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Giani Torres

"A música sempre me salvou"

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“Eu nunca assumi a música; mas, às vezes vem a vida e nos impõe isso”. É assim que a cantora e compositora Giani Torres, 46 anos, define a própria história e seu relacionamento com a música. Ela conta que, desde menina, sempre teve gosto pela arte e chegou a cantar em uma banda de amigos, aos 24 anos. O grupo de MPB “Quarteto de vinil” não vingou, mas o amor pela música e a inspiração para compor nunca foram embora. Hoje, formada em Direito e servidora pública, Giani já se assume como cantora e compositora; lançou dois discos e deliciase com o resultado de tanto trabalho. “Compor é muito legal, é a forma que encontrei de fazer algo pelo outro. O retorno do público, sem dúvida, é a melhor parte de fazer música.”

Giani Torres é nascida em Ivinhema, mas criada até os 13 anos em São Paulo. Depois, voltou à cidade natal, casou-se, teve dois filhos e, em agosto de 1998, chegou a Dourados, onde cursou a faculdade de Direito. Foi aprovada em um concurso público e tudo ia bem até que, há aproximadamente 12 anos, a vida mudou o tom: Giani adoeceu e foi diagnosticada com transtorno de ansiedade generalizada. “Naquela época, eu era ‘concurseira’ para a área jurídica e minha vida era puxada. Meu psiquiatra me falou para parar com tudo e buscar algo em que eu me encontrasse”, relembra ela, que já havia feito algumas composições e decidiu, então, dedicar-se inteiramente à música. Um ano depois, estava com o primeiro disco gravado. “A música sempre me salvou, desde que eu era uma garotinha. A música me devolveu tudo quando eu já não tinha mais esperanças.”

Sem fronteiras

De lá para cá, segundo ela, tudo aconteceu muito rápido e a música ganhou cada vez mais espaço. Giani venceu o Festival de Música do SESI, na modalidade composição, e gravou a música “Princesa na janela”, ao lado de Zeca Baleiro - algo surreal, como ela mesma prefere definir.

Já se apresentou nos principais festivais do Mato Grosso do Sul, como Festival de Inverno de Bonito, América do Sul e Som da Concha e também fez apresentações pelo SESI Santos (SP), em 2015 e 2016. Em 2017, apresentou-se em festival da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), e elogia o público douradense. “O público de Dourados é de uma elegância enorme! Todo mundo canta junto, é muito gratificante”, diz ela.

Giani compõe todas as músicas e define seu estilo como MPB, mas não um estilo ‘fechado’, como ela mesma diz. “Minha música é livre”, garante. Para 2018, ela pretende buscar parceiros pessoais para continuar com o trabalho de divulgação do segundo disco, intitulado ‘Como bolhas, água e sabão’.

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