Revista Condomínio | Edição 106

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Fios que ameaçam

Instalações elétrIcas antIgas colocam condomínIos em rIsco

Cupim subterrâneo

Inimigo oculto sob os alicerces do condomínio

inFiltrações

Solução rápida e definitiva com injeção de poliuretano

mudanças nas leis de condomínio

A CIPA ESTá POR dENTRO E PRONTA PARA APOIAR OS SíNdICOS

O mercado condominial está passando por várias mudanças legais importantes. Por isso, é essencial que síndicos e moradores fiquem atentos. Estar bem informado faz toda a diferença para garantir uma gestão tranquila, com segurança jurídica e proteção ao patrimônio de todos.

Atualmente, três assuntos vêm chamando a atenção dos síndicos: um deles é a nova Lei Municipal nº 8.913/2025, que obriga síndicos e administradores a denunciarem casos de violência doméstica – contra mulheres, crianças, idosos e até animais. Outro ponto importante é a mudança na Norma Regulamentadora NR-1, que agora exige que os condomínios cuidem também da saúde emocional dos seus funcionários. Isso inclui situações de estresse, assédio moral e esgotamento. Porteiros, zeladores e os demais colaboradores precisam trabalhar em um ambiente mais saudável, e isso agora virou uma obrigação legal. E no cenário nacional, o Projeto de Lei nº 04/2025, que está sendo discutido no Senado, propõe mudanças significativas no Código Civil que afetam diretamente o dia a dia dos condomínios.

Entre as propostas estão:

• Proibir aluguéis por diárias em plataformas como Airbnb;

• Permitir a expulsão de moradores antissociais por decisão judicial com base em assembleia;

• Aumentar a multa para inadimplentes para até 10%;

• Proibir descontos para quem paga antecipado;

• Permitir que o condomínio tenha personalidade jurídica própria;

• Facilitar mudanças no regimento interno;

• Obrigar que o dono informe ao condomínio quando vender o imóvel.

Essas mudanças mostram como é importante contar com uma administradora preparada, que saiba identificar os impactos de cada nova regra e ofereça o suporte certo – jurídico, operacional ou estratégico. Os clientes da Cipa podem ficar tranquilos: estamos acompanhando tudo de perto e prontos para ajudar no que for preciso. Nossa equipe está comprometida com uma gestão segura e eficiente. Contem com a gente!

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redação e edição: ViVien beZerra De mello

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revisão: anDrea biVar andreabivar@gmail.com

design:

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Fotografia: ariel subirá istoCkphoto piXabaY

ViVien beZerra De mello

colaborou neste número: isabela masi

conceitos e opiniões em artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores. a reprodução parcial ou total de qualquer parte desta publicação é permitida desde que seja citada a fonte e previamente autorizada, por escrito, pela editora. a empresa reserva-se ao direito de não aceitar publicidade sem fundamentar motivação de recusa.

A Revista Condomínio etc. esclarece que:

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esta publicação está em conformidade com o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, aprovado pelo decreto legislativo nº 54, de 18 de abril de 1995, e em vigor desde 1º de janeiro de 2009.

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Fios que ameaçam

Você sabia que instalações elétricas antigas colocam os condomínios em risco? A falta de cuidado pode impactar diretamente a segurança e o bem-estar dos moradores. Leia nossa matéria exclusiva e veja como proceder.

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| atualidade

terceirização: mais eficiência e menos dor de cabeça para o síndico

Empresas especializadas ajudam a reduzir custos, evitar problemas trabalhistas e melhorar a qualidade dos serviços. Leia a reportagem e entenda como pode ser interessante contratar serviços terceirizados.

| Condomínio

Conforto renovado: a importância dos estofados nas áreas comuns dos condomínios

Manutenção dos estofados e escolhas inteligentes valorizam o ambiente, impactam positivamente e evitam desperdícios. Saiba um pouco mais sobre o assunto nesta matéria.

| reforma

pastilhas em fachadas: charme, tradição e muitos desafios para os síndicos

Reformar esse tipo de revestimento exige planejamento, técnica e comprometimento. Leia mais sobre o assunto nesta matéria especial.

| Dedetização

Cupins subterrâneos: o inimigo oculto sob os alicerces do condomínio

O comportamento silencioso e destrutivo desse tipo de cupim exige atenção redobrada de síndicos. Saiba o que fazer lendo esta matéria.

| sustentabilidade

Fazendas remotas levam energia solar aos condomínios

Mesmo que seu condomínio não tenha espaço, ele pode usufruir da energia solar. As fazendas de energia remota já são uma realidade. Leia a matéria e fique por dentro.

| reforma

infiltrações: solução definitiva com injeção de poliuretano

Essa alternativa moderna, ágil e duradoura substitui os métodos tradicionais de impermeabilização com menos transtornos. Veja nesta reportagem como problemas em garagens, caixas-d’água, lajes ou paredes podem ser resolvidos rapidamente.

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Capa | Instalações elétricas

Fios que ameaçam

Instalações elétrIcas

antIgas colocam condomínIos em rIsco

Quando foi a última vez que seu condomínio fez uma inspeção elétrica? Se você não se lembra, é provável que esteja correndo um risco invisível. Como todas as estruturas de um imóvel, as instalações elétricas sofrem um processo de envelhecimento natural, que pode ser mais acelerado se não for dada a elas a atenção necessária, principalmente por meio de vistorias periódicas e manutenção preventiva. A falta de cuidado necessário pode impactar diretamente a segurança e o bem-estar dos moradores.

Segundo o Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), incêndios causados por sobre-

cargas ou curtos-circuitos representam metade dos acidentes elétricos em residências registrados no país. Aqui no Rio de Janeiro, de acordo com dados do Corpo de Bombeiros, foram 3.062 incêndios em edificações residenciais e comerciais nos primeiros quatro meses de 2025. As principais causas apontadas para esses incidentes incluem falhas na manutenção elétrica, sobrecarga de instalações, uso inadequado de equipamentos e negligência com dispositivos de segurança.

Em fevereiro de 2025, um incêndio de grandes proporções em uma confecção de camisas no bairro de Ramos, na zona norte do Rio de Janeiro, causou a morte de um funcionário. Outras 21 pessoas tiveram

Capa |

o síndico antônio Ferreira trocou todos os quadros elétricos do condomínio, revisou a fiação, os disjuntores, os relógios. O antigo quadro ainda era de madeira e foi substituído por um de ferro com revestimento antichamas

que ser resgatadas do prédio pelos bombeiros. Policiais civis encontraram ligações clandestinas de energia e um sistema elétrico defasado. As investigações apontam que estas podem ter sido as causas do início do incêndio.

Em março, houve registro de incêndio em dois apartamentos em condomínios distintos no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste. Um dos casos foi provocado por um ventilador. Mas antes de chegar a esse ponto extremo, o sistema elétrico costuma dar sinais quando não está em pleno funcionamento, como piscada na luz, disjuntores que desarmam com frequência, aquecimento em tomadas e até cheiro de queimado.

Especialistas advertem para os cuidados a serem tomados para que isso não aconteça. Fernando Timótheo é dono da empresa Master Power Soluções Elétricas, especializada em PC de luz, que é o ponto de onde se distribui a carga para as unidades e áreas comuns, sendo crucial para a segurança elétrica. Segundo Fernando, “quando o prédio dá sinal, significa que o problema já aconteceu. O que o síndico tem que fazer é descobrir antes, e isso só é possível se for feito um plano de manutenção periódica na inspeção das instalações elétricas por um profissional capacitado de uma empresa especializada”.

O dono da Master Power Soluções Elétricas ainda destaca que, mesmo com a autovistoria em dia, é importante que o síndico faça uma vistoria especificamente da parte elétrica. “Geralmente, quem faz a autovistoria não é um profissional de elétrica, é um engenheiro ou um arquiteto. Então, na maioria das vezes, eles só sinalizam para o síndico aquilo que está gritante. Quer ver um exemplo? Eu fiz uma obra em um prédio em que a estrutura de madeira do PC de luz estava bonita, envernizada, mas por trás ela estava cheia de cupim, fofinha, fofinha. Um risco para o condomínio.”

