Edição 005 - Revista Efe

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Ricardo Amorim

Iniciativa traz profissionais 60+ para o mercado

Vanessa Pedrosa

Sua fala demonstra agilidade ou ansiedade?

Área verde preservada

Como é viver entre reservas biológicas em Alphaville

NEGÓCIOS | NETWORK | IDEIAS | TENDÊNCIAS

A Revista da Folha de Alphaville

Restaurantes temáticos

Quem manda na nova era da gastronomia é a experiência

Mobilidade aérea

Helicópteros deixaram de ser só luxo; são necessidade e locomoção

Carlos alberto Júlio

Inteligência artificial é a bola da vez para os 50+

João Branco

Sua empresa está preparada para 2026?

Kaká Diniz

À frente de um hub de marketing de influência no Brasil, o empresário também investe em educação, cavalos, construção, futebol, IA e na família

E mais

Design e arquitetura, educação, liderança, viagem e cultura

Matéria de capa

Kaká Diniz

CONHEÇA A TRAJETÓRIA DO EMPRESÁRIO

44

18. Mídia

A queda das redes sociais

20. Liderança

Entrevista com Fernanda Rodrigues, da GFT

30. Educação

Lifelong learning: o aprendizado não acaba com o diploma em mãos

52. Mercado imobiliário

A vida em Alphaville entre reservas ambientais e urbanização

60. Turismo

Rota do vinho em Lisboa

PUBLISHER

Cesar Foffá

DIRETOR DE NOVOS NEGÓCIOS

Marcelo Foffá

DIRETORA ADMINISTRATIVA

Lourdes Foffá

EDIÇÃO E REPORTAGEM

Gabriela Ribeiro e Thais Sant’Ana

EDITOR DE ARTE E PROJETO GRÁFICO

Fábio Tateno

ILUSTRADORES

Carol Salim

22. Mobilidade

Alphaville vista do alto: helipontos e trânsito aéreo

36. Branding

Por que marcas estão apostando em restaurantes temáticos?

56. Design

O rústico brasileiro virou tendência de negócios?

64. Cultura

Por que os grandes ícones da MPB estão de volta as mega-turnês

Fernando Davis

FOTOGRAFIA

Felipe Barros

Omar Paixão

COLABORADORES

Beatriz Bononi

Carlos Alberto Júlio

Fernando Barra

João Branco

Ricardo Amorim

Vanessa Pedrosa

CIRCULAÇÃO

Joselito Santos

FINANCEIRO

Thiago Castillo

TECNOLOGIA

Guilherme dos Reis Silva

IMPRESSÃO

Margraf

JORNALISMO

jornalismo@revistaefe.com.br (11) 95595.3433 | 3811.2820

PUBLICIDADE

Marcelo Foffá

marcelo.foffa@revistaefe.com.br (11) 98890.6308

ASSINATURAS

assinaturas@revistaefe.com.br (11) 95595.3433

efe. | A Revista da Folha de Alphaville Avenida Cauaxi, 293 | Ed. Alpha Green Alphaville Barueri/SP | 06454-020 (11) 4208-1600

*Os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião da revista.

Construída a muitas mãos

Talvez você não imagine quantas mãos são necessárias para que esta revista, que agora você folheia, saia do plano das ideias e chegue até você, em sua versão física. Posso garantir: são muitas. Assim como são muitas as mãos que fazem Alphaville pulsar hoje. O bairro, que já foi refúgio — quase um “bairro-dormitório” — transformou-se em um importante polo de negócios. Aqui se fecham acordos, nascem empresas e, sobretudo, conexões se multiplicam. Conexões entre empresários, empreendedores, marcas locais e companhias globais; entre vizinhos; entre moradores e a mídia local. Apesar das diferenças — e semelhanças — que essas relações carregam, todas revelam algo em comum: a sensação de pertencimento que acompanha quem vive, empreende, trabalha, faz negócios ou até produz revistas em Alphaville. É por isso que é tão prazeroso fazer uma revista que nasce em Alphaville e conversa com seu espírito: fala de negócios, sim, mas também de pessoas, histórias, lifestyle, viagens e, por que não, cultura e arte. Nesta edição, exploramos o verde do bairro, com suas áreas de preservação onde flora e fauna seguem exuberantes; discutimos o transporte aéreo e os desafios da mobilidade urbana; refletimos sobre liderança — especialmente a feminina — e destacamos iniciativas sustentáveis de grandes empresas; mergulhamos em negócios de gastronomia locais e temáticos; passeamos pela arquitetura, por viagens a regiões vinícolas de Portugal; celebramos a cultura com grandes shows de MPB e a arte com uma exposição de Tarsila.

E, enriquecendo ainda mais esta edição, trazemos uma entrevista exclusiva com Kaká Diniz, empresário que hoje lidera um dos ecossistemas mais robustos do entretenimento e do marketing de influência no Brasil — uma conversa que amplia nossa visão sobre inovação, propósito e o impacto das conexões certas no momento certo.

Para fazer uma revista, há muitas mãos envolvidas. E não são apenas as nossas. Ainda assim, é difícil descrever o prazer de construir não só uma publicação, mas um ponto de encontro com a comunidade local que deseja enxergar Alphaville com outros olhos: mais atentos, mais conectados e mais orgulhosos do lugar que chamam de lar. Porque uma mídia local forte não se faz sozinha. Se faz em conjunto — como tudo o que realmente importa.

Boa leitura!

Thais Sant’Ana Editora da Revista efe.

COLUNISTAS

12. Ricardo Amorim

Ricardo Amorim é economista, empreendedor, comentarista, palestrante e influenciador digital brasileiro. Graduado em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) e com pós-graduação em Administração e Finanças Internacionais pela ESSEC Business School, em Paris. Foi apresentador do programa Manhattan Connection, na GloboNews, e eleito pela revista Forbes como um dos “100 mais influentes brasileiros”.

@ricamorim

14. Carlos Alberto Júlio

Carlos Alberto Júlio é um executivo experiente, professor, autor e palestrante de destaque no cenário corporativo brasileiro. Tem sólida formação internacional e extensa experiência como CEO e conselheiro.

@profcarlosjulio

16. João Branco

João Branco é professor e autor do Desmarquetize-se. Ex-VP Marketing McDonald’s, eleito o profissional de Marketing mais admirado do Brasil e top 10 melhores CMOs pela Forbes.

@falajoaobranco

26.

Fernando Barra

Fernando Barra é especialista em tecnologia e inovação, professor palestrante, fundador da Skillplace.com.br e autor do livro Meu Emprego Sumiu.

@ofernando.barra

29. Vanessa Pedrosa

Fonoaudióloga especialista em voz, mestre e doutora em Ciências pela Unifesp. Atua como fonoaudióloga na Record São Paulo e nos canais ESPN Disney, além de ser sócia-proprietária da Fonoevidence, consultoria especializada em performance comunicativa. Com 25 anos de experiência, atua com executivos e líderes corporativos em setores estratégicos.

@vanessapedrosafono

Briefing

O resumo de notícias que conecta você ao mercado

ADIDAS ORIGINALS INAUGURA PRIMEIRA FLAGSHIP NO BRASIL

>> A adidas Originals abriu sua primeira Flagship Store no país, instalada em um dos endereços mais movimentados de Pinheiros, em São Paulo. O ponto traz ao varejo brasileiro o conceito global mais atual da marca, unindo design, música, lifestyle e módulos de experimentação que permitem ao público vivenciar a cultura Originals de forma imersiva. A loja também reforça a estratégia da adidas de expandir espaços de marca focados em experiência e não apenas em exposição de produto.

Nas próximas páginas você também encontra

On Running no Brasil | A volta do salão do automóvel | Novidades em Alphaville | Café premiado

IGUATEMI ALPHAVILLE TEM NOVO GERENTE GERAL

>> Desde outubro, Eduardo Lovo Schmidt assumiu a gerência geral do Iguatemi Alphaville. Engenheiro civil pela UFES, com MBA em Gestão de Projetos pela USP/ESALQ, Lovo está no Grupo Iguatemi desde 2015. Já passou por cargos como gerente de Operações em Alphaville e gerente geral do Iguatemi São Carlos e do Shopping Market Place. Agora à frente da operação local, sua gestão terá foco em inovação, eficiência e resultados sustentáveis.

TALITA BENEGRA, NO COMANDO DO MARKETING DO PRÓXIMO DEGRAU

>> À frente do marketing do Próximo Degrau, Talita Benegra lidera estratégias de comunicação com foco em impacto social, desenvolvimento de famílias, crianças e jovens. Jornalista e especialista em marketing digital, ela acumula mais de 20 anos de experiência no setor, com passagens por veículos como Grupo Bandeirantes, RedeTV!, Editora Abril e Grupo Record, além da Japan House São Paulo.

OS ARTISTAS POR TRÁS DAS ILUSTRAÇÕES DA EFE

>> Fernando Deves

Artista visual e pintor, ele tem sólida experiência em criação, direção de arte e motion graphics. Atua desde a criação até elaboração de diferentes tipos de trabalhos. Além disso, participou de residências artísticas em Barcelona, Leipzig e no Pivô Art (SP).

RENATA LAMARCO ASSUME MARKETING DO IFOOD

>> Renata Lamarco é a nova diretora de Marketing do iFood. Com mais de 15 anos de carreira em estratégia, branding e crescimento de negócios, Renata já atuou em empresas como Natura, Kimberly-Clark e Heineken, além de ter liderado projetos de inovação e construção de marca em larga escala. No iFood, ela terá como foco fortalecer a presença da marca, ampliar iniciativas de comunicação e acelerar agendas de produto e experiência do usuário.

>> Carol Salim

Designer e ilustradora, Carol transforma conceitos em narrativas visuais sensíveis e impactantes. Combina técnica, leveza e emoção, seja em ilustrações, letterings ou identidades de marca. Com originalidade e olhar apurado para storytelling, ela cria personagens e universos visuais que conectam marcas e pessoas de forma autêntica.

NOVIDADES GASTRONÔMICAS NA REGIÃO

>> O Iguatemi Alphaville confirmou duas inaugurações para 2026: o Genoa, buffet premium com foco em eventos e gastronomia contemporânea; e o Fichips, marca fast-casual inspirada no clássico fish & chips britânico.

UBER E IFOOD INICIAM INTEGRAÇÃO ENTRE APLICATIVOS

>> Em meio ao aumento da concorrência no delivery, Uber e iFood começaram a integrar seus aplicativos no Brasil. A novidade permitirá que usuários do iFood encontrem motoristas da Uber para rotas mais vantajosas, enquanto restaurantes parceiros poderão ampliar a base de entregadores. A iniciativa marca um movimento estratégico das empresas para ganhar eficiência e competitividade no setor.

BRIEFING - EVENTOS

O RETORNO DO MAIOR PALCO AUTOMOTIVO DO PAÍS

>> Depois de sete anos fora, o Salão do Automóvel está de volta de 22 a 30 de novembro no Distrito Anhembi, em São Paulo. A 31ª edição vai reunir supermáquinas exclusivas como Rolls Royce, Lamborghini, Ferrari, Porsche, Corvette e McLaren, além de lançamentos, test-drives de híbridos e elétricos, experiências de conexão e mobilidade, e pavilhões voltados à tecnologia automotiva.

ROGER FEDERER INVESTE E MARCA SUÍÇA ON RUNNING CHEGA EM SÃO PAULO

>> A On Running, marca suíça de calçados esportivos que tem Roger Federer como investidor, abrirá sua primeira loja própria no Brasil, em São Paulo. A empresa, conhecida por seus tênis de alta tecnologia voltados para corrida e performance, mira o crescente mercado brasileiro de esportes e lifestyle.

AEROPORTO CATARINA É RECONHECIDO PELA SUSTENTABILIDADE

>> O Aeroporto Executivo Catarina recebeu o Green Airport Recognition 2025 da ACI-LAC (Airports Council International - América Latina e Caribe), reconhecimento internacional por seu programa de sustentabilidade, figurando entre os aeroportos que adotam políticas de menor impacto ambiental. A certificação destaca ações como eficiência energética, gestão otimizada de resíduos e modernização de processos operacionais. O avanço coloca o equipamento em posição de referência entre terminais privados da América Latina.

CCXP 2025: ONDE A CULTURA POP VIRA CIDADE

>> O festival de cultura pop mais relevante da América Latina retorna ao São Paulo Expo entre 4 e 7 de dezembro. A programação inclui painéis com grandes estúdios, estreias exclusivas, ativações imersivas, cosplay, games, quadrinhos e encontros com criadores. A edição deve receber centenas de milhares de fãs, unindo fan-culture e negócios aliados ao entretenimento.

AMBEV E HEINEKEN INVESTEM EM BEBIDAS FUNCIONAIS

>> A Ambev está reforçando sua aposta no segmento de bebidas funcionais com dois lançamentos: o Guaraná Antarctica Zero com Fibras, que entrega 4,4g de fibras por lata (sem adição de açúcar), e o energético Fusion com 10g de proteína, nos sabores maçã verde e frutas vermelhas. As novidades chegam primeiro via Zé Delivery em cidades como São Paulo, Sorocaba e São José dos Campos. Do outro lado, o Grupo Heineken lançou a Mamba Water Protein, uma água enriquecida com 20g de proteína de colágeno, BCAA, zero açúcar, carboidratos e glúten — voltada para consumidores mais ativos e preocupados com recuperação e performance.

KIT DE CAFÉ INDÍGENA PREMIADO É LANÇADO POR R$ 599

NOVA IDENTIDADE DA PEPSICO

>> Depois de 25 anos, a PepsiCo apresentou sua nova identidade visual corporativa, a primeira em quase um quarto de século, refletindo uma visão mais moderna, sustentável e centrada no consumidor. A reformulação traz tipografia renovada, paleta inspirada na natureza e um “P” no logotipo que simboliza legado, propósito e simplicidade — alinhando o grupo às iniciativas pep+ de sustentabilidade.

LIVE TRANSLATION NOS AIRPODS É REALIDADE COM IOS 26

>> Com a chegada do iOS 26, a Apple habilitou nos AirPods Pro 2, Pro 3 e AirPods 4 uma funcionalidade de tradução simultânea em tempo real. A partir de um comando por toque, o recurso habilita a “Apple Intelligence” para traduzir falas entre idiomas compatíveis diretamente nos fones, transformando-os em uma ferramenta de comunicação para viagens, reuniões ou uso pessoal.

O COLCHÃO MAIS CARO DO BRASIL

>> A Bed & Room apresentou o BNR1000, colchão artesanal que chega ao mercado por R$ 128 mil, segundo a Forbes. Fabricado à mão com materiais nobres, como lã de ovelha, crina de cavalo e cashmere, o modelo foi desenvolvido para oferecer alinhamento preciso da coluna e conforto de alta performance. O BNR1000 já equipa as suítes presidenciais do Hotel Unique, reforçando o posicionamento da marca no segmento de luxo do sono.

>> O Grupo 3 Corações lançou um kit premium de 150g de café robusta amazônico, produzido por indígenas da etnia Paiter Suruí em Rondônia. O grão conquistou 100 pontos (pontuação máxima) no protocolo Fine Robusta Cupping Form, na 6ª edição do Concurso Tribos, realizado pela linha Rituais 85+ da marca. O kit, vendido exclusivamente no e-commerce Mercafé, vem acompanhado de um moedor de alta precisão e custa R$ 599. O Projeto Tribos, que apoia essa produção, visa valorizar a cultura indígena e a sustentabilidade, e o sucesso desse lote marca um momento histórico para a cafeicultura amazônica.

Shopping Iguatemi Alphaville Al. Rio Negro, 111, Alphaville - Barueri / SP Piso 3 Tocantins / loja 380/381

Shopping Anália Franco Av. Regente Feijó, 1739, Tatuapé / SP Piso Lírio / Loja 07

The Unique Gallery at Kempinsky Hotel & Residences Palm Jumeirah Crescent West, Palm, - Dubai Emirados Árabes Unidos

@isabeloliveirajoalheria

www.isabeloliveira.com.br

+55 11 94078-5353

Engenheiros 60+: inovar é trazer experiência de volta ao jogo

Os ex-alunos da Escola Politécnica da USP e do ITA se uniram para criar o Inova Sênior, um projeto que busca reintegrar engenheiros com mais de 60 anos ao mercado de trabalho.

