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Matéria especial Endogastro
coluna Celebrarcom Saúde & Beleza
OBESIDADE
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A obesidade afeta 12% da população mundial, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, cerca de 16% possuem algum grau de obesidade (IBGE-2010).
BALÃO INTRAGÁSTRICO
O BALÃO é uma alternativa para aqueles que querem perder peso de forma mais saudável e conservadora do que a medicamentosa.
Trata-se de uma prótese de silicone fechada, que é introduzida por via endoscópica, sob sedação endovenosa, tornando-se esférica após seu preenchimento com solução de soro fisiológico associado a um corante (azul de metileno). O volume a ser preenchido varia de paciente para paciente, conforme a anatomia gástrica (450 ml a 700 ml). O balão intragástrico foi projetado para provocar uma sensação de saciedade precoce e diminuir a capacidade do reservatório gástrico, devido ao seu volume e ao seu peso, diminuindo o consumo de alimentos e facilitando uma dieta hipocalórica, associada a uma mudança na rotina de vida, incluindo atividade física.
Pacientes que usam esse balão estão capacitados a uma alimentação normal, especialmente líquidos e dietas programadas, mas limitadas em quantidade (não em qualidade), que deve ser orientada por um nutricionista.
Figura 1 – BALÃO INTRAGÁSTRICO POSICIONADO NO ESTÔMAGO Quem tem indicação de colocar o balão intragástrico?
Esse método é indicado para pessoas com sobrepeso e obesidade, mas qualquer paciente que já tenha passado por outros tratamentos, convencionais ou não, que queira ou possa se submeter ao método cirúrgico (cirurgias bariátricas), pode procurar um profissional especialista e qualificado para uma avaliação. Como é colocado o balão intragástrico?
O procedimento é realizado por endoscopia digestiva alta em regime ambulatorial, sob sedação venosa. Ou seja, pela técnica endoscópica é possível acompanhar o enchimento e o posicionamento do balão dentro do estômago.
O balão pode estourar?
Raramente há o rompimento do balão. Ainda assim, o balão é preenchido com soro fisiológico adicionado de um corante chamado azul de metileno, ambos inócuos ao organismo. Caso aconteça o rompimento, o paciente pode perceber a urina corada de azul.
Quais os riscos na colocação e na retirada do balão?
Os riscos são mínimos e equivalentes à realização de uma endoscopia digestiva ambulatorial. A retirada é igualmente feita por meio da endoscopia digestiva; porém, por precaução, deve ser realizada em ambiente hospitalar e sob anestesia geral. Não obstante, os riscos também são mínimos se realizados com materiais adequados e profissionais treinados e capacitados. Quais são os principais efeitos colaterais?
O paciente passa por uma adaptação ao balão no estômago, podendo sentir náuseas, vômitos e sensação de peso. Principalmente nos primeiros dias após a colocação.
Quanto tempo o balão pode ficar no estômago?
O balão ficará inserido no paciente por um período de seis meses, período em que há garantia do fabricante. Após esse tempo, uma nova endoscopia é realizada para retirada ou troca do balão. Mais recentemente, foi lançado no mercado um balão intragástrico ajustável (SPATZ3), já aprovado pela ANVISA, o qual pode permanecer no estômago do paciente por até doze meses, aumentando assim a eficiência do tratamento.

CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS PARA COLOCAÇÃO DE BALÃO: • Doenças da transição esôfago-gástrica potencialmente hemorrágicas; • Insuficiência Renal Crônica; • AIDS; • Gravidez ou lactação; • Cirurgia gástrica prévia. DICAS DE SUCESSO NO TRATAMENTO:
O balão não faz milagres, mas funcionará para a maioria dos pacientes. A perda de peso é, em média, de 15% a 20% para a maiorias dos pacientes que se submetem ao procedimento do balão; porém tudo depende do metabolismo de cada pessoa, idade, predisposição genética e, principalmente, do comportamento e da adesão do indivíduo durante o tratamento.
É importante lembrar que, antes e após a colocação do balão intragástrico, é necessário um acompanhamento multidisciplinar, que consiste em médico, nutricionista, psicólogo e realização de atividades físicas regulares.
Dra. Bárbara Silva Freitas, Médica
Médica Endoscopista do Aparelho Digestivo CRM-MS 7991
Membro da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED)
Especialização Médica em Nutrologia, pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN)
Especialização Médica em Endoscopia Digestiva (Endoscopia Digestiva Alta e Colonoscopia), pelo Hospital Ipiranga/ Hospital Nove de Julho- São Paulo
Especialização Médica em Cirurgia Geral pelo Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo
Dr. Eder Iguma
Médico Endoscopista do Aparelho Digestivo, CRM-MS 7960
Membro da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED)
Título de Especialista em Endoscopia Digestiva, pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) e Associação Médica Brasileira (AMB)
Especialização Médica em Endoscopia Digestiva (Endoscopia Digestiva Alta, Colonoscopia e Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica), pelo Hospital Ipiranga/ Hospital Nove de Julho - São Paulo
Especialização Médica em Cirurgia Geral, pelo Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo
Endogastro Ltda
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