Revista Fato!

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Foto: Wanderson Produções EDIÇÃO 83 - ANO 8 - OUTUBRO / 2018 - UBÁ - MG / R$ 11,90

celebra antecipadamente o dia das crianças ESPECIAL RODEIRO

Spartano Futebol Clube retorna aos gramados

CIDADE

Ubá se prepara para receber unidade da Fundação Cristiano Varella

COMPORTAMENTO

Colecionadores compartilham as curiosidades de seus acervos








Índice

Foto: Fotografe

Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Wanderson Produções

Panorama da edição

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COMPORTAMENTO

TALENTO DE FATO

Colecionadores apaixonados compartilham histórias de suas diferentes coleções

Conheça a trajetória da dupla sertaneja Leo e Luccas

Foto: Gabriel Juste

Foto: Divulgação

1ª edição do Fato Kids celebra antecipadamente o dia das crianças

30 FATO ESPECIAL

Especialistas ressaltam a importância de falar sobre o suicídio na sociedade atual

10 – Editorial 14 – Social 16 – Cartão de Embarque – Camila Santos 18 – Falando de Negócios 20 – Contabilize - Paulo Marcos Marques Roque 28 – Conectados – Rafaela Namorato 29 – Papo Bucal– Dr.ª Lorena Queiroz 08 Revista Fato! - Outubro 2018

Foto: Arquivo Pessoal

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UBAENSE AUSENTE

Artista plástica Maria Matilde Alves de Toledo compartilha suas lembranças da Cidade Carinho

33 – Espaço Jurídico – César Campos 34 – Talento de Fato 36 – Cidade 40 – Arquitetura e Design – Danielle Filgueiras 45 – Beleza e Estética – Fran Mendes 46 – Especial V.R.B 48 – Aconteceu 52 – Abrindo o Closet

50 ESPECIAL RODEIRO Spartano Futebol Clube retorna aos gramados

56 – Editorial de Moda 62 – Psicologia – Marcela Corbelli 64 – Trend 66 - Moda Festa – Mário Coelho 68 – Por Toda Minha Vida 72 – Gestão e Negócios – Nathália Carvalho 73 – Ouvir e Entender – Alexandre Golvêa 74 – Prata da Casa



Editorial Wanderson Produções

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is que concluímos mais uma edição! E, sinceramente, acho que você, leitor, nem imagina quantos obstáculos enfrentamos diariamente para por a revista no ar. Faz algum tempo, que a Fato! se assumiu também como produtora de eventos, e desempenhar as duas atividades paralelamente tem sido desafiador, mas, com as bênçãos de nosso Grande Mestre, temos conseguido cumprir a missão com a alegria e a qualidade que nos são características. E já que gostamos de desafios, este foi o mês em que trouxemos à tona um tema bastante complexo: o suicídio. Ainda embalados pelo Setembro Amarelo, mas, sobretudo, movidos pelo desejo de trazer para o debate uma questão de saúde pública no Brasil, mostramos dados, prevenção, sintomas e recursos para o tratamento de pessoas que, tomadas pelo sofrimento, planejaram contra a própria existência. “Quanto mais falarmos sobre o suicídio, menos ele ocorrerá”. Confira a reportagem completa em “Fato Especial”. Ainda cumprindo com satisfação nosso dever com a sociedade, falamos também sobre a unidade da Fundação Cristiano Varella que será instalada em Ubá em parceria com o Hospital São Vicente de Paulo. É um conforto saber que teremos o serviço de oncologia no município, facilitando a vida dos pacientes que lutam com tanta garra contra o câncer. Saiba mais na editoria “Cidade”.

Outro motivo de comemoração ficou por conta dos nossos amigos de Rodeiro! Após dez anos fora dos gramados, o lendário Spartano Futebol Clube está de volta com direito a atletas a nível nacional na escalação. É para mexer com o coração do torcedor, não é mesmo?! Sinta a emoção dos jogos na editoria “Especial Rodeiro”. E já que outubro é tradicionalmente o mês das crianças, tivemos o prazer em promover a primeira edição do Fato Kids na tarde do sábado (6). A meninada se divertiu e brincou bastante com as atrações preparadas especialmente para eles no Espaço Congeia Kids. Ainda no que se refere ao Dia das Crianças, não poderia concluir este editorial, sem antes fazer meu agradecimento a Deus pela vida do pequeno Oliver, meu primeiro sobrinho que está prestes a chegar. Confesso que nunca senti amor igual, parece que nem cabe no peito! Que Nossa Senhora Aparecida guie cada passinho do nosso pequeno. Digo e repito: titia te ama demais! Por fim, agradeço também, pois esta é a 24ª edição da qual tenho o prazer de participar na Revista Fato! Já são dois anos aprendendo e fazendo o que sei de melhor: jornalismo. É gratificante saber que nossas matérias abordam temas importantes dentro da sociedade, informam com exatidão, emocionam com respeito, debatem quando preciso e, de uma forma ou outra, tocam o coração das pessoas. E isso é tudo que importa! Boa leitura.

Direção Juliana Campos e Bráulio de Paula Edição Geral Vanessa Santos Diretora Administrativa Juliana Campos Artes Natália Meireles | Bráulio de Paula Redação Vanessa Santos | Natália Meireles Scarlett Gravina Diagramação Bráulio de Paula Comercial Juliana Campos | Rosiane Souza Fotos Cássio Fotografias | Pedro Roque Fotografia Wanderson Produções | Servando Lopes Colaboração Ricardo Silva | Michele Marques | Pedro Roque Paulo Marcos Marques | César Campos Lara | Scarlett Gravina | Marcela Corbelli | Fran Mendes | Nathália Carvalho Costa | Servando Lopes | Kelvin Tomaz Matheus Ivo | Vanessa Santos | Rafaela Namorato Cássio Cândido | Michel Pires | Danielle Filgueiras Natália Meireles | Dr.ª Lorena S. Queiroz | Jô Caciano Waléria Arruda | Angélica e Mateus Benatti Gráfica Olps Gráfica Redação

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Nota:

Equipe Revista Fato durante solenidade de homenagens do Fato Empresarial 2018. 10 Revista Fato! - Outubro 2018

Os textos escritos por colunistas, profissionais convidados e empresas que divulgam seus trabalhos em nossas páginas são de total responsabilidade de seus autores originais.



Capa Por Vanessa Santos

Wanderson Produções

DIVERSÃO E ALEGRIA MARCAM 1ª EDIÇÃO DO EVENTO QUE REUNIU 700 PESSOAS NO ESPAÇO CONGÉIA KIDS

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iversão, alegria e muita festa! Assim foi a primeira edição do Fato Kids, evento promovido pela Revista Fato! em uma deliciosa tarde de sábado (6) no espaço Congéia Kids. O local, feito especialmente para comemorações infantis, conta com diversos brinquedos, como carrossel, gangorra e tirolesa – todos acompanhados de monitores, e uma ampla área para a criançada interagir, o que deixou os pequenos bem

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à vontade. Além dos atrativos do espaço, o Fato Kids contou com uma programação que incluía desfile, pintura de rosto, teatro de palhaços e a participação especial dos personagens: Homem-Aranha, Lady Bug e o Chaise da Patrulha Canina. Com ingressos esgotados e a presença de cerca de 700 pessoas incluindo pais, crianças e fornecedores, a tarde teve início com tempo livre para o público mirim aproveitar os brinquedos, seguido pelo desfile infantil das lojas: Autêntica, Hering

Kids e Passaporte Bolsas, todas lançando o preview das coleções de verão 2019. Na sequência, a atenção ficou por conta dos personagens que invadiram o espaço, finalizando com o teatro de palhaços apresentado pelo grupo PERA, de Cataguases-MG, que encantou até mesmo os papais presentes. Durante o dia, a criançada ainda podia curtir o pula-pula, escorregador e pebolim disponíveis no campo do Congéia Kids. Pensando no conforto do público presen-


Capa te, a estrutura do Fato Kids também contou com uma praça de alimentação onde era possível se deliciar com pizza, churrasquinho, picolé, sacolé gourmet, pipoca, além de chopp para os adultos. A mamãe Renata Gazolla (30) conta que foi a primeira vez que presenciou um evento do tipo na cidade e que a pequena Carolina (6) aprovou a iniciativa. “A estrutura e organização foram excelentes, o teatro de palhaços então foi super divertido”, comenta. Para Jordana Mattos (34), que levou o filho Davi (7), a tarde foi bastante proveitosa. “O amplo espaço físico e a área aberta foram super bacanas, além da segurança. Vi que a equipe de enfermagem estava a postos para qualquer eventualidade. Para a próxima edição, acho interessante incluir mágicos e brincadeiras antigas”, sugere. Segundo a mamãe Isabela Coelho (29), o desafio foi no final do evento. “A equipe da Revista Fato! está de parabéns pela organização desse dia lindo! Com tantos brinquedos, o mais difícil foi convencer o Gustavo a ir embora. Que venha o Fato Kids 2019!”, declara sobre a tarde de interação ao lado do filho de 8 anos. O local também foi decorado com uma temática especial para a data. À frente da MN Ornamentações, Maria Irene e Nathália Massardi assinaram o decor do Congéia Kids, destacando cores e flores por toda parte. “O projeto foi inspirado em movimento, leveza e cor, no intuito de valorizar o espaço ao ar livre. A decoração foi bem artesanal, afetiva e tinha como objetivo permitir a interação do público presente”, explicam. Segundo elas, o acontecimento tem um evidente potencial para ser inserido ao calendário de festas da cidade. “Já no primeiro contato com os organizadores, falamos

sobre o grande potencial do evento. Em Ubá, faltam alternativas para as crianças e o Fato Kids veio minimizar essa demanda, com uma estrutura super bacana tanto em recreação, em que a todo instante os pequenos tinham atividades para fazer, quanto em conforto e segurança, cujos adultos podiam usufruir tranquilamente de uma ótima praça de alimentação enquanto a criançada se divertia. Em resumo, vimos a felicidade de pais e filhos aproveitando juntos e desfrutando de uma festa familiar”, completam. Para os parceiros da Revista Fato! e proprietários do Congéia, a resposta do público a primeira edição do evento foi surpreendente. “Posso dizer que ultrapassou as expectativas! Estivemos presentes durante toda a tarde e vimos uma equipe de excelência. Tanto a organização quanto os colaboradores, todos ajudando e trabalhando para que tudo acontecesse da melhor forma possível, e aconteceu. Foi um sucesso!”, declara Rômulo Heleno. Segundo ele, o mais interessante da iniciativa foi manter acesa a chama de alegria e comemoração ao Dia das Crianças. “Celebrar a data é cada vez mais importante a fim de que os pequenos simplesmente tenham tempo de ser criança, tenham seu momento reconhecido para brincar, aprender e para que os pais também possam acompanhar isso tudo de perto”, finaliza sobre o evento que reuniu diversão, sorrisos e momentos inesquecíveis em família. Aproveitamos para agradecer aos parceiros Kumon Ubá, No Mundo da Lua, Cabine Photobox, Happy Kids e Wanderson Produções por abraçarem este projeto e pela presença no evento.

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Social Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Fagoc; Sócia Diretora da Revista Fato! e do Grupo Fato! Eventos. revistafato@gmail.com

Juliana Campos Entre os dias 22 e 23 de outubro, a master Virgínia Torrent participou de mais uma especialização incrível. A micropigmentadora realizou o curso na maior academia de micropigmentação da América Latina, AS PMU Academy, comandado pelo mestre Alan Spadone. Agora, com mais uma certificação em sua carreira (Técnica em Colorimetria), a profissional traz essa novidade para Cidade Carinho. Parabéns, Virgínia. E quem embarcou para Orlando em uma viagem de férias foi a arquiteta, cliente da Revista Fato, Anna Arquete. Ao lado do esposo Felippe Moreira, o casal seguiu viagem com uma turma super animada comandada pela agência de viagens Ponte Aérea. Diversão e descanso mais que merecido! Bom retorno, Anna e Felipe! Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Arquivo Pessoal

A implantodontista, empresária na área odontológica e proprietária da Clínica Implantocenter, Drª. Rosália Romeiro, tirou uma mini férias no mês de outubro. Ao lado do noivo, o advogado Dr. André Luiz Ferreira Matos, o casal embarcou para San Salvador de Jujuy e Buenos Aires - Argentina. Foram 10 dias de descanso, aventuras, paisagens inesquecíveis e muita diversão. Bom retorno as atividades!

E quem comemorou seus 4.0 em grande estilo, foi a proprietária da Hering Kids e Gerente da Hering Store, Ana Paula Silveira Arquete. Ao lado de familiares e amigos, a empresária do segmento da moda curtiu sua festa ao som da banda Soute. Receba nosso carinho especial com os votos de muitos anos de vida, Ana!

Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Arquivo Pessoal

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E quem retomou suas atividades na Clínica Ser Natural atendendo na área de fisioterapia clínica é o diretor da empresa e também fisioterapeuta, Dr. Maxmiliano Batista. O profissional que também atua na área de fisioterapia do trabalho em empresas da Cidade Carinho, agora conciliará sua agenda na Ser Natural, espaço voltado para saúde e bem-estar administrado por ele e sua esposa Nathália Carvalho. Bom retorno, Max. Foto: Servando Lopes

E quem viajou recentemente para terrinha carioca foi o querido teacher Luiz Cláudio Travassos, ao lado de sua família, a esposa Antonieta e os filhos Léo e Luiza. O proprietário da franquia CCAA Ubá foi visitar sua mãe, a Senhora Leontina da Silva Travassos, que na ocasião, comemorou seus 90 anos em uma missa ocorrida na igreja do Colégio Sagrado Coração de Maria, no Rio de Janeiro. Na foto, Dona Leontina está ladeada dos filhos: Luis Felipe, Ricardo Luis, Maria Augusta e Luiz Cláudio. Muita saúde para Dona Leontina e a toda família Travassos.

Foto: Arquivo Pessoal



Foto: Pedro Roque

Arquivo Pessoal

Cartão de Embarque Formada em Administração de Empresas pela PUC/MG e pós-graduada na Fundação Getúlio Vargas. É proprietária da Santur Viagens em Ubá-MG. Sua missão é desbravar o mundo e trazer várias dicas de viagens para seus clientes. Contato: camila@viajesantur.com.br

Camila Santos A matéria desta edição foi escrita por Dona Theresinha Pinto, nossa mais jovem cliente, que acabou de completar 92 anos de pura disposição! Em fevereiro de 2018, ela conheceu a Cidade do Panamá, Bogotá e Cartagena. Em abril, foi a vez de voltar em Bariloche, na Argentina, sempre na companhia de amigas queridas e familiares. E, em agosto deste ano, ela embarcou para o Reino Unido e Irlanda, roteiro que será contado a seguir. Enquanto isso, a gente fica na curiosidade sobre qual será o próximo destino da nossa viajante. Deixo meu agradecimento mais que especial à Regina Passos e Nereida Castro, meu abraço carinhoso. Muito obrigada por tudo! E Dona Theresinha, que emana alegria e luz, é muita honra tê-la viajando conosco! Confira o relato e apaixone-se pelo universo europeu. Camila Santos

Edimburgo - Old Town.

Da imaginação para a realidade:

Reino Unido e Irlanda

O Theresinha Pinto.

Museu dos Beatles em Liverpool: Eu, Regina, Nereida, Mauro e Zuleica.

