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José Capaverde, presidente da Juventude do PL
José Capaverde, presidente da Juventude do PL
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Entrevista: Voltaire Santos | Edição: Patrícia Poitevin
Como começou o seu interesse pela política?
É uma herança, meu pai sempre participou ativamente na política, foi diretor da antiga CRT, concorreu a deputado na época, ficando como suplente. Eu sempre tive esse apreço. Começou com o meu pai, passou para o meu irmão mais velho, pulou os outros irmãos, passando para mim, que sou o filho mais novo. Sempre acompanhei de perto, fazendo as minhas análises. Em 2015, entrei na Faculdade de Direito e comecei a me envolver com a política estudantil. Em 2018, fui a Brasília fazer uma pesquisa para o meu trabalho de conclusão de curso. O deputado Cherini me recebeu no seu gabinete e falou que andaria comigo pela cidade. Fomos à Frente Parlamentar Agropecuária e conheci todo o Congresso Nacional. Vi que aquele era o mundo que queria para mim. Ele me chamou para o PL, conversei com o meu pai, marcamos uma reunião e eu assinei a ficha do partido. No ano passado, o deputado Cherini conversou comigo para colocarmos em prática tudo o que tínhamos combinado em 2018. Em maio, oficializamos a minha presidência na Juventude do partido. De junho até dezembro de 2021, eu rodei 110 mil quilômetros, visitando mais de 190 municípios, fui conhecer o meu território político. Entrei de cabeça. Nós fizemos mais de 140 Comissões de Juventude e a meta até julho é ter 250, que nos ajudarão na campanha para presidente e governador. Gosto do que faço e tenho um propósito de trazer representação para a nossa juventude gaúcha no Parlamento.
O senhor estará no comando da Juventude do PL. Um partido que pode eleger o presidente do país e o governador do estado. O que tal indicação significa para o senhor e quais as principais ações que pretende desenvolver?
Nós sabíamos que ocorreria essa migração para o Partido Liberal. Recebemos de braços abertos tanto o presidente Jair Bolsonaro quanto o ministro Onix Lorenzoni. Estamos muito felizes e otimistas. O deputado Giovani Cherini foi um dos meus pilares na política. Eu me espelho muito nele, sempre me abrindo portas, dando a oportunidade de crescer. Se estou presidente da Juventude do Partido Liberal, no Rio Grande do Sul, desempenhando esse trabalho há mais de um ano, foi porque sempre me inspirei nele. O deputado começou muito jovem também. A política é um bem necessário, em que devemos estar inseridos. Eu gosto do que faço e estou cada dia mais contente, porque o partido cresceu, tomou corpo, e isso nos coloca numa vanguarda política no estado. Hoje, nós temos o principal pré-candidato a governador. Eu projeto o ano da melhor maneira, 2022 vai ser a vez do 22, não poderia ser diferente.
Como pré-candidato à ALRS. Como o senhor analisa a atuação da atual turma no parlamento gaúcho. Em sua opinião, quais fatores poderiam ser aprimorados nesta atuação. E de que forma?
O nosso Parlamento tem contribuído bastante nesses últimos anos para os governos, principalmente nessa crise fiscal e financeira que nós estamos sofrendo. Como parlamentar, colocarei o meu nome à disposição, sendo testado nas urnas pela primeira vez neste ano. Eu gostaria de contribuir de uma maneira muito efetiva, para que nós possamos modernizar os nossos sistemas dos poderes Legislativo e Executivo. Nós temos que ter segurança jurídica, austeridade, prezar sempre pela política com ética, buscar uma juventude atuante e com qualidade no Parlamento gaúcho. Hoje, nós vemos alguns jovens na política, mas não vemos essa renovação com qualidade. Temos que renovar com pessoas que tenham o objetivo de contribuir com a sociedade.
