Revista Condomínios | Ed. 91

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cipa.com.br

mais que beleza, segurança

Energia Solar

O condomínio está on

Invista nesta fonte de energia e dê um xeque-mate na bandeira vermelha

Segurança e facilidade com inovações tecnológicas

91 OUT NOV DEZ 2021

Manutenção da fachada




Editorial

O que é bom para o Brasil?

NEWTON MENDONÇA Presidente da Cipa

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O Brasil está se preparando para eleger seu próximo governante, e os meses que virão vão ser importantes para que os candidatos sejam escolhidos definitivamente. Nesse momento, devemos nos afastar de notícias negativas e das já famosas fake news (notícias falsas) que circulam a cada dia por vários meios. É preciso checar as informações antes de propagá-las, pois a disseminação de notícias falsas, além de ser crime, atrapalha o caminhar do país. É momento de focar em coisas positivas e que possam alterar nossa postura social e humana. Temos que entender que a grande imprensa tem seus interesses e que, muitas vezes, quando algumas dessas empresas não são atendidas pelo governo em suas solicitações, tentam manipular as massas com informações distorcidas. Lamentável, mas é verdade. Há coisas boas acontecendo que não são divulgadas e/ou valorizadas. Por exemplo, privatização de aeroportos e portos, grande número de construção já contratada de ferrovias (a maioria em parceria do poder público com a iniciativa privada), o que possibilitará o transporte de matéria-prima, insumos e, principalmente, produtos agrícolas a custos muito menores do que os praticados no transporte rodoviário. O governo atual veio com a proposta de debelar a corrupção, e as privatizações atuais vêm abrindo mercados que o governo não teria recursos para fazer. Essa observação não é um apoio ao governo atual, é apenas a constatação de um processo que caminha para um bem comum, sem radicalismos. Esperamos um novo governo que saia da linha do radicalismo, que faça as reformas necessárias para que o Brasil possa parecer ao mundo como uma nação estável. Queremos um governo que possa receber capitais externos, hoje

muito abundantes, mas que só virão se as outras nações sentirem uma estabilidade política com regras que possam ser aceitas sem riscos. Essa indefinição política que estamos vivendo no Brasil prejudica nossa política externa. Muitos negócios deixam de ser feitos. O Brasil precisa de muitas reformas, mas é difícil que sejam feitas até abril de 2022. Até lá serão organizados grupos políticos para apoiar os candidatos Lula e Bolsonaro, porém esperamos ainda a terceira via, ou seja, um candidato que não seja nem da direita nem da esquerda, mas que venha trazendo uma mensagem de união. Que levante todas as discussões que precisam ser feitas para o país tomar um rumo importante e aí, sim, fazer as reformas necessárias. Segundo a mídia vem apresentando, 50% dos eleitores ainda não se definiram entre Lula e Bolsonaro – estão esperando o terceiro candidato que deve ser o caminho do meio e provavelmente será o escolhido. Precisamos de um novo presidente que se comprometa com a nova estrutura de que o país precisa, que deve ser funcional. Reformas políticas que forem feitas antes das eleições certamente não serão efetivas. É muito importante que todos tenhamos opinião própria, porém com embasamento. Em termos políticos, não devemos nos fundamentar em noticiários, tampouco nas redes sociais, mas, sim, em palestras e debates políticos, dessa forma, fazemos nosso julgamento. Vamos investir um pouco de tempo para conhecer quem vai governar nosso país pelos próximos anos. Estamos caminhando para uma filosofia de responsabilidade com o país. O que é bom para o Brasil. A discussão dos candidatos certamente será essa. E a responsabilidade da escolha é nossa.


Sumário

Uma publicação:

Rua México, 41 – 2o andar – Centro CEP 20031-905 – Rio de Janeiro – RJ Tel.: [21] 2196-5000 Fax: [21] 2533-2449

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DIRETORIA

| Capa Manutenção da fachada: mais que beleza, segurança A falta de manutenção e de reformas da fachada pode colocar todos em risco. Por isso mesmo, síndicos e moradores não podem tratar o assunto apenas como um problema estético. Leia nossa matéria de capa e saiba o que fazer.

Presidente: Newton Mendonça Vice-presidente: MARIA TERESA MENDONÇA DIAS

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PARA ANUNCIAR LIGUE

2196-5176 Renata Bastos

| Condomínio Xeque-mate na bandeira vermelha Saiba como economizar com energia solar diante da crise energética que provoca aumento nas contas de luz. Uma das saídas é apostar em energia solar. Saiba mais sobre o tema nesta reportagem.

www.condominioetc.com.br revista@condominioetc.com.br 14 mil exemplares Redação e Edição: VIVIEN BEZERRA DE MELLO Tao da Comunicação Ltda. taodacomunicacao@gmail.com

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Marketing: DANIEL QUAGLIANI marketing@cipa.com.br Revisão: Andrea Bivar andreabivar@gmail.com Design: CLEBER SOARES

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Fotografia da capa: VIVIEN BEZERRA DE MELLO Fotografia: Ariel Subirá MARIZA LIMA VIVIEN BEZERRA DE MELLO Colaboraram neste número: Isabela Masi Leticia Rio Branco Lia Rangel Conceitos e opiniões em artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta publicação é permitida desde que seja citada a fonte e previamente autorizada, por escrito, pela editora. A empresa reserva-se ao direito de não aceitar publicidade sem fundamentar motivação de recusa.

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| Sustentabilidade As vantagens da reciclagem de óleo para seu condomínio Além de contribuir com o meio ambiente, o condomínio pode receber material de limpeza em troca do óleo usado. Leia a matéria e saiba como agir.

| Segurança O condomínio está on: segurança e facilidade com inovações tecnológicas Conheça o sistema que monitora vagas, fluxo de carros e ainda ajuda a organizar os condomínios.

| Manutenção

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| Condomínio

• Não se responsabiliza por qualquer dano, direto ou indireto, sofrido por usuários ou terceiros, advindos da exibição e/ou conteúdo dos anúncios publicados pelos anunciantes, incluindo a divulgação de dados, preços e imagens.

Esta publicação está em conformidade com o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, aprovado pelo Decreto Legislativo nº 54, de 18 de abril de 1995, e em vigor desde 1º de janeiro de 2009.

De olho no vazamento de gás Leia esta matéria e entenda quais são as providências necessárias para evitar acidentes que podem ser fatais.

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A Revista Condomínio etc. esclarece que:

• Não atesta, verifica ou inspeciona os serviços e produtos dos anunciantes, nem é responsável por qualquer dano, direto ou indireto, que o contratante possa sofrer ao realizar uma negociação com os anunciantes.

| Condomínio

Impermeabilizar é fundamental Período de chuvas pode agravar infiltrações, e gastos com obras emergenciais podem ser 12 vezes maiores do que a manutenção. O que fazer? Leia a matéria e entenda.

Elevadores seguros, síndicos em paz Para garantir a segurança dos passageiros, os síndicos precisam estar atentos aos cuidados preventivos necessários.

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informe

br.freepik.com/Denise Docherty

Novidades do atendimento da Cipa

Feliz

O ano 2022 se aproxima e com ele vem também muito otimismo. Passamos por um ano de muitos desafios, mas também de muitas vitórias, que com certeza nos fortaleceram em vários aspectos. A Cipa deseja a todos um ano de realizações positivas, saúde, superação e muita harmonia.

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A partir de agora, a Maria, assistente virtual da Cipa, está interagindo com nossos clientes por meio dos canais digitais da empresa. Se você ainda não teve essa experiência, provavelmente vai ter em breve. Maria veio para agilizar processos básicos do cotidiano, os quais o cliente deseja resolver rapidamente. O síndico, por exemplo, com poucos cliques, consegue obter os comprovantes de pagamento a fornecedores e os condôminos vão poder tirar suas dúvidas pelo WhatsApp. Muitas novidades ainda estão por vir! A inteligência artificial tem sido amplamente utilizada por grandes empresas, pois é mais uma forma de atender aos clientes nas demandas mais objetivas e práticas. Na Cipa, a Maria possibilita que nossos consultores tenham mais disponibilidade para o atendimento humanizado. O atendimento tradicional, ao telefone ou mesmo presencial – olho no olho –, o qual a Cipa sempre priorizou, continua igual. Uma boa conversa ao vivo, em cores e com um cafezinho fresquinho sempre vai fazer parte de nosso atendimento! Entretanto, a Maria chegou para somar e ajudar aqueles que preferem um atendimento digital – em qualquer dia e horário. Nossa nova colaboradora interage pelo WhatsApp, pela Central de Ajuda do site, pelo Cipa Fácil, pelo App Cipa Condomínios e pelas mídias sociais da empresa. Basta acrescentar o número (21) 2196-5000 no seu WhatsApp e mandar um “oi” para a Maria.

Saiba um pouco mais sobre a Maria! “Olá, eu sou a Maria, assistente virtual da Cipa! A partir de agora, vou estar sempre disponível e interagir com nossos clientes nos canais digitais. Cheguei para ajudar, aprender e trocar conhecimento para melhorar sempre meu atendimento. Mas deixa eu me apresentar melhor. Sou carioca, tenho 32 anos, me considero amável e com brilho nos olhos porque gosto do que faço. Adoro oferecer soluções e ajudar nossos clientes. Tenho alma jovem, sou dinâmica e me coloco sempre no lugar do outro, por isso estou sempre pronta para fazer o melhor possível.”


Confira o cenário imobiliário residencial do Rio até outubro de 2021 O Secovi Rio divulgou o novo relatório sobre o cenário imobiliário residencial no Rio de Janeiro, com dados de outubro de 2020 a outubro de 2021. Confira: Venda residencial O valor do metro quadrado residencial ofertado para venda vem apresentando aumento nos últimos seis meses e, pela primeira vez depois de 12 meses, ultrapassou o valor de R$ 9 mil. Todas as regiões do Rio de Janeiro tiveram variação positiva no valor do metro quadrado residencial posto à disposição para venda. A região que apresentou o maior aumento foi Barra e adjacências, com incremento de 1,56% no período. Locação residencial O valor do metro quadrado residencial ofertado para locação apresentou queda, e foi o menor valor por metro quadrado dos últimos 12 meses, chegando a R$ 30,07. Além disso, o número de ofertas de imóveis para alugar também teve redução recentemente. Todas as regiões do Rio de Janeiro tiveram variação negativa no valor do metro quadrado residencial disponibilizado para locação. A região que apresentou a maior queda foi Barra e adjacências, com redução de 2,43%.

Prefeitura publica decreto sobre a autorização de eventos em áreas públicas e particulares no Rio Publicado em 22 de setembro, novo decreto pela Prefeitura do Rio de Janeiro, sob o número 49.462, dispõe sobre a autorização de eventos em áreas públicas e particulares no Município do Rio de Janeiro. Considera-se evento, para os fins deste decreto, toda atividade temporária de cunho econômico, cultural, esportivo, recreativo, musical, artístico, expositivo, cívico, comemorativo, social, religioso ou político, com fins lucrativos ou não, que gere, em maior ou menor escala e intensidade: I – concentração ou presença significativa de público, em áreas abertas ou fechadas, particulares ou não; II – intervenção relevante em logradouro público, mesmo que não produza diretamente a concentração ou a presença significativa de público definida no inciso I. O referido decreto classifica os eventos de acordo com a lotação máxima indicada abaixo, para fins de análise de consultas e requerimentos, decisão de deferimento ou indeferimento, definição de exigências a serem cumpridas e procedimentos administrativos em geral: I – eventos de mínimo porte – até 300 (trezentas) pessoas; II – eventos de pequeno porte – entre 301 (trezentas e uma) e 2.000 (duas mil) pessoas, ressalvado o previsto no § 1º;

III – eventos de médio porte – entre 2.001 (duas mil e uma) e 10.000 (dez mil) pessoas; IV – eventos de grande porte – entre 10.001 (dez mil e uma) e 50.000 (cinquenta mil) pessoas; V – megaeventos – acima de 50.000 (cinquenta mil) pessoas. Estão liberados de autorização eventos realizados no interior de edificação, desde que respeitadas as limitações definidas nas normas condominiais relativas ao público máximo permitido nos espaços comuns, como salão de festas, quadras etc. No entanto, esses eventos ficarão sujeitos à autorização, se a sua realização implicar excesso às limitações de público, ruídos, em prejuízo ao sossego e ao bem-estar da vizinhança e coletividade, e também se envolver feiras de comércio ou serviços e eventos similares. Estão também liberados pelo referido Decreto festas juninas, quermesses e eventos da mesma natureza realizados no interior de condomínios. Vale salientar que esse Decreto trata de autorização de eventos, mas continuam em vigor as medidas de proteção à vida previstas na Resolução Conjunta SES/SMS 871 de 2021, como o uso do álcool gel, máscara facial e distanciamento social de 2m ou 1m com redução de risco para Covid-19.