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roteiro incluía Liverpool. E nossa viagem começou com o "revival" de uma época inesquecível; os quatro rapazes de Liverpool ainda estavam lá, juntos, estáticos, a olhar o mar, cercados de fãs eternos, incluindo nós! A cidade cheira a Beatles, vive em função de seus filhos famosos e de sua música inconfundível! Bastou entrar no Cavern Club, onde tudo começou, para a história vir à tona dentro do Museu dos Beatles, e terminar em Londres, com direito a atravessar a célebre faixa de pedestres da Abbey Road; um desafio travado entre turistas e motoristas, em que nós, os turistas, sempre vencemos. Dali, partimos rumo à Escócia, com sua capital Edinburgh, de arquitetura típica que caracteriza todo o local cercado de castelos com fama de mal assombrados, os quais surgiam pelos caminhos floridos, povoados de duendes. E, como não poderia deixar de ser, as destilarias nos ofereciam seu incomparável Scotch de malte puro. Mas, a adrenalina não parou por ali, porque a emoção maior foi pisar no chão de Stratford-upon-Avon, para um encontro

Por Theresinha Pinto

com Shakespeare e seu mundo. Parados em frente a casa onde o gênio nasceu, imaginávamos coisas fantásticas. E foi com um pé na fantasia e outro na realidade, que nos perdemos naquelas ruelas, entre Romeus e Julietas, Ofélias desgrenhadas, Otelos ciumentos e, até mesmo, diante de um príncipe-filósofo a levantar a máxima: “To be or not to be” (ser ou não ser, eis a questão). Depois do sonho, continuamos nosso caminho na direção de Highlands (ou Terras Altas). Em Sligo, a segunda cidade mais importante da Irlanda, um “stop" para visitar a sepultura do maior poeta irlandês; W.B. Yeats. Sobre o túmulo, o epitáfio que ele próprio escreveu: “Cast a cold eye / On life, on death/ Horseman, pass by!” (Lança um olhar gélido à vida, à morte; cavaleiro, segue em frente!) Então, continuamos nossa viagem por entre lagos, montanhas e flores até Dublin, cercada de parques maravilhosos, restaurantes típicos com música, quase sempre country, povo alegre e acolhedor. Na capital, visitamos o Trinity College, a universidade mais antiga da Irlanda (1592) e uma das mais famosas do mundo. Sua fantástica biblioteca tem,


Cartão de Embarque aproximadamente, 3 milhões de obras, dentre elas, o famoso livro de KELLS, uma preciosidade que contém os quatro evangelhos, escritos com letra ornamentada com pigmentos coloridos. Na Irlanda, encontramos uma natureza bela e selvagem ao contemplar os famosos Penhascos de Moher, que se estendem por 8 km pela Costa Atlântica, os de Slieve League, belíssimos também, e a famosa Calçada dos Gigantes, situada na Irlanda do Norte, que guarda, em si, a encantadora lenda do Gigante Finn. Em Belfast, capital da Irlanda do Norte, foi a vez da visita ao Museu Titanic, que conta, em detalhes, a história trágica daquele navio de luxo, fabricado nos estaleiros de Belfast e lançado ao mar em 14 de abril de 1912, para logo depois ser tragado pelas ondas, levando consigo a elite europeia que estava a bordo, em sua fatídica viagem inaugural, quando 1523 pessoas perderam a vida. O Museu Titanic é moderníssimo, interativo e mostra a tragédia que o mundo não esqueceu. Emocionante! Belfast é marcada pelo paradoxal "Muro da Paz" que divide a cidade – prova muito estranha e nada cristã, de que os conflitos entre católicos e protestantes acabaram, mas o fundamentalismo religioso ainda persiste. Segundo nossa guia, os irlandeses o chamam de "Muro da Vergonha". Foi ainda na

“A emoção maior foi pisar no chão de Stratford-upon-Avon, para um encontro com Shakespeare e seu mundo. Parados em frente a casa onde o gênio nasceu, imaginávamos coisas fantásticas. E foi com um pé na fantasia e outro na realidade, que nos perdemos naquelas ruelas, entre Romeus e Julietas, Ofélias desgrenhadas e Otelos ciumentos”. referida capital que provamos do famoso Irish Coffee; uma mistura exótica de café, whisky e creme de leite, servido em recipientes quase do tamanho de um caneco de chopp. E por falar em chopp, há, em todos os pubs, várias opções daquela bebida, à disposição dos visitantes; uma escolha difícil, tendo em vista que todos são muito bons! Nessa última etapa de nossas aventuras, voltamos a Dublin, por mais uma noite. Foi ali que, por sorte, tivemos a oportunidade única de ver, de perto, o Papa Francisco. Era tudo o que faltava para completar uma viagem cheia de flores e emoções. Valeu, Camila! Nota: Todo aquele paraíso florido foi registrado pela objetiva de nossa amiga Nereida Castro. Obrigada, Nereida!

Abadia de Kylemore.

Penhascos de Moher.

Abbey Road.


Falando de Negócios Beleza: Alerrandro Martins Foto: Wanderson Produções

CAMILLA BECÁRI FISIOTERAPEUTA COMEMORA TRÊS ANOS À FRENTE DE SEU STUDIO PILATES

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Studio Pilates Camilla Becári chega ao seu terceiro ano de sucesso, fruto da dedicação da fisioterapeuta e empresária, Camilla. Apaixonada pelo método, a profissional revela que o interesse pelo pilates surgiu quando uma amiga que já tinha o próprio studio, lhe pediu ajuda com as aulas, pois iria se ausentar. Desde então, a moça despertou o gosto pela área e resolveu fazer um curso de especialização em Juiz de Fora. Após concluir o aperfeiçoamento, Camilla foi convidada para trabalhar em outro espaço onde permaneceu por dois anos, quando a proprietária decidiu vender o ponto. “A partir daí, comecei a idealizar um studio meu, que tivesse a minha cara. Então, meu pai, minha mãe e meu marido (na época noivo), foram me incentivando bastante e logo apareceu um local para alugar. Comprei os aparelhos, alguns acessórios e comecei a montar o studio. Foi tudo se encaminhando e tem dado certo até hoje, Graças a Deus”, lembra Camilla. Além do estudo aprofundado em pilates, a fisioterapeuta é especializada em Reeducação Postural Global (RPG), Quiropraxia, Treinamento Funcional, Faixa de Suspensão (TRX), Liberação Miosfacial e Osteopatia. Preocupada com a excelência em seu trabalho, ela permanece em constante aprimoramento; “busco sempre estar atualizada na área da fisioterapia, faço cursos, assisto palestras e leio artigos no intuito de poder atender melhor aos meus pacientes”, declara. Ela destaca ainda que o pilates não é apenas um tipo de alongamento, mas um método que interfere do físico ao emocional do indivíduo. “A prática aumenta a força muscular, melhora a respiração, ajuda a aliviar dores em gestantes, auxilia na diminuição do stress, reeduca a postura, evita e trata lesões”, revela Camila, salientando que a atividade é muito indicada por ortopedistas em casos de contu18 Revista Fato! - Outubro 2018

“Seu corpo é seu maior bem, ele guarda e reflete sua alma. Cuide dele como se fosse uma pedra preciosa e nós o lapidaremos”. (Joseph Pilates)

sões ou até mesmo para poupá-las. Segundo a profissional, os benefícios para quem pratica pilates são inúmeros e variam conforme o perfil do paciente. “De um modo geral, o método promove a precaução de diversas patologias,

fortalecimento muscular e melhora do equilíbrio (evitando quedas). Para idosos, preserva as atividades de vida diária, melhora da marcha e do equilíbrio. Já em relação às gestantes, previne diástase abdominal, reduz a dor lombar e prepara as mamães para o parto normal. No que se refere aos homens, previne o câncer de próstata, aumenta a resistência física e otimiza o desempenho sexual”, explica. Vale ressaltar que, a fim de que a atividade seja bem sucedida, é necessário a instrução e o acompanhamento profissional. “Procuro sempre vigiar meus pacientes na hora de executar o exercício, olho a postura, respiração e a harmonia do movimento, se não está compensando em outra região, para que não haja problemas futuros. É muito importante ficar atento ao desempenho do indivíduo, pois ele pode estar fazendo o exercício, mas não necessariamente executando de maneira correta”, explica a fisioterapeuta que planeja as sessões de acordo com a necessidade de cada paciente. Em seu studio, são oferecidos também os serviços de Fisioterapia, Liberação Miofascial (técnica de massagem), Osteopatia (recurso de fisioterapia curativa) e, em breve, o RPG (método famoso para reeducar a postura). Há três anos no comando do próprio negócio, Camilla externa sua gratidão a todos que contribuíram para o sucesso de seu empreendimento. “Gostaria de agradecer a Revista Fato! por essa oportunidade e por estar comigo desde o início. Sou grata aos meus pais e ao meu marido, que sempre me apoiaram e me incentivaram, aos pacientes que estão comigo há anos pela fidelidade e, aos que chegaram depois, sou grata também por acreditarem em meu trabalho”, pontua aproveitando para deixar um recado: “pratiquem pilates, não deixem de fazer uma atividade física, os benefícios são vários e o corpo agradece”, aconselha a fisioterapeuta que faz da sua busca profissional, sua maior motivação.



Foto: Fotografe

Contabilize Contador; consultor tributário; professor de graduação no curso de Ciências Contábeis. Site: www.pmrassessoria.com.br; E-mail: pm@pmrassessoria.com.br

Paulo Marcos Marques Roque

Lucros Distribuídos X Retirada Pró-Labore

U

ma frase é verdade, toda empresa tem que ter lucro. Concorda? Sei que nesse momento alguns pensarão assim: mas existem empresas que são sem fins lucrativos. Veja, eu penso que elas também precisam ter lucros, a questão é que não podem distribui-los, então vamos simplificar. O que é Lucro Distribuído? As empresas são constituídas, logo, começam a funcionar de acordo com suas atividades: indústria, comércio ou serviço. Alguém investe nessa empresa e tenta em menor tempo possível fazer com que ela gere resultado por si própria e passe a ter lucro pela rotina daquilo que se propõe a fazer pelos clientes. Às vezes o retorno demora e tem vezes que nem acontece, tendo assim o chamado de prejuízo. Porém, em alguns casos esse objetivo é alcançado, ou seja, a empresa começa a ter retorno, a ter lucro. Nesse momento chegamos a um grande impasse, o que fazer com o lucro que a empresa começou a apurar? Muitos empreendedores utilizam esse lucro para reinvestir na própria empresa, comprando novos materiais, contratando mais um funcionário, ampliando ou reformando o espaço físico, entre outras ações. Já outros fazem a opção não aconselhável (entretanto, não proibida) de “pegar” todo o

“O pró-labore é o ‘pagamento mensal que a empresa faz ao sócio, pelo trabalho que ele desenvolve administrando a pessoa jurídica’, independente de estar ‘dando’ lucro ou prejuízo, assim como acontece financeiramente com os funcionários. A questão é que essa retirada terá incidência dos tributos como imposto de renda, contribuição previdenciária, de acordo com as condições de cada”. lucro para ele (o sócio). Temos que lembrar que a empresa e seu dono são pessoas distintas, a empresa é pessoa jurídica e o sócio é pessoa física. O sócio pegar o lucro que a empresa está apurando para ele, tem um nome técnico: Distribuição de lucros. Parece óbvio, porém, é uma atividade contábil a ser controlada porque contabilmente só poderá distribuir lucro a empresa que de fato apurou um resultado positivo e com um detalhe: que não tenha dívidas tributárias. Essa distribuição de lucros, atualmente não sofre incidência de encargos e a pessoa física ao receber este lucro não terá que

pagar qualquer outro imposto. O mesmo não acontece na Retirada Pró-Labore, ela tem características diferentes da distribuição de lucros. O pró-labore é o “pagamento mensal que a empresa faz ao sócio, pelo trabalho que ele desenvolve administrando a pessoa jurídica”, independente de estar “dando” lucro ou prejuízo, assim como acontece financeiramente com os funcionários. A questão é que essa retirada terá incidência dos tributos como imposto de renda, contribuição previdenciária, de acordo com as condições de cada.

FATO É: Distribuição de lucro ou retirada pró-labore, ambas são destinadas aos sócios, mas em situações e condições totalmente divergentes e uma pode complementar a outra. O que os empreendedores precisam, é entender a sua situação particular e conversar com um contador de sua confiança para definir como melhor abastecer a pessoa física com esses rendimentos provenientes das empresas. Pois, caso não faça, os riscos podem ser indigestos.



Comportamento Por Scarlett Gravina

e a arte de reviver memórias COLECIONADORES REVELAM A PAIXÃO POR SEUS VALIOSOS ACERVOS

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uardar itens que representam alguma lembrança especial ou simplesmente colecionar objetos por um hobby, fazem parte dos hábitos de quem gosta de reviver boas memórias e quem sabe, guardar um acervo histórico para uma futura geração. Entre histórias, recordações e paixão pela arte de colecionar objetos representativos, reunimos colecionadores de várias gerações para compartilhar conosco seus diferentes acervos. Inspire-se e confira a seguir!

BRUNO LUIZ ACTION FIGURES: NOSTALGIA EM UM ACERVO REPLETO DE BOAS LEMBRANÇAS

O administrador Bruno Luiz junto de seu filho, o pequeno Max.

Fortemente presente na sociedade atual, a cultura Geek é representada por uma leva de consumidores de entretenimento, como os fãs de histórias em quadrinhos, séries e filmes de fantasias. Colecionar artigos desse universo nerd se transformou em um fenômeno entre os amantes do cenário fictício, 22 Revista Fato! - Outubro 2018

que envolve super-heróis e figuras emblemáticas das sagas de ficção científica. Um exemplo de produto colecionável que virou tendência e que faz a cabeça de diversas gerações são as chamadas Action Figures, traduzida para figuras de ação, que denominam os bonecos plásticos articuláveis, responsáveis por retratar um determinado personagem. Ricas em detalhes, as peças acompanham roupas e algumas podem conter acessórios, o que deixa o objeto ainda mais caracterizado. Entre livros, revistas em quadrinhos, estátuas e jogos de tabuleiros, o administrador Bruno Luiz também exibe suas figuras de ação, completando seu acervo com cerca de 200 itens que simbolizam seus personagens favoritos. “Colecionar é um hobby e pode ter foco e intensidade diversas, que vai desde colecionar selos até carros de luxo. Desde a infância tenho mantido alguma coleção, lembro da época que Cavaleiros do Zodíaco era uma febre, foi quando comecei a comprar itens da saga, principalmente os bonecos”, conta Bruno que ainda completa: “dentro da minha coleção existem personagens de diferentes linhas, um exemplo seria os bonecos de filmes de terror, ação e suspense. Também tenho os de filmes da Marvel, personagens da DC Comics e Cavaleiros do Zodíaco. Uma que gosto bastante é a do Rocky Balboa, inspirada na cena final do filme Rocky IV, que é uma forma de homenagear tanto a saga do personagem como a do próprio ator Sylvester Stallone, devido sua história de vida e da mensagem que ele passa através dos filmes”, explica. Assim como todo colecionador, manter um cuidado com as peças é de extrema importância, principalmente se o acervo inclui itens delicados que precisam de uma atenção maior. Para os amantes dos Action Figures, é imprescindível conservar os objetos, pois além de serem conhecidos como itens de alto custo, eles também apresentam fragilidade em sua estrutura. Segundo recomendações de sites especializados, é preciso evitar poeira, sujeira e calor, por conta do material do obejto. “Além da

limpeza, procuro manter as caixas originais, onde ficam guardadas quando não estão expostas. Algumas empresas já produzem embalagem que servem até para expor sem precisar tirar da própria caixa. Eu não diria que tenho ciúmes da minha coleção, só tenho cuidado para não danificá-las, mas não possuo neuras de pegarem ou tocarem nas peças”, afirma. Para Bruno, o indicado é adquirir os colecionáveis em lojas confiáveis, segundo ele, não é conveniente efetuar uma compra com preços baixos. Para evitar os riscos ele sugere tentar conseguir um desconto ou aguardar uma promoção. “Nós temos uma importadora “oficial” trabalhando para disponibilizar peças no Brasil, a PiziiToys. Da mesma forma, um estúdio nacional que cresceu bastante é a Iron Studios, que ajudou popularizar bastante o hobby, por ter uma faixa de preço mais acessível e qualidade. Ainda que fique cada vez mais aparente um conflito de interesse entre ambas, principalmente por terem sócios em comum, a importadora vem a um tempo trazendo peças concorrentes a da Iron Studios, com um preço maior, favorecendo a empresa brasileira, que tem conquistado bastante o espaço internacional”, ressalta o administrador ao explicar sobre a compra dos produtos. A troca de experiências e informações acerca das peças adquiridas pode ser feitas através de grupos nas mídias sociais e sites especializados para colecionadores. Substituição de Action Figures, resenhas e vendas de acessórios, também estão incluídas entre os fãs do universo dos personagens que marcam gerações. Ao finalizar, Bruno compartilha dicas para aqueles que assim como ele, acredita que o hobby não é apenas adquirir determinados itens e sim, fazer de um acervo boas memórias. “Existe milhões de possibilidades, você pode comprar o Batman articulável da Neca, (empresa de artigos colecionáveis), Bandai, Play Arts e Hot Toys. Ou as estátuas da Side Show ou Iron Studios e ainda com escala de tamanhos diversos. Se você não tiver um foco definido e for querer comprar de tudo, nunca vai conseguir”, encerra.


Comportamento

PEDRO PAULO CAMPANHA A ERA DO DISCO DE VINIL: SAUDOSISMO E PAIXÃO PELA MÚSICA

Pedro Campanha com alguns de seus discos prediletos.

