Revista Expressão Cultural Periférica_ Ed 5

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Ano 2 - nº 5 - Agosto/2016

Grajaú ganha seu Centro Cultural Nós Somos “Fortaleça

lançamento do

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rapper

Pirata

Lauro


AÇÕES ECP J

ulho começou agitado para a galera do nosso coletivo. O Expressão Cultural Periférica, vulgo ECP já iniciou as ações que propomos para o projeto Comunicação Cultural Periférica, com o qual fomos contemplados pelo programa VAI modalidade 2. Fizemos a reforma de um cômodo cedido pela Associação Amigos do Jardim Reimberg (CJ), coordenado por Mônica Ramos, da qual somos parceiros desde 2013. Agora temos oficialmente o Espaço ECP, no qual abrigaremos a Gráfica Comunitária ECP, que estamos colocando em funcionamento e na qual faremos a impressão dessa revista e de muito mais coisas da nossa quebrada. Nesse espaço já funciona nosso laboratório de Informática, equipado com computadores com softwares livres. Nesse local funciona o projeto de informática em parceria com a Associação, onde todas as crianças que frequentam a instituição participam das aulas de informática com Valéria Ribeiro, do ECP. O nosso coletivo está com uma

nova formação em 2016 e com ações voltadas para a produção jornalística cultural nas periferias. Hoje fazem parte do coletivo Valéria Ribeiro e Gi Barauna, que participam desde o início. Larissa Costa e Larissa Araújo, que já faziam contribuições em nossas atividades anteriores, e Michelle Marques, jornalista e moradora da cidade de Poá, próximo a Zona Leste de São Paulo, que trouxe um olhar diferenciado para nossas ações. Essas cinco mulheres tiveram ajuda preciosíssima de Edu Graja, ativista e militante aqui do Grajaú, Danila Costa, que fez parte da formação original do ECP, mas que agora está na zona leste, Aécio Magalhães, jornalista que descobrimos em nossa vizinhança e que está nos ajudando muito, Jonh Leandro, Victor Barauna e Valdeir Oliveira, que contribuíram para a produção de nosso primeiro Programa Periferias, que transmitimos ao vivo através de nosso Canal Expressão Cultural Periférica, no Youtube. Gratidão imensa a todos! E que venham as próximas aventuras!

EXPEDIENTE Coletivo Expressão Cultural Periférica Gi Barauna, Larissa Araújo, Larissa Costa, Michelle Marques e Valéria Ribeiro Coordenação Editorial Valéria Ribeiro Redação Aécio Magalhães, Gi Barauna, Danila Costa, Edu Graja, Larissa Araújo, Larissa Costa, Michelle Marques e Valéria Ribeiro Colaboradores Aécio Magalhães, Danila Costa, Edu Graja, Jonh Leandro, Valdeir Oliveira e Victor Barauna Capa: Pintura de Sabrina Fênix Contra-Capa: Sabrina Fênix Projeto Gráfico e Diagramação Valéria Ribeiro Impressão: Gráfica ECP Tiragem: 500 exemplares Email: ecperiferica@gmail.com Telefone: (11) 5939-5917 (11)95854-6101(whatsapp) (Valéria Ribeiro) Endereço: Rua Alba Valdez, 03 - Jardim Reimberg (Grajaú) - São Paulo - SP - CEP 04845-200 ECP Na Rede Blog: https://ecperiferica.blogspot.com.br Perfil ECP: facebook.com/coletivoecp Revista ECP: facebook.com/revistaecp Programa Periferias: facebook.com/periferiasecp Canal no Youtube: Expressão Cultural Periférica

OPINIÃO DO LEITOR L

Que bom que ela voltou!!!

egal saber que a Revista Expressão Cultural Periférica está de volta. Nas edições passadas pude conhecer lugares, que em 38 anos de Grajaú, ainda não conhecia. Ver que amigos meus faziam coisas incríveis que eu não sabia. Saber que as ações, as pessoas e os nossos costumes estarão registrados para serem apreciados pelas próximas gerações. Afinal, estamos vivendo em um dilúvio de dados, onde muito do digital se perde com o tempo. stamos em uma nova fase por aqui no extremo sul, não muito diferente das fases anteriores, pois os objetivos culturais e sociais ainda são emergentes mediante a população da nossa região e muito precisa ser feito por todos nós, porém, acredito que estamos mais articulados. conquista do nosso Centro Cultural Grajaú, com dezenas de oficinas e com a participação do Fórum de Cultura do Grajaú. As ações na Casa Ecoativa a nível global, o que leva a força do nosso trabalho para outros continentes. A criação da Editora Capsianos, as intervenções dos coletivos Meninos da Billings, Clamarte, Possibilidades, Sobrenome Liberdade, Humbalada, Xadrez sem Muros, Sarau do Grajaú, a Comissão PCU que está focada em tratar do bem estar das famílias carentes e cuidados com a criança e o adolescente da nossa região, reunindo as equipes da Saúde, Educação, Esporte e Cultura com muitos encaminhamentos entre outras centenas de atividades que acontecem por aqui. as ainda sentimos a ausência da comunidade. Parabéns pelo trabalho do Programa Periferias e pela produção independente, que possamos apreciar com sabedoria o conteúdo da ECP.