A iniciativa nasceu da percepção de que o Brasil desperdiça um enorme capital intelectual ao deixar de aproveitar a experiência e o conhecimento de profissionais que têm mais idade e mais vivência, mas muitas vezes foram afastados do mercado por etarismo.

O objetivo do Inova Sênior é valorizar a trajetória desses engenheiros, atualizando suas habilidades com formações pontuais voltadas às novas demandas de tecnologia, inovação e ESG — mas sem a necessidade de uma nova graduação.

A proposta é que eles possam se recolocar rapidamente em posições estratégicas, nas quais sua bagagem técnica e maturidade profissional sejam diferenciais importantes.

Além do aspecto econômico, o projeto também tem uma dimensão social bastante relevante, pois busca combater o isolamento e a perda de propósito que podem,

infelizmente, afetar pessoas que se aposentam ou ficam fora do mercado de trabalho.

O lançamento oficial aconteceu durante o MaturiFest — evento voltado ao público 50+, que discute temas como trabalho e longevidade.

A estreia contou com a participação de cerca de 200 engenheiros formados pela Poli e pelo ITA, e os idealizadores planejam expandir o programa para outras escolas de engenharia do país.

Essa iniciativa representa uma tentativa prática e concreta de reconectar gerações e resgatar o valor da experiência — em um momento em que o envelhecimento populacional e a demanda por profissionais qualificados crescem simultaneamente no Brasil. Além disso, com a taxa de desemprego atualmente muito baixa, muitas empresas não conseguem encontrar profissionais para contratar.

Em resumo: é bom para todo mundo — bom para os profissionais, bom para as empresas e bom para a sociedade. Uma ótima iniciativa que merece ser replicada com profissionais de outras áreas.

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Foto ilustrativa gerada por IA
Perspectiva artística da alameda

We’re back!
O mercado para os 50+ está de volta!

Durante décadas, a tecnologia foi território dos jovens. Falava-se a língua das máquinas — códigos, comandos, algoritmos — e quem dominava esse dialeto era automaticamente o protagonista do futuro. Os mais experientes, muitas vezes, ficaram à margem, assistindo à revolução digital de fora, como quem observa um trem que já partiu.

Mas algo extraordinário acaba de acontecer: a inteligência artificial aprendeu a falar a nossa língua. Pela primeira vez, não precisamos mais traduzir nossas ideias em códigos. Basta conversar, pedir, perguntar, corrigir. A máquina entende o humano e isso muda tudo.

Essa virada linguística — mais do que tecnológica — abre um novo ciclo no mercado de trabalho. Se antes o diferencial era “saber programar”, agora o diferencial é saber pensar. A IA democratizou o acesso à técnica, mas elevou o valor da sabedoria.

Afinal, quem sabe fazer as perguntas certas? Quem tem repertório para contextualizar respostas? Quem consegue distinguir o insight brilhante da alucinação digital? São os profissionais que acumularam experiências, erros, tentativas e histórias. Os que aprenderam, com o tempo, a filtrar o essencial. Hoje, as empresas começam a redescobrir o valor desses “veteranos digitais”. São pessoas capazes de usar a IA como uma extensão da mente — não apenas como uma ferramenta de velocidade, mas como um amplificador de discernimento. Em vez de competir com a máquina, colaboram com ela.

É curioso: depois de tantos anos ouvindo que o futuro pertencia aos jovens, a própria tecnologia está abrindo espaço para os que têm passado. A inteligência artificial, paradoxalmente, rejuvenesceu o valor da experiência.

Por isso, este é um bom momento para dizer, com um sorriso confiante e um toque de ironia: We’re back!

Ilustração: Fernando Davis

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/ Um dos maiores eixos da Região Metropolitana de Campinas. Uma cidade com fácil acesso a SP, cidades do interior e Viracopos. Tudo isso com uma infraestrutura única no mercado. Loteamento industrial fechado em Jaguariúna/SP / Às margens da Rod. Campinas-Mogi / Cidade com isenções e incentivos fiscais: IPTU, ISSQN e ITBI / Região que concentra 50 das 500 maiores empresas do mundo / Segurança 24h com portaria blindada / Alto padrão de qualidade Antonio Andrade / Comodidades para funcionários e clientes

Como se preparar para 2026?

Último trimestre. Se você trabalha em um negócio organizado, o planejamento para o próximo ano está borbulhando. A gente ainda nem sabe se a Black Friday vai ser boa e já precisa estabelecer um compromisso de vendas dos 12 meses seguintes. Planejar o futuro sempre foi um desafio, mas planejar 2026 parece um esporte radical. No horizonte já estão confirmados alguns ingredientes explosivos: Copa do Mundo, eleições presidenciais, polarização intensa, guerras que insistem em não acabar, novas tecnologias mudando tudo ao nosso redor. A pergunta é: como se prepara um negócio para navegar nessa confusão?

Se você estivesse preparando uma mala de viagem para levar para 2026, como faria?

Tem gente colocando capa de chuva, chá de camomila e até colete a prova de balas. Não existe um manual para sobreviver ao próximo ano, mas deixo aqui 5 dicas para quem está nesse processo de planejamento:

1) Monte cenários e crie alternativas versáteis: planejar não é sobre conseguir prever os acontecimentos que virão. É sobre preparar o presente para resistir a qualquer futuro. Foque no que você pode controlar, com a consciência de que os ventos podem mudar.

2) Inteligência artificial não é moda, é idioma obrigatório: quem ficar de fora, vai se tornar analfabeto digital.

Faço um plano com o câmbio em R$ 4,60 ou em R$ 6,90? Conto com um alto engajamento das pessoas com a seleção brasileira ou vai ser um show de frustrações? Invisto pesado em IA ou aprendo aos poucos? Devo pensar em produtos da cor “laranja iPhone 17”? Ainda dá tempo de surfar a onda de colocar proteína em tudo? O que eu faço com esse concorrente chinês que está chegando ao meu mercado? São tantas dúvidas e ainda nem mencionei os temas políticos...

3) Não tire os olhos do seu cliente: entenda como as suas necessidades, percepções e preferências estão mudando. Se o mundo está confuso para você, também deve estar confuso para ele. Mostre que você é justamente a melhor opção para ajudá-lo nesse momento e siga acompanhando de perto a sua satisfação.

4) Entenda as tendências pela essência: por trás de todo hype existe um insight. Entender como as grandes ondas se formam é mais importante do que conseguir surfar uma delas.

5) Prepare a cultura: empresas não são apenas planilhas. São feitas de gente. E 2026 será um ano emocionalmente desgastante para a sua equipe. Se a sua marca não tiver clareza de propósito, vai ser sugada por debates que não levam a lugar nenhum. Ter um negócio preparado não significa só ter um bom estoque, um hedge financeiro ou um plano de marketing robusto. Significa também ter uma cultura organizacional resiliente, capaz de manter a calma quando todo mundo lá fora estiver gritando. O maior risco não é o dólar, a Copa ou a eleição. O maior risco é a inércia. É esperar certezas que nunca virão. 2026 pode ser o ano do caos. Mas também pode ser o ano em que os negócios mais preparados vão se destacar, exatamente porque souberam transformar a incerteza em estratégia

Ilustração: Carol Salim

A NOVA ECONOMIA DA ATENÇÃO CHEGA

A ALPHAVILLE

Queda global no uso das redes sociais reforça relevância da mídia local e abre nova janela de oportunidades para marcas da região

Nos últimos dois anos, o comportamento digital atravessa uma inflexão inédita desde a popularização das redes sociais. A hiperconexão, por muito tempo vista como inevitável, dá lugar a sinais claros de exaustão dos usuários.

Levantamento global da GWI (empresa de pesquisa de público), divulgado pelo Financial Times, indica que o tempo médio dedicado às redes sociais atingiu seu auge em 2022. Desde então, caiu 10% nos mercados desenvolvidos, especialmente entre jovens de 16 a 24 anos, considerado o grupo historicamente mais engajado. Os fatores que impulsionam essa queda incluem fadiga digital, maior sobriedade, pressões relacionadas à saúde mental, além de preocupações crescentes com privacidade — apontadas por mais de 60% dos entrevistados na pesquisa da GWI.

Especialistas citados pelo FT afirmam que “a curva não deve voltar ao auge”, reforçando que a redução no uso não é circunstancial, mas parte de um movimento cultural de reorganização da atenção.

Esse fenômeno global se espelha em regiões urbanas com forte senso comunitário e alta qualificação de público — como Alphaville.

DA HIPERCONEXÃO À

CURADORIA: O QUE MUDA NO CONSUMO DE INFORMAÇÃO Redes como Instagram, TikTok e Snapchat registram queda de engajamento segundo os dados globais. No Brasil, a Comscore comprova tendência semelhante, com retração pelo terceiro trimestre consecutivo no tempo gasto no Instagram — plataforma que, por anos, concentrou grande parte do consumo digital no país. Nesse novo cenário, cresce a busca por conteúdos contextualizados, confiáveis e próximos da vida real. Em Alphaville, esse comportamento favorece veículos regionais que atuam como curadores editoriais: filtram excesso de estímulos, aprofundam temas e entregam relevância num ambiente digital cada vez mais saturado.

POR QUE A MÍDIA LOCAL SE

FORTALECE AGORA

A chamada “crise da hiperconexão”, segundo os especialistas ouvidos pelo Financial Times, altera diretamente as estratégias de plataformas e anunciantes. Com menos tempo disponível e maior seletividade do público, marcas passam a priorizar conexões intencionais, comunidades segmentadas e relacionamentos mais profundos.

Em Alphaville, esse comportamento aparece de forma ainda mais clara. A região, marcada por um forte senso de comunidade, por negócios consolidados e por um público exigente, está migrando para formas mais seletivas de informação. Busca-se credibilidade, relevância e, principalmente, conteúdo que tenha ligação direta com o território onde se vive e trabalha. E é aí que a mídia local se destaca.

“A crise da hiperconexão não representa o fim das redes sociais, mas o início de uma etapa mais consciente e mais humana. Quando os excessos afastam, a qualidade aproxima — e a mídia local sempre

foi parte dessa aproximação”, afirma Cesar Foffá, publisher e comunicador com mais de 40 anos de experiência.

A efe., por exemplo, que você tem em mãos agora e foi lançada há 5 meses pelo grupo Folha de Alphaville, se posiciona como ponto de encontro editorial da região, conectando marcas, moradores, empreendedores e iniciativas que acontecem aqui — e só aqui.

OPORTUNIDADES PARA ANUNCIANTES: MENOS DISPERSÃO, MAIS VALOR

Embora o uso médio das redes sociais ainda esteja em torno de 2 horas diárias, a tendência de queda é consistente. Na prática, isso significa que a atenção do usuário se torna mais competitiva — e mais valiosa.

Com o público mais seletivo e menos disposto a passar longos períodos em scroll infinito, cresce a relevância de conteúdos que estabelecem diálogo real com a comunidade. A mídia local atua justamente como mediadora desse ecossistema, conectando

QUEDA GLOBAL DO USO DAS REDES SOCIAIS*

• Tempo de uso atingiu o pico em 2022 (GWI).

Desde então, caiu 10% nos países desenvolvidos.

• Jovens 16–24 anos lideram a redução.

• Tendência observada também no Brasil.

Tempo médio global atual: pouco mais de 2h por dia.

FAIXAS ETÁRIAS QUE MAIS REDUZIRAM USO*

• 16–24 anos: queda mais acentuada (estimada acima de 10%).

25–34 anos: redução moderada.

35–44 anos: queda leve, mas consistente.

MOTIVAÇÕES PARA A REDUÇÃO*

Principais fatores apontados pela GWI e especialistas do Financial Times:

• 70% citam fadiga digital.

• 60%: preocupações com privacidade.

55%: excesso de conteúdo e sobrecarga de estímulos.

• 50%: adoção de sobriedade digital.

marcas e moradores a partir de temas que impactam a rotina — negócios, comportamento, agenda cultural e serviços essenciais.

O movimento global de sobriedade digital reforça a busca por vínculos que as plataformas, por seu modelo de funcionamento, não conseguem sustentar de forma duradoura.

O QUE ISSO SIGNIFICA DAQUI PARA FRENTE

A queda no uso das redes sociais indica uma reorganização do consumo de mídia — não uma ruptura. Alphaville, com seu perfil comunitário ativo e público exigente, está particularmente bem posicionada para essa transição.

Com marcas que investem na região e veículos que valorizam curadoria e profundidade, o bairro se firma como exemplo de que o futuro da comunicação passa pelo local.

Em um cenário em que atenção é um recurso escasso, o conteúdo que nasce perto — e fala perto — é o que realmente ganha espaço.

“A CRISE DA HIPERCONEXÃO NÃO REPRESENTA O FIM DAS REDES SOCIAIS, MAS O INÍCIO DE UMA ETAPA MAIS CONSCIENTE E MAIS HUMANA. QUANDO OS EXCESSOS AFASTAM, A QUALIDADE APROXIMA — E A MÍDIA LOCAL SEMPRE FOI PARTE DESSA APROXIMAÇÃO”, AFIRMA CESAR FOFFÁ, PUBLISHER E COMUNICADOR COM MAIS DE 40 ANOS DE EXPERIÊNCIA.

“LIDERAR É SOBRE CRIAR ESPAÇOS SEGUROS”: UMA CONVERSA COM FERNANDA RODRIGUES, CHRO DA GFT

À frente da área de Pessoas da GFT, empresa global de tecnologia e inovação, Fernanda Rodrigues fala sobre liderança humanizada, diversidade, IA, bemestar e os desafios de comandar equipes em um setor historicamente masculino

Como Chief Human Resources Officer (CHRO), ou em português, diretora de Recursos Humanos da GFT, multinacional referência em soluções digitais e inteligência artificial, Fernanda Rodrigues defende uma liderança mais humana, inclusiva e transparente em um setor acelerado e historicamente masculino. Nesta entrevista, ela compartilha aprendizados, desafios e a visão de futuro para líderes e organizações.

efe. - Você fala muito sobre preservar o toque humano na liderança. Na prática, como isso se faz?

Fernanda - Precisamos unir escuta ativa e empatia em um processo contínuo com todas as pessoas da empresa. Conversas abertas fortalecem ideias, criam times engajados e orientados às metas. Além disso, coloco a transparência como um ponto extremamente importante nessas conversas, pois isso aproxima as pessoas de seus líderes e da empresa.

efe. - Como mulher líder em tecnologia, quais são os principais desafios — e que iniciativas realmente funcionam?

Fernanda - Menos de 10% das lideranças em tecnologia são mulheres, e isso exige resiliência e estratégias diversas. Ao longo da minha trajetória aprendi que criar redes de apoio faz toda a diferença, assim como patrocinar espaços de visibilidade. Na GFT, iniciativas como o comitê Integra, políticas de equidade salarial e programas de mentoria ajudam a criar ambientes inclusivos. Para quem quer crescer, digo: busque aliados, invista em capacitação e não subestime o poder da visibilidade.

efe. - Como estimular líderes de perfis diferentes a adotar uma liderança humanizada?

Fernanda - Com exemplo. Líderes que comunicam bem, dão feedback transparente e acolhem ideias criam efeito multiplicador. Para quem precisa de suporte, usamos treinamentos, mentorias e avaliações 360°.

efe. - Quais habilidades se tornaram indispensáveis — e quais serão decisivas no futuro?

Fernanda - Hoje, adaptabilidade, comunicação, inteligência digital e empatia são essenciais. Para o futuro, pensamento crítico, ética no uso da IA e comunicação intercultural. O erro mais comum? Subestimar a escuta ativa e manter hierarquias rígidas que freiam inovação.

efe. - Como equilibrar alta performance e bem-estar?

