramentais chineses ainda estão com baixa qualidade, não conseguindo acessar o mercado global. Diversas empresas estão retornando ao Japão por uma série de problemas na China. Ele entende que os preços de ferramentais chineses já devem estar mais caros no Brasil. Christian informa que ainda há muita encomenda de moldes da China. Recomenda que façamos cotação do mesmo ferramental no Japão. Yokota solicita que façamos uma verificação. Sobre a guerra EUA x China, Christian pergunta como deve se comportar a China com relação a outros países que não restringiram a relação comercial com eles. Yokota recomenda que as empresas avaliem a qualidade do ferramental chinês. Entende que
não devemos nos preocupar com o fornecimento chinês porque eles estão em decadência. Pensa que devemos adquirir confiança nas ferramentarias locais brasileiras e não se preocupar com outros países. A INDÚSTRIA DE FERRAMENTAL DO JAPÃO Porque é importante agora pensarmos que o ferramental do Japão é o melhor do mundo? Hoje a indústria de manufatura no Japão mudou do perfil de grande produção e pequena variedade para alto mix e baixo volume. Chegamos nessa nova era. Até agora, na manufatura no Japão, era importante ter qualidade alta (Q), custo baixo (C) e prazo curto (D). E o Japão foi exigido na era do consumo em massa a fabricar o mesmo produto com a mesma qualidade, em grandes quantidades e a baixo custo. Isso formou o Made in Japan. Como resultado a manufatura do Japão é a nº 1 do mundo, criando-se essa marca (brand). O que tem dado suporte para a manufatura atingir essa posição no mundo é o ferramental do Japão. Isso é baseado que a produção em massa é mais eficiente a partir de moldes. E produtos de alta qualidade nascem de moldes de alta qualidade. No entanto, na futura era da indústria manufatureira a produção em escala e pouca variedade de produto está findando. Mas a teoria que este novo modelo de mercado vai reduzir a produção de moldes é equivocada. Mesmo que um produto de consumo seja produzido em pequenas quantidades é necessário fabricar pelo menos dezena de milhares a centenas de milhares, de modo que, para fabricar eficientemente com a mesma qualidade, deve ser produzido utilizando ferramental. Na nova era, a importância do ferramental não vai mudar. Deste ponto de vista, continuar a manufatura do Japão com
a marca de nº 1 do mundo é importante. Isso não mudará! E por que Yokota entende que o Japão é o número 1 do mundo na produção de ferramentais? O Japão começou completamente do zero após a guerra, e em 60 anos construiu as indústrias manufatureiras de praticamente tudo. A figura 1 mostra a leque de indústria que consomem ferramentais no Japão. Não há um país no mundo que tenha tantos mercados de ferramentais interno. Os tipos de ferramentais fabricados no Japão são de primeira linha no mundo. A figura 2 apresenta as principais competências do Japão em termos de tecnologias de ferramentais. Além disso, a cultura japonesa estava adequada com a fabricação de moldes de alta qualidade. As ferramentarias japonesas fabricam reunindo membros da família, parentes e amigos de confiança. Portanto, fabricam desde o projeto até os processos e montagem, Unidos e solidários com o lema “vamos fabricar coisas boas”. Mas o que é importante nesta cadeia? A ferramentaria japonesa se tornou a nº 1 no mundo por conta da existência de indústrias japonesas diversas como destaques no mundo relacionadas aos periféricos dos ferramentais, tais como fabricantes de máquinas-ferramenta, de metais especiais, de instrumentos de medição de precisão, de ferramentas de corte. Ou seja, a posição destaque não foi conquistada somente pela indústria de ferramentais, mas também por toda a cadeia de fornecedores. Então, vamos pensar em substituir isso para a indústria de ferramentais do Brasil, que é a nº 1 na região norte e sul das Américas. Da mesma forma que no Japão, os imigrantes vindos ao Brasil começaram completamente do zero, e após 60 anos construíram as indústrias manufatureiras de tudo.
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CAM
ERP
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Figura 1: Indústrias demandantes de ferramentais no Japão (Fonte: Etsujiro Yokota, 2022)
Figura 2: Tipos de ferramentais produzidos no Japão (Fonte: Etsujiro Yokota, 2022)
A INDÚSTRIA DE FERRAMENTARIA DO BRASIL – NÚMERO 1 NAS AMÉRICAS A visão particular de Yokota é de que a indústria de moldes do Brasil é única e que raramente é vista no mundo, formada pela fusão dos pontos de excelência da tecnologia de ferramentaria italiana (cultura de fabricação Carrozzeria) e alemã (cultura de fabricação Mestre – Meister). Além disso, o desenvolvimento se deu de maneira semelhante a da japonesa, onde um funcionário antigo recebe a permissão de estabelecer sua própria empresa, e que forma uma indústria de laços profundos entre companheiros da mesma
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atividade empresarial. Esta é a base para o desenvolvimento da indústria de ferramental. A indústria de ferramental é a indústria líder de qualquer país por ser a responsável pela geração de produtos. Para se criar, a partir de agora, a marca de “Manufatura Brasileira Top Class Mundial”, deve ser criada a marca "Ferramentaria Brasileira Top Class Mundial". A conclusão de hoje é que, desde já, precisa ser criada a marca Ferramentaria Brasileira World Class. E as perguntas estão postas: • O que deve ser feito individualmente por profissional?
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• •
O que deve ser feito pelas empresas da cadeia de fabricantes de ferramentais? O que deve ser feito pelas Associações Empresariais e entidades afins?
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PROCESSOS
BENEFÍCIOS DA SIMULAÇÃO PARA PROCESSOS DE ESTAMPAGEM DE CHAPAS METÁLICAS NO CONTROLE DE FORNECEDORES POR EDSON RODRIGUES DOS SANTOS JR. - FRANCISCO DOS REIS NOGUEIRA JR.
Departamento de Engenharia de Produto da Stellantis do Brasil tem economia significativa de investimentos em processos e redução de custo peça utilizando a simulação no controle de fornecedores.
U
m dos grandes desafios da implementação de recursos de simulação em processos de engenharia das empresas, é como justificar este tipo de investimento e como calcular o retorno obtido. Não é algo simples de ser mensurado como acontece com o investimento em maquinários tais como prensas, que tem seu retorno calculado com base na taxa de golpes por minuto, por exemplo. Recursos tecnológicos como softwares de simulação exigem um pensamento fora da caixa, pois o que deve ser calculado é a economia de gastos gerada e não a lucratividade. Isso significa dizer que o retorno é calculado com base naquilo que deixou de ser gasto e não no que foi recebido. Em muitas situações há um receio de que os softwares de simulação substituirão a necessidade do profissional capacitado e com conhecimento em processos, o que não é verdade. Os softwares devem ser vistos como poderosas ferramentas que nas mãos de um “piloto” habilidoso e experiente será capaz de entregar resultados excelentes em diversas frentes. A utilização destes recursos tende a trazer vantagens tanto para o usuário que o utiliza, que pode se tornar requisitado no mercado com o passar tempo, assim como para a empresa que consegue colher os frutos do investimento em pouco tempo, como discutiremos ainda neste artigo. Existem diversas formas de avaliar a economia de custos com a utilização de softwares de simulação, uma delas é o ganho de tempo e aumento de precisão na fase de orçamentos. Em geral, as montadoras não possuem capacidade instalada para desenvolver e manufaturar todas as peças de um projeto (veículo) novo internamente. Isso significa que uma boa parte destas peças é lançada ao mercado para serem desenvolvidas na cadeia de fornecedores. Esta fase é geralmente ditada por uma quantidade alta de cotações que precisam ser feitas em um curto espaço
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de tempo e com uma precisão suficiente para garantir que: O orçamento seja “baixo” o suficiente para ser competitivo e “alto” o suficiente para que o fornecedor não tenha prejuízos futuros no fornecimento das peças. Outro exemplo é o ganho de tempo e redução de custos no desenvolvimento do ferramental, onde o projetista pode otimizar o processo e reduzir a quantidade de alterações e correções executadas no tryout ou até mesmo na produção. Melhorias de processos que podem também reduzir o consumo de matéria prima (blank) afetando diretamente os custos e produção, assim como controle de robustez, reduzindo o nível de refugo também na produção. Outra oportunidade é a possibilidade de identificação de problemas em uma fase inicial do projeto, permitindo alterações de produtos em um momento de maior flexibilidade para mudanças, sem maiores impactos em peças e/ou conjuntos adjacentes, ou até mesmo antes do ferramental já estar construído. Enfrentando todos estes desafios, o analista de engenharia Francisco dos Reis Nogueira Junior, do departamento de desenvolvimento de produtos do Grupo Stellantis, em Betim, MG, compartilha neste artigo 3 exemplos interessantes sobre estudos de implementação da simulação na fase de desenvolvimento de produtos, mostrando como estes estudos impulsionaram o departamento a investirem significativamente em mais recursos de simulação. No primeiro exemplo mostrado na Figura 1, a engenharia de produto foi acionado pelo fornecedor original, que comunicou a impossibilidade de manufaturar o produto desenhado, solicitando a alteração e separação do mesmo original em 2 peças, que seriam posteriormente unidas . Inicialmente não foram apresentados argumentos técnicos suficientes para justificar tal alteração, assim sendo, Francisco optou por avaliar a manufaturabilidade da peça com a simulação numérica com um outro parceiro.
PROCESSOS
Os estudos concluíram que sim, o componente poderia ser feito como uma peça única. Com essa análise, o processo original foi mantido, gerando uma redução no custo peça de 39% quando comparado ao processo proposto pelo primeiro fornecedor e cerca de 42% de redução nos custos de processo (dispositivos, ferramentas, espaço, etc). Em um segundo caso, após uma alteração de produto, o fornecedor solicitou o aumento do blank para manter a manufaturabilidade. Com a simulação em mãos, Francisco conseguiu validar o processo sem necessidade de au-
Figura 1: Caso de aplicação 1
mento de blank e consequentemente consumo de matéria prima, evitando um acréscimo de R$0,63 no custo peça. No terceiro exemplo descrito neste artigo, a engenharia realizou estudos em um produto que apresentava falhas (trinca) na operação de corte da região destacada na Figura 2. Esta falha exigia a utilização de corte a laser na região
Figura 2: Caso de aplicação 3
para garantir a qualidade necessária e isto gerava um custo adicional no processo. Utilizando a simulação eles representaram virtualmente o problema, e a partir disso, encontraram a solução para o mesmo, alterando a linha de corte e
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PROCESSOS
evitando o custo adicional do corte a laser, que representava R$3,10 por peça produzida. Nos 3 casos apresentados, o time de engenharia de produto conseguiu uma economia aproximada de 2 Milhões de reais em investimentos de processos e mais de 1 Milhão de reais por ano em custos ligados a produção das peças. Em 3 casos individuais, conseguiu-se atingir economias significantemente superiores aos valores investidos em softwares de simulação É comum profissionais se depararem com situações como as exemplificadas acima, porém a falta de recursos e informações com embasamento técnico acabam gerando discussões baseadas em achismos que dificultam em muito a tomada de decisões. Consequentemente, estas decisões se tornam cada vez mais dependentes da sorte para que sejam enfim assertivas e efetivas.
Como mencionado no início do artigo, o cálculo do retorno de investimento em softwares de simulação é um desafio e deve ser feito de maneira diferente aquela usada convencionalmente. Um software de simulação não gera resultados físicos, não entrega um produto que pode ser colocado na prateleira com uma etiqueta de preço. O software de simulação permite gerar melhorias de processo, economias em desenvolvimento, manufatura e produção. Quando olhamos pela visão de economistas, deixar de pagar se equivale a receber, o que significa dizer que os 3 Milhões de reais mencionados no texto podem ser considerados uma entrada positiva no fluxo de caixa do Grupo Stellantis.
Edson Rodrigues dos Santos Junior - Formado em Engenheiro Mecânico pela Universidade Paulista, com conhecimentos em Engenharia Metalúrgica (PMT-USP – Aluno Ouvinte) e especialização em projetos de ferramentas CDR (Escola Pro-Tec). Profissional com 12 anos de experiência em processos de manufatura por transformação mecânica, estampagem de chapas metálicas, e há 2 anos atuando em processos de montagem BiW. Atualmente, Engenheiro Comercial na AutoForm do Brasil, contribuindo com o setor industrial metal mecânico brasileiro na implementação de novas tecnologias globais de simulação para os processos de manufatura por estampagem de chapas metálicas e BiW, com conceitos de produção enxuta e gêmeos digitais de processos. Contato: edson.rodrigues@autoform.com.br
Francisco dos Reis Nogueira Jr. - Analista de engenharia pleno pela Stellantis Latim America há mais de 10 anos e no total de mais de 25 anos na área de desenvolvimento de produto como projetista mecânico, coordenador de projeto, especialista de estampagem, solda e GD&T.
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HORIZONTE USINAGEM
DESBRAVANDO O MERCADO DE USINAGEM INDUSTRIAL QUEBRANDO PARADIGMAS
N
esta edição a Horizonte Usinagem nos apresenta as mais recentes técnicas de processo de usinagem industrial e como elas podem ajudá-lo a levar seu negócio a novos patamares. Mostraremos a você como otimizar seus processos, quebrar barreiras entre departamentos e tirar proveito de soluções turn-key que tornarão seu trabalho mais fácil do que nunca. O futuro do seu processo está
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POR HORIZONTE USINAGEM
aqui, emocionante, desafiador e mais gratificante do que nunca! FALANDO SOBRE A HORIZONTE USINAGEM A Horizonte Usinagem é formatada por dois irmãos Sandra A. SilvaAdministrativo Comercial (experiência de 22 anos) e Jorge A. Silva - CEO em Usinagem Industrial (19 anos de mercado de usinagem industrial), nascendo da união de experiências, ideais, desafios, ousadia e assertividade, construindo parcerias e que-
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brando paradigmas com tecnologia assertiva. Uma empresa em constante ascensão, seu foco é o ambiente metal mecânico voltado a usinagem convencional e CNC, cada vez mais especializada em novas tecnologias e condições para a otimização dos processos com níveis de alta produtividade e qualidade para a indústria de usinagem. Seu objetivo é fornecer a solução mais eficiente e econômica para seus clientes em um cenário com
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G E S TÃO
DIAGRAMA DE ISHIKAWA: COMO ESSA FERRAMENTA PODE AJUDAR UM PROGRAMADOR CNC OU OUTROS PROFISSIONAIS EM SEU COTIDIANO? POR MOISÉS HENRIQUES B. PEREIRA
I
O Diagrama de Ishikawa é uma das “ferramentas de qualidade” mais versátil, importante e de fácil implementação utilizadas no mercado.
magina que você é um programador CNC, empreendedor ou gestor e, de repente, você se depara com um problema na sua linha de produção ou empresa, que precisa ser resolvido com urgência. Como proceder, por onde começar e como procurar a solução? “Muita calma nessa hora”. Que tal conhecer uma ferramenta de solução de problemas: o diagrama de Ishikawa? O Diagrama de Ishikawa, também é conhecido como Diagrama Espinha de Peixe ou Matriz de causa e efeito. É uma ferramenta que auxilia na identificação das possíveis causas dos problemas. Como assim? É isso mesmo que você leu. Graças a essa ferramenta é possível analisar os processos, sob diferentes perspectivas, relacionando as causas potenciais para um determinado cenário/problema, o que consequentemente te ajudará e resolver os desafios e a encontrar bons resultados.