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Rogério Nunes Teorema do Resto


EDITORIAL Editorial NOSSA RICA CULTURA Ebis nonsed modi ist, sequae etur, nobit eni blaciet volorib usapero mint alitiunt quiderum im ea soluptatum amDemorou rest quae mas verum fugiat. de volta. Agora é pra fifa, 5ª edição da Revistafugit ECP! estamos car! Mais uma vez fomos contemplados pelo edital do Programa VAI, que fiCiis vellaccum volorae cestinctur? projetos coletivos da cidade São Paulo. Tempore reraenancia cus illest qui seculturais aut prae de preri opta sit da qui periferia rerum alibuscius es de ducidiciusda dit Os lacearciis as re recursos nos dolectorunt possibilitaram comprar uma impressora gráfica que vai velent. nos ajudar na officia quostem vendist oreptat uribusae dolorios impressão de quisqui nossasterevistas. Nacorepre verdade a intenção é quefuga. possamos contribuir At iducil modignamet dolorecum mporit, ute que estem Ut explitatur, conse ressi archil na produção gráfica de outros coletivos também, não visando lucro, mas ajudando intur solest et, tet offic te voluptate del evellaborrum im alis alic torio. Nequi voluptatus verit, officaes etus quunt. na militância das diversas questões que estão no dia a dia da nossa comunidade. Untota voloribernam ut et latem soluptae. Itae venda in nonsedis ped magnimus dolores tibus. Hoje a produção cultural no Grajaú é imensa e riquíssima, nós não consePos voluptas ut acompanhar dunda verest, tudo im re que veribus quis ullant volut fugit eum autde eosdocumentar modipsuscia debis nulguimos aquiexcearum é realizado, por isso a importância parum esimpore, aut dolorat iosserum, asimi, ut fuga. Non non nulpa dolor aut pos nus repel ex et volo explit divulgar tudo o que conseguirmos, pois essa efervescência cultural ainda estáidmuiquatquibus venecultura nobis isnadoluptatem. Nam faccabo ratus, ilitatur?milhares to restrita a entia parcela que produz região. Precisamos atingir aquelas Quiatiade et omnihiliti oditcontinuam fugitat aturepr aesciisque quatqui atisciisnão untentis rercia consequunt fugit liquos et omnis pessoas que achando o Grajaú tem cultura, infelizmente ainda aut vitium quia eument. ouço isso às vezes... Por isso estamos aqui, praexdocumentar, divulgar, produzir, articular, criar e unirque forças paradoloreictur crescermos mais dandae e mais.pliquid Nessaquatemod semana tivemos a notícia Dis maximus, optibus et vendi rerehen qui doluptatiis exerion sequas que a Lei de Fomento foi sancionada e que mos o edital vai ser aut re sit fuga. Veliqui odi debit,às quiPeriferias berspel molor suntur aceserspel moluptas simlançado ipit queaté verum qui odi início de agosto, ou seja, conseguimos ganhar essa batalha, mas a luta continua. Divolectem quunt, ut eum ium iminimini dem volectium asinvelecti tem. Dae volupta spernam faccupi enienifundir, informar, refletir,vollores gritar eetlutar, quem é só chegar! A et periferia é o mint centro! mint fugitec turepernatia et et aut quequiser magnatatiam faccae in et rest que dit omnis

U

ÍNDICE Centro Cultural Grajaú Lauro Pirata, Do Graja para o Mundo Ateliê Daki, Exposição Cidadelas 8ª Edição Esquema Noise Underground Descobrindo o “Mundo de Vinícius” Rinha de MC´s na Zona Leste Da Quebrada para o Mundo Xemalami no Catarse Wesley Silva no Sarau Comvida Sem Palavras Navegando Livre no Extremo

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Centro Cultural Grajaú

A METAMORFOSE DA CASA DE CULTURA DO GRAJAÚ Transformação

da

Casa

de

Cultura Palhaço Carequinha

para

Centro Cultural Grajaú

traz

resultados significativos

Por Aécio Magalhães

Localizado

no extremo sul de São Paulo, o distrito do Grajaú é uma região que concentra grande parte da população da capital paulista, além disso, nos últimos anos pudemos observar que o bairro melhorou economicamente e socialmente, com destaque para as ações culturais que se multiplicaram. Prova disso é que um dos maiores complexos culturais da região está situado no Grajaú: a Casa de Cultura Palhaço Carequinha, hoje denominada como Centro Cultural Grajaú. Tudo começou em 1992, quando surgiu a Casa de Cultura Interlagos, que tinha suas instalações no distrito de Cida-

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de Dutra. Na época a administração era realizada pela Secretaria Municipal de Cultura, porém nos anos 2000 a casa passou a ser administrada pela subprefeitura da Capela do Socorro. A casa funcionou na Cidade Dutra até 2007 e no ano seguinte foi reinaugurada no espaço do antigo sacolão municipal no distrito do Grajaú, já com o nome de Casa de Cultura Palhaço Carequinha. Em meados de 2014 o espaço cultural voltou a ser um equipamento da Secretaria Municipal de Cultura e em 2016 tornou-se Centro Cultural Grajaú. Magno Duarte, ativista cultural, professor de história e pós-graduado em cultura e globalização atua na região do

