Revista Crivo n0

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Assim como Daniely, ele não fez cursos para aperfeiçoar a técnica. Aprendeu tudo sozinho e hoje participa do Fotoclube Monaliza Godoy. "Todo o meu treinamento foi a partir de informações disponíveis na internet". O fotógrafo e empresário tem em seu acervo uma câmera digital, duas analógicas e uma caixa cheia de filmes. Motivo? Nostalgia. "O som do obturador, o passar do filme, o não saber da foto até o momento da revelação e uma coisa importante: ter a 'foto' fisicamente em mãos - negativo, no caso - coisa que inexiste no digital", comenta. Para Daniely tirar boas fotos independe do tipo de câmera utilizado: “não precisa ter uma câmera fodona de 25 megapixels para tirar boas fotos. No geral, tem muita gente que pega uma máquina digital, coloca no modo automático e acha que isso é fotografar. Mas fazendo isso quem está fotografando é a máquina, quem a usa é só um 'disparador de botão'". Moema Pascoini é outro exemplo de que a fotografia analógica continua atraindo adeptos. "Eu tinha mais ou menos uns 12 ou 13 anos quando comecei a fotografar. Nessa época, fiz um curso na Galeria de Arte Álvaro Santos (GAAS) e fui conhecendo um pouco mais sobre a parte técnica". Mais tarde, por curiosidade, aprendeu direção de fotografia para vídeo no Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira (NPDOV) e por fim, trancou o curso de Jornalismo para estudar direção de fotografia no Centro de Formación Profesional Del Sindicato de La Industria Cinematografica Argentina (C.F.P. del SICA), em Buenos Aires. Apesar de não existir lojas especializadas em Aracaju para alguns tipos de revelação - como preto e branco, cromos e filmes 120mm -, os fotógrafos defendem que o uso do filme ainda vale a pena. "Eu prefiro a fotografia analógica, gosto de todo o processo que vai desde a escolha do filme até a revelação da foto", argumenta Moema. "A minha digital considero superior, mas ainda uso filme por uma qualidade subjetiva nas fotos, já que elas tem uma 'cara diferente' e uma textura mais natural e suave", completa Tiago. Entre os temas favoritos para fotografar, Tiago escolhe o minimalismo e a abstração. Para Moema, a fotografia urbana proporciona boas viagens. Já Daniely aposta no experimentalismo.Porém, em uma coisa os três concordam: seja qual for o tipo de fotografia, o importante é um olhar diferente << << foto Daniele Alves <<

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