CONCEITO E ORIGEM DA FERRAMENTA O Diagrama de Ishikawa é uma ferramenta visual e em
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formato de gráfico. Sua função é auxiliar as análises das organizações, na procura da causa principal de um problema e na descoberta dos fatores que resultaram na situação indesejada para a organização. Devido a sua representação gráfica, a equipe consegue chegar nas “causas-raiz”, que diminuem a produtividade da organização. A ferramenta foi criada, no ano de 1943, pelo engenheiro químico Kaoru Ishikawa. O sucesso do método se dá por se tratar de uma ferramenta que pode ser utilizada por qualquer pessoa, desde os colaboradores “chão de fábrica” até a diretoria. COMO COMEÇAR A SUA CONSTRUÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO? É importante você seguir um passo-a-passo, para conseguir ter clareza, objetividade no processo e consequentemente bons resultados. Sendo assim: a. Defina de forma clara e objetiva, qual é o problema a ser analisado por sua equipe; b. Faça um esquema (diagrama) em forma de seta hori-
c. d.
e.
f.
g.
zontal, apontando para a direita (espinha de peixe). Posteriormente faça um quadrado na extremidade dessa seta; Escreva o problema central dentro desse quadrado; Com relação as categorias das causas observadas, faça traços diagonais no corpo da seta; Realize uma dinâmica com a equipe envolvida (usando brainstorming), que auxiliará na definição das possíveis causas. Foque nos detalhes, para que ela seja bem realizada e aproveitada; Insira as causas encontradas, conforme as categorias definidas pela equipe; Estabeleça uma hierarquização de acordo com sua gravidade e importância. Uma excelente indicação para a priorização das causas é ferramenta Matriz de Priorização, que se baseia em: Gravidade, urgência e tendência.
DETALHANDO O MÉTODO Se você chegou até aqui, já deve estar se perguntando: “de onde partir, para encontrar essas variáveis”? Ótima pergunta. Eu me embasei na própria
metodologia do Kaoru Ishikawa, onde ele definiu 6 tipos de causas que, na maioria das vezes, são a razão da existência do problema que se busca solucionar. Por isso, a ferramenta é também conhecida como diagrama 6M, onde cada uma dessas causas inicia com a letra M. Os 6 Ms de Ishikawa são: 1. Método 2. Máquina 3. Medida 4. Meio ambiente 5. Material 6. Mão de obra Para facilitar ainda mais a sua compreensão em relação a cada um dos “m”s, faça as seguintes perguntas, que te ajudarão a descobrir como cada “M” pode influenciar o que você precisa resolver: • Método: como a forma de desenvolver o trabalho influencia o desafio ou problema? • Máquina: como os equipamentos utilizados no processo influenciam? • Medida: como as métricas utilizadas para mensurar o desenvolvimento da atividade influenciam?
Figura 1: Exemplo de um problema que pode ser solucionado através da ferramenta diagrama de peixe ou Ishikawa. Nesse esqueleto, cada um dos Ms está relacionado a um mesmo efeito. Esquema: Moisés Henriques.
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G E S TÃO
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Meio ambiente: como o meio em que a atividade está sendo desenvolvida influencia? Material: como a qualidade e o tipo dos materiais utilizados influenciam? Mão de obra: como as pessoas envolvidas na atividade influenciam?
EXEMPLO APLICADO AO CNC Vamos tomar como exemplo uma empresa de CNC, que está problemas na sua produção, onde de tempos em tempos, algumas peças saem com defeitos. Como solucionar esse problema utilizando a diagrama (Figura 01)? É importante destacar que o diagrama deve ser utilizado para analisar um único efeito, claro e bem definido, que nesse caso foi o “defeito nas peças”, mas que pode ter raízes em várias causas. Veja que a partir de um único problema, foram levantadas várias causas que poderão ser o ponto de partida
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para a solução. Além disso, esse diagrama poderá auxiliar o programador ou empreendedor a encontrar e classificar as principais causas, engajando a equipe em planos de ação e solução de problemas, além de melhorar a eficiência e a produtividade da empresa. A aplicação da ferramenta poderá além de levar soluções para o problema analisado, poderá, deixar fluxo mais produtivo, tornar as operações mais fluidas e minimizar a interrupções. CONSIDERAÇÕES FINAIS Uma das formas de você deixar a sua empresa mais produtiva e minimizar os possíveis prejuízos, gastando pouco e, simultaneamente, utilizando uma metodologia de fácil implementação é através da utilização do Diagrama de Ishikawa. Não podemos permitir que erros de processos interfiram na produtividade, sem aprofundar em suas verdadeiras causas e tampouco sem corrigí-las. Nesse sentido, resolvi tra-
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zer para você leitor, uma das ferramentas mais importantes da gestão de qualidade, que te ajudará a aprimorar e facilitar a solução dos seus problemas produtivos, sejam eles mais simples ou mesmo os mais complexos. É interessante destacar que a ferramenta pode também ser utilizada em outros contextos, até mesmo do seu cotidiano e em outros setores da organização, uma vez que a ferramenta é extremamente versátil, de fácil entendimento e visualização. Gostou da abordagem? Se ficou com alguma dúvida, fique à vontade para entrar em contato.
By Moises Henriques Braga Pereira - Especialista em CNC, Professor e CEO da Empresa desde 2012. (31) 99477-8520 Instagram: @papocnc moises@papocnc.com.br
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PROCESSOS
COLABORAR PARA COMPETIR? O DESAFIO DAS FERRAMENTARIAS DO SETOR AUTOMOTIVO P O R A N D R É C H E R U B I N I A LV E S - K E N Y T H A LV E S D E F R E I TA S - L U I Z C A R L O S D I S E R I O -
A
A L E X A N D R E D E V I C E N T E B I T TA R - E M I L I A V I L L A N I
crise econômica decorrente da pandemia de COVID-19, transições tecnológicas, a busca pela redução das emissões de carbono e o crescimento da participação da China no setor têm criado múltiplas pressões sobre a cadeia automotiva. No Brasil, o desafio é ainda maior visto que a cadeia nacional é marcada por dependência de poucas empresas multinacionais e necessidade de políticas governamentais para sua manutenção no país. Nesse contexto, subsidiárias e fornecedores brasileiros precisam encontrar soluções colaborativas para reduzir a defasagem tecnológica perante os concorrentes asiáticos. O mercado global de ferramentaria tem um faturamento anual de US$
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35 bilhões, sendo que a participação brasileira neste mercado é de menos de 1% deste valor. A produção global é concentrada, principalmente, nos países asiáticos, que se diferenciam por preços extremamente competitivos e prazos reduzidos no desenvolvimento do produto. No Brasil, 50% das ferramentas utilizadas pelas montadoras aqui instaladas são importadas, sendo que esse número sobre para 100% quando se trata de equipamentos de alta tecnologia. O aumento da competitividade das ferramentarias brasileiras poderia estimular a inovação, gerar empregos de alta qualificação e fortalecer a cadeia nacional. Esta matéria foi baseada em um diagnóstico de competitividade da indústria automotiva brasileira para
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o Programa Rota 2030 – Mobilidade e Logística, que possui o objetivo de fomentar a competitividade através do desenvolvimento nacional de capacidades tecnológicas e produtivas. A Linha IV do Programa, chamado Ferramentarias Brasileiras Mais Competitivas, contempla as principais empresas da cadeia automotiva ligadas a construção de ferramentas de grande porte, incluindo montadoras, ferramentarias, empresas fornecedoras de serviços especializados de engenharia, serviços especializados de tecnologia da informação e gestão, serviços de fundição e usinagem além de fornecedores de aço. Os resultados apresentados neste artigo são provenientes de entrevistas, aplicação de questionários, e grupos focais com gestores de
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CADEIA DA FERRAMENTARIA NO BRASIL
empresas automotivas participantes do Programa Rota 2030. A pesquisa foi realizada por pesquisadores da Fundação Getulio Vargas e do Instituto Tecnológico de Aeronáutica. COMPLEXIDADE DA CADEIA DA FERRAMENTARIA NO BRASIL – QUAIS AS AMEAÇAS E OPORTUNIDADES ESTÃO A NOSSA FRENTE? A complexidade da cadeia automotiva global implica em diversos fatores que influenciam a tomada de decisão sobre alocação de recursos, impactando diretamente os níveis competitividade da indústria no Brasil. Para entender os desafios das ferramentarias brasileiras, foi realiza-
do um diagnóstico competitivo com o objetivo identificar e analisar sete forças competitivas. A partir dessa análise, foi possível fazer recomendações para as ferramentarias nacionais. AMEAÇA DE PRODUTOS SUBSTITUTOS A indústria automotiva global irá aumentar a produção de veículos elétricos. Empresas como Honda, Renault, Volkswagen e Volvo já anunciaram prazos para o fim da produção de motores a gasolina e a diesel nos próximos anos. Uma forma de aumentar a eficiência energética desses modelos é a utilização de alumínio em oposição ao aço, o
que resulta em uma redução no peso dos veículos e, consequentemente, uma significativa economia de eletricidade. No entanto, a fabricação de ferramentas para montagem desses veículos exige competências que apenas um terço das ferramentarias nacionais possuem, demandando investimentos em adaptação tecnológica. O problema é que as empresas nacionais têm sérios problemas financeiros que as impedem de realizar os novos investimentos que essa mudança tecnológica requer.
Avaliação do Modelo de Sete Forças Força competitiva
Detalhamento
Avaliação*
Ameaça de produtos substitutos
Novos produtos ou serviços com potencial de conquistar o mercado do produto existente
3.2
Globalização
Concorrência de competidores estrangeiros
3.6
Inovação
Capacidade de inovação e geração de novos produtos
3.1
Poder de barganha dos clientes
Capacidade dos clientes em demandarem novos parâmetros de qualidade, preço e entrega, por exemplo
2.7
Poder de barganha dos fornecedores
Capacidade das empresas em demandar dos fornecedores insumos de qualidade, preços baixos e prazos de entrega menores
3.2
Potenciais entrantes
Potencial de entrada de novas empresas do mesmo seguimento, colocando pressão em preços, custos e margem de lucro
2.3
Rivalidade entre empresas existentes
Análise focada na disputa por mercado com as demais empresas do setor
3.3
Nota: Adaptado de Porter (2008). * Escala de zero a cinco, em que valores mais próximos de cinco são percebidos como mais competitivos pelos respondentes.
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PROCESSOS
GLOBALIZAÇÃO Existe um movimento de concentração da indústria global de ferramentas pesadas para a Ásia, em especial, a China. As ferramentarias nacionais perdem muitos projetos para os concorrentes asiáticos em função da baixa capacidade instalada. Este fator gera uma espiral negativa: a baixa capacidade faz com que os projetos de desenvolvimento de ferramentas sejam transferidos para a China, o que reduz o número de projetos, debilita a saúde financeira das empresas e, portanto, reduz a capacidade de investimentos em expansão da capacidade produtiva. O resultado é que as ferramentarias nacionais não têm capacidade instalada para atender a demanda por ferramentas das montadoras instaladas no país e, por muitas vezes, não conseguem cumprir os prazos acordados nos projetos de desenvolvimento. Fenômenos similares ocorreram em outros países, que veem sua indústria desaparecer ou precisam buscar novos modelos de negócios. INOVAÇÃO Apesar da realidade própria de cada ferramentaria, a indústria possui problemas gerais, como o baixo número de profissionais disponíveis no mercado nacional. As montadoras relataram já ter recorrido a fornecedores estrangeiros para realizar serviços internos por falta de profissionais disponíveis no mercado interno. Atualmente, algumas empresas já cogitam compartilhar as competências operacionais ociosas com os demais membros da indústria. Subsidiárias das multinacionais automotivas em outros países já inovaram seus modelos de operação para estruturas mais colaborativas, como relatados pelos gestores. PODER DE BARGANHA DOS CLIENTES O setor de ferramentarias é altamente especializado em tecnologia e mão-de-obra com dependência de poucos clientes. Para muitas das
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montadoras é mais viável comprar as ferramentas de fornecedores terceirizados do que verticalizar sua produção, sendo que a maioria não possui ferramentaria interna. Apesar disso, esses compradores possuem alternativas com fornecedores nacionais e estrangeiros, que se tornaram maioria nos últimos anos. Este setor também é marcado pela falta de compartilhamento de informações sobre demanda futura, dificultando o planejamento de médio e longo prazos das ferramentarias. Isso se desdobra em outras dificuldades de planejamento, como aquisição de equipamentos e manutenção de mão de obra qualificada. O perfil atual de compras das montadoras prioriza fornecedores estrangeiros em função de preços menores e maior cumprimento de prazos. Este último fator é extremamente relevante para as montadoras em função de prazos cada vez menores de desenvolvimento e lançamento de novos veículos. PODER DE BARGANHA DOS FORNECEDORES O baixo volume de produção das ferramentarias torna o setor menos atraente para fornecedores. Para aqueles fornecedores que atendem outras indústrias, como os fornecedores de aço, o baixo volume de compra torna a ferramentaria um cliente pouco prioritário. Para os fornecedores exclusivos da cadeia, impede investimentos necessários para ampliação da capacidade ou em novas tecnologias. O baixo investimento reduz a inovação e a qualidade dos insumos, simultaneamente, aumenta o lead time e o custo. Além disso, muitos fornecedores específicos da cadeia não conseguem cumprir os prazos acordados, gerando atrasos nos projetos contratados pelas ferramentarias. POTENCIAIS ENTRANTES As ferramentarias asiáticas são consideradas as principais ameaças para indústria nacional. Os partici-
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pantes da pesquisa consideraram que os principais pontos negativos das ferramentarias brasileiras são a falta de formação de novos profissionais, o custo com matéria-prima, a defasagem tecnológica e os ajustes manuais realizados nas ferramentas entregues, o que compromete custo e prazo dos projetos. Por outro lado, os concorrentes asiáticos têm maior capacidade produtiva e volume de projetos, o que resulta em maior nível de inovação através do domínio do processo de desenvolvimento de ferramentas, reduzindo os custos operacionais. RIVALIDADE ENTRE EMPRESAS EXISTENTES Apesar das empresas possuírem competências muito específicas, as ferramentarias são percebidas com pouca diferenciação em preço ou qualidade, resultante do baixo nível de investimento em novas tecnologias. Além disso, os participantes consideram que existem muitos concorrentes e poucos clientes na cadeia automotiva, o que geram bastante concorrência pelos projetos de desenvolvimento de ferramentas existentes. QUAIS OS BENEFÍCIOS DE COLABORAR COM OS COMPETIDORES? Os resultados do diagnóstico sugerem que as ferramentarias nacionais estão perdendo mercado para a concorrência asiática. Estas empresas possuem baixa capacidade operacional, o que desdobra em outros desafios como descumprimento de prazos, custos operacionais altos, baixa capacidade de investimento e defasagem tecnológica. Estes desafios fazem com que as montadoras procurem empresas asiáticas para desenvolver suas ferramentas, o que cria uma espiral negativa para a indústria nacional. Os gestores participantes dos workshops informaram que o desafio que as ferramentarias nacionais enfrentam, onde a concorrência asiá-
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tica pressiona o mercado, ocorre em outros países simultaneamente. Subsidiárias de montadoras na Alemanha e na Coreia do Sul têm relatado que esses países têm adotado um modelo mais colaborativo de gestão de ativos, compartilhando custos e benefícios de compra e operação de equipamentos de alta tecnologia. Essa mudança no modelo de negócio tem evitado que muitas empresas entre em falência. A recomendação do diagnóstico é que as empresas colaborem em esforços conjuntos em projetos de desenvolvimento de ferramentas, permitindo aumento os investimentos em tecnologia e a capacidade de inovação. Por exemplo, a falta de visibilidade dos projetos leva as ferramentarias a não conseguirem se planejar, causando ociosidade ou extrapolando a capacidade produtiva da empresa. Em um parque industrial coletivo, as empresas compartilhariam o uso e o custo das máquinas mais avançadas, investindo em maior capacidade operacional. A “coletivização” do parque industrial de ferramentarias automotivas traria potenciais benefícios que poderiam romper a espiral negativa que as empresas se encontram. Entre os potenciais benefícios estão a redução dos ciclos de desenvolvimento e construção de ferramentas, algo importante dado ao curto prazo
de desenvolvimento e lançamento de veículos; as parcerias entre as ferramentarias visando aumento da capacidade de investimento na ampliação da capacidade operacional e tecnológica; e o maior domínio e controle do processo de desenvolvimento e construção de ferramentas com empresas atuando em diversas partes do processo no mesmo espaço comum.