Fernanda - Eles são complementares. Na GFT, trabalhamos com políticas de flexibilidade, como horários adaptáveis e modelos híbridos, além de reforçar uma cultura de propósito e ofertarmos benefícios que estão alinhados a busca e ajuda da melhora do bem-estar. Além disso, regularmente temos palestras sobre saúde física e mental para que as pessoas possam tomar consciência de algum sinal que o corpo e a cabeça têm dado e, podem ter sido ignorados e/ou negligenciados pela demanda de trabalho. Pessoas cuidadas entregam mais e melhor.

efe. - Líderes são pressionados a ser empáticos, mas também a entregar resultados rápidos. Na sua opinião, qual é a maior contradição que ninguém gosta de admitir sobre liderar hoje?

Fernanda - Aí está a maior contradição no mundo corporativo: Empatia e inclusão convivem com cobranças por velocidade e resultados imediatos. O desafio é equilibrar urgência com valores e priorizar o que realmente gera impacto sustentável.

efe. - Como a GFT concilia tecnologia avançada e competências humanas?

Fernanda - A GFT tem uma estratégia muito clara: tecnologia e pessoas caminham juntas. Temos investido fortemente em IA, com o uso de nosso principal produto, Winxx, garantindo que a inovação seja ética e centrada no ser humano. Por trás de cada avanço tecnológico, existe

gente e gente precisa de empatia, colaboração e propósito. Para auxiliar nossas pessoas com este avanço tecnológico, oferecemos uma gama de treinamentos técnicos em IA, reforçando nossa cultura de inovação sustentável e o uso de nosso produto Winxx para que o conhecimento teórico possa ser aplicado de forma prática no dia a dia de desenvolvedores (as). Mas, não basta treinar em ferramentas, é necessário desenvolver competências humanas e preparar líderes para um futuro em constante transformação. Na GFT, temos programas robustos que refletem esse compromisso.

efe. - O papel do RH mudou?

Fernanda - Completamente. Hoje, o RH é agente estratégico, antecipando tendências, apoiando decisões do negócio e estruturando jornadas de reskilling e upskilling.

efe. - Alphaville tem se tornado um polo relevante para empresas de tecnologia e serviços. Que características do mercado local você percebe que influenciam o estilo de liderança ou a gestão de pessoas?

Fernanda - Alphaville se consolidou como polo corporativo premium, com infraestrutura, segurança e proximidade com São Paulo. A região atrai talentos que valorizam propósito, cultura e qualidade de vida. Empresas com liderança humanizada, diversidade e inovação se destacam. Não é apenas sobre oferecer bons pacotes, mas sobre criar uma experiência que faça sentido para pessoas que buscam qualidade de vida sem abrir mão de desafios profissionais.

4.800m2

Infraestrutura

MOBILIDADE AÉREA: ALPHAVILLE VISTA DE CIMA

Onde tempo é ativo e distância é custo, voar se tornou parte da rotina corporativa. Alphaville vive essa transformação no topo

Por décadas, São Paulo foi definida pelo trânsito interminável, imprevisível e inevitável – e ainda é assim! Mas enquanto as ruas viravam sinônimo de lentidão, o céu se transformava em uma avenida alternativa. Uma rota silenciosa (para quem vê de baixo) e veloz (para quem tem pressa).

Para fins práticos e comerciais, o helicóptero passou a ser usado nos anos 70. Com ares de raridade, item de luxo de novela das nove, símbolo de magnatas e um privilégio restrito a poucos. Mas em São Paulo, essa lógica mudou rápido. Hoje, a cidade lidera o ranking global de frotas, com 411 aeronaves registradas, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

A classe executiva não demorou a entender o valor de cortar a cidade de ponta a ponta em minutos. Tempo virou ativo. Mobilidade virou estratégia. E Alphaville, naturalmente, entrou na rota.

Por aqui, de acordo com dados da ANAC, há 24 helipontos, entre privados e abertos ao público, sendo dois em solo e o restante em prédios, como Medic Life, Complexo Brascan Alphaville, Pravda e Amazônia.

Para se ter uma ideia, Alphaville é o quinto lugar com a maior concentração de helipontos no Brasil, ficando atrás de São Paulo (185), Rio de Janeiro (56), Angra dos Reis (38) e Campinas (25).

Segundo Jorge Eduardo Leal Medeiros, engenheiro aeronáutico, professor de transporte aéreo e aeroportos da Universidade de São Paulo (USP) e piloto privado, a quantidade de empresas, executivos e moradores de alto poder aquisitivo justifica a demanda.

LUXO OU MOBILIDADE?

A equação é simples: mais tráfego, mais tempo perdido, mais imprevisibilidade. O helicóptero passou a ser a saída razoável — para quem pode pagar, claro — não mais um item de luxo.

“Hoje, ele é uma necessidade para pessoas em que o tempo vale muito. E isso é associado, obviamente, às pessoas que têm mais renda”, explica o professor.

Quem concorda é János Mihály Barna, CEO da Helicenter Alphaville, que opera há 10 anos, sendo um dos poucos helipontos térreos na região de Barueri e Santana de Parnaíba. Para ele, o perfil do passageiro atual está muito mais voltado à produtividade do que ao status. “É uma ferramenta de trabalho, diminuindo o tempo de deslocamento de várias horas no trânsito, por minutos voando, inclusive para o litoral, interior e outros estados”, conta. Ainda de acordo com János, a viagem de Alphaville até o Aeroporto de Guarulhos, um dos destinos mais procurados, leva 15 minutos, diferentemente das longas três horas de carro em horário de pico. Mas, para isso,

há um preço, e ele é de R$ 9.950 – o mesmo para os top destinos: Av. Faria Lima / Berrini e Av. Paulista.

Falando de estrutura, o Helicenter Alphaville tem cinco mil m², funciona 24 horas, com voos diurnos e noturnos (VFR) e pista para helicópteros de até sete toneladas. Só por lá, há uma média de 10 a 20 operações diárias.

Vale dizer também que próximo a Alphaville, em Carapicuíba, fica o Helipark, um dos maiores centros de manutenção, hangaragem e operação de helicópteros da América Latina. Funciona como base logística para aeronaves corporativas, táxi aéreo e voos de treinamento.

TER, FRETAR OU COMPARTILHAR?

Se antes a única forma de voar era ter o próprio helicóptero, hoje o mercado oferece duas novas portas de entrada: o fretamento sob demanda e os modelos compartilhados, impulsionados por empresas como a Revo.

János é categórico: “financeiramente, compensa muito mais fretar do que ter um helicóptero próprio”. E o motivo é simples: manter uma aeronave tem custos altíssimos que inclui hangaragem mensal, salário de piloto e copiloto, combustível, que varia por hora de uso, inspeções obrigatórias, manutenções preventivas, sem falar no custo mensal do investimento.

Por isso, a propriedade exclusiva passou a ser reservada a quem realmente precisa voar com altíssima frequência — empresários que fazem múltiplos trechos semanais, famílias com casas em locais remotos, companhias que mantêm operações industriais espalhadas pelo estado. Em outros casos, a lógica é “pague pelo uso”. Apenas um trecho reservado, um horário marcado e um custo proporcional ao deslocamento.

Nesse cenário, um dos formatos que mais cresce é o da Revo, que realiza voos compartilhados ou particulares com compra de assentos — individuais, múltiplos ou cabine completa — em rotas fixas e sob demanda. De acordo com Patrícia Dib, CMO da marca, a empresa trabalha em um sistema door-to-door, que inclui transporte terrestre em carros executivos blindados até o heliponto.

Em Alphaville, a empresa opera fixamente no heliponto do Brascan, conectando o bairro diretamente à Faria Lima e ao Aeroporto de Guarulhos, com tarifas que variam entre R$ 2.500 e R$ 3.000 por assento, dependendo do horário da operação. Também vale destacar a alta qualidade das aeronaves. “A Revo faz parte do grupo OHI, que não tem registros de acidentes. A empresa opera sempre com aeronaves bimotor e dupla tripulação, além de equipe própria de manutenção”, conta Patrícia.

A Revo conta com modelos de helicópteros para cinco e oito passageiros
Fotos:
Divulgação

O QUE ESPERAR DO FUTURO?

Se atualmente Alphaville já faz parte da rota da mobilidade aérea executiva, o futuro promete ampliar ainda mais esse cenário. A próxima grande onda são os eVTOLs — veículos elétricos de decolagem vertical — que vêm sendo desenvolvidos no mundo inteiro, incluindo no Brasil, e já contam com certificações em estudo pela ANAC, que conduz o processo regulatório para integrar esse novo modal com segurança ao espaço aéreo.

Para o professor Jorge Eduardo trata-se de um momento inédito da aviação: “Nós estamos vivendo um fenômeno raro: existe uma quantidade enorme de aeronaves encomendadas, mesmo antes de estarem operando de fato. Os municípios vão se adaptar e atender a demanda existente, mas isso deve ser deixado muito mais a cargo da iniciativa privada do que eventualmente ao poder público”.

No fim, a impressão é clara: a mobilidade aérea deve deixar de ser exceção para virar mais um capítulo da vida urbana contemporânea. E Alphaville, com o perfil corporativo e a geografia estratégica, está bem posicionada para ocupar um papel de protagonismo nessa nova fase.

Os helipontos de Alphaville

Amazônia (Elevado)

Bradesco Alphaville (Solo)

Bradesco Previdência (Elevado)

Canopus Corporate Alphaville (Elevado)

Castelo Branco Office Park - Torre II (Elevado)

Centro Administrativo Rio Negro (Elevado)

Centro Empresarial Araguaia (Elevado)

Complexo Brascan Alphaville (Elevado)

JÁNOS É CATEGÓRICO: “FINANCEIRAMENTE, COMPENSA MUITO MAIS FRETAR DO QUE TER UM HELICÓPTERO PRÓPRIO”

Crystal Tower (Elevado)

Edifício Gama (Elevado)

Engevix (Elevado)

Evolution Corporate (Elevado)

Grand Brasil (Elevado)

Helicenter Alphaville (Solo)

Icon Alphaville (Elevado)

iTower (Elevado)

Medic Life (Elevado)

Monte Carlo Trade Center (Elevado)

Pravda (Elevado)

Trend Tower (Elevado)

West Corp (Elevado)

West Gate (Elevado)

West Side (Elevado)

18 do Forte Empresarial (Elevado)

Rodovia Presidente Castello Branco
Alameda Xingú Alameda Rio Negro Alameda Tocantins
AlamedaAraguaia
Alameda Araguaia
Avenida Tamboré
Helicenter Alphaville, um dos poucos helipontos da região em solo
János Mihály Barna, CEO da Helicenter Alphaville
Fotos: Divulgação

ALPHA VERT: A NOVA HARMONIA ENTRE NATUREZA E SOFISTICAÇÃO EM ALPHAVILLE

Localizado na valorizada Av. Marcos Penteado de Ulhôa Rodrigues — uma das vias mais práticas e desejadas de Alphaville —Alpha Vert reúne casas e apartamentos de alto padrão, mais de 1.800 m² de lazer e gestão renovada

Em mais de quatro décadas, Alphaville deixou de ser apenas um refúgio e se consolidou como um bairro completo, com infraestrutura moderna, serviços qualificados e acessos que conectam seus moradores à capital com rapidez. A avenida Marcos Penteado de Ulhôa Rodrigues simboliza esse novo momento — e abriga um dos empreendimentos mais sofisticados da região: o Alpha Vert. Mesmo com tantas transformações, duas características permanecem como marca do bairro: segurança e qualidade de vida. Para Pedro Cesarino, CEO da Archote, especializada em empreendimentos de alto padrão, esses atributos seguem decisivos: “Ao longo dos anos, participamos da venda de milhares de imóveis em Alphaville, e segurança e qualidade de vida sempre lideram as motivações. O Alpha Vert vai além: sua localização estratégica na Av. Marco Penteado de Ulhôa Rodrigues tornou-se uma das formas mais rápidas de entrar e sair do bairro”, afirma.

NOVA GESTÃO, NOVA FASE

Com um conceito que une natureza, elegância e contemporaneidade, o Alpha Vert vive um novo capítulo. Desde o fim de 2024, o projeto conta com nova estrutura societária e gestão conduzidas pela Ipê Realty e pela Novo Modo, empresas reconhecidas pela solidez e transparência no mercado. A reestruturação trouxe ainda mais segurança aos futuros moradores, que agora têm garantia de entrega para maio de 2026 e acompanham cada etapa das obras por meio de informes mensais e atualizações digitais.

A futura moradora Cassia Lizie destaca o diferencial: “Compramos o Alpha Vert ainda no lançamento. Tivemos grandes problemas e atrasos com a administradora anterior. Depois que a nova gestão assumiu, obra voltou a avançar e, agora, temos a segurança de que o empreendimento será entregue como foi contratado. O projeto traduz exatamente o estilo de vida que procuramos: moderno, sustentável e acolhedor. E a localização é excelente.”

ARQUITETURA QUE ELEVA O BEM VIVER

O Alpha Vert apresenta 100 casas de 223 m² ou 277 m², todas com três suítes, piscina privativa e churrasqueira, além de 144 apartamentos entre 125 m² e 167 m² — com opções duplex de até 279 m². Seu clube de lazer comum, com mais de 1.800 m², inclui piscinas coberta e descoberta, quadra de tênis, espaço gourmet, salão de festas, brinquedoteca, coworking, beauty place e outras comodidades.

E mais: a empreendimento encontra-se próximo e integrado a Reserva Biológica Tamboré, o que garante aos futuros moradores convívio com áreas naturais, temperaturas mais amenas e vistas contínuas da mata.

Vale lembrar que ainda há unidades disponíveis, uma oportunidade rara para quem busca exclusividade em Alphaville.

Mais do que um endereço, o Alpha Vert simboliza o novo tempo de Alphaville — onde natureza e sofisticação caminham juntas.

“É UM PROJETO QUE TRADUZ EXATAMENTE O ESTILO DE VIDA QUE PROCURAMOS: MODERNO, SUSTENTÁVEL E ACOLHEDOR”, CASSIA LIZIE, FUTURA MORADORA DO ALPHA VERT

Avenida Marcos Penteado de Ulhôa Rodrigues, 1116 Santana de Parnaíba/SP

A MÁQUINA FAZ, MAS QUEM SENTE É VOCÊ:

O VALOR INSUBSTITUÍVEL

DA EXPERIÊNCIA

Por mais avançadas que sejam essas ferramentas, há algo que nenhuma IA consegue replicar, a experiência humana

Ainteligência artificial transformou a forma como trabalhamos, aprendemos e tomamos decisões. Hoje, é possível acessar conhecimento técnico, gerar relatórios, planejar ações e até redigir documentos complexos com o apoio de algoritmos sofisticados. Mas, por mais avançadas que sejam essas ferramentas, há algo que nenhuma IA consegue replicar: a experiência humana.

Recentemente, ouvi a história de Gabriel, um jovem advogado em seu segundo dia de trabalho em um grande escritório. Com apenas 24 anos, terno novo e domínio absoluto de ferramentas de IA, surpreendeu a equipe ao entregar, no mesmo dia, uma minuta de petição com estrutura impecável, jurisprudência atualizada e linguagem refinada.

O resultado foi impressionante — mas não perfeito. Faltava ali a malícia do profissional experiente, o domínio das entrelinhas jurídicas, a intuição de quem já viu aquele tipo de caso antes. Gabriel era promissor, mas ainda era um júnior.

E isso nos leva a um ponto central: a IA acelera o aprendizado, mas não substitui o repertório construído com vivência real. A inteligência pode ser artificial, mas a sabedoria continua sendo exclusivamente humana.

O RISCO DA SUPERFICIALIDADE

DISFARÇADA DE EFICIÊNCIA

Vivemos um paradoxo. Nunca tivemos tanto acesso ao conhecimento e, ao mesmo tempo, estamos nos tornando cada vez mais impacientes com o processo de aprendizado. Um aluno, por exemplo, interrompeu um professor ao dizer que já tinha visto aquele conteúdo em um vídeo de 15 segundos no TikTok. Quando o professor pediu que explicasse, ele hesitou. Havia visto, mas não compreendido.

Essa é a armadilha: confundir velocidade com profundidade. Ver não é entender. Ter acesso à informação não é o mesmo que transformá-la em sabedoria, e isso vale para todos nós, independentemente da área de atuação.

