Continente #096 - Cuba

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Divulgação

Velocidade A internet, em apenas cinco anos (1995-2000), tornou-se uma mídia globalizada. Hoje, cybercafés podem ser encontrados tanto em Manhattan quanto num vilarejo perdido do Marrocos, do Sri Lanka ou de Goiás. A Associação Nacional de Radiodifusão, nos Estados Unidos, pesquisou quanto tempo levaram rádio e televisão para conseguir a mesma façanha. Resposta: o rádio, 38 anos; a tevê, 13 anos. Qual será a próxima novidade? (FN)

Arte-educação Mais uma vez Pernambuco se destaca em nível nacional. Três educadores acabam de ser agraciados com o prêmio de R$ 10 mil reais do programa Rumos Educação, Cultura e Arte, do Itaú Cultural. Um dos vencedores é Edson de Oliveira, do Grupo de Apoio aos Meninos de Rua, uma organização que trabalha com menores de Gravatá, utilizando a arte. Outro contemplado é Wagner Porto, que promove ações de valorização dos saberes tradicionais na comunidade quilombola do Timbó, em Garanhuns. Já Joana D´Arc Lima recebeu o prêmio pelo seu projeto de aproximação de públicos não habituais, no Instituto Ricardo Brennand, em Recife. Dos 429 inscritos, apenas 12 foram escolhidos. Terão seus trabalhos difundidos e podem ainda ser escolhidos para visitar organizações internacionais do setor. (Chris Galdino)

Inédita dos Beatles Ex-beatle mais bem-sucedido na carreira solo, Paul McCartney tem chamado bastante a atenção por suas recentes declarações. Além de ter confessado que adoraria gravar um disco com Bob Dylan, ele falou pela primeira vez, publicamente, de uma canção inédita do quarteto londrino, Carnival of Light. Segundo Paul, a música – uma improvisação de 14 minutos feita 40 anos atrás e influenciada por John Cage e Karlheinz Stockhausen – só não chegou até hoje às mãos do público pelo veto de Ringo Starr, Yoko Ono e da viúva de George Harrison, Olivia. O motivo? Os três, mesmo depois de toda experimentação feita no mundo da música até hoje, considerariam Carnival of Light muito de “vanguarda”. Se ela for tão inovadora assim – e pode apostar que não é para tanto –, existe então mais um motivo para mostrá-la. (Diogo Guedes)

“A substância do homem não é outra coisa senão o perigo: caminha sempre entre precipícios e, queira ou não, tem que guardar o equilíbrio.” José Ortega y Gasset (1883-1955), filósofo espanhol.

Que disco marcou sua vida? “Dois discos marcaram minha vida. O primeiro foi São João no Araripe, de Gonzagão. Na época, eu morava em Carpina, ainda era criança. Minha mãe, que era professora de acordeom, sempre botava esse disco para rodar. São João foi decisivo na minha opção pela música – antes, eu era pedagogo. Gonzagão tem facetas que as pessoas desconhecem. Em São João, o acordeom dialoga com guitarra e cavaquinho. Isso sem falar no seu lado tropicalista, em obras como Canaã e Xenhenhém. O segundo disco foi o Álbum branco, dos Beatles. Eu já era adolescente, tinha chegado ao Recife. Esse disco me pegou pela diversidade, algo como Frank Zappa fazia: o cara podia tocar numa noite com uma sinfônica e noutra noite com sintetizadores. E o Álbum branco é um disco com pegada rock, algo bem diferente desse rock com cara de Mcdonald´s que, se faz hoje em dia.” Silvério Pessoa, músico. DEZ 2008 • Continente x 11

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