em redução da defasagem tecnológica, geração de mão de obra qualificada, maior inovação no processo de desenvolvimento e, portanto, maior competitividade para a indústria brasileira.
A COMPETITIVIDADE PELA COLABORAÇÃO As ferramentarias nacionais se encontram em círculo vicioso muito similar ao de muitas empresas no Brasil. A concorrência asiática em grande escala não resulta apenas em menor custo de produção, mas em um maior domínio do processo de desenvolvimento de produto e capacidade de investimento em novas tecnologias. Esses fatores se desdobram ainda em maior qualidade das ferramentas e menor prazo de entrega. No entanto, é possível mudar essa realidade com uma mudança de paradigma através da adoção de modelos mais colaborativos. O resultado do diagnóstico aponta que modelos de compartilhamento de recursos já foram aplicados em outros países com benéficos para as cadeias automotivas locais, como Alemanha e Coréia do Sul. Espera-se que essa mudança possa se refletir
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Referências
•
Associação Brasileira da Indústria de Ferramentarias [ABINFER]. (2021). Acessado de <https://www. abinfer.org.br/news/> Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa [FUNDEP]. (2021). Programa Rota 2030. Acessado de
•
<https://rota2030.fundep.ufmg.br/> Eisenhardt, K. (1989). Building theories from case study research. Academy of Management Review,
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14(4), 532-550. Lee, N. S. & Ram. J. (2018). New product development processes and knowledge transfer in automotive projects: An empirical study. Knowledge and Process Management, 25(4),
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•
-2030-mobilidade-e-logistica> Porter, M. (2008). The Five Competitive Forces That Shape Strategy. Harvard Business Review, 86(1), pp. 78-93.
André Cherubini Alves - Doutor em Administração com ênfase em Gestão da Tecnologia e Inovação pelo PPGA/UFRGS. Professor de na Escola de Administração de Empresas de São Paulo, Fundação Getúlio Vargas. Kenyth Alves de Freitas- Professor titular e pesquisador do Grupo Ibmec, consultor e pesquisador na Fundação Getulio Vargas. Doutor em Administração de Empresas (2021) pela FGV/EAESP, na linha de Gestão de Operações e Sustentabilidade. Luiz Carlos Di Serio - Luiz Carlos Di Serio é professor Titular da Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo desde 1992, nos programas de graduação e pós-graduação. Doutor em Engenharia da Produção na Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo. Alexandre de Vicente Bittar - Consultor na área de Gestão de Operações e Logística e Professor universitário. É professor titular no curso de Administração de Empresas do IBMEC-SP, e atua como professor nos programas de graduação, pós-graduação e MBA da FGV Online e FGV Management. Emilia Villani - Possui graduação em engenharia mecatrônica pela Universidade de São Paulo (1997), mestrado (2000) e doutorado (2004) em engenharia mecânica também pela Universidade de São Paulo. Desde 2005 é professora do Instituto Tecnológico de Aeronáutica, atuando em engenharia mecatrônica e sistemas aeroespaciais.
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As empresas listadas a seguir estão classificadas por segmentos da cadeia de fabricantes de ferramentais, sendo as mencionadas resultado de pesquisa realizada pela Revista Ferramental. As informações foram fornecidas pelas próprias empresas e podem não refletir a completa condição de atendimento. Caso você conheça alguma empresa de fornecimento para a cadeia de fabricantes de ferramentais que tenha ficado de fora desta seleção, por favor entre em contato conosco através do e-mail contato@revistaferramental.com.br.
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FORNECEDORES DE FERRAMENTAS DE CORTE
Itupeva - SP (19) 99332-2733 www.yg1.co.kr
Jaraguá do Sul - SC (47) 9973-8350 wifer.com.br
Campinas - SP (19) 99606-2361 secotools.com/br
YG-1
Iscar, Guhring, Haimer, Martercam
Seco
Ferramentas: Aço rápido Metal duro inteiriça Metal duro soldada
Pastilhas intercambiáveis: Cerâmicas Diamante Metal duro Nitreto cúbico de boro
Outras ferramentas: Alargadores Bedames Brocas Brochas Brunidores Cossinetes Cortadores de engrenagens Escareadores Ferramentas para tornear Ferramentas para fresar Machos Rebaixadores Recartilhas Serras
Marcas comercializadas:
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F O R N E C E D O R E S D E F E R R A M E N TA S D E CO R T E
Campinas - SP (19) 98372-1306 rmcferramentas.com.br
Bragança Paulista - SP (11) 4481-7800 osg.com.br
Joinville - SC (47) 3028-4297 casafer.com.br
Guaramirim - SC (47) 3370-9902 vrtools.ind.br
Kyocera, Dormer
OSG
Bordignon, Bolexp, RTC, Ermanno Balzi, Ebehardt, Vertex, Wmould, Sarda Magnets, Finetech, Moudlflo, Progressive Components, Nanoplast, Insizemetc.
VRTOOLS
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FORNECEDORES DE FERRAMENTAS DE CORTE
Santo André - SP (11) 97202-9259 palbit.com.br
Vinhedo - SP (19) 99701-7077 iscar.com.br
Votorantim - SP (15) 98133-7952 walter-tools.com
Palbit
Iscar, Ingersoll
Walter, Walter Titex, Walter Prototip
Ferramentas de: Aço rápido Metal duro inteiriça Metal duro soldada
Pastilhas intercambiáveis: Cerâmicas Diamante Metal duro Nitreto cúbico de boro
Outras ferramentas: Alargadores Bedames Brocas Brochas Brunidores Cossinetes Cortadores de engrenagens Escareadores Ferramentas para tornear Ferramentas para fresar Machos Rebaixadores Recartilhas Serras
Marcas comercializadas:
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F O R N E C E D O R E S D E F E R R A M E N TA S D E CO R T E
São Paulo - SP (11) 93488-0070 horizonteusinagem.com
Jundiaí - SP (11) 4680-3536 sandvik.coromant.com
Santo André - SP (11) 4997-1255 cofast.com.br
Joinville - SC (47) 3029-8307 grupoalltech.com.br
Grandes marcas em destaque nível mundial
Sandvik Coromant
Sandvik, Dormer, Starrett
Yizumi, Okada, Hartford, Toyo, Mapal, FCS, Takisawa, entre outras
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FORNECEDORES DE FERRAMENTAS DE CORTE
Indaiatuba - SP (15) 99131-6273 kennametal.com
São Paulo - SP (11) 2959-2933 workfer.com.br
Kennametal, Widia, Erikson
Tungaloy, Insize, Dormer
Ferramentas de: Aço rápido Metal duro inteiriça Metal duro soldada
Pastilhas intercambiáveis: Cerâmicas Diamante Metal duro Nitreto cúbico de boro
Outras ferramentas: Alargadores Bedames Brocas Brochas Brunidores Cossinetes Cortadores de engrenagens Escareadores Ferramentas para tornear Ferramentas para fresar Machos Rebaixadores Recartilhas Serras
Marcas comercializadas:
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MACHINERY TOOLING UNIT Soluções de alta qualidade em ferramentais de estampagem e automações
50 anos de experiência para mercados nacionais e internacionais. Ampla experiência na indústria de motores e eletrodomésticos. Atuação na Argentina, Itália, México, Áustria, Eslováquia e China. Alta tecnologia na fabricação de ferramentais para lâminas de motores, de estampagem progressiva e de repuxo profundo com transfer.
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CONTAMOS COM ASSISTÊNCIA TÉCNICA ESPECIALIZADA.
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FORNECEDORES DE COMPONENTES
Diadema - SP (11) 96253-5796 tecnoserv-moldes.com.br
Caxias do Sul - RS (54) 3223-0900 sulmax.com.br
Cravinhos - SP (16) 99796-6489 tres-s.com.br
A Tecnoserv é referência quando o assunto é fornecer produtos para fabricação de moldes para injeção de termoplásticos e equipamentos para sistemas de câmara quente.
A Sulmax atua no mercado desde 2003 fornecendo soluções em componentes para moldes, matrizes e dispositivos, além de uma completa linha de instrumentos de medição.
Fabricante de Pinos Extratores, Punções, Molas, Porta Moldes, Base de Estampo e componentes, Câmara Quente, Bico Quente, Controlador de temperatura e Manifold.
Produtos: Abrasivos e polimento Bico quente Câmara quente Centralizadores Cilindros hidráulicos Conexões Componentes para extração Componentes para fixação Componentes para injeção Componentes para medição Componentes para movimentação Componentes para refrigeração Controladores de temperatura Manifolds Molas Porta molde Porta-ferramenta Puxadores Troca rápida Hot-half Controladores Sequenciais Simulação de Injeção Garras Acessorios para Robô Colunas Buchas Colares de esfera
Sobre a empresa:
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FORNECEDORES DE COMPONENTES
São Bernardo do Campo - SP (11) 4358-7300 polimold.com.br
Caxias do Sul - RS (54) 3221-8866 maffer.ind.br
Joinville - SC (47) 3028-4297 casafer.com.br
Curitiba – PR (41) 3085-4649 compomoldes.com.br
Há mais de 50 anos oferece o que há de mais qualificado e moderno em porta moldes, câmara quente, estampos, componentes e acessórios de molde.
A Maffer tem como objetivo o atendimento a fabricantes de moldes de injeção, trazendo soluções inteligentes em componentes diferenciados para seus clientes.
Fornecimento de insumos e soluções para a indústria fabricante e usuária de moldes, estampos e empresas de usinagem.
Fabricante e importador de componentes para moldes de injeção .
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FORNECEDORES DE COMPONENTES
Jundiai - SP (11) 4589-7200 www.husky.co
Itatiba - SP (11) 4538-2445 incoe.com.br
Caxias do Sul - RS (54) 2108-5757 matripecas.com.br
Fornece controladores de temperatura e de servo-motor, sistemas de câmara quente valvuladas, térmicas para bi-injeção ou stack moldes.
A Incoe se orgulha de fornecer sistemas de câmara quente de classe mundial desde 1958.
A Matripeças surgiu na década de 90, como pioneira em sua região na distribuição de componentes para moldes e matrizes.
Produtos: Abrasivos e polimento Bico quente Câmara quente Centralizadores Cilindros hidráulicos Conexões Componentes para extração Componentes para fixação Componentes para injeção Componentes para medição Componentes para movimentação Componentes para refrigeração Controladores de temperatura Manifolds Molas Porta molde Porta-ferramenta Puxadores Troca rápida Hot-half Controladores Sequenciais Simulação de Injeção Garras Acessorios para Robô Colunas Buchas Colares de esfera
Sobre a empresa:
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FORNECEDORES DE COMPONENTES
Mauá - SP (11) 95550-0578 schunk.com
Caxias do Sul - RS (54) 3022-2700 novacamaraquente.com.br
Indaiatuba - SP (11) 99770-0020 bergertechnik.com
Sorocaba - SP (15) 3228-1399 mccomponentes.com.br
Multinacional alemã, a Schunk se destaca pela sua ampla gama de produtos de fixação e automação industrial, sendo líder mundial em seu segmento.
Com mais de 20 anos de atuação no mercado, a Nova hoje é a maior fabricante de sistemas de câmara quente da região sul do Brasil.
Fabricante de sistemas de fixação para usinagem, morsas de precisão, zero point, ganho de produtividade, troca rápida e redução de tempo de setup.
A MC Components foi criada com o objetivo de fornecer a solução em componentes para máquinas e moldes de injeção e sopro.