Outro problema grave são as gambiarras e conexões inadequadas, muito comuns principalmente em condomínios mais antigos. Profissionais qualificados costumam esbarrar várias vezes em problemas como esses. “Geralmente, é no PC de luz do condomínio que encontramos esses casos. É interessante que essa parte essencial para o fornecimento de energia não seja visitada periodicamente; além disso, muitos síndicos entendem que esse espaço é responsabilidade da concessionária local, e não é. Fomos contatados por um condomínio no qual a proteção geral (entrada principal de energia elétrica) do edifício estava pendurada, e a porta do abrigo não podia ser aberta,

pois era a sustentação dos barramentos energizados e da chave-faca, com grave risco de explosão. Tivemos que entrar com um pedido de desligamento de energia emergencial perante a concessionária para desmontar a estrutura deteriorada e implantar o padrão novo em menos de 24 horas”, conta a diretora da Eletro Palma, Renata Rangel.

de acordo com Fernando Timótheo, da Master Power Soluções Elétricas, esses atendimentos emergenciais, além dos riscos, acabam gerando gastos mais altos para o condomínio. “Se a gente chega para fazer um atendimento emergencial, preciso desmobilizar uma equipe onde quer que ela esteja ou alocar colaboradores em jornada extraordinária, frequentemente em horários fora do período comercial, e isso fica mais caro para o condomínio.”

Com áreas comuns que concentram sistemas elétricos complexos – como elevadores, portões automáticos, iluminação, câmeras de segurança e bombas –, os condomínios estão entre os locais mais vulneráveis a falhas quando não há um plano preventivo de inspeção e manutenção elétrica. O advogado Antônio Jorge da Cunha Ferreira é síndico e morador do Condomínio Morada dos Mananciais, na zona oeste do Rio. A área tem seis blocos e um total de 186 apartamen-

tos e ainda conta com salão de festas, piscina e quadra de esportes. Há cerca de cinco anos, o condomínio passou por uma grande reforma elétrica. Inaugurado em 1992, o condomínio estava com o sistema obsoleto.

“Foi exigência da Light. Trocamos todos os quadros elétricos, revisamos a fiação, os disjuntores, os relógios. Nosso quadro ainda era de madeira. Colocamos de ferro com revestimento antichamas. Antes da reforma, toda hora desarmavam disjuntores do quadro principal, por isso o síndico da época chamou uma empresa especializada para fazer a vistoria. O sistema de aterramento também foi atualizado”, explica Antônio.

E agora ele faz todo um trabalho de comunicação com os moradores. “Todo ano, as pessoas podem aumentar a carga de energia do seu apartamento e, com isso, exigir mais do sistema do condomínio. Colocam freezer, ar-condicionado… É necessário que eu saiba se essa fiação do condomínio vai suportar. Toda vez que uma pessoa se muda para o condomínio, peço para informar se vai haver aumento substancial de carga elétrica no apartamento. Em casa, por exemplo, troquei, há dois anos, toda a fiação porque fiz uma reforma para colocar um aparelho de ar-condicionado maior na sala. Tirei os fios rígidos

Capa | Instalações elétricas

e coloquei fio flexível, que resiste muito mais à carga. É importante discutir com o síndico para que ele aconselhe os moradores. Porque a gente não pode obrigar que eles façam a troca, né? Só conversar mesmo.”

A diretora da Eletro Palma conta que a empresa atende a vários casos de condomínios que têm risco de incêndio por falta de adequação na rede elétrica. “Muitas vezes, os moradores percebem um desarme no disjuntor, chamam profissionais que não são capacitados que simplesmente substituem o disjuntor que estava desarmando por um de amperagem maior. O problema é que esse profissional não calculou a carga/demanda necessária para a unidade e não adequou os cabos conforme o novo disjuntor. Está aí o risco. O cabo vai continuar aquecendo, por causa da sobrecarga, e o novo disjuntor que foi colocado não vai desarmar, então teremos um incêndio. Para identificar esses riscos, o condomínio deve fazer a manutenção preventiva anual, seguida de um relatório técnico com indicação de adequações. Essa manutenção deve ser realizada por empresas especializadas.”

Sérgio Martins, diretor da Serfautec Serviços Elétricos, chama atenção exatamente para isso. “Com o aumento do uso de aparelhos elétricos e a crescente demanda por conforto e tecnologia, muitos imóveis residenciais – especialmente os mais antigos – estão enfrentando uma realidade alarmante: suas instalações elétricas não foram projetadas para suportar as exigências atuais. O que muitos ignoram é que a rede elétrica, como qualquer outro sistema, tem um prazo de validade. Hoje, a demanda elétrica de uma residência é várias vezes maior do que nos anos 1970. Para se ter uma ideia, naquela época, o consumo médio mensal de uma família girava em torno de 170 kWh. Com o avanço da tecnologia, esse número facilmente ultrapassa os 250 kWh/mês.”

Com o avanço da mobilidade elé-

trica no Brasil, cresce também o número de moradores que utilizam a rede elétrica dos condomínios para carregar carros e bicicletas. O que à primeira vista parece uma escolha sustentável pode, sem o devido planejamento, se tornar uma bomba-relógio. Sérgio, da Serfautec Serviços Elétricos, orienta que a instalação de pontos para carregamento veicular seja feito de forma adequada. “Infelizmente, o que se vê são soluções improvisadas, com moradores puxando fios diretamente dos próprios medidores ou carregando bicicletas dentro dos apartamentos, o que representa um risco severo de acidente. Essa prática pode causar sobrecarga nas instalações internas, superaquecimento e até incêndios. O ideal é que todo sistema de recarga seja compatível com o veículo e com a rede elétrica e tenha sido dimensionado por um profissional capacitado.”

E para isso é necessário que o projeto seja aprovado pela concessionária de energia antes do início da reforma. O dono da Master Power Soluções Elétricas conta que é comum que muitas obras tenham que ser refeitas porque o projeto não foi aprovado pela concessionária. “Algumas empresas mostram o projeto para o síndico, e o síndico acha que está aprovado pela Light e deixa a pessoa trabalhar. Quando vai ver, a Light nem sabe que aquilo ali está acontecendo.”

E na hora de contratar a empresa, a atenção deve ser redobrada. Para o diretor da Serfautec Serviços Elétricos, empresa de referência em modernização de PC de luz, “quando for necessária a ampliação da carga elétrica, o síndico deve contratar uma empresa ou profissional registrado no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) ou no Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT). Esse profissional será responsável por calcular a nova carga e solicitar à concessionária (como a Light) o aumento oficial de carga, conforme formulário padrão exigido”.

“Verifique a documentação da empresa (certidões negativas de débitos municipais, estaduais e federais e do INSS; certidão de registro da empresa no Crea, com o nome do responsável técnico vinculado ao CNPJ); solicite uma relação de serviços anteriores feitos; consulte a situação fiscal e judicial da empresa: sites, como o da Receita Federal e do

Tribunal Superior do Trabalho, ajudam a identificar empresas com pendências; consulte a lista de fabricantes de painéis homologados pela Light em fabricantes validados; pesquise a reputação da empresa em sites como o Reclame Aqui, entre outras providências”, orienta o diretor da Serfautec Serviços Elétricos.

Antônio, além de síndico, é advogado e toma muito cuidado na hora de escolher uma empresa para prestar algum serviço. “A maioria dos condomínios escolhe três propostas. Eu peço cinco. Faço uma pesquisa pelo CNPJ para ver a capacidade financeira da empresa para

entender se ela tem condições financeiras para realizar a obra. Senão, você contrata uma empresa qualquer e ela abandona a obra, você vai executar a empresa como? Vai cobrar de quem? Só para dar um exemplo rápido. Vou fazer uma obra aqui no condomínio que deve custar em torno de R$ 1 milhão. Uma empresa me apresentou uma proposta de R$ 330 mil. Já viu que ela não tem capacidade de fazer isso, né? Além disso, fiscalizo se a companhia está com a documentação em ordem, se tem Equipamento de Proteção Individual (EPI), treinamento técnico… Sou enjoado com essas coisas.”