AUTOMATIZAR PROCESSOS, NÃO PESSOAS

A tecnologia veio para facilitar. Automatizar tarefas repetitivas, reduzir desperdícios e ampliar nossa produtividade é não só desejável, mas necessário. O problema é quando começamos a automatizar também nossas decisões, nossos vínculos e até nossas emoções.

A robotização sutil da vida moderna nos faz perder o essencial: o sentir, o improvisar, o refletir. Ser humano é mais do que executar, é conectar-se, adaptar-se, errar e crescer.

Recentemente, eu participei de uma dinâmica entre dois profissionais de perfis distintos. Um jovem dominava todas as ferramentas de IA e criou, em minutos, uma proposta comercial tecnicamente irretocável. O outro, um profissional sênior, foi mais lento, mas utilizou memórias reais, nuances emocionais e experiências passadas para construir uma proposta com mais

A ROBOTIZAÇÃO SUTIL DA VIDA MODERNA NOS FAZ PERDER O ESSENCIAL: O SENTIR, O IMPROVISAR, O REFLETIR. SER HUMANO É MAIS DO QUE EXECUTAR, É CONECTAR-SE, ADAPTAR-SE, ERRAR E CRESCER

profundidade e empatia. Ambos usaram IA, mas só um soube direcioná-la com inteligência humana.

E é esse o ponto: a tecnologia pode entregar respostas, mas quem dá sentido a elas é o ser humano.

Em um mundo que valoriza tanto a velocidade, o desafio é não abrir mão da profundidade. Automatizar sim, mas com consciência. Para que possamos ganhar tempo de qualidade e não apenas preencher a agenda com mais tarefas.

O que você tem automatizado em sua rotina? E o que tem, conscientemente, escolhido desautomatizar?

No fim do dia, o que diferencia profissionais não é apenas o domínio de ferramentas, mas a forma como aplicam o conhecimento com sensibilidade, repertório e propósito. Isso não se aprende em tutoriais, isso se vive. E é exatamente isso que nos torna insubstituíveis.

ESG E IMPACTO POSITIVO: O NOVO DIFERENCIAL COMPETITIVO

DAS EMPRESAS

Parceria entre Great People ESG e GPTW

Barueri e Região impulsiona transformação sustentável nas organizações

Asigla, em inglês, para Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança) é ESG e se refere a um conjunto de práticas de sustentabilidade e responsabilidade corporativa. As empresas que adotam critérios ESG avaliam seu desempenho não apenas pelo lucro, mas também pelo seu impacto ambiental (E), a forma como se relacionam com funcionários e comunidades (S) e a qualidade de sua gestão e ética nos negócios (G). Nos últimos anos, o conceito de ESG deixou de ser uma tendência e se tornou um imperativo estratégico para o crescimento e a reputação das empresas. O que começou como uma pauta das grandes instituições financeiras e do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) hoje é um diferencial competitivo essencial especialmente para negócios que desejam prosperar com responsabilidade e impacto positivo.

Em Alphaville e região, esse movimento tem ganhado força graças à atuação conjunta da Great People ESG, fundada por Carol Pimentel, e do Great Place to Work (GPTW) Barueri e Região, liderado por Bárbara Gianetti e Luise Freitas. Juntas, as duas frentes vêm impulsionando uma nova cultura empresarial, na qual o lucro caminha lado a lado com o propósito e a sustentabilidade.

LIDERANÇA FEMININA À FRENTE

DA TRANSFORMAÇÃO

Com uma trajetória marcada pela inovação e sensibilidade social, Carol Pimentel tem se destacado como uma das principais

vozes quando o assunto é gestão sustentável e impacto positivo. À frente da Great People ESG, Carol tem ajudado empresas de diversos portes a diagnosticar, planejar e implementar práticas ESG estruturadas, alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e às demandas do mercado atual.

Em parceria com o GPTW Barueri e Região, Carol e sua equipe têm apoiado organizações que buscam não apenas melhorar seus indicadores de clima e engajamento, mas também construir um legado de governança, ética e responsabilidade socioambiental. “Nosso papel é traduzir o ESG em ações práticas, acessíveis e mensuráveis, que realmente transformem negócios e pessoas. Cada empresa tem o potencial de gerar impacto positivo. O desafio é descobrir como começar”, afirma Carol Pimentel

UM CONVITE À AÇÃO

O movimento ESG está apenas começando! E Alphaville tem se tornado um polo de referência nesse tema.

Mais do que uma sigla, ESG é uma forma de pensar o futuro dos negócios: com consciência, inovação e impacto real.

A pergunta que fica é: qual impacto sua empresa está gerando? Positivo, neutro ou negativo? Independentemente do tamanho da organização, o primeiro passo é o mais importante. E, com o apoio de iniciativas como a Great People ESG e o GPTW Barueri e Região, esse passo pode se transformar em uma caminhada sólida rumo a um futuro mais próspero, humano e sustentável.

CASES QUE INSPIRAM

Empresas da região, como Embracon, Carglass e BFFC (holding responsável por marcas como Bob’s, KFC e Pizza Hut no Brasil), são exemplos concretos dessa transformação.

Em 2025, durante a premiação das Melhores Empresas GPTW Barueri e Região, realizada em parceria com o Jornal Folha de Alphaville, essas organizações foram destaque com o Certificado Impacto Positivo, uma iniciativa que valoriza práticas ESG inovadoras e consistentes:

• Embracon reconhecida pelo projeto de Transição Energética e pelo programa de Di-

O Papel da Great People ESG

versidade, Equidade e Inclusão, que ampliou oportunidades e impulsionou o engajamento interno.

• Carglass: recebeu certificado pelo projeto “IA no reparo de para-brisas”, que utiliza inteligência artificial para otimizar processos com menor impacto ambiental, além do programa “Mulheres 50+”, que promove inclusão no mercado de trabalho.

• BFFC: se destacou pela transparência e consistência ao divulgar seu Relatório de Sustentabilidade 2024, fortalecendo o diálogo com stakeholders e reafirmando seu compromisso com práticas éticas e sustentáveis.

Por trás de muitas dessas conquistas está o trabalho técnico e estratégico da Great People ESG, que oferece soluções completas para a jornada sustentável das empresas, como:

• Mapeamento e diagnóstico ESG;

• Relatórios e planos de ação personalizados; Definição de políticas com base em materialidade;

• Capacitação e engajamento de lideranças. Essa atuação não apenas fortalece a cultura interna das organizações, como também gera resultados tangíveis em competitividade, reputação e desempenho financeiro.

Por Thais Sant’Ana
Equipe Embracon, reconhecida pelo projeto de Transição Energética e pelo programa de Diversidade, Equidade e Inclusão

Vanessa

Agilidade ou ansiedade?

Descubra o que sua fala diz sobre você

Um profissional de 34 anos buscou avaliação fonoaudiológica relatando que sua diretoria o considerava “muito acelerado”.

Em posição de liderança, o time afirma que ele interrompe constantemente os colegas e transmite uma sensação de pressa. Embora sua fala seja entusiasmada, torna-se cansativa para quem o escuta. Por muito tempo, acreditou que agilidade era sinônimo de competência. Mas havia mais por trás disso: um diagnóstico de transtorno de ansiedade — sem tratamento.

Em ambientes corporativos, onde a comunicação é uma ferramenta estratégica, muitos jovens profissionais têm se destacado, mas também enfrentado desafios silenciosos. Um dos mais comuns é a ansiedade.

A fala acelerada, a respiração ruidosa, a omissão de partes das palavras e a pouca articulação são cada vez mais frequentes entre jovens profissionais. Embora muitas vezes interpretado como entusiasmo, esse padrão pode transmitir uma imagem de confusão, estresse e imaturidade. E mais: pode ser um reflexo direto da ansiedade ou até mesmo um marcador precoce de um futuro diagnóstico, com início ainda na adolescência.

Estudos recentes mostram que a ansiedade afeta a estrutura acústica da fala. Em situações de avaliação social, como reuniões ou apresentações, indivíduos ansiosos apresentam menor dinamismo vocal — com quedas suaves na frequência da voz, menor variação de volume e articulação comprometida. Em mulheres, a ansiedade está associada à fala acelerada e alterações na qualidade vocal. Já em homens, observa-se instabilidade na intensidade e redução na faixa de frequência vocal, dificultando a expressividade.

Esses padrões comprometem a clareza da mensagem e a percepção profissional. Uma voz monótona, acelerada e pouco articulada pode ser interpretada como falta de preparo ou descontrole emocional — mes-

mo quando o conteúdo é relevante. Já uma fala com pouca variação de tom pode sugerir desânimo ou rigidez de comportamento.

A forma como falamos é um indicador de saúde emocional e maturidade. A boa notícia é que isso pode ser tratado. Sessões de fonoaudiologia voltadas à comunicação, práticas de regulação emocional e acompanhamento psicológico ajudam a restaurar a expressividade, a clareza e a confiança na fala.

Além disso, algumas estratégias simples podem fazer diferença no dia a dia corporativo:

• Tenha consciência do seu padrão de comunicação: grave sua fala e escute com atenção;

Treine leitura em voz alta, corrigindo o ritmo e a articulação;

• Respire profundamente antes de começar a falar, para reduzir a tensão e organizar o pensamento.

Se você identifica esses sinais na sua comunicação e percebe impactos na vida profissional ou pessoal, busque orientação especializada — fonoaudiológica e/ou psicológica. Em um mercado competitivo, onde agilidade pode ser confundida com competência, saiba que esse comportamento também causa estagnação profissional e prejuízos ao bem-estar. Para os jovens talentos, reconhecer e tratar os impactos da ansiedade na fala é sinônimo de inteligência emocional.

Ilustração:

COMO O LIFELONG LEARNING TRANSFORMA

TRAJETÓRIAS AO LONGO

DA VIDA

O termo, que significa aprendizado contínuo durante a vida, surgiu na década de 1970, e hoje volta ao foco em meio a transformações aceleradas

Você já ouviu falar em lifelong learning? O termo, que significa aprendizado contínuo ao longo da vida, surgiu na década de 1970 e ganhou força como política educacional, impulsionado por organizações como Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Hoje, em meio a transformações aceleradas, o conceito volta ao centro do debate sobre formação profissional.

Segundo Maria Thereza Rubim Camargo Soares, docente de administração no Mackenzie Alphaville, a velocidade dessas mudanças exige que empresas e profissionais se adaptem rapidamente. “O lifelong learning deve ser entendido como um processo natural e contínuo, no qual o profissional tem de se adaptar à nova realidade, não apenas em um momento específico de sua carreira, mas ao longo de toda a sua vida profissional, identificando, entendendo o cenário e buscando os conhecimentos e ferramentas necessárias para atuar frente a desafios complexos e dinâmicos”, diz ela. O aprendizado contínuo foi decisivo na trajetória de Cauê Oliveira, hoje diretor do Great Place to Work Brasil. Formado em Administração Hoteleira pelo Centro Universitário Senac e pós-graduado em Gestão de Pessoas e Liderança pela Fundação Getúlio Vargas, ele conta que uma formação pouco convencional fez diferença em sua carreira: cursos livres de teatro. “Essa bagagem artística me ajudou a desenvolver comunicação, presença e sensibilidade — habilidades fundamentais no que faço hoje”, relata ele.

Cauê está no Great Place to Work desde 2011 e, ao longo de 15 anos, passou por várias áreas. Foi nesse percurso que descobriu o poder do aprendizado contínuo. “Percebi que, se eu quisesse evoluir como profissional e ocupar espaços que antes pareciam distantes — palcos, públicos grandes, posições de liderança —, eu precisaria me manter sempre em movimento, aprendendo, observando e me atualizando”, conta.

Ele afirma que a prática mudou o rumo da própria carreira e ampliou suas competências de liderança e comunicação: “Aprender continuamente também aumentou minha capacidade de criar: a forma como desenho treinamentos, como faço palestras, como conduzo workshops e até como escrevo. Para mim, lifelong learning é olhar para o mundo com a lente da curiosidade”.

OS DESAFIOS DO APRENDIZADO CONTÍNUO

Para Cauê, no entanto, o tempo é um dos principais desafios para quem decide colocar o lifelong learning em prática: “Em um cotidiano acelerado, cheio de demandas, é fácil deixar o aprendizado para depois. Para superar isso, transformei o aprendizado em rotina, algo que faz parte do meu dia de maneira orgânica, e não como uma tarefa adicional”. Outro desafio é filtrar o excesso de informação: “Há muito conteúdo disponível e nem tudo é relevante. Aqui, a curadoria se torna essencial: seleciono bons autores, referências confiáveis, palestras e temas que realmente se conectam com o meu propósito profissional”, aponta.

CAUÊ OLIVEIRA ESTÁ NO GREAT PLACE TO WORK DESDE 2011 E, AO LONGO DE 15 ANOS, PASSOU POR VÁRIAS ÁREAS. FOI NESSE PERCURSO QUE DESCOBRIU O PODER DO APRENDIZADO CONTÍNUO

“É PRECISO SE ADAPTAR E TER FLEXIBILIDADE

NÃO APENAS DE CONHECIMENTOS TÉCNICOS E DE NOVAS FERRAMENTAS ESPECÍFICAS, DENOMINADOS DE HARD SKILLS, MAS EXIGEM TAMBÉM O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES COMPORTAMENTAIS”, MARIA THEREZA SOARES, DOCENTE DE ADMINISTRAÇÃO NO MACKENZIE ALPHAVILLE

fil de aluno diferente do que se via em anos anteriores. Eles chegam mais conectados, com maior acesso à informação e em busca de uma formação mais ampla, que indique caminhos e desenvolva autonomia.

o papel fundamental no processo de ensi no-aprendizagem, alinhando-o à realidade, com abordagens e enfoques contempo râneos, mas também adotando cada vez mais práticas e metodologias ativas de aprendizagem. Essas metodologias, ado tadas em todas as áreas de formação da universidade, estimulam a autonomia e a independência dos estudantes, proporcio nando engajamento, colocando-os como protagonistas de seus próprios ensinos, com foco no desenvolvimento de habilida des necessárias para suas atuações como profissionais”, pontua Maria.

universidade deve proporcionar atividades de ensino e pesquisa para prepará-los para atuar com as melhores técnicas e ferra mentas, e também para atuarem frente aos desafios, alinhando habilidades técnicas e comportamentais, necessárias ao longo da vida profissional.

não apenas de conhecimentos técnicos e de novas ferramentas específicas, denominados

A Escola Internacional adota metodologias que estimulam protagonismo e investigação, como projetos interdisciplinares, desafios e espaços experimentais

O CAMINHO PARA AS MELHORES UNIVERSIDADES O CAMINHO PARA AS MELHORES

UNIVERSIDADES

Na Escola Internacional de Alphaville, seu filho vive o IB Continuum (PYP, MYP e DP), a jornada de aprendizado que estimula o pensamento crítico e forma Cidadãos Globais.

Kids a Juniors 5 Teens a High School 1 High School 2 e 3

O IB Diploma Programme (DP) é a credencial de alto nível aceita para ingresso direto em universidades no Brasil e em mais de 100 países.

Prepare seu filho para o futuro global.

Um futuro brilhante começa com o primeiro passo. Matrículas abertas.

LANÇAMENTO

RESTAURANTES QUE SÃO VERDADEIRAS EXPERIÊNCIAS

Selva e prisão na região? Calma: é tudo cenário. Entenda por que ambientes temáticos viraram estratégia

As portas de aço se fecham atrás de você com um estalo que reverbera pelo corredor estreito. A luz é baixa, o concreto parece úmido e, por alguns segundos, você quase esquece que veio jantar. Os garçons — ou melhor, os “detentos” — cruzam o salão de macacão laranja, chamando os pedidos como se anunciassem prontuários. No fundo, a cadeira elétrica pisca intermitentemente. No Killer Burger, nova hamburgueria de Alphaville com a temática de prisão, a refeição não começa pelo cardápio: começa pelo clima. E esse clima, ensaiado nos mínimos detalhes, não é acaso. É estratégia.