Grajaú desde 2006, seu foco sempre foi voltado para projetos sociais. Toda essa bagagem obtida durante anos foi crucial para ocupar o cargo de gestor do Centro Cultural Grajaú. Há um ano nessa empreitada, Duarte teve que realizar diversas mudanças no equipamento cultural, e toda essa adaptação se deu após a troca administrativa da subprefeitura pela secretaria de cultura. “Nesse processo de mudanças, nós ampliamos aqui no equipamento cultural, o quadro de oficinas, realizamos diálogos dos grupos locais com os coletivos que atuam no território, listamos todos que seriam envolvidos e começamos a chamá-los”, conta. O modo dinâmico de


como a terceira idade. O critério de participação nessas oficinas é simples, sem burocracia, as inscrições podem ser realizadas através de e-mail, facebook e whatsapp e abrangem todas as faixas etárias. As ações promovidas pelo Centro Cultural do Grajaú atendem aproximadamente três mil pessoas por

mês. No entanto, nos últimos meses, devido às comemorações de aniversário do equipamento, foi realizado show do Rapper Criolo, a virada cultural no Grajaú, e a apresentação da escola de samba Estrela do Terceiro Milênio, o público aumentou consideravelmente.

MAIS MUDANÇAS VÊM POR AI... Segundo Magno Duarte há um projeto para reestruturar todo o Centro Cultural, a pretensão é alterar o espaço, com a criação de novas salas, estúdios, rádios ao vivo no calçadão, área externa para leitura e laboratórios culturais. As obras estão previstas para os próximos dois

anos. Vale lembrar que existe o Conselho Gestor, grupo formado por 17 membros, que são das oficinas, usuários do equipamento, dos grupos de coletivos culturais. Esses agentes ficarão até 2018 na gestão, com a responsabilidade de apoiar e cobrar os serviços do espaço cultural.

O Centro Cultural Grajaú fica localizado na Rua Prof. Oscar Barreto Filho, 252, Parque América, próximo ao Terminal Grajaú. Blog: http://casapalhacocarequinha.blogspot.com.br/ Email: casapalhacocarequinha@gmail.com Telefones: 5925-4943 / 59249135 Funcionamento: 2ª à Sábado das 9h às 20h / Domingo das 10h às 17h

Fotos: Larissa Costa

Duarte trouxe ganhos significativos para o Centro, pois em Julho de 2015, quando iniciou seu trabalho, traçou 14 pontos de melhorias, com perspectiva de serem alcançados em um período curto, de 12 meses. Já em Julho deste ano o resultado positivo foi mostrado para a secretária de cultura, Maria do Rosário Ramalho, juntamente com os conselheiros gestores e moradores da região. “Dos 14 pontos que foram lançados, 10 foram alcançados como, por

exemplo, a quantidade de público que frequenta o lo-

cal, basicamente triplicou. Já a quantidade de oficinas contratadas dobrou, além disso, conseguimos recursos para as reformas necessárias, que já estão sendo executadas”, informa. Atualmente o Centro Cultural possui 35 modalidades de oficinas, algumas livres outras para segmento específico,

Magno Duarte,

gestor do

Centro Cultural Grajaú

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DO GRAJA PRO MUNDO DE IMPROVISO A IMPROVISO Por Gi Barauna

os 14 anos por influencia do rock’n’roll, estilo musical que o irmão mais velho lhe apresentou, Pirata começou a andar como um roqueiro usando uma bandana com caveiras e mesmo, quando deu início as primeiras rimas no Rap, ainda utilizava bandana. Acrescentou ao seu look uma calça que soltava o tecido da parte da canela, ele usava uma das pernas coberta e outra descoberta, dando assim uma aparência de perna de pau. Assim tornou-se conhecido como Pirata pelos amigos, ganhando espaço entre os rimadores. Por uma questão de identificação adicionou o nome de batismo para desassociar dos outros “Piratas”, que já havia em outros estilos musicais como o Mc Pirata e o Pirata do rap. Para aqueles que pensam que esse é um nome novo no cenário musical no rap do Grajaú, informo que há aí um grande engano. Lauro Pirata 29 anos, 15 anos de carreira, morador do Jardim Shangri-lá, 3 vezes campeão consecutivos na Rinha dos Mc’s, chegando a ser penta campeão durante o ano inicial da batalha em 2006. Em 2007 em destaque nas batalhas, no auge e no crescimento do rap nacional no Grajaú, sua vida pessoal também ganhava um novo ritmo, uma nova realidade que o fez diminuir as apresentações e aumentar a responsabilidade com a família. Neste mesmo ano nasciam os gêmeos, Gustavo e Gabriel. Desta data em diante houve poucas apresentações, alguns encontros informais com amigos e muitas composições. De acordo, com o músi-