Nas reformas elétricas em condomínios, o aterramento é uma exigência técnica e de segurança fundamental. Além de ser previsto na norma NBR 5.410, que regula instalações de baixa tensão, o sistema de aterramento protege moradores e estruturas de choques e descargas elétricas, sendo também parte essencial

antônio, além de síndico, é advogado e toma muito cuidado na hora de escolher uma empresa para prestar algum serviço. “A maioria dos condomínios escolhe três propostas. Eu peço cinco”

do Sistema de Proteção contra descargas Atmosféricas (SPdA). Segundo Renata Rangel, diretora da Eletro Palma, “o aterramento é um item obrigatório exigido pela concessionária no processo de modernização do PC de luz. É preciso que conste em projeto para aprovação e, depois de implantado, precisa ficar exposto até a vistoria final realizada pela concessionária”. Sem o aterramento adequado, reformas podem ser barradas, apólices de seguro, negadas e o risco de acidentes aumenta significativamente.

Por isso mesmo, durante reformas no sistema elétrico de condomínios, a contratação ou atualização do seguro contra incêndio torna-se uma medida essencial de prevenção e responsabilidade. Isso porque intervenções desse tipo aumentam significativamente o risco de curtos-circuitos, sobrecargas e falhas que podem provocar incêndios. Além disso, o seguro é exigido por lei para edifícios residenciais e pode ser requisitado pelas administradoras ou seguradoras para manter a cobertura válida durante a obra. Em caso de acidentes, a apólice oferece proteção financeira para danos estruturais e prejuízos a terceiros, evitando custos elevados e disputas judiciais. A Cipa oferece esse serviço por meio do Seguro Obrigatório de Condomínio. Mesmo com o seguro, a falta de manutenção elétrica pode comprometer o pagamento da indenização em caso de sinistro. Ma-

nutenção preventiva é essencial para garantir a eficácia da cobertura. Isso não apenas reforça a segurança dos moradores, mas também evita possíveis negativas de cobertura por parte da seguradora em caso de sinistros relacionados com falhas elétricas.

Além da manutenção periódica, Antônio afirma que faz a vistoria regular nos equipamentos de incêndio, nos extintores, nos hidrantes e nos alarmes para manter tudo sempre em dia. “Porque o síndico responde com seu patrimônio por má gestão se não tomar os cuidados com a administração e segurança”, explica.

Mais do que uma obrigação legal, cuidar da parte elétrica de um condomínio é uma atitude de responsabilidade coletiva. Reformar, modernizar e inspecionar regularmente essas estruturas é investir na segurança, no bem-estar e na valorização do patrimônio de todos os moradores. Como resume Sérgio Martins, da Serfautec: “A segurança elétrica não é um luxo, mas uma necessidade básica.”

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terceirização: mais eficiência e menos dor de cabeça para o síndico

EMPRESAS ESPECIALIZAdAS AJUdAM A REdUZIR

CUSTOS, EVITAR PROBLEMAS TRABALHISTAS E MELHORAR A QUALIdAdE dOS SERVIçOS

Administrar um condomínio exige tempo, atenção e jogo de cintura. Em meio a tantas responsabilidades, a terceirização de serviços tem se mostrado uma solução eficiente para quem busca qualidade, agilidade e redução de problemas trabalhistas.

Mas, afinal, quais serviços podem (e devem) ser terceirizados? Como garantir que os profissionais estejam bem preparados e alinhados à rotina do condomínio? E quais vantagens essa decisão pode trazer para a gestão condominial?

Para responder a essas e outras perguntas, a revista Condomínio etc. ouviu dois especialistas do setor, ambos à frente de empresas que prestam serviços terceirizados para condomínios. Eles abordam desde os benefícios da terceirização até os cuidados com treinamento e seleção de pessoal, além

para o síndico roberto de mendonça, terceirizar permite focar na gestão estratégica e deixar a operação nas mãos de especialistas

Profissionais terceirizados atuam nas portarias, nas áreas de lazer e nos serviços gerais com mais preparo e supervisão contínua

das demandas com maior crescimento nesse mercado. Também conversamos com um síndico profissional que atua em três condomínios e adota a terceirização como modelo de gestão.

teCnoloGia, inteliGênCia e perFormanCe

Para Gabriel Figueiral, sócio-proprietário e presidente do Conselho Administrativo do Grupo TelAviv, a terceirização permite que o síndico concentre esforços na gestão estratégica enquanto uma empresa especializada assume a operação com mais eficiência. “No Grupo TelAviv, temos como premissa a gestão colaborativa: atuamos não apenas naquilo que nos compete – como a gestão da mão de obra –, mas também de forma propositiva, ajudando a otimizar processos que possam estar ultrapassados”, afirma.

Com o uso da inteligência artificial nos departamentos operacionais e administrativos, a empresa consegue gerar relatórios, identificar padrões e antecipar falhas com agilidade. “Promovemos decisões mais inteligentes e preventivas para a rotina condominial”, completa.

A variedade de serviços oferecidos também faz diferença: “Oferecemos segurança, portaria, limpeza, manutenção predial, apoio administrativo e serviços sob demanda. Essa flexibilidade operacional, aliada à tecnologia aplicada na

gestão de pessoas e processos, permite que o síndico tenha tranquilidade e performance em todas as frentes.”

Entre os serviços mais procurados, Gabriel destaca segurança e limpeza. “Elas impactam diretamente na percepção de qualidade e bem-estar dos moradores. Nosso diferencial está na combinação entre mão de obra qualificada, supervisão ativa e inteligência tecnológica.”

reCrutamento Criterioso e atenção à rotina

Já na Bravo Assessoria e Serviços Empresariais, a preocupação começa no momento da seleção. O gerente comercial, Luan Justino, explica: “Temos um banco com mais de 3 mil profissionais, e nosso time de RH escolhe a dedo quem tem o perfil certo para cada função. depois, eles passam por treinamentos que vão muito além do básico.”

A personalização do atendimento é essencial. “Sabemos que cada condomínio é único. Por isso, antes de iniciar o trabalho, entendemos bem as regras e rotinas locais. Nossos supervisores acompanham o trabalho de perto, e mantemos canais abertos para ouvir os condôminos. Também realizamos auditorias internas regularmente”, destaca Luan.

E mais: a terceirização contribui para um ambiente mais harmonioso.

“Quando feita com seriedade, ela pode transformar o clima do condomínio. Nossos profissionais são treinados para entregar um serviço impecável. Se alguém faltar, nossa equipe de reposição age rápido. E como cuidamos da parte trabalhista, o síndico pode ficar tranquilo, sem se preocupar com passivos ou burocracia.”

o olhar Do sínDiCo

O síndico profissional Roberto de Mendonça, que administra três condomínios no Rio de Janeiro, é entusiasta da terceirização. Em todos os seus empreendimentos, os serviços são terceirizados com bons resultados. “A terceirização pode levar à diminuição significativa dos custos operacionais, especialmente com encargos trabalhistas, benefícios, treinamento e gerenciamento de pessoal. Sem contar a flexibilidade de alteração do quadro funcional”, explica.

Roberto costuma terceirizar a limpeza, a jardinagem, a segurança, a portaria e funções como guardião de piscina. Na hora de escolher a empresa, ele é criterioso: “Verifico a qualificação técnica (atestados), a saúde financeira da empresa, balanços e certidões fiscais.”

Na prática, ele confirma que a terceirização reduz conflitos internos. “Com ela, o síndico pode focar no que

é realmente importante. Faltas, plano de trabalho e organização de materiais ficam a cargo da empresa contratada. O síndico passa a ser apenas o cobrador do serviço, e não o gestor direto da equipe.”

merCaDo em CresCimento

Segundo dados da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem), a terceirização e o trabalho temporário cresceram mais de 20% no setor de serviços entre 2022 e 2023, e os condomínios fazem parte importante dessa demanda. Maior flexibilidade operacional, foco em compliance e uso de tecnologia são apontados como fatores que impulsionam esse crescimento.

