Revista Duo 19

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DUO Outono | Inverno

É tempo de peeling

Dias frios e a consequente diminuição da exposição solar podem ser o momento certo para tratamentos dermatológicos que promovam a renovação celular Por Mariana Woj

O verão acabou e é chegada a hora de atenuar manchas e revitalizar a pele agredida pelo sol e pelo calor. Com a chegada das estações mais amenas, o momento é ideal para desfrutar os resultados de um eficaz tratamento de peeling químico, que conta com a ação combinada de diferentes ácidos, cada um com características e finalidades distintas. Muito procurados nas clínicas de estética e consultórios dermatológicos, o peeling químico traz resultados efetivos no clareamento de hipercromias (manchas) causadas pela exposição prolongada ao sol, manchas senis, cicatrizes de acne e melasmas (manchas decorrentes da gravidez). Por promoverem a descamação da camada superficial da pele e estimularem a regeneração do tecido, os ácidos também são efetivos nos tratamentos de revitalização e garantem à pele textura uniforme, macia e aparência viçosa. É importante destacar, no entanto,

que os resultados satisfatórios de um tratamento à base de ácidos dependem de alguns cuidados essenciais, conforme orienta a farmacêutica e bioquímica Maria de Lourdes Vertuan, diretora da La Vertuan Cosméticos. “Primeiramente é preciso buscar um profissional qualificado. Ele deverá fazer uma boa anamnese (diagnóstico), identificando as causas, a intensidade das alterações presentes e quais os ácidos mais adequados para cada caso”. Além disso, as orientações do profissional deverão ser seguidas à risca. Durante o período de tratamento, a aplicação de protetor solar deve se intensificar, ao mesmo tempo em que a exposição ao sol deve ser reduzida. O reforço deve acontecer, inclusive, dentro de ambientes iluminados artificialmente, como em casa ou no trabalho. “O uso incorreto dos ácidos pode desencadear efeitos reversos, como a hiperpigmentação (quando as

manchas se tornam mais acentuadas) ou a hipopimentação (falta de pigmentação à pele”, completa Maria de Lourdes. Outro aspecto relevante nos tratamentos de clareamento é que, muitas vezes, apenas a descamação superficial realizada pelos ácidos não é suficiente para acabar com as manchas, já que as lesões podem estar estabelecidas em diferentes camadas. Maria de Lourdes explica que para evitar e reduzir as manchas, o tratamento deve acontecer antes, durante e depois do aparecimento das mesmas. “O trabalho do ácido é descamar as camadas mais superficiais da pele. Porém, as manchas estão localizadas mais abaixo do tecido. Além disso, os melanócitos continuam produzindo e liberando a melanina. Por isso, o trabalho superficial precisa acontecer simultaneamente ao trabalho intracelular”, afirma.


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