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Foto: Valéria Ribeiro

A

Lauro Pirata

co “Minha pausa foi realmente para estruturar a família, para depois realmente poder estar com o pé no chão e falar agora eu posso”. Estes quase 10 anos como observador do cenário o fez amadurecer a relação com a música e perceber e sentir mais as pessoas. Para ele, “A pausa foi importante para entender realmente o valor do que eu estava fazendo, a importância da mensagem que eu queria passar, trouxe a temática (Nós Somos Um), por entender que todas as pessoas que passaram pela minha vida durante a minha trajetória musical e de crescimento pessoal tiveram sua importância”. “Nós Somos Um” é entender que todos nós, cada relação é uma troca. Aprendemos um pouco aqui e vice-versa. Em 2016 volta e apresenta seu tesouro, o álbum “Nós Somos Um” com 9 canções, muitas parcerias, muitas homenagens e muitos agradecimentos. Lauro finaliza dizendo como e quanto se surpreende

com a fluidez e absorção que possui o Grajaú em produzir e compartilhar arte, diz que hoje consegue ter uma dimensão maior do que quando começou e que nenhum dos amigos antigos tinha a ideia do que estava sendo plantado. “O Grajaú é a minha casa, é o meu trabalho, no Grajaú a gente cria com uma velocidade muito grande, hoje a gente produz desde as instrumentais, as letras, a gente faz nossos próprios videoclipes.... o Grajau é uma escola também”. Lauro está com alguns projetos prontos para lançar em Agosto de 2016, só pode nos contar que está finalizando o vídeo clipe de “Nós Somos Um”, faixa título do Álbum. Contatos (11) 3467-7690/981736308 Site oficial: http://www.lauropirata.com/ Facebook: facebook.com/PirataLauro Youtube: Lauro Pirata


CIDADELAS: EXPOSIÇÃO DA CONEXÃO FEMININA Em ansiosos 9 meses de gestação nasce Cidadelas, com curadoria de Laissa Sobral, Nart (Natalia Matarazo), Jaqueline Phelipini e Pamela Gomes expõem suas obras e acolhem a alma feminina. Por Larissa Costa

N

o dia 09/07 o Ateliê Daki, situado no extremo Sul de São Paulo (Grajaú), abriu suas portas para a inauguração da exposição Cidadelas, onde Pamela Gomes, Nart (Natali Matarazzo) e Jaqueline Phelipini expõem suas obras, trazendo toda riqueza do feminino. Durante todo o mês de julho as mulheres se reuniram para bate-papos, saraus e oficinas, onde trocaram experiências e ouviram vivências femininas. Com o desenvolver de rodas de poesia e encontros no espaço Ateliê Daki, mulheres que tinham sede de expressar sua arte e cultura, deram voz ao seu interior. No intuito de dar margem ao feminino sentiram a necessidade

lências domésticas, cultura enraizada na voz ativa masculina, tudo ou qualquer ato que afeta o ser de uma mulher, foi e é tema para refleFotos: La rissa Cos ta xão que se baseia Cidadelas. Laissa Sobral esteve presente desde o despertar e relata que no desenvolver de 9 meses houve uma relação entre 40 manas (mulheres), contando suas histórias e trazendo umas para as outras vivências da mulher negra periférica, mãe de família, dona de casa, transexual e indígena. Com base nas trocas foi possível enxergar que o feminino está na alma, onde se aflora a sensibilidade, garra, luta, resistência, vontade e persistência. O escopo é dar liberdade e voz a manifestação interior de cada uma, sem concentração de gêneros, crenças e cores. Cidadelas carrega a conexão com a natureza que existe dentro do ser feminino, levando esse conceito para toda alma feminina, a necessidade do despertar para a concepção de que são apenas uma. MULHERES. A ideia não é parar por ai, as mulheres pretendem levar suas obras, pensamentos e almas para outros territórios, pois, relata Laissa, “A mulher tem que estar presente na arte, cantando, dançando. Não tem que ser uma figura sofrida. ”

de trazer a relação da mulher da periferia com tudo que a envolve, levando em consideração os preconceitos, vio-

ATELIÊ DAKI

Pamela Gomes e Laissa Sobral

Rua Rogério Fernandes, 20 Jardim Reimberg (Grajaú)

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FESTIVAL ESQUEMA NOISE UNDERGROUND CHEGA A SUA OITAVA EDIÇÃO TRAZENDO BARULHO E REFLEXÃO Criado

para bandas independentes, o

8º Festival Esquema Noise Underground

agitou a galera com

um debate de extrema importância na sociedade e que serve de incentivo para novos projetos