Para os síndicos, terceirizar é mais do que delegar tarefas, é apostar em eficiência, controle e profissionalismo. Com bons parceiros e gestão ativa, é possível transformar a rotina do condomínio e garantir mais tranquilidade para todos.

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Conforto renovado

Portarias, salões de festas, áreas de piscina, espaços gourmet… Todas essas áreas de convivência nos condomínios têm algo em comum: são locais de socialização, espera e acolhimento. E nada mais justo do que oferecer a moradores e visitantes um ambiente confortável e bem conservado, afinal, quem nunca ficou desconfortável sentado em uma poltrona dura, encostado em um sofá com cheiro de mofo ou diante de um estofado com manchas visíveis?

A escolha dos estofados adequados para as áreas internas e externas, bem como sua manutenção e renovação periódica, faz toda a diferença na experiência dos usuários e na valorização do condomínio. Além disso, tecidos específicos, como o acquablock, por exemplo, trazem praticidade e durabilidade, ideais para as áreas externas e também para quem convive com pets.

Para entender melhor como os síndicos podem cuidar do mobiliário das áreas comuns e renovar os espaços sem precisar substituir tudo por peças novas, ouvimos Leandro Carvalho, da empresa Estofador Nosso Ambiente, que tem mais de 20 anos de experiência, e a síndica Clélia dias, que optou por reformar o estofado da portaria assim que assumiu a administração de seu prédio.

a primeira impressão é a Que FiCa Clélia dias é síndica e moradora do Edifício Solar dos Ventos desde 2021 e gerente administrativa do Condomínio Barra Mall desde 2009 – ambos na zona oeste do Rio de Janeiro. Ela acredita que estofados em bom estado são muito mais do que uma questão estética. “As primeiras impressões têm uma importância maior do que a

gente imagina. É a primeira imagem que criamos de um lugar, de uma pessoa ou mesmo de uma situação. Se podemos causar uma boa impressão, certamente é o melhor caminho”, diz.

Ao assumir a sindicatura do Solar dos Ventos, uma de suas primeiras ações foi trocar o sofá da portaria. “Era algo que incomodava de certa forma. A imagem que queremos transmitir é de seriedade, ordem e acolhimento. Móveis bem conservados ajudam a construir isso. Todos elogiaram quando a troca foi feita”, completa. Para ela, ambientes com estofados em mau estado marcam negativamente. “As boas impressões podem até passar despercebidas, mas as más, nunca.”

Ela recomenda cuidados simples, mas eficazes: “Limpar com frequência, orientar moradores e funcionários quanto ao zelo com o material e fiscalizar constantemente para manter tudo em ordem e organizado.”

reFormar em VeZ De DesCartar

Segundo Leandro Carvalho, da Estofador Nosso Ambiente, o maior erro dos administradores é tentar economizar usando material inadequado. “É comum escolher tecidos convencionais para ter orçamentos mais competitivos e conseguir aprovação no conselho. Só que o serviço dura pouco. O ideal é usar tecidos com tecnologia específica para o uso pretendido”, orienta.

Para áreas internas, como recepções e portarias, Leandro recomenda tecidos com tecnologia Easy & Clean: linho 100% poliéster, com propriedades antiácaro, antimicrobianas e antibacterianas, que suportam limpezas repetidas sem desbotar.

Ele defende que, hoje, reformar é quase sempre mais vantajoso do que comprar novos móveis. “O preço de estofados novos mais que dobrou, a estrutura

Clélia Dias acredita que ter um estofado em bom estado vai além da questão estética

está pior, a espuma e os tecidos são de baixa qualidade… Fora que reformar evita mais um sofá no lixo e ainda gera renda para profissionais qualificados.” Ele só recomenda a compra de novos estofados quando o objetivo for mudar o layout do ambiente – e, nesse caso, a dica é adquirir peças com design orgânico: linhas curvas e braços arredondados.

DurabiliDaDe e resistênCia para as áreas eXternas

Quando o assunto são espaços abertos ou locais com pets, Leandro indica o uso do tecido acquablock. “Ele tem muitas opções de cores e estampas, é resistente – especialmente para quem tem gatos – e ainda tem um visual rústico bonito”, diz. Para as áreas realmente expostas ao tempo, a sugestão é o material náutico antimofo, que garante mais durabilidade.

Na hora de contratar um serviço de reforma, ele acredita que o relacionamento entre síndico e prestador é fundamental. “Ter seus prestadores de serviço como parceiros nivela por cima o resultado final. É claro que o levantamento de preços faz parte, mas uma boa conversa sempre leva a um orçamento justo para os dois lados”, completa.

Com atuação em projetos residenciais, comerciais, náuticos e públicos desde 1979, o Estofador Nosso Ambiente acumula experiência e credibilidade, hoje nas mãos de Leandro, que deu continuidade ao negócio iniciado por seu pai, Sinval.

ConserVação é

Estofados bem escolhidos, reformados com materiais adequados e mantidos com atenção constante valorizam o condomínio, melhoram a experiência dos usuários e transmitem a imagem de uma administração eficiente. E mais: ao optar por reformar em vez de descartar, os síndicos promovem o consumo consciente, com impacto positivo tanto no orçamento quanto no meio ambiente.

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é tempo de festa!

JUNINAS, JULINAS OU ATÉ MESMO AGOSTINAS, AS FESTAS TíPICAS SãO SUCESSO GARANTIdO

As festas juninas são uma tradição querida em muitos condomínios e uma ótima oportunidade para aproximar os moradores. Se a ideia for realizar um evento coletivo, uma boa prática é o síndico incentivar a criação de uma comissão de festas. Com a participação de adultos, adolescentes, crianças e idosos, o planejamento se torna mais leve, inclusivo e divertido. Quadrilha, música e comidas típicas não podem faltar!

A sugestão é que os próprios moradores possam contribuir para a realização da festa de duas formas principais:

• Cada um leva um prato ou uma bebida típica – como, por exemplo, canjica, bolo de milho, pé de mole-

que, salsichão, quentão sem álcool, refrigerante, sucos ou milho cozido; • ou todos contribuem com um valor por pessoa – para contratar um bufê especializado em comidas juninas. Há muitas empresas que oferecem pacotes com barraquinhas, comidas típicas e até monitores para as brincadeiras infantis.

Veja outras dicas importantes para o sucesso do evento: planejamento e divulgação defina com antecedência a data, o horário e o local. A comissão pode fazer a divulgação nos elevadores, em grupos de mensagens ou nos murais internos.

respeito ao regulamento

É importante seguir as normas do condomínio quanto ao uso das áreas comuns, aos horários e ao limite de ruído. Cuidado com a segurança

Evite fogueiras reais. Se quiser uma decoração temática, opte por fogueiras cenográficas ou iluminação decorativa. Se houver brinquedos ou música ao vivo, avalie os impactos e riscos. organização no fim do evento Combine previamente quem ficará responsável pela limpeza e organização ao término da festa. Com planejamento e participação, as festas podem se tornar uma linda tradição no seu condomínio. * * *

pastilhas em fachadas

charme, tradIção e muItos desafIos para os síndIcos

Muito presentes nos edifícios do Rio de Janeiro, especialmente aqueles construídos nas décadas de 1960 a 1980, os revestimentos de pastilhas conferem identidade e charme às fachadas. No entanto, com o passar do tempo, esse tipo de acabamento pode apresentar problemas como descolamento, infiltrações e deterioração do rejunte, exigindo atenção constante dos síndicos e, muitas vezes, grandes reformas.

Para entender melhor os riscos, as soluções técnicas disponíveis e os cuidados preventivos que ajudam a prolongar a vida útil das fachadas, a revista Condo-

mínio etc. ouviu duas empresas especializadas em engenharia predial, ambas com ampla experiência em condomínios. No texto a seguir, elas compartilham orientações valiosas para quem administra um prédio com esse tipo de revestimento e precisa decidir entre restaurar ou reformar, sempre com segurança, planejamento e qualidade.