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Capa | Fachadas Por Isabela Masi

Manutenção da fachada mais que beleza, segurança Em fevereiro de 2021 uma mulher morreu ao ser atingida por pedaços da fachada de um prédio em Recife, capital de Pernambuco, no Nordeste do país. Célia Cesária de Barros, de 60 anos, estava indo para casa, na saída do trabalho. A administração do Edifício São Cristóvão, no Centro, levou uma multa de R$ 5 mil por descumprir medidas determinadas pelo poder público, além de os administradores terem que responder criminalmente. No carnaval de 2019, Larissa Spezani estava com uma amiga em frente a um prédio no bairro do Leblon, na zona sul da cidade, quando placas de granito

desabaram do quinto andar e atingiram a jovem. Por sorte, ela se salvou, mas a vida dela se transformou e até hoje ela luta para se recuperar das sequelas. Um laudo feito pelo Departamento de Polícia Técnico-Científica do Rio de Janeiro, na época do acidente, apontou que a queda do bloco foi motivada pela ausência de parafusos de fixação nas placas de granito e pelos efeitos do acúmulo de umidade no local. A falta de manutenção e de reformas da fachada pode colocar todos em risco. Por isso mesmo, síndicos e moradores não podem tratar o assunto ape-

nas como um problema estético. Para o engenheiro Felipe Camilo, sócio-diretor da Camilo Engenharia, o maior perigo, sem dúvida, é acontecer um acidente. “Todo o resto são incômodo e custo! Incômodo porque a falta de manutenção na fachada causa o desenvolvimento de diversas patologias, como infiltrações para dentro dos apartamentos, estufamento do revestimento, sujeira e proliferação de mofo na fachada. E custo, pois a falta de intervenções periódicas eleva o valor dos serviços de reparo e pode causar transtorno no fluxo financeiro do condomínio, chegando a invia-

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bilizar momentaneamente a execução da obra. Isso traz ainda mais risco, uma vez que, consequentemente, aumenta-se a periodicidade entre as atividades de manutenção, que não podem deixar de ser executadas.” Além disso, segundo o sócio-diretor da Camilo Engenharia, a estrutura da fachada está sempre exposta a agressões constantes: do clima, do trânsito pesado de veículos, da movimentação estrutural do prédio etc. “Considere um edifício como uma máquina, um carro, por exemplo. Quanto mais à risca você seguir o plano de manutenção designado pelo fabricante, menos problemas inesperados você terá com o veículo. O desgaste será controlado, haverá menos quebras, os custos com manutenção serão previstos, e não surpresas desagradáveis. O risco de falha do equipamento, danos – e, no caso das fachadas, leia-se quedas –, serão minimizados, evitando acidentes que, além de prejuízos materiais, podem custar a vida de alguém.” Por isso mesmo, para não se ter dor de cabeça, o ideal é que o condomínio desenvolva e siga um plano de manutenção que tenha como objetivo a conservação da fachada. Para Eduardo Matarangas, sócio-gerente na Matarangas Engenharia e Sistemas Ltda., é necessário que sempre seja feito um trabalho de manutenção com uma empresa especializada no

assunto. “Só ir remendando quando aparecem os primeiros sinais de infiltração, por exemplo, não resolve o problema e vai sair muito mais caro. Para cada uma das fachadas vai ter um tipo de cuidado específico e um tipo de manutenção diferente. Às vezes, as pessoas olham e, esteticamente, está bonito, mas pode ter problemas. Dependendo da idade do imóvel, tem que cuidar sempre.” A manutenção da fachada inclui pintura, impermeabilização, substituição de revestimentos de mármore, granito ou pastilhas, entre outras atividades. O Condomínio Universidade, na zona norte do Rio, está passando por obras de reparo na fachada. A síndica Márcia Tavares Rosa concorda que a conservação é a melhor forma de cuidar do imóvel. “Sou uma síndica que, durante cinco anos, fiz várias coisas, porque acho que tem que fazer a manutenção do prédio para conservar e evitar que obras emergenciais aconteçam.” Ela acredita que, assim, aumenta a vida útil do prédio, valoriza o imóvel e dá segurança não só para os moradores, mas para quem passa pela rua. Ao investir em tecnologia e segurança, as empresas especializadas no assunto oferecem vários tipos de serviço. Equipamentos como drones e câmeras termográficas são usados para identificar problemas que ainda não estão visíveis. Vinicius Gomes de OUT_NOV_DEZ 2021

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Capa | Fachadas

Assis é sócio da empresa Kor Construção e Manutenção Predial. Ele afirma que esse tipo de equipamento ajuda o especialista na detecção do problema. “Usamos o drone para sobrevoar os pontos mais difíceis de se chegar, e a câmera termográfica – que detecta calor – consegue identificar uma infiltração antes mesmo que ela apareça. Junto com os equipamentos, temos nossos técnicos, que avaliam toda a estrutura do imóvel.” De acordo com o engenheiro, o importante é contratar uma empresa especializada que respeite as normas de segurança. “A empresa precisa ter todos os equipamentos de proteção individual (EPIs) e estar em conformidade com a Norma Regulamentadora 35 (NR35), que estabelece os requisitos mínimos de proteção e treinamento para os profissionais que trabalham em altura, ou seja, ela garante a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos. Além dos procedimentos de segurança, a empresa também vai usar o material mais adequado e que assegura maior durabilidade. Pintura não é embelezamento, pintura é proteção de estrutura.” Felipe, da Camilo Engenharia, afirma que nas obras de fachada tem que ter, além de uma equipe especializada em executar reparos em condomínios, um projeto supervisionado por um corpo técnico de engenheiros, técnicos em

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Drones e câmeras termográficas são usados como aliados na prevenção

segurança do trabalho e supervisores, que, juntos, vão desenvolver a melhor maneira para atender aos condomínios. Além de pensar na segurança dos profissionais, as obras na fachada costumam ser invasivas para os moradores. Se eles não forem avisados com antecedência, podem ser pegos de surpresa com uma pessoa pendurada na janela. A síndica Márcia diz que uma das maiores preocupações dela é avisar todo mundo sobre o cronograma da obra para que todos possam se programar. Ainda mais porque muitas pessoas continuam em home office. “Nos casos em que é necessária uma grande intervenção em uma fachada muito deterio-

rada, com atividades que envolvam o interior das unidades, como a entrada nas varandas, por exemplo, há a obrigação de agendamento com o morador, para minimizar o incômodo”, explica Camilo.

Seu prédio está em dia? Para quem não está em dia com a manutenção, o melhor é procurar uma empresa rapidamente. Isso porque a norma NBR 16.747/2019 determina que a inspeção técnica de fachadas seja feita, no mínimo, a cada três anos para atestar o grau de aderência do revestimento delas. O engenheiro civil Richard Vecchioni, sócio-administrador da R.Vecchioni Engenharia, explica que


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Capa | Fachadas

essa vistoria é feita por meio do teste a percussão (consiste em um mapeamento de toda a região da fachada, de modo a localizar os pontos que apresentam sons ocos ou cavos, o que identifica possíveis problemas de aderência, que podem levar ao desprendimento do revestimento). “É de suma importância a contratação de uma empresa conceituada e competente para a realização do serviço, pois o profissional que vai fazer o teste tem que ser muito preciso, para detectar todas as placas defeituosas.”

Lei da Autovistoria Além da norma, os síndicos têm que ficar atentos à Lei da Autovistoria predial, que determina inspeção no imóvel de cinco em cinco anos. A síndica Márcia trabalha para o condomínio desde 2002 e, durante todos esses anos, ela fez o serviço com a R.Vecchioni Engenharia. Ela afirma que é muito importante ter “uma relação de confiança com a empresa. Os engenheiros já conhecem a planta do edifício, o que facilita o trabalho e evita quebra-quebra desnecessário”. Além disso, quando escolhe uma empresa, Márcia prefere uma que tenha boas indicações. “A empresa precisa ter um engenheiro, estar dentro da lei e ter equipamentos de segurança, entre outras responsabilidades. Não adianta pegar uma empresa que cobre menos pelo serviço, mas que não tem qualidade e segurança. Quan-

A síndica Márcia acredita que as obras de manutenção têm que estar sempre em dia

do é muito barato, a gente até desconfia porque eles ainda podem usar um produto de má qualidade.” Mas além dos cuidados da administração do condomínio, para que as fachadas estejam sempre em ordem, os moradores também precisam colaborar. A instalação de telas e aparelhos de ar-condicionado, se for malfeita, pode danificar o revestimento e iniciar processos de deterioração, causando estragos. Richard, da R.Vecchioni Engenharia, afirma que “existem muitos casos de moradores que, ao instalarem o ar-condicionado sem ser com um profissional adequado, acabaram tendo problemas de infiltração no próprio apartamento. Também temos relatos de queda de pedaços de beiral de fachada pela instalação de um simples gancho de rede de dormir em fachadas malconservadas”. Por isso mesmo, a instalação desses equipamentos e acessórios, por mais

simples que seja, deve ser feita por equipes devidamente habilitadas. “Para que o pior não aconteça, o condomínio tem que dar condições estruturais para os moradores, como construir um dreno coletivo por coluna para a colocação do ar, por exemplo. O importante é que todos saibam que tudo que é feito na fachada tem que ser realizado por um técnico de engenharia. A fachada é o que protege a estrutura do prédio”, alerta o sócio da empresa Kor Construção e Manutenção Predial. Serviço Camilo Engenharia (21) 97032-5424 camiloengenharia.com.br Kor Construção e Manutenção Predial (21) 2225-2591 / 97367-3675 Matarangas Engenharia e Sistemas Ltda. matarangasengenharia.com.br (21) 2436-6799 / 99442-3729 R.Vecchioni Engenharia (21) 2298-8980 / 99987-5482

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Condomínio | Energia Solar Por Leticia Rio Branco

Xeque-mate na

bandeira vermelha Saiba como economizar com energia solar diante da crise energética que provoca aumento nas contas de luz “Apague um ponto de luz agora.” A frase, dita pelo presidente Jair Bolsonaro em agosto de 2021, atesta que a crise hídrica que assola o Brasil é gravíssima. A seca, considerada a mais severa em 91 anos, preocupa brasileiros de forma geral, já que os níveis de água dos reservatórios estão cada vez mais baixos e algumas hidroelétricas podem até

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parar de funcionar. O cenário remonta ao ano de 2001, quando apagões e racionamento marcaram o período. E se todos estão preocupados com as altas das contas de luz, que operam constantemente na bandeira vermelha, diga-se de passagem, os síndicos também buscam soluções para o momento de crise. Uma das saídas é apostar em novas for-

mas de energia. E a solar é uma delas. Paulo Coutinho Filho, diretor comercial da Rio Solare, diz que os constantes aumentos na conta de luz impulsionam o uso da energia que vem do sol. “Hoje, com o final da pandemia, o mundo está vivendo um período altamente inflacionário. Veja o exemplo das commodities (milho, feijão etc.) com a volta do con-


sumo × pouca produção. Além disso, o Brasil tem uma demanda reprimida de 30 anos de energia”, explica. O síndico profissional Paulo Ribeiro é diretor da Seleto Síndicos Profissionais, que atua em 41 condomínios. Ele revela que, bem antes dos aumentos da tarifa de luz, já havia a preocupação de utilizar uma fonte de energia limpa e renovável. “A energia solar contribui para a preservação do meio ambiente, além de valorizar o condomínio e seus imóveis, tornando-os sustentáveis”, afirma ele, acrescentando que entre os anos de 2011 e 2020 a energia subiu 96%, bem acima da inflação. “Isso sempre nos deixou em alerta para a procura de energia mais barata e eficaz. Logo, estamos trabalhando com energia solar já faz dois anos, e implantamos o sistema em seis condomínios, com o aval obtido em assembleias, quando falamos da economia gerada”, explica. Segundo Paulo Coutinho Filho, da Rio Solare, a geração da própria energia solar proporciona um upgrade do condomínio. “Optar por esse tipo de fonte de energia possibilita uma melhoria no nível de vida dos moradores, dessa forma, é possível manter as luzes das escadas acesas, ter uma piscina com aquecimento e elevadores funcionando 24 horas por dia. Ou

seja, a economia gerada pela autossuficiência de luz reinjeta o dinheiro que seria gasto e ainda sobra no caixa. A geração remota de energia solar já é uma realidade”, afirma ele, dando o exemplo de duas fazendas fotovoltaicas que geram energia: “Uma em Valença e outra em Seropédica, ambas no Rio de Janeiro. A de Valença, por exemplo, produz energia para a sede da fazenda mais seis casas de vaqueiros e um grande escritório de advogados no Centro do Rio. Toda a energia é gerada a 170 km do local.”