Há um consenso na sociedade de que nossa juventude, há tempos, desacredita na forma de nossa política, o que, de certa forma, tem gerado demora na reciclagem de nossas lideranças. Por que os jovens estão desinteressados pela política? De que forma podemos agir para atraí-los novamente ao processo?
Esse é um desafio que nós enfrentamos todos os dias, nesta construção política que fazemos há mais de um ano. Eu tenho visto, no dia a dia, como é difícil achar uma juventude interessada por política e que queira fazer a diferença. Ela está desinteressada pela política, porque está descreditada. Tivemos governos que só mostraram corrupção, mau-caratismo e canalhice na política. É importante que nós nos conscientizemos de que a política é necessária, porque é o único mecanismo de transformação que temos na sociedade. Não se muda nada sem fazer política.
“Vem com a gente pensar diferente” esse é seu lema. Baseado nisso: como o senhor analisa o alto número de partidos nesta eleição? Existem tantas ideologias pensando de forma tão diferente assim?
Nós vemos algumas ideologias que deveriam ser classificadas como utopias, com muitas ideias “sem pé, nem cabeça”. Nós deveríamos seguir uma linha ideológica como a que vemos nos Estados Unidos, com o Partido Democrata e o Republicano. Por que não poderíamos tentar aqui? Nós vemos muitos dos partidos políticos querendo se aproveitar do Fundo Eleitoral, levando ao descrédito da sociedade.
Como o senhor analisa a criação das Federações nas novas mudanças eleitorais?
As Federações criam um compromisso entre os partidos. Na pauta ideológica, garantirão um mínimo de coerência, que eu acredito que será muito válido. As Federações são as uniões de partidos, que deverão ficar juntos por no mínimo quatro anos. Elas são de grande valia para criarmos uma linha ideológica mais coesa. Isso já deveria ter sido implementado há muito tempo.

Quem vai ser a direita bolsonarista aqui no Rio Grande do Sul?
Somos nós, o PL, partido do presidente da República. O nosso futuro candidato a governador, Onix Lorenzoni, é o homem de confiança do presidente. Com 100% de certeza, nós somos os soldados do Capitão, nesta eleição de 2022, e vamos reelegê-lo. Costumo dizer: “É Jair ou já era”. O deputado Giovani Cherini, presidente estadual do PL, sempre deixou bem claro: a direita no RS é o PL.
O senador Luis Carlos Heinze é pré-candidato pelo PP, também tem uma identificação com o presidente Bolsonaro, como não dividir a direita?
O Luis Carlos Heinze é um grande senador, um homem honrado e de palavra. Gosto muito dele, porém, eu vejo muito mais o bolsonarismo no Heinze, do que no corpo partidário do PP. Aqui no RS o Progressistas tem uma maior identificação com Bolsonaro, mas no resto do país é um pouco diferente. Eu reafirmo que o candidato bolsonarista será o pré-candidato Onix Lorenzoni.
Como o senhor analisa a entrada de outros representantes do partido e a expectativa da ocupação de cadeiras tanto na Câmara dos Deputados como na Assembleia Legislativa?
Nós recebemos os deputados Bibo Nunes e o Tenente Coronel Zucco, vamos receber o deputado Sanderson, Eric Lins e Marlon Santos. Nós estamos formando um corpo partidário muito bom, de pessoas qualificadas. Vamos ter um êxito grande, em 2022. A projeção para a eleição de deputados estaduais é de seis a oito parlamentares e, para federais, de cinco a sete, tornando esta uma das maiores forças políticas tanto estadual quanto federal.
Caso eleito deputado estadual, qual será a sua relação com os prefeitos e municípios?
A minha cidade de coração, onde moro e tenho negócios, é Encruzilhada do Sul, mas isso não quer dizer que seja apenas da Região Metade Sul. Eu quero representar o estado inteiro. Temos que criar condições para todas as regiões se desenvolverem. Nós podemos pensar em alguma lei estadual, para que tenhamos um parâmetro de tributação, que nos permita dar condições iguais para todos no estado.