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Coluna Celebrar o Agro by Ângelo Ximenes
coluna Celebraro agroby Ângelo Ximenes
QUALIDADE DE VIDA NO SETOR AGROPECUÁRIO
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Em que o Engenheiro Agrônomo pode ajudar?
Quando falamos sobre sustentabilidade, automaticamente pensamos em meio ambiente. Sustentabilidade tem, sim, conexão com meio ambiente, mas vai muito além. Ser sustentável está relacionado a permitir que toda a sociedade melhore seu patamar de bem-estar e consumo, sem comprometer as gerações futuras.
Com isso, podemos afi rmar que a sustentabilidade se divide em um tripé composto pelos vieses: econômico, social e ambiental.
Em 2030, a ONU prevê que a sociedade precisará de 35% a mais de alimento, 40% a mais de água e 50% a mais de energia.
Sustentabilidade na agricultura
É necessário pensar, investir e agir. Ter sempre como foco o uso responsável e consciente dos recursos naturais, agregar valor aos nossos produtos, reforçar os laços com nossos parceiros e fornecedores e respeitar o ambiente em que atuamos.

Qual é a contribuição do Engenheiro Agrônomo para ajudar o agricultor a melhorar esses aspectos e tornar melhor o ambiente de produção?
O aumento da produtividade (kg/hectare) é a grande meta. Os agricultores utilizam espaços de terra menores e, com isso, menos H2O e energia, respeitando a biodiversidade e reduzindo desperdícios. Esse é o conceito da agricultura moderna, pautada em tecnologia digital no campo e no uso da biotecnologia. Podemos citar como exemplo os transgênicos, que, adaptados às necessidades e particularidades de cada região do Brasil, ajudam a potencializar a produção, resultado de colheitas melhores, com alimentos disponíveis e respeitando a segurança alimentar e nutricional.

Outros exemplos são: o plantio direto (sistema de manejo de solo em que a palha e os restos de outras culturas são mantidos no solo para sua preservação) e a agricultura de conservação (utilizar o solo, procurando manter ou melhorar sua fertilidade de modo a manter sua composição, estrutura e biodiversidade natural).

As curvas de níveis e terraços de contenção são técnicas para preservar o processo erosivo, quando usamos o solo para o plantio de grandes culturas, como é o caso da soja.

Para o uso de insumos nos tratos culturais, ou seja, desde a semeadura até a colheita de cada cultura, faz-se necessária a intervenção sempre de um Engenheiro Agrônomo, que auxiliará na prescrição dos produtos a serem utilizados no momento oportuno, nem em excesso, nem em escassez. A calendarização das aplicações é algo que eleva os custos de produção e não é a mais efi ciente. Já a visita “in loco”, oportuna e imediatamente antes da aplicação, é o segredo do sucesso econômico e produtivo da cultura.
Ângelo Ximenes
Engenheiro Agrônomo e sócio proprietário da Coperplan Presidente do Clube Indaiá Vice-Presidente do Sindicato Rural de Dourados Diretor-Administrativo da Mútua/MS Consulte sempre um Engenheiro Agrônomo, o profi ssional da Agricultura Sustentável.