“A gente sempre trabalhou com a tríade: sabor, cliente e experiência”, explica Diego Couto, sócio da marca. O sabor remete às steakhouses americanas; o atendimento é performático, com profissionais treinados para improvisar e criar familiaridade; e a experiência fecha a equação, com cenografia, narrativa, figurino e um

ambiente 100% instagramável. “Não quero que a pessoa venha só pelo hambúrguer. Ela vem viver algo.”, completa o empresário. O resultado? Um público que responde. “Isso desperta pertencimento. Ele se sente parte da história. E volta”. E os números confirmam: No primeiro mês, foram 2.500 clientes. No segundo, 3.470. Não é apenas uma refeição. É uma experiência entregue como espetáculo. Obviamente isso também tem preço: uma unidade da Killer Burger não sai por menos de R$ 4 milhões.

No Parque Shopping Barueri, a novidade segue a mesma lógica da experiência. O Mundo Animal, recém-inaugurado, aposta no universo lúdico da selva para transformar a refeição em entretenimento. O ambiente é totalmente cenografado: móveis revestidos com estampas de animais, estruturas de madeira, folhagens, iluminação temática e telões que criam a sensação de estar dentro de um cenário infantil.

Fotos Killer Burger: Gabriela Ribeiro
O Killer Burger foi inspirado nos presídios americanos

A marca também adapta a decoração de acordo com datas comemorativas, reforçando o caráter de espetáculo permanente. A ideia é simples e eficiente: juntar comida, fantasia e memória afetiva em um só lugar.

“O único Mundo Animal da região será no Parque Shopping Barueri, então estamos muito empolgados com o sucesso que fará”, diz o centro de compras via assessoria.

A ECONOMIA DA EXPERIÊNCIA

CHEGOU AO PRATO

Esses são alguns exemplos de um movimento maior que vem acontecendo no setor. Restaurantes temáticos, antes vistos como curiosidade, viraram estratégia de negócio. A lógica: o consumidor atual não busca apenas alimentação, mas vivência.

Os dados do setor reforçam isso. Segundo a HTF Market Insights, o mercado global de experiential dining (restaurantes de experiência) deve crescer de US$ 16,9 bi em 2025 para cerca de US$ 47,6 bi até 2033, com alta forte de público buscando mais do que apenas refeição, empatia, narrativa e cenário.

Além disso, conforme o Restaurant Trend Report 2024, restaurantes com ambientes “instagramáveis” (interiores temáticos, visual atrativo) registraram aumento de até 22% no fluxo de clientes, já que consumidores buscam espaços que sejam visualmente compartilháveis nas redes sociais.

De acordo com Bruno Gorodicht, coordenador da Comissão de Food Service, da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o apelo temático costuma gerar maior faturamento médio ou e também mais fluxo de clientes. “Trata-se do valor agregado no produto. Não é servido apenas um produto comum, e sim um produto temático que acompanha sempre uma experiência, e isso faz aumentar o ticket médio do consumo. É possível cobrar mais um pouco por isso”, conta.

A decoração do Killer Burger, em Alphaville, inclui réplicas de veículos americanos, como táxi e viatura policial

MAS POR QUE TANTOS

RESTAURANTES ESTÃO

APOSTANDO EM TEMAS?

A resposta se apoia em evidências de mercado e estudos de comportamento, que apontam para pelo menos três pilares estratégicos:

1. Diferenciação

Em um cenário em que a concorrência entre restaurantes é cada vez mais acirrada, a tematização surge como uma vantagem clara. Segundo um artigo no Mercado & Consumo, a estética temática — arquitetura, figurino, som — cria um ambiente inteiramente envolvente, capaz de transportar o cliente para um universo distinto.

2. Economia da experiência

De acordo com a Associação Nacional de Restaurantes (ANR), para 2025 é esperado que experiências interativas e imersivas sejam cada vez mais valorizadas no setor: “os consumidores valorizam não só o que está no prato, mas toda a história por trás da refeição.”

Além disso, segundo um relatório sobre o conceito de food & entertainment, os clientes modernos buscam vivências que combinem gastronomia e entretenimento, ou seja, ambientes instagramáveis, narrativa sensorial e interações que transformam a refeição em evento.

Seguindo essa linha, o especialista da ABF ainda destaca: “Desde a pandemia, o público está muito mais aberto a entretenimento. Tanto é que tivemos um crescimento enorme em eventos. Com este novo comportamento, o público busca novas experiências, e aquele estabelecimento que souber aproveitar isso, sai ganhando”.

3. Branding sensorial

O marketing experiencial no setor de restaurantes tem sido estudado por pesquisadores. Um estudo acadêmico de marketing da FUMEC aponta que a satisfação do cliente em estabelecimentos temáticos depende muito da atmosfera (iluminação, decoração, som), que pode “exceder as expectativas e gerar encantamento”.

“A GENTE SEMPRE TRABALHOU COM A TRÍADE: SABOR, CLIENTE E EXPERIÊNCIA”, EXPLICA DIEGO COUTO, SÓCIO DA KILLER BURGER
Fotos: Divulgação
Acima e abaixo, Mundo Animal, no Parque Shopping Barueri

MINI-CASES: OS TEMAS QUE MOVEM MULTIDÕES

Embora a região de Alphaville esteja surfando agora a nova fase dos restaurantes temáticos, a verdade é que esse movimento não nasceu ontem. Há décadas, marcas globais entenderam que música, fantasia e storytelling criam conexão — e transformam refeições em rituais de entretenimento.

O exemplo mais emblemático é o Hard Rock Café, talvez o restaurante temático mais famoso do mundo. A grife, que hoje tem 290 estabelecimentos em mais de setenta países – só no Brasil há uniades em Ribeirão Preto, Fortaleza, Florianópolis, Curitiba e Gramado –anunciou sua primeira unidade em São Paulo, prevista para inaugurar ainda no fim de 2025 na Avenida Paulista. O conceito permanece o mesmo que transformou o Hard Rock em ícone pop: memorabilia de artistas, shows ao vivo, clima de arena musical e gastronomia norte-americana clássica.

Outra prova dessa tendência é o Bob Esponja Burger & Restaurante, aberto em São Paulo no segundo semestre de 2023, no bairro da Vila Mariana. Inspirado literalmente na Fenda do Biquíni, com cenografia da casa do Bob, do Siri Cascudo e dos personagens, o restaurante virou fenômeno de filas e redes sociais. O apelo? Nostalgia, imersão e a chance de “entrar” no desenho animado que marcou uma geração. Já o Cavern Club, inspirado no lendário pub de Liverpool onde os Beatles começaram suas apresentações (e que segue ativo até hoje), ganhou uma versão brasileira no Shopping Vila Olímpia. O espaço replica a estética dos bares ingleses de tijolinhos, palco intimista e shows ao vivo, e atrai tanto fãs de rock quanto quem busca um ambiente temático para jantar e assistir apresentações. Aqui, a experiência é menos “instagramável” e mais emocional: o tema é música, memória e performance.

O TEMA VAI BASTAR?

O avanço dos restaurantes temáticos não é obra do acaso. O movimento aponta para um consumidor que escolhe menos pelo prato e mais pelo conjunto: ambiente, narrativa, serviço e vivência.

O desafio, porém, permanece o mesmo: tema atrai, qualidade fideliza. E, no fim, a pergunta que guia o setor já mudou — não é mais “onde vamos comer?”, mas “que experiência queremos viver hoje?”.

Unidade do Hard Rock Café de Atlanta (EUA)
Bob Esponja Burguer & Restaurante em São Paulo

COMUNICALE 25 ANOS: A AGÊNCIA QUE CRESCEU JUNTO COM

ALPHAVILLE

Nascida do olhar de duas moradoras, a empresa se tornou referência em comunicação no bairro. Confira!

Quando fundaram a Comunicale, há 25 anos, Ana Paula Boralli Peres e Patrícia Fernandes buscavam conciliar maternidade e carreira. O que começou como uma operação enxuta em Alphaville se tornou uma agência que atravessou revoluções tecnológicas, ampliou fronteiras e ajudou a moldar a comunicação local. A seguir, elas revisitam essa trajetória e os desafios da próxima década.

efe. - A Comunicale nasceu em Alphaville há 25 anos. O que motivou a criação da agência?

Comunicale - Nós somos da primeira geração que desbravou o bairro. Tínhamos formações complementares e o desejo de equilibrar vida pessoal e trabalho. Alphaville crescia rápido, e a agência cresceu junto, mantendo proximidade com clientes e entendendo suas dores reais de comunicação.

efe. - Qual foi o momento que consolidou a agência na região?

Comunicale - Em três meses já atendíamos a Macromedia e o Shopping Tamboré, um marco que nos deu visibilidade. A partir dali vieram inaugurações importantes, empreendimentos imobiliários e um portfólio que hoje supera 100 empresas.

efe. - O que mais mudou na comunicação desde então?

Comunicale - Tudo. Saímos do fax para o e-mail, depois para os smartphones e redes sociais. O público passou a incluir influenciadores e formadores de opinião, ampliando nosso escopo além da imprensa tradicional.

efe. - Qual o segredo de manter a equipe motivada por tanto tempo?

Comunicale - Relacionamento próximo. Temos reuniões semanais, colaboração constante e participação direta das sócias no planejamento de cada conta. Isso cria confiança e fortalece o time.

efe. - Que conselho vocês deixam para mulheres que empreendem?

Comunicale - Equilibrar vida pessoal e carreira é desafiador, mas possível. Busquem atualização contínua e valorizem suas equipes — esse é o maior ativo de qualquer negócio.

efe. - Como a agência se reinventou com o boom dos influenciadores?

Comunicale - Fomos pioneiras em promover conexões entre micro influenciadoras e influenciadores relevantes que vivem aqui com as marcas locais. As novas tecnologias chegaram para dinamizar tarefas e processos, mas a essência de uma boa agência de PR continua sendo a qualidade dos relacionamentos — e isso nem a inteligência artificial vai mudar.

efe. - O que a pandemia ensinou?

Comunicale - Foram aprendizados profundos, que transformaram a imprensa e o nosso trabalho. Hoje, por exemplo, temos um modelo mais híbrido, com colaboradores em diferentes regiões. E atendemos clientes no Brasil e na América Latina, com rotinas apoiadas por videoconferência, WhatsApp e IA.

efe. - Como vocês acompanharam as transformações de Alphaville nesses 25 anos?

Comunicale - Como habitantes, sentimos os benefícios e os desafios do crescimento acelerado — e o trânsito é, sem dúvida, um deles. O perfil do público também está diferente com a verticalização dos imóveis e a chegada de influenciadores de diferentes segmentos. Como empresárias, vemos esse desenvolvimento de forma positiva: a atração de grandes marcas fortalece o ecossistema e impulsiona os negócios locais.

efe. - Qual o papel da comunicação local no fortalecimento dos negócios?

Comunicale - Alphaville cresceu muito, mas possui uma comunicação particular. Por aqui, é preciso entender como se conectar com públicos específicos — como moradores de residenciais horizontais, de difícil acesso, e as empresas. Recebemos muitos clientes que tentam ações isoladas, sem planejamento e continuidade e não conseguem ter resultado. Por isso, para cada cliente na Comunicale pensamos em uma estratégia personalizada e desenhada para atingir seus objetivos com precisão.

efe. - O que Alphaville representa para a história da Comunicale?

Comunicale - Foi uma coincidência feliz que virou vantagem competitiva. Aqui nossas conexões são genuínas e nosso olhar profissional é mais sensível por fazer parte da comunidade.

efe. - Quais os novos desafios da comunicação para a próxima década? E qual legado querem deixar?

Comunicale - O desafio é equilibrar tecnologia e pessoas. Nosso legado é a conexão: unir marcas, poder público, parceiros e a comunidade para fortalecer o ecossistema local.

Ao lado, as sócias da Comunicale, Ana Paula Borelli e Patricia Fernandes; abaixo, junto com a equipe toda e um time de parceiros e influenciadores atendidos pela agência

A informação que importa

A informação que importa é aquela que é relevante e útil para a tomada de decisões.

Ela pode ser classificada em diferentes tipos, como informação qualitativa e quantitativa, e é fundamental para a comunicação e a gestão de resultados. A forma como a informação é apresentada, através do “efeito de enquadramento”, influencia a percepção e a interpretação, tornando-se crucial para a construção de opiniões e decisões informadas.

Além disso, a relevância da informação é determinada por critérios como utilidade, atualidade e aplicabilidade, sendo essencial para o sucesso em diversas áreas, como negócios e educação.

KAKÁ DINIZ: DO MENINO QUE SONHAVA COM AVIÕES AO EMPRESÁRIO QUE PILOTA MÚLTIPLOS NEGÓCIOS

À FRENTE DE UM DOS ECOSSISTEMAS MAIS ROBUSTOS DO ENTRETENIMENTO E DO MARKETING, KAKÁ REVELA QUE TÊM FÔLEGO PARA EMPREENDER EM MUITAS OUTRAS ÁREAS E CUIDAR DO SEU MAIOR BEM: A FAMÍLIA

Fotos Omar Paixão
Por Thais Sant’ Ana e Gabriela Ribeiro
“MINHA MISSÃO NÚMERO UM É A FAMÍLIA. ACIMA DE QUALQUER EMPRESA. QUERO QUE MEUS FILHOS SEJAM PESSOAS DE CARÁTER, RESPONSABILIDADE E PRINCÍPIOS INEGOCIÁVEIS”

Ao entrar na sala onde Kaká Diniz recebe a equipe da efe., percebe-se rapidamente que aquele não é apenas um escritório: é um território. Um espaço que revela, ao mesmo tempo, o menino do Ceará que sonhava em pilotar aviões e o empresário que hoje administra um dos ecossistemas mais robustos do entretenimento e do marketing de influência no Brasil.

A estante ao fundo, impossível de ignorar, funciona quase como um mapa da sua vida. Ali estão suas paixões pessoais: miniaturas de aviões, motos de corrida, o capacete icônico de Ayrton Senna, motores em escala, cavalos e, claro, fotos de família. O ambiente tem alma. Tem história. É um reflexo exato de Kaká, que habita com naturalidade essa fronteira entre o pessoal e o profissional.

Casado com a cantora Simone Mendes e pai de dois filhos, ele organiza sua rotina para que tudo — negócios, decisões, ambições — orbite o eixo da família. “Minha missão número um é a família. Acima de qualquer empresa. Quero que meus filhos sejam pessoas de caráter, responsabilidade e princípios inegociáveis”, conta.

Hoje, à frente da Non Stop e de um conjunto de empresas que vai da música à tecnologia, da segurança baseada em IA à construção civil, Kaká também lidera a NS Academy, projeto educacional que nasceu para formar novos talentos do digital. A inauguração oficial da sede, que aconteceu no mesmo dia desta entrevista, deu o tom do momento que ele vive: expansão, solidez e a convicção de que está construindo algo maior que uma empresa, um ecossistema.

E foi justamente essa visão que o trouxe a Alphaville, onde encontrou a equação perfeita entre trabalho, logística, presença e qualidade de vida. Confira a entrevista!

efe. - Que você era um apaixonado por aviação e cavalos a gente já sabia. Mas motos e Fórmula 1 é novidade…

Kaká - A moto que você viu aqui (uma Repsol) é a miniatura de uma moto que eu tenho. Só existem 93 delas no mundo, apenas duas no Brasil e uma é a minha. Eu ganhei a miniatura de presente de um amigo. Já o capacete é réplica do Ayrton Senna. Eu gosto de velocidade e adoro acompanhar a Fórmula 1.

efe. - E a sua história com a aviação, como começou?

Kaká - Começou com um sonho de criança. Em Sobral, o pai de um menino que eu admirava muito era piloto de avião. E esse menino brincava de pilotar aeromodelo, aqueles aviões de controlo remoto. Eu não tinha condições, mas um dia eu também pude comprar um, comecei a treinar e fui me apaixonando cada vez mais por aviação. Anos depois, em 2016, eu estava em Goiânia, na pior fase da minha vida, desempregado, quebrado, tinha perdido todos os meus negócios, e a Simone sabia que eu sonhava em ser piloto. Ela me deu o curso de presente, estudei em casa, passei na prova e virei piloto. Mas sempre foi hobby, nunca profissão.

Kaká em seu escritório e com sua família

efe. - Cavalos também são um hobbie?

