PME NECESSITAM DE INSTRUMENTOS DE APOIO E DE CAPACITAÇÃO
inteligência estratégica, criou ferramentas de suporte ao aprofundamento da Economia Circular e da Transição Energética e dinamizou ações de informação.
Estas ferramentas ajudaram as PME a fazer um benchmarking e os gestores a traçarem os seus roteiros individuais. As duas ferramentas de autodiagnóstico permitiram às empresas aferir o seu grau de adoção de práticas de Descarbonização/Transição Energética e de Economia Circular, capitalizar o conhecimento e práticas já existentes, estruturar a informação e criar planos de ação concretos para a sua melhora contínua nestas temáticas.
Os impactos das atividades já se fazem sentir no tecido empresarial. As empresas envolvidas no projeto adquiriram uma maior sensibilidade para as temáticas do mesmo. Empiricamente, a AEP verificou que algumas boas práticas já eram aplicadas por imposição regulatória ou por iniciativa própria, mas as atividades de ativação de boas práticas que o projeto promoveu, como os workshops, que decorreram nas três regiões, levaram as empresas a refletirem em conjunto sobre quais os passos futuros que é importante dar.
“As PME necessitam de uma atenção especial em termos de foco das políticas públicas, de instrumentos de apoio customizados e de capacitação”
Além disto, as ações permanentes de divulgação dos resultados do projeto sensibilizaram o universo empresarial e outros stakeholders, estimulando a sua adesão aos outputs gerados e, em particular, às ferramentas de avaliação de maturidade das PME em matéria de Economia Circular e de Descarbonização/Transição Energética.
As associações empresariais, os clusters e os centros tecnológicos têm um papel fundamental nas áreas da Economia Circular e da Descarbonização/Transição Energética. A maior parte das soluções de Economia Circular e de Descarbonização exigem cooperação e iniciativas coletivas. As PME, pela sua dimensão, geralmente não têm a capacidade para desenvolver e implementar essas soluções. O estímulo a uma maior colaboração entre PME e grandes empresas precisa de ser encorajado.
O EcoEconomy 4.0, projeto desenvolvido pela AEP, que terminou no final de agosto, é um bom exemplo desta colaboração. Contribuiu para ajudar as PME a alcançar uma transição justa e inclusiva e a apurar o grau de maturidade do tecido empresarial nacional nas áreas da Descarbonização/Transição Energética e Economia Circular. Apoiou o universo empresarial mais carente de intervenção no Norte, Centro e Alentejo.
Para ajudar as PME a potenciarem o cumprimento das metas ambientais, o projeto promoveu atividades diversas na área da
O diagnóstico, que permitiu fazer uma análise da atual situação das PME e das suas necessidades em matéria de sustentabilidade ambiental, é claro: as PME necessitam de uma atenção especial em termos de foco das políticas públicas, de instrumentos de apoio customizados e de capacitação, nomeadamente pela via de ações de eficiência empresarial coletiva, dirigidas às PME.
O projeto identificou áreas prioritárias de atuação: gestão e reaproveitamento de resíduos, acesso a matérias-primas secundárias e a energia renovável, dificuldade de opções alternativas e acesso ao financiamento. A este último nível, evidencia-se a importância de um acesso facilitado das PME a instrumentos de financiamento que promovam a transição económica e energética, com vista ao desenvolvimento sustentável. Independentemente de avançar ou não para uma nova fase, o projeto EcoEconomy 4.0, lançado pela AEP em abril de 2021, deixa um contributo importante para o futuro, materializado num roadmap coletivo de ações para o aprofundamento dos domínios temáticos da Economia Circular e da Descarbonização/Transição Energética nas PME e exemplos de tecnologias da Indústria 4.0 potenciadoras dessa atuação.
Luís Miguel Ribeiro, Presidente da Associação Empresarial de PortugalNota de boas-vindas...
A competitividade das empresas está diretamente relacionada com a sua capacidade de inovar, sendo que empresas inovadoras tendem a atingir maior lucratividade.
O design thinking é uma metodologia de desenvolvimento de inovação assente na geração de ideias e de resolução de problemas.
A excelência organizacional é o patamar que todas as empresas aspiram alcançar e é sustentado pela cultura organizacional, pelos seus valores basilares e, essencialmente, pelo seu capital humano.
A cultura de excelência atinge-se com pessoas, capazes de liderar equipas, orientadas e focadas