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FORNECEDORES DE COMPONENTES
Joinville - SC (47) 99631-0784 yudosa.com.br
Diadema - SP (11) 4072-8400 prodty.com.br
São Paulo - SP (11) 5548-4333 industecnica.com.br
A Yudo é o maior fornecedor de câmara quente do mundo, seguindo a premissa de estar sempre perto do cliente, em 2012 foi inaugurada na cidade de Joinville a Yudo SA.
A Prodty é fabricante nacional de produtos e equipamentos para o setor automotivo, auto peças e linha branca.
A Industécnica é uma empresa pertencente ao grupo Amf fundada em 1890 na Alemanha, líder de mercado em seu segmento de sistemas de fixações para área industrial.
Produtos: Abrasivos e polimento Bico quente Câmara quente Centralizadores Cilindros hidráulicos Conexões Componentes para extração Componentes para fixação Componentes para injeção Componentes para medição Componentes para movimentação Componentes para refrigeração Controladores de temperatura Manifolds Molas Porta molde Porta-ferramenta Puxadores Troca rápida Hot-half Controladores Sequenciais Simulação de Injeção Garras Acessorios para Robô Automatização de Prensas Transfers Cilindros de Nitrogênio
Sobre a empresa:
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FORNECEDORES DE MATÉRIA-PRIMA
Sumaré - SP (19) 3303-8471 villaresmetals.com
Produtos: Aço-carbono Aço-liga Aços inoxidáveis Aço-ferramenta Alumínio e ligas Bronze Cobre e ligas Chumbo/estanho e ligas Fornecidos com certificado Fornecidos com tratamento térmico
Latão Magnésio e ligas Níquel Titânio Tungstênio Ligas Especiais
Condições de fornecimento Forjado Fundido Laminado Trefilado Centrifugado Anel laminado sem costura Cortado sob medida
Formas de fornecimento Barras Bobinas Chapas Flanges Lingotes Placas Tubos Peças usinadas Blocos Peças forjadas
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Caxias do Sul - RS (54) 99977-8793 metalliacos.com.br
São Paulo - SP (11) 2618-3377 serrametal.com.br
F O R N E C E D O R E S D E M AT É R I A- P R I M A
Sumaré – SP (19) 3822-3901 bohler-uddeholm.com.br
Limeira - SP (19) 3451-3099 mecatti.com.br
Caxias do Sul - RS (54) 3224-7600 diferro.com.br
Joinville - SC (47) 99176-1022 ampcometal.com
NOV / DEZ 2022 // REVISTAFERRAMENTAL.COM.BR // 49
FORNECEDORES DE MATÉRIA-PRIMA
Joinville - SC (47) 3033-2800 conteacos.com.br
Produtos: Aço-carbono Aço-liga Aços inoxidáveis Aço-ferramenta Alumínio e ligas Bronze Cobre e ligas Chumbo/estanho e ligas Fornecidos com certificado Fornecidos com tratamento térmico
Latão Magnésio e ligas Níquel Titânio Tungstênio Ligas Especiais
Condições de fornecimento Forjado Fundido Laminado Trefilado Centrifugado Anel laminado sem costura Cortado sob medida
Formas de fornecimento Barras Bobinas Chapas Flanges Lingotes Placas Tubos Peças usinadas Blocos Peças forjadas
50
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Cachoeirinha - RS (51) 99978-7500 favorit.com.br
São Paulo - SP (11) 5545-8200 ggdmetals.com.br
F O R N E C E D O R E S D E M AT É R I A- P R I M A
São Paulo - SP (11) 3392-6700 acoespecial.com.br
São Paulo - SP (11) 5641-4361 bronzemetal.com.br
São Paulo - SP (11) 2036-9902 imperiodosmetais.com.br
São Paulo - SP (11) 4553-4742 tsalloy.com.br
NOV / DEZ 2022 // REVISTAFERRAMENTAL.COM.BR // 51
FORNECEDORES DE MÁQUINAS
Vinhedo - SP (19) 3826-7373 bener.com.br
Caxias do Sul - RS (54) 3218-4600 resitron.com.br
Joinville - SC (54) 3027-9300 grupoalltech.com.br
Hyundai Wia, Makino, Priminer, Cosmos, Akira Seiki, Veker, Electrocut, Seyi, Metalex e Sisma.
Resitron, Zimmer & Kreim, Röders e CB Ferrari
Yizumi, Okada, Hartford, Takisawa, FCS, Mapal, Zoller
Ferramentas: Centro de usinagem vertical Centro de usinagem horizontal Centro de usinagem 5 eixos Eletroerosão a fio Eletroerosão por penetração Extrusora Fresadoras CNC Fresadoras Ferramenteiras Fresadoras Universais Furação profunda Injetoras para metais Injetoras para plástico Impressora 3D termoplástico Impressora 3D metálica Máquinas a laser / corte a plasma Mandriladoras Convencionais Mandriladoras CNC Prensas excêntricas Prensas hidráulicas Prensas mecânicas Retíficas cilíndricas convencional Retíficas cilíndricas CNC Retíficas planas convencional Retíficas planas CNC Robôs Tornos horizontais CNC Tornos horizontais convencionais Tornos automáticos Tornos verticais CNC Tornos verticais convencionais
Outros serviços: Instalação da máquina Manutenção Treinamentos
Marcas comercializadas:
52
// REVISTAFERRAMENTAL.COM.BR // NOV / DEZ 2022
FORNECEDORES DE MÁQUINAS
Valinhos - SP (19) 3299-0120 tecnohow.com.br
Hermle, Kern, GE Additive, Walter, Ewag, Studer, Blohm, Jung, Mägerle, Schaublin, Feintool
Guarulhos - SP (11) 2413-3811 carnevalli.com
São Paulo - SP (11) 5564-7488 japax.com.br
Vinhedo - SP (11) 99658-7357 makino.com
Pinhais - PR (41) 3557-1966 industrialcapital.com.br
Carnevalli
Sodick (Japão) e KTC (Coréia do Sul)
Makino
Sinitron, Clark, Yadon, Tontec
NOV / DEZ 2022 // REVISTAFERRAMENTAL.COM.BR // 53
FORNECEDORES DE MÁQUINAS
Araquari - SC (47) 99166-4807 etecmaquinas.com
São Bernardo do Campo - SP (11) 4367-9102 grobgroup.com/pt
São José dos Pinhais - PR (41) 3596-4478 cimhsa.com.br
Ferramentas: Centro de usinagem vertical Centro de usinagem horizontal Centro de usinagem 5 eixos Eletroerosão a fio Eletroerosão por penetração Extrusora Fresadoras CNC Fresadoras Ferramenteiras Fresadoras Universais Furação profunda Injetoras para metais Injetoras para plástico Impressora 3D termoplástico Impressora 3D metálica Máquinas a laser / corte a plasma Mandriladoras Convencionais Mandriladoras CNC Prensas excêntricas Prensas hidráulicas Prensas mecânicas Retíficas cilíndricas convencional Retíficas cilíndricas CNC Retíficas planas convencional Retíficas planas CNC Robôs Tornos horizontais CNC Tornos horizontais convencionais Tornos automáticos Tornos verticais CNC Tornos verticais convencionais
Outros serviços: Instalação da máquina Manutenção Treinamentos
Marcas comercializadas:
54
Takumi
// REVISTAFERRAMENTAL.COM.BR // NOV / DEZ 2022
GROB
Clever, Travis
FORNECEDORES DE MÁQUINAS
São Paulo, SP (11) 98526-2910 dmgmori.com
Caxias do Sul - RS (54) 99233-8357 eurostec.com.br
São Paulo - SP (11) 5694-8322 gfms.com
Joinville - SC (47) 99914-7573 hptmachine.com.br
Sao Paulo - SP (11) 98517-7265 www.fooke.de
DMG MORI
HSG, Bole, WIM e Micro Dynamics
AgieCharmilles , Mikron, Mkron Mill Liechti, Step-Tec, System 3R
Yangsen, HPT Machine
Fooke GmbH
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FORNECEDORES DE MÁQUINAS
São José dos Campos - SP (12) 3931-5433 ferdimat.com.br
Santa Bárbara d’Oeste - SP (19) 3455-9129 romi.com
São Paulo - SP (11) 3376-7777 vitorbuono.com.br
Ferdimat
Romi, Fanuc (Centros de Furação e Rosqueamento Robodrill)
KAFO, SMEC, BF, CHMER, Ferdimat, VB, VertechGea, Promill, Farman
Ferramentas: Centro de usinagem vertical Centro de usinagem horizontal Centro de usinagem 5 eixos Eletroerosão a fio Eletroerosão por penetração Extrusora Fresadoras CNC Fresadoras Ferramenteiras Fresadoras Universais Furação profunda Injetoras para metais Injetoras para plástico Impressora 3D termoplástico Impressora 3D metálica Máquinas a laser / corte a plasma Mandriladoras Convencionais Mandriladoras CNC Prensas excêntricas Prensas hidráulicas Prensas mecânicas Retíficas cilíndricas convencional Retíficas cilíndricas CNC Retíficas planas convencional Retíficas planas CNC Robôs Tornos horizontais CNC Tornos horizontais convencionais Tornos automáticos Tornos verticais CNC Tornos verticais convencionais
Outros serviços: Instalação da máquina Manutenção Treinamentos
Marcas comercializadas:
56
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TRATAMENTO TÉRMICO E SUPERFICIAL
Jundiaí - SP (11) 94233-1328 brasimet.com.br
Araquari - SC (47) 3305-1125 ttiplasma.com.br
Guaramirim - SC (47) 98853-0793 nitrion.com.br
800 x 800 cm 2 toneladas
1.200 x 1.600 cm 3 toneladas
Diâmetro e alturas variáveis
Serviços oferecidos: Têmpera Cementação Normalização Alívio de tensões Revenimento Austêmpera Maleabilização Nitrocarbonetação Oxinitrocarbonetação Nitretação Carbonitretação Solubilização Brasagem Ferritização Martêmpera Recozimento Revestimentos Pinturas especiais Revestimentos metálicos Tratamentos de superfície Textura em matrizes Polimento de matrizes Tipos de metais tratados: Ferro fundido Aço Ligas não ferrosas Aço Inoxidável Alumínio Dimensões e peso máximo das peças tratadas:
NOV / DEZ 2022 // REVISTAFERRAMENTAL.COM.BR // 57
TRATAMENTO TÉRMICO E SUPERFICIAL
Jundiaí - SP (11) 2152-0464 oerlikon.com/balzers/br
São Bernardo do Campo - SP (11) 4176-6969 superfinishing.com.br
Mogi das Cruzes - SP (11) 99913 9604 heattech.com.br
85x15 cm 3 toneladas
1.000 cm 15 a 20 toneladas
3.500x2.500x500 cm 5 toneladas
Serviços oferecidos: Têmpera Cementação Normalização Alívio de tensões Revenimento Austêmpera Maleabilização Nitrocarbonetação Oxinitrocarbonetação Nitretação Carbonitretação Solubilização Brasagem Ferritização Martêmpera Recozimento Revestimentos Pinturas especiais Revestimentos metálicos Tratamentos de superfície Textura em matrizes Polimento de matrizes Tipos de metais tratados: Ferro fundido Aço Ligas não ferrosas Aço Inoxidável Alumínio Dimensões e peso máximo das peças tratadas:
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T R ATA M E N T O T É R M I CO E S U P E R F I C I A L
Caxias do Sul - RS (54) 3028-2857 texturizarmatrizes.com.br
200 cm 7 toneladas
São Bernardo do Campo - SP (19) 2085-0717 isoflama.com.br
Guaramirim - SC (47)3373-3353 tecnotempera.com.br
Joinville - SC (47)3455-4645 gtp.ind.br
700x700x1050cm 1.4 t - Têmpera
Consultar setor comercial
3 toneladas
900x1.600 2 t - Nitretação
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MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS
Joinville - SC (47) 9948-6683 cncmove.com.br
Especialização: Parte elétrica geral Parte eletrônica geral Parte mecânica CNC Software Hardware Eixo-árvore Hidráulica Pneumática
Para quais tipos de máquinas: Centros de torneamento Centros de usinagem horizontais Centros de usinagem verticais Eletroerosão a fio Eletroerosão por penetração Fresadoras Fresadoras de engrenagens Fresadoras de pórtico Furadeiras Mandriladoras Retificadoras Tornos horizontais Tornos verticais injetora de plásticos
Outros serviços: Instalação da máquina Liberação para produção Emite certificado de calibração Testes geométricos Testes de usinagem Treinamento em Operação Treinamento em Manutenção Treinamento em Programação
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Contagem - MG (31) 3333-4255 efeservice.com.br
MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS
São Paulo - SP (11) 39916-6186 autservice.com.br
Gravatai - RS (47) 99286-3020 drivesul.com.br
Joinville - SC (47) 99177-2592 manumec.com.br
Joinville - SC (47) 99180-3548 cnctec.com.br
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SOFTWARES PROFISSIONAIS
São Leopoldo - RS (51) 3591-2900 ska.com.br
São Bernardo do Campo - SP (11) 96402-5121 autoform.com.br
Sim
Sim
São Paulo - SP (11) 5084-0048 topsolid.com
A empresa é: Produtora Revendedora Agente Autorizado para o Brasil
Oferece suporte técnico? Softwares comercializados:
Oferece treinamento? Sobre a empresa:
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• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
3DExperience Alphacam Altium Catia Delmia Ortems Designer Draftsight Driveworks Edgecam Enovia HP 3D Printing Lantek Logopress Markforged Materialise Magics NC Simul Simulia Abaqus Simulia XFlow SLM Solutions SoldWorks Syneco VISI WorkNC
•
AutoForm
Sim
• • • • •
TopSolid Cadmould Stampack InspireCast Eureka
Sim
Sim
Sim
Mais do que oferecer softwares líderes de mercado e desenvolver soluções personalizadas, a SKA se propõe a agregar soluções, promover desenvolvimento e construir relações para caminharmos rumo à nova era da indústria brasileira.
A AutoForm oferece soluções de software para as áreas de conformação de chapas metálicas e para o processo de montagem de carrocerias e conjuntos metálicos.
TopSolid SAS, uma das líderes mundiais em soluções CAD/CAE/CAM/ PDM/ERP, é a segunda maior empresa do segmento na França e está entre as Top10 do mundo. A TopSolid SAS oferece uma solução única, totalmente integrada, para diversas indústrias.