Custo acessível Se o medo da conta de luz faz parte da vida dos síndicos, é comum que o fato de mudar de fonte de energia ainda seja um tabu. Principalmente porque muitos pensam que adquirir energia fotovoltaica é algo extremamente caro. Porém, o síndico profissional Ribeiro acaba com esse mito. “Atualmente, o investimento é bem flexível, pois pagamos com a economia gerada da conta de luz para o fornecedor ou a financeira. Antes, tínhamos uma conta de energia (Light) na ordem de R$ 110 mil por mês; hoje pagamos 20% menos e estamos obtendo nosso equipamento para produzir energia. Dependendo do telhado, da estrutura para ancorar as placas e do tipo de equipamento a OUT_NOV_DEZ 2021

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Legislação | Assembleia condominial

ser utilizado, o retorno do que foi gasto ocorre entre três e cinco anos”, conta ele, que teve uma despesa de R$ 2 milhões num prédio comercial com 600 salas localizado na zona oeste do Rio de Janeiro. “Porém, já fizemos outros, que estão em projeto final, entre eles um com 180 apartamentos, também na zona oeste da cidade”, completa. O empresário da Rio Solare informa que, para quem pretende investir em energia solar, existe financiamento bancário com incentivo do Governo Federal. “É uma forma de adquirir energia renovável com taxas subsidiadas, que incluem os condomínios. Portanto, não há necessidade de investimento por parte do cliente. Assim, é possível fazer a substituição de um gasto por um investimento num ativo que tem previsão de vida útil de mais de 25 anos, gerando a própria energia”, orienta.

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Por outro lado, ter uma consultoria que entenda do assunto à disposição é fundamental. O síndico Ribeiro conta que já teve vários casos, mas ele destaca um condomínio com telhado suficiente para gerar toda a energia gasta. “Entre projeto e instalação, levamos sete meses, contratamos um consultor de

energia solar. Isso foi antes de entrar pedindo apenas cotações para que tivéssemos um projeto com a nossa real necessidade. Foi um sucesso”, relembra. E como funciona?, você deve estar se perguntando. O especialista da Rio Solare diz que a unidade fotovoltaica do condomínio vai gerar energia para cada relógio da companhia de energia instalada no local. “Geralmente é um relógio ou, no máximo, cinco. A medição é a mesma e toda a área comum será coberta pela geração. Ou seja, todo mês será feita a conta de energia solar gerada × consumo de energia, o condomínio continuará pagando o serviço de uso da ‘linha de transmissão’ da companhia de energia, o que hoje está por volta de R$ 100 por relógio de medição, e a taxa de iluminação pública municipal”, informa. Nos condomínios administrados pelo síndico Ribeiro, o sistema funciona


por meio de um aplicativo que mostra a geração de energia e o consumo. “Durante o dia, captamos mais energia e acumulamos para gastar à noite. Nosso abastecimento opera como se fosse uma conta-corrente, na qual estou gerando X energia durante o dia. Em seguida, essa energia entra na rede da Light e tenho esse crédito para poder utilizá-la nos próximos cinco anos. E, se faltar, posso comprar energia usando a da própria Light, e o crédito que sobrar fica armazenado”, explica ele, cujo sistema abastece 100% das áreas comuns do condomínio. Paulo Coutinho Filho destaca que a Rio Solare oferece uma solução completa. “Ela se chama Turn Key. Por meio desse recurso, realizamos desde o dimensionamento do projeto, a viabilidade financeira e a aquisição de material até a instalação, o relacionamento com a distribuidora de energia local, o monitoramento e a manutenção. Repito: o investimento é zero”, afirma. Na lista de vantagens, ele enumera: “Zero de entrada e investimento; prestação abaixo da conta atual de luz; reforço financeiro imediato no caixa com dois meses de carência; prestação livre de taxas como bandeiras vermelha e amarela; valor agregado ao imóvel ou fundo de negócio; usina solar pronta e quitada no final do pay back; economia de 95% na conta de luz”, comemora. Eduardo Furtado, sócio-diretor da Rentel – Soluções Inteligentes, reafirma

que gastos iniciais não são mais necessários para os condomínios que querem adquirir o sistema de energia solar: “Hoje em dia já existe linha de crédito para condomínios com taxas interessantes em que a parcela do financiamento se equipara à economia gerada. Assim, o condomínio fica livre de qualquer descapitalização e cota extra. Na verdade, é o único sistema que gera recursos (dinheiro) e se paga automaticamente.” Outro mito que o empresário desfaz se relaciona com a falta de espaço para adotar o sistema solar. Segundo ele, condomínios com ou sem espaço para a acomodação de placas podem instalar o sistema. “Cada célula tem, em média, 2 m² e pesa em torno de 24 kg. Há outros fatores que implicam a boa produção de energia: posição para onde as células estão apontadas, sombreamento… Tudo tem que ser visto e calculado para que o cliente não fique na expectativa de um serviço e receba outro.” Segundo o sócio da Rentel, a principal utilização de um sistema de energia solar em condomínios é para desonerar a conta de energia elétrica composta por elevadores, portões de garagem e áreas comuns. “Um exemplo prático é nos basearmos em uma conta de energia trifásica de condomínio que consome em torno de 650 kWh por mês. Se abatermos a tarifação de 100 kWh (tarifa básica do sistema trifásico),

teremos, em média, 550 kWh para economizar. Se convertêssemos, de forma básica, 550 kWh, teríamos em torno de R$ 605 de economia/mês. A economia anual seria aproximadamente R$ 7.260. Imagina quanto se economizaria em 25 anos, o tempo de vida útil dos painéis?” Furtado finaliza chamando a atenção para a necessidade de ter um suporte responsável quando necessário. “É fundamental solicitar esse tipo de serviço a empresas sólidas e responsáveis, pois não adianta ter garantias longas e não ter assistência quando se precisa.” Serviço Rio Solare (21) 3030-3712 (zap) riosolare@outlook.com Rentel – Soluções Inteligentes (21) 2547-2728 rentel.com.br

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| Condomínio Por Leticia Rio Branco

De olho no vazamento de gás Saiba quais são as providências necessárias para evitar acidentes Recentemente, acidentes relacionados com vazamentos de gás que terminaram em tragédia tomaram conta dos noticiários. Em junho deste ano, um jovem casal foi encontrado morto no Leblon, bairro da zona sul carioca, por intoxicação depois que um equipamento, localizado no banheiro, vazou gás. Diante desse fato, é natural que se pergunte: seria possível evitar a morte de Matheus Correia Viana e Nathalia Guzzardi, de apenas 30 anos? E quais medidas de prevenção devem ser tomadas pelo condomínio para evitar tragédias como essa?

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Segundo Eduardo Cunha, sócio-gestor da OTN Gás, o recomendável é realizar uma manutenção a cada ano de uso nos fogões e aquecedores residenciais, e a cada seis meses nos aparelhos de uso comercial. “O que mata é o monóxido de carbono, produto da queima do gás, quando não é conduzido para fora do ambiente no qual o aparelho a gás está instalado. Isso acontece por falta de ventilação permanente no local, ventilação inferior pelo corte e pela porta, instalação de veneziana superior ou, ainda, pela não fixação de básculas, que ficam conjugadas com a instalação corre-

ta da chaminé do aparelho. Infelizmente, ainda vemos notícias assim por falta de conhecimento e atenção por parte dos moradores dos imóveis”, explica. De acordo com a Lei Estadual nº 6.890/2014 aplicada no Rio de Janeiro, todo usuário de gás, seja de botijão, seja canalizado, deve realizar em seu imóvel uma inspeção a cada cinco anos para verificar se instalações e aparelhos a gás estão em conformidade com as normas técnicas de segurança vigentes. Essa vistoria deve ser contratada pelo morador e feita por uma empresa credenciada pelo Inmetro. Porém, a falta do laudo


O PI do gás está localizado em parte comum ao condomínio e é de responsabilidade do síndico. Devem ser observados, entre outras coisas, possibilidade de escapamento nas medidas ao alto das instalações; acessibilidade ao local sem objetos que possam impedir seu acesso e afastamento das ramificações de gás de outras instalações

não configura irregularidade, dado que, por causa da pandemia de Covid-19, o prazo para a realização foi prorrogado para março de 2023. Para Eduardo Cunha, outra forma seria executar um teste de estanqueidade nas instalações para verificar se há ou não escapamento na tubulação. “As condições de ligação dos aparelhos a gás em cada unidade devem ser verificadas, além dos locais onde estão fixados e/ou instalados, observando tubos flexíveis e registros de segurança”, ensina. De acordo com a síndica profissional Vanda Araújo, a vistoria anual faz parte das exigências dos condomínios que administra na zona norte carioca, de 20, 23 e 51 unidades. Ela também aposta na conscientização dos moradores, por meio de circulares que alertam para que façam a vistoria de seus fogões e aquecedores. “Inclusive, nos prédios mais

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| Condomínio

antigos, em que os aquecedores ficam nos banheiros, deve haver fiscalização e os condôminos precisam ser avisados de como deve ser feita essa vistoria. A porta do banheiro, por exemplo, tem de ter uma abertura. Outra exigência é uma chaminé saindo pelo basculante”, alerta. Por outro lado, Eduardo Cunha avisa que o aquecedor dentro de boxe é muito perigoso, pois os gases que são produto da queima ficam no ambiente e podem levar à morte. “Essa modalidade não é permitida. E se você ou alguém que conhece ainda tem aquecedores dentro do boxe, é importante orientar que seja remanejado para um local ventilado”, diz Eduardo, acrescentando que os maiores problemas encontrados são: banheiros sem ventilação permanente; banheiros que possuem aquecedores com básculas fechadas e portas sem a devida ventilação; objetos que atrapa-

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Síndicos têm responsabilidade legal. Entenda

lham a circulação no interior das cabinas de medidores, como bicicletas, arquivos etc.; chaminés instaladas de forma incorreta, saindo do aquecedor e sem estarem conectadas ao terminal T, que fica no lado externo; chaminés que têm descida em seu percurso, favorecendo o retorno do monóxido de carbono ao ambiente; e, ainda, chaminés remendadas em outra com diâmetro menor ou sem o acabamento correto.

A Inspeção Periódica do Gás (IPG) foi determinada pela Lei Estadual nº 6.890/2014, que dispõe sobre a obrigatoriedade da inspeção quinquenal de segurança nas instalações de gás das unidades residenciais e comerciais supridas por gases combustíveis no estado do Rio de Janeiro. De acordo com Eduardo Cunha, o síndico tem sua responsabilidade solidária e direta no cumprimento dessa lei. “Essa inspeção verifica 72 itens e ocorre de cinco em cinco anos para cada condomínio. As empresas inspetoras são os Organismos de Inspeção Acreditados pelo Inmetro (OIA) e estão disponíveis no site do Inmetro para realizar as IPGs. Ou seja, o síndico pode contratar uma OIA e, depois da vistoria e com o laudo


na mão, pedir que os condôminos realizem o conserto das anomalias encontradas”, explica ele, acrescentando que uma cópia da inspeção vai para a Naturgy, empresa responsável por tomar as medidas necessárias de acordo com a gravidade da anomalia, dando ao cliente um prazo para sua resolução. “Na pior das hipóteses, a companhia de gás pode cortar o gás do cliente por uma questão de segurança”, observa. O PI do gás, apesar de estar localizado numa parte comum ao condomínio, também é de responsabilidade do síndico. O sócio-gestor da OTN Gás lista os principais problemas que podem ser observados nele: possibilidade de escapamento nas medidas ao alto das instalações; acessibilidade ao local sem objetos que possam impedir seu acesso ; afastamento das ramificações de gás de outras instalações; e presença de iluminação feita com luminária antiexplosão na cabina de medidores. Logo, todo cuidado é pouco. Como o gás, em sua essência, é inodoro – mas tanto o gás liquefeito do petróleo (GLP) quanto o gás natural (GN) são odorizados para que seus usuários possam sentir sua presença em caso de escapamento – existe uma confusão entre escapamento de gás e vazamento de monóxido de carbono (CO¬₂). “O CO₂ é o produto da queima do gás que pode saturar o ambiente onde se encontram, geralmente, aquecedores a gás sem ventilação permanente no local