Arquivo Pessoal

Lançado em 1948 os discos de vinil ou LPs, são conhecidos como uma inovação histórica. Marcado por diferentes décadas o toca discos e as músicas que embalavam as trilhas sonoras da época, aos poucos, foram cedendo espaço para que surgissem apreciadores da relíquia, o que transformou os discos em artigos de colecionador. Embora a evolução do mercado fonográfico com a chegada dos CDs e dos novos formatos digitais tivesse desempenhado um papel importante na indústria musical, o vinil não perdeu suas forças e ganhou fãs de diversas gerações. “Cresci ouvindo e respirando música. Meu pai é filho de italiano e gostava de escutar música clássica e minha mãe gostava de cantar. Meus irmãos Zé Carlos, Cosminho e Vinícius, me influenciaram a colecionar os discos, eles moravam em São Paulo, Rio de Janeiro e Juiz de Fora, logo, tudo que saia de novo eles traziam para nossa casa e ouvíamos tudo”, relembra o colecionador, Pedro Campanha. Reunindo uma coleção com cerca de 2 mil discos de vinil, aos 58 anos Pedro une a paixão pela música com o saudosismo representado por cada LP. O acervo exposto em uma grande estante exibe respeitados nomes da música nacional e internacional. “Meus discos são todos catalogados por gênero, entre nacionais, rock, jazz, internacionais, regionais,

clássicos e trilhas sonoras de filmes. Tenho preferência por música de boa qualidade, como MPB, bossa nova, Tropicália e todos os festivais, incluindo a mineirada do Clube da Esquina, conjuntos de rock progressivo, rock nacional e música clássica. Tenho discos da música do mundo todo, Índia, Turquia, América Central, Argentina e os regionais, Amazonas, Pantanal, Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil”, explica. Por trás de cada capa clássica e suas fotografias também chamadas de obras de arte, escondem histórias que Pedro gosta de relembrar. Algumas ele prefere guardar em sua memória como boas recordações de tudo que viu e ouviu. Outras, ele compartilha com satisfação e alegria ao recordar de momentos significativos e inesquecíveis que o hobby ou simplesmente, o amor pela música, foi capaz de lhe proporcionar. “Recordo-me que quando estava rodando o filme ‘O Viajante’ em Ubá, bateu em minha porta a atriz Marília Pêra e roteirista Paulo César Saraceni com toda a produção para gravar. Eu era o único que tinha na cidade o disco ‘Trem Caipira’ de Egberto Gismonti, gravamos a música em duas fitas cassete e mandamos para Manaus na mesma noite para a edição, a música entrou na trilha sonora do filme. A editora de som me mandou guardar tudo, porque as mídias de CD podem


Comportamento sumir a qualquer hora, mas os discos de vinil são eternos”, retrata. De David Bowie a Elis Regina, Pedro não esconde sua admiração por seus discos e o zelo que mantém por sua coleção. Bem-humorado, ele revela não emprestar e muito menos, vender parte de seu acervo, já que em cada vinil possui registros de recordações que só ele poderia contar. “São tantas as histórias que para cada lembrança possuo uma música. É como dizia Gonzaguinha: ‘são tantas coisinhas miúdas [...]’”, finaliza.

BRÁULIO WERNECK RIBEIRO NUMISMÁTICA: O CURIOSO UNIVERSO DE QUEM COLECIONA MOEDAS ANTIGAS Colecionar moedas é um hobby curioso entre os apreciadores da história antiga, tanto que esse hábito se deu início no Império Romano e foi mantido durante a idade média, o que possibilitou o surgimento da ciência que estuda moedas e medalhas, conhecida como numismática. A prática desse colecionismo ainda presente na atualidade, pre-

Apaixonado por suas coleções, Bráulio Werneck Ribeiro mantém um numeroso acervo com moedas e cédulas antigas.

serva um valor histórico e até mesmo sentimental. “Há uns dez anos, ganhei minha primeira cédula da minha tia Marília, era de um dólar e a que mais me traz uma boa lembrança. Eu acho que através das coleções, podemos ter uma ligação com o passado, faz parte do ser humano relembrar. Sendo colecionador, tenho esse senso de pertencimento a uma memória que é maior do que eu mesmo, além da preservação dos artefatos”, conta Bráulio Werneck Ribeiro, que mantém um acervo com cerca de 1070

moedas e 300 cédulas, todas guardadas e preservadas com cuidado. Definindo-se como um numismata em formação, Bráulio acredita que seu gosto exótico por itens antigos o traz ainda mais conhecimento, novas amizades e desafios para conseguir determinados itens. O interesse por colecionar moedas e cédulas, surgiu logo depois de ir a uma lotérica em Astolfo Dutra, sua cidade natal, após observar quadros com diferentes moedas antigas. “Eu gosto de todo tipo de moeda. Para se ter uma ideia, certa vez, eu estava no aeroporto e fui a uma casa de câmbio só para comprar Pesos Argentinos, mas meu destino era Brasília, comprei apenas para aumentar a coleção. Tenho moedas de Cuba, Chile, Argentina, República Tcheca, Inglaterra, EUA, Nova Zelândia, Hungria, zona do Euro e Israel”, relembra ele orgulhoso sobre suas raridades colecionadas. “Possuo a de 1 real Do ano de 1998 feita em homenagem ao cinquentenário da declaração universal dos direitos humanos, com tiragem de apenas 600 mil unidades, chegando a valer mais de 300 reais no mercado de moedas. Mas as do império e da primeira república são sempre raras devido à idade, destas, possuo apenas alguns exemplares”, afirma. Manter suas moedas e cédulas em álbuns específicos e não deixá-las em contato com a


Comportamento humidade são alguns dos cuidados que Bráulio faz questão de preservar, já que para ele, sua coleção vai além de ser um acervo valioso e sim, uma relíquia para ser atenciosamente conservada. “Sou um eterno apaixonado por minhas moedas, acredito que algumas delas tenham seu valor aumentado com o tempo, mas não vejo como um investimento, pretendo deixar para meus filhos”, finaliza.

CARLOS ALBERTO COELLI HISTÓRIAS EM QUADRINHOS: O FANTÁSTICO MUNDO DAS HQS As histórias em quadrinhos conhecidas como HQs, se tornaram um produto de consumo de massa, embora fossem reprovadas por alguns educadores e pais, por serem vistas como algo prejudicial para o processo de aprendizagem das crianças, há os que afirmam que os gibis ajudam na influencia da leitura. Embora as revistas tenham sido alvo de críticas ao longo do tempo, hoje elas já são encaradas de forma positiva na sociedade, tanto que o colecionismo desse universo das narrativas feitas com desenhos sequenciais ganhou uma po-

Doutor Carlos Alberto Coelli e sua coleção de HQs.

pularidade nos anos 80 com os super-heróis adolescentes. “Há mais de 10 anos coleciono revistas em quadrinhos, comecei na época da minha residência médica, o X-Men simbolizava pra mim o sonho de cada um possuir poder sobre seu destino e sua vida”, conta o médico pediatra Carlos Alberto Coelli, fã dos personagens da famosa equipe de súper-heróis da marca Marvel Comics. Com uma considerável coleção de HQs, o apreciador não se recorda de quantas revistas

possui em seu acervo e afirma ter perdido alguns exemplares por conta do tempo. “Lembro-me do primeiro gibi dos X Men, era uma revista muito antiga do lançamento original. Estava picotada e com páginas faltando, são lembranças da pré-adolescência. As deixo guardadas em caixas sem uma ordem específica. Elas eram colocadas por ordem de lançamento, mas as mudanças de domicílio acabaram bagunçando a coleção”, conta ele, que preserva em seu acervo algumas raridades, como as revistas em formato americano e capa metalizada. Marcada por diversas gerações, as HQs representam uma das principais fontes da imaginação infantil e que hoje são cultivadas por crianças da atualidade e fãs apaixonados que cultivam as revistas como um bem material nostálgico e afetivo. Embora acredite que hoje não exista tantos colecionadores de revistas quanto em sua época, Carlos Alberto acredita na importância da leitura, seja de gibis ou quaisquer outras fontes de aprendizado. “A era digital pulverizou o público de histórias em quadrinhos, não vejo tantos colecionadores como no meu tempo de juventude. Acho que sempre devemos cultivar o hábito pela leitura e das asas à imaginação. Livros e revistas, por exemplo, são fontes inesgotáveis do saber”, finaliza.


Talento de Fato Por Rosiane Souza e Vanessa Santos

Fotografe

A PAIXÃO PELA MÚSICA SERTANEJA

N

o coração sertanejo é que é o meu lugar”, a letra de Chitãozinho e Xororó retrata perfeitamente o sentimento de Leo e Luccas, dupla que há quase 20 anos vem levando sua música para os mais diversos cantos do país. Os rapazes, nascidos no interior de Minas, manifestaram ainda cedo o desejo de cantar. Era em meio a vida simples do campo, mais precisamente na cidade de Rio Espera-MG, que Denilton Cassiano (35), hoje conhecido como Leo, trabalhava com o ouvido colado junto ao velho rádio onde imperavam os clássicos de Tonico e Tinoco, Sérgio Reis e Teodoro e Sampaio. Em contrapartida, para Valdeci da Silva Araújo (45), de nome artístico Luccas, o gosto pela música veio misturado ao sonho de ingressar no seminário. Mas, por volta dos 17 anos, o adolescente, natural do município de Brás Pires-MG, descobriu que não tinha vocação para ser padre e seguiu para a capital paulista a fim de estudar e trabalhar, investindo posteriormente na carreira musical. Entre idas e vindas, a Cidade Carinho foi o ponto de encontro entre os jovens que ali decidiram unir a paixão pela música sertaneja e

A dupla movida pelo amor à música sertaneja, Leo & Luccas. 26 Revista Fato! - Outubro 2018

“A música representa tudo para nós, é algo que sempre esteve presente em nossas vidas. Fazer aquilo que sabemos de melhor é extremamente gratificante, apesar de todos os desafios que, por sinal, não são poucos”. Leo & Luccas

montar a dupla. Desde então, eles começaram a se apresentar juntos em festivais nos municípios vizinhos e atualmente realizam cerca de dez shows por mês não só em Minas Gerais, bem como em diferentes regiões do país. Depois de muito empenho, hoje os rapazes se dedicam somente a carreira, mas não negam os desafios de viver da própria arte. “É bem complicado viver da música no Brasil, é preciso muita dedicação para alcançar o objetivo. Além de cantores, somos compositores e estamos sempre inovando”, afirmam enfatizando que a música é como qualquer outro trabalho; requer atenção, esforço e constância, mas, para eles, o sucesso nem sempre é sinônimo de talento e qualidade. Apaixonados pelo som sertanejo, os artistas se dizem realizados e agradecidos pela oportunidade de fazer o que amam. “A música representa tudo para nós, é algo que sempre esteve presente em nossas vidas. Fazer aquilo que sabemos de melhor é extremamente gratificante, apesar de todos os desafios que, por sinal, não são poucos”, declaram. Para eles, em meio a tantos nomes que figuram no cenário regional, um dos grandes diferenciais da dupla é a simplicidade. “Fazemos questão de tratar o público da melhor maneira possível em qualquer lugar em que estejamos, afinal, para nós, todo show é único”, pontuam os rapazes que animam suas apresentações com um repertório variado que inclui músicas próprias, além dos maiores sucessos do sertanejo de raiz e universitário. Desfrutando de um momento de muito trabalho, os cantores Leo e Luccas gravaram recentemente o CD – Mesa 2, formado por canções totalmente autorais que serão lançadas em breve em todo o Brasil. Com grande expectativa sobre a nova música “Shandon com Breja”, a dupla tem agitado os palcos por onde passa, fazendo das melodias sua verdadeira identidade.



Foto: Fotografe

Divulgação

Conectados Jornalista, especialista em Assessoria de Comunicação, Gestão da Comunicação nas Organizações e pós-graduanda em Gestão de Pessoas e Coaching. É uma verdadeira apaixonada por internet e pelas mídias sociais. Além disso, é dona do Boteco Feminino (www.obotecofeminino.com.br).

Rafaela Namorato

Publicidade no

WhatsApp...

E

ssa não é a primeira vez que falamos sobre o WhatsApp aqui na coluna e, provavelmente, não será a última. O aplicativo de mensagens instantâneas mais utilizado no mundo contabiliza mais de 1,5 bilhão de usuários ativos – estima-se que mais de 120 milhões sejam brasileiros – e 60 bilhões de mensagens enviadas. Esses números foram alcançados a partir da compra do WhatsApp pelo Facebook em 2014. Mark Zuckerberg pagou pelo comunicador US$ 19 bilhões, um valor bem superior ao total da receita do WhatsApp naquele ano. Acontece que quatro anos depois da compra, o aplicativo ainda não é lucrativo. Após abandonar o antigo modelo de negócio onde era cobrada dos usuários uma assinatura de US$1 por ano – e que quase ninguém pagava –, o Facebook vem buscando alternativas para alterar esse quadro de baixa rentabilidade do aplicativo. Uma das opções adotadas para tentar mudar esse cenário foi a criação do WhatsApp Business que oferece uma tecnologia voltada para as empresas. Através desse recurso, elas conseguem conversar de forma profissional e segura com os seus

Será?

clientes. Embora o WhatsApp Business seja gratuito para pequenas empresas, o Facebook vem tentando rentabilizar com o aplicativo oferecendo, para grandes corporações, um API pago com o qual essas empresas podem responder aos seus clientes com mais eficiência e utilizando recursos diferenciados à experiência que os demais usuários já possuem. Agora o Facebook já se prepara para uma nova empreitada. Declarações de Brian Acton, co-fundador do WhatsApp, durante uma entrevista para a Forbes, mostraram que o uso de publicidade no app está perto de se tornar uma realidade. Vale lembrar que Acton não integra a equipe do WhatsApp desde 2017 e que junto com Jan Koum, outro co-fundador do aplicativo, sempre defendeu que a

comunicação deveria ser feita sem nenhum tipo de propaganda ou interrupção. A entrada dos anúncios no aplicativo deverá acontecer em 2019 quando se encerra o prazo previsto no contrato de compra (de 2014) que impedia a monetização do WhatsApp por no mínimo cinco anos. Caso isso realmente aconteça, estima-se que os anúncios sejam direcionados ao Status do WhatsApp. Ou seja, eles irão aparecer entre as postagens que têm duração de 24 horas, como já acontece no Stories do Instagram. Os primeiros a experimentarem essa novidade deverão ser os adeptos ao iOS. Alguns usuários se mostraram insatisfeitos com a novidade e já pensam na possibilidade de abandonar o aplicativo caso ele comece a veicular anúncios. Muitos acreditam que os anúncios poderão perturbar a experiência do usuário com o app. O Facebook ainda não se manifestou oficialmente sobre o assunto. Mas, se a informação for confirmada, o WhatsApp deixa de ser uma das poucas redes sociais que ainda não contam com publicidade em suas plataformas. Só nos resta aguardar as cenas dos próximos capítulos! E você, o que achou da novidade?


Foto: Servando Lopes

Dr.ª Lorena S. Queiroz

Divulgação

Papo Bucal Cirurgiã-Dentista especialista em Ortodontia. Pós-graduada em Endodontia Rotatória e pós-graduanda em Implantodontia. Contato: (32)9 9833-4547. Instagram: @odontologia_queiroz

Gengiva

sangrando? Pode ser gengivite!

G

engivite é o nome dado à doença das gengivas quando está em fase inicial e acomete os tecidos da gengiva que ficam nas bordas nos dentes. Quando não realizado o devido tratamento ela pode virar uma periodontite(agride o osso e demais estruturas que sustentam o dente), a qual é uma das principais causas da perda dentária em adultos. A gengivite é associada à presença de placa bacteriana e resíduos alimentares na região da borda gengival e quando não realizado o tratamento, esse acúmulo de placa pode evoluir para a formação de tártaro e para uma forma mais avançada da doença, podendo atingir o osso, responsável pela sustentação e fixação dos dentes na boca. Essa inflamação é bastante comum e qualquer pessoa pode desenvolvê-la. Porém, há alguns grupos de indivíduos e fatores que tornam algumas pessoas mais propensas a essa doença da gengiva, tais como: pacientes com higienização deficiente, fumantes, diabéticos, pacientes com idade avançada, pacientes com sistema imunológico debilitado e/ou fazem uso de medicamentos específicos, indi-

víduos com infecções virais e fúngicas, xerostomia (boca seca), taxas hormonais descontroladas, próteses mal adaptadas e entre outros. É perfeitamente possível fazer um tratamento apenas baseado em escovação adequada, uso de fio dental e de enxaguantes bucais, de acordo com as indicações e orientações do dentista para as fases iniciais da doença. Isto impedirá o aumento das placas bacterianas e irá regredir a inflamação da gengiva. Nas fases intermediárias e avançadas, é necessário a intervenção de um dentista. O profissional poderá realizar limpezas da placa bacteriana e fazer aplicação de substâncias que evitem o retorno da doença, indicando se necessário, medicações para acabar com a doença, além de raspagem dos dentes para retirar o tártaro. Mesmo com intervenção do dentista é importante que o paciente continue com práticas de higiene bucal em casa para evitar que a inflamação apareça novamente. Há casos que é preciso fazer cirurgia periodontal, porém, é eleita para quando essas outras

intervenções terapêuticas não surtirem efeito. O tratamento da doença gengival consiste em acabar com as causas para reverter os sintomas da inflamação e impedir que ela progrida para algum problema mais grave.


Fato Especial Por Vanessa Santos

PRECISAMOS FALAR SOBRE O SUICÍDIO

N

ão é de hoje que o fato de se sentir sob pressão fez com que o ser humano tomasse drásticas decisões. Em 1954, acusado de envolvimento no atentado contra o jornalista Carlos Lacerda – seu principal opositor – Getúlio Vargas deu um tiro no próprio peito dentro do Palácio do Catete, então sede do governo. Com uma carta em que dizia “saio da vida para entrar na história”, o protagonista do populismo no Brasil tornou-se uma lembrança na memória do povo. Se o suicídio já acontecia nessa época, 64 anos depois, a violação contra a própria existência continua ocorrendo e por razões cada vez mais “comuns”. A web nos impõe de maneira direta, todos os dias, a ditadura da beleza, do corpo ideal, da vida perfeita, onde se é feliz o tempo todo, “só que a rede social nem sempre reflete nossa (nada fotogênica) realidade”, diz o artigo de Edson Caldas, onde o repórter evidencia que, segundo pesquisadores, a frustração provocada nos usuários da rede – especialmente o Instagram – tem sido relacionada a problemas como ansiedade, depressão e rejeição à própria imagem, sobretudo entre os jovens. Paralelo a isso, outra constatação de casos de suicídio tem sido identificada no âmbito acadêmico. Em 2017, a Catraca Livre trouxe uma matéria abordando “Por que a universidade está deixando os estudantes doentes?” com relatos de jovens que afirmam terem sofrido transtornos psicológicos durante o período do vestibular e após o ingresso na faculdade por conta da cobrança extrema. Somente entre maio e junho deste ano, quatro casos de suicídio foram registrados na conceituada Universidade de São Paulo, o que levou a USP a criar um escritório de saúde metal para alunos. 30 Revista Fato! - Outubro 2018

Dados publicados pelo Ministério da Saúde mostram que só em 2016, mais de 11 mil pessoas morreram vítimas do suicídio no Brasil, o equivalente a 31 casos por dia, sendo a maioria entre jovens e idosos. É um grito de socorro de quem hesitou em continuar e, viu no fim, a única saída. São mortes diárias, mas que podem ser evitadas através da consciência de que a vida vale a pena.