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SOFTWARES PROFISSIONAIS
Sabará - MG (31) 99614-6736 sixpro.pro
Sim
• • • • •
QFormUK Kothar JMatPro OmniCAD Pam-Stamp
•
Joinville - SC (47) 3435-6428 cimacad.com.br
Caxias do Sul - RS (54) 3039-5900 fit-tecnologia.com.br
São Caetano do Sul - SP (11) 3565-3808 plmx.com.br
Sim
Sim
Sim
Cimatron
• • •
CIMATRON FIKUS Eletroerosão CIMCO Edit
• • • • • • • • •
Solid Edge NX CAD NX CAM Teamcenter Simcenter Tecnomatix PLM Components Opcenter Mindsphere
Sim
Sim
Sim
Sim
A SIXPRO é uma empresa especializada em desenvolvimento de processos de manufatura. Fornecemos licenças de software, consultoria, serviços e treinamentos avançados nas áreas de conformação mecânica e tratamento térmico.
A CimaCAD tem como principal atividade o fornecimento de soluções em tecnologia para ferramentarias através do software líder de mercado Cimatron. A CimaCAD também tem uma estrutura completa para treinamentos e profissionais qualificados para implantação nas empresas.
Ajudamos nossos clientes a expandir seu potencial fornecendo soluções de softwares inteligentes que impulsionam o futuro da engenharia e fabricação.
A PLMX atua há mais de onze anos levando tecnologia ao mercado, apoiados em conceitos como a digitalização das indústrias e por meio de soluções que integram softwares e serviços (consultoria, implementação e capacitação).
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SOFTWARES PROFISSIONAIS
São Bernardo do Campo - SP (11) 94529-1986 camservsolutions.com
São Paulo - SP (11) 98577-2233 hexagon.com
Panambi - RS (55) 99977-2103 technnova.com.br
A empresa é: Produtora Revendedora Agente Autorizado para o Brasil
Oferece suporte técnico? Softwares comercializados:
Oferece treinamento? Sobre a empresa:
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Sim
• • • • • •
PowerMILL Fusion 360 PowerSHAPE PDMC AEC Moldflow
Sim
• • • • • • •
WorknC Edgecam Esprit MsC Qstat Pcdmis Entre outros
Sim
•
Autoform
Sim
Sim
Sim
A CAMSERV é a empresa representante nacional oficial do Grupo de Manufatura Digital da Autodesk ( CAD | CAM | CAE | Moldflow | PDMC) e Arquitetura e Construção Civil (AEC).
Lider em sensores, hardwares e softwares, voltados a Metrologia e Manufatura, tais como: Maquinas e equipamentos medição, CAD, CAM E CAE.
A TechnNOVA atua em ensino e consultoria em projetos de PD&I para o setor metal-mecânico, especialmente processos de estampagem e simulação de processos.
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SOFTWARES DE GESTÃO
Vinhedo - SP (19) 4062-9702 grv.com.br
Rio de Janeiro - RJ (21) 96457-9368 nomus.com.br/erpindustrial
Sim
Sim
A empresa é: Produtora Revendedora Agente Autorizado para o Brasil
Oferece suporte técnico? Softwares comercializados:
• • •
CPS Factory ApontaHora
•
Nomus ERP Industrial
Atende quais setores? RH Orçamento e vendas Compras Comercial Suprimentos Financeiro Produção Controle de projetos Controladoria
Oferece treinamento? Sobre a empresa:
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Sim
Sim
Com mais de 530 clientes em todo o Brasil e know how de 15 anos, a GRV software oferece soluções específicas para empresas que fabricam sob encomenda. Indústrias de usinagem, ferramentarias, caldeirarias, máquinas especiais, protótipos, dispositivos e automação compõem grande parte dos clientes conquistados.
A Nomus é especializada em tecnologia para excelência de gestão de pequenas e médias indústrias. Seu software em nuvem, o ERP Industrial, integra as áreas da fábrica através de funcionalidades robustas e com fácil uso, do administrativo ao PCP avançado.
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S O F T WA R E S D E G E S TÃO
• •
Joinville - SC (47) 99987-1100 prosyst.com.br
Joinville - SC (47) 9 9971-0418 developer.inf.br
Joinville - SC (47) 98423-1660 simplix.net.br
São Caetano do Sul - SP (11) 3565-3808 plmx.com.br
Sim
Sim
Sim
Sim
ERP Prosyst nexBI
•
Developer
•
GiP - Gestão Integrada de Projetos
• • • • • • • • •
Teamcenter Simcenter Tecnomatix PLM Components Opcenter Mindsphere Solid Edge NX CAD NX CAM
Sim
Sim
Sim
Sim
A Prosyst é referência em sistemas de gestão empresarial. Há mais de 35 anos no mercado, seu ERP acumula experiência para atender na íntegra as regras de negócio e processos das indústrias e suas extensões, como rede de lojas, serviços e distribuição, máquinas e equipamentos.
Desde 2001 atuando no mercado de software corporativo, a Developer Software, com sede em Joinville, SC, fornece um grande portfólio de soluções
Ajudamos nossos clientes a expandir seu potencial fornecendo soluções de softwares inteligentes que impulsionam o futuro da engenharia e fabricação.
A PLMX atua há mais de onze anos levando tecnologia ao mercado, apoiados em conceitos como a digitalização das indústrias e por meio de soluções que integram softwares e serviços (consultoria, implementação e capacitação).
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G E N T E & G E S TÃO
O LUCRO É A SEMENTE DO AMANHÃ, MAS A SEMENTE PRECISA SER BOA!
O
P O R M I C H E L L E B O R C H A R D T - PA U L O S I LV E I R A
s últimos meses do ano para a maior parte das empresas são marcados por dois eventos importantes, o orçamento e o planejamento para o ano seguinte. Momento de avaliar o que aconteceu no ano que se aproxima do fim, e o que pode e precisa ser ajustado para um ano ainda melhor, afinal evoluir é parte do crescimento sustentável, conceito que se aplica não só às organizações, mas também a nós como profissionais e pessoas buscando suas realizações e conquistas. Para contribuir com alguns insights à você e sua empresa nesse momento importante, compartilhamos os Catorze princípios da Amazon: Obsessão pelo cliente Os líderes começam com o cliente e “trabalham de trás para a frente”. Eles trabalham vigorosamente para conquistar e manter a confiança do
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cliente. Os líderes ficam de olho nos concorrentes, mas são obcecados pelos clientes. Senso de participação Os líderes participam. Eles pensam em longo prazo e não sacrificam o valor de longo prazo por resultados de curto prazo. Eles agem em nome da empresa toda, não apenas de sua própria equipe. Eles nunca dizem “não sou pago para fazer isso” ou “isso não é da minha alçada”. Inovação e simplificação Os líderes esperam e exigem inovação e invenção de suas equipes e sempre encontram maneiras de simplificar as coisas. Eles sabem o que está acontecendo no mundo, procuram novas ideias em todos os lugares e não se deixam restringir pela mentalidade do “não foi inventado aqui”. Quando ousamos fazer uma mudança, sabemos que
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podemos passar um bom tempo sem ser compreendidos. Excelente capacidade de julgamento Os líderes acertam muito. Eles têm uma excelente capacidade de julgamento e bons instintos. Eles buscam perspectivas diversas e se empenham para refutar as próprias crenças. Aprendem e são curiosos Os líderes nunca param de aprender e sempre buscam melhorar. Eles são curiosos para descobrir novas possibilidades e fazem de tudo para explorá-las. Contratam e desenvolvem os melhores funcionários Os líderes elevam os padrões de desempenho a cada contratação e promoção. Eles têm um bom olho para identificar talentos excepcionais e não se recusam a transferi-los por toda a organização. Os líderes
G E N T E & G E S TÃO
desenvolvem líderes e levam a sério seu papel de orientar os outros. Insistem nos padrões mais elevados Os líderes tem padrões implacavelmente elevados – muitas pessoas podem não ver sentido em padrões tão altos. Os líderes estão sempre elevando os padrões e encorajam suas equipes a fornecer produtos, serviços e processos de alta qualidade. Os líderes cortam o problema pela raiz e eliminam os defeitos e as falhas assim que surgem. Pensam grande Quem pensa pequeno nunca cresce. Os líderes criam e comunicam uma direção ousada que inspira resultados. Eles pensam diferente e procuram maneiras que ainda não foram inventadas de servir os clientes da melhor maneira possível. Tendência a agir A velocidade faz uma grande diferença nos negócios. Muitas decisões e ações são reversíveis e não requerem muita análise. Valorizamos líderes que correm riscos calculados. Frugalidade Os melhores líderes fazem mais com menos. As restrições levam as pessoas a desenvolver a engenhosidade, a autossuficiência e a criatividade. Os líderes não ganham pontos a mais por contratar mais funcionários, conquistar mais verbas ou ter mais despesas. Conquistam a confiança Os líderes ouvem com atenção, falam com franqueza e tratam as pessoas com respeito. Eles não tentam esconder seus erro, mesmo se isso causar estranheza ou embaraço. Os líderes não acreditam que são melhores que os outros. Eles avaliam a si mesmos e suas equipes em comparação com os melhores. Mergulham profundamente Os líderes operam em todos os níveis, se mantêm atentos aos detalhes, fazem auditorias frequentes e ficam de antenas ligadas quando
as métricas e os relatos subjetivos diferem. Eles não se acham importantes demais para se encarregar de alguma tarefa. São firmes quando discordam, mas são capazes de se comprometer Os líderes se sentem obrigados a contestar respeitosamente as decisões quando discordam delas, mesmo quando fazer isso for inconveniente ou exaustivo. Os líderes tem convicção e são tenazes. Eles não fazem concessões só para se dar bem com as pessoas. Uma vez que uma decisão é determinada, eles se comprometem de corpo e alma. Entregam resultados Os líderes se concentram nos fatores que mais importam para a empresa e os entregam com a qualidade certa e em tempo hábil. Eles não se deixam abater pelos contratempos e nunca se contentam com menos. Já utilizamos por diversas vezes nos artigos nossa citação “O lucro é a semente do amanhã”, e acreditamos de fato que essa afirmação é verdadeira, mas essa semente precisa ser uma boa semente, uma semente saudável, uma semente capaz de produzir bons frutos, bons lucros. A maior parte da literatura de negócios sobre excelência ou grandeza mede o sucesso das empresas usando exclusivamente as métricas do capitalismo financeiro. Quando os lucros são o principal propósito da organização, empresas grandes e poderosas tendem a impulsionar seu desempenho financeiro com relacionamentos enganosos com clientes e funcionários, fazendo uma extração de valor e não criação de valor. Fred Reichheld, criador do Net Promoter aponta para uma nova teoria, o capitalismo de cliente, fazendo-nos repensar o que identificariam as corporações que chamamos de “grandeza”. Reichheld acredita que as empresas que praticam o capitalismo de cliente – colocando os interesses do cliente em primeiro lugar – têm mais chances de alcan-
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G E N T E & G E S TÃO
çar a grandeza sustentável. Por esse motivo decidimos compartilhar os princípios da Amazon, para que possam servir de inspiração e contribuam para um mindset de crescimento. Princípios como esse exigem persistência, sistemática e prática diária incorporada ao sistema de gestão. Veja alguns exemplos de como é aplicado pela Amazon: • Ao se candidatar a um emprego na Amazon, você é entrevistado com base nesses princípios. • Desde o primeiro dia de trabalho, você é treinado para aprendê-los. • Seu feedback aos colegas é baseado nos princípios de liderança. • Seus relatórios de promoção são redigidos com base em seu desempenho em relação a esses princípios de liderança. • Você corre o risco de ser afastado se não demonstra que é capaz de cumprir os princípios de liderança. E é claro, não basta publicar uma lista de valores inspiradores. A persistência e os símbolos devem ser reforçados pelos princípios e sistemas e, o mais importante, pelo exemplo dados pelos líderes da empresa. Não importa a filosofia e negócios que estiver na moda no momento, as pessoas sempre acreditam mais no que os líderes fazem do que no que eles dizem. Elas veem que os chefes continuam definindo
orçamentos, alocando capital, medindo o sucesso e pagando bônus com base principalmente nos indicadores financeiros. Portanto, se você quiser que sua mensagem de amor pelos clientes seja levada a sério, precisa sustentar essas palavras com uma cultura, rituais e sistemas cuidadosamente planejados para reforçar esse conceito do capitalismo de cliente. Certamente você conhece a famosa passagem sobre o amor, que costuma ser lida em cerimônias de casamento. É um trecho da primeira carta de Paulo aos Coríntios e diz: O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Sempre protege, sempre confia, sempre tem esperança, sempre persevera. Em nosso caso do amor pelos clientes, esse amor só consegue perseverar com a ajuda de líderes comprometidos. Grandes empresas ajudam as pessoas a ter uma grande vida, atuando como uma força do bem. Grandes líderes inspiram suas equipes a ter uma vida repleta de sentido e propósito por meio do serviço que prestam às pessoas – um serviço que não se limita a ser meramente satisfatório, mas é criativo e atencioso, de forma que encanta os clientes e enriquece a vida deles. O amor gera lealdade, que impulsiona o crescimento sustentável e lucrativo e ilumina o caminho que
leva à grandeza para a organização, suas equipes e cada membro individual da equipe. Cerque-se apenas de pessoas boas e escolha bem a quem você dedicará sua lealdade. Essas pessoas moldarão sua vida e definirão seu legado. Acima de tudo, elas o ajudarão a viver a vida do jeito certo, transformando vidas empobrecidas em vidas enriquecidas e fazendo deste mundo um lugar melhor. Será a fé e o trabalho coerente e constante que elevará as pessoas ao total desenvolvimento pessoal, profissional e consequentemente a blindagem da autoestima que permite que você influencie e lidere o seu meio. Nossas últimas considerações para esse artigo são... Como líder você deve gerar... Confiança em pessoas amedrontadas Ação onde havia hesitação Força onde havia fraqueza Método onde havia confusão Coragem onde havia covardia Otimismo onde havia ceticismo Congruência onde havia hipocrisia Convicção de que o futuro será melhor na construção do hoje! Pois liderar é fazer as pessoas a sua volta evoluírem. - Michelle Borchardt e Paulo Silveira Tenha um excelente dia e hoje e sempre; Pois o mercado é do tamanho da sua competência, influência e reputação.