Por Larissa Araújo

D

zallfaya, Daniel Silva e Sangue Massai, todos com trabalhos autorais, já que este é o foco do projeto. Existem muitas dificuldades

esde o seu início o Festival Esquema Noise Underground vem trazendo uma proposta cheia de contextos sociais, incentivando o seu público a pensar coletivamente. Claro que desta vez não poderia ser diferente. O Festival é um projeto totalmente independente que foi idealizado pelo 1º Andar Studio & Produções em parceria com a Cia Humbalada de teatro. Toda a sua renda provém da ajuda dos convidados na entrada e não existe nenhum retorno financeiro, como diz Lilian Souza, uma das responsáveis pelo evento “a galera vem por amor mesmo”. E é exatamente sobre isso que se tratou o tema desta edição: O desafio existente na ges- quando se trata de montar algo tão de espaços independentes neste nível para um público sem na periferia. O debate trouxe nenhuma ajuda financeira. Lirepresentantes dos espaços lian nos conta que um dos proAteliê Daki, a Casa Ecoativa/ blemas enfrentados é a falta de Ateliê da Margem, Espaço Cazuá, e claro o 1º Andar Studio e Cia Humbalada, além do pessoal que produz música: Mano M o n e y ’s , G u e r rilla, RaFotos: Erick Grajaú e Gelson Salvador

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equidade de gênero existente no meio. Há mulheres atuando em coletivos e grupos musicais, mas diversos fatores implicam para que eles não tenham contatado ainda esse tipo de público, seja por indisponibilidade de agenda, ou até por falta de contato mesmo, além do mais, tudo é feito por eles mesmos, toda a questão dos equipamentos é disponibilizada pelo 1º Andar Studio e o espaço pela Cia Humbalada. A ajuda é militante, tanto por parte das atrações, quanto da parte técnica, o que nos remete a um dos lemas do projeto que é o “faça você mesmo”. O evento também deu lugar a uma nova ideia. O lançamento do Selo Esquema Noise Records, iniciativa do 1º Andar Studio e Produções, que visa lançar discos para os artistas independentes. Este funcionará através da arrecadação de renda de acordo com a doação das pessoas, que deve ocorrer pelo site Catarse, que é um site de financiamento coletivo. Todo o dinheiro arrecadado será investido na produção e lançamento dos CDs. O primeiro será do grupo de rap Xelamami, que tem uma atuação na região desde 2002. As próximas edições já estão marcadas, e apesar das dificuldades, Lilian Souza deposita fé no Festival. Ela nos deixa bastante curiosos com relação ao que virá, mas confirma que o foco será principalmente nas bandas, já que este foi o impulso inicial do projeto.


DESCOBRINDO “O MUNDO DE VINÍCIUS” O autor do livro “O Mundo de Vinícius”, Adenildo Lima, marcou presença no sábado dia 09/07/2016 na livraria Leitura São Paulo, em evento de divulgação de sua mais recente obra.

Fotos: Gi Barauna Adenildo Lima em lançamento de seu livro Por Michelle Marques

Era

perto de 16:00 horas e o espaço já estava preparado. Adenildo Lima conversava com amigos e leitores, posava para fotos, autografava alguns exemplares a quem lhe pedisse e estava sempre sorrindo admirando o seu novo livro, tal qual um pai observa zeloso seu filho que começa a dar os primeiros passos. “O Mundo de Vinícius”, é um livro atemporal como prefere dizer o autor, pois pode ser lido por pessoas de todas as idades e tem tido significativa aceitação do público infantil, pois aborda o tema da escassez da água e preservação do meio ambiente. Vinícius é uma personagem de cerca de 11 ou 12 anos de idade que vive se perguntando se é possível

que a água um dia acabe e partindo deste ponto, começa a pensar como seria o futuro da humanidade caso isso acontecesse. Adenildo Lima, com este livro poema, que tem cerca de mil e quinhentos versos, busca despertar o questionamento da dualidade humana onde o homem pode ser o ator de sua destruição ou de sua salvação. Segundo o autor revela: “não sou o Vinícius, mas ele tem um pouco de mim e eu procuro ser um pouco do que o Vinícius é. Com este livro não pretendo mudar o mundo, mas quero colaborar com o mundo de cada um”, finaliza. Adenildo Lima, natural do Estado de Alagoas, hoje reside na região do Grajaú, zona Sul de São Paulo. Ele conta com vasto acervo de poemas escritos, e vários livros publicados dentre eles “A Parteira” e o “Lobisomem Pós-mod e r n o ”, escrito em parceria com

seu amigo Marcio Ahimsa. Para Adenildo, a escrita é um processo solitário e intenso, pois relata “viver” a vida de cada uma de suas personagens durante sua construção narrativa. O escritor declara de maneira emocionada: “se tirarem a arte de mim, levem meu corpo junto. Sem a escrita não consigo viver”. Mesmo com sua ampla produção literária, sempre busca afirmar que a arte não deve ser vista e nem transformada em um produto, ela deve conter traços da maturidade do escritor e da responsabilidade com cada obra concebida. “O Mundo de Vinícius” trouxe para Adenildo Lima a satisfação e a surpresa de ser reconhecido por crianças nas escolas em que visita, para conversar com os alunos sobre seu trabalho. Para ele, mais do que uma obra, seu livro tem mostrado que as crianças no Brasil, apesar das defasagens, ainda gostam de ler e que precisam de professores que sejam leitores também e incentivadores deste hábito.

Para ele, é por meio da ficção que se pode encontrar um pouco mais da essência da vida, podendo ela ser a porta para dialogar com o mundo ao redor. Um livro de rimas nobres e objetivas com o poder de transmitir a intenção do autor sobre o despertar da consciência humana, sob a perspectiva de uma criança é “O Mundo de Vinícius”.