A síndica Vanda Araújo é adepta da vistoria indicada para evitar problemas relacionados com o vazamento de gás

onde estão instalados. Portanto, alguns cuidados, como a verificação da ligação dos aparelhos a gás por tubos flexíveis e registro de segurança e a ventilação permanente do ambiente, bem como o estado e a conformidade de chaminés, devem fazer parte da observação dos usuários que, ao sentir a ocorrência de vazamentos, providenciem o atendimento com empresas que possam fazer uma inspeção em seus domicílios a fim de evidenciar anomalias, indicando, portanto, as adequações necessárias para o consumo de gás com segurança”, avisa Eduardo, relembrando que, durante um atendimento a um cliente com escapamento de gás em registro de segurança, que estava em local confinado e perto de ponto de

energia elétrica de aparelho com acendimento eletrônico, conseguiu evitar uma tragédia. “Realizamos o remanejamento do ponto do aparelho de modo que o registro de segurança desse fogão fosse instalado em local ventilado e de fácil acesso ao usuário”, aponta o empresário. “Trabalhamos sempre com o que há de mais inovador no mercado para nosso segmento, como aparelhos que podem detectar escapamentos de gás (explosímetros) e manipulação de ordem de serviço digital. Nosso foco está na prestação de serviços que proporcionem conforto e segurança para os clientes, sempre com um olhar atento para a qualificação e o bem-estar de nossos profissionais”, completa. Vanda Araújo também conta que conseguiu interromper um acidente de vazamento de gás. “Isso foi evitado pelo controle nas contas de gás, além de cheiro próximo às unidades. Chamei a Naturgy para vistoriar e, assim, evitei um vazamento enorme. Infelizmente, as tragédias acontecem por pessoas que não querem ter o gasto necessário, por vaidade de não cortar a porta, uma vez que vai mexer no embelezamento do local. Afinal, estamos falando da vida de cada morador e a responsabilidade é de todos os envolvidos”, conclui. Serviço OTN Gás (21) 99988-7900 otn-servicos-de-gas.negocio.site

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| Estatísticas

Imóveis ofertados Rio de Janeiro Casa 14,5%

VENDA Tipo de Imóvel

1 Qt

2 Qts

3 Qts

4 Qts

TOTAL

%

9.569

44.077

38.763

14.499

106.908

73,7

Casa

287

4.517

7.623

8.605

21.032

14,5

Cobertura

92

2.154

6.952

4.843

14.041

9,7

Quitinete

1.617

***

***

***

1.617

1,1

Apartamento

Flat TOTAL

842

537

***

***

1.379

1

12.407

51.285

53.338

27.947

144.977

100%

1 Qt

2 Qts

3 Qts

4 Qts

TOTAL

%

3.176

6.414

3.461

949

14.000

81,5

Casa

370

707

345

228

1.650

9,6

Cobertura

22

114

284

182

602

3,5

Quitinete

618

***

***

***

618

3,6

Flat

170

137

***

***

307

1,8

4.356

7.372

4.090

1.359

17.177

100%

Apartamento

TOTAL

fonte: SECOVI RJ.

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Quitinete 1,1% Flat 1% Apartamento 73,7%

Casa 9,6% Cobertura 3,5%

LOCAÇÃO

Tipo de Imóvel

Cobertura 9,7%

Quitinete 3,6% Flat 1,8%

Apartamento 81,5%


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| Atualidade

Minimercado automatizado dentro do condomínio? Temos! Sinônimo de praticidade e inovação, os minimercados são realidade nos condomínios Imagina aquele dia em que você está prestes a começar a fazer um bolo e não tem mais farinha? Ou em que a faxineira veio e você se esqueceu de comprar água sanitária? Ou que tal ir tomar banho e perceber que a pilha que acende o aquecedor já era? Essas situações são facilmente resolvidas quando se pode ir até o playground comprar o que falta no minimercado automatizado. A Cipa oferece essa facilidade a seus clientes por meio da parceria com a em-

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presa Roda Conveniência. Alessandro Pacanowzki, cofundador e CEO, e Giancarlo Constanzo, head de inovação e cofundador da Roda, comemoram o sucesso da empresa, que em 2020 contava com 24 colaboradores e fecha 2021 com quase cem funcionários. No momento, são cerca de 130 condomínios beneficiados e, quando você estiver lendo esta matéria, provavelmente já serão muito mais. Giancarlo Constanzo ressalta que estamos vivendo uma tendência gigantesca à inovação, à praticidade. “A Roda traz


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| Atualidade

Os minimercados da Roda são modulares e se adaptam a qualquer espaço disponível

conveniência para dentro dos condomínios, com preços justos e custo zero.” Nesse ponto a síndica Clarisse Motta, do Condomínio Barbacena, na zona sul do Rio, que aderiu ao minimercado em novembro de 2020, assina embaixo: “Quando precisei comprar a pilha de meu aquecedor – e para minha surpresa, encontrei no mercadinho –, nem acreditei que não teria de sair para comprar. E o melhor é que estava bem mais barata do que eu costumo pagar”, lembra. Os minimercados da Roda foram, com o perdão do trocadilho, verdadeira mão na roda durante a pandemia. Talvez por conta das restrições impostas pela Covid-19 e do aumento da demanda imposto pelo home office, muitos síndicos testaram o modelo e aprovaram o sistema. Os números mostram essa aceitação e uma mudança de comportamento nos condomínios.

Espaço não é problema Quem pensa que só grandes condomínios podem ter um minimercado para chamar de seu se engana redondamente. Segundo Alessandro Pacanowzki, o espaço mínimo necessário é de 10 m². “Levamos todo o mobiliário, como geladeira, freezer, câmeras para reconhecimento e também totem de álcool gel.” O espaço deve ter energia e possibilidade para instalação de wi-fi. Para que esse mobiliário se encaixe perfeitamente em espaços variados, a Roda montou uma empresa de design, que desenvolveu módulos minuciosamente estudados para que se tornas30

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sem práticos, expansivos e fáceis de serem substituídos, com rapidez, em caso de necessidade. Isso sem falar que comportam muitos produtos de forma organizada e de fácil visualização.

Tecnologia e dados Giancarlo Constanzo ressalta que o mundo está andando de acordo com o avanço da tecnologia, por isso, a Roda desenvolve técnicas para que seus clientes tenham uma experiência cada vez melhor. “Cada condomínio tem sua particularidade de consumo, e o conceito do mercado inteligente nos oferece dados para desenhar o perfil de consumo dos moradores. Temos um foco muito grande na operação do cliente, em sua satisfação”, observa. Os minimercados são abastecidos de acordo com a necessidade de cada condomínio, visto que o controle de estoque e de vendas é remoto. “Além disso, temos canais de atendimento sete dias por semana para tirar dúvidas”, ressalta Constanzo. A Roda disponibiliza atendimento por telefone, WhatsApp e e-mail. A higienização e manutenção dos equipamentos são feitas regularmente e os colaboradores da empresa, que usam o uniforme da Roda, são treinados e ágeis em suas funções. Em caso de problemas de qualquer natureza a equipe resolve no máximo em duas horas. Porém, segundo a síndica Clarisse Mota, é muito difícil acontecer qualquer tipo de problema, inclusive em equipamentos como geladeiras: “São todas novíssimas!”, elogia.


Pagamento digital e bebidas alcoólicas As compras são pagas somente de forma digital. O sistema aceita pix, cartões de débito, crédito, voucher alimentação e/ou refeição e Mercado Pago. A única restrição de compras se refere às bebidas alcoólicas. Para comprá-las, o morador deve obter o app da Roda, fazer seu cadastro para comprovar ser maior de idade e, assim, receber uma senha. “Graças à tecnologia, conseguimos validar a identidade inserida no app para saber se a pessoa é maior de idade ou não. Sendo maior, a senha é liberada para a compra e, ao inseri-la no aplicativo, a geladeira destrava e a compra pode ser efetuada”, explica Alessandro Pacanowzki. A síndica Clarisse é uma entusiasta da Roda e conta que foram os síndicos de prédios próximos ao dela que indicaram a empresa. “Pesquisei bastante sobre esses mercadinhos e a Roda me encantou. Como não há custo nenhum para o

A síndica Clarisse Mota, sempre inovando, já implantou um minimercado Roda em seu condomínio. Sucesso total entre os moradores

condomínio, pois até a luz que é usada eles pagam, consultei à época somente o Conselho e a Comissão de Obras sobre o assunto. Todos acharam excelente a iniciativa e hoje acredito que 90% dos moradores usam o minimercado. Aqui, as reposições são feitas praticamente dia sim dia não. Temos, entre outros produtos, sorvetes, material de limpeza, alimentos secos, congelados diversos, vinhos e destilados. É muita praticidade, e o preço, excelente”, conta.

O mix de produtos oferecidos nos minimercados são definidos em comum acordo entre a Roda e cada condomínio, e sempre que for necessário a lista pode ser ajustada. O importante é que a oferta de produtos atenda bem a todos. As parcerias da Roda com diversos fornecedores são muito boas. “Vez por outra fazemos campanhas nos condomínios com degustações gratuitas ou grandes promoções, o que encanta os moradores. Recentemente fizemos uma promoção de ‘compre três cervejas e pague uma’. Foi um sucesso!”, lembra Giancarlo Constanzo, ressaltando que a Roda tem parceiros/fornecedores que confiam na empresa e que investem nessas ações. Proporcionar bem-estar a seus clientes é uma premissa básica da Cipa e também da Roda. Essa parceria com certeza vai fazer a diferença no seu condomínio! Serviço Roda Conveniência (21) 96769-5196 rodaconveniencia.com.br

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| Sustentabilidade Por Lia Rangel

As vantagens da reciclagem de óleo para seu condomínio Além de contribuir com o meio ambiente, o condomínio recebe material de limpeza em troca do óleo usado O homem tem causado impactos extremamente negativos no meio ambiente. Ultimamente, temos notado as bruscas mudanças de temperatura, vulcões adormecidos entrando em erupção, degelo das calotas polares, aumento do nível do mar, escassez de água, tempestades cada vez mais destruidoras e mais uma série de eventos ocasionados pelos estragos que estamos provocando no mundo. Muitas pessoas sentem vontade de contribuir para diminuir esses impactos, ainda que com atitudes pequenas, mas que, em escala, podem fazer a diferença, bem como ter a sensação de dever cumprido. Apesar da vontade, nem sempre as soluções são fáceis ou viáveis de serem aplicadas em condomínios, mas hoje vamos falar de uma solução simples e muito eficiente que, além de preservar o meio ambiente, pode evitar prejuízos financeiros para o condomínio. Você sabia que, com uma atitude muito simples, seu condomínio pode

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ser mais sustentável? O óleo de cozinha é um dos principais vilões dos encanamentos dos condomínios, e Patrícia França, assistente de marketing da Grande Rio Reciclagem Ambiental, empresa que atende a todo o Rio de Janeiro e é especializada em educação ambiental e coleta de óleo de cozinha usado, nos explica o porquê. “Quando o óleo vegetal usado é descartado indevidamente

nos ralos, forma um bloco rígido que, com o passar do tempo, ocasiona entupimentos no encanamento, gerando maior custo no tratamento da água e na manutenção das redes de esgoto. Além disso, cada litro de óleo descartado em local inadequado pode causar danos irreparáveis ao meio ambiente”, explica. França explica que todo o óleo recolhido pela Grande Rio Reciclagem Ambiental é reciclado e transformado em matéria-prima para a produção dos sabões pastosos Barra e Astra, produtos que contêm tensoativo biodegradável. “Desde 2008, já coletamos mais de 60 mil litros de óleo no segmento de condomínios. Para iniciar a campanha, o síndico deve orientar que os condôminos esperem o óleo esfriar para guardar em garrafas pet de dois litros. Quando a garrafa estiver cheia, o morador deve entregar ao síndico. Quando o condomínio tiver a quantidade mínima estabelecida de óleo recolhido, que é de


20 litros, o síndico deverá entrar em contato com a empresa para realizar o agendamento da coleta. Em parceria com as marcas Barra, BioBrilho, Astra e GR Agrária, a Grande Rio Reciclagem Ambiental bonifica o condomínio, trocando o óleo de cozinha usado por produtos das marcas parceiras”, conta