COMO IDENTIFICAR O COMPORTAMENTO SUICIDA? “O suicídio é uma ideia que cresce na mente aos poucos, ele não surge ‘do nada’”, afirma o psicólogo Leandro Gravina. Caracterizado como

uma morte lenta, o ato é acompanhado de sinais relevantes, conforme enumera o profissional: “tristeza extrema, irritabilidade, desinteresse, alterações repentinas de humor e de comportamento através do uso de roupas muito diferentes do habitual, resolver assuntos pendentes, visitar parentes distantes e até mesmo fazer um testamento, são alguns dos sintomas”, pontua Leandro ao explicar que o indivíduo demonstra uma forte expressão de culpa ou solidão, sentindo-se como um “peso” para amigos e familiares. Frases de alarme do tipo: “não aguento mais”, “eu queria sumir”, “eu quero morrer”, também são indícios de que algo não vai bem, segundo a psiquiatra Dr.ª Samira Mussi. “Grande parte das vítimas demonstrou, em dias ou semanas anteriores, seu desejo de se matar, haja vista que o comportamento suicida inclui pensamentos, planos e tentativas prévias de morte”, diz. De acordo com a médica, quase todas as vítimas sofrem de uma doença mental, como: depressão, transtorno bipolar, alcoolismo, abuso/dependência de drogas, transtornos de personalidade ou esquizofrenia.

“MAS ELE(A) ESTAVA TÃO BEM ONTEM...”

“Olhe para a pessoa, ouça o que ela tem a dizer sem julgamentos e vá, aos poucos, nutrindo a ideia de buscar ajuda especializada”. (Leandro Gravina. Psicólogo especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental)

Muitas pessoas condenam a família e/ou amigos da vítima por não terem notado nenhuma mudança comportamental, mas o suicídio pode ser SILENCIOSO. Segundo os especialistas, é comum que o indivíduo tente mostrar que está bem, a fim de não despertar a desconfiança de pessoas próximas, ou até mesmo por uma falsa sensação de alívio, depois de tomada a decisão de atentar contra


Fato Especial Arquivo Pessoal

a própria vida na certeza de que dará fim as suas angústias. “O indivíduo começa a pensar e acreditar que a morte é mais interessante que a vida. Às vezes, a pessoa não quer morrer, ela só quer matar uma parte dela que está causando sofrimento. No entanto, viver sem sofrer é uma utopia, por isso, precisamos trabalhar a tolerância existencial”, declara Leandro, salientando a importância de desenvolver o equilíbrio emocional, aprendendo com as dores e desfrutando dos prazeres inerentes ao caminho de cada um.

DEPRESSÃO X SUICÍDIO Os profissionais são categóricos ao dizer que nem todo suicida é depressivo, pois o ato pode estar ligado a outras causas, conforme mencionado anteriormente, como transtorno bipolar, dependência química e esquizofrenia. No entanto, Dr.ª Samira chama a atenção para o fato de que a depressão grave é considerada a maior causa de suicídio, logo, é preciso estar atento aos sintomas, tais como a tristeza profunda, sensação de inutilidade, oscilações no peso e no sono. Para Leandro, o atentado contra a própria vida é o pedido de socorro mais alto que a depressão pode ecoar. “O suicídio é a manifestação mais

dramática do transtorno depressivo, é a necessidade de fugir desse sofrimento e, às vezes, a única alternativa que vem à mente da pessoa é tirar a própria vida”, diz.

OS LIKES DE UMA VIDA “PERFEITA” As redes sociais se transformaram em um verdadeiro show business. A chamada “espetacularização do privado” fez com que momentos simples virassem motivo de exibição onde se é feliz, bem sucedido, bonito e realizado o tempo todo, o que não corresponde a realidade e faz com que muitos jovens que não se enquadram nesse estereótipo se sintam condenados ao fracasso. “A insatisfação com a imagem corporal e com a vida real, principalmente entre adolescentes do sexo feminino, diminui sua autoestima, deixa-as em situação de vulnerabilidade para o uso de drogas, e gera sentimento de tristeza, o que aumenta o risco de depressão, ideação e planejamento do suicídio”, comenta Dr.ª Samira. Para o psicólogo, a rede social tem suscitado verdadeiros fantoches que se frustram ao retornarem para a realidade. “De fato, na internet, a regra geral é travestir-se no melhor ‘personagem’ de si

“O tratamento envolve a ação conjunta de familiares, com apoio emocional e vigilância, além de profissionais da saúde mental como psicólogos e psiquiatras”. (Dr.ª Samira Mussi, psiquiatra)

mesmo, com a melhor foto, em que todos aparecem plenos, passando pelo mundo com uma felicidade que nunca terá fim. Não é nada fácil sair do personagem criado e encarar o próprio ‘eu’ frente a frente, tal como é: real, cotidiano, com tristezas, sofrimentos, pontos fracos, complexos e angústias tão naturais aos seres humanos. Mais difícil ainda, talvez seja conversar sobre esses assuntos, visto que a roti-


Fato Especial na é muito corrida e ninguém parece querer saber de problemas. Portanto, a pessoa pode chegar a um ponto paralisante de sua vida reflexo dessa ditadura”, alerta o profissional sobre um dos fatores que pode desencadear diversos conflitos emocionais.

“QUANTO MAIS FALARMOS SOBRE O SUICÍDIO, MENOS ELE OCORRERÁ” Com o advento da campanha chamada “Setembro Amarelo”, o suicídio tem entrado em pauta de forma mais recorrente dentro da sociedade. No entanto, ainda é preciso quebrar tabus e discutir a prevenção, as causas e o tratamento desse quadro. Um grande avanço foi a criação do Centro de Valorização da Vida – CVV, órgão cujos voluntários são treinados a fim de auxiliar pessoas que estiverem passando por momentos de dificuldade, basta ligar gratuitamente para o número 188, entrar no site (cvv.org.br) ou comparecer a uma das 93 unidades físicas da entidade espalhadas pelo Brasil. Vale ressaltar que o órgão de apoio não substitui o acompanhamento profissional. A indicação é que o tratamento seja realizado em equipe. Além do apoio familiar que é fundamental, o indivíduo

deve ser acompanhado de um psicólogo a fim de descobrir a causa da situação em que se encontra, junto a um psiquiatra, o qual será responsável pela medicação do paciente quando necessário.

UMA VÍRGULA O suicídio pode ser motivado pelas mais variadas razões e o que os pacientes que estão lutando contra esse quadro mais precisam é de acolhimento, e não de julgamento, pois chegaram ao extremo da falta de amor a si mesmo. Se puder presenteá-los de alguma forma, ofereça um abraço e uma vírgula; um abraço para que se sintam amados, e “uma vírgula para que continuem escrevendo sua história, mesmo quando o mundo desaba sobre eles”.

Leia a cartilha da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) sobre prevenção ao suicídio:

“(...) Tantas vezes parece que é o fim Mas no fundo, é só um recomeço Afinal, pra poder se levantar É preciso sofrer algum tropeço É a vida insistindo em nos cobrar Uma conta difícil de pagar Quase sempre, por ter um alto preço Acredite no poder da palavra desistir Tire o D, coloque o R Que você tem Resistir Uma pequena mudança Às vezes traz esperança E faz a gente seguir Continue sendo forte Tenha fé no Criador Fé também em você mesmo Não tenha medo da dor Siga em frente na caminhada E saiba que a cruz mais pesada O filho de Deus carregou”. (Bráulio Bessa)


Foto: Fotografe

Espaço Jurídico OAB/MG 108.555; pós-graduado em Direito Tributário, Direito Militar e pósgraduando em Direito e Processo do Trabalho pela Universidade Anhanguera. Advogado membro do escritório Pacheco & Sousa, Assessoria Jurídica e Empresarial. E-mail: camppss@bol.com.br

César Campos

IMPENHORABILIDADE

de

SALÁRIO

TRIBUNAL AUTORIZA PENHORA DE 30% DO SALÁRIO

O

Novo Código de Processo Civil, assim como estabelecia o antigo código, faz previsão acerca das regras de impenhorabilidade, afirmando em uma de suas hipóteses, que são impenhoráveis os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal. A ressalva pautada pela lei acerca da regra de impenhorabilidade de salário, diz respeito à penhora para pagamento de prestação alimentícia, independentemente de sua origem, assim como às importâncias excedentes a cinquenta salários mínimos mensais, ou seja, a regra de impenhorabilidade de salário não se aplica quando se trata de pagamento de pensão alimentícia ou quando o devedor auferir, mensalmente, mais de cinquenta salários mínimos, eis que referido dispositivo legal busca proteger o sustento do trabalhador, sobretudo os mais pobres. A polêmica ocorre a partir do momento que surgem alguns julgados, sobretudo, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que entende que a impenhorabilidade do salário não pode ser encarada em caráter absoluto, de forma que vem autorizando a penhora de 30% do salário, desde que referido percentual não venha a prejudicar o sustento do trabalhador e da família e desde que não tenham sido localizados outros bens do devedor passível de penhora. É certo que um dos princípios essenciais aplicáveis à penhora é a de que deve ser menos onerosa ao devedor, entretanto, existem aqueles casos em que o trabalhador não sofrerá qualquer prejuízo alimentar, caso sofra penhora de 30% do salário, oportunamente em que devemos aplaudir o posicionamento do Tribunal de Justiça de Minas Gerais ao autorizar

“É certo que um dos princípios essenciais aplicáveis à penhora é a de que deve ser menos onerosa ao devedor, entretanto, existem aqueles casos em que o trabalhador não sofrerá qualquer prejuízo alimentar, caso sofra penhora de 30% do salário, oportunamente em que devemos aplaudir o posicionamento do Tribunal de Justiça de Minas Gerais ao autorizar referida penhora”. referida penhora. O leitor deve estar se perguntando acerca do significado de penhora, é omomento em que é possível conceituar como sendo apreensão dos bens de devedor, por mandado judicial, para pagamento da dívida ou da obrigação executada, ou seja, o credor aciona o Poder Judiciário, buscando o pagamento por parte do devedor, munido, por exemplo, de cheque devolvido sem compensação, nota promissória, duplicata e entre outros exemplos. O Poder Judiciário, por sua vez, busca o patrimônio do devedor para o pagamento daquele crédito levado a juízo pelo credor. No mesmo sentido, quando o credor ganha alguma causa na justiça e o devedor não satisfaz a obrigação, ele pode pedir a penhora dos bens do devedor para o cumprimento de referida obrigação, momento em que entra em cena as regras de impenhorabilidade e as possíveis exceções, como o caso em epígrafe, em que o Judiciário busca compatibilizar a satisfação do crédito e o não prejuízo ao sustento do devedor portanto, fique atento, o Poder Judiciário está autorizando a penhora de 30% do salário, desde que preenchidos os pressupostos. Revista Fato! - Outubro 2018


Talento de Fato Por Scarlett Gravina

FREDERICO CARVALHO

Arquivo Pessoal

EQUILÍBRIO E ADRENALINA EM DUAS RODAS

Passeio ciclístico na cidade de Guiricema.

Na cidade de Mariana, no evento Bike Enduro 2018.

E

m meio aos desafios encontrados durante os percursos de ciclismo, manter-se em equilíbrio não é uma tarefa tão difícil para aqueles que almejam a linha de chegada. Disciplina, regras e limites, fazem parte do dia a dia de quem escolheu se aventurar em duas rodas. Aos 38 anos, Frederico Carvalho de Barros ou Fred, assim como é conhecido, encontrou no esporte a certeza de que a sensação de dever cumprido está em cada obstáculo vencido ou simplesmente em cada momento de esforço e limites desafiados, os quais se resultam em grandes histórias. “Sempre fui dedicado ao esporte desde minha infância, joguei futebol e até tentei carreira em alguns clubes do Brasil em suas categorias de base, mas sem sucesso, então comecei a despertar curio34 Revista Fato! - Outubro 2018

sidade por outros esportes. Em 2013 comprei minha primeira Mountain Bike Aro 26 e me interessei pelo ciclismo, sempre fui muito competitivo e gosto de desafios”, afirma Fred, que contou com a ajuda da preparadora física Cátia Tomas, responsável por incentivá-lo e auxiliá-lo durante o início dos seus treinos. Com uma bagagem de conhecimentos e vitórias adquiridas durante sua trajetória no ciclismo, o ubaense que atualmente mora em Rodeiro, concilia sua profissão de certificador digital com o processo intenso de treinos e acompanhamentos com profissionais. “Tenho seis dias de treinamento pesado e um dia de descanso. Minha preparação é monitorada pela frequência cardíaca ou com medidor de potência. Durante a semana, os treinos se dão em torno de duas horas e aos finais de semana a carga aumenta, sendo sábado e domingo de três a cinco horas de treino. Sempre procuro fazer um reforço muscular na academia, para evitar as lesões e incluo massagens com meu fisioterapeuta”, explica sobre sua rotina. Significantes títulos como Campeão Mineiro e Campeão BikeRace Brasil, são apenas algumas de suas grandes conquistas, já que atualmente

lidera o ranking na categoria Master A2. Se tornar campeão brasileiro também está entre um dos seus principais objetivos, assim como disputar a maior prova de Mountain Bike da América Latina, a Brasil Ride. Embora ainda faltem inúmeras provas e vitórias para concretizar, o atleta não esconde sua tamanha realização e o privilégio de participar de importantes competições. “A prova mais difícil que participei foi da 26ª edição do Iron Biker, devido à chuva nos dias antecedentes da corrida, o que acabou deixando o terreno escorregadio e com muita lama. Foi pesado demais e muito difícil, minha categoria contou com 240 atletas inscritos, muitos deles, nacionalmente conhecidos. Meu objetivo era tentar o top 5 devido o nível de atletas, sendo que no primeiro dia de prova fiquei na 8ª colocação e no segundo dia, estava em 5º lugar. Faltando 3km para a linha de chegada meu pneu traseiro sofreu um corte me tirando da disputa pelo pódio, completei a prova com dificuldade, mas consegui segurar a 8ª colocação novamente”, conta Fred com orgulho sobre suas experiências. Vencer as provas e ser reconhecido pelo esporte escolhido, certamente é um desejo em comum entre os diversos atletas, mas para Fred, a adrenalina e as surpresas que o pedal oferece, vai além. “O ciclismo me deu a oportunidade de fazer amigos e conhecer lugares que nunca imaginei passar, trilhas dolorosas e perigosas, mas que ficam na memória durante a vida toda. A satisfação de ter vencido todos os obstáculos também é uma sensação única e prazerosa, pedalar pra mim, é um vício”, declara o ciclista que ainda completa: “É muito gratificante poder ter saúde, em primeiro lugar, para conseguir levar o corpo até a exaustão. O ciclismo é um esporte de resistência, só quem pratica sabe a dificuldade que encontramos, seja ela nos treinos ou nas competições, às vezes elevamos nosso corpo 100% ao limite. É por isso que aproveito para agradecer meus patrocinadores, Móveis Rufato, Móveis Lopas, Carolina Baby, Uai Tubulares e HSA chapas de MDF, por me ajudarem em mais uma temporada e acreditarem no meu trabalho como atleta do ciclismo, sem vocês eu não seria capaz de chegar até aqui. Agradeço também a minha família e o companheirismo e incentivo de minha esposa, Juliana Cancela, por me apoiar tanto nas provas quando no dia a dia. E digo mais: acredite em seus sonhos”, encerra.



Cidade Por Vanessa Santos

“Eu sempre levantei essa questão do sofrimento desses pacientes que viajam periodicamente para a realização das sessões da radio e quimio, quando poderiam fazer esses procedimentos aqui em Ubá, obtendo um pouco de eficiência em uma situação que já é naturalmente difícil”. (Dr. Munir Jacob)

UBÁ

vai receber unidade da

FUNDAÇÃO CRISTIANO VARELLA

SERVIÇO DE ONCOLOGIA FUNCIONARÁ EM TERRENO CEDIDO PELO HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO

O

Fachada do terreno que sediará as instalações da unidade.