Kaká - Com cavalo, eu me apaixonei primeiro, depois, em 2019, virou investimento. Eu já praticava vaquejada no Nordeste, me apaixonei pelo esporte e fui me conectando com pessoas da área. Acabei conhecendo quem investia em Quarto de Milha e entrei nesse universo. Hoje somos proprietários de direitos de sêmen de animais importantes, como o Dash Ta Fame. Temos dezenas de cavalos em reprodução anualmente, espalhados em diferentes haras, com o maior volume em Boituva.

efe. - Você mencionou ter vivido sua pior fase em Goiânia. O que aconteceu?

Kaká - Quando me mudei para lá, precisei desfazer dos meus negócios em Fortaleza: um escritório de assessoria ambiental e uma empresa de locação de carros. Acabei sem nada, desempregado, sem renda. Foi a pior fase da minha vida. E foi ali que a Simone me deu uma chance de recomeçar. Aprendi que Deus usa até o deserto para realinhar propósito.

efe.- Já hoje você também tem muitos negócios. Quais são seus principais projetos?

Kaká - Meu core business é a Non Stop. É onde eu mais me dedico e onde minha vida profissional faz mais sentido. A partir dela nasceram vários outros braços. Lançamos a NS Academy, uma escola focada em formação de criadores de conteúdo. Também construímos casas de alto padrão no Ceará, em São Paulo e nos Estados Unidos. Temos uma empresa de segurança baseada em inteligência artificial que presta serviço para órgãos públicos e empresas privadas no Brasil inteiro. Investimos em jogadores de futebol, em novos talentos e em vários projetos paralelos.

“HOJE, QUEM NÃO ESTÁ NO DIGITAL É COMO O CORPO SEM ÁGUA: ATÉ SOBREVIVE POR UM TEMPO, MAS DEPOIS MORRE”

efe.- Hoje todo mundo tem um influenciador que gosta de acompanhar nas redes sociais. Mas poucos sabem o que está por trás do mercado de marketing de influência: como você explicaria esse negócio?

Kaká - Marketing de influência é uma ferramenta dentro do marketing digital. Não é um negócio em si. Ele envolve copywriting, tráfego pago, estratégia, comercial… É um ecossistema que fortalece a marca, seja ela uma pessoa ou uma empresa. Hoje, quem não está no digital é como o corpo sem água: até sobrevive por um tempo, mas depois morre. E ser creator não é simples. Número não significa resultado. Comunidade vale mais que quantidade.

efe.- O que você aprendeu convivendo com influenciadores?

Kaká- Que dinheiro, fama e poder são passageiros. Que devemos tratar todos por igual. E que o influenciador enfrenta um desafio sério com ego e vaidade, justamente porque tudo acontece rápido. Um vídeo viraliza e no dia seguinte a vida muda. E nem todos têm estrutura emocional para isso.

efe.- Como você lida com esses conflitos na Non Stop?

Kaká - Sendo sincero. Se quiser caminhar comigo pela minha verdade, ótimo. Se não quiser, a porta de saída é a mesma da entrada. Não obrigo ninguém a ficar. Influenciadores incríveis existem, mas também existem os que mudam a postura conforme crescem. Faço tudo com racionalidade, nunca com emoção.

efe.- E como vocês escolhem novos influenciadores: identificando novos talentos ou essa demanda chega naturalmente?

Kaká - Nós identificamos talentos e também recebemos muitos nomes. Mas temos uma curadoria forte. Já recusamos artistas extremamente famosos por histórico ou falta de alinhamento. Não é sobre quantidade, é sobre construção de carreira.

efe. - E qual é o diferencial da Non Stop?

Kaká - O que entregamos ninguém entrega: nossa estrutura, nosso modelo, nossa forma de trabalho, nosso relacionamento. Não é arrogância; é um fato baseado em resultados. Quando você tem excelência no que faz, você se torna único no seu mercado.

efe. - Você está bem presente na operação da Non Stop, além de ter tantos outros negócios. Como você organiza sua rotina?

Kaká - Eu não sou um cara de mesa. Não fico sentado atrás de uma bancada. Trabalho em movimento: na sala, numa reunião, no carro, em casa. Meu foco é construir coisas novas. Mas apesar da loucura, não deixo o trabalho ocupar todo o meu dia. Acordo, oro, tomo banho, leio alguma coisa e levo meus filhos para a escola – e isso é sagrado. Vou para a academia, venho para o escritório, busco meus filhos e à tarde geralmente trabalho em casa. Segunda-feira é o dia oficial da família. Não marco absolutamente nada de trabalho.

efe. - E quando você está em casa trabalhando, o que faz?

Kaká - É quando eu escrevo. Lancei meu terceiro livro recentemente (Recalcule sua rota: Recupere o controle da sua vida, restabeleça seu tempo e redefina suas prioridades), que se tornou best-seller no primeiro mês. Já tenho outros três projetos desenhados. O próximo é uma conversa entre pai e filho, um manual para pais construírem princípios e valores nos filhos. Mistura minhas dores, minhas experiências e reflexões sobre paternidade.

Nas fotos, Kaká com seus hobbies cavalos e aviões, surfando com o filho e junto com seus sócios na Non Stop

QUERÍAMOS UM LUGAR COM CARA DE INTERIOR, MAS PERTO DE SÃO PAULO. BARUERI É EXATAMENTE ISSO. ALÉM DA NON STOP ESTAR AQUI, TEMOS TRANQUILIDADE, SEGURANÇA, LIBERDADE PARA OS FILHOS, E AINDA ESTAMOS PERTO DA FAZENDA, DO AEROPORTO E DE TUDO QUE FAZ PARTE DO NOSSO DIA A DIA

efe.- Recentemente um vídeo seu com seu filho Henry viralizou: ele vendendo brinquedos e o iPad para pagar uma dívida com joguinhos online. Qual a principal lição que você tenta passar aos seus filhos?

Kaká - A palavra direciona, mas o exemplo arrasta. Se meus filhos chegarem aos 18 anos sem serem melhores do que eu e a mãe deles, nós fracassamos. Minha missão número um é a família. Acima de qualquer empresa. Quero que eles sejam pessoas de caráter, responsabilidade, princípios inegociáveis. E ensino sobre fama também: ela abre portas, mas cria muitos desafios, gente interessada, gente crítica, gente que te olha torto só por você ser filho de alguém famoso. Eles precisam saber navegar isso. O Henry tem essa veia empreendedora. Ele faz negociações, vende coisas, fala que quer ser empresário.

efe. - Sua filha, Zaya, é mais apegada com a mãe... gosta de cantar. Será que ela vai seguir os passos da mãe?

Kaká - Não é que eu não queira. Ela vai ser o que quiser. Mas a vida de cantora é uma vida sacrificada. Nos primeiros anos do Henry, eu quase não vi o crescimento dele porque vivíamos em turnê. Ele foi criado por uma babá que virou família. Com a Zaya foi diferente porque ela nasceu na pandemia. Desde então venho recalculando minha rota para estar mais presente em tudo, inclusive em festa de escola, nunca faltei. A fama expõe e cobra um preço emocional. É preciso maturidade para lidar com isso.

“SOMENTE A PARTE DE MARKETING DIGITAL DEVE ULTRAPASSAR 150 MILHÕES DE FATURAMENTO EM 2026. O GRUPO COMO UM TODO — SOMANDO TODOS OS NEGÓCIOS — JÁ ULTRAPASSA MEIO BILHÃO EM VALOR ECONÔMICO”

efe. - A família toda está se adaptando bem a Alphaville? Como foi a decisão da mudança para São Paulo?

Kaká - Moramos em Fortaleza, depois em Goiânia, depois voltamos para Fortaleza antes de vir para São Paulo. Eu vinha toda semana para cá por causa da Non Stop até perceber que precisava estar presente fisicamente. Eu mordi minha língua: odiava São Paulo. Mas percebi que para quem quer trabalhar e conquistar espaço, este é o melhor lugar. A decisão foi 100% pelo trabalho. Logisticamente, para a Simone, também é perfeito: São Paulo conecta ao Brasil e ao mundo.

efe. - Por que Alphaville especificamente?

Kaká- Porque buscávamos o que já conhecíamos: moramos em Alphaville em Fortaleza e em Goiânia. Queríamos um lugar com cara de interior, mas perto de São Paulo. Barueri é exatamente isso. Aqui temos tranquilidade, segurança, liberdade para os filhos, e ainda estamos perto da fazenda, do aeroporto e de tudo que faz parte do nosso dia a dia.

efe.- Falando em futuro, quais são as metas de crescimento e novos negócios para os próximos anos?

Kaká - Somente a parte de marketing digital deve ultrapassar 150 milhões de faturamento em 2026. O grupo como um todo — somando todos os negócios — já ultrapassa meio bilhão em valor econômico. Vamos expandir para marketing B2B, acelerar a NS Music e ampliar projetos como a WTV, canal digital do Whindersson Nunes com mais de 45 milhões de inscritos, que estamos transformando em uma TV 24 horas.

Kaká com um dos principais creators da Non Stop, Whindersson Nunes e em família

A VIDA ENTRE RESERVAS BIOLÓGICAS

Alphaville sempre foi conhecida pelo verde. A expansão urbana acelerada, claro, preocupa. Mas saber que vivemos entre reservas biológicas protegidas e que muitos novos lançamentos buscam integrar paisagem e preservar o verde, tranquiliza

Por Gabriela Ribeiro
Foto:
Felipe
Barros
Reserva Biológica do Tamboré

Amanhã na casa de Ana Luísa Carlessi Carboni, de 38 anos, começa antes do relógio. Aos primeiros raios de sol, ainda tímidos, por trás das árvores altas do Itahyê, ela, o marido e os filhos — Nicholas, 12, e Vinícius, 7 — já escutam o canto insistente dos passarinhos que dominam o amanhecer do condomínio. Não é exagero chamar de sinfonia: arapongas, corujas, sabiás e outras aves se revezam em um coral que faz parte do cotidiano da família.

O ar chega frio, mais frio do que na região central de Alphaville. Às vezes, há neblina leve encostando na mata que cerca o residencial. “É diferente. Você sente o ar entrando de outro jeito”, diz Ana Luísa. Eles tomam café enquanto olham pela janela, e a vista é sempre de verde. Não de jardim, de mata mesmo: viva e alta.

Ao fim do dia, o ritual se repete, mas com outra cena. O pôr do sol atravessa as copas da Reserva Biológica do Tamboré, um dos maiores fragmentos preservados de Mata Atlântica da Região Metropolitana, e colore a sala da casa com tons alaranjados. É ali que Nicholas e Vinicius brincam, fotografados quase sempre contra o mesmo cenário: o sol descendo atrás da reserva, que se estende como um tapete verde até onde a vista alcança.

“Você sente que está em Alphaville, mas parece interior”, descreve a moradora. Teiús, corujas e até aranhas fazem parte da paisagem, e até disso a família aprendeu a gostar. “A gente divide espaço com os animais. Faz parte quando se vive perto de uma reserva.”, conta ela, que é presidente e fundadora do

“A GENTE DIVIDE ESPAÇO COM OS ANIMAIS. FAZ PARTE QUANDO SE VIVE PERTO DE UMA RESERVA.”

SOS Pet Alpha, instituição de resgate, reabilitação e adoção de cães e gatos.

A GEOGRAFIA DO VERDE

A Reserva Biológica do Tamboré, sob gestão de Santana de Parnaíba, é hoje a joia ambiental da região. Com área superior a três milhões de metros quadrados, mais de 190 espécies de plantas, 140 de aves, 19 nascentes e quatro bacias hidrográficas, ela preserva Mata Atlântica de alto valor ecológico, funcionando como um “pulmão natural” entre condomínios, avenidas e novos polos corporativos. A reserva faz fronteira com residenciais como Itahyê e Tamboré 10, o que garante aos moradores proximidade física e sensação de contato com a mata — embora nem todos os lotes tenham vista direta para o núcleo preservado.

Do lado de Barueri, quem cumpre papel semelhante é o Parque Ecológico do Tietê, além de áreas preservadas em residenciais como Villa Solaia e Green Valley e trechos protegidos da APA Várzea do Tietê. A Prefeitura contabiliza hoje 87.461 m² de áreas verdes preservadas só neste trecho da cidade.

É pouco? É muito? Em uma região que cresce a cada ano é mais do que se imagina — e, talvez, menos do que Alphaville precisará no futuro.

COMO SE PRESERVA QUANDO A CIDADE AVANÇA?

A preservação ambiental na região segue uma série de legislações federais, estaduais e municipais, além de resoluções

específicas que regulam manejo, supressão e ocupação no entorno das reservas. Mas, na prática, o que isso significa?

Significa limites. Em Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Área de Proteção Ambiental (APA), a construção é restrita. Em áreas adjacentes à reserva, qualquer supressão precisa de estudo prévio e compensação ambiental. E condomínios próximos à mata passam por planos específicos de manejo, poda, drenagem e convivência com fauna.

Um exemplo é o Residencial Gênesis II, inserido dentro da Reserva Vuturussu, uma associação comunitária com área preservada de mais de 2,5 milhões de metros quadrados dedicada à biodiversidade da região – e que mantém programas permanentes de educação ambiental e integra moradores às práticas de preservação.

Além da proteção à fauna e flora locais, a Vuturussu cria um microclima próprio: ar mais puro, temperaturas mais amenas e sensação real de “refúgio natural” dentro de Alphaville. Ali, além da vista, viver perto da mata é ter acesso a três trilhas ecológicas, um lago com áreas de contemplação e meditação, e até um espaço ecumênico voltado ao silêncio e à convivência.

De acordo com o condomínio, também foram adotadas medidas de sustentabilidade, como reúso de água para irrigação, calçadas verdes para infiltração natural, posto de descarte sustentável (óleo, pilhas, baterias e outros materiais), coleta seletiva e compostagem e carros elétricos para serviços internos e ronda.

Os filhos de Ana Luísa Carboni: Vinicius e Nicholas aproveitando o por do sol

Fauna e flora de Alphaville

Espécies típicas da região que ainda sobrevivem nos fragmentos preservados:

Flora

• Jerivá

• Pau-jacaré

• Embaúba

• Capixingui

• Tapiá

• Pau-viola

• Fumo-bravo

Fauna

• Corujas

• Teiús

• Saruês

• Tucanos (registros recorrentes)

• Lagartos

• Diversidade grande de aves canoras

• Pequenos mamíferos silvestres

O VERDE COMO DIFERENCIAL NO MERCADO IMOBILIÁRIO Alphaville sempre usou o verde como atributo. Mas, se antes bastava estar próximo ao verde, os lançamentos mais recentes buscam algo mais ambicioso: vida integrada à paisagem, e não apenas vizinha a ela. A Arqos lançou recentemente o DistritQ, bairro planejado ao lado de uma reserva biológica, com mais de 600 mil m². Em vez de tratar a mata como limite, o projeto se apoia nela como identidade: ruas, percursos e áreas comuns são pensados para dialogar com o entorno. É uma urbanização que nasce a partir da paisagem. “O Distritq é zona de amortecimento da reserva biológica, o uso de espécies nativas nos empreendimentos e na urbanização proposta pela Arqos, amplia os corredores verdes da região, fazendo com que a flora e a fauna permeiem pelos residenciais e se fortaleçam”, conta Karen Alves, diretora de planejamento, projetos e ESG da Arqos.

O Cantalupe, parceria entre Artesano Urbanismo e MPD, também traduz bem essa nova leitura. Posicionado entre o Alphaville 0 e o 1, o projeto aposta em uma relação cotidiana com a natureza, do conceito simbólico de colher frutas no caminho ao uso do paisagismo como espinha dorsal do empreendimento. Outro exemplo é o Aura Tamboré, da CNL, localizado na Avenida Marcos Penteado. O empreendimento faz uso de uma das maiores frentes verdes da região, valorizando de forma explícita a vista contínua para áreas naturais.

Já o Alpha Vert, da RSF Empreendimentos e Ipê Realty, também na Marcos Penteado, reforça esse movimento ao posicionar o verde como ativo emocional e imobiliário. A proposta combina convívio com áreas naturais, temperaturas mais amenas e vistas contínuas de mata, com a praticidade de estar a minutos da infraestrutura urbana que caracteriza Alphaville.

Na mesma região, a NLS Incorpora-

Como as áreas verdes são preservadas?

