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Celebrando a Gravidez
Reportagem: Ana Paula Amaral Fotos: Anderson Zanatta
Monalisa chegou!
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Nossa repórter Miriam Névola apresenta a filha, nascida no começo de 2018, e fala das sensações iniciais como mamãe de primeira viagem.
Ela chegou no dia três de janeiro de 2018, às 7h59 de uma manhã ensolarada, em pleno verão. Monalisa nasceu de parto cesariana, com 49 cm e pesando 3,90 quilos. Foi uma criança sonhada, desejada e teve seu crescimento acompanhado pelos leitores da revista Celebrar.
Pois é, nossa repórter Miriam Névola - agora de licençamaternidade - deu à luz e experimenta as sensações iniciais de uma mamãe de primeira viagem, ao lado do marido Tiago e de toda a família. Ela conversou com a Celebrar oito dias depois do parto, quando mãe e bebê ainda estavam se descobrindo e se conhecendo. “É um amor explosivo, um amor que transborda. Eu choro toda hora, quando olho e falo com ela. Eu canto pra ela e choro. Estou muito boba e feliz”, conta a jovem mamãe, emocionada. “Na maternidade, não existe egoísmo, é uma entrega total. Faria tudo por ela, é tudo muito intenso”, define.
Como vocês acompanharam nas últimas edições da Celebrar, a gravidez da Miriam foi planejada e não demorou a acontecer. Segundo ela, foi uma gestação tranquila apesar do ritmo intenso de trabalho. “Eu já fazia atividade física, então meu corpo estava bem para a gestação. Ao longo da gravidez, fiz hidroginástica e pilates. Estava tudo tão bem que, duas semanas antes do parto, atuei como Maria em um musical da minha igreja e dancei interpretando a mãe de Jesus. Foi um sonho realizado. Desde o ventre, minha filha já estava sendo dedicada a Deus!”, lembra.
Monalisa é um bebê calmo e dormiu a maior parte do tempo durante a entrevista. Segundo a mãe, ela dorme bem e ainda não deu muito trabalho aos jovens pais, especialmente durante a noite. Miriam conta que tem bastante leite e não teve grandes dificuldades com a amamentação, problema enfrentado por algumas lactantes nos primeiros dias de vida do bebê.
Ela contou com a ajuda de uma doula no pré-parto e também nas orientações sobre a amamentação depois que Monalisa nasceu. “Eu sempre quis amamentar. Considero muito importante, só que sempre soube que, muitas vezes, não é fácil e as mães desistem ou não conseguem. Por isso quis me preparar e ter auxílio. Minha doula, que é fisioterapeuta, veio aqui e verificou alguns erros durante a amamentação, como a posição do bebê no peito, que estava me

causando dor no pescoço e nas costas. Ela também me ensinou a ordenhar para evitar que meu leite empedre”, explica.
Apoio da família
Miriam conta que o suporte da família tem sido fundamental nos primeiros dias após o parto. Ela conta com a ajuda da mãe e da sogra e também do maridão, que ficou responsável por fazer a comida e garantir uma alimentação saudável para favorecer a produção de leite. “Eu sei que sou privilegiada por ter todos eles ao meu redor, o que me fez admirar ainda mais as mulheres que enfrentam tudo isso sozinhas, ou apenas ela e o marido. Não sei como conseguem, merecem todo o reconhecimento”. Mas, mesmo com todo o apoio, o cansaço é inevitável. “Eu tenho muita ajuda e a Monalisa é boazinha; mas, mesmo assim, é uma vida diferente. São 24 horas para ela e por ela, preciso amamentar de três em três horas e é um exercício de paciência. Sou muito agitada e sempre fiz três coisas ao mesmo tempo, agora tenho que parar e focar nela, porque meu tempo virou todo dela”, avalia. “Eu tentei preparar meu psicológico antes do parto, conversei com várias amigas que têm filhos, só que não tem jeito. A realidade é diferente de tudo o que eu imaginei. Minha rotina com meu marido mudou completamente e tudo gira em torno dela. Eu e ele nos olhamos e falamos: ‘Em que aventura nós entramos, hein?’ e damos uma risada que é uma mistura de alegria e medo. Mas, com certeza, vale muito a pena, tudo passa ao olhar o rostinho dela.”

