“Para a revista ClimaCom e o grupo multiTÃO este dossiê implicou um esforço maior, pois nosso campo problemático desde sempre tem estado atravessado pelas potências expressivas da imagem, pelos planos de composição que
estas abrem. Uma abertura onde é difícil dizer quando começa uma escrita por e com imagens e quando processos imagéticos se escrevem e inscrevem entre meios diversos. Ao mesmo tempo a imagem na sua equivocidade e polissemia se dá a perceber não só como materialidade visual e sonora, mas também como conceito, como potência abstrata de pensamento. É nesse sentido que, mais do que nunca, as seções de pesquisa e arte da revista estão tão próximas. Toda uma política da escrita também é convocada na hora de estarmos à altura de uma Cosmopolítica da Imagem. Filósofos, antropólogos, cineastas, compositores, arquitectos, todos inventando escritas entre imagens. Imagens que violentam nossos sentidos e faculdades. Imagens-canais,
imagens-fluxos, imagens-portais que se fazem atratores do cosmos.