A proteção de reservas e áreas de preservação permanente (APPs) não depende apenas de leis, exige ações práticas e contínuas do poder público. Por legislação federal, estadual e municipal, cidades como Barueri e Santana de Parnaíba têm as seguintes obrigações:

Fiscalização ambiental contínua

• Monitoramento de fauna e flora

• Recuperação e manutenção da vegetação nativa

• Educação ambiental

Gestão adequada de resíduos e drenagem

• Prevenção e combate a incêndios

• Licenciamento e controle de obras

Manejo das áreas verdes

dora aposta em um projeto diferente: o Ocean Club Alphaville, um clube com mais de 20 modalidades esportivas que propõe ser um refúgio ao ar livre, com trilhas, áreas de descanso, praia artificial de 12 mil m² e piscina com tecnologia Endless Surf, referência internacional capaz de gerar ondas personalizadas e constantes. A proposta é unir natureza, movimento e lazer em um só lugar, reforçando a busca por experiências que valorizam o contato com o verde.

Por fim, a JMF, com o Bosque Alphagran, aposta em um empreendimento com vistas abertas para a mata preservada do entorno. Com torre única, uso inteligente de vegetação nativa e áreas comuns voltadas para iluminação natural e ventilação cruzada.

O FUTURO POSSÍVEL

Viver em Alphaville, perto e integrado à mata, é um privilégio enorme. Não se trata do luxo das piscinas infinitas, mas o do silêncio, da brisa fresca, das manhãs com pássaros, do

pôr do sol que entra pela sala e das crianças correndo com cenário de floresta ao fundo. Mas privilégio também exige cuidado. O avanço imobiliário na região, embora natural em um bairro que continua em expansão, precisa caminhar lado a lado com fiscalização rigorosa, licenciamento responsável e participação ativa dos moradores. As reservas que tornam Alphaville única não são garantias eternas: dependem de regras claras, monitoramento constante e, principalmente, vigilância coletiva.

Quando algo parece fora do lugar, seja corte irregular de vegetação, queimadas, movimentação suspeita, obras em áreas sensíveis, animais machucados, a denúncia não é só recomendada: é parte da preservação (confira no box os canais de contato das prefeituras).

Tudo isso para que Nicholas, Vinícius e todas as crianças de Alphaville lembrem que cresceram numa região onde o verde tinha protagonismo. E onde, apesar do ritmo da cidade, a natureza insistia e insiste em permanecer.

Canais oficiais para denúncias ambientais

Barueri – Secretaria de Recursos Naturais e Meio Ambiente (Sema)

• Telefone: (11) 4199-1500

• Ouvidoria: (11) 4198 3151 (WhatsApp) / 0800 77 00 123

• Guarda Civil Municipal (GCM) Ambiental de Barueri (11) 4198-3205 ou (11) 4199-1400, ramais 161 ou 162

Santana de Parnaíba – Secretaria do Meio Ambiente

• Telefone: (11) 4622-7517

• Ouvidoria: (11) 4154-6645 ou 4154-5413

Órgãos estaduais de proteção

• CETESB – Denúncias Ambientais: 0800 500 1350

• Polícia Ambiental: 190

• Linha Verde do Ibama: 0800-61-8080

Foto: Felipe Barros
Reserva Biológica do Tamboré

ARQUITETURA COM PROPÓSITO: UMA VISÃO

QUE CONECTA PESSOAS, LUGAR E TEMPO

Focada em criar obras sustentáveis e com legado, a arquiteta Teresa Simões fala sobre seus negócios e sua visão de projeto

Aarquitetura contemporânea vive um novo momento: projetar não é mais apenas desenhar fachadas, mas conectar ser humano, espaço e propósito. Nesse cenário, Teresa Simões — com forte atuação em Alphaville e projetos em Portugal — vem se destacando pela abordagem sensível e sustentável. No país europeu, onde “habitar” vale mais do que simplesmente “construir”, a arquiteta já leva essa visão para obras que conciliam inovação e responsabilidade ambiental. No Brasil, o objetivo é consolidar esse modo de pensar.

Vale lembrar que em grande parte da Europa a arquitetura é vista como continuidade da história e do território, priorizando longevidade, identidade cultural e sustentabilidade. Referências como Álvaro Siza Vieira, Souto de Moura e o BIG mostram esse equilíbrio entre função, poesia e respeito ao meio ambiente. Inspirada por essa filosofia, Teresa defende que construir é fazer escolhas conscientes — e que consciência ambiental deve ser o ponto de partida.

SUSTENTABILIDADE COMO PRINCÍPIO

Para ela, sustentabilidade vai além de tecnologias verdes: envolve materiais de baixo impacto, uso inteligente da luz natural, respeito ao microclima e valorização do que já existe. No Brasil, essa visão cresce à medida que clientes e profissionais entendem o espaço como ferramenta de transformação. Para Teresa, trata-se de um compromisso com o futuro. “Cada projeto responsável é um recado de que um mundo mais verde é possível”, diz.

Sua busca é por uma arquitetura empática, que una eficiência, design e impacto positivo — onde inovação significa equilíbrio entre estética, performance e responsabilidade.

ENTRE TRADIÇÃO E INOVAÇÃO

Em Portugal, Teresa lidera iniciativas ligadas à requalificação urbana e ao uso da madeira engenheirada, material que une tecnologia, sustentabilidade e alta performance. Seu olhar combina a sensibilidade europeia e a criatividade brasileira, resultando em espaços que acolhem, inspiram e promovem pertencimento.

Mais do que isso: Para Teresa, o futuro da arquitetura depende da colaboração. “Sustentabilidade não se faz sozinho. Se constrói em rede, com trocas, experiências e objetivos compartilhados”, afirma. Ela acredita que

Foto: Pedro Torres

eventos e parcerias internacionais são essenciais para acelerar a transição da construção civil para um modelo mais responsável. “Estamos aqui para falar sobre construção civil, mas também sobre legado. O que deixamos para as próximas gerações começa nas decisões que tomamos hoje.”, finaliza.

Rua Carlos Del Prete, 76 | Sala 23 Centro | São Bernardo do Campo | SP (11) 4125-0929 e (11) 99627-3516 assistente@teresasimoes.com.br teresasimoes@teresasimoes.com.br www.teresasimoes.com.br @arq.teresasimoes

CONSTRUIR EM REDE, PENSAR O LEGADO
Projeto Chalés D´Ouro, Portugal
Projeto sede do Instituto Português das Doenças Neurodegenerativas (IPDN), em Portugal

RÚSTICO-CONTEMPORÂNEO:

QUANDO A CASA GANHA ALMA, LEVEZA E PROPÓSITO

Estilo prioriza materiais naturais, como madeira maciça, pedra, tijolos aparentes e fibras naturais; uma tendência que ainda tem muito espaço para crescer na região

Uma fusão entre o aconchego e a autenticidade dos materiais naturais com a elegância e a leveza das linhas contemporâneas ou, em termos mais técnicos, uma simbiose entre o calor orgânico dos elementos tradicionais e a funcionalidade clean do design atual. Assim se define o estilo rústico-contemporâneo, uma vertente arquitetônica que vem conquistando cada vez mais admiradores.

Segundo Lloyd Abreu, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), o estilo prioriza materiais naturais, como madeira maciça, pedra, tijolos aparentes e fibras naturais.

“As texturas e imperfeições inerentes são valorizadas ao serem inseridas em um ambiente minimalista, ou seja, regido por linhas retas, espaços amplos e soluções minimalistas”, explica Lloyd.

Para a arquiteta Ana Alípio, formada pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo, o encanto do rústico-contemporâneo está justamente no equilíbrio entre acolhimento e sofisticação: “A busca por casas que tragam bem-estar e conexão com o natural cresceu muito. As pessoas querem

ambientes com identidade. O rústico-contemporâneo traduz exatamente isso: um luxo discreto, que prioriza sensações e experiências”, diz. Ou seja, um nicho crescente, dentro de um segmento também em franco crescimento. De acordo com dados da empresa de pesquisa Deep Market Insights, o mercado brasileiro de “residential real estate de luxo” foi estimado em USD 29,85 bilhões em 2024 e prevê crescer para USD 52,76 bilhões até 2033.

ESTILO DE VIDA

O olhar mais apurado para essa vertente está relacionado não apenas com a estética, mas de mudanças profundas no estilo de vida e na forma como as pessoas desejam se relacionar com seus lares.

“Podemos destacar que há uma busca pela identidade, pelo pertencimento e pelo bem-estar, pois a arquitetura rústica-contemporânea conecta o morador à natureza, à tradição e à cultura local. Estudos mostram que estilos arquitetônicos tradicionais aumentam o bem-estar, o senso de comunidade e a identificação com o espaço, especialmente em comparação com estilos minimalistas ou genéricos”, aponta Lloyd.

Projeto no residencial Vila Velha tem como grande destaque a integração entre áreas internas e externas, além do uso de madeira natural e pedra bruta em contraste com estruturas metálicas
Fotos: Divulgação

E se nos projetos residenciais o estilo já representa uma grande oportunidade de negócios, nos projetos hoteleiros, então, isso se torna ainda mais evidente. O país conta hoje com diversos projetos premiados (veja no box a seguir) de rústico-contemporâneo, que utilizam artesanato regional e soluções sustentáveis para criar atmosferas acolhedoras e sofisticadas, além de proporcionar a conexão com a natureza.

SUSTENTABILIDADE

Por falar nisso, a sustentabilidade é outra característica marcante deste estilo, com elementos construtivos e acabamentos que combinem estética, responsabilidade ambiental e baixo carbono.

“Os projetos de alto padrão que adotam este estilo valorizam o uso inteligente de elementos naturais, renováveis e reciclados, fugindo da frieza industrial e investindo no conforto tátil e visual. Essa tendência tem sido impulsionada por certificações ambientais, como LEED e WELL, e também como uma resposta a adaptações às mudanças climáticas com a visão de minimizar as emissões de carbono”, pontua a professora da FAU.

O rústico-contemporâneo também impulsiona o artesanato regional, fortalecendo economias locais e preservando técnicas tradicionais. Ceramistas, tecelãs, marceneiros e artistas populares têm ganhado espaço em projetos de alto padrão por trazerem singularidade às composições.

MAIOR PROCURA

Segundo Ana, nos últimos anos houve um aumento significativo na busca por projetos neste estilo: “Hoje o público de alto padrão está mais consciente e valoriza projetos com propósito e personalidade. Muitos clientes buscam uma estética mais leve, que se integre ao entorno verde e que traga conforto afetivo, mas sem abrir mão do design”, diz.

Um dos projetos desse estilo da arquiteta está no residencial Vila Velha. Por lá, o grande destaque está na integração entre áreas internas e externas. “Outro destaque é o uso de madeira natural e pedra bruta em contraste com estruturas metálicas, necessária para permitir o vão livre gigante do living e sala de jantar, e esquadrias em madeira. A casa transmite aconchego em cada detalhe”, conta Ana.

Lloyd Abreu é categórica ao afirmar que o estilo veio para ficar: “O rústico-contemporâneo em projetos de alto padrão é impulsionado tanto por seu apelo estético quanto por mudanças no estilo de vida, valores sociais e busca por bem-estar, pertencimento e autenticidade. Ele representa uma resposta cultural à necessidade de reconexão com a natureza, tradição e sustentabilidade, indo muito além de uma simples moda”.

SEGUNDO LLOYD ABREU, PROFESSORA DA FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO DO MACKENZIE, O ESTILO RÚSTICO-CONTEMPORÂNEO EM PROJETOS DE ALTO PADRÃO É IMPULSIONADO PELO APELO ESTÉTICO E POR MUDANÇAS NO ESTILO DE VIDA

Rústico-contemporâneo no setor hoteleiro

O estilo rústico-contemporâneo também tem forte presença no setor hoteleiro, e alguns empreendimentos já foram reconhecidos internacionalmente. O Koti Cúrio by Hilton, em Gramado (RS), recebeu neste ano o prêmio Muse Design Awards por seu projeto que reúne estética apurada, materiais nobres e sustentáveis, além de um estudo minucioso do entorno em que está inserido.

A Pousada Literária, em Paraty/RJ, é outro exemplo, traz a integração entre preservação histórica e design contemporâneo. Confira outros locais que contam com esse estilo:

- Cristalino Lodge (Alta Floresta/MT) – referência mundial em projetos verdes;

- Caiman (Pantanal/MS) – união entre luxo rústico e conservação ambiental; - Txai Resort (Itacaré/BA) – aposta na bioconstrução e na valorização do artesanato local.

Pousada Literária, em Paraty, traz a integração entre preservação histórica e design contemporâneo

Ana Alípio é formada pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo e conta com alguns projetos no estilo rústicocontemporâneo

QUANDO O RÚSTICO ENCONTRA O DESIGN CONTEMPORÂNEO

O rústico-contemporâneo vive do encontro entre o natural e o urbano: materiais orgânicos, texturas que contam histórias e peças com design atual. Nesta seleção, destacamos itens que traduzem esse equilíbrio do artesanato brasileiro cheio de identidade às criações que apostam em fibras naturais, madeira de demolição e cerâmica tradicional. Um convite para trazer mais autenticidade e calor para dentro de casa

ADORNO DE PAREDE EM FIBRA NATURAL TAUAN

Item confeccionado artesanalmente com fibra natural seagrass, material têxtil sustentável produzido a partir de plantas aquáticas (ervas marinhas). R$ 142,90 | westwing.com.br

VASO

RÚSTICO QUADRADO M - GENI - VALE DO JEQUITINHONHA – MG

Tradicionalmente feita por mulheres, a cerâmica do Vale do Jequitinhonha possui uma estética única e é feita totalmente no âmbito familiar. As peças, como moringas, filtros, utilitários e as bonecas - que são referência do artesanato do vale - vão tomando forma nas mãos de talentosas ceramistas. R$ 290 | lojapaiol.com.br

LUMINÁRIA

DE TETO ARAÇU

Luminária de teto confeccionada artesanalmente em aço revestido artesanalmente com fibra natural (Ráfia) e canopla em metal com acabamento em pintura epóxi-pó. R$ 799 | tokstok.com.br

CACHORRO BALEIA DO ARTISTA MARCOS DE SERTÂNIA – PE

O artista Marcos é de uma família de agricultores e artesãos da cidade de Sertânia, sertão pernambucano e pertence à nova geração de mestres na arte popular brasileira, cheios de dramaticidade e estilo próprio, com obras que remetem ao universo do romance “Vidas Secas” de Graciliano Ramos. R$ 950 | lojapaiol.com.br

BANCO DECORATIVO PINTADA

Feito pelas mãos do senhor Gervásio, o artista utiliza a madeira de demolição, material central de seu ofício e que existe em abundância na região de Prados, interior de Minas Gerais. Ele cria os famosos banquinhos em forma de animais, tudo feito de forma manual e singular. R$ 299,90 | tokstok.com.br

ADORNO MESA 16 CM CAFEZAL

Adorno confeccionado artesanalmente em madeiras de árvores de café, provenientes de lavouras que se tornaram improdutivas e que já seriam arrancadas. Elas são reaproveitadas na confecção deste produto. R$ 89,90 | tokstok.com.br

AREA ALPHAVILLE INVESTE EM VEÍCULOS HÍBRIDOS E REFORÇA COMPROMISSO AMBIENTAL

Os cinco carros da BYD substituem modelos antigos, não emitem gases poluentes diretamente e ainda são mais possantes, garantindo também maior eficiência nas operações

Um estudo do Conselho Internacional de Transporte Limpo (ICCT), nos Estados Unidos, revelou que carros híbridos podem emitir até 44% menos gases de efeito estufa (GEE) do que os veículos de motor a combustão, em toda a sua vida útil. Alinhada com isso, a Associação Residencial e Empresarial Alphaville (AREA), entidade privada sem fins lucrativos que gerencia a segurança, paisagismo e qualidade de vida do Centro Residencial e Empresarial de Alphaville, deu mais um passo importante em direção à sustentabilidade: investiu na renovação de parte de sua frota, com a aquisição de cinco veículos híbridos, modelo KING, da Build Your Dream (BYD).