36 Revista Fato! - Outubro 2018

tratamento oncológico da mais alta tecnologia já tem previsão para ser instalado em Ubá. Através de uma união de forças entre lideranças do setor de saúde local, o que começou apenas como um sonho do Dr. Munir Jacob, já tem endereço e recurso para se tornar real. Diante da necessidade de minimizar o desconforto de pacientes que precisavam viajar longas distâncias para o tratamento de câncer, a Cidade Carinho vai receber uma unidade da Fundação Cristiano Varella (FCV), cuja sede será no terreno doado pelo Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), situado em frente à instituição. Fiel a causa há quase dez anos, Dr. Munir revela que sempre defendeu a total condição do município em abranger esse serviço. “Tenho um conhecimento razoável da área da saúde e, em função disso, sabia que Ubá comportava o atendimento oncológico, pois, de acordo com as normas, para se implantar um serviço regional como esse, a cidade tem que ter pelo menos duas características importantes: 100 km de distância da outra cidade que já possui esse atendimento e recurso financeiro para isso, o que nos era bastante viável”, explica o cirurgião e diretor geral do Hospital São Vicente. Apesar do quadro favorável, ele esclarece que inaugurar o atendimento em Ubá por conta própria, seria um processo extremamente demorado e burocrático, a partir daí, surgiu a ideia de abrir uma

extensão da FCV no município. “Em conversa com os responsáveis pela fundação em Muriaé, eles começaram a assimilar a ideia de trazer um braço do credenciamento pra cá de modo que todo o recurso da nossa microrregião ficasse alocado aqui, o que facilitaria a implantação do tratamento oncológico na cidade”, explica. Diante das constatações, faltava força política para a efetivação do projeto, sendo o deputado Dirceu dos Santos Ribeiro o responsável pela arrecadação da verba de mais de R$1milhão destinada às instalações da unidade. “Felizmente depois de muito diálogo e negociação, nós conseguimos sensibilizar a diretoria da FCV através do Lael Varella e fizemos um

O mentor do projeto e diretor geral do Hospital São Vicente de Paulo, Dr. Munir Jacob.


Cidade Ubá News

Reunião realizada em abril deste ano para assinatura da escritura que prevê a doação do terreno à Fundação Cristiano Varella.

Além da doação, o Hospital São Vicente será o aporte de todos os pacientes oncológicos que apresentarem qualquer demanda imediata. “Temos que estar preparados para atender qualquer intercorrência que aconteça, para isso, a fundação irá treinar o nosso corpo clínico em como lidar com esse tipo de situação”, pontua Ronaldo sobre o processo de capacitação dos colaboradores. Ainda para atender tal demanda, Dr. Munir destaca que já foram recebidos diversos novos equipamentos. “Através do Consórcio Intermunicipal de Saúde, conseguimos uma concessão para receber os aparelhos de raio X digital, mamógrafo e densitômetro,

além do tomógrafo que foi doado pelo Ministério da Saúde”, afirma o cirurgião. De acordo com os envolvidos no projeto, a previsão é que em 2019 já esteja funcionando o serviço de quimioterapia, mas na planta da unidade constam também, futuras instalações com o atendimento de radioterapia. A verba adquirida já está em posse da fundação e a obra só não foi iniciada ainda por conta do problema com um córrego que atravessa o local, no entanto, a Prefeitura Municipal se comprometeu a realizar o desvio do mesmo o mais rápido possível no intuito de agilizar o processo.

Fotos: Wanderson Produções | Beleza: Kelvin Tomaz.

acordo: o hospital entraria com a doação do terreno, enquanto a fundação ficaria a cargo da mão de obra com toda a excelência que nós já conhecemos”, relata Dr. Munir sobre o início da parceria. Embora não tenha que investir financeiramente no projeto, o Hospital São Vicente de Paulo abriu mão de um terreno estimado em R$5 milhões para a construção da unidade, o que era uma exigência da fundação, conforme explica o provedor do HSVP, Ronaldo Gomes de Oliveira. “Pelo estatuto da fundação, eles não poderiam fazer nenhum tipo de obra em terreno que não fosse deles, logo, a função social do hospital nesse sentido foi total, porque se não fosse o desprendimento da irmandade, a coisa não se efetivava. Apesar de não termos tirado dinheiro em espécie do nosso caixa, tiramos um bem que vale milhões”, comenta o provedor sobre a atitude do corpo administrativo da entidade. A assessora da provedoria, Roberta Gasparoni, ressalta que, para o HSVP, o bem-estar da população foi o aspecto decisivo. “Nós acreditamos nessa parceira, a Cristiano Varella é uma fundação idônea, referência na América Latina, e o hospital levou em consideração o bem-estar do munícipe, em nenhum momento a irmandade foi maior que o social, foi um desprendimento muito grande para a gente”, declara.

37 Revista Fato! - Outubro 2018


CELEBRA 63 ANOS DE FUNDAÇÃO Fotografe

CLUBE UBAENSE OFERECE LAZER PARA TODA A FAMÍLIA

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atender a demanda e de também terem um local apropriado para a realização de eventos sociais. No dia 03 de outubro de 2018, o clube celebrou os 63 anos de existência trazendo cada vez mais melhorias e modernidades. Hoje o Tabajara oferece aos seus sócios um espaço devidamente equipado para diversas práticas esportivas, como:

Pedro Roque Fotografia

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Arquivo Pessoal

futebol de salão, vôlei, tênis, tênis de mesa, natação, hidroginástica, spinning e outras, além de contar com salas destinadas para atividades aeróbicas, musculação e aulas de dança das mais variadas. O clube também dispõe de uma ampla área de lazer para toda a família, com piscinas, saunas e espaço para confraternização.

Arquivo Pessoal

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Tabajara Esporte Clube foi fundado no ano de 1955. A história baseia-se na necessidade que trinta jovens tinham naquela época, de terem um espaço para as suas práticas esportivas. Então, os amigos se juntaram e fundaram um clube com o objetivo de

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LAZER

PA RA TO DA A FA M Í L I A

“Ao longo de seus 63 anos, o Tabajara construiu uma imensa história de alegria e sucesso incomum, mantendo vivo o idealismo de seus trinta fundadores e colaborando para a formação da juventude ubaense, bem como para o desenvolvimento social, cultural e econômico da Cidade Carinho. Nossos agradecimentos aos fundadores, associados, conselheiros, diretores, amigos e funcionários que, ao longo desses anos, dedicaram seu trabalho e amor ao clube.” (Presidente Antônio Luciano da Costa).

#TABA

JARA

DIRETORIA EXECUTIVA DO TABAJARA ESPORTE CLUBE DE 2018/2022: • Presidente: Antônio Luciano da Costa; • Vice-Diretor Executivo: Wagner de Mello; • Secretário: Marcos Nélio Marangon; • Diretor Financeiro: Dorival Cobo Junior; • Vice-Diretor Financeiro: Maria Claudia Carneiro Peixoto Gonçalves Santos; • Diretor Social: Luciano Ribeiro Reis; • Diretor de Esportes: Juliano Nascimento Peixoto Guimarães; • Diretor Médico: Magda Soares Ferreira Horta.

Rua José Campomizzi, 200, Centro, Ubá - MG

(32) 3532-2471 / 3532 -2475

CONSELHO DELIBERATIVO • Presidente: Celso Calçado Gomes; • Vice-Presidente: Norton Antônio Fagundes Reis; • Secretário: Sebastião Pereira Neto.

tabajara Luciano tabajara


Foto: Pedro Roque Fotografia

Danielle Filgueiras

Divulgação

Arquitetura e Design Designer de Interiores e Produtos, graduada pela Universidade do Estado de Minas Gerais, Pós graduada em Design de Interiores pelo IPOG BH, Especialista em Design de Interiores pelo Instituto Politécnico Di Milano na Itália, gradua Engenharia Civil e comanda o Escritório - Loja Empório Design #AmeiEssaIdeia. Contato: (32) 99912-8585

Paredes de

tijolo aparente COMO REALIZAR A LIMPEZA?

O

tijolo aparente é uma tendência muito utilizada por profissionais da área de decoração na hora de construir ou reformar. Resistente, ele dá aconchego e beleza ao ambiente, além de ter baixo custo. Mas, para mantê-lo com aspecto sempre bonito, são necessários alguns cuidados com a manutenção dos tijolos. Veja quais são:

MANTER A LIMPEZA EM DIA A limpeza periódica ajuda a prevenir a ação do fungo. É importante impedir que o mofo se estabeleça nos tijolos, evitando, assim, que a estrutura seja danificada exigindo a substituição de algumas peças. Existem vários produtos que limpam os tijolos aparentes, como: cloro, vinagre branco (para limpezas leves) e amônia (em áreas externas). Semanalmente, retire o limo e a poeira com o auxílio de uma vassoura de piaçava. Em seguida, dilua ou dissolva o produto escolhido em água antes de aplicar nos tijolos. Caso haja manchas, use uma lixa de madeira no local.

IMPERMEABILIZAÇÃO É FUNDAMENTAL Por terem textura porosa, os tijolos aparentes precisam ser impermeabilizados para evitar infiltrações. Existem no mercado produtos impermeabilizantes com bases que vão do verniz e resina ao silicone, entretanto, alguns desses itens podem alterar a cor dos tijolos. As resinas acrílicas à base de solvente ou de água, aplicadas com rolo de lã de pelo curto, oferecem maior durabilidade, mas têm a desvantagem de escurecer a superfície do tijolo e, eventualmente, descascar. O tratamento com silicone líquido à base de água oferece durabilidade de, no mínimo, dois anos, sem alterar o aspecto natural do tijolo. Vale ressaltar que antes do processo de impermeabilização, a parede deve ser limpa. A aplicação é rápida e ajuda a conservar os tijolos por muito mais tempo. Agora que já sabe como fazer a limpeza, inspire-se em lindos ambientes de tijolos aparentes e invista nessa alternativa para decorar seu espaço! 40 Revista Fato! - Outubro 2018



Ubaense Ausente Por Scarlett Gravina

Maria Matilde e Humberto ao lado de seus netos Leonardo, Matheus e Guilherme, também da filha Cecília e as netas Joana e Marina.

Fé e amor pela arte juntos na mesma tela CONHEÇA A TRAJETÓRIA DA ARTISTA PLÁSTICA E UBAENSE DE CORAÇÃO, MARIA MATILDE DE AZEVEDO

E

u ando pelo mundo, prestando atenção em cores que eu não sei o nome, cores de Almodóvar, cores de Frida Kahlo, cores”. É assim que a compositora Adriana Calcanhoto retrata no verso de sua canção o olhar detalhista de uma visão de mundo, onde as cores e as emoções se juntam em um mesmo universo. Foi diante dessa profundidade artística que a ubaense de coração, Maria Matilde de Azevedo decidiu embarcar no fantástico mundo da pintura. Nascida em Senador Firmino, Tildinha, como é carinhosamente conhecida por seus amigos, mudou-se com sua família para a Cidade Carinho quando tinha apenas seis meses de vida. A infância sadia e as amizades conquistadas na adolescência certamente são lembranças que Matilde faz questão guardar. Vinda de uma família onde os valores éticos e morais eram primordiais na educação que seus pais, Helena Alves de Toledo e Gastão Rosa de Toledo transmitiam para seus filhos, Gastão, José Lucio e Josefina, Matilde se recorda com carinho dos momentos compartilhados com seus irmãos, por quem nutre sentimentos de amor e gratidão. “Nossos pais nos educaram sem imposição, nos ensinaram a liberdade e a responsabilidade de nossas escolhas. Amor, carinho, afeto, atenção, proteção 42 Revista Fato! - Outubro 2018

Maria Matilde e o esposo Humberto comemoraram os 50 anos de casados esse ano.

e bons exemplos eram presentes em nossas vidas. Sempre fomos muito unidos, somos quatro irmãos que nunca brigaram, até hoje. São muitas as lembranças com minha família, as noites de Natal, a missa aos domingos, as refeições em família, meus pais dançando, eu ouvindo músicas clássicas com meu irmão Gastão, soltando pipa com o Lúcio, tocando piano com minha irmã, além das inesquecíveis viagens juntos”, relembra.

Até seus 21 anos, a cidade de Ubá se transformou em um cenário significativo de sua trajetória, onde viveu inesquecíveis lembranças, aprendizados e amizades que ainda estão presentes em sua vida. O tradicional Colégio Sagrado Coração de Maria, as missas aos domingos na Matriz de São Januário e as sessões de cinema nas tardes de domingo, complementam sua história, assim como as paqueras na Praça São Januário, as tardes dançantes nos clubes da cidade e as visitas nas casas de amigos. Com o falecimento de seu saudoso pai, Matilde se mudou para a cidade do Rio de Janeiro com sua mãe para passar apenas uma temporada com seu irmão que já havia se mudado, porém, os planos se modificaram. A partir daí, um novo ciclo começou a ganhar forma. “Assim que me mudei para o Rio, acabei fazendo vestibular na PUC (Pontífica Universidade Católica) para o Curso de Economia e passei. Quando estava no 5º período da faculdade, fui convidada para fazer estágio no Banco Nacional da Habitação e comecei a trabalhar como estagiária em janeiro de 1974, e fui contratada como economista em abril de 1976”, conta a economista que também trabalhou na área de Saneamento e Desenvolvimento Urbano e na Caixa Econômica Federal. Após se dedicar em sua carreira profissio-


Ubaense Ausente Arquivo Pessoal

nal, Matilde se deparou com uma nova ocupação, a qual não gosta de chamar de trabalho, mas sim, de um hobby: a pintura. “Nunca havia passado pela minha cabeça ser uma artista plástica, foi por acaso. Leila, uma antiga amiga, que morava no mesmo condomínio na Barra da Tijuca, ministrava aulas de pintura e um dia, em março de 2002, me convidou para fazer uma aula. Não tinha pincéis nem tintas,

então ela me disse: compre telas em branco que eu te empresto as tintas e os pincéis. E assim comecei e amei”, relata a artista que hoje coleciona prêmios significativos que recebeu durante sua trajetória artística. Exposições nacionais e internacionais estão entre suas realizações conquistadas como artista plástica, as quais o auxiliou em sua carreira artística.

De Juiz de Fora a Paris e Do Rio de Janeiro a Dubai, Matilde não deixa apenas sua arte em exposição, mas também seu amor e dedicação pelo que se propôs a fazer. Mãe, avó, economista e artista plástica, são funções que nossa Ubaense Ausente desta edição desempenha com orgulho. Confira sua história e o bate-papo a seguir!

ENTREVISTA RF: Você é natural de Ubá? Quais as suas maiores recordações do tempo de criança? MM: Nasci em Senador Firmino e fui para Ubá com seis meses, em novembro de 1949. Tenho muitas recordações felizes da minha infância e adolescência. Jane Barletta e Maria Elizabeth Peixoto foram minhas primeiras companhias. Crescemos e novos amigos começaram a fazer parte de nossas vidas. Naquela época, vivíamos num mundo que infelizmente não existe mais. Éramos livres, leves e soltos, éramos crianças, brincávamos como crianças e tudo era alegria. Bandeirinha, queimada e corre cotia eram nossas atividades prediletas na Praça São Januário. Subir em árvores, saborear a manga calotinha, andar de bicicleta, patins, patinete, soltar pipa e brincar na casa de amigos também nos di-

vertia. Além disso, uma das coisas que mais gostava de fazer era dançar. Amava as aulas de balé clássico, mas dançava todos os ritmos. Do clássico ao twist e rock and roll. RF: Ao se unir com seus amigos, qual tipo de local era frequentado? Qual era a frequência? MM: Costumávamos ir ao cinema aos domingos, passeávamos na Praça São Januário, encontrávamos em nossas casas e também nos clubes, geralmente nos fins de semana ou durante a semana quando havia algum evento. Nós, meninas, tínhamos o costume de frequentar mais assiduamente nossas residências para estudar e conversar. RF: Quando você saiu da cidade? Qual idade ti-

Casa em que Maria Matilde viveu até seis meses de idade na cidade de Senador Firmino.


Ubaense Ausente

Jardim de infância da artista no Sacré-Coer de Marie em Ubá.

