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OPINIÃO - Fabiano Feltrin Observar para mudar e melhorar

FABIANO FELTRIN Prefeito de Farroupilha e presidente da Amesne 2021/2022

Como prefeito de Farroupilha e presidente da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) – a qual presido até o mês de março de 2022 –, tenho aprendido muito a respeito do funcionamento das mais diferentes áreas do setor público.

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Vim da iniciativa privada, administrando concomitantemente mais de 15 empresas, de ramos totalmente diferentes. Sei o quanto é desafiador e motivador ao mesmo tempo, organizar equipes e buscar diariamente o crescimento dos negócios, em todos os sentidos. Não se trata de uma tarefa fácil. E foi muito mais complicado em tempos de pandemia.

Os municípios, da mesma forma, viveram um ano extremamente exigente em 2021. A pandemia demandou muito empenho, paciência, dedicação e rapidez nas decisões por parte dos gestores públicos. A área da saúde precisou de um olhar ainda mais atencioso e cauteloso por parte dos prefeitos, para que fosse possível prestar todos os atendimentos extras devido à Covid-19.

Podemos dizer que em nossa região, estamos vencendo este momento com o controle da situação. E isso se deve ao esforço de muitas pessoas. Tudo que é possível, tanto ao que tange a recursos humanos como materiais, para atender a população na

OBSERVAR PARA MUDAR E MELHORAR

sua plenitude, está sendo feito. E tenho certeza de que chegamos a este estágio muito mais fortes e preparados, porque aprendemos juntos, mas, sobretudo, porque nos ajudamos e atuamos em coletividade.

Agora, aos poucos, vamos retomando o foco intenso novamente para outras áreas, como a economia. O cenário pandêmico gerou crises em diversas formas e áreas, impactando severamente no setor financeiro como um todo. E é neste aspecto que como prefeito de Farroupilha e presidente da Amesne – composta por 36 municípios e responsável pelos protocolos regionais de saúde da Macroserra, que englobam 49 cidades –, entendo ser muito necessário o apoio da socieda-

de civil organizada “para iniciarmos um novo movimento: a desvinculação da política com a economia. foco no desenvolvimento das regiões.

Enquanto tivermos uma esfera influenciando a outra, nunca avançaremos, uma vez que a política muda constantemente, em seu processo natural. Contudo, desta forma estaremos sempre reféns da instabilidade econômica. E esta, por sua vez, afeta o dia a dia do cidadão, que vê valores e preços oscilando de maneira inesperada, injusta, e em desacordo com sua realidade financeira. Já passou do tempo de termos essa separação. E todos os gestores têm o meu apoio nesta luta.

Espero e desejo realmente que todos tenhamos um excelente ano de 2022 e que possamos usar os aprendizados destes tempos difíceis como motivação para transformar nossas próprias ações e colher frutos que beneficiem toda a coletividade. Para isso precisamos focar na inovação, no planejamento e na observação daquilo que afeta o cotidiano da comunidade para transformar o dia a dia de cada cidadão para melhor.

Tudo que é possível, tanto ao que tange a recursos humanos como materiais, para atender a população na sua plenitude, está sendo feito. E tenho certeza de que chegamos a este estágio muito mais fortes e preparados, porque Nestes dois anos, vimos muito in- aprendemos juntos... tensamente ambas áreas quase se confundirem e serem tratadas como uma só. Historicamente sempre foi assim. Sabemos que as interferências políticas acabam sendo uma pauta em todos os países democráticos do mundo, mas temos a obrigação de darmos autonomia à pasta da Economia e ao Banco Central, independente dos planos de governos A, B ou C. Temos o poder e o dever de deixarmos esse importante legado, de liberdade econômica com

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