Para falar sobre os desafios práticos dessa realidade, também conversamos com a síndica profissional Larissa Azevedo, que está conduzindo a reforma da fachada de um edifício neste exato momento.

seGurança,
DiaGnóstiCo téCniCo e transparênCia

Segundo Paulo Rafael Pimentel Nunes, sócio-diretor da RJ Construfort, os primeiros sinais de que há algo errado costumam aparecer em forma de desplacamento de pastilhas, trincas em quinas ou fissuras em vigas e sacadas. “Quando surgem esses indícios visíveis, é sinal de que a deterioração já está avançada. A intervenção técnica precisa ser imediata”, alerta.

Para ele, o procedimento ideal, nesses casos, é uma restauração com-

pleta, e não apenas reparos pontuais. “Quando o desgaste aparece a olho nu, certamente há muitos outros pontos comprometidos que só podem ser identificados com um teste de percussão feito por um técnico especializado. O serviço deve incluir a remoção de partes soltas, limpeza com hidrojateamento de alta pressão, a retirada de rejunte deteriorado, a aplicação de novo rejuntamento e a finalização com resina acrílica ou silicone líquido, criando uma camada repelente à água.”

Além do cuidado técnico, Paulo enfatiza a importância da segurança durante a obra: “É fundamental utilizar equipamentos suspensos adequados, telas de proteção e sinalização. A parte inferior da fachada deve ser interditada nas áreas em que os trabalhos acontecem. A segurança do entorno e da equipe é prioridade absoluta.”

a importânCia Do material Certo

Na Fetec Reformas de Fachadas, o processo de decisão sobre manter ou substituir o revestimento começa com uma análise criteriosa do local. “Usamos o teste de percussão para detectar partes ocas ou comprometidas. Se o revestimento ainda estiver firme, é mantido. Só substituímos quando for realmente necessário”, explica Felipe Reinaldo, sócio-diretor da empresa.

A escolha do material é outra etapa crucial. Felipe detalha as diferenças entre os tipos de argamassa colante, recomendando o uso da ACIII ou da AC3E para fachadas, por sua resistência a intempéries e maior poder de aderência. Quanto aos rejuntes, os mais indicados para pastilhas são os tipos cimentício, acrílico e epóxi. “O rejunte certo absorve a dilatação térmica e evita rachaduras ou desplacamentos”, pontua.

Ao contratar uma empresa para esse tipo de obra, o síndico deve ir além do preço. “É essencial verificar

se a empresa tem registro no Crea, engenheiro responsável, certidões negativas atualizadas, histórico de obras semelhantes e tempo de mercado. As garantias devem ser claras e começar a valer somente após a entrega e a aprovação da obra, sempre formalizadas por contrato com testemunhas. E é recomendável que o jurídico da administradora revise o documento antes da assinatura.”

Larissa Azevedo, síndica profissional à frente da dharma Condo Gestão Humanizada, administra 20 condomínios e está, atualmente, conduzindo uma reforma de fachada em um prédio com revestimento de pastilha. “Os primeiros sinais foram relatados por moradores e funcionários: pastilhas se desprendendo, infiltrações, pontos de descolamento… Fizemos uma inspeção técnica com teste de percussão, que confirmou o risco de queda de revestimento. Não era mais uma escolha, e, sim, uma responsabilidade.”

A escolha da empresa foi feita com muito critério. “Analisamos históricos de obras, a estrutura, o tempo de mercado e o cumprimento de normas técnicas. demos preferência a empresas que apresentaram um cronograma claro e um plano de comunicação com os condôminos. Transparência e responsabilidade foram fundamentais para nossa decisão.”

“Adiar uma reforma por medo do custo pode ser mais arriscado do que enfrentála com responsabilidade”, alerta Larissa Azevedo, síndica profissional

Larissa destaca os desafios que envolvem esse tipo de obra: “É preciso conciliar segurança e a rotina dos moradores. O uso de andaimes, o barulho, o impacto visual… Tudo isso precisa ser bem informado. A retirada e a reposição das pastilhas exigem precisão técnica, e o clima também influencia muito no cronograma.”

Para os síndicos que ainda estão adiando esse tipo de obra, ela faz um alerta: “Adiar pode sair mais caro e perigoso. A fachada não é só estética, é estrutura, proteção e segurança. O ideal é agir com base técnica, apresentar dados aos moradores, planejar com clareza e buscar engajamento. Quando a gestão se comunica bem com os condôminos, todos entendem que estão investindo em algo essencial.”

Reformar uma fachada revestida com pastilhas é uma tarefa que exige mais do que recursos: pede conhecimento técnico, planejamento detalhado e parceiros de confiança. Com o apoio de empresas experientes e o compromisso de síndicos atentos, é possível preservar o patrimônio, garantir a segurança e manter o charme arquitetônico dos prédios cariocas com responsabilidade e qualidade.

serViço

Fetec (21) 3281-2703 fetecrj.com.br @ fetecreformasdefachadas rJ Construfort (21) 3588-9331/97531-7459 rjconstrufort.com.br @rjcfort

antônio Versailles

atendimento@versaillesdobrasil.com.br @versaillesdobrasil

Anunciar na revista da Cipa é, para mim, mais do que uma escolha comercial. É uma parceria sólida que mantenho há mais de 15 anos e que me proporciona resultados concretos até hoje. Em mais de três décadas de atuação no setor de manutenção predial, aprendi que a credibilidade e o alcance de um veículo especializado fazem toda a diferença, especialmente quando falamos com um público tão técnico e exigente como os síndicos de condomínios.

A Versailles do Brasil Engenharia & Arquitetura está no mercado desde 1992. Com sede própria em Copacabana e uma equipe experiente e estruturada, oferecemos serviços essenciais, como manutenção predial; reforma de fachadas; autovistoria; recuperação estrutural; para-raios e aterramento; hidráulica em geral; re-

forma elétrica com aumento de carga; impermeabilização em cisternas e caixas-d’água; troca de colunas e muito mais. Além disso, temos condições imbatíveis, financiamento próprio e oferecemos cinco anos de garantia –um diferencial que traz segurança a quem nos contrata.

divulgar esses serviços na revista da Condomínio etc. é eficaz. Recebemos muitos pedidos de orçamento vindos de síndicos que conheceram nosso trabalho por meio das páginas da publicação. As reportagens são interessantes, bem escritas, e contribuem com informações úteis para a tomada de decisão. O fato de a revista também estar disponível em versão impressa é, para mim, um grande diferencial, especialmente no mercado carioca, no qual muitos síndicos ainda preferem folhear a edição física.

Saber que essa publicação é produzida por uma empresa sólida como a Cipa, com tantos anos de história, só aumenta a confiança. Estou muito satisfeito com a visibilidade que conquistamos a ponto de, recentemente, ampliar o espaço do nosso anúncio. E espero continuar tendo um local de destaque, como sempre tivemos, o que valoriza ainda mais nossa marca e nos aproxima do público certo.

Essa parceria nos dá retorno, nos fortalece e, acima de tudo, nos conecta diretamente com quem mais importa: os síndicos que cuidam da saúde e da segurança dos edifícios do Rio.

Cupins subterrâneos

INIMIGO OCULTO SOB OS ALICERCES dO CONdOMíNIO

Silenciosos e quase invisíveis a olho nu, os cupins subterrâneos são uma ameaça real e crescente para os condomínios, especialmente em áreas urbanas, com solo úmido e estruturas antigas. Capazes de se instalar sob as fundações e avançar por estruturas internas sem serem detectados, eles comprometem a madeira, o concreto e até a estabilidade de partes do edifício. A detecção tardia costuma gerar altos custos de reparo e muitos transtornos para síndicos e moradores. de acordo com Marcos Rocha, da Rotobel, empresa especializada em controle de pragas urbanas, os sinais mais comuns de infestação por cupins subterrâneos incluem umidade em locais escondidos e trilhas de forrageamento, caminhos criados pelos cupins entre a colônia e a fonte de alimento, que, geralmente, são materiais celulósicos, como madeira.

“Esses cupins se desenvolvem dentro de estruturas não visíveis,

como o caixão perdido deixado durante a obra. Quando o síndico percebe algum sinal visível, a infestação já pode estar avançada em locais inacessíveis, como em conduítes elétricos ou até mesmo em árvores distantes e no próprio solo”, alerta Marcos.