Formatura da turma de Matilde em dezembro de 1967 no Sacré-Coer de Marie.

nha? Qual foi o motivo? Para onde foi inicialmente? MM: Sai de Ubá aos 21 anos, em março de 1971. Meu querido pai havia falecido em novembro do ano anterior e foi uma grande tristeza para todos nós. Meus irmãos já moravam fora, então vim com minha mãe para o Rio de Janeiro, a princípio, para passar uma temporada com meu irmão Gastão, mas acabamos permanecendo aqui. RF: Onde se formou? Conte-nos um pouco sobre a época de faculdade. MM: Assim que me mudei para o Rio, acabei fazendo vestibular na PUC para o curso de Economia e passei. A PUC funcionava em sistema de créditos por períodos. Tínhamos as matérias obrigatórias e as eletivas, que podíamos escolher. Com isso pude frequentar aulas em outras áreas. Foi muito interessante. Fiz diversas amizades na faculdade, um tempo de bastante estudo, corre-corre, mas que deixou saudade. Quando estava no 5º período, fui convidada a fazer estágio no Banco Nacional da Habitação e comecei a trabalhar como estagiária em janeiro de 74, sendo contratada como economista em abril de 76. RF: Sempre sonhou em ser artista plástica? Houve influência de alguém? MM: Foi por acaso. Uma amiga, Leila, que morava no mesmo condomínio na Barra da Tijuca, tinha aulas de pintura e, em março de 2002, me convidou para assistir. Eu não tinha pincéis nem tintas. Ela me disse; ‘compre telas em branco que eu te empresto as tintas e os pincéis’. E assim comecei e amei! RF: Onde você busca inspirações para produzir 44 Revista Fato! - Outubro 2018

suas artes? Quem foram seus orientadores? MM: É difícil dizer onde busco inspiração. Às vezes pela internet ou vendo uma gravura, outras vezes a inspiração simplesmente vem. Quando comecei a pintar minha série “Santa Ceia” – uma reflexão sobre o mistério da fé, algo incrível aconteceu. As ideias surgiam rapidamente. Acho que fui inspirada pela minha crença, pois através das minhas telas, poderia levar as pessoas a refletirem sobre a sagrada Eucaristia. Resolvi, então, fazer uma homenagem aos grandes mestres da pintura. Fui à Europa, visitei os principais museus e estudei bem as pinceladas de alguns deles para transmitir, através de minhas telas, este momento de amor da nossa religião. Césanne, Di Cavalvanti, Emeric Marcier, Monet, Picasso, Rembrandt, Salvador Dali, Scliar, Seurat, Van Gogh e outros foram minha inspiração. Ao todo, foram 56 santas ceias em estilos e técnicas diferentes. Represento simbolicamente o corpo e sangue de Cristo com pão ou hóstia e um cálice maior e a figura dos 12 Apóstolos com cálices menores. Outra série que gostaria de destacar é a Via Sacra. São 14 telas, onde representei Jesus Cristo com as mãos, e estão expostas permanentemente na Igreja dos Santos Anjos, no Bairro do Leblon, no Rio de Janeiro. As mãos de Cristo são muito representativas, pois por meio delas Ele abençoava e curava. RF: Você já participou de diversas mostras coletivas, inclusive fora do Brasil. O que isso agregou para você? Qual mais marcou? MM: Sim, participei de muitas exposições coletivas e salões de arte no Brasil e no exterior, além das minhas exposições individuais. Sempre agregamos alguma coisa, pois cada artista tem um olhar diferente e exprime isso através de sua tela. Aprendemos muito com as diferentes técnicas e estilos. É difícil dizer qual mostra foi mais marcante para mim. Foram várias que me fizeram feliz e realizada. Dos salões de arte destaco o “Salon du Louvre” em Paris e o de Belas Artes do Clube Militar, aqui no Rio, quando minha tela foi a capa do catálogo. Das exposições coletivas destaco a de Dubai, em 2010, e a recente “Pintar para imortalizar”, em Juiz de Fora. Talvez a maior emoção tenha sido a bênção e inauguração da Via Sacra, na Igreja dos Santos Anjos, Rio de Janeiro/RJ, na primeira sexta-feira da quaresma de2014. RF: Quais premiações você já ganhou na sua trajetória? Qual foi mais especial para você? MM: Recebi diversos prêmios e homenagens especiais como reconhecimento profissional nas artes plásticas. Fui laureada, em Jun/2010, com Medalha de Bronze pela Academie de Arts, Scienceset Lettres de Paris e recebi em Portugal, o Prêmio Excelência em 2014 pelo Círculo de Escritores Moçambicanos na Diáspora e a Comenda Castro Alves. A

mais especial e emocionante foi a medalha de ouro do Clube Militar pela surpresa de projetarem a minha obra como a mais importante do salão e também ser a capa do catálogo da exposição. RF: E as realizações pessoais, quais trouxeram mais felicidade? MM: Tive muitas realizações pessoais como economista. Sabia que nosso trabalho na área de saneamento beneficiava muitas pessoas, mas me emocionei quando, ao assistir a inauguração de um sistema de abastecimento de água, na favela do Tirol aqui no Rio, uma senhorinha se aproximou de mim e veio agradecer emocionada porque, pela primeira vez, a água corria pela torneira em sua casa. No entanto, a maior realização pessoal foi meu casamento com meu querido marido Humberto e o nascimento de nossos filhos e netos. RF: Alguns vínculos que fazemos na infância são para uma vida toda. Você ainda tem amigos desse período? MM: Ainda tenho muitos amigos de longa data, inclusive tive a oportunidade de encontrar com alguns no ano passado, em Itaipava, na comemoração dos 70 anos do Abacatinho, e no mês de novembro em Ubá, quando festejamos 50 anos de formadas no Colégio Sagrado Coração de Maria. Já o grupo composto por Beatriz, Fernanda, Jane, Ligia e Bebeth, se reúne pelo menos uma vez por ano, quando viramos crianças de novo. São 69 anos de amizade como amigas-irmãs. RF: O que a sua família representa para você? MM: Minha família representa o melhor de mim. Tudo que sou e construí devo aos meus pais, irmãos, ao meu marido e sua família, que me acolheu como filha. RF: Qual seu sentimento em relação à Cidade Carinho? MM: Meu sentimento com relação à Cidade Carinho é de muitas saudades, de tudo e de todos, dos anos ali vividos, de muitas lembranças felizes dos amigos queridos que fizeram e ainda fazem parte da minha vida, inclusive há um irmão de meu pai, tio Rui Toledo e família, que ainda reside em Ubá. Somente uma lembrança triste, pela perda de nosso amado pai. RF: Você realizou algum grande sonho? Conte-nos qual! E há ainda algum não realizado? Se sim, compartilhe conosco. MM: Sim, conhecer a Terra Santa. Foi uma viagem incrível, percorrer aqueles lugares onde Jesus nasceu, viveu e morreu, é emocionante e inesquecível.


Foto: Fotografe

Beleza e Estética Especialista em micropigmentação de sobrancelhas - (32) 9.9916.6806. Rua Gorasil de Castro Brandão, 54, Cibraci, Ubá/MG. Av. Raul Soares, 180, Centro, Ubá/MG. (Shalom Cabeleireiros).

Fran Mendes

A importância de um bom

A

s sobrancelhas possuem um papel importante na valorização da expressão do olhar. Para realçar ainda mais a beleza dos traços, o design é uma técnica indispensável para aqueles que querem deixar o rosto mais harmonioso com um formato de sobrancelha ideal. São tantas as técnicas, que apenas um bom profissional é capaz de realizar um trabalho seguro e eficaz. Confira as dicas para a escolha de um profissional adequado para os procedimentos de micropigmentação! RF: Sabe-se que para a realização de procedimentos estéticos é necessário escolher muito bem o profissional e na micropigmentação não é diferente. Diante disso, como saber se um designer está devidamente preparado para o processo? FM: Na verdade, o excesso de curso não faz um bom profissional, mas certamente com a realização de muitos aperfeiçoamentos, o profissional tende a realizar um trabalho mais delicado e perfeito. Um bom designer é aquele que consegue enquadrar, de acordo com as possibilidades, um desenho harmonioso de sobrancelhas no rosto de um cliente. RF: O que é preciso se atentar na hora de escolher um bom profissional para os procedimentos da sobrancelha? FM: Ao escolher um bom profissional, procure conhecer o seu trabalho pessoalmente, afinal, hoje em dia existem muitos “truques” feitos em fotos para otimizar trabalhos. Por isso, indico que conheça de perto o trabalho do especialista.

RF:O que é imprescindível em um profissional para que o cliente tenha um bom resultado final? FM: Acreditoque além de ter muita habilidade é de extrema importância que o profissional tenha prática e segurança. RF: Para que o procedimento de micropigmentação seja seguro e fora de riscos, o que o designer precisa saber? FM: Na verdade, para um procedimento seguro, é necessário que o profissional entenda de normas básicas de segurança e higiene, além de sempre trabalhar em um ambiente limpo e tranquilo, pois, a tranquilidade auxilia não só o profissional, mas também seu cliente. RF: De que forma o profissional pode ajudar o cliente a encontrar a sobrancelha perfeita? FM: Nós profissionais, devemos orientar qual seria o melhor designer para cada rosto, no entanto, cabe ao cliente aceitar nossa dica ou não. No meu caso, se o cliente desejar algo que eu ache que realmente não ficará harmonioso, eu prefiro não realizar o procedimento. RF: Em casos de incômodo do cliente, qual a responsabilidade do profissional nestas situações? FM: Investimos no que achamos necessário para o conforto dos nossos clientes e eles assumem o risco ao concordar na realização do procedimento. Infelizmente, a limiar de dor de cada um, varia muito, portanto, não temos como mensurar a mesma, sendo assim, não podemos nos responsabilizar de desconfortos ocorridos durante o procedimento.

Revista Fato! - Outubro 2018


Especial V.R.B. Por Rosiane Souza

Arquivo Pessoal

cores e sensações O TALENTO DO PINTOR DANILO CARELLI

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ada um se expressa à sua maneira e o mineiro Danilo Carelli (39) resolveu expressar-se através dos pincéis e das cores. Natural de Lima Duarte, pequena e acolhedora cidade que compõe a região da Zona da Mata, o rapaz foi criado em uma família de pintores, visto que seus irmãos Carlos e Washington já desenvolviam a habilidade. Ainda na adolescência, fascinado pelo mundo das cores, Danilo decidiu explorar novos conceitos e possibilidades dentro da arte. Transformando sua criatividade em paredes que mais parecem telas por conta de tamanha perfeição, o pintor seguiu carreira no ramo e já soma 20 anos de experiência profissional. Paralelo a atividade, ele decidiu cursar gestão ambiental a fim de unir os conhecimentos desenvolvendo trabalhos como consultor ambiental e paisagista. “A cada dia pensamos mais em ser conscientes em relação ao meio

O artista Danilo Carelli pintando a residência na França.

Uma casa com arquitetura medieval, do ano de 1806.

46 Revista Fato! - Outubro 2018

ambiente, afinal, sustentabilidade nunca esteve tão em pauta como na atualidade”, declara o rapaz que utiliza apenas tintas esmalte à base de água, sem cheiro e com secagem rápida, além de verniz à base de água, mitigando assim, a emissão de compostos orgânicos no ambiente. Residindo há cerca de oito anos na vizinha cidade de Visconde do Rio Branco, Carelli oferece os serviços de pintura decorativa, de interiores e exteriores. Conhecido como o “pintor que não se suja”, em virtude de seu cuidado com a casa do cliente e pelo cálculo preciso de materiais a serem utilizados, o profissional procura evitar ao máximo o desperdício e a sujeira. Em seu trabalho, ele também leva em consideração todo o entorno do local que será pintado, como os móveis e o piso, a fim de obter um resultado harmonioso e que desperte as melhores sensações visuais. Preocupado em se manter sempre atualizado, Danilo se informa através de revistas que sejam referência na área, além de feiras onde tem a oportunidade de conhecer novos produtos e técnicas diferenciadas. Falando em lançamento, o artista ressalta as principais tendências do setor: “o uso livre das cores nunca esteve tão em alta, paredes brancas estão sendo tingidas por tons cheios de personalidades.

Danilo Carelli é autor de pinturas com geométricas com efeito 3D.

As paletas de tons terrosos queimados e cinzas são a novidade do momento e prometem permanecer em evidência nos próximos anos”, afirma o rapaz, que também se destaca por suas pinturas geométricas com efeito 3D. Dono de um talento incomum, Carelli já deixou sua marca em diversos locais no Brasil e no mundo. “Tive a satisfação de conhecer um cliente com residência em Juiz de Fora e no exterior. Fui contratado para atendê-lo em Minas e, posteriormente, em sua casa na França, quando pude conhecer um pouco da cultura europeia”, conta acerca do trabalho realizado em um imóvel de arquitetura medieval, do ano de 1806, situado em uma ilha francesa. Casado com a psicóloga Lívia Amin, uma das grandes incentivadoras de sua habilidade, o papai do pequeno Heitor de 4 anos revela que, para ele, a pintura representa a arte de se expressar e despertar sensações. “Pintar está relacionado à leveza, flexibilidade, identidade do seu trabalho. Já as cores trazem a capacidade de transmitir sensações, representando o equilíbrio entre o efeito e a funcionalidade no ambiente”, finaliza.



Chá das Noivas VRB Por Rosiane Souza

Revista Fato!

REVISTA FATO REALIZA PRIMEIRA EDIÇÃO DO EVENTO EM VISCONDE DO RIO BRANCO

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evido ao sucesso da Mostra Noivas e Festas, a Revista Fato, deta vez em parceria como o Sítio São João realizou mais uma vez um evento especializado em produtos e tendências do mercado de casamentos, o Chá das Noivas. Promovido no dia 23 de setembro, o Sítio São João foi palco para a primeira edição na cidade de Visconde do Rio Branco, onde reuniu 30 fornecedores para exporem seus produtos e serviços para aproximadamente 150 pessoas, entre noivas, acompanhantes e demais visitantes. Com o intuito de deixar a tarde do domingo ainda mais inspiradora, os estandes compuseram o local com doces, lembranças personalizadas, fotografia e filmagem, decoração, viagem, acessórios para noivas, degustação, música e o tradicional

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bem-casado. Além da diversidade de produtos expostos, a organização sorteou ainda, diferentes produtos e serviços oferecidos pelos fornecedores de cada segmento. Aproximadamente dez noivas foram contempladas com desconto na condução do cerimonial, aluguel do Sítio São João, vestido de noiva, vale compras e entre outros brindes. Para a empresária Hérica Maria Lopes da Oficina Cortes a Laser, o Chá das Noivas foi uma excelente oportunidade de expor o seu novo trabalho. Satisfeita com o resultado, ela afirma ter recebido diversas solicitações de orçamentos. “Para nós, o evento foi extremamente positivo, pois estamos entrando recentemente no ramo de noivas e casamentos.” A noiva Michaela Helena de Assis já conta os dias para o enlace matrimonial, que tem data marca-

da para junho do próximo ano. Ela demonstra satisfação com a realização do evento e acredita que sua participação foi importante para a preparação de sua cerimônia, já que declara ter sido um momento de muita descoberta e conhecimento acerca das novidades do mercado de casamentos. Durante o encerramento, a Vivace Ateliê apresentou o desfile com as tendências em vestidos de noivas e look de cerimônia e festa, acompanhados de uma produção impecável de cabelo e maquiagem assinada pelas fornecedoras do evento Ju Bolandini, Mariana Gravina e Vivité. Fechando com chave de ouro, o Armarinho Avenida comandou uma sensacional queima de fogos que encantou os presentes com o espetáculo no céu.


Chรก das Noivas VRB

Revista Fato! - Outubro 2018


Especial Rodeiro Por Natália Meireles

O GURREIRO

APÓS UMA DÉCADA INATIVO, SPARTANO FUTEBOL CLUBE RETORNA AOS GRAMADOS COM ATLETAS A NÍVEL NACIONAL

A escalação do Spartano inclui nomes do futebol nacional, como o meia-atacante Francismar, ex-Cruzeiro, os zagueiros Welton Felipe, revelado pelo Atlético, e Leandro Euzébio, bicampeão Brasileiro pelo Fluminense".

Jogadores do time na primeira partida da Regional LAU 2018, realizada no dia 09 de setembro.

Torcida Spartana no recém-reformado estádio Adolfo Nicolato em Rodeiro.

Leonardo Delazari (Presidente do clube)

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undado no dia 6 de março de 1923 por moradores da cidade de Rodeiro, o lendário Spartano Futebol Clube está de volta! Após se ausentar dos campos durante 10 anos, o time retorna com categoria vibrando azul e amarelo, as cores de seu brasão. Responsável pela volta do Guerreiro – como o clube é conhecido, a nova direção, que assumiu o posto no dia 2 de janeiro deste ano com mandato até o final de 2020, vem trazendo diversas melhorias para o Spartano, desde a formação do time a estrutura do estádio Adolfo Nicolato, reacendendo a chama no coração dos torcedores. Empresário e atual presidente do

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clube, Leonardo Delazari comenta como a volta do Guerreiro trouxe benefícios para o município. “O Spartano promove a causa social através do programa de categoria de base (com crianças e adolescentes entre 4 a 15 anos de idade) onde trabalhamos em prol da formação não apenas de atletas, mas principalmente de cidadãos. Além disso, a participação do time adulto no Regional da Liga Atlética Ubaense – LAU traz para Rodeiro um movimento considerável no comércio e oportunidade de lazer para os moradores”, destaca. Os apaixonados pelo clube estão animados com a novidade, exemplo disso é o ilustre cantor e compositor Zé Geraldo, natural de Rodeiro e conhecido por seu talento para a música aliado ao fascínio pelo futebol. “Fiquei muito feliz com o retorno do Spartano, pois sou amante do futebol, além de ser muito ligado aos

ex-jogadores do time, são amigos queridos que inclusive menciono em algumas canções. A cidade sempre teve tradição no esporte e, com esse grupo de empresários jovens que tomou a iniciativa de estar à frente do clube, eu fiquei contente com a notícia da volta. Tive o prazer de estar presente no jogo de estreia e dar o pontapé inicial na partida. Quanto aos outros jogos, vou acompanhando de longe, pois sigo viajando para tocar, mas fico muito feliz com esse momento. Acho que o município não pode ficar de fora dos campeonatos da região”, declara. O presidente do clube explica que, para se associar, basta ter idade igual ou maior a 13 anos, ressaltando que menores de 18 anos devem ter autorização do responsável. Os benefícios variam de acordo com cada modalidade em que o membro se associa: bronze, prata, ouro, platina ou diamante, incluindo desde acesso especial ao estádio a descon-


Especial Rodeiro Gabriel Juste

tos gradativos em produtos com a marca Spartano. Segundo Leandro, a nova gestão viu a necessidade de melhorias para o estádio e para o time por conta do tempo em que ele esteve desativado. “Dentre os avanços efetuados, reativamos o CNPJ do Spartano, elaboramos um sistema de irrigação para o gramado e estamos substituindo a parte elétrica do estádio, investindo e zelando pela infraestrutura do clube. Melhoramos o suporte de treinamento, desenvolvemos os produtos e criamos a loja, assim como o programa Sócio-Torcedor Spartano, que visa fidelizar os torcedores. Investimos também na contratação de atletas de alto nível e conseguimos um técnico com experiência no intuito de montar um time competitivo”, explica o presidente. A escalação do Spartano inclui nomes do futebol nacional, como o meia-atacante Francismar, ex-Cruzeiro, os zagueiros Welton Felipe, revelado pelo Atlético, e Leandro Euzébio, bicampeão Brasileiro pelo Fluminense. Como não há uma preparação a longo prazo com os jogadores, pois a maioria mora em cidades distantes, um dia antes do jogo, eles se hospedam hotel e restaurante Coqueiral e, após a partida, retornam para suas respectivas cidades. Embora ainda não tenha conquistado nenhuma taça este ano, o time desponta na briga

pela liderança do Campeonato Regional da LAU, empolgando os torcedores que seguem na expectativa de duelos cada vez mais emocionantes. “Passamos por um período de reestruturação recente, portanto, não há possibilidade de disputar outras competições, mas há um grande desejo no coração da torcida para que o clube possa um dia disputar campeonatos profissionais”, finaliza o empresário.