Michelle Borchardt Silveira - Administradora de empresas com MBA em marketing pela Fundação Getúlio Vargas. Atua na área de Customer Success, no relacionamento e comunicação direta com clientes, equipes internas e parceiros estratégicos. Em seu dia-a-dia busca contribuir para a retenção de clientes e entrega de valor percebido. Também possui experiência em liderança de equipes de Serviços e gerenciamento de projetos. Autora dos livros ATITUDE – A VIRTUDE DOS VENCEDORES – Best-seller com mais de 500.000 leitores, além de Coautora no livro Ser+ com Palestrantes Campeões e dos doze títulos da Coleção Atitude. Paulo César Silveira - Conferencista com mais de 2500 palestras em seus 21 anos de carreira, nas áreas corportamental, liderança, vendas consultivas, negociação, vendas técnicas e comunicação com base em influência. Foi contratado por mais de 200 empresas das 500 melhores empresas eleitas pela Revista Exame. Professor convidado da FGV/SP, FIA FEA/USP, UDESC e UFRGS. Consultor, empreendedor e articulista com mais de 900 artigos editados. Autor de 26 livros, destacando-se os best-sellers: A LÓGICA DA VENDA, ATITUDE – A Virtude dos Vencedores e o VENDA SUSTENTÁVEL – A Lógica da NEGOCIAÇÃO lidos por mais de 4,8 milhões de leitores. Está revolucionando o mercado com novas formas de pensar e treinar equipes comerciais, com formatos disruptivos e inovadores, trazendo resultados nunca antes alcançados! Sua experiência e conhecimento são amplamente compartilhados em livros e artigos. Esses não só fizeram sucesso entre os mercados corporativos, como também despontaram em vendas para o público geral, tornando alguns dos seus títulos como os mais aplicáveis e vendidos do segmento. Sendo ainda Mentor e líder do Projeto Liderança Made in Brazil. falecom@paulosilveira.com.br
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MODELAR AÇOS & USINAGEM
om 10 anos de atuação no mercado brasileiro, a Modelar Aços & Usinagem vem apresentando um crescimento constante e sustentado, calcado em padrões de qualidade de produto e atendimento, bem como de satisfação de seus acionistas por meio de lucratividade e reconhecimento de mercado. Luís Filipe Ribeiro Pereira, diretor presidente, de origem portuguesa, está à frente da companhia e nos traz mais detalhes sobre a história e os planos futuros da empresa. Como surgiu a ideia de vir para o Brasil? Vim ao Brasil a convite da Simoldes Aços para gerir a produção da empresa em função de minha experiência adquirida em Portugal e Espanha. Essa decisão foi bastante difícil uma vez que tive de deixar toda a família em Portugal e, principalmente, ficar longe de meus filhos que, apesar de tudo, deram total apoio.
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Por que iniciar o projeto da nova empresa e quais foram os principais desafios? O projeto Modelar começou no início de 2012 com o objetivo de constituir uma empresa lucrativa com poucos recursos humanos e baixos custos produtivos. A partir do aluguel de uma máquina CNC usada, começamos a fazer usinagens de peças pequenas. Já em agosto adquirimos o primeiro centro de usinagem e iniciamos a busca por novos clientes em Joinville, SC, principalmente ferramentarias da região. Entretanto, como estamos situados em Curitiba, PR, havia um grande problema de logística. Em janeiro de 2014 decidimos nos mudar para Joinville para ficarmos próximos aos nossos clientes, facilitando o atendimento e a redução de custos e prazos de entrega. Dessa forma, conseguimos prestar serviço para várias ferramentarias, já operando com nossa estrutura e mais 3 máquinas alugadas.
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Vocês enfrentaram restrições de mercado? Em dezembro de 2015 decidi vender todos os equipamentos da empresa, uma vez que o negócio já não estava tão rentável na operação de usinagem em função do custo fixo e pelos valores baixos de mercado. Certamente uma nova estratégia de negócio entrou em desenvolvimento. Como foi ela? Em fevereiro de 2016 comecei a explorar o mercado externo e captei 5 clientes na Argentina. Eles acreditaram no projeto e são, até hoje, bons clientes e amigos. Com essa nova modelagem de negócio, o crescimento foi natural? Sim. A partir dessa nova situação, com a empresa em curso ativo e crescente, em meados de 2016 iniciamos a importação de aços-liga da Europa para os projetos da Argentina terceirizando a usinagem em Joinville e Portugal.
Conte um pouco sobre a estrutura e estratégia da empresa para operação com essa área de negócio. A Modelar praticamente só tinha custo com a contabilidade. Optamos então por fazer todos os pagamento à vista, ganhando descontos e mantendo preços competitivos. A crise econômica argentina impactou os negócios da Modelar? Em janeiro de 2019, com a crise econômica e financeira do país, percebemos a tendência de agravamento da situação em função de um governo de esquerda. Essa percepção nos fez repensar a operação naquele país. E qual foi o desdobramento neste momento crítico? Decidimos por montar um armazém de aços no Brasil, como forma de mitigar possíveis impactos de mercado na Argentina e ter opções de atuação mais intensiva aqui. Assim, em parceria com a Universal de Portugal, pertencente ao grupo Ramada, e que já fornecia os aços para nossos moldes, iniciamos a importação de pequenos blocos de aço-liga. Nosso mercado alvo foi, inicialmente, o de Joinville. Neste momento adquirimos uma pequena serra para viabilizar a entrega de blocos aos nossos clientes. Naturalmente, os primeiros pedidos foram mais complexos de fechar, uma vez que o aço era pouco conhecido no mercado local. A seriedade e compromisso da Modelar tornou esse negócio promissor em pouco tempo.
Então o negócio começou a decolar efetivamente? Conte um pouco sobre isso. O nível de vendas vinha em crescimento vertiginoso e passamos, em 2020, a terceirizar também o corte de blocos como forma de atender melhor e mais rápido nossos clientes. Inevitavelmente, em 2021 decidimos adquirir um galpão e investimos em vários equipamentos que permitiam trabalhar blocos maiores de aço 2738. Já em fevereiro de 2022 começamos a trazer o aço 1045, ampliando nossa linha de produtos. Quais são os principais diferenciais que a Modelar oferta para seus clientes? A garantia de qualidade e de fornecimento no prazo. Neste momento estamos com um estoque superior a 500 toneladas de material e tem mais este mesmo volume em trânsito chegando até o final de 2022. Existem outras ações estratégicas para aumentar ainda mais a competitividade e o crescimento da companhia? Em março de 2022 decidimos transformar a estrutura da Modelar a partir de uma holding e dividimos os setores. Criamos a MF incorporadora e acessamos o mercado de construção de imóveis e locação de
apartamentos. Adicionalmente, em junho de 2022 adquirimos uma empresa em Portugal, atendendo nossa meta de criar a filial da Modelar para atendimento a clientes naquele país. A operação iniciará efetivamente em dezembro deste ano. Assim, o grupo Modelar passou a atuar nos setores de fabricação de moldes para exportação, comercialização de aços e alumínio, e operação no mercado imobiliário. Comente sobre os resultados da companhia esperados para o ano de 2022. Temos orgulho em ter uma empresa de baixo custo operacional e alta lucratividade. Atualmente, com 5 colaboradores, faremos um faturamento de R$ 50 milhões no ano em curso. Este número deve ser ainda melhor em cerca de 30% para o próximo ano, considerando a operação portuguesa da companhia.
Localização: R. Nerildo Lickfett, 222 - Itinga Araquari - SC 89245-000 (47) 3305-8363 (47) 99602-0326 atendimento@modelaracos.com.br
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MEMÓRIAS
lução
Equipe So
SOLUÇÃO ATENDE AS MARCAS AUTOMOTIVAS STELLANTIS, VOLKSWAGEN, GM, TOYOTA, HONDA, MERCEDES E NISSAN POR GISÉLLE ARAUJO CEMIN
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Em março de 2023, a empresa completa 20 anos de história no estado mineiro
mpreender não é uma tarefa fácil, mas mesmo assim, muitos apostam no próprio negócio e vão driblando as dificuldades que o mercado brasileiro apresenta, como as altas taxas de juros, o alto índice de concorrência e a dificuldade para obter créditos e, assim, solidificarem-se cada vez mais. Com quase 20 anos de história, a Ferramentaria e Protótipo Solução enfrentou e ainda enfrenta estes desafios. A empresa mineira foi fundada em Betim, em março de 2003, composta por três sócios deste o início das atividades, André Mello, diretor comercial, André Figueiredo, diretor industrial e Welton da Costa, diretor industrial. Eles tiveram como maior incentivador do empreendimento, Antônio Carlos de Mello, pai de André Mello. “Nós já tí-
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nhamos trabalhado com ele (meu pai) e, quando eu e meus sócios saímos de uma empresa, na qual trabalhávamos juntos, mas em departamentos diferentes, decidimos montar o nosso próprio negócio”, enfatiza André. O prédio, na época da fundação, era alugado, com 700m² de área construída, onde trabalhavam apenas 10 colaboradores em duas fresas convencionais, um torno, uma máquina de eletroerosão a fio, uma furadeira radial e duas pontes de 2 t. De acordo com Mello, o início foi de muitas dificuldades. “Por isto, sempre apostamos nos clientes, pois não tínhamos crédito no mercado com os fornecedores e não era possível capitalizar a empresa com empréstimos”, aborda. O primeiro ferramental construído pela Solução foi o OS-001 Ferramenta
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Progressiva para a Stola do Brasil. “Na época, não tínhamos prensa para try-out e nem metrologia, então, precisávamos emprestar estas máquinas para realizar os testes em horários alternativos, geralmente à noite ou sábado à tarde”, relembra. Para os empresários, uma grande conquista foi a construção da sede própria. Um terreno de 4.000 m² foi adquirido em 2009, onde edificaram, em 2014, a atual sede, com 3700m² de área construída. Hoje, os mais de 80 funcionários atuam em um parque fabril que conta com seis centros de usinagens CNC, três fresas convencionais, dois tornos, duas retificas, três furadeiras radiais, três eletroerosão a fio, três pontes de 5T, uma de 10 t e uma de 15 t, além de uma metrologia com um tridimen-
MEMÓRIAS
sional CTR e braço com scanner, mais três prensas para try-out, sendo uma de 400 t excêntrica, uma de 1000 t hidráulica e uma de 3000 t excêntrica. Entre os softwares ativos: Top Solid, NX e Poly Works, que assessoram a área de engenharia, composta por nove colaboradores. “Temos centro de usinagens que utilizamos o Top Solid e o braço com Scanner, que utilizamos o PolyWorks. Entre os equipamentos mais modernos, uma Portal CNC, braço com scanner para a medição 3D das peças e ferramentais e a eletroerosão”. A Solução atende todo tipo de ferramental, sempre no segmento metalmecânico, fabrica protótipos e projeta ferramentais transfer, tandem e progressivas e calibre de controle para o setor metalmecânico. Atualmente, a empresa tem capacidade de produção de 23.000 horas/mês com a capacidade de 15 t e atende, principalmente, os estados de São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco. A Solução também realiza exportações para a Argentina. “Infelizmente, não conseguimos concorrer com continente Asiático devido ao alto investimento e encargos”, acrescenta Mello. Entre os principais clientes, destacam-se a Proma, GKTB, Tiberina, Maxion, Itaesbra, Gestamp, Aethra, Fanandri, Joalmi e Montich. “Também somos cadastrados na Stellantis, grupo automotivo multinacional e realizamos projetos para outras grandes marcas como Volkswagen, GM, Toyota, Honda, Mercedes, Scania e Nissan e isto é um orgulho para quem empreende”, salienta. Para os gestores, quatro datas
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marcam esta trajetória de quase duas décadas: o início das atividades, em 2003, depois, a compra da primeira prensa para try-out de 250 t, em 2008, e o primeiro centro de usinagem, em 2010. “Este, foi para nós uma vitória muito comemorada, pois nos tornamos autossuficientes e, assim, podemos captar mais trabalhos”, destaca o diretor comercial. Por fim, destacam a mudança para a sede própria, em 2014. Para os gestores, a empresa teve mais vitórias do que momentos ruins. “Durante a Pandemia é um orgulho falar que conseguimos manter nosso quadro de funcionários. Porém, lamentamos o fato de não concluirmos a expansão do galpão”. Para os sócios, o maior desafio da empresa durante esses quase 20 anos no mercado é tentar acompanhar a concorrência externa. “Hoje, os preços são baseados nesta situação, então o plano da empresa para os próximos anos é elaborar estratégias para reduzir custos e o prazo de construção, com foco na otimização das horas de trabalho”, explica André Mello.
Sobre a área da ferramentaria, Mello acrescenta que atualmente as exigências técnicas são muito maiores e os prazos cada vez mais apertados, o que limita o volume de trabalho para estes desenvolvimentos. Ainda, os valores estão mais apertados e há uma oscilação muito grande de preços de matéria-prima. Os sócios reconhecem a contribuição de todos os funcionários que já passaram pela empresa e, principalmente dos que hoje ainda se dedicam à Solução. “Temos profissionais que estão com a gente nestes 20 anos contribuindo para o nosso crescimento”, relatam. Mello agradece o apoio recebido do seu pai, Antônio, que sempre foi um grande motivador para ele e seus sócios. Ainda, ressalta a cumplicidade e dedicação da sua esposa Michele e das suas filhas Eduarda e Estella. “Sozinhos não vamos a lugar nenhum. Todos tiveram e têm papéis importantes para que a nossa empresa se solidifique cada vez mais no mercado e atue por mais 20, 30, 40 anos como referência na área”, finaliza.