Uau! Vou entrevistar um dos compositores mais importantes do Brasil. Mas foi só ele chegar à sala que percebi que, diante de mim, não estava uma celebridade, não no sentido glamoroso da palavra. Na minha frente, estava um homem brincalhão, simples e muito inteligente. Estou falando de Renato Teixeira. Nós somos conterrâneos, ambos nascemos na baixada santista, por isso o título dessa matéria: Um caipira do litoral com coração douradense! Vou explicar melhor.
História
Renato Teixeira nasceu em Santos, litoral de São Paulo, no dia 20 de maio de 1945. Passou a infância em Ubatuba, ou seja, era menino de praia. O pai era funcionário público, a mãe dona de casa. A família tem a música no sangue, são seis gerações de músicos. Com Renato não seria diferente. “Meu pai e minha mãe tocavam violão; mas sabe como é santo de casa, ninguém queria parar para ensinar, para dar aula, então aprendi sozinho, aos nove anos comecei a tocar e compor. Escrevia sobre as belezas da cidade. Tinha boas referências musicais como por exemplo, Ari Barroso e Pixinguinha”, lembra. Com 14 anos mudou-se pra Taubaté, no interior do Estado. No início dos anos 60, trabalhou como radialista na Rádio Difusora de Taubaté, onde entrou em contato com a música sertaneja. Em 1967, mudou-se para São Paulo, quando uma ta com suas músicas chegaram às
mãos de Renato Consorte, divulgador de novos artistas. Nesse mesmo ano, sua música “Dadá Maria” estava no festival da Record, defendida por Gal Costa. No disco do festival, Renato canta junto com Gal Costa. Em 1968, Roberto Carlos grava a música “Madrasta” (parceria de Renato Teixeira com Beto Ruschel).
Sucesso
Seu sucesso veio em 1977, quando Elis Regina gravou a música “Romaria”, que divulgou o estilo pelo qual o compositor continua sendo reverenciado com suas letras bucólicas e melodias que transitam entre o caipira brasileiro e o folk americano. “A letra de Romaria veio em um momento de equívocos. Tentei fazer uma canção complexa e so sticada e saiu uma música popular. Minha principal satisfação como autor é ter uma música minha interpretada por Elis Regina”, a rma.
Renato acredita que o sucesso de Romaria se deve também ao fato de o romeiro ser uma marca muito forte do brasileiro. “O brasileiro é um povo de muita fé. Música e fé unem as pessoas. Todas as religiões usam a música. Música é tão importante quanto a religião”.
Parcerias
Renato é conhecido também por fazer muitas parcerias musicais. “Ninguém anda sozinho. Gosto de compor junto, faço mais letras do que músicas”, explica. Sua parceria mais conhecida, com certeza, é com Almir Sater. Juntos os dois compuseram canções que consolidaram as carreiras de ambos, como Um Violeiro Toca e Tocando em Frente; “A parceria com Almir é um grande momento em minha história”.
Dourados
E você, leitor, deve estar se perguntando: Mas como Dourados entra nessa história? Por que no título está escrito que ele tem “coração douradense”. Aí vem uma história de amor. Há 20 anos, Renato Teixeira veio para Dourados fazer um show. Uma fã entrou no camarim para pegar autógrafo. Foi amor à primeira vista. Começaram a namorar, durou pouco, mas dez anos depois se reencontraram e estão juntos até hoje. Essa fã, é Maria de Lourdes Gonçalves, responsável por tornar Dourados a segunda cidade do compositor. “Temos uma casa em São Paulo e um apartamento em Dourados. Vivemos de lá para cá, de cá para lá. O que mais admiro nele é a calma e o otimismo. É um homem maravilhoso para estar junto”, relata Maria. Renato também cou encantado com a cidade. “As pessoas que nasceram aqui talvez estejam tão acostumadas que não percebem a beleza de Dourados. Eu sou muito ligado à arquitetura, e Dourados foi planejada; isso é encantador. Amo as árvores, os ipês, tem muita natureza que me inspira”, conta Teixeira. O compositor contou em primeira mão para a Celebrar que já escreveu uma música sobre Dourados. Ele também está encabeçando um projeto chamado “Coletivo douradense de música”, que já reuniu 130 músicos da cidade. “Queremos promover a música douradense. Tem muita gente boa, boa mesmo por aqui. Temos que parar com a visão de que só existe o eixo Rio/São Paulo. Cidade que canta é mais feliz, Dourados tem que cantar mais, tem que valorizar seus músicos”, naliza.



PINGUE-PONGUE

Um momento inesquecível: “São tantos, ca difícil escolher. Mas vou falar do dia em que nasci; a nal, se não fosse isso, não estava aqui (risos)”. Uma viagem marcante: “Cartagena, Colômbia” Um sonho não realizado: “Já realizei todos.”
Dou risada quando: “Vejo a Escolinha do professor Raimundo.”
Trabalho para: “Música.” Uma música especial: “Tocando em Frente.” Três objetos sem os quais não vive: “Celular, violão, papel e caneta. (São 4, risos).” Família é: “Tudo.”
Não vivo sem: “Dinheiro.”
Saudade: “Mãe e pai.” Na folga eu: “Viajo para Dourados.” Frase: “Ando devagar porque já tive pressa.” Celebrar é: “Viver.”