JOGADORES DO TIME ATUALMENTE: Goleiros: Leo Flores e Marciel Zagueiros: Leandro Euzébio, Welton Felipe e Lucas Laterais: Walace Santos, Walace Miliolini e Mário Júnior Meio campistas: Lima, Renan Pantera, Renan Mello, Leo Rocha, Renan Teixeira, Igor Salles Atacantes: Francismar, Wiliam Chrispim, Charles Chad Técnico: Ronaldo “Cheiroso” Auxiliar Técnico: Marco Antônio “Manga” Massagista: Paulão Preparador físico: Fernandinho Roupeiro: Zezé

MEMBROS DA DIRETORIA DO CLUBE: Presidente: Leonardo Delazari de Oliveira Vice-presidente: Edvaldo Gonçalves Primeiro secretário: Cristiano Gomide Segundo secretário: Álvaro José Teixeira Primeiro tesoureiro: Diogo da Silva Vaneli Segundo tesoureiro: Ricardo Gonçalves Lopes Diretor técnico: Júlio César Oliveira Pacelli Diretor social: Jander Fernandes Teixeira Conselho fiscal: Gilson Fernandes Teixeira, Alex Vieira de Souza, Henrique Teixeira Conselho fiscal suplente: Cosme Vinicius Gomes de Oliveira Mendes, Lucas Teixeira Lima, Pedro Henrique da Silva Teixeira Presidente do conselho deliberativo: Ramon da Silva Vaneli Gestor de comunicação: Gabriel Contin Michetti


Abrindo o Closet Por Vanessa Santos Fotos: Cássio Fotografias; Beleza: Alerrandro Martins; Agradecimento: Jô Caciano.

Nome: Larissa Simões; Idade: 33; Profissão: Consultora de Imagem e Estilo; Signo: Peixes; Um ídolo: Costanza Pascolato; Um sonho realizado: ser mãe; Um sonho a se realizar: ver meu filho crescendo; Uma frase: “O maior valor da vida não é o que você obtém. O maior valor da vida é o que você se torna”. (Jim Rohn)

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Abrindo o Closet “O que você tem todo mundo pode ter, mas o que você é... Ninguém pode ser”. Essa é umas das máximas que regem a vida de Larissa Simões. Aos 33 anos, ela é um misto de elegância, simpatia e determinação. Sempre com um sorriso estampado no rosto, a consultora de imagem e estilo segue motivada pela oportunidade de transformar o visual e, sobretudo, a autoestima das pessoas. De uma maneira bem leve, ela concilia sua vida pessoal e profissional ao lado do marido, Rodolfo, e do pequeno Iago, seu filho e maior motivo da sua felicidade. Descontraída, ela abriu o closet para a Revista Fato! em uma tarde gostosa e um bate-papo muito bacana mostrando que a moda envolve muito mais do que se imagina. POR DENTRO DO CLOSET Dona de um estilo próprio, Larissa não dispensa o conforto e a segurança na hora de se vestir. Entre as suas peças favoritas, está o prático combo que mistura: tênis, jeans e t-shirt. Seus looks prezam sempre pela autenticidade e, segundo ela, é preciso compreender o quanto o visual revela sobre a personalidade, bem como a impressão que se deseja transmitir.


“Quando identificamos o nosso estilo e descobrimos a importância da imagem pessoal em nosso dia a dia, passamos a entender como ela influencia em nossa vida pessoal e profissional”, afirma. A consultora de imagem destaca que o real conceito de moda está longe de ser um estereótipo, caracterizando, sobretudo, uma forma de expressão. “A moda é um universo de possibilidades e estilos para as pessoas aproveitarem e serem elas mesmas sem criar padrões do que podem ou não usar, afinal, a nossa essência vai muito além disso”, destaca a profissional que, em sua atuação, busca valorizar a identidade das pessoas.

POR DENTRO DO TRABALHO Embora tenha se graduado em enfermagem, a paixão pela moda falou mais alto e Larissa decidiu investir no ramo. Formou-se em consultoria de imagem e estilo pelo SENAC Minas Gerais e também estudou corte e costura pela mesma instituição. Atualmente, ela atende a diversos tipos de consultoria, além de oferecer serviços como: guarda-roupa inteligente, personal shopper, coloração pessoal e visagismo. Segundo ela, diferentemente do personal stylist, cujo foco se atém ao visual do cliente, respeitando as tendências que o favoreçam, a atuação do consultor de imagem é mais ampla, pois a mudança acontece de dentro pra fora, levando em consideração a personalidade, o comportamento e o estilo de vida da pessoa. “O profissional deve cuidar da imagem completa do cliente, preocupando-se mais com a projeção dessa imagem do que com a moda propriamente dita, absorvendo das tendências somente o que mais valoriza e identifica o perfil do indivíduo, ou seja, a roupa deve ser apenas uma ferramenta para transmitir com mais clareza a mensagem de estilo”, explica sobre a atividade que

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desenvolve a aparência, o guarda-roupa, cabelo, rosto, maquiagem, etiqueta, comunicação verbal e não verbal e, principalmente, o estilo pessoal. Larissa ressalta que, ao contrário da ideia que se tem comumente, o consultor não vai desfazer das peças que o cliente já tem, e sim, reutilizá-las de maneira que possa favorecê-lo. “É um processo de autoconhecimento e segurança, que faz com que você aprenda a usar suas roupas a seu favor a fim de obter novas possibilidades. Mas, uma coisa que as pessoas precisam ter certeza é que, ao contrário do que se vê nos programas de TV, ninguém vai chegar na sua casa e jogar tudo no lixo”, esclarece afirmando ainda que a profissão vai muito além da estética. “Eu resumo em uma palavra: transformação. É fantástico como todo esse processo resgata a autoconfiança das pessoas. Sinto-me realizada em poder ajudá-las

a entenderem o poder da imagem e da inteligência visual”, diz.

POR DENTRO DA INTIMIDADE Além do prazer em trabalhar, Larissa aproveita seu tempo para praticar atividades físicas, um dos hobbies que compartilha em suas redes sociais, onde também dá dicas de beleza, moda e comportamento. Com uma rotina agitada, ela conta com o suporte do marido, Rodolfo, seu grande parceiro na vida pessoal e profissional. Fruto do amor do casal, há 4 anos nasceu Iago, o pequeno que hoje faz a alegria da casa. “Um filho muda quase tudo! Mas foi a melhor mudança da minha vida. A maternidade me tornou uma mulher mais madura e dedicada”, revela sobre a experiência de ser mãe destacando o vínculo que une a família. “Nossa relação é de muito amor, paciência, amizade, carinho e de constante aprendizado. Eles são minha base, meu refúgio, meu tudo!”, declara. Transparente, determinada, mas “meio teimosa”, como ela mesmo se define, Larissa é uma mulher decidida e destemida, que vive cada emoção à flor da pele. “Sou uma pessoa amiga, companheira e muita intensa”, afirma desfrutando de cada dia com o vigor de quem está sempre em busca de realizar e evoluir.








FICHA TÉCNICA Beleza: Alerrandro Martins; Modelos: Giovanna Pires e Arthur Moreno; Fotografia: Servando Lopes; Looks: Loja Hitz; Óculos: Óticas Carol; Acessórios: Annas Joias; Locação: Horto Florestal de Ubá.


Foto: Servando Lopes

Marcela Corbelli

Pisicologia Psicologa, Graduada pela Universidade presidente Antonio carlos. Pós graduada em gestão de pessoas. Grupo de estudos e orientação em psicanálise. Cursando psicanálise com crianças e adolescentes. CRP 04/30.453

pais Quando os

se separam

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s casos de separação de casais estão cada vez mais recorrentes em nossa sociedade e, apesar de ser um tema comum, ainda há muitas dúvidas na forma de condução desse processo quando o assunto envolve os filhos. Toda separação causa sofrimento tanto para o homem quanto para a mulher e, quando o casal possui filhos, os sentimentos ficam confusos e essa decisão acaba sendo adiada. Precisar estar atentos para o fato de que um ambiente familiar infeliz onde os pais se tratam com hostilidade, é muito mais prejudicial à saúde física e mental da criança do que um processo de separação bem conduzido pelo casal, pois, apesar das dificuldades que o divórcio proporciona, pais e filhos poderão construir relações mais gratificantes. COMO CONDUZIR ESSE PROCESSO DE MANEIRA MAIS SAUDÁVEL?

Um diálogo aberto e sincero com os filhos é muito importante. Os pais não precisam contar os detalhes que os levaram a se separarem, mas é necessário que esclareçam às crianças alguns pontos para que eles não se sintam responsáveis pela separação. É fundamental também que os pais esclareçam aos filhos que o fato de se separarem não faz com que deixem de serem seus pais e de amá-los. Que o carinho e amor que sentem pelos filhos não irão mudar, porém, acontecerão alterações em suas rotinas e serão necessárias novas adaptações. QUAIS REAÇÕES AS CRIANÇAS PODEM APRESENTAR? Este momento é considerado um dos mais estressantes na vida da criança. Cada uma delas irá reagir de alguma forma e os comportamentos po62 Revista Fato! - Outubro 2018

dem variar de acordo com a idade e com a estrutura psicológica da criança e dos pais. A separação e o divórcio podem desencadear na criança algumas fantasias. Ela pode pensar que se os pais deixaram de se amar, ela deixará de ser amada por eles a qualquer momento, ou ainda acreditar que os pais se separaram por sua culpa, por ter feito ou dito algo errado. A criança entende que os papéis de marido, mulher, pai e mãe são indissociáveis. Assim, ela leva um tempo para compreender que embora o casal tenha se desfeito, eles não abandonarão seus deveres de pai e mãe. Todas essas fantasias deixam as crianças ansiosas, podendo reagir a esses eventos de diversas formas, como, por exemplo: com agressividade, sintomas depressivos, irritabilidade, birras, queda no rendimento escolar, ou até mesmo regredindo. O QUE OS PAIS NÃO PODEM FAZER AOS FILHOS DE FORMA ALGUMA NO PROCESSO DE SEPARAÇÃO? Deve ser evitado ao máximo expor os filhos, como usá-los como objetos de chantagem por uma das partes, ou tentar denegrir a imagem de um dos pais falando mal dele para os filhos. A criança deve ser respeitada, esse tipo de situação pode gerar conflitos para a criança, que muitas vezes, ainda pequena, acaba convivendo com uma demanda emocional muito complexa.

QUANDO PROCURAR AJUDA PROFISSIONAL?

Os pais devem estar atentos a todos os comportamentos da criança em todo processo da separação. É muito comum a criança apresentar sintomas de tristeza, perda de apetite, queda no desempenho escolar e maior isolamento. A consulta com um psicólogo pode ajudar a orientação dos pais em como lidar com os filhos e ampará-los dando suporte emocional para expor suas angústias, medos e fantasias. Há casos também que os pais buscam ajuda de um psicólogo antes mesmo de iniciar o processo de separação para receber orientações prévias de como conduzir o processo, o que possibilita ótimos resultados. O mais importante é que os pais busquem resolver seus conflitos longe da presença dos filhos e que demonstrem todo seu amor e cuidado, certificando de que o que muda é apenas a relação do casal e não a de pai, mãe e filho.

(32) 9 9958-4697

(agendamento de consultas pelo telefone)

Rua Cel. Carlos Brandão, 99 Sala 303, Centro, Ubá/MG



Trend Por Vanessa Santos

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LINGERIE VIRA PEÇA-CHAVE NO LOOK FEMININO

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Foi-se o tempo em que se escondia a lingerie embaixo da roupa. A moda agora é usar e abusar dessa peça que vem se tornando uma verdadeira febre mundial. Através da tendência outwear, que caracteriza o uso da lingerie à mostra, a peça ganhou espaço no look da mulherada. Seja através de uma sobreposição, transparência, decote ou renda, vale brincar com a lingerie montando composições para a noite ou até mesmo para o dia, desde que utilizadas de maneira sensata. Confira as sugestões da Nycole Lingerie e aposte na elegância e sensualidade que há em você.

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Fotos: Pedro Roque Fotografia; Make Hair: Alerrandro Martins; Modelo: Vanessa Honório; Agradecimentos: Antares, Thaís Matos Atelier e A Soberana.

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Trend

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Foto: Fotografe

Cássio Fotografias

Moda Festa Estilista e Proprietário do Ateliê Mário Coelho Moda, Festa, Noiva e 15 Anos.

Mário Coelho

Uma cor alegre, que proporciona sensação de bem-estar, harmonia, equilíbrio e que simboliza a natureza, é o tom Verde-Esmeralda. Por estar ligado a uma pedra preciosa, ele remete à sofisticação. Além de serem bastante versáteis, os looks produzidos podem ser usados no dia ou à noite. Os vestidos da tonalidade são sucesso nessa temporada e a cor pode ser usada por mães de noivos ou formandas, além de ser uma ótima opção para as noivinhas escolherem para suas madrinhas, fugindo um pouco do azul e do rosa, já que foram as cores queridas das noivas desse ano. O verde também pode trazer muita elegância ao casamento!

Modelo: Débora Almeida; MakeHair: Alerrandro Martins; Foto: Cássio Fotografias; Vestido: Mário Coelho. 66 Revista Fato! - Outubro 2018



Por Toda a Minha Vida Por Scarlett Gravina

Revista Fato!

Maycon Douglas Henrique, jornalista e pós-graduado em Marketing Digital.