Ferramentaria e Protótipo Solução Rua 2, nº 165 - Distrito Industrial Bandeirinhas 32.654-802 – Betim /MG +55 (31) 3597-0268 www.ferramentariasolucao.com.br
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JURÍDICA
VISUAL LAW: UMA REVOLUÇÃO NOS CONTRATOS DA SUA EMPRESA
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Visual Law é um conceito que aparenta estar em alta nos últimos tempos, e faz muito sentido, uma vez que tem por objetivo trazer a tecnologia e seus benefícios para dentro dos contratos e demais instrumentos jurídicos. Primeiramente, importante separar o conceito de Legal Design de Visual Law: aquele é o gênero, e este uma espécie dentro daquele gênero. Assim, podemos definir o Legal Design como a aplicação do design no mundo do direito de forma que seja focado totalmente no ser humano, tornando os serviços jurídicos mais acessíveis e satisfatórios. Portanto, o Legal Design nada mais é do que uma ferramenta que utiliza as tecnologias do design com o intuito de deixar os serviços jurídicos mais eficientes aos
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POR BÁRBARA MEIRA DE SOUZA
seus usuários, tornando a nossa vida descomplicada e conveniente. Um exemplo de Legal Design amplamente utilizado nos dias de hoje são os serviços de assinatura digital. Ao pensarmos que agora é possível assinarmos documentos sem sair de casa, porém mantendo-se a mesma legitimidade de uma assinatura feita em cartório, é fácil perceber que essa ferramenta melhorou muito a nossa vida, na medida em que é possível economizar tempo e dinheiro que seriam gastos com deslocamento, taxas, impressão, entre outros custos envolvidos no processo. Mas o que seria, então, o Visual Law neste mundo novo do Legal Design? O Visual Law é um método de aplicação de recursos visuais em documentos jurídicos, criado para tornar esses documentos eficientes e de fácil compreensão
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e adesão. Dentre os benefícios do uso dessa ferramenta, destaca-se a facilitação da transmissão de informações em peças jurídicas, a melhor compreensão das informações e uma leitura mais agradável desses documentos. Para exemplificar na prática o que seria a aplicação do Visual Law, alguns dos recursos visuais mais utilizados são os infográficos, fluxogramas, ícones, vídeos, animações, gamificação, etc. Além disso, pode-se agregar a esses recursos o uso de fontes e cores diferentes, tudo de forma equilibrada e previamente pensada, a fim de formar um conteúdo final muito mais agradável aos olhos, porém sem perder a seriedade e veracidade das informações que se está transmitindo. Deste modo, por meio do Visual Law todo e qualquer documento
JURÍDICA
jurídico pode ser simplificado e atualizado, trazendo uma melhor experiência na realização de negociações em geral, desconstruindo aquela noção popular de que contratos são documentos chatos e complexos, e fazendo com que as partes envolvidas realmente entendam tudo que estão negociando, o que certamente fará a sua empresa fechar mais negócios, de forma muito mais transparente e satisfatória. Isso porque, conforme diversos estudos científicos realizados em universidades ao redor do mundo, é comprovado que os seres humanos tem uma enorme capacidade de lembrar imagens, motivo pelo qual apresentações com recursos visuais são muito mais persuasivas do que aquelas elaboradas somente em texto, gerando, ainda, maior credibilidade ao espectador. Mas se o Visual Law é tão eficiente, por que os profissionais de direito ainda não tem como hábito o uso desta
ferramenta? Infelizmente, a área do direito possui uma maior resistência às mudanças tecnológicas. Além disso, a maioria dos profissionais da advocacia não possuem os conhecimentos mínimos de design, o que dificulta a utilização dos recursos visuais e organização de informações de outra forma que não o texto puro. Todavia, já existem profissionais buscando esse aprimoramento no mercado, e a tendência para os próximos anos é otimista no sentido de que os instrumentos jurídicos deixarão de ser algo complicado e de difícil alcance, e servirão cada vez mais para facilitar o dia a dia dos empresários na persecução de seus negócios e objetivos sociais. Se você quer saber mais sobre este tema, entre em contato comigo pelo e-mail abaixo, e descubra de que forma aplicar o Visual Law aos documentos da sua empresa.
Bárbara Meira de Souza Advogada especialista em Direito Empresarial com atuação na área societária em Schramm Hofmann Advogados Associados OAB/SC 38.711 Maiores informações ahofmann@sh.adv.br 47 3027 2848
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ENFOQUE
SEMPRE LIGADO
Fique por dentro das novidades tecnológicas do mundo da ferramentaria. SECO TOOLS NOVOS SISTEMAS DE FRESAMENTO DA SECO OTIMIZAM DESEMPENHO
O fresamento de materiais exigentes, como aços duros, aços inox, superligas e titânio, provoca arestas postiças ou entalhadas e insertos quebrados que aumentam os custos de ferramental e provocam tempos de inatividade inesperados. Para superar esses materiais ISO P, M e S, a nova geração do sistema de fresamento Seco High Feed SP, da Seco Tools, possui uma combinação de geometrias de corte e ângulos de posição dedicados, bem como ângulos de ataque otimizados, que se combinam para aumentar as taxas de remoção de material, maximizar a remoção dos cavacos e prolongar a vida útil da ferramenta. Inventário de ferramentas reduzido Com total versatilidade, uma ferramenta High Feed SP é compatível com uma linha completa de operações e materiais em fresamento de alto avanço. A ferramenta otimiza operações como fresamento em cópia, nivelamento, abertura de bolsas, fresamento de faceamento e plunging para reduzir ainda mais os inventários de ferramentas. Os usuários otimizam o desempenho no fresamento e eliminam a necessidade de comutação entre várias ferramentas para implementar várias estratégias de usinagem e materiais de peças. "O desgaste prematuro da ferramenta aumenta os custos de trabalho
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e leva a um tempo de inatividade inesperado da máquina, o que aumenta o tempo de produção", diz Benoît Patriarca, Gerente Global de Produtos de Fresamento de Alto Avanço da Seco Tools. "A combinação de geometrias e classes de corte dedicadas com ângulos de avanço otimizados do sistema High Feed SP permite uma usinagem mais rápida para reduzir os tempos de resposta do trabalho, ao mesmo tempo em que fornece uma relação preço/desempenho superior." Evitar tempo de inatividade não planejado e peças refugadas Concebidas para facilitar a utilização, as robustas ferramentas de fresamento High Feed SP proporcionam uma indexação simples e infalível de insertos que evita erros do operador, tempo de inatividade inesperado da máquina e peças refugadas. Além disso, os usuários podem acessar rapidamente as informações do produto por meio da leitura de código da matriz de dados da Seco. A Seco oferece uma ampla gama de tamanhos de ferramentas High Feed SP. (15) 2101-8600 secotools.com SANDVIK SANDVIK COROMANT AMPLIA SÉRIE DE CABEÇAS DE FRESAMENTO DE CERÂMICA INTERCAMBIÁVEIS Ferramentas de cerâmica mantêm dureza quanto expostas a altas temperaturas e podem alcançar velocidade até 30 vezes maior. Especialista em ferramentas de corte e sistemas de ferramentas, a Sandvik Coromant estende a série de cabeças de fresamento de cerâmica intercambiáveis e introduz uma nova classe cerâmica para um desempenho otimizado em ligas à base de níquel. A
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CoroMill 316 de cerâmica soldada oferece um método mais produtivo para o desbaste de materiais ISO S que as fresas de metal duro padrão. Como está cada vez mais comum fabricar peças com ligas à base de níquel para o setor aeroespacial, a demanda por ferramentas de corte otimizadas está cada vez maior. Com isso em mente, a Sandvik Coromant desenvolveu duas soluções inovadoras ideais para fresamento de cantos e faceamento de peças para motores aeroespaciais feitas de ligas à base de níquel. “O substrato de cerâmica da nova fresa de topo CoroMill 316 possibilita um processo de corte diferente das ferramentas de metal duro tradicional," explica Tiziana Pro, gerente de produto global (fresas de topo inteiriças) na Sandvik Coromant. "Nossa exclusiva classe S1KU foi desenvolvida para propiciar usinagem superior de ligas à base de níquel e é apoiada pela geometria negativa que oferece uma aresta de corte resistente." "Na verdade, a geometria de seis canais proporciona operações de fresamento lateral extremamente produtivas, enquanto a geometria de quatro canais impulsiona faceamento. A CoroMill 316 é a ferramenta perfeita para aplicações de difícil acesso ou se você estiver procurando flexibilidade extra graças ao sistema de cabeça intercambiável". As ferramentas de cerâmica mantêm a dureza quando expostas às altas temperaturas, que normalmente estão associadas ao fresamento de superligas resistentes ao calor (HRSAs). Como consequência, é possível alcançar uma velocidade de 20 a 30 vezes mais alta em comparação com as ferramentas de metal duro, proporcionando um potencial significativo para maior produtividade. Com o novo
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diâmetro de cabeça maior disponível de D16-25 mm, será possível alcançar essas altas velocidades de corte com centros de usinagem convencionais (n=10000-18000 rpm) Além do fresamento de cantos e faceamento, as novas fresas de topo também podem ser usadas para o fresamento de bolsões, de canais, interpolação helicoidal, fresamento em rampa. A CoroMill 316 faz parte da oferta de soluções otimizadas da Sandvik Coromant dentro da linha de ferramentas rotativas inteiriças da empresa. (11) 4680-3536 sandvik.coromant.com/pt PR2 GROUP PR2 TRAZ NOVA LINHA DE MÁQUINAS DE CORTE A LASER AO BRASIL A PR2 Group, distribuidora de máquinas com tecnologia laser e represen-
tante exclusiva da Han’s Laser no Brasil, está trazendo para o mercado nacional uma linha de máquinas de entrada mais acessíveis e com garantia de produtividade. Segundo a empresa, trata-se de uma linha de maior custo benefício, mas sem perder a qualidade. As linhas J, O e MPS são compostas de máquinas pensadas para diversas áreas e situações que o cliente final pode enfrentar, com precisão de processamento, alta capacidade de corte e baixo custo operacional. Segundo a PR2, um exemplo prático é a máquina de entrada G3015-J, que foi condicionada para ser enviada de uma só vez, em contêiner convencional, economizando nos custos de transporte. Reinaldo Bonilha, CEO da empresa, explica a decisão: “No período em que vivemos, muitas pessoas têm receio em investir alto em uma máquina de produção industrial com segurança
e tecnologia, o que faz com que o consumidor procure marcas mais acessíveis, mas sem perda de segurança, de qualidade e de produtividade. A PR2 vem para mudar esse cenário, oferecendo máquinas de qualidade, confiabilidade e preços competitivos’’.
Embora de menor custo, as máquinas contam com a assistência técnica diferenciada que a PR2 fornece aos clientes, “uma vez que os engenheiros correspondentes da Han’s Laser são residentes no Brasil, justamente para oferecer um atendimento personalizado”, diz Bonilha. ‘’Nós temos um Tech Center em Sorocaba que conta com
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todas as nossas opções e novidades, e uma equipe técnica de alta capacitação’’. Com a estratégia de comercialização das novas máquinas, a PR2 prevê atingir um público que carece de equipamentos eficientes, que proporcionem produtividade a um custo mais acessível. “Elas são destinadas às empresas que precisam de um produto de qualidade, mas que ainda não têm orçamento para investir em um equipamento de alto valor agregado”, observa Bonilha. Com a nova estratégia de comercialização, a empresa prevê chegar a 200 novas máquinas comercializadas até o final de 2023. (15) 3233-6911 contato@pr2.com.br pr2.com.br FIT TECNOLOGIA FOCADO EM MOLDES E MATRIZES, NOVO CIMATRON APRESENTA MAIS DE 110 NOVOS RECURSOS A FIT Tecnologia, fornecedora do software CIMATRON, anunciou o lançamento de seu produto focado em moldes e matrizes CIMATRON 16. Após um período intensivo de testes beta industriais, o CIMATRON 16 está agora disponível para entrega aos clientes. A versão 16 apresenta mais de 110 novos recursos em todas as áreas do produto, incluindo uma nova interface de usuário limpa e maior automação para design de moldes, criação de eletrodos e programação NC com mais rapidez. Além disso, a ênfase contínua em soluções para fabricantes de ferramentas para superfícies de matrizes, manipulação de malhas e detalhamento de desenhos. Aprimoramentos significativos de CAD incluem a capacidade de criar nervuras estruturais a partir de um contorno 2D ou 3D, com ângulo de inclinação e topos planos ou arredondados. O trabalho com modelos de malha também foi aprimorado com novos recursos para fechar áreas abertas, mapeamento de curvatura e a opção de definir áreas de malha locais
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onde é possível definir tolerâncias de malha mais finas para descrever detalhes de modelo mais complexos. A eficiência do usuário continua a ser um foco com o fluxo de trabalho do processo sendo aprimorado em várias áreas, incluindo impressão em lote com suporte para visualizações sombreadas, arrastamento de tríade dinâmica, suporte expandido de BOM para estruturas de montagem e controle de preferências estendido com a capacidade de pesquisar e redefinir. Para fabricantes de moldes, vários novos tipos de layout de molde estão agora disponíveis, incluindo espelho inteligente e matriz com o assistente de configuração controlando os parâmetros para o subtipo de layout, rotações e distâncias da cavidade. Além disso, foi adicionado um novo recurso para travamento automatizado do ejetor que detecta quais ejetores precisam ser travados e o tipo de trava necessária para evitar sua rotação na placa ejetora e, em seguida, modifica o cabeçote para criar o bolso apropriado na placa ejetora. Os recursos de extensão de superfície foram aprimorados para fabricantes de moldes e matrizes com uma nova função de extensão de pele tangente que fornece a capacidade de estender automaticamente as bordas da superfície para auxiliar na construção de faces de partição de núcleo e cavidade. As faces estendidas do design da matriz também foram aprimoradas para gerenciar melhor as condições de canto interno que criaram extensões de face sobrepostas. Nesse cenário, agora é possível substituir a área afetada por uma superfície de patch contínua e suave. A refrigeração conformal pode beneficiar todos os tipos de peças moldadas e o CIMATRON 16 agora oferece métodos mais automatizados para geração superior de caminhos de refrigeração. Além disso, uma nova função de volume virtual permite que o usuário limite um circuito de resfriamento a uma parte do volume da forma e evite seções que não requerem um canal de resfriamento. Outras
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melhorias incluem uma nova função de curvatura otimizada que destaca áreas onde um canal de resfriamento não pode ser criado, como um raio de curva menor que o diâmetro do canal, fornecendo ao usuário controles de apontar e clicar para corrigir o caminho do canal. O CIMATRON 16 representa outro lançamento com grandes desenvolvimentos CAM para dar suporte à automação NC. O desbaste de alojamentos 3 eixos agora suportam a seleção automática de várias fresas de diferentes comprimentos para a sequência de corte ideal, dividindo o percurso da ferramenta em várias operações com base no comprimento de corte. Esse recurso de eficiência para alojamentos/cavidades de volume paralelo, desbastes espiral e por volume resulta em melhor seleção de ferramentas, vibração reduzida da ferramenta, vida útil prolongada da ferramenta e velocidades de corte mais rápidas. A fornecedora, FIT Tecnologia, disponibiliza o download do CIMATRON 16 para o profissional experimentar a nova versão por 30 dias. Além de todo treinamento e assistência para implementação do software nas empresas. (15) 3500-9392 contato@fit-tecnologia.com.br fit-tecnologia.com.br ABB A ABB LANÇA SUA PRIMEIRA LINHA DE ROBÔS MÓVEIS AUTÔNOMOS (AMRS) COM SUA MARCA No ano passado, a empresa comprou a fabricante ASTI Mobile Robotics, aumentando seu portfólio nas áreas de robótica e de automação de máquinas. “Em um momento em que as empresas procuram uma variedade de soluções robóticas para ajudar a torná-las mais eficientes, flexíveis e resilientes (…) passamos a ofertar solução integrada de tecnologias de automação de máquinas, robôs e AMRs”, diz Marc Segura, presidente da Divisão de Robótica da ABB. Após a aquisição, as soluções da ASTI Mobile Robotics foram renomea-
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das e integradas ao portfólio da ABB. Estão agrupadas sob o nome Flexley, indicando a flexibilidade de operações que os AMRs oferecem. Os primeiros modelos a serem lançados – Flexley Tug e Flexley Mover – abrangem aplicações que incluem reboque, transporte de trolley de até 2.000 Kg, além de elevação e movimentação de racks, contêineres e paletes de 1.500 Kg. Desenvolvidos com uso de navegação SLAM 2D baseada em scanner a laser da ASTI, os futuros robôs móveis autônomos da ABB também se beneficiarão da tecnologia pioneira VSLAM da Sevensense Robotics – startup suíça no portfólio de empresas parceiras da ABB – que permite que AMRs naveguem em ambientes complexos e dinâmicos. Segundo a empresa, “essa tecnologia exclusiva abre novas possibilidades de fabricação flexível, com Inteligência Artificial (IA) que torna os AMRs da ABB tão autônomos quanto
seus braços robóticos, ao mesmo tempo em que proporciona trabalho mais produtivo e seguro para as pessoas”.