Vale lembrar que, visando mais economia e melhores recursos para a equipe, a AREA sempre investe em melhores tecnologias em todos os setores. No caso dos novos

veículos, eles são mais possantes e possuem desempenho superior, garantindo também maior eficiência nas operações e economia significativa em consumo de combustível. Identificados com o selo “Compromisso com o Meio Ambiente”, eles substituem automóveis antigos e representam um investimento direto na redução de emissões e no uso consciente de recursos.

Entre os benefícios do novo modelo está o conceito de zero emissões na operação: durante o funcionamento, os veículos elétricos da BYD não emitem gases poluentes diretamente, contribuindo para a melhoria da qualidade do ar e para a preservação ambiental. Para garantir a operação sustentável da frota, a AREA também vai instalar cinco postos de recarga distribuídos estrategicamente em suas dependências.

Atualmente, a frota do departamento de segurança soma 20 veículos, sendo 12

destinados à vigilância, 2 para a equipe técnica, 1 pick-up de manutenção, 1 veículo gerencial, 1 para supervisão e 2 motocicletas. Com essa iniciativa, a AREA Alphaville reafirma seu papel como referência em gestão responsável, inovação e cuidado ambiental, integrando eficiência operacional e respeito ao planeta no cotidiano de suas operações.

Telefone Segurança AREA: (11) 4191-2300

Praça Oiapoque, 333 – Alphaville, Barueri @areaalphaville

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OS VINHOS DE LISBOA – E DO SEU ENTORNO

Os arredores da linda capital portuguesa são um amplo território vitivinícola ainda por ser descoberto pelos brasileiros, sempre muito focados nas denominações mais tradicionais. E acredite: há muito a ser explorado nessa belíssima região

Por Johnny Mazzilli
Fotos: Johnny Mazzilli

Os vinhos portugueses ocupam um espaço importante – e crescente – no coração do enófilo brasileiro.

Dados de 2023 mostram que as importações cresceram 8,7% em relação ao ano anterior. Em 2024, um novo salto, de 7,5%, surpreendeu o mercado e posicionou o Brasil como terceiro maior importador mundial de vinhos portugueses. A pandemia deu uma força. Enquanto no Velho Mundo o consumo da bebida vem caindo continuamente por uma mudança de hábitos, por aqui, cresceu: entre 2019 e 2022, de 1,7 litros para 2,7 litros per capta – número ainda modesto, mas um avanço considerável em um universo de cerca de 60 milhões de bebedores de vinho. Atualmente, os vinhos portugueses representam cerca de 15% das importações brasileiras da bebida.

Quando falamos de vinhos portugueses, logo vêm à mente as regiões vitivinícolas mais conhecidas – como Douro, Alentejo, Dão, Tejo (antigo Ribatejo), Bairrada, Setúbal e a região além-mar da Ilha da Madeira, célebre por seus incríveis fortificados. Para contextualizar: o Douro foi a primeira região demarcada de vinhos do mundo, criada em 1756 pelo Marquês de Pombal, quando este fundou a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, com a finalidade de controlar a produção do famoso Vinho do Porto. Entre as áreas menos famosas estão Trás-Os-Montes, Algarve, Távora e Varosa – esta última, demarcação de espumantes criada em 1989 e conhecida como o berço das borbulhas portuguesas junto com a região de Lisboa. Ao todo, há nada menos do que nove DOC’s - Denominações de Origem Controlada - ao redor da capital portuguesa.

A APENAS 45 KM DE LISBOA, ESTÁ A CHARMOSA DOC ALENQUER. UM CENÁRIO BUCÓLICO, MARCADO POR UMA SUCESSÃO INTERMINÁVEL DE VINHEDOS MARGEADOS POR ESTRADINHAS VICINAIS

Nas fotos, a vinícola de Hugo Mendes, que produz uma gama de 16 rótulos de surpreendente personalidade e qualidade

Assim como sucedeu em muitas áreas vitivinícolas pelo mundo, a região de Lisboa tem um histórico de grande volume de vinhos simples e despretensiosos para consumo diário, mas essa realidade vem mudando. Jovens enólogos e profissionais de mente aberta exploram os terroirs, estudam o comportamento das centenas de uvas nativas portuguesas, selecionando as melhores variedades para cada terreno, e investem tempo e conhecimento em métodos de vinificação mais arrojados. Unindo a tradição à modernidade, expandem os limites da enologia local. O resultado? Vinhos variados e modernos, de qualidade superior, mais leves e elegantes, e sem a sobreposição da madeira – agora empregada de forma mais

sutil e inteligente, com o propósito de dar à bebida mais estrutura e contornos, mas mantendo a delicadeza e valorizando a fruta. A baixa graduação alcoólica é outra característica relevante que vai ao encontro de uma demanda mundial por vinhos menos pesados e menos alcoólicos. Algumas destas regiões podem ser visitadas a partir de Lisboa, como a charmosa DOC Alenquer, justamente onde despontam excelentes resultados. A apenas 45 km da capital portuguesa, em uma viagem de 40 minutos, chega-se a um cenário bucólico, marcado por uma sucessão interminável de vinhedos margeados por estradinhas vicinais que atravessam pequenas vilas e pradarias, onde bandos de ovelhas pastam tranquilamente.

Os solos de Alenquer são predominantemente de argila e calcário e a DOC tem servido de laboratório para variadas experiências enológicas que vem redesenhando o perfil dos vinhos de Lisboa. Um dos profissionais mais atuantes nesse cenário é o enólogo Hugo Mendes, natural de Santarém, na vizinha província de Ribatejo. Visionário, irreverente, bem-humorado e falante, Hugo aposta em uma bem-sucedida estratégia de campo & cantina. Fiel ao pensamento de que vinho se faz no campo, ele produz uma gama de 16 rótulos de surpreendente personalidade e qualidade. Versátil, ele também produz vinhos na região vizinha do Tejo.

“A argila dá aos vinhos estrutura e austeridade, características positivas dos vinhos ‘sérios’, sobretudo nos brancos. O calcário, por sua vez, reforça as notas frutadas e a mineralidade. Esta combinação faz com que os vinhos de nossa região sejam muito equilibrados e apetecíveis”, diz Hugo.

O clima da região é estratégico. “Aqui, não há a influência direta do mar, já que o clima Atlântico pode ser um pouco agressivo para as vinhas e as uvas, mas tampouco nos encontramos na zona continental, comumente muito seca. Estamos em uma posição privilegiada de transição entre estes dois cenários, sem os extremos climáticos

que os caracterizam. Temos frescor e amplitude climática na medida”, completa Hugo.

INFO & BY YOURSELF

ONDE COMER

A Prensa

Em Alenquer, a tradicional cozinha portuguesa pode ser apreciada no excelente restaurante A Prensa. Alguidar de bacalhau, tiborna de polvo, costela de porco preto e lulas salteadas são apenas alguns dos deliciosos pratos do vasto menu. Come-se muito bem a preços ótimos.

Cas’Amaro

VEM COMIGO

@mazzillijohnny

(11) 97300-4173

www.latitudes.com.br

Culinária portuguesa mais moderna e sofisticada, o acolhedor restaurante encontra-se na pequena Aldeia Gavinha, próxima a Alenquer, em meio a uma paisagem recoberta de vinhedos. Os visitantes têm a oportunidade de visitar a linda vinícola, situada a poucos passos do restaurante. A Cas’amaro produz também excelentes vinhos.

Além do restaurante, a Cas’Amaro tem uma habitação exclusiva e de pegada contemporânea que atende a grupos, com cinco quartos e capacidade para 10 hóspedes, com cozinha muito bem equipada, serviço opcional de private chef, adega de vinhos próprios e toda comodidade. A propriedade encontra-se na pitoresca Aldeia Galega Merceana, em meio aos vinhedos nos arredores de Alenquer.

ONDE FICAR
Os solos de Alenquer são predominantemente de argila e calcário e a DOC tem servido de laboratório para variadas experiências enológicas

A VOLTA DOS GIGANTES: POR QUE OS VETERANOS DA MPB VIVEM UMA NOVA ERA DE MEGA-TURNÊS

Gil, Caetano, Bethânia, Ney, Milton, Roberto Carlos e outros nomes históricos lotam arenas pelo país. Fenômeno tem explicação – e até nome

Acena se repete de norte a sul do Brasil: plateias multigeracionais — muitas cabeças grisalhas, muitas outras bem jovens — cantam em uníssono sucessos que já fazem parte da memória afetiva do país. Gilberto Gil, Caetano Veloso, Ney Matogrosso e Maria Bethânia, entre outros pilares da música popular brasileira, estão novamente na estrada. E não em shows pequenos ou apresentações esporádicas: são turnês grandiosas, em arenas, estádios e casas de shows gigantes, com produção de primeiro nível e ingressos disputados como se fossem estrelas do pop internacional.

Depois da pandemia, esse movimento ganhou velocidade. Milton Nascimento abriu a fila ao anunciar, em 2022, a turnê de despedida “A Última Sessão de Música”, que rodou o país e emocionou plateias em sua despedida dos palcos. Em 2023, Chico Buarque retornou às apresentações com “Que Tal um Samba?”, após anos afastado de turnês longas. A partir dali, a engrenagem da nostalgia — e da reverência — passou a rodar mais forte.

Agora, em 2025 e 2026, o Brasil vive uma segunda primavera dos veteranos, um fenômeno já observado em outros mercados e que vem nublando a fronteira entre a MPB clássica e o espetáculo contemporâneo.

UMA TENDÊNCIA GLOBAL, UM NOME IMPORTADO

No exterior, críticos e analistas chamam esse movimento de heritage acts — artistas com carreiras consolidadas e catálogos históricos, que seguem atraindo multidões mesmo sem novidades recentes nas rádios. No Brasil, o termo ainda não pegou, mas a tendência está aí, clara e mensurável.

Por aqui, a imprensa costuma classificar esses projetos em três grandes rótulos:

• Turnês de despedida — caso de Milton e agora de Gilberto Gil.

• Turnês comemorativas — como a de Bethânia, que celebra 60 anos de carreira com múltiplas datas esgotadas.

• Shows nostálgicos — aqueles que resgatam épocas específicas, discos clássicos ou repertórios históricos, ali-

mentando uma indústria inteira voltada à memória afetiva, como o de Caetano, com o show só com músicas de festivais passados.

A soma desses elementos cria um cenário reconhecido pela economia criativa como parte da chamada “economia da nostalgia”, fenômeno que impulsiona consumo em shows, turismo, merchandising e mídia.

POR QUE ISSO ESTÁ ACONTECENDO AGORA?

1. A retomada pós-pandemia Após anos de incerteza e isolamento, artistas veteranos quiseram reencontrar o público. Alguns para se despedir; outros, porque sentiram que ainda havia histórias a contar ao vivo.

2. O rejuvenescimento via streaming Plataformas digitais recolocaram clássicos da MPB em rotação. Jovens descobriram Gil, Caetano e Bethânia nos algoritmos; muitos só foram ver esses artistas pela primeira vez com 20 e poucos anos.

Por Thais Sant’Ana

3. O “gig tripping” — turismo de shows

O brasileiro viaja cada vez mais para assistir a grandes apresentações. Shows de despedida ou celebrações históricas se tornam eventos imperdíveis, justificando viagens entre capitais.

4. O público com mais renda Fãs que cresceram ouvindo esses artistas agora têm 40, 50, 60 anos — e dinheiro disponível para pagar ingressos de alto valor.

5. A profissionalização das arenas

Grandes centros urbanos hoje contam com arenas multiuso que viabilizam superproduções nacionais.

OS VETERANOS QUE VÃO

OCUPAR O PAÍS EM 2025 E 2026

A seguir, um panorama das turnês já anunciadas para o fim de 2025 e o início de 2026 — um mapa da força que essa geração ainda movimenta.

Gilberto Gil – “Tempo Rei – Última Turnê”

Gil vive seu ritual de despedida. A turnê passa por diversas capitais em 2025 — Rio, Brasília, Curitiba, BH, Belém, Porto Alegre, Fortaleza — e culmina no show final em 28 de março de 2026, no Allianz Parque, em São Paulo. E antes ainda uma edição em um cruzeiro, em alto mar.

Caetano Veloso – “Caetano nos Festivais”

Celebrando 60 anos de carreira, Caetano circula pelo país em 2025 com um espetáculo que revisita sua trajetória em festivais. Há datas confirmadas no Espaço Unimed, em São Paulo, no fim de novembro. A agenda de 2026 deve ser ampliada.

Ney Matogrosso – “Bloco na Rua” e “Homem com H”

Ícone da performance, Ney seguirá intenso no palco: Tokio Marine Hall (SP), Ribeirão Preto e Curitiba já têm datas para 2025. Em dezembro, Ney ocupa o Allianz Parque com “Homem com H”. Em 2026, a turnê “Bloco na Rua” segue, incluindo Rio de Janeiro e Brasília.

Maria Bethânia – Turnê de 60 anos

No Vivo Rio, Bethânia apresentou uma série de shows em setembro de 2025. Em outubro, oito apresentações no Tokio Marine Hall, em São Paulo. Em novembro, duas datas em Salvador. A temporada se encerra em janeiro de 2026, no Rio.

Djavan – “Improviso”

Com shows em estádios e grandes arenas, Djavan circula entre outubro e novembro de 2025, com datas no Rio e em São Paulo. Há expectativa de novas apresentações em 2026.

Roberto Carlos

O “Rei” segue com sua tradicional maratona anual: datas em São Paulo, Campinas e Rio já aparecem para novembro de 2025. Em janeiro de 2026, há shows programados no Vivo Rio.

O QUE ESSA ONDA REVELA

SOBRE O BRASIL?

A união de gerações nas plateias talvez seja o aspecto mais simbólico dessa nova fase. Em shows de Gil ou de Bethânia, jovens sentam ao lado dos pais, que, por sua vez, apresentam aos filhos músicas que os acompanharam a vida inteira. É um rito de passagem coletivo.

O fenômeno também indica que a MPB consolidou seu status de patrimônio cultural vivo, capaz de mobilizar a mesma quantidade de público — e emoção — que os grandes nomes da música internacional.

Mais que uma despedida, o que o Brasil vê agora é uma celebração. Uma festa de agradecimento, memória e continuidade. Uma prova de que esses gigantes formam, juntos, a espinha dorsal da canção brasileira — e que ainda há muitos aplausos a serem colhidos.

Com Carolina Gonçalves, diretora de marketing da Florense Alphaville. A seguir, as recomendações do que ver e ouvir da Carol:

Imagine Dragons

“O álbum da turnê que eles estão fazendo — inclusive com passagem recente pelo Brasil. A playlist Loom World Tour está disponível nas plataformas e é super animada!”

Oasis

“Vai ter show no MorumBis e, por ser uma banda clássica, promete reunir hits que todo mundo conhece!”

Ângela Diniz

“A série da Netflix que conta a história dela é forte, impactante e muito bem feita.”

Wicked

“Estou ansiosa pela estreia da parte 2 do musical no cinema. Eu amo!”

Gilberto Gil em sua turnê Tempo Rei; abaixo, Caetano Veloso e Maria Bethânia em turnê juntos

A GRANDE DESCOBERTA

Tarsila retrata o crescimento industrial e econômico, além da diversidade populacional de São Paulo. As chaminés das fábricas ao fundo dão o tom industrial. Apesar da expressão melancólica, a multidão de rostos dos trabalhadores numa diagonal acentuada impõe dinamismo à composição. Na tela, vemos pessoas das mais diversas origens e etnias, e até algumas pessoas do círculo pessoal da artista, como o escritor Mário de Andrade; o arquiteto modernista Gregori Warchavchik; a cantora Elsie Houston-Péret; o administrador da fazenda de seu pai, Benedito Sampaio; e a jornalista e escritora paraense Eneida de Moraes.

A obra está na nova exposição permanente “São Paulo – Paris: a descoberta de Tarsila do Amaral”, no Palácio dos Bandeirantes. A visita é gratuita e acontece de segunda a sexta, das 10h às 16h, e sábados, das 10h às 12h. É necessário agendar. Acesse pelo QR Code ao lado.

Tarsila do Amaral. Operários, de 1933. Óleo sobre tela
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