Decoração
Um detalhe encantador na casa da família é o cheiro de bebê! O quarto da Monalisa foi detalhadamente planejado, e o tema, adivinhem só: beagles, uma referência aos dois cachorros dessa raça que o casal tem desde o início do casamento e são o xodó da casa!
Ela conta que toda a família ajudou na decoração, desde a pintura do criado mudo e o tapete de crochê até a produção do enfeite de porta e das lembrancinhas entregues aos amigos que foram visitar mãe e bebê. “Toda a família participou e essa foi uma forma de demonstrar o talento e o carinho de cada um com o nascimento da nossa filha.”
Sobre o retorno ao mercado de trabalho, Miriam prefere não sofrer por antecipação. “Sei que vou voltar a trabalhar, provavelmente reduzirei a jornada, pois tenho quatro empregos e, com bebê, não será possível continuar com o mesmo ritmo, até porque quero curtir e acompanhar seu desenvolvimento. Mas ainda não pensei no que vou deixar, ou com quem ela vai ficar; não quero sofrer por antecipação. Agora quero curtir minha filha e focar somente nela. Ela já está me ensinando a ser menos ansiosa e mais calma”, conclui dando risada.

Pensando nas dúvidas da Miriam e de outras mamães de primeira viagem, a Celebrar conversou com a pediatra Cristina Saldivar de Castro, que destacou a importância da orientação e do apoio de um especialista neste momento cheio de dúvidas e novas descobertas:
Celebrar - Quais as principais inseguranças e angústias que os pais geralmente apresentam ao chegar em casa com um bebê recém-nascido?
Dra. Cristina Saldivar - Quando nasce um bebê, nascem também um pai e uma mãe; por isso as angústias deles em como cuidar de um ser tão frágil e indefeso. As dúvidas maiores giram em torno da amamentação. Se somente o peito vai alimentar; se o choro é de fome ou não; se o excesso de sono é normal e se tem que acordar o bebê.
Celebrar - Nós sabemos que um bebê recém-nascido é frágil e demanda cuidados especiais. Quais seriam as principais precauções que os pais e cuidadores precisam tomar neste período?
Dra. Cristina Saldivar - Os principais cuidados giram em torno dessas dúvidas. Uma mãe bem orientada sobre amamentação ficará mais tranquila. Deve-se oferecer, no início, o peito à livre demanda, ou seja, sem horários marcados, toda vez que o bebê solicitar, sem nenhum complemento que possa atrapalhar a sucção e sem chupetas. Dormir 20 horas nos primeiros dias é normal, porém nunca deixar mais de quatro horas sem mamar. Outra dúvida frequente é com relação ao curativo do umbigo. Devemos usar somente álcool 70% após cada troca de fraldas.
Celebrar - Para quem vai visitar um bebê recémnascido, em casa ou no hospital, há alguma recomendação? Dra. Cristina Saldivar - Quando for visitar recémnascidos, deve-se ter o cuidado de lavar as mãos antes de pegar o bebê e evitar visitas que estejam resfriadas ou com qualquer doença viral que possa ser transmitida por contato direto, como diarreia, vômito e outras.
Celebrar - Muitas mães apresentam dificuldades na amamentação. Quais as recomendações médicas para favorecer esse processo?
Dra. Cristina Saldivar - Com relação à amamentação, como disse acima, a mãe deve tirar todas as dúvidas com seu pediatra e tentar ficar o mais calma possível. Oferecer somente o seio, alimentar-se bem, tentar repousar quando o bebê estiver dormindo, cuidar a pega do bebê, que tem que ser de toda a aréola e não somente do bico; enfim, ser paciente e acreditar na sua capacidade de amamentar. Celebrar - Algumas crianças sofrem com cólicas nos primeiros meses de vida. O que os pais podem fazer para evitar e amenizar esses sintomas?
Dra. Cristina Saldivar - Com relação às cólicas, é muito difícil sabermos se nosso bebê terá ou não. Existem muitas teorias sobre a cólica, mas nenhuma confirmada. O que sabemos com certeza é que é causada pela imaturidade do intestino e por isso aparecem, geralmente, depois de uma semana, quando já estão mamando uma quantidade maior. É importante cuidar para arrotar bem depois das mamadas. Existem ainda outros fatores que podem piorar a cólica, como refluxo gastroesofágico e intolerância ou alergia à lactose - daí a importância do acompanhamento com o pediatra, que poderá orientar e conduzir cada caso. Evitar complementos sem necessidade, como chás e leite de vaca; portanto, somente oferecer medicamentos ou fórmulas após avaliação e ordem médica.