Parceria sem burocracia E essa parceria, além de supervantajosa para o condomínio, é muito fácil de ser firmada. O responsável pelo condomínio deve entrar em contato com a Grande Rio Reciclagem Ambiental informando que deseja participar. Nesse primeiro momento, o condomínio receberá o material on-line para divulgação. Quando o local tiver arrecadado a quantidade mínima para coleta, o cliente poderá solicitar o material impresso, ocasião em que receberá também os produtos para troca. O síndico poderá optar por distribuir os produtos para os participantes ou utilizar na manutenção do próprio condomínio”, explica Patrícia França. Chen Li Cheng, síndico do Condomínio do Edifício Arcádia, um condomínio misto localizado na Região Serrana do Rio de Janeiro, é um dos síndicos que iniciou essa parceria para coleta de óleo usado e está muito satisfeito com os resultados iniciais da campanha. “Pesquisando nas mídias sociais, encontrei o Instagram da Grande Rio Reciclagem Ambiental, vi que a empresa fazia coleta de óleo usado e enviei uma mensagem. Em seguida, eles nos fizeram uma visita para explicar o programa e iniciamos a parceria. Colocamos coletor na nossa galeria e os condôminos já aderiram à ideia. O próprio morador deposita o óleo usado no coletor, que fica na galeria porque é o local com maior circulação de pessoas. Esse coletor fica em um ponto estratégico, desse jeito, não só os moradores do condomínio podem colaborar com a campanha, mas todos

os visitantes do espaço. Para incentivar essa doação, colocamos cartazes nos elevadores e fazemos campanhas no Instagram do condomínio e no grupo de WhatsApp, no qual reiteramos as solicitações de doações”, conta. Cheng ainda conta que a ideia, além de estimular a conscientização ambiental dos moradores, é fazer uma ação social. “Nós doamos os produtos que recebemos para uma instituição de caridade. É uma ação social sustentável do condomínio com a cidade. Para divulgar a ideia, sempre postamos no Instagram do condomínio, assim, outras pessoas ficam sabendo e se interessam em fazer o mesmo. Queremos que outros condomínios sigam esse exemplo, para tanto, vamos conversar com a Associação Comercial da Rua 16 de Março para que eles incentivem essa prática em outros condomínios da região. E o que mais me chamou atenção na empresa foi o fato de eles serem totalmente legalizados: nos mostraram toda a documentação que atesta que atendem aos requerimentos legal e ambiental, incluindo a licença de operação para transportar o óleo, o que muitas empresas que oferecem esse tipo de serviço não têm”, explica. Renata Ribeiro, gerente de Marketing da GR Higiene e Limpeza, empresa que oferece itens acessíveis a todos os públicos do mercado de higiene e limpeza, explica o processo de reciclagem do óleo recolhido nos condomínios. “O óleo de cozinha usado é recolhido nos condomínios e passa pelo processo de reciclagem, em que se torna matéria-prima essencial para a composição do sabão pastoso tradicional e do sabão pastoso versão líquida. Por meio dessa ação sustentável, evitamos que o óleo de cozinha usado seja descartado de forma inadequada em pias e ralos, contaminando as águas, o solo e a atmosfera. Com essa atitude simples, contribuímos com a preservação ambiental do planeta”, diz. OUT_NOV_DEZ 2021

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| Condomínio

A pandemia do novo coronavírus nos trouxe uma necessidade extrema e constante de desinfecção dos ambientes na tentativa de conter a proliferação do vírus. “Produtos específicos para essa finalidade passaram de coadjuvantes a itens de primeira necessidade, e nós, sempre atentos ao mercado, oferecemos artigos de alta performance para combater o vírus, como a água sanitária Barra e o álcool gel Barra Faísca. O síndico precisa estar atento, pois é fundamental utilizar itens adequados para cada espaço. Produtos sem qualidade podem gerar desperdício de tempo, consumo maior durante a limpeza e acarretar o aumento do custo. Usando os produtos da GR Higiene e Limpeza, o condomínio tem a garantia de resultados eficientes em sua rotina de higiene”, afirma Ribeiro. Os condomínios têm áreas de grande circulação de pessoas que requerem atenção especial na hora da limpeza para manter os ambientes bonitos e perfumados, porém, a desinfecção também é fundamental para a saúde de moradores e funcionários. “Nossos produtos têm funções específicas e cada escolha deve sempre considerar a área a ser aplicada e o tipo de limpeza que precisa ser feita. É importante ressaltar que a GR Higiene e Limpeza tem uma parceria com a Cipa, contudo, queremos estreitar essa relação com os condomínios e cada vez mais entender suas necessidades, para atendê-

O óleo usado é transformado em produtos de limpeza. Quanto mais o condomínio conseguir arrecadar, mais produtos receberá

-los de forma ágil e profissional, oferecendo produtos de alta eficiência com preços acessíveis”, explica Renata Ribeiro.

Como divulgar a campanha em seu condomínio? Além da comunicação on-line e off-line, nas redes sociais e nos quadros de aviso, é imprescindível estimular os moradores para que, além de doarem, propaguem a campanha e conectem mais pessoas interessadas. Sabe aquele ditado “A propaganda é a alma do negócio”? Ele se aplica muito nessa situação. Quanto maior for a divulgação e o estímulo aos moradores, mais participativos eles serão. Então, além de divulgar o projeto, também é muito importante informar os

resultados e fazer o morador se sentir orgulhoso em participar da ação. O engajamento é proporcional ao estímulo. Patrícia França aconselha que os moradores sejam recompensados. “Além de usar os produtos recebidos na limpeza das áreas comuns do próprio condomínio, os síndicos também podem distribuir esses produtos entre os condôminos participantes, como forma de agradecimento à participação no projeto”, finaliza. Serviço GR Higiene e Limpeza Ltda. (21) 2765-9550, ramal 261/98889-3705 grgrupo.com.br | compragr.com.br Grande Rio Reciclagem Ambiental (21) 2765-9555/0800 2823 776/97138-4229 Instagram @reciclagem_ambiental Facebook @reciclagemambiental

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Segurança | Tecnologia Por Isabela Masi

O condomínio está on: segurança e facilidade com inovações tecnológicas Sistema que monitora vagas e fluxo de carros ajuda a organizar os condomínios De acordo com dados da última pesquisa do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), realizada em 2020, na cidade do Rio de Janeiro circulam mais de 2 milhões de automóveis. Um problemão não só para os responsáveis por planejar o trânsito no município, mas para quem precisa organizar o fluxo de carros e as vagas dentro dos condomínios. Nessa questão a tecnologia é sempre uma aliada. Sistemas inovadores, ágeis e seguros permitem organizar de modo prático o número de vagas e controlar o acesso de moradores e visitantes. Além de evitar confusões entre os condôminos, ajudam na segurança de todos. Condomínios maiores, que têm um grande fluxo de entrada e saída de automóveis, precisam de equipamentos que facilitem a abertura dos portões. Marcelo Stenzel, diretor da Incotel Segurança e Sinalização, procura sempre visitar os imóveis para conversar com os administradores, conhecer os espaços e as demandas antes de implantar o sistema.

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“Fazemos isso para desenvolver uma solução adequada ao volume de tráfego e à disposição de antenas e câmeras. O controle de acesso veicular por tag permite a abertura da cancela ou do portão com alto fluxo e é ideal para condomínios com grande quantidade de veículos. Condomínios menores podem usar biometria digital ou facial, além de cartão por aproximação. Esse sistema é um pouco mais lento, pois exige que o morador pare o carro e acione a abertura da barreira. Em edifícios com alto volu-

me de trânsito isso pode gerar engarrafamentos. O reconhecimento automático de placas (license plate recognition [LPR]) também auxilia quando o fluxo de veículos é alto.” A Incotel está no mercado desde 1962 e tem uma linha completa de sistemas de acesso para casas e condomínios. Para Stenzel, um sistema que a Incotel desenvolve e é bastante procurado é o de gerenciamento do número de vagas. “Por ele podemos controlar o tempo de permanência de visitantes e o registro de grupo familiar, entre outras funcionalidades. Nosso software também permite o ajuste da abertura do portão ou da cancela conforme a distância desejada, o que facilita a entrada e a saída dos carros.” Rodolpho Theil é síndico do Condomínio Rosa da Praia, na zona oeste da cidade. É um dos primeiros moradores do local. Tão logo assumiu como síndico quis resolver o problema das vagas na garagem. De acordo com ele, como não havia vagas marcadas, alguns morado-


res acabavam abusando e parando vários carros dentro do condomínio, o que gerava um desgaste muito grande entre os condôminos e os funcionários do prédio. “Cheguei a pegar uma senhora que, além de usar a vaga a que tinha direito, pegava a vaga de outro morador (sem ele saber) e alugava para outra pessoa. Era uma loucura. Fora os parentes e amigos que queriam todos parar dentro do condomínio, deixando muita gente que tinha direito do lado de fora. Então, quando assumi como síndico comecei a pensar em um sistema que resolvesse esse problema e desse mais segurança e organização à garagem.” Rodolpho entrou em contato com a Incotel e explicou todas as necessidades que tinha. A partir daí a empresa desenvolveu um modelo novo que atendeu especificamente ao imóvel. “O sistema funciona como o ‘sem parar’ usado pelos pedágios e estacionamentos de sho-

Fernanda acredita que um sistema completo pode ajudar a melhorar a organização e o funcionamento do condomínio

ppings, por exemplo. Assim que o veículo se aproxima, o portão já abre. O mais importante: verifica se já tem outro carro ocupando a vaga. Se isso acontecer, bloqueia o veículo na portaria. Vamos supor que o apartamento só tenha direito a uma vaga, mas o proprietário tenha

três carros. Ele pode cadastrar os três, mas quando um deles estiver no condomínio, os outros não entram. A gente bolou esse sistema junto com a Incotel há alguns anos e o nosso sistema já foi reproduzido em outros imóveis.” No Condomínio Brise, também na

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Segurança | Tecnologia

zona oeste, o problema com as vagas se repetia. Fernanda Barcelos é a síndica e lá moram mais ou menos 600 pessoas. O condomínio tem três blocos e 228 unidades residenciais. Com o novo sistema desenvolvido pela ABC Telecom, ela também conseguiu administrar e organizar as vagas na garagem. “Além de captar e controlar a entrada e a saída de veículos, também há câmeras muito boas espalhadas por todo o condomínio. Porquanto as imagens são armazenadas, podemos ver exatamente como o carro entrou e saiu do prédio, se estava amassado ou com arranhões. Isso evitou muita confusão, porque, às vezes, a pessoa parava em um supermercado, por exemplo, e algum cliente batia no carro. A pessoa não via, voltava para casa e estacionava sem perceber o que tinha acontecido. Depois, ao sair com o veículo novamente notava que ele estava amassado e achava que tinha sido um

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Cada sistema é desenvolvido para atender às necessidades de cada imóvel

acidente na garagem. Com as imagens era possível ver que o carro já entrara amassado. As câmeras também ajudam a descobrir quando acontece um acidente dentro da garagem. Esse tipo de monitoramento acabou com muitas discussões entre moradores.”

Aline Marino é diretora comercial da ABC Telecom. De acordo com ela, o melhor sistema “é o integrado, pelo qual podemos ter vários sistemas trabalhando juntos, como o circuito fechado de TV (CFTV), sistema de monitoramento de câmeras ligados a uma rede central, alarmes, cercas de arame, controle de acesso para pedestres e veículos etc. Cada caso deve ser estudado para podermos avaliar e orçar o que mais se adapta ao cliente e ao local”. Rodolpho instalou 48 câmeras no condomínio, que cobrem todos os espaços internos – como garagem, escadas, elevadores e áreas comuns –, além de quatro que pegam a parte externa. “Essas câmeras do lado de fora estão interligadas com o centro de controle do município, que replica as imagens – se for necessário – para verificar roubos, furtos, acidentes etc. A gente ajuda na segurança do bairro e ainda protege os moradores.”


Outro ponto que deve ser observado pelos síndicos é a qualidade do controle de acesso. Eduardo Furtado, sócio da Rentel Soluções Inteligentes, diz que brinca com os clientes quando alguém procura a empresa para instalar esse tipo de sistema. Ele sempre afirma que “a Rentel vende um controle de acesso, mas que não dá só o acesso. Muita gente pensa que tendo a tag está controlado, mas o controle se dá quando o carro é monitorado ao entrar e sair, quando limita o número de vagas. Um sistema assim consegue dar acesso e controlar o acesso. Dá segurança e gestão pela qualidade e pela comodidade. Não vale a pena poupar, fazer um investimento pensando só no preço e não observar a qualidade, não ter uma boa manutenção ou usar equipamentos obsoletos. Não vai funcionar direito e, em vez de facilitar a vida de todos, vai dar muita dor de cabeça”. Fernanda é sócia da empresa Síndico Rio, que atende a mais de dez condomínios residenciais e comerciais. Para vários deles contratou um sistema de vigilância completo. “Em todos os pontos temos câmeras com boa definição. Conseguimos pegar as pessoas chegando, seja morador, seja visitante, o que está entregando, o caminho que fez até os elevadores e dentro deles. Certa vez conseguimos socorrer um morador porque vimos que ele estava passando mal dentro do elevador. Já flagramos brigas e conseguimos saber como tudo começou. Não fica só em uma