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RINHA DE MC’S NA PRAÇA DO MORCEGÃO, ZONA LESTE DE SP Por Danila Costa

pre foi organizada e mantida por diversos protagonistas da cena hip hop. Sendo muitos colaboradores, alguns em atividade outros não. Impossível citar todos os nomes, mas certamente todos são lembrados. Em 2006 a Rinha foi fundada pelos parceiros artísticos DJ DanDan e o MC e Cantor Criolo. Nós da Revista ECP (Expressão Cultural Periférica, fomos visitar no dia 14/07/2016 uma rinha de MC’s na Praça do Morcegão na Zona Leste de São Paulo próximo da estação Arthur Alvim do metrô, onde o movimento de RAP está chegando com tudo. Conversamos com Geovane conhecido como DJ. Puri e Evandro conhecido como MC Mil Grau ambos do Jd. Bandeirantes, os propulsores da Rinha. A rinha é composta por outros organizadores que chegaram para somar: Padre, João Gordão, Arlindo, Mister Ó de Óculos, Marcos, Brin, Ali Encima e Brinks. Em setembro/2015 ocorreu a primeira edição da Rinha na praça, foi onde eles perceberam a repercussão e quanto seria bom dar continuidade, as três primeiras edições que eram a cada 15 dias. No inicio eles tiveram atrito com a prefeitura, pois não havia licença para a realização do evento na praça. Agora já está resolvido e a rinha passou a ser todas as quintas a partir das 19h. Os meninos nos relataram que a ideia surgiu porque pela região não havia nenhum

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Fotos: Danila Costa

A Rinha dos MC’s sem-

atrativo do tipo. No inicio Geovane carregava uma caixa de som em um carrinho de mão, mas eles conseguiram uma caixa com bateria recarregável conectada a um celular, onde toca as batidas para os MC’s mandarem suas rimas. Quando o som começa, vão chegando pessoas de diferentes faixas etárias, sendo de bairros próximos como Pq. Savoy, Jd.

Bandeirantes e Arthur Alvim em geral. Quem vai disputar com rimas passa o nome para um dos organizadores. São 16 competidores normalmente. Os organizadores definem um tema, sempre algo

para conscientizar o público e fazer com que os MC’s se mantenham atualizados em meio ao que está acontecendo. Em dupla eles vão disputando e os mais aclamados pelo público passam de chave (fase), até chegar a terceira chave que decide o “melhor” da noite. “Aqui é além de uma batalha ou um evento é uma celebração ao Rap e a amizade. Tem mc’s batalhando e quando terminam eles se cumprimentam se abraçam e principalmente se respeitam, vamos continuar, pois isso é um ato de resistência, somos uma geração que não sabemos o que vai ser do nosso futuro, precisamos conscientizar as pessoas. Somos mais um braço do Rap, queremos a união, viver de cultura é difícil, o DJ que produz um funk ganha muito mais de quem produz uma batida de Rap. A cultura precisa ser valorizada, aqui temos poetas, todo tipo de pessoa, e vamos lutar pela nossa cultura” Evandro (MC Mil Grau).


DA QUEBRADA PARA O MUNDO Um sonho que a gente não sabia que era sonho Por Gi Barauna

A

formação do coletivo se deu no último aniversário de São Paulo, no show do rapper Criolo, em Parelheiros. Victor Rodrigues, Gustavo Dias e Neto Lopes cultivavam o mesmo pensamento, o de divulgar as atividades dos amigos, dos artistas, dos coletivos da “quebrada” do Grajaú para São Paulo. Refletindo muito sobre o assunto se questionaram: Por que não para o mundo? Partindo desta ideologia surge o coletivo Quebramundo. O coletivo sentiu que precisa compartilhar o que está acontecendo artística e culturalmente na Zona Sul de São Paulo, divulgando projetos e iniciativas de coletivos pela rede social facebook e atribuindo o crescimento do trabalho aos compartilhamentos dos amigos e simpatizantes da página. Como diz Victor Rodrigues: “É como um trabalho de formiguinhas mesmo, algo que você compartilha com um, com outro e o outro passa pro outro e assim por diante”. No início de fevereiro os rapazes tiveram acesso às atividades da Casa de Cultura Palhaço Carequinha, atual Centro Cultural do Grajaú e da oficina de Áudio Visual do oficineiro Juliano Argelin. O vínculo

Fotos: Coletivo Quebramundo

entre os participantes do curso foi crescendo e essas relações foram enriquecendo o coletivo e tornando-os cada vez mais próximos. Este formigueiro recebeu outras formiguinhas com outras vivências e experiências que somando fez com que os projetos pessoais de cada um tomassem outro rumo. O Centro Cultural, para comemorar seu aniversário em 2016, convidou todas as oficinas para participarem e realizou a 1ª Mostra Cultural da Casa. Os participantes da oficina de Áudio Visual como presente a Casa escolheram produzir um vídeo clipe e optaram por um artista da região. Nesse primeiro trabalho juntos decidiram que o homenageado será o ator e cantor do coletivo Enchendo a Laje & Soltando Pipa, Daniel Silva, que lançou recentemente o EP “De Nós pra Nós”. A música escolhida para trabalho foi “Pensamentos Vem”, com a participação de Gabriela Souza, que teve sua pré-estreia no dia