Maycon Douglas Henrique PROTAGONISTA DE SUA PRÓPRIA HISTÓRIA

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u te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. Uma das frases mais emblemáticas do clássico “O Pequeno Príncipe”, traz para nós, leitores, uma mensagem engrandecedora, que acompanha um significado simples, mas que também sugere outra reflexão: a responsabilidade emocional. O que o autor enfatiza na obra, é que quando somos cativados por algo ou alguém, nos tornamos responsáveis pelos sentimentos que provocamos no outro. A história que contaremos a seguir não se baseia no clássico infantil, mas assim como o princepezinho, o personagem desta edição escolheu se comprometer com uma difícil missão: a arte de cativar. A gargalhada inconfundível, o bom humor constante e a alegria estampada em um semblante sereno, compõem as particularidades de Maycon Douglas Henrique. Nascido em Ubá e criado no bairro São Domingos, o jovem preserva em sua memória uma infância repleta de momentos significativos, alguns, fazem parte de boas lembranças, outros, integram situações difíceis para uma criança, mas que o ajudaram a escrever sua história. Hoje, aos 27 anos, Maycon é conhecido pelo seu alto astral e seu jeito admirável de ver a vida. “Fui uma criança muito feliz, brincava na rua, chamava a vizinhança para brincar de pique e queimada. Sempre gostei muito de dança, tenho uma lembrança de quando fizemos um palanque em frente a casa do meu avô, dançávamos e nos divertíamos muito. 68 Revista Fato! - Outubro 2018

Presenciei algumas situações familiares tristes, mas sempre fui uma pessoa muito feliz, quem me conhece nem imagina que eu passei por tanta coisa, que eu vi muita coisa. Mas recebi muito apoio da minha avó, ela é minha rainha, a fé que eu tenho e o lado bom de ver a vida vem dela, ela sempre ficou ali, segurando a barra. Nunca deixei as partes tristes me abater, tenho mais coisas boas do que momentos ruins para contar”, afirma. Ainda na infância, aos 12 anos de idade, Maycon se mudou para o município de Senador Firmino, onde residiu com sua avó por cerca de oito anos. A cidade ficou marcada por um cenário importante em sua trajetória, mas mal sabia ele que ali, naquela pequena cidade, sua vida estaria prestes a mudar. A dança, como ele mesmo afirma tanto gostar, foi responsável por um ciclo que se iniciou aos seus 14 anos. “Comecei como voluntário em uma escola para crianças. E aí repercutiu, mais tarde já estava cobrando e dando aulas de dança para crianças e adultos. Apresentava nas exposições da cidade e nas horas cívicas da escola, na época, um professor até me disse que eu poderia cursar dança, aquilo mexeu muito comigo”, relembra saudoso. Dois anos depois, surgia uma nova paixão: a rádio. Assim como a dança, Maycon não poderia imaginar que um mero passatempo poderia se transformar em uma ponte para o início de sua carreira profissional. Convidado para ser locutor em uma pequena rádio da cidade, o então adolescente sem pretensão com aquele convite, não deixou es-

capar a oportunidade e fez o que sabia de melhor, seguiu sendo ele mesmo. “De repente, me ligou uma ouvinte, a Maria Helena. Elogiou-me, disse que adorava meu programa e me falou para tentar um teste na Rádio Firminense, uma rádio comunitária, legalizada e que tinha uma abrangência e aquilo pra mim era uma surpresa. Ela entrou em contato com o diretor da Rádio e marcamos o teste. Lembro que estava tremendo, morrendo de medo. O Julinho, diretor da rádio me deixou sozinho e foi escutar em casa. No outro dia, ele me disse que havia passado no teste e que precisava pensar em um nome para meu programa. Foi aí que nasceu o Maycon Douglas, meu nome artístico”, conta. Conduzindo o Comando Jovem, seu programa na época, o fez perceber que não estava apenas fazendo seu papel de locutor, mas também despertava algo nas pessoas que de início, não entendia. Com o bordão “amigo e ouvinte fiel”, os momentos no estúdio, para ele, já era uma realização. Entre pesquisas populares que o determinavam como locutor destaque e amizades construídas durante seu tempo na rádio, Maycon descobriu o que fazia seu coração vibrar. “Ganhei camisas de fã-clube e fiz carteirinha para meus ouvintes. Por ser uma rádio comunitária e de uma cidade pequena, a resposta era incrível, eu não tinha a dimensão daquilo que eu falava, eu não sabia que tocava tanto as pessoas. Minha despedida foi em 2011, fiquei por quase cinco anos na rádio, foi muito forte pra mim, eu chorei muito. Foi lá que decidi cursar o jornalismo, esta-


Por Toda a Minha Vida va muito envolvido com a rádio”, descreve. Sabe-se que é preciso encerrar um ciclo para que um novo se inicie. Foi exatamente diante desse recomeço que Maycon se viu determinado para uma nova fase, a faculdade. Ao visitar a Fagoc, Faculdade Governador Ozanam Coelho e se deparar com um estúdio de rádio, naquele momento, o sonho começava a criar forma. “Fiz a matrícula para o vestibular de jornalismo no último dia de inscrição. Pedi dinheiro emprestado ao meu avô e fique muito feliz em ter passado, era uma vitória. Na época, eu achei que teria que parar com a faculdade por conta do custo, mas o diretor da Rádio, onde eu ainda estava trabalhando, demonstrou interesse em me ajudar, aumentou o meu salário e me ajudou com o custo do ônibus. Com o meu salário consegui me manter e até hoje não paguei meu avô”, conta com humor. Seu percurso acadêmico foi essencial para suas conquistas e para o profissional que se tornou. Em 2013, no ano da conclusão do seu curso, Maycon precisou fazer uma escolha que poderia definir seu futuro profissional: “terminei a graduação e uma semana após minha aula da saudade me ligaram oferecendo para eu trabalhar aqui na Fagoc. Fiquei muito feliz e preocupado. Não tinha nem formado e já havia essa oportunidade de entrar na equipe de marketing como assessor de impressa. Pensei

muito, fiquei na dúvida entre o certo e o duvidoso. Mas aceitei a proposta, paguei pra ver. Foi outro momento muito importante na minha vida, este ano completo cinco anos na instituição, cresci muito e venci alguns desafios. É muito bom ver como eu era e como estou hoje e principalmente, onde eu estou”, conta feliz ao relembrar de sua caminhada. Respondendo pela coordenação do setor de marketing e comunicação da Fagoc, hoje o jornalista consegue enxergar a dimensão da sua capacidade como profissional. Realizado e grato com tudo que vem conquistando, assim como ele mesmo afirma, pode-se dizer que ele se redescobriu, com todas as suas experiências e realizações. “Sou muito grato à instituição, eu acho que esse fator de gostar do que eu faço e de vestir a camisa, acaba tirando o medo e a preocupação que fica de não saber se darei conta. Minha responsabilidade aumentou, mas vou continuar me dedicando ao máximo. Ver que eu entrei aqui como estagiário da rádio e agora efetivamente sendo supervisor e respondendo à coordenação, é muito gratificante. Não foi fácil, mas valeu a pena”, afirma. Ao ser questionado sobre seu sucesso, o jovem acredita que seu crescimento reforçou sua autoconfiança e, para ele, um dos principais atributos que contribuíram para suas conquistas, foi a determinação e o amor por tudo que escolheu fazer.

De todas suas características, além da alegria contagiante, Maycon não esconde a empatia, o cuidado e a preocupação com aqueles que de alguma forma escolheram fazer parte de sua vida. “Talvez o segredo para o meu sucesso seja essa forma de olhar para o outro e na minha entrega em tudo que eu faço. Sou uma pessoa bem resolvida, gosto de mim, mas também gosto de fazer o outro sorrir. Se eu puder ser gentil com uma pessoa e fizer o dia dela mudar, está tudo bem. A gente não sabe o que o outro está passando, a vida é um iceberg, não sabemos o tanto de coisa que ela passou. Eu tenho esse cuidado, com minhas palavras, minhas atitudes, como eu vou afetar alguém, eu tenho essa preocupação. Todo mundo enfrenta alguma batalha, minha obrigação, é ser afável. Sempre”, declara. Ao relembrar de sua trajetória, Maycon se revela uma pessoa emotiva, daquelas que sorriem com os olhos e que sabem que a felicidade está nos pequenos detalhes. Felicidade essa, encontrada em uma música que o faz dançar, no final de semana junto com sua família, nos momentos de descontração com seus amigos e nas histórias que gosta de compartilhar. Para ele, estar vivo não é o bastante. É como a música que ele gosta de cantar: “celebrar, como se amanhã o mundo fosse acabar”.




Foto: Pedro Roque Fotografia

Nathália Carvalho Costa

Divulgação

Gestão e Negócios Bacharel em Administração e Licenciatura em Matemática. MBA em Gestão Estratégica de Pessoas. Mestre em Economia Doméstica. Doutoranda em Educação. Sócia-Administradora da Clínica Ser Natural e Professora da FAGOC Contato: nathaliacarvalhoadm@gmail.com

A IMPORTÂNCIA DA

Gestão em

SAÚDE

PARA PROMOÇÃO DO BEM-ESTAR FÍSICO, MENTAL E SOCIAL DO PACIENTE

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e todos os meses do ano, é em outubro que se percebe uma grande mobilização em prol da saúde, sobretudo no que diz respeito a Prevenção do Câncer de Mama, doença que acomete 56 mil brasileiras anualmente, sendo considerada um caso de saúde pública em virtude de sua alta incidência, conforme prevê a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). Se analisarmos melhor essa frente, constataremos que a prevenção deveria ser um assunto em voga durante o ano inteiro, posto que todo cuidado é para salvaguardar a saúde humana, que de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) é definida como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não, simplesmente, a ausência de doenças ou enfermidades”. Ou seja, zelar pela saúde vai além de tratar de uma doença e abordá-la de forma isolada, pois envolve compaixão, empatia, foco no paciente e no melhor atendimento para superar suas expectativas. É nesse aspecto que evidencio a importância da Gestão em Saúde e destaco que ela trans-

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cende os limites tradicionais de gestão focados na competitividade, produtividade e inovação, assumindo também os resultados e a responsabilidade pelo cuidado do ser humano como um todo, por completo. Quem atua nessa área de negócio necessita avançar para uma gestão que contemple práticas integradas e necessárias ao acolhimento do paciente, incorporadas em um atendimento chamado de humanizado. Essa forma de gestão reforça o vínculo

da organização com o indivíduo, repercutindo no aumento dos resultados positivos nos tratamentos por conta da abordagem focada no bem-estar e capaz de minimizar ou até extinguir quaisquer interferências negativas, de cunho físico, mental ou social. A humanização torna a relação mais flexível, social, respeitosa, envolta em uma busca constante de harmonia e um bom relacionamento de todos, visando sempre um atendimento integral do paciente e a ética no contato pessoal, aplicada por todos os profissionais da equipe, desde a recepção aos consultórios, do espaço físico a comunicação eficaz, e até mesmo na atenção dada aos familiares e acompanhantes. Fornecer um ao cliente um suporte capaz de suprir suas necessidades e expectativas é um desafio para qualquer segmento de negócio e, na saúde, ele pode ser ainda mais complexo, mas é possível se aproximar da excelência através de um atendimento personalizado. Não se pode tratar a saúde e o paciente como meras fontes de lucros e receitas, afinal, estamos tratando e cuidando de vidas, de pessoas, e são elas os protagonistas dessas instituições.


Foto: Servando Lopes

Alexandre Gouvêa

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Divulgação

Ouvir e Entender Graduado em Fonoaudiologia CES/JF; Especialização em Audiologia na PUC Minas; Atua há 12 anos no ramo de próteses auditivas e audiologia clínica. E-mail: alex@audicaomg.com.br

Audição e a

a coluna anterior fiz um resumo sobre a Fonoaudiologia, agora focarei em um olhar mais aprofundado em uma de suas especialidades; a Audiologia. Fonoaudiólogos trabalham com distúrbios da comunicação, portanto, focarei nas alterações auditivas. Pensamos que o conceito de Audição se refere a todo o aparato responsável por nos fazer ouvir, porém, ele vai muito mais além. O sistema vestíbulo-coclear é responsável tanto pelo nosso equilíbrio quanto pela nossa audição e dele inicia a inervação que leva esses estímulos para serem decodificados pelo nosso cérebro. O som é uma vibração que percorre o ambiente até ser captado pelas nossas orelhas, ele é então, direcionado ao canal auditivo e ao final dele encontra o tímpano, uma membrana que oscila conforme a frequência dos sons transmitindo-os em seguida para uma cadeia óssea até chegar à cóclea. É um longo caminho, que pode apresentar diversas pedras! Por exemplo: cera no ouvido, perfuração do tímpano, otosclerose, traumas acústicos e barométricos, gripe ou alergia com secreção podem dificultar a passagem do som por essas estruturas causando uma perda auditiva CONDUTIVA, ou seja, na condução do som até o nervo. A cóclea é o local onde o som deixa de ser

“O som é uma vibração que percorre o ambiente até ser captado pelas nossas orelhas, ele é então, direcionado ao canal auditivo e ao final dele encontra o tímpano, uma membrana que oscila conforme a frequência dos sons transmitindo-os em seguida para uma cadeia óssea até chegar à cóclea. É um longo caminho, que pode apresentar diversas pedras!” uma vibração e passa a ser um estímulo nervoso. Através de minúsculas células ciliadas, o som passa a ser transmitido através do nervo em direção ao cérebro. A cóclea é muito conhecida pelo seu formato de caracol e é onde os sons mais variados, como uma batida na porta, o canto de um pássaro, ou a fala de uma pessoa será transformada em impulso e conduzida através do nosso sistema nervoso para ser decodificado. Qualquer desequilíbrio, exageros e até mesmo a idade, podem afetar essa mini estrutura e acarretar a perda auditiva NEUROSENSORIAL, ou seja, que afeta o nervo, como por exemplo, alterações metabólicas, alterações de pressão arterial, medicação ototóxica, perdas auditivas induzidas por ruído (PAIR), envelhecimento natural, entre outros.

A partir daí o caminho do som segue pelo nervo e o bloqueio ou corte dessa via também causa perda auditiva, parcial ou total, de acordo com a sua causa. O neurinoma do acústico é um caso de tumor benigno raro que atinge o nervo e pode levar à morte se não tratado. Existem também as perdas auditivas totais, quando o nervo não está ativo, chamadas de ANACUSIA, sendo uma evolução de uma perda auditiva menos grave ou quando o nervo não se desenvolveu por completo. Para todos esses diagnósticos, é imprescindível o acompanhamento e avaliação de um médico. O Fonoaudiólogo também é responsável pela realização dos exames e tem papel fundamental na recuperação desses pacientes. Na próxima coluna entenderemos como funciona a recepção e decodificação desses sinais pelo cérebro. Sobre o nosso equilíbrio, isso vale uma coluna inteira!

CURIOSIDADE: Tanto nosso canal auditivo quanto nosso sistema tímpano-ossicular são responsáveis por amplificar o som que transmitem, permitindo que a perda de energia sonora durante a passagem da vibração pelas estruturas não seja tão significativa.


Prata da Casa

Andréa Por Scarlett Gravina

Revista Fato!

Eleutério da Silva

CORAGEM E ORGULHO DE PERTENCER AO CORPO DE BOMBEIROS

A

rriscar-se e ultrapassar limites. Enfrentar os desafios e salvar vidas. Ter coragem e estar disposto para desafiar as surpresas de cada ligação recebida. Talvez sejam esses os atributos principais que fazem da profissão de bombeiro uma das mais honradas e arriscadas. Não saber o que irá encontrar em uma determinada ocorrência e compreender que cada segundo pode valer uma vida, são situações imprevisíveis que fazem parte do dia a dia de quem escolheu se transformar em um herói ou heroína da sociedade. A decisão de ingressar no Corpo de Bombeiros certamente é uma escolha que vai além do sonho de vestir o uniforme da corporação; é preciso dedicação e, sobretudo, amor pela profissão. “É um trabalho muito dinâmico, com diversas surpresas. Você não sabe o que está por vir, é preciso permanecer preparado para tudo e fazer um pouco de cada coisa. É uma profissão com uma carga emocional muito grande. O que nos motiva é sabermos que podemos ajudar o próximo”, conta a 3º sargento Andréa Eleutério da Silva (47), que está há 25 anos na unidade militar. Nascida na cidade de Barbacena, Andréa representa a força e determinação da mulher na corporação. Orgulhosa por ter feito parte da primeira turma feminina do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, ela não esconde a tamanha admiração pela carreira que decidiu seguir e leva consigo uma trajetória repleta de transformação e realizações. “Estava cursando o segundo grau do ensino médio quando eu fiquei sabendo pela Imprensa Falada que havia 80 vagas abertas para o curso de formação de soldado feminino em Belo Horizonte e resolvi fazer a inscrição. Passei nas provas e fiz o curso durante nove meses, logo, fui transferida para o 4º Batalhão de Bombeiros Militar em Juiz de Fora, onde fiquei durante dez anos. Também trabalhei em Barbacena e hoje estou em Ubá, há três anos”, conta. 74 Revista Fato! - Outubro 2018

Entre desafios e emoções vividas ao longo de sua carreira, a bombeira guarda na lembrança histórias e momentos desafiadores, que hoje a faz ter certeza de que escolheu o caminho certo. “É muito gratificante saber que posso resgatar uma vida, independente de cor, raça ou classe social. Ser bombeiro te agrega inúmeros ensinamentos. Aprendi a ter ainda mais amor ao próximo, respeito e principalmente companheirismo. O nosso trabalho exige uma equipe unida, não podemos deixar o outro desanimar, é preciso manter a união, sem-

pre”, afirma Andréa, que ainda completa: “o índice de credibilidade da nossa corporação é muito alta, a comunidade confia no bombeiro. Eu acredito que seja uma profissão valorizada, nós somos muito bem recebidos, a aceitação é muito boa. Amo o que eu faço”, completa. Lidar com resgates de emergência envolvendo situações de alto risco, está entre as diferentes atividades da profissão, assim como exercer um papel importante na sociedade, o qual o profissional se encarrega de tentar cumprir sua missão. “Seja qual for o resultado, você fica responsável pela vida do outro, enquanto não chega o resgate, naquele momento, é só você. São muitas situações que ficaram marcadas. São ocorrências que envolvem crianças e são as que mais marcam a gente, é muito triste. Essa parte emocional e psicológica é muito importante, você não pode se deixar levar, se não, você não conclui seu trabalho. Claro que ficamos tristes e emocionados. Somos humanos, essas situações mexem muito comigo. Mas vamos controlando e resolvendo essa questão sem deixar afetar muito”, relata. Embora os desafios sejam constantes, principalmente por exercer uma profissão no qual a mulher é considerada frágil, ela afirma não ter vivenciado situações de preconceito na corporação. “Eu sempre fui respeitada, mas por eu ser da primeira turma feminina, um dos principais desafios era provar que a mulher é capaz. E conseguimos. A presença feminina na corporação é importante, nós temos mais tranquilidade e paciência”, afirma realizada. Prestes a se aposentar, ela acredita que conseguiu executar sua função com êxito e empenho durante todos esses anos de serviço prestado. “Quero continuar ajudando o próximo, o que tiver ao meu alcance eu vou fazer. Cumpri o meu papel e estou muito feliz, foi maravilhoso. Hoje vemos que muitas meninas têm o sonho de entrar para a corporação, me sinto honrada em ver que minha turma conseguiu abrir as portas para que outras quisessem entrar. Encerro com chave de ouro”, finaliza orgulhosa.




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