A detecção ocorre principalmente por meio de inspeção visual, e o controle é feito com tratamentos químicos direcionados para a colônia, capazes de eliminar completamente a infestação, desde que o processo seja bem dimensionado. Para os condomínios que ainda não apresentaram sinais de infestação, a Rotobel recomenda a manutenção preventiva com aplicação de barreira química, que contamina a colônia em caso de ataque.

Um erro comum dos síndicos, segundo Marcos, é optar por tratar apenas o ponto em que o cupim foi identificado, ignorando o risco de outras áreas já comprometidas. “O ideal é tratar todo o local, e não apenas par-

tes isoladas. O cupim subterrâneo pode estar alocado em locais escondidos da estrutura do prédio”, explica.

A presença de cupins subterrâneos também tem impactos diretos na estrutura predial, como destaca Paulo Rafael Pimentel Nunes, sócio-diretor da RJ Construfort, empresa de engenharia. Embora os cupins não se alimentem diretamente de concreto ou alvenaria, eles utilizam fissuras, juntas e pontos fracos para criar túneis de acesso a fontes de alimento, como madeira embutida na estrutura ou próxima do solo.

“Esses túneis facilitam o surgimento de infiltrações, comprometendo a integridade de vigas, alvenarias e fundações. Em muitos casos, o que parece apenas um problema estético pode esconder uma fragilidade estrutural”, afirma Paulo Rafael.

durante reformas ou manutenções prediais, é comum a identificação de focos de infestação, principalmente

por causa da presença de restos de madeira usados nas formas de concreto, que, muitas vezes, são deixados para trás inadvertidamente. Nesses casos, a engenharia pode colaborar notificando os pontos suspeitos à empresa de dedetização e, preventivamente, evitando misturar madeira com material de fundação ou enterrá-la em concreto, práticas que favorecem o surgimento de colônias subterrâneas.

CuriosiDaDe

Uma única rainha de cupins subterrâneos pode viver até 25 anos e gerar milhões de indivíduos ao longo da vida. As colônias podem se estender por centenas de metros no subsolo e atingir diferentes partes de uma edificação sem que a infestação seja percebida. Em muitos casos, a presença dos cupins só é descoberta quando os danos já estão em estágio avançado. Por isso, a vigilância constante e a contra-

o comportamento silencioso e destrutivo dos cupins exige atenção redobrada de síndicos

tação de empresas especializadas para inspeções periódicas são fundamentais para proteger o patrimônio coletivo dos moradores. Investir em prevenção é, sem dúvida, o caminho mais seguro – e econômico – para manter o condomínio livre dessa praga invisível.

serViço rotobel www.rotobel.com.br (21) 96493-5917

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nova lei sobre violência doméstica em condomínios protege mulheres, crianças, adolescentes, idosos e animais

Aprovada recentemente, a Lei Municipal nº 8.913, de 27 de maio de 2025, estabelece a obrigatoriedade de síndicos e administradores de condomínios residenciais e comerciais do Rio de Janeiro notificarem autoridades competentes sempre que houver ocorrências ou indícios de violência doméstica em suas dependências.

Com o objetivo de salvaguardar mulheres, crianças, adolescentes, idosos e animais, a legislação estabelece os condomínios como um elo crucial na comunicação com a segurança pública e os órgãos municipais especializados.

Síndicos e administradores terão a obrigação legal de informar à delegacia de Polícia Civil ou aos órgãos municipais competentes qualquer caso ou suspeita de violência doméstica contra os grupos vulneráveis mencionados, tanto nas áreas privativas quanto nas áreas comuns do condomínio.

Para garantir a ciência da nova lei, os condomínios deverão exibir cartazes,

placas ou comunicados em locais de fácil acesso, que incentivem os moradores a reportar ao síndico ou administrador qualquer conhecimento ou suspeita de violência doméstica.

A legislação também estipula sanções administrativas para os condomínios que descumprirem suas determinações: advertência na primeira infração e multa de até R$ 1 mil mediante reincidência, com os valores destinados a fundos de proteção aos grupos em situação de vulnerabilidade.

A iniciativa é considerada um avanço relevante no combate à violência doméstica, atribuindo aos condomínios um papel proativo na identificação e comunicação de abusos, reforçando a rede de proteção social em nível local.

*Camila prado – mestra em direito pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio); especialista em direito Animal; advogada e professora; consultora e colunista da revista Condomínio etc.; presidente da Comissão de direito Animal da Associação Brasileira de Advogados.

energia solar

FAZENdAS REMOTAS LEVAM ENERGIA RENOVáVEL AOS CONdOMíNIOS

O Brasil já é o quarto maior gerador de energia solar do mundo, de acordo com dados da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena). Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o país ultrapassou a marca de 38 gigawatts de potência instalada em energia solar, um crescimento impulsionado especialmente pela busca de alternativas econômicas, sustentáveis e seguras, tendência que vem ganhando espaço também nos condomínios urbanos, por meio das chamadas fazendas solares remotas.

Essa modalidade de geração compartilhada permite que edifícios residenciais, comerciais e mistos tenham acesso à energia limpa sem precisar instalar placas solares em seus telhados. Com funcionamento simples, economia garantida e adesão rápida, as fazendas solares remotas têm se mostrado a solução ideal para síndicos que buscam eficiência sem complicações.

Segundo Camila Pereira, coordenadora de relacionamento da Hum Energia Renovável, empresa parceira da Cipa, “a Hum oferece soluções para o condomí-

nio se transformar em um autoprodutor remoto de energia, por meio da geração compartilhada em fazendas solares. É a solução mais sustentável, rápida e capaz de trazer descontos imediatos. E o melhor: sem necessidade de obra, projeto ou qualquer risco de engenharia”.

Camila destaca que, para aderir, basta que o condomínio esteja na área de cobertura da mesma concessionária de energia onde se localiza a fazenda. “A gente analisa a conta do cliente, apresenta o contrato e realiza todo o trâmite perante a Light. Como as fazendas já estão

conectadas, em pouco tempo, o cliente já vê a redução na conta de luz”, garante. O modelo oferece diferentes formatos contratuais, como o plano de fidelidade, que amplia os descontos com o tempo. “Temos casos de clientes que, com menos de um mês de assinatura, já tinham economizado mais de R$ 15 mil. Mesmo uma conta pequena, com um desconto de R$ 100,00 por mês, significa mais de R$ 1 mil no fim do ano”, reforça Camila. “É um contrato que só traz economia. Quem espera demais perde tempo e dinheiro.”

Além da economia, a Hum Energia aposta em atendimento completo e confiável. “Acompanhamos toda a jornada do cliente: do desenvolvimento e da implantação dos projetos até a manutenção das fazendas. Como estamos sempre conectando novas unidades, garantimos que o cliente possa crescer conosco e aproveitar a evolução das tecnologias”, afirma.

de olho nas necessidades crescentes dos condomínios, a empresa também oferece soluções integradas. “O consumo está aumentando muito: te-

mos aquecedores de piscina, guaritas conectadas, carregadores de veículos elétricos… Estamos prontos para apoiar nossos clientes com fazendas solares remotas, placas instaladas no próprio condomínio, carregadores e tudo que for necessário para tornar essa transição viável e inteligente.”

96731-7344 humenergia.com.br @humenergia

Cipa e Condolivre disponibilizam empréstimo consignado funcionáriospara de condomínios

CONdOLIVRE SE dESTACA EM MEIO àS MUdANç AS REGULATóRIAS dO CRÉdITO CONSIGNAdO EM 2025

A Cipa mantém uma parceria com a CondoLivre para ajudar os funcionários dos condomínios a resolver pendências financeiras de forma rápida e com taxas acessíveis.

A parceria entre a Cipa e a CondoLivre oferece alternativas de crédito além do cheque especial, do rotativo do cartão de crédito e dos juros altos cobrados por outros tipos de empréstimo.

O grande diferencial da CondoLivre está na forma como ela enxerga o colaborador de condomínio: com atenção individualizada e genuína preocupação com seu bem-estar. diferentemente de outras soluções de crédito consignado que ainda seguem um modelo genérico, a CondoLivre oferece um atendimento mais próximo e humano, algo que ganha ainda mais força graças à parceria com a Cipa, que transmite credibilidade e confiança.