01 de Julho de 2016 no Calçadão Cultural da Casa. Oficialmente será lançado em Agosto com local a definir pelo cantor. Agregando conhecimento e somando projetos o coletivo é formado hoje por Saara Carneiro, Paolo Sérgio, Keidson Oliveira, Mônica Marques, Victor Rodrigues, Neto Lopes, Gustavo Dias e Juliano Argelin. Os integrantes desse coletivo estão em constante movimento e trabalham em diversas ações de produção visual, editam nesse momento os registros de imagens e filmagens colhidas na semana da Mostra Cultural da Casa e do encerramento da semana no dia 02 de Julho. Estão no processo criativo do vídeo que exibirão no dia 20 de Agosto em homenagem ao aniversário do CAPS (Centro de Artes e Promoção Social). Segundo Saara o trabalho ressalta “a ligação entre a Casa de Cultura e o Calçadão”. A proposta é um “grande abraço” para mostrar a sociedade que existe muito mais do que a mídia sensacionalista quer mostrar. Trabalham também a possibilidade de realizar outros videoclips de artistas da região que os procuram pela excelência na qualidade. Quebramundo na rede Facebook: facebook.com/quebramundo YouTube: Quebramundo Instagram: instagram.com/quebramundo/

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XEMALAMI LANÇA CAMPANHA DE FINANCIAMENTO COLABORATIVO PARA GRAVAR NOVO CD

Foto: Gi Barauna

O Xeque Mate la Mision, mais conhecido como Xemalami, é um coletivo da região do Grajaú que faz a junção entre o Xadrez e a cultura Hip-hop como uma ferramenta de convivência e de transformação social pois que enviaram o projeto para o Programa VAI, edital da prefeitura que apoia financeiramente propostas de grupos culturais das periferias de São Paulo. O coletivo conseguiu ser contemplado pelo programa três vezes, sendo que na última vez foi na modalidade 2. Esses recursos contribuíram para que as ações se tornassem mais amplas e que pudessem comprar equipamentos profissionais, dando condições para que oferecessem oficinas de DJ com equipamentos de ponta e pudessem incentivar a garotaMut e Drezz, em entrevista para o ECP da a seguir o caminho da múPor Valéria Ribeiro ça Anísio Barbosa no bairro do sica. Foi o que aconteceu com om mais de dez anos de Jardim Reimberg, Grajáu, trou- o DJ Crafter que, segundo o DJ caminhada o Xemalami está xe mais uma vez intervenções Alan 45, participou da oficina preparando o quinto CD o “São de Grafite, com Discotecagem de discotecagem e hoje, aos Vários Volume II”, em parceria dos DJ´s Alan 45 e Nelsinho 19 anos já é produtor musical com o 1º Andar Studio & Pro- Black. Foi realizado um cam- e já tem parcerias com o Xeduções. A ideia do CD é mos- peonato de Xadrez no qual malami. Nesse mês Drezz e DJ trar a diversidade e riqueza da Beatriz Aquino, 14, se sagrou Alan participaram da faixa Mamúsica no Grajaú, envolvendo campeã. Aconteceram também nifesta, produzida por Crafter. diversos MC´s do local e de outras oficinas, dentre elas a Além do trabalho atual outras regiões também. A co- de capoeira. Essa é a conti- o XMLM já possui outros quatro laboração participativa é uma nuação de um trabalho que trabalhos, “O Peão não pode reforma de arrecadar recursos se iniciou no ano 2000, quan- cuar”, “Zugzwang”, “Não tô Só” para o projeto, e todos podem do Drezz, Mut, Digaz e Cadu, e “São Vários Vol.I”, que podem ajudar e ganhar prêmios exclu- criaram o Pacto Latino, gru- ser conferidos no Canal do grusivos ao fazerem sua doação. A po do qual surgiu o Xemalami. po no Youtube, XMLM Filmes. O gosto pelo xadrez uniu Para dar sua contribuição produção independente busca para o XMLM acesse o link diversas formas para levantar essa galera, que com o tempo www.catarse.me/xemalami recursos e viabilizar seus traba- decidiu compartilhar esse conhecimento com a comunidade, lhos e hoje muitos projetos reFoto: Valéria Ribeiro correm a sites como o Catarse, daí surgiram os eventos de xade financiamento colaborativo, drez, no qual muita gente “cono qual todos podem contri- lava”. No início eles ocupavam o buir para que diversos traba- espaço de uma biblioteca desalhos possam ser realizados. tivada, e foram tocando o pro Em meio a campanha jeto em um modelo de autogespara a gravação do CD o gru- tão. Enquanto o xadrez rolava po realizou no último dia 17 o som do hip-hop era ouvido, de julho mais um evento, em e assim começaram a apareparceria com o CEDECA Inter- cer os Mc´s e logo a ideia de lagos e Circo Escola Grajaú, no criar um grupo de Rap surgiu. Hoje os eventos têm qual mais uma vez articulou a mais elementos e é mais escomunidade em prol da cultutruturado, principalmente dera. A ação, que ocorreu na Pra-