A MULHER QUE “BALANÇA” DOURADOS

coluna
ELIZABETH SALOMÃO
Conheça a história, a rotina e os gostos desta empresária, comunicadora, mãe, avó e muitas outras funções que não cabem em uma linha
Existem pessoas com as quais a gente conversa por alguns instantes e, mesmo assim, sai dali como se tivesse aprendido muito. Sai com vontade de absorver tudo que é conhecimento, ou, simplesmente, ficar junto por mais um tempinho para, quem sabe, crescer um pouco mais. Foi assim o meu encontro com Elizabeth Salomão. Uma mulher de extremos. Digo isso porque, ao mesmo tempo em que é ativa e inquieta, transmite uma paz sem igual e nos olha prestando atenção em cada palavra e movimento.
Os mais novos moradores de Dourados talvez não tenham dimensão do peso deste sobrenome. Elizabeth é filha de Jorge Antônio Salomão, dono da primeira rádio de Dourados, a Rádio Clube, que completa 60 anos este ano. E foi aí que tudo começou. Ainda adolescente, aos dezesseis anos, Beth começou a trabalhar na rádio como auxiliar de escritório e foi aprendendo sobre administração.
Nos anos 1980, o pai deu a ela um novo desafio: enfrentar o microfone e comandar um programa. Aí surgiu o “Beth Balanço”, nome inspirado na música de Barão Vermelho. E, como diz a canção, Beth “seguiu sua estrela” à frente do programa por aproximadamente doze anos.
A radialista e empresária tem três filhos e três netos. Está aposentada, mas nunca parada. Atualmente, aos 62 anos, é dona da rádio, a qual administra com ajuda dos filhos, é presidente da Associação comercial e Empresarial de Dourados, Conselheira do Sebrae MS e também é Assessora de Comunicação da Prefeitura. Como dá conta de fazer tudo isso? Acordando cedo e com muita disposição. “Eu acordo antes das seis horas; já acordo animada, me exercito e sigo para o trabalho”.
Ela assume que tem personalidade forte e opiniões bem definidas; no enanto, em cada palavra, é possível também ver muita ternura. Provavelmente fruto da fé que lhe move. É católica praticante e participa da liturgia da Igreja, o que faz com dedicação. “Fé é a essência de tudo. Eu acredito em Deus, e é isso que me guia”.
Pergunto a ela como dá conta de fazer tudo e ser tudo. “Acredito que a base de tudo é o amor e o respeito. Tento ter dedicação e paciência. E claro, uma equipe boa. Tenho pessoas maravilhosas ao meu redor. Sou movida pela emoção e carinho em tudo que faço. Sou inspirada por São Paulo, que diz que, se não tiver caridade/amor, nada vale a pena”.


PING PONGUE
Uma festa inesquecível: Todos os Natais são inesquecíveis. Amo o Natal.
Uma viagem marcante: Gosto muito de viajar, a Itália me encanta.
Um sonho que ainda não realizou: Fazer o caminho de Santiago.
Trabalho para: Trabalho porque gosto, para crescimento pessoal. Para saber que posso superar desafios.
Dou risada quando: Sempre. Considero-me feliz.
Três objetos sem os quais não vivo: Terço, óculos e sapato.
Família é: Amor
Não vivo sem: Família, Amigos e meu amor Lorenz.
Saudade: Dos meus pais e da minha sobrinha.
Na hora de folga eu: Viajo, ouço e falo sobre música; vou ao cinema.
Música: Sou movida pela música, não vai dar para ser uma frase curta, anota aí: No dia a dia, o rock, o pop e o jazz. Para o meu ouvido, Vagner e Mozart. Para o meu coração, Beethoven. Para minha alma, Schubert.
Frase: “Passou o que era velho, eis que tudo se fez novo”, 2º Coríntios, 5:17
Celebrar é: Viver a vida!

















