Fotografia de Raquel Aline Zanini
LENTE DE AUMENTO
HABITAR A CIDADE: O PLANEJAMENTO DAS DESIGUALDADES EM CURITIBA por Adriana Rita Tremarin
D
esde 1948, a moradia passou a ser considerada um direito fundamental pela Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). O Brasil, assina: “Toda pessoa tem direito a um padrão de vida ca-
paz de assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis”. Apesar disso, em Curitiba, estima-se que existam 380 assentamentos precários, com 200 mil pessoas, o que corresponde a
um déficit habitacional de 80 mil domicílios. O problema é grave e começa nas disparidades entre as definições: a ONU denomina assentamentos precários o conjunto que inclui favelas, cortiços, loteamentos clandestinos e irregulares; o Instituto Bra-
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