“O mercado de robôs móveis autônomos deve crescer significativamente, com uma taxa de expansão anual de 24% entre 2021 e 2028”, afirma Verónica Pascual, chefe global de negócios de AMR da ABB Robótica. “Com a integração da linha ASTI AMR e a criação de nossa rede global de fabricação e suporte, estamos bem posicionados para lidar com esse
crescimento, fornecendo aos nossos clientes novas maneiras de enfrentar os desafios da cadeia de suprimentos e atender às demandas por maior flexibilidade e velocidade criadas pelo aumento contínuo do comércio eletrônico”, completa. Em relação ao fornecimento de soluções para projetos de clientes, a ABB se aliou ao Expert Technology Group (Reino Unido) para oferecer uma linha de montagem completa baseada em robôs móveis autônomos para uma startup de tecnologia que fabrica produtos para conjunto motriz de veículos elétricos. Transportando produtos entre células de automação robótica e estações de montagem manual, a solução de automação combina o uso de robôs ABB, pacotes de funções de visão e AMRs. (11) 4680-3598 contact.center@br.abb.com new.abb.com/br
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CIRCUITO BUSINESS
CURSOS, EVENTOS E FEIRAS EVENTOS, FEIRAS E WEBINARS
OUTUBRO 2023
MARÇO 2023
17 a 21 - Milão, Itália Fakuma 2023 - Feira Internacional de Processamento de Plásticos fakuma-messe.de/en
10 a 12 - Brasília - DF, Brasil 12º Congresso Brasileiro de Engenharia de Fabricação - COBEF (21) 2221-0438 eventos.abcm.org.br/cobef2023 27 a 31 - São Paulo - SP, Brasil Plástico Brasil 2023 plasticobrasil.com.br MAIO 2023 09 a 13 - São Paulo - SP, Brasil EXPOMAFE 2023 - Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Automação Industrial expomafe.com.br 25 a 26 - São Bernardo do Campo SP, Brasil 15º ENAFER - Encontro Nacional de Ferramentarias 2023 (47) 99661-9555 enafer.com.br JUNHO 2023 13 a 16 - Stuttgart, Alemanha Molding Expo 2023 - Feira Internacional de Fabricação de Ferramentas e Moldes messe-stuttgart.de/moulding-expo SETEMBRO 2023 05 a 08 - Milão, Itália PLAST - Exposição Internacional das Indústrias de Plásticos e Borrachas plastonline.org 25 a 27 - Joinville - SC, Brasil Metalurgia - Feira e Congresso de Tecnologia para Fundição, Forjarias, Alumínio e Serviços (47) 3451-3000 metalurgia.com.br
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CURSOS ONLINE E PRESENCIAIS
FEVEREIRO 2023 TK Treinamento Industrial 04 - CAD SolidWorks Básico 04 - Programação de Fresamento CNC Básico 04 - Leitura e interpretação de desenho mecânico 06 - CAD SolidWorks Básico 06 - Programação de Fresamento CNC Básico 06 - Leitura e interpretação de desenho mecânico (47) 3027-2121 tktreinamento.com.br Ferramental - Jundiaí - SP 09 - Gestão de Custos na Ferramentaria Moderna (47) 9120-4426 (47) 3202-7280 MARÇO 2023 Ferramental - Belo Horizonte - MG 02 - Gestão de Custos na Ferramentaria Moderna (47) 9120-4426 (47) 3202-7280 TK Treinamento Industrial 11 - Metrologia Básica 11 - Programação de Torno CNC Básico 11 - CAD SolidWorks Avançado Projeto de Moldes 18 - Tecnologia de ferramentas para torno e fresadora cnc (47) 3027-2121 tktreinamento.com.br Ferramental - Caxias do Sul - RS 16 - Gestão de Custos na
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Ferramentaria Moderna (47) 9120-4426 (47) 3202-7280 ABRIL 2023 Ferramental - Joinville - SC 05 - Gestão de Custos na Ferramentaria Moderna (47) 9120-4426 (47) 3202-7280 SOB CONSULTA
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OPINIÃO
CONHECIMENTO BATENDO À SUA PORTA
A
P O R FÁ B I O F E R R E I R A A L EX A N D R E
indústria brasileira começou tarde. Enquanto no final do século 18, a Revolução Industrial já plantava suas bases e começava a se espalhar pela Europa, por aqui até 1808, a tentativa de quebrar este monopólio era punida por lei, e só após a vinda de Dom João VI e sua corte para o Brasil, este quadro começaria a mudar muito lentamente. Talvez seja por isso, que sempre temos esta sensação de estarmos para trás no campo industrial, em relação ao resto do mundo. Mas como entender de onde viemos, onde estamos e até aonde queremos chegar? Para buscar informação, conhecimento e benchmarking, a ABINFER e a revista Ferramental organizara uma missão técnica à Alemanha, um país referência em tecnologia não só na indústria metalomecânica, mas também na indústria química, petroquímica, farmacêutica e de energia, e a quantidade de descobertas cientificas, patentes e prêmios Nobel conquistadas por este país dão testemunho disso. Nesta missão, membros da ABINFER do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo foram recebidos de portas abertas por empresas como: • Schunk GmbH, fabricante de dispositivos de fixação, porta-ferramentas e sistema de set up rápido; • Grob Werke GmbH, fabricante de centros de usinagem, de linhas de usinagem e montagem de motores de combustão interna, e onde a fabricação de máquinas para a eletrificação de automóveis e manufatura aditiva de metais já é uma realidade; • Stolz & Seng GmbH, uma pequena empresa, com sócios de gerações completamente diferentes, está no ramo de fer-
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Figura 1: Comitiva da ABINFER à Missão Empresarial K 2022 em Düsseldorf, Alemanha
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ramentaria e da micro injeção de termoplásticos, atuando no setor de autopeças, insumos médicos de precisão e componentes para válvulas pneumáticas. Através de empresas como a Festo, suas pequenas peças chegam na maior parte do globo terrestre; Fischer Moulds, divisão da empresa que é conhecida pelas buchas plásticas usadas em todas as paredes ao redor do mundo, mas que também é um grande fabricante de autopeças plásticas para carros de luxo da Porsche, Audi e Mercedes, e que possuem uma ferramentaria própria para a fabricação e manutenção de seus moldes de injeção. Possui fábrica no Brasil no interior de São Paulo;
Em todas as empresas que visitamos, fomos recebidos em confiança, onde dados sensíveis de faturamento,
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número de funcionários e seus salários médios nos foram gentilmente compartilhados, e pudemos comparar nossa produtividade com a deles. Em todas elas tivemos oportunidade de conhecer o chão de fábrica e até fazer algumas fotografias com autorização prévia, para trazermos de exemplo para as nossas organizações. Fechando o nosso “giro”, estivemos na Feira K de Düsseldorf, feira tradicional tri-anual, que este ano completou 70 anos. Cada um de seus 17 pavilhões, temáticos, com moldes de injeção e componentes em um pavilhão, injetoras em outro, moldagem por sopro em outro, matérias-primas, economia circular e assim sucessivamente. Em 5 dias, percorremos mais de 2.500 quilômetros dentro da Alemanha, pernoitamos em 3 cidades diferentes, conhecemos uma grande diversidade de culturas. Como grandes ensinamentos que trouxemos desta missão, poderia resumir em:
OPINIÃO
Figura 2: Percurso total da Missão Empresarial K2022
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Programa Alemão de Aprendizagem - programa centenário para trazer jovens durante seu processo de aprendizagem industrial, que durante 3 anos, receberão uma remuneração mais baixa que a média da empresa, mas que tem como objetivo formar um profissional produtivo e eficiente no futuro; Êxito na sucessão familiar - empresas como a Grob, fundada em 1926 e que agora está recebendo a 4ª geração da família fundadora e a Schunk, empresa fundada em 1945 ao fim da 2ª Guerra que é dirigida hoje pela 3ª geração, são exemplos para nós brasileiros que em muitos casos, somos “empresas de um homem só”, sem a preocupação de um plano de sucessão formal, ou uma administração profissional; Pesquisa e Desenvolvimento aprendemos que uma gigante do setor como a Grob, possui 25% de sua força de trabalho dedicada às tarefas de P&D e engenharia, mas que a pequena Stolz & Seng, durante a pandemia, também desenvolveu e fabricou
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um produto novo, com base nas necessidades do momento, ou seja, a falta de inovação não pode ter o tamanho da empresa como desculpa; Plantas extremamente limpas, organizadas e eficientes - leiautes racionais, equipamentos e bancadas de trabalho extremamente conservadas e limpas, com um fluxo lógico entre o estoque de matéria-prima e a expedição, automações para garantir uma longa autonomia de trabalho nas máquinas sem suporte contínuo de operadores e recursos de redução de setup, como presets e zero point utilizados em grande escala.
Para concluir, gostaria de perguntar ao caro leitor: Se um grupo de estrangeiros batesse na sua porta, pedindo para ver os números da sua empresa, saber quantos funcionários trabalham nela, ver seus produtos e seu chão de fábrica, vocês abririam suas portas? Todo este acesso só foi possível através do contato institucional entre a ABINFER e sua homologa VDWF - Associação Alemã de Ferramentarias.
Valeu a pena? Eu diria que cada centavo investido nesta missão retornará para a empresa de maneira tangível ou intangível. Respondendo os questionamentos que fiz no início do texto, eu diria que vivemos em um país desafiador, sem políticas de Estado perenes para a indústria, que estamos atrasados em muitos aspectos ao que vimos nesta viagem, mas que com resiliência, trabalho duro e alguns investimentos, poderemos alcançar um nível muito superior ao que estamos hoje dentro de 5 anos. Por isso, chamo a atenção do leitor sobre a importância em apoiar e participar da ABINFER. Somente a união do nosso setor é que trará resultados na busca de políticas mais sérias para a indústria, junto aos governos, instituições acadêmicas e ao mercado em geral. A indústria também pode ser considerada como uma grande ferramenta de transformação social dos trabalhadores, uma vez que oferece empregos de maior qualidade e renda superior, que induzirão outras atividades econômicas em um ciclo virtuoso. O mundo globalizado é como um rio de corredeiras e quedas d’água, rápido, dinâmico, imprevisível e mutável. Já desci corredeiras na minha juventude, e sempre foi difícil, mas é melhor estar em um bote de rafting com um time de bons remadores, do que sozinho em um caiaque no meio das pedras. Deixo aqui meu muito obrigado a todos os nossos companheiros de viagem, ao Christian Dihlmann, presidente da ABINFER e também nosso intérprete de alemão, timekeeper e motorista habilidoso em nossos descolamentos, Luiz Eduardo Albano, vice-presidente de Relações Internacionais da ABINFER, que foi o tradutor das visitas guiadas nas fábricas e na Feira K e a Carlos Eduardo Weihermann, nosso guia brasileiro radicado na Alemanha e nosso anjo da guarda.
Fábio Ferreira Alexandre Sócio Proprietário da Global Moldes fabio.ferreira@globalmoldes.com.br
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E S PAÇO L I T E R Á R I O
DICAS DE
LEITURA Livros para você se inspirar
1 A ARTE DE FAZER ACONTECER: O MÉTODO GTD Sua mente deve estar livre para criar, e não preocupada em reter informações. Foi com esse argumento que David Allen criou o método GTD – Getting Things Done: um sistema de gestão que tem ajudado inúmeras pessoas e empresas a colocar ordem no caos. O método Getting Things Done (GTD) é considerado um dos mais eficazes do mundo. O livro foi publicado em 2015 e possui 320 páginas.
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O JEITO DISNEY DE ENCANTAR OS CLIENTES Pela primeira vez, o elemento mais importante da metodologia que está por trás da magia Disney será revelado: o atendimento de qualidade. Neste livro, você será levado aos bastidores para conhecer as melhores práticas e filosofias da Disney em ação, proporcionando uma visão dos princípios de atendimento de qualidade na prática. O livro foi publicado em 2012 e possui 168 páginas.
HÁBITOS ATÔMICOS James Clear, um dos mais expoentes especialistas na criação de hábitos, revela as estratégicas práticas que o ensinarão, exatamente, como criar bons hábitos, abandonar os maus e fazer pequenas mudanças de comportamento que levam a resultados impressionantes. Neste livro, você aprenderá um método comprovado capaz de levá-lo a novos patamares. O livro foi publicado em 2019 e possui 320 páginas.
EMPRESAS FEITAS PARA VENCER A obra de Jim Collins mostra como as grandes empresas triunfam no decorrer do tempo e como o desempenho sustentável a longo prazo pode ser inserido no DNA de uma organização desde sua concepção. Os resultados do estudo vão surpreender muitos leitores e lançar novas abordagens sobre quase todas as áreas da gestão. O livro foi publicado em 2018 e possui 368 páginas.
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