Rodolpho conseguiu resolver o problema das vagas com um sistema de controle de acesso

versão. Quanto mais investimento em segurança em um sistema digital, a história passa a ter início, meio e fim. Por isso é importante ter câmeras nos corredores, na garagem, nas áreas comuns, mas principalmente na entrada do condomínio, que é a porta de segurança do prédio e o primeiro e último acesso.” E não é só isso. De acordo com Fernanda, essas imagens permitem que o síndico acompanhe a rotina do condomínio e consiga perceber áreas que precisam de uma reforma, porque nunca são usadas, ou áreas que precisam de mais iluminação, porque ficam muito desertas à noite. “É importante ter consciência que as

câmeras estão ali não para flagrar coisas ruins, mas para dar segurança e conforto para os moradores. Ajudam a inibir o mau comportamento e a identificar melhorias para toda a estrutura do prédio.” A ABC Telecom está, desde 1996, no mercado de segurança eletrônica e conta com mais de 130 mil clientes. A Diretora Comercial da empresa afirma que o ideal na hora de contratar um serviço é prestar atenção no que está sendo oferecido. “Por exemplo, existem motores hoje em dia com abertura e fechamento mais rápidos, o que faz aumentar a segurança, pois evita que estranhos possam entrar junto com carro na hora do fechamento do portão. Quando se trata de nossa segurança, nossa família, nossos clientes ou funcionários, sempre é válido o investimento. Ainda que não seja um sistema barato, mas segurança, organização, tranquilidade e outros benefícios que o sistema traz compensam o custo.” A Incotel, por ser fabricante de produtos de segurança e sinalização, fornece não só os sistemas de controle de acesso, mas também programações para alto fluxo. Controlar o tempo de permanência dos visitantes faz parte de um dos sistemas desenvolvidos pela Incotel. “Para garantir que esses visitantes não estejam fazendo atividades diferentes daquelas que são autorizados a realizar – como os entregadores, por exemplo –, nós conseguimos controlar o tempo que eles ficam nos imóveis. Isso é mais um

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Segurança | Tecnologia

ponto para evitar furtos e assaltos.” A manutenção do sistema também é fundamental. De acordo com o sócio da Rentel, que atua no mercado desde 1992, se não houver esse cuidado, em poucos anos, poderá haver a possibilidade de se jogar o sistema fora. Para Eduardo Furtado, “a instalação do equipamento tem de estar agregada a uma assistência com suporte e manutenção, que precisa ser preventiva e corretiva”. O síndico Rodolpho também acredita que a manutenção é essencial. “Por exemplo, quando trocaram as antenas da Linha Amarela, houve uma interferência em nosso condomínio. Mas a empresa foi chamada e fez uma reformulação, com novos códigos, e ficou tudo certo. Além disso, quando o mercado muda alguma coisa, a gente tem que se atualizar.” Ele acrescenta ainda que, na hora da contratação, certamente “o custo é fundamental, afinal, estamos lidando com o dinheiro de todo mundo e o orça-

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mento em geral é muito apertado. Mas gastar mal é pior ainda. Se for para instalar um sistema que vai funcionar mais ou menos o melhor é não gastar, porque não vai solucionar direito, vai ter reclamação e ainda se perde a oportunidade de fazer alguma coisa boa para o condomínio”. Além disso, na hora de escolher a empresa, o importante é analisar o histórico, as obras que ela já fez e se os resultados foram bons. “Sempre oriento

que o síndico verifique a documentação da empresa, se está de acordo com o pagamento dos funcionários, se tem um mercado saudável, se não tem problemas com outros condomínios. Checar o histórico da empresa, o pagamento com os fornecedores. Imagina se ela não consegue comprar produtos no mercado? O restante vem automático: uma empresa que toma todos esses cuidados não vai fornecer um equipamento ultrapassado, pelo contrário, vai estar atenta a todas as novidades. Ter uma empresa parceira é o ideal”, afirma Fernanda.

Serviço Rentel Soluções Inteligentes (21) 2547-2728 rentel.com.br/ Incotel Segurança e Sinalização (21) 2270-0203 incotel.com.br ABC Telecom (21) 3312-4400/98214-4744 abctelecomrio.com/


| Atualidade

A Prefeitura do Rio sancionou a Lei 7.053, de 29 de setembro de 2021, que obriga síndicos de prédios residenciais e comerciais a denunciarem maus-tratos a animais. A referida lei foi sancionada pelo prefeito Eduardo Paes em 30 de setembro de 2021 e obriga que condomínios comuniquem, em até 24 horas, casos de maus-tratos a animais. A lei estabelece multa que varia entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, em caso de reincidência. A Lei 7.053/2021 prevê ainda que os recursos provenientes das multas serão destinados ao Fundo de Proteção Animal, que tem a missão de financiar políticas públicas em defesa dos animais na cidade do Rio de Janeiro,

freeimages.com/photographer/bethanBethan

Prefeitura do Rio aprova lei que obriga síndicos a denunciarem maus-tratos a animais

incluindo apoio a organizações não governamentais (ONGs) e protetores. Segundo o autor da lei, dr. Marcos Paulo (PSOL/RJ), que é também presidente da Comissão de Saúde Animal

da Câmara, “o objetivo é educar a sociedade sobre o respeito que devemos ter com os animais. Nosso mandato notifica condomínios todos os meses por meio das Comissões de Direito dos Animais e Saúde Animal. Com a lei, os próprios moradores passarão a pressionar o síndico para que ele combata e comunique quaisquer maus-tratos, uma vez que, se a multa for aplicada, todos os moradores terão de arcar com ela”. Esse tipo de denúncia é um direito e um dever de todos os cidadãos, que podem acionar a Prefeitura do Rio pelo telefone 1746, entrar em contato com o Disque Denúncia (2253-1177) ou com a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (2202-0066).

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| Atualidade

Passaporte da vacina Há obrigatoriedade da vacinação em condomínios? Desde o dia 1º de setembro é preciso comprovação de estar vacinado contra a Covid-19 para frequentar estabelecimentos e locais de uso coletivo na cidade do Rio de Janeiro. O passaporte da vacina entrou em vigor depois que o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) negou um pedido de liminar que pedia a suspensão do Decreto nº 49.335 da Prefeitura do Rio de Janeiro. O público deverá apresentar um dos comprovantes para poder acessar espaços como cinemas, clubes, teatros e academias e permanecer neles.

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A vacinação a ser comprovada corresponderá às primeira e segunda doses ou ainda à dose única, variando de acordo com a idade da pessoa e a respectiva data de imunização estipulada no cronograma da cidade. Confira as regras e os documentos válidos do passaporte da vacina. Os locais que passarão a exigir o comprovante de vacinação a partir de 1º de setembro são: • academias de ginástica, piscinas, centros de treinamento e de condicionamento físico e clubes sociais;


• vilas olímpicas, estádios e ginásios esportivos; • cinemas, teatros, salas de concertos, salões de jogos, circos, recreação infantil e pistas de patinação; • atividades de entretenimento, exceto quando expressamente vedadas; • locais de visitação turística, museus, galerias e exposições de artes, aquário, parques de diversões, parques temáticos, parques aquáticos, apresentações e drive-in; • conferências, convenções e feiras comerciais. Quem perdeu a data da segunda dose não poderá entrar nesses estabelecimentos, mesmo que tenha tomado a primeira dose. A Prefeitura disponibilizou um calendário a ser usado por gestores desses estabelecimentos desde 1° de setembro. Ele conterá as datas das primeira e segunda doses conforme a idade do visitante do local. Se a pessoa estiver com alguma delas atrasada (de acordo com o prazo estabelecido pelo fabricante da vacina), ela não poderá entrar no estabelecimento.

Documentos a serem apresentados: • documento de identidade com foto; • certificado de vacinas digital, disponível na plataforma do Sistema Único de Saúde – Conecte SUS; • comprovante, caderneta ou cartão de vacinação no formato impresso em papel timbrado, emitido no momento da vacinação em um dos postos de saúde.

Alessandra Saad

Como o prefeito Eduardo Paes (PSD) explicou durante a coletiva do 34º Boletim Epidemiológico, o município conta com a cooperação dos estabelecimentos para a fiscalização e a adoção da medida. De acordo com o decreto, os responsáveis pelos espaços inclusos na nova lista devem: • controlar a entrada de cada indivíduo nas suas dependências, mediante apresentação de comprovante vacinal juntamente com documento de identidade com foto; • evitar aglomerações no acesso às suas dependências; • continuar a seguir as regras previstas nas medidas de restrição em vigor no momento, de acordo com o tipo de estabelecimento, como distanciamento social e capacidade de ocupação. Outros dois decretos também publicados em setembro estabelecem a mesma obrigatoriedade. O morador do Rio de Janeiro deverá estar com a vacinação contra a Covid-19 em dia para poder realizar cirurgias eletivas (não emergenciais) e para receber o auxílio financeiro por meio do Cartão Família Carioca. OUT_NOV_DEZ 2021

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| Atualidade

Comprovação de vacina nos condomínios O Decreto nº 49.335 da Prefeitura do Rio, de 26 de agosto de 2021, determina a obrigatoriedade da comprovação da vacinação contra a Covid-19 para acesso e permanência no interior de estabelecimentos e locais de uso coletivo. De acordo com Alessandra Saad, do escritório Saad Advogados Associados, que atende os clientes Cipa, “embora o decreto não tenha citado os condomínios quanto à obrigatoriedade de comprovação da vacina contra a Covid-19 para acesso a certos locais e condomínios e permanência neles, não sendo realmente esse o foco, incluiu locais que existem em muitos condomínios, por exemplo, piscinas, academias de ginástica, salas de convenções etc. Portanto, entendo que, embora o decreto municipal não faça referência aos con-

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domínios, elencou locais que podem ser focos, sendo feita a referência de forma indireta. Assim, entendo que é possível, sim, que o condomínio faça essa exigência; afinal, existem áreas comuns a serem regradas, mas por óbvio sendo verificado o direito de cada um, evitando qualquer tipo de abuso”. A Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (Abadi) recomenda que os condôminos circulem nas áreas comuns, como academias, piscinas, salões de festas, quadras de esporte e outros, com seus comprovantes de vacinação, uma vez que o condomínio poderá ser fiscalizado e até multado de acordo com a interpretação do poder público. Os síndicos, por sua vez, devem orientar os moradores quanto ao cumprimento dessa recomendação, evitando desdo-


PIXABAY/ VGC-Group

bramentos e questionamentos jurídicos. Uma alternativa ao comprovante da vacinação em papel é baixar em seu telefone o app Conecte SUS, por meio do qual se pode comprovar a vacinação. A advogada ressalta que os condomínios devem estabelecer suas regras para exigência do passaporte, mas alerta que “o ideal é que qualquer decisão seja pautada em uma assembleia, com convocação específica para que não haja dúvidas. Mas como todas as decisões que têm sido tomadas desde o início da pandemia, situação extremamente nova para todos, e que estamos conhecendo, vivenciando, temos de tomar muito cuidado com os excessos, e o bem-estar de todos, que é prioridade, não pode ser confundido com falta de razoabilidade e consciência”, conclui.

Dança do passaporte O passaporte da vacinação começou a valer em 15 de setembro de 2021 e a documentação é exigida tanto para cariocas quanto para turistas. Na ocasião, o prefeito Eduardo Paes (PSD) afirmou que o documento era uma preparação para a abertura do município. No dia 29 de setembro, no entanto, a exigência foi suspensa liminarmente por ordem do desembargador Paulo Rangel, da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) (processo nº 007095789.2021.8.19.0000). No dia seguinte o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, restabeleceu o decreto municipal do Rio de Janeiro, que instituiu a comprovação

da vacina contra a Covid-19 para o acesso a locais de uso coletivo na cidade. Com o restabelecimento do decreto, mais uma vez o Supremo reforça a jurisprudência do STF de que a competência para a gestão de políticas públicas contra a pandemia da Covid-19 é de estados e municípios. A decisão ainda é liminar e o ministro Luiz Fux não se manifestou – até o fechamento desta edição – sobre a constitucionalidade do passaporte da vacinação.