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“NADA É TÃO DISTANTE QUANTO SE PARECE” Wesley Silva de Jesus aos 19 anos faz sua primeira exposição no espaço do Sarau Comvida, localizado no SASF (Serviço de Assistência Social à Família) do Parque Residencial Cocaia Por Larissa Costa

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jovem Wesley, nascido no Grajaú, Zona Sul de São Paulo, iniciou sua trajetória artística aos 18 anos, relata que a arte já existia em seu espírito, porém o despertar acontecia toda vez que se deparava com um muro grafitado pelas ruas. Tais obras que tanto admirava e fotografava eram dos artistas da sua “quebrada”, seus vizinhos. Foi onde percebeu que os sonhos não estavam distantes da sua realidade e que há possibilidade sempre de alcançar o desejável e admirável. Mais conhecido como “Lelo”, traz para suas obras a realidade que por estância pre-

sencia. Orientador sócio educativo no Jd. Noronha, vive a intensidade de cada morador do extremo sul, onde re-

lata a vulnerabilidade de cidadãos que se encontram em grande carência social. A exposição feita no Comvida, iniciada no dia 12/07, foi uma grande surpresa para

o jovem, assim como grafitar no Beco Do Batman (travessa localizada na Vila Madalena, ponto de referência do grafite na cidade de São Paulo). Suas 17 obras molduradas contam com a presença rica da expressão interior e intelectual do artista para com o mundo. Cinco de suas obras, nomeadas por “Aquarelas” são dedicadas para 5 mulheres que estão presentes em sua trajetória. Lelo trabalha em outras obras e deseja que em um futuro próximo possa acrescentar ainda mais na vida de cada cidadão da periferia com sua arte, sempre trazendo suas sábias palavras “Nada é tão distante quanto se parece”.

Programação Centro Cultural Grajaú Contato: 5925-4943/5924-9135 Oficina Projeto - Breaking, pooping, coreografia Marcos - 9h às 11h - 31/08/16- Sala Vermelha Exposição dos Sambas Periféricos - Mônica Alves 27/08/16 - 9h às 20h - Hall Roda de Poesia - Vilani - 13/08/16 - 19h às 20h - hall Encontro de mostras artísticas do vocacional- suzana/felipe - 13/08/16 - 9h às 12h - Calçadão Cultural

Encontro de Violeiros - José e Maria - 27/08/16 - 14h às 20h - CCM Estudos Afro-Brasileiros - Vilani - 27/08/16 - 18h às 20h - Hall

Ensaio Grupo Samba Rock - Vilma 19/08/16 - 20h às 22h IBGE

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SEM PALAVRAS...

Diego Aliados é paulistano e capta com simplicidade a realidade das ruas da cidade de

São Paulo. Sempre com sua câmera simples e compacta,

Aliados se

relaciona com as ruas

registrando o cotidiano da cidade de forma marcante e crítica.

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C U LT U R A DIGITAL H oje em dia se fala muito de cultura digital O que é Cultura Digital? Cultural digital podemos dizer que é o relacionamento da sociedade com a tecnologia em suas diversas formas, formando a junção da cultural e o digital, trazendo para o ser humano uma nova forma de viver a cada revolução tecnológica. Dependemos cada dia mais da tecnologia nessa era digital, sem ela não podemos fazer quase nada nos dia de hoje. A era digital alterou radicalmente os paradigmas da comunicação. Vivemos em um momento de grandes transformações. A tecnologia pode, efetivamente, contribuir para melhorar o nosso processo de vida. Infelizmente falta cultura digital nas escolas públicas. Nesse mundo multimídia, onde tudo é registrado e postado na Internet, precisamos mudar a forma que nos comunicamos nas escolas, aluno x Professor. Vivemos na era digital e nossas escolas e professores são analógicos. Coletivo

Periferia

hacker

Periferia hacker é formado por colaboradores ativistas digitais, que tem como objetivo levar empoderamento tecnológico e digital para jovens da periferias.

Temos que nos reeducar tecnologicamente, pois o mercado introduziu e popularizou produtos em nosso dia a dia tecnológico que controla e monitora nossa vida, retirando totalmente nossa privacidade. Faremos varias atividades Digitais no distrito do Grajaú, chamado Circuito Digital Navegando Livre no Extremo, esse evento vai ser realizado em parceria com diversos coletivos de SP. EDU GRAJA É MILITANTE E ATIVISTA

ECP DIVULGA PRÓXIMO PROGRAMA PERIFERIAS: 10/09 ÀS 18h - AO VIVO EM NOSSO CANAL NO YOUTUBE - EXPRESSÃO CULTURAL PERIFÉRICA

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Sabrina Fênix,

artísta

que criou a obra da capa

PATROCÍNIO

PARCEIROS Associação Amigos do

Jd. Reimberg CJ


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