Muitos desses funcionários permanecem por anos no mesmo condomínio e têm um vínculo direto com a administradora. Em algum momento, podem precisar de apoio financeiro –seja para organizar as contas, financiar um veículo, seja para lidar com emergências, como um funeral na família.

Pensando na saúde financeira desses profissionais, a CondoLivre estabelece um limite responsável: os empréstimos consignados não ultrapassam 30% do salário, o que evita o comprometimento excessivo da renda.

Primeira fintech brasileira voltada exclusivamente para o universo condominial – tanto residencial quanto comercial –, a CondoLivre oferece soluções de crédito com taxas competitivas, agilidade e inovação. Todo o processo de contratação é 100% on-line, com atendimento personalizado e liberação rápida, garantindo mais comodidade para quem cuida do dia a dia dos prédios.

muDanças

reGulatórias em 2025

Em março de 2025, o Governo Federal alterou o modelo de contratação de empréstimo consignado em todo o país. A legislação teve como objetivo padronizar e unificar a visão a respeito do endividamento dos trabalhadores brasileiros. A medida afeta todas as pessoas com carteira assinada, empregados domésticos, rurais e aqueles contratados por MEI, desde que registrados no eSocial.

As novas regras do crédito consignado, divulgadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, passaram a exigir que o processo de contratação se iniciasse obrigatoriamente pela Carteira de Trabalho digital. Com isso, os trabalhadores deveriam solicitar uma simulação e aguardar até 48 horas para receber propostas de instituições financeiras, dentro de um sistema de “leilão reverso”. A proposta, apesar de bem-intencionada, gerou atrasos, dificuldades operacionais e dúvidas generalizadas entre os usuários. diante de um cenário de incertezas e mudanças constantes promovidas pelo Governo Federal no modelo de concessão de crédito consignado, a fintech CondoLivre mostrou resiliência e inovação. Apostando em tecnologia e com foco na experiência do usuário, a empresa se consolidou como uma das principais referências do setor ao facilitar o acesso ao crédito de forma transparente, simples e eficiente para todos do setor condominial.

A CondoLivre manteve sua operação ativa com o desenvolvimento de uma jornada alternativa, 100% compatível com a legislação vigente, mais fluida para os trabalhadores. Por meio de tecnologia proprietária e integração com o WhatsApp, a empresa permitiu que simulações e contratações fossem feitas diretamente pelo aplicativo de mensagens, em um processo mais claro, rápido e acessível.

“Enquanto o mercado inteiro tentava se adaptar, nós apostamos naquilo que já sabíamos fazer: usar a tecnologia para simplificar. Levamos o crédito diretamente até o trabalhador, pelo WhatsApp, com simulações personalizadas e uma jornada guiada, que respeita todas as exigências legais, mas entrega uma experiência muito superior ao modelo proposto pelo Governo”, afirma Henrique Rusca, CEO da CondoLivre.

A CondoLivre também promoveu uma live no YouTube para desmistificar as mudanças para a população, explicando, de forma clara, quais cuidados tomar ao se contratar um crédito consignado. A empresa ainda reforçou seu compromisso de continuar atendendo seus clientes com excelência. A transmissão pode ser vista por meio do link: https://www.youtube.com/

live/Vh98Z8lBsAU?si=eI6SHNuFBkr2poid “A CondoLivre nasceu com o propósito de democratizar o acesso ao crédito de forma justa e consciente. Nesse momento de transição regulatória, nosso papel foi manter o foco no usuário, adaptando a operação sem perder a eficiência”, complementa Henrique.

A expectativa é que, mesmo com o amadurecimento do novo modelo imposto pelo Governo, fintechs que apostam na experiência do cliente, na transparência e na tecnologia continuarão sendo essenciais para que o consignado privado alcance todo o seu potencial no Brasil.

serViço

Condolivre condolivre.com.br (11) 3097-9918 @condolivre

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Infiltrações: solução definitiva com injeção de poliuretano

ALTERNATIVA MOdERNA , áGIL E dURAdOURA SUBSTITUI MÉTOdOS TRAdICIONAIS dE IMPERMEABILIZAçãO COM MENOS TRANSTORNOS PARA OS MORAdORES

Vazamentos em garagens, infiltrações em caixas-d’água, fissuras em lajes ou paredes… Os problemas de impermeabilização nos condomínios são uma dor de cabeça constante para síndicos e moradores. Além de comprometer a estrutura e a estética dos prédios, essas falhas geram custos com manutenção recorrente e, muitas vezes, exigem obras invasivas e demoradas.

Mas uma técnica tem se destacado como solução eficaz, rápida e duradoura: a injeção de poliuretano (PU). Segun-

do Natasha Rosa, da kM Impermeabilizantes, essa é uma alternativa moderna e minimamente invasiva, ideal para recuperar estruturas sem a necessidade de grandes obras.

“A injeção de poliuretano é um processo de reabilitação estrutural e impermeabilização. Ela permite selar fissuras, vedar infiltrações e até estabilizar solos e fundações”, explica Natasha. A técnica consiste na aplicação de uma resina expansiva, que reage com a água ou com um catalisador, se ampliando e endure-

cendo rapidamente, formando uma barreira impermeável.

A versatilidade também é um dos pontos fortes. Pode ser aplicada em subsolos, túneis, lajes, caixas-d’água e fundações. “Temos diferentes tipos de resina, dependendo da finalidade. A hidrofílica, por exemplo, reage com a água e é perfeita para infiltrações ativas em juntas de dilatação e subsolos. Já a hidrofóbica é ideal para fissuras secas, formando uma espuma rígida e resistente”, detalha a especialista.

Outra grande vantagem é a rapidez da aplicação. “Em poucas horas, é possível resolver o problema com mínima interferência na rotina do condomínio”, afirma Natasha. Além disso, o processo não exige demolições ou grandes intervenções, o que reduz o custo e o transtorno para os moradores.

A durabilidade também impressiona: “Estamos falando de uma impermeabilização que pode durar mais de dez anos se for feita por uma equipe qualificada”, garante.

O poliuretano de alta densidade, por exemplo, é usado para preencher vazios e promover reforço estrutural, o que é especialmente útil em pisos industriais ou áreas com recalque de solo. O método conta ainda com laudos técnicos e garantia.

Comparada com métodos convencionais, como reparos com argamassa ou impermeabilização com manta, a injeção de PU apresenta melhor custo-benefício. “É uma solução com alta aderência, rápida reação e excelente desempenho a longo prazo. E o melhor: sem precisar quebrar tudo para resolver o problema”, resume Natasha.

Além de ser eficaz em diferentes contextos, a injeção de poliuretano pode ser realizada de forma segmentada, atendendo a áreas pontuais sem a necessidade de interditar grandes espaços. Isso é particularmente útil em condomínios residenciais, onde a circulação de pessoas é constante e qualquer obra pode gerar incômodo e reclamações.

“Conseguimos atuar com precisão em locais críticos, como juntas de dilatação, sem comprometer o funcionamento do prédio. Muitas vezes, acessamos o ponto da infiltração por pequenos furos, o que evita quebradeira e acelera a entrega da obra”, reforça Natasha Rosa.

O grande diferencial da técnica é a possibilidade de adaptação da resina

km impermeabilizantes (21) 2627-9264 kmimper.com.br @kmimpermeabilizantes acervo Km –imagem gerada

a tecnologia de injeção de poliuretano vem sendo aplicada no combate a infiltrações em estruturas subterrâneas com sucesso

ao tipo de problema, como a especialista da kM explicou. Isso garante um resultado mais eficaz e duradouro.

“Além das resinas, utilizamos equipamentos de injeção pressurizada com bicos e bombas específicos, o que garante precisão no processo e segurança para a estrutura”, destaca.

Para situações mais complexas, como recalques de solo sob pisos ou fundações, a aplicação do poliuretano de alta densidade permite não apenas preencher vazios como estabilizar o solo. Essa técnica tem sido cada vez mais usada em áreas comuns de condomínios, como garagens e áreas de lazer com tráfego intenso.