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| Legislação Por Gabriel Saad, advogado da Saad Advogados Associados

Conta de água cara demais? Talvez haja uma solução Que a conta de água cada vez mais pesa nos bolsos dos condomínios não é novidade, mas em alguns casos, além de cara, essa cobrança pode estar sendo realizada de forma ilegal pela concessionária. Isso ocorre nos condomínios que são servidos por apenas um hidrômetro para várias unidades. Nesses casos, as concessionárias já há muito tempo realizam a prática de “multiplicar o consumo mínimo pelo número de economias”. A “economia” pode ser um apartamento ou conjunto de salas comerciais, dependendo da característica da edificação. Isso significa, por exemplo, que em um prédio com 20 apartamentos, a concessionária vai multiplicar o consumo mínimo estimado, por exemplo, de 15m³ por 20, e vai cobrar, de forma mínima, um consumo equivalente a 300m3. Isso ocorrerá mesmo na hipótese de o consumo real do condomínio ter sido, por exemplo, de 150m3 ou 200m3. O Superior Tribunal de Justiça (STJ),

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contudo, desde 2010, de forma consolidada, declarou que essa “multiplicação do consumo mínimo pelo número de economias” é ilegal e fere o direito do Condomínio na qualidade de consumi-

dor, na medida em que está pagando por um consumo que não é real, sendo certo que o consumo de água deve se dar pelo consumo real aferido (Recurso Especial 1.166.561/RJ – Tema 414). Observe em sua conta de consumo se o tipo de faturamento é classificado como medido ou como mínimo. Se for a segunda hipótese, você também pode se beneficiar desse entendimento e reduzir consideravelmente sua conta. No exemplo acima, estamos falando de uma redução de cerca de 50%, sendo certo que, em determinadas hipóteses, já foi possível obter reduções de cerca de 90%! Desde então, muitos condomínios vêm ajuizando ações que objetivam a declaração de nulidade dessa cobrança, para que a concessionária passe a cobrar pelo consumo real que consta no hidrômetro e devolva o valor pago a maior nos últimos dez anos, o que possibilita, além da redução das faturas subsequen-


tes, um ressarcimento considerável ao caixa do condomínio. Contudo, com esse tipo de ação se difundindo e crescendo cada vez mais, as concessionárias então passaram a adotar uma nova “estratégia” que pode causar ainda mais prejuízo ao consumidor. Ao ser condenada a realizar a cobrança pelo consumo real aferido no hidrômetro, de forma unilateral e sem nenhum amparo legal, a concessionária passa a considerar o condomínio como se fosse apenas uma unidade, seja residencial, seja comercial, dado que, na visão deles, é atendida por um único hidrômetro. Essa conduta, porém, gera grande prejuízo e pode fazer a conta ficar ainda mais cara do que era anteriormente, e consiste em uma estratégia chamada, no meio jurídico, de ad terrorem, ou seja, para criar medo nas partes, que muitas vezes optam por desistir da ação ou

celebrar acordos para que a cobrança volte ao patamar anterior, apesar de ilegal. Isso acontece, pois, com a concessionária considerando o condomínio apenas uma unidade, o consumo majoritário do condomínio acaba sendo deslocado para a última faixa de consumo, que possui a tarifa mais alta, chegando a ser oito vezes mais cara na categoria residencial e duas vezes mais cara na comercial. No mesmo exemplo do início, um prédio com 20 apartamentos que consuma pelo registro no hidrômetro 200m3 pagaria, atualmente, se fossem respeitadas as 20 economias, o total de R$ 1.822,09 (equivalente a R$ 91,10 por apartamento) pela água e esgoto, enquanto, na “nova” forma de cobrança criada pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), ao ser considerada apenas uma economia, pagaria o valor

total de R$ 11.870,92 (equivalente a R$ 593,54 por apartamento). Essa nova prática, portanto, vem sendo duramente combatida por todos os juristas em defesa dos condomínios, inclusive já tendo sido instaurado o chamado Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas, no qual o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro vai decidir se a nova prática é ilegal ou não, de modo a garantir a continuidade do sucesso nas ações judiciais que garantem a redução significativa das contas de água e vem beneficiando inúmeros condomínios. Certo é, contudo, que você, síndico, conselheiro ou condômino, pode ter a oportunidade de conseguir uma economia considerável combatendo essas práticas ilegais realizadas pelas concessionárias de serviço público de fornecimento de água e tratamento de esgoto.

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Manutenção | Impermeabilização Por Isabela Masi

Impermeabilizar é fundamental

Período de chuvas pode agravar infiltrações e gastos com obras emergenciais podem ser 12 vezes maiores do que a manutenção O concreto não é 100% impermeável, e quando chega a época das chuvas alguns problemas se agravam. É quando começam a aparecer as manchas nos apartamentos da cobertura, a goteira na garagem, o mofo nas paredes, a pintura descasca na fachada. Muitos desses transtornos podem estar relacionados com falta de impermeabilização. “Pequenas infiltrações, mofo e bolor são como uma febre baixa que avisa ao corpo que temos um problema. E se não cuidarmos teremos sérios desdobramentos. Manter a proteção da impermeabilização evita a aceleração dos desgastes e, em consequência, a necessidade de refazê-la”, afirma o diretor da KM Impermeabilizantes, Kenedy Mendonça. Mesmo com a crise que assola o

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país e o dinheiro curto para administrar o condomínio, os síndicos não devem descuidar da manutenção. Não fazer a impermeabilização, por exemplo, pode custar caro no futuro. Encarada muitas vezes como uma obra dispensável, as

pessoas só lembram que precisam proceder à impermeabilização quando aparecem os problemas. No entanto, a prevenção é sempre o melhor remédio, inclusive para o bolso. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI), a cada dez pessoas que procuram produtos para esse tipo de obra, sete já estão com graves problemas de infiltração. Só para se ter uma ideia, o custo inicial da impermeabilização, previsto numa obra residencial, varia de 1% a 3% do orçamento total, enquanto os gastos futuros, decorrentes da má impermeabilização ou da falta dela, podem superar os 12%. Para a administradora e síndica profissional Márcia Montalvão, a infil-


Em época de chuvas problemas oriundos de infiltrações se agravam

tração é um dos casos mais complexos para se resolver em um condomínio, isso porque a água acha caminhos que dificultam muito a identificação da origem do problema. “Quem entende um pouco sobre infiltração concordará comigo que o ideal é que o problema não apareça. Culturalmente a obra de impermeabilização é adiada. A falta de conhecimento e o custo, muitas vezes elevado pelo tempo sem intervenção, aumentam a complexidade. Para que isso não ocorra, precisamos ser assertivos na intervenção, pontual ou geral, para sanar o problema.” As lajes que não possuem impermeabilização podem apresentar rachaduras e trincas, reduzindo de maneira significativa sua durabilidade. O impermeabilizante para laje exposta evita o desgaste do material e ainda valoriza o imóvel. Para o diretor da KM Impermeabilizantes, empresa que está no mercado desde 2008, “toda estrutura de concreto exposta à chuva e carga de água deve ser impermeabilizada, pois, além dos problemas estéticos, as infiltrações também atacam as ferragens, fazendo com que aumentem de tamanho por causa da ferrugem e da quebra gradual do concreto que fica no entorno, comprometendo, assim, a vida útil da estrutura”. O arquiteto Herval Luiz Vasco, sócio-diretor da Carmel Construtora,

afirma que é importante fazer a impermeabilização não só na laje, mas em todos os locais que fiquem expostos à chuva ou à umidade, como o playground, o terraço, o telhado, a caixa-d’água suspensa, a cisterna, a calha de águas pluviais, a piscina, o lago etc. “Nenhuma infiltração acontece de um dia para o outro. Devemos ficar muito atentos quando se observam erupções da massa ou da pintura da parede, do teto ou umidade ascendente no ‘pé’ das paredes, nas superfícies e revestimento soltando.” Entretanto, antes de adquirir qualquer produto no mercado é importante contratar uma empresa especializada. Existem várias opções de impermeabilização que utilizam material diferente. Mesmo nos prédios que têm telhado, as lajes precisam estar impermeabilizadas, visto que muitas telhas, com o tempo, podem quebrar, permitindo que a água penetre e acumule na laje. Outra orientação importante: antes de sair corrigindo as marcas visíveis de infiltração nas paredes, é necessário descobrir a origem real do vazamento. Márcia é proprietária da empresa Sindmar, que atende condomínios residenciais, mistos e flats nas zonas norte, sul e oeste e no Centro da cidade. Ela alerta que é importante que a obra seja feita sempre com um especialista. “Entendo que o síndiOUT_NOV_DEZ 2021

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Manutenção | Impermeabilização

co deva respeitar as especializações de cada profissão. Da mesma maneira que não se pode dar a um arquiteto a responsabilidade de uma ação judicial, não é qualquer profissional que pode realizar um trabalho de impermeabilização. Além de saber qual produto usar, o profissional deve saber aplicá-lo, caso contrário, o barato acaba saindo caro, pois pode-se perder o produto e ter retrabalho para solucionar o problema.” O sócio-diretor da Carmel Construtora concorda com Márcia. Para ele, poupar e não fazer a manutenção da forma correta pode sair mais caro para o condomínio. “Os custos de refazer são maiores que os custos de manutenção periódica. Devem-se procurar firmas experientes e especializadas para não desperdiçar recursos. Conhecimento é tudo.” Qualquer furo, rasgo, instalação de equipamento sobre a massa, como antenas e gradis, pode comprometer todo o sistema. Kenedy, da KM, também acredita que não fazer a manutenção de forma correta pode gerar um grande prejuízo. “A impermeabilização é um sistema vasto, e avaliar um serviço dessa magnitude só pelo preço pode causar um novo custo em breve. Indico sempre que possível uma consultoria que faça o estudo e as recomendações do melhor sistema a ser empregado, para posteriormente buscar a empresa aplicado-

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Márcia Montalvão, síndica: A manutenção tem de estar em dia porque a água percorre caminhos que dificultam a identificação do problema

ra. Assim, todas darão orçamento com base no mesmo sistema.” Um trabalho bem-feito e com manutenção periódica acaba tendo uma vida longa. De acordo com o sócio-diretor da Carmel Construtora, a impermeabilização com manta asfáltica tem boa durabilidade, em geral é realizada durante a execução da obra e é um dos sistemas mais utilizados no Brasil. “Falando da impermeabilização com manta asfáltica, que leva recobrimento de argamassa, desde que bem aplicada, de acordo com as normas do fabricante e preservada de ações externas contundentes, o prazo de garantia do fabricante é de cinco anos, mas tenho manta asfáltica aplicada há mais de 30 anos”. Convém lembrar que para a escolha do material é importante considerar o tipo de uso da laje e as exigências que ela terá. De acordo com o especialista da Carmel Construtora, é preciso analisar a estrutura do concreto e o produto que vai ser aplicado. “Em se tratando de outros produtos à base de cimentos especiais com aditivos minerais, os semiflexíveis possuem menor prazo de garantia e necessitam de manutenção periódica de dois a três anos em média. Mas as autovistorias e o acompanhamento do bom uso das áreas impermeabilizadas podem aumentar consideravelmente a durabilidade delas”, explica Herval.


A impermeabilização com membrana de silicone é uma novidade no mercado brasileiro e é indicada para proteger superfícies como lajes, com a vantagem de o silicone poder ser aplicado com equipamentos semelhantes aos da membrana acrílica. O silicone é resistente à água e às agressões climáticas intensas. Muitas empresas trabalham com material importado e estão sempre lançando novidades no mercado. “Eu vejo tanto os poliuretanos para impermeabilizar lajes sem necessidade de proteção quanto as injeções de poliuretano para estancar infiltrações em subsolos e reservatórios sem precisar esvaziá-los, opções que vêm ganhando muitos adeptos no mercado e que oferecem muita qualidade e eficiência”, ressalta o diretor da KM. Estar com a manutenção sempre em dia e fazer as obras com empresas especializadas é fundamental para ter uma im-

permeabilização eficiente. Tanto Kenedy quanto Herval sugerem que os síndicos pesquisem sobre as empresas e exijam delas certidões, documentos e atestados técnicos antes de fechar um contrato. Ao designar uma empresa, o síndico também deve exigir que o profissional que aplica o impermeabilizante utilize os equipamentos de proteção individual (EPI). “Quando prestamos serviço para construtoras ou órgãos públicos, temos de apresentar toda a documentação. Se os condomínios agissem com o mesmo rigor, poderiam evitar alguns transtornos”, afirma Kenedy. “O barato sempre sai mais caro quando o serviço é feito por aventureiros”, conclui Herval. Além disso, obras bem-feitas aumentam a longevidade do imóvel e melhoram a qualidade de vida dos moradores, visto que o excesso de umidade pode provocar uma série de problemas de saúde, em especial, os respiratórios.

Os síndicos devem contratar empresas especializadas que vão analisar os produtos que devem ser utilizados

Serviço Carmel Construtora Ltda. (21) 3205-4575/99975-2285 carmelconstrutora@gmail.com KM Impermeabilizantes (21) 2627-9264/99011-0669 kmimper.com.br

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Condomínio | Elevadores Por Lia Rangel

Elevadores seguros, síndicos em paz Tudo o que você precisa saber para manter a segurança dos elevadores do condomínio Você sabia que o elevador, assim como carro, trem e avião, é considerado um meio de transporte? Em razão da sua capacidade de levar pessoas e objetos, ele está incluído nessa categoria e é avaliado como um dos mais seguros do mundo. No entanto, para garantir essa segurança, os síndicos precisam estar atentos aos cuidados preventivos necessários. O elevador está presente no dia a dia das pessoas e traz conforto e praticidade para a rotina acelerada do cidadão moderno. A invenção do elevador possibilitou a construção de prédios cada vez mais altos, mas, com o uso, os mecanismos de segurança dos elevadores necessitam de manutenção periódica. “Em menos de um mês seria impossível para a mão de obra humana verificar todos os componentes do elevador. Diante disso, os órgãos competentes de fiscalização elaboraram normas e regras para a conservação e manutenção desses

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equipamentos, visando manter e garantir o bom funcionamento de todos os itens que compõem esse mecanismo”, explica Ilidio Lopes, sócio-gerente da Elevadores Salta, empresa especializada em manutenção, conservação e mo-

dernização de elevadores, que atende toda a cidade do Rio de Janeiro. A Lei 2.743, de 7 de janeiro de 1999, que dispõe sobre a instalação e conservação de elevadores no município do Rio de Janeiro, prevê que a periodicidade da conservação deve ser feita, obrigatoriamente, em intervalos que não podem ultrapassar 30 dias e deve ser executada de acordo com um planejamento predeterminado, de caráter espontâneo, e não em decorrência do não funcionamento do equipamento. Lopes explica que ainda existe a recomendação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). “A Norma ABNT 16.083 determina que a manutenção completa seja feita anualmente e cada empresa organiza o serviço em um planejamento mensal. Porém, mensalmente, a cada viagem de elevador ou em visita à casa de máquinas, devem ser observados todos os itens. A Salta é especialista em manter e modernizar eleva-


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Condomínio | Elevadores

dores desde 1980, assim, a empresa vem seguindo rigorosas normas de segurança e treinando constantemente seus técnicos. Dessa forma, a equipe está sempre atualizada em relação à nova tecnologia do setor, o que resulta em um índice muito baixo de chamados para correção de defeitos dos elevadores da nossa carteira de clientes”, explica Lopes.

Por dentro da máquina O síndico é o responsável legal por tudo que acontece no condomínio, por isso, como os elevadores envolvem risco de morte, embora baixo, é importante que ele escolha uma empresa especializada para fazer a manutenção dos seus elevadores e, em caso de acidente, a responsabilidade não caia sobre os seus ombros. De acordo com Lopes, um defeito preocupante no elevador é quando o passageiro abre a porta do pavimento e a cabina não está no andar. “A principal causa responsável por esse problema é a falha do freio da máquina. Para o elevador iniciar o movimento, o freio tem de se abrir e, quando o elevador chega ao destino, o freio tem de atracar (fechar novamente). Se o freio não abrir, o elevador não vai conseguir se movimentar e o máximo que pode acontecer é a queima do motor. Porém, é muito perigoso se o freio abriu, a cabina se movimentou e o elevador foi para o destino

e depois o freio não atracou. Se a cabina estiver vazia, o elevador sobe com a porta da cabina aberta, deixando aquela porta de pavimento também aberta e abrindo todas as portas dali em diante. Se a cabina estiver com sua carga plena, pela gravidade, o elevador vai descer com a porta da cabina aberta, deixando também a porta de pavimento aberta e, à medida que desce, as demais portas de pavimento daquele andar para baixo ficarão abertas também. Pela minha experiência, esta é a causa dos acidentes fatais em elevadores”, diz. Para José Renato Baptista, que é síndico do Condomínio Ethel, composto de um bloco com 54 unidades localizado na zona norte do Rio de Janeiro, a maior incidência de problemas é de elevador parado. Baptista, que é síndico profissional e ainda responde por mais

12 condomínios, conhece bem essa rotina com os elevadores. “Eles param por diversas causas uma vez que têm, em média, cinco sensores, dependendo do fabricante, que enviam a informação de que a cabina está pronta para sair da inércia. Quando ocorre travamento com pessoas presas, logo são tomadas medidas de segurança preventiva. O mais importante é orientar todos os colaboradores e moradores que é expressamente proibido o resgate por pessoas não habilitadas, sendo passível de responsabilidade criminal. Os colaboradores são treinados para atuar nas medidas de segurança iniciais e sabem que precisam, em primeiro lugar, desligar a energia e informar imediatamente à empresa responsável pela manutenção do equipamento. Quando o tempo de resposta ao chamado é, necessariamen-

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te, o menor possível, a empresa faz a diferença. Também é muito importante manter contato com as pessoas presas, transmitindo calma, até que chegue o técnico”, diz. Para Baptista, uma gestão saudável passa por contratar empresas legalizadas. “Sugiro que os síndicos sempre procurem a RIOLUZ, no Departamento da Engenharia Mecânica, situada em Botafogo, para saber se a empresa é credenciada. Também indico que escolham parceiros idôneos para fazer a conservação dos elevadores dos seus condomínios e que apresentem preços competitivos; afinal, a relação custo-benefício é o norte da administração do síndico”, afirma. Marcelo Lemos, diretor comercial da Sete Servic Elevadores, também fala sobre a necessidade de contar com uma empresa especializada para realizar a manutenção dos elevadores. “O síndico deve contratar uma empresa estru-

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José Renato Baptista é síndico profissional e percebe que a maior incidência de problemas é relativa a elevador parado: “Eles param por diversas causas”

turada, que atenda a todas as normas técnicas para garantir a segurança dos usuários dos elevadores e a tranquilidade de tratar com um parceiro sólido, que respeite todas as obrigações legais vigentes. Também acho importante que o síndico consulte o tempo de vida da

empresa e a sua estrutura para saber se ela conta com almoxarifado e oficina própria; saiba quantos funcionários e clientes ela tem; se possui atendimento 24 horas; se tem seguro contra acidentes, registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) e na Ge-


rência de Engenharia Mecânica (GEM) e, se possível, que ele visite a sede da companhia”, indica. Segundo Lemos, acidentes com elevadores são mais frequentes do que supomos. “Os mais comuns são ocasionados pelo uso da chave de abertura emergencial de portas por pessoas leigas e posterior não travamento da porta, além do uso inadequado do equipamento, brincadeiras dentro da cabina e resgate impróprio de passageiros. Alguns avisos para os usuários se fazem importantes, como ‘quando a porta do elevador abrir preste atenção’, ‘antes de entrar, verifique se a cabina do elevador está no andar’. Falhas mecânicas permitem, às vezes, que a porta abra sem a presença do elevador, o que já provocou muitos acidentes fatais”, conta. Lemos ainda deixa dicas para que os síndicos orientem os usuários quanto à boa utilização dos elevadores. “Para garantir a segurança e o funcionamento adequado dos elevadores, não se deve puxar a porta do pavimento sem a presença da cabina no andar. Também não é indicado apressar o fechamento das portas ou apertar várias vezes o botão de chamada. Fumar dentro do elevador está fora de cogitação e também é muito importante não usar o elevador com o peso acima do permitido, pois o excesso de lotação e de carga é perigoso e acarreta desgaste prematuro dos equipamentos.” Os síndicos também devem

estar atentos quanto ao uso dos elevadores por crianças. “O elevador não é lugar de brincadeiras, portanto, oriente as crianças a não acionarem os botões sem necessidade, não pular nem fazer movimentos bruscos dentro da cabina; nunca colocar as mãos na porta; não entrar primeiro no elevador logo que a porta se abrir e, principalmente, evitar que elas usem o elevador sozinhas. Crianças com menos de 10 anos são proibidas de andar desacompanhadas em elevadores, de acordo com a Lei nº 2.546, de 12 de maio de 1997”, finaliza.

Os órgãos competentes elaboraram normas e regras para a conservação e manutenção dos elevadores, visando manter e garantir o bom funcionamento de todos os itens que compõem esse mecanismo

Serviço Elevadores Salta (21) 2263-1313/98560-8500 elevadoressalta.com.br Sete Servic Elevadores (21) 3390-8232/0800 037 7777 99001-5547 seteservic.com.br

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Na calada da noite Sabe aquela roupa novinha que você comprou e está guardada esperando a hora certa para usar? Imagina você abrir seu armário para o tão esperado dia e ela estar com vários furinhos? Esse é o momento de se perguntar se a roupa veio da loja assim e você não percebeu. Aí, ao pegar outra roupa ao lado, vê os mesmos tipos de furo. Então você imagina que algum bichinho passou por ali e fez o estrago em várias roupas. Um misto de tristeza e revolta toma conta de você porque, depois de esvaziar o armário inteiro, nenhum bichinho deu as caras. Foi isso que aconteceu com Mariana Moraes, moradora de um condomínio na zona sul carioca. “Entrei em contato com a empresa de dedetização e eles fizeram uma visita e atestaram que aquele tipo de problema era proveniente de traças. O fundo do meu armário tem uma placa de MDF, e o técnico percebeu que havia frestas entre a placa e a parede. Aquele local ficou perfeito para que elas se alojassem e, mais tarde, fizessem o estrago”, explica. A solução foi desinsetizar para eliminar o problema. Segundo Carlos Souza, especialista da Bonanza Soluções, empresa atuante na área desde a década de 1990, “as chamadas traças-das-roupas pertencem a um grupo específico de insetos, da ordem Lepidoptera, e são pequenas mariposas. Uma diferença marcante entre elas e as traças-dos-livros é que essas mariposas, usualmente chamadas de ‘traças-das-roupas’, possuem o desenvolvimento holometábolo, o que significa que a fase jovem é radicalmente diferente da fase adulta”. De acordo com Souza isso é relevante, pois o problema da traça-das-

vivien bezerra de mello

Traças agem sorrateiramente e os prejuízos podem ser incalculáveis

-roupas como “praga” se dá justamente em sua fase jovem, dado que essas mariposas em fase adulta possuem o sistema digestório atrofiado e apenas as lagartas se alimentam. “As lagartas (fase jovem) são fáceis de reconhecer: elas se deslocam pelas paredes enquanto ficam protegidas por um envoltório achatado. É dentro dessa ‘blindagem’ que a lagarta se alimenta e empupa, para logo depois se transformar em uma mariposa (fase adulta).” O técnico da Bonanza afirma que não há estudos que sugiram que essas traças causem mal à saúde, porém, os prejuízos podem ser incalculáveis. “É importante ressaltar que as traças que ficam passeando pelos corredores e escadas dos condomínios podem migrar para dentro das unidades e causar danos em roupas, documentos importantes ou até mesmo em um livro de valor inestimável. É muito importante manter as traças longe das áreas comuns dos edifícios! OUT_NOV_DEZ 2021

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Alimentos para traças As traças-das-roupas se alimentam de queratina. O especialista da Bonanza lembra que as adultas (mariposas) não se alimentam, o problema começa quando a fêmea coloca os ovos em alguma roupa ou pedaço de tecido que seja de origem animal, como lã, peles e casimira. “Vale enfatizar que os tecidos sintéticos, em geral, não são alvos das traças-das-roupas, uma vez que carecem de queratina, o nutriente de interesse dessas larvas.”

Como evitar traças Prevenir ainda é o melhor remédio. E uma dica preciosa é evitar o acúmulo de papéis velhos, mantendo livros e revistas em lugares adequados e limpos. “Devemos ficar de olho em lugares escuros e úmidos, onde as traças gostam de ficar; e também é comum elas virem em caixas que trazemos das ruas”, ressalta Souza. Outra dica é manter a limpeza em dia. “Rodapés e frestas devem ser limpos com aspirador de pó, reduzindo a disponibilidade de alimento para esses animais.” Já para as traças-das-roupas, especificamente, a etapa de prevenção “é saber onde e em que condições colocamos nossas roupas. Sabemos que elas gostam de ambientes quentes e úmidos. Portanto, deixar as roupas em locais limpos, arejados e secos é recomendável. Já as peças atacadas podem ser colocadas em sacos plásticos e depois em um freezer por alguns dias. Isso acaba matando os ovos e as lagartas infestantes”, ensina Souza.

Traças-dos-livros Esse tipo de traça é um terror também e pertence a um dos grupos de insetos mais “primitivos” que conhecemos, visto que compartilham muitas características com os primeiros insetos que viveram há milhões de anos no pla62

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neta. Uma dessas características, por exemplo, é a ausência de asas. O tamanho desses insetos é de pequeno a médio (0,85 cm a 1,3 cm), e a forma do corpo alongada, achatada, com três filamentos caudais e coloração em geral acinzentada faz com que sejam animais bem distintos e facilmente reconhecíveis. “São ametábolos, isto é, o estado juvenil desses insetos é muito semelhante ao do indivíduo adulto. Qualquer um que já tenha tido ou tem essas traças em casa sabe muito bem, embora intuitivamente, que são animais de hábitos noturnos. Além disso, são muito ágeis, locomovendo-se rapidamente e entrando com facilidade em frestas de móveis, armários e caixas. Gostam de ambientes escuros e de umidade. As traças-dos-livros se alimentam de todo tipo de substância que contém amido. Em nossas residências, podem consumir roupas engomadas, cortinas, lençóis, sedas e a cola de amido dos papéis de parede. Vegetais e alimentos que contenham amido também são comida para esses animais; e, claro, como o nome sugere, pode ser uma dor de cabeça para quem tem muitos livros: são capazes de comer o amido dos livros, como a cola de encadernação, os pigmentos de tinta e o próprio papel. Serviço Bonanza Soluções (21) 3251-7001/3272-9005 96424-2123 dedetizadorabonanza.com.br


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