Com todos esses benefícios, o investimento na injeção de PU torna-se vantajoso. Embora o custo inicial possa ser classificado como médio, o ganho em durabilidade, agilidade e economia com futuras manutenções faz com que o custo-benefício final seja considerado muito alto.

“Quando o síndico contrata uma empresa especializada e que oferece laudo técnico e garantia, ele está investindo em segurança, em valor patrimonial e na tranquilidade dos moradores”, finaliza Natasha.

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boa comunicação é o começo de um condomínio em harmonia

A convivência em condomínio pode ser muito mais tranquila quando a comunicação flui com clareza, respeito e acessibilidade para todos. O síndico tem um papel fundamental ao promover um ambiente em que a informação circula bem e as pessoas se sentem ouvidas.

Uma boa dica é diversificar os canais de comunicação. Muitos moradores preferem mensagens digitais, mas nem todos estão familiarizados com a tecnologia, especialmente os mais idosos. Por isso, vale combinar meios digitais com alternativas físicas, como avisos no quadro de entrada, murais nos andares e o uso de telas eletrônicas nos elevadores, que comunicam de forma prática e moderna.

Outra atitude essencial é incentivar o respeito nos diálogos. Toda comunicação, inclusive uma reclamação, pode ser feita com educação. Quando a mensagem é transmitida com gentileza, ela tende a ser mais bem recebida e mais eficaz.

Cabe ao síndico reforçar esse valor entre colaboradores e moradores: falar com qualquer pessoa com cortesia é um gesto simples que evita conflitos e

fortalece o convívio. Ouvir com atenção, responder com empatia e escolher as palavras com cuidado são hábitos que transformam o ambiente.

Comunicar bem não é apenas informar. É criar pontes, cultivar relações e promover o entendimento entre todos os que dividem o mesmo espaço. Um condomínio que se comunica com respeito é, acima de tudo, um lugar melhor para se viver.

Outra boa prática é manter canais abertos para sugestões, elogios e críticas construtivas. Caixas de sugestões físicas ou formulários simples podem aju-

dar a captar a opinião de quem prefere o anonimato ou não usa aplicativos. Além disso, mensagens de agradecimento e reconhecimento também devem fazer parte da comunicação cotidiana. Um elogio ao trabalho do porteiro ou da faxineira, por exemplo, pode inspirar mais gentileza entre os moradores. Quando o respeito se torna parte da cultura do condomínio, até os problemas mais difíceis encontram caminhos mais fáceis para serem resolvidos. Porque, no fim das contas, a boa comunicação começa pelo tom com que se fala e pelo cuidado com que se escuta.

Por Alessandra Saad, Saad Advogados Associados

pl 04/2025 propõe mudanças no código civil que afetam diretamente os condomínios

O Projeto de Lei Federal nº 04/2025, ainda em trâmite no Senado Federal, propõe diversas mudanças que impactam diretamente a vida nos condomínios, promovendo atualizações significativas no Código Civil de 2002, mas que ainda estão sendo discutidas.

As mais impactantes mudanças são:

1. Hospedagem atípica, aluguel por diárias por meio de plataformas digitais ou qualquer outro meio de divulgação – possibilidade de o condomínio proibir, com expressa vedação na convenção condominial

ou por deliberação assemblear com quórum de dois terços, a utilização da unidade para fins de hospedagem atípica, aluguel por diárias, por meio de plataformas digitais ou quaisquer outras modalidades. Concomitante a essas mudanças, existe um projeto de lei municipal – o PL Municipal nº 327/2025 –, que se encontra em trâmite na Câmara dos Vereadores do Município do Rio de Janeiro, que visa regulamentar e estabelecer critérios para o referido aluguel, chamado short rental, que propõe:

• Obrigação de cadastro na Prefeitura e no Ministério do Turismo;

• Obtenção de alvarás para funcionamento;

• Cadastramento de locadores;

• Licenças sanitárias;

• Penalidades em caso de descumprimento da norma;

• Pagamento de ISS;

• Autorização assemblear, entre outros.

2. Expulsão do condômino antissocial – possibilidade de expulsão do condômino antissocial. Caso seja verificado que a sanção pecuniária

– primeira tentativa de conter o proprietário – não se mostrou eficaz, os condôminos poderão deliberar em assembleia, com quórum de dois terços – outra modificação com relação ao quórum, antes de três quartos –, pela expulsão do condômino antissocial, resolução que deverá ser confirmada por meio de decisão judicial.

3. Reajuste da multa por inadimplência – a multa por inadimplência condominial poderá ser majorada de 2% para até 10% ao mês.

4. Vedação de descontos – a concessão de descontos em razão da antecipação do pagamento das cotas condominiais está vedada, ainda que a prática já venha sendo condenada pela jurisprudência.

5. Multa ao devedor contumaz – prevê-se a possibilidade de aplicação de multa específica ao condômino que

reiteradamente deixa de cumprir suas obrigações financeiras, prejudicando a saúde financeira do condomínio (o projeto deve detalhar melhor a condição do condômino contumaz), momento oportuno para se discutir também, na esfera tributária, a situação dos devedores contumazes.

6. cobrança das dívidas condominiais daqueles que não estejam registrados no rGi – o promitente comprador, o possuidor do imóvel por concessão ou autorização do proprietário ou os titulares de direitos reais sobre a coisa alheia poderão ser cobrados pelas dívidas condominiais e estão sujeitos aos mesmos deveres e direitos do proprietário se ficar provado que o condomínio teve ciência inequívoca da transação. Outra importante alteração, já que caberá ao vendedor notificar o condomínio da venda do imóvel para se eximir da cobrança.

7. Exercício exclusivo de posse sobre pequenos espaços comuns – a assembleia poderá, por maioria de votos dos condôminos em assembleia, autorizar a cessão, em caráter precário, oneroso ou gratuito, da posse de um espaço comum.

8. Eficácia da convenção condominial sem registro no competente rGi –

alessandra saad

independentemente de seu registro, a convenção condominial é capaz de produzir efeitos e regular as relações entre os condôminos, sendo exigido o registro apenas para sua oponibilidade contra terceiros.

9. Personalidade jurídica ao condomínio – o projeto de lei faculta expressamente a personalidade jurídica dos condomínios, reforçando um entendimento já pacificado nos tribunais.

10. Quórum para alteração do regimento interno – o novo texto permite que o quórum para alteração do regimento interno seja livremente definido pela convenção.

11. Atribuições adicionais ao síndico – outras atribuições, além daquelas previstas em lei, poderão ser conferidas ao síndico, desde que expressamente previstas na convenção condominial.

12. Limitação do número de procurações – a convenção condominial poderá limitar o número de procurações válidas, por pessoa, nas assembleias condominiais, evitando, assim, abusos.

13. Votação e participação do condômino inadimplente – para ratificar o que já vem sendo praticado e abandonar as dúvidas, o condômino que não estiver adimplente com as cotas condominiais e os demais deveres com o condomínio não poderá votar nas assembleias, mas dela poderá participar.

14. Restrições adicionais ao direito de voto – em complemento à regra acima, a convenção poderá prever que o condômino inadimplente com despesas ordinárias, extraordinárias, multas ou valores devidos ao condomínio fique impedido de votar nas assembleias.

15. Deveres dos condôminos – além da proibição já existente, com relação à alteração da forma e da cor da fachada, foi incluída a proibição de fixação de objetos permanentes na janela.

16. Exclusão do termo “bons costumes” – diante da subjetividade e da falta de definição expressa do conceito de “bons costumes”, principalmente nos dias atuais, o termo foi abolido da lei.

17. Obrigação de comunicação de venda do imóvel – caberá ao proprietário informar a venda do imóvel ao condomínio. Caso contrário, permanecerá responsável pelo pagamento das cotas condominiais até que a comunicação seja formalizada. Essa mudança poderá impactar as obrigações de pagamento das cotas condominiais após o leilão do imóvel.

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Revista Condomínio | Edição 106 by CIPA - Participações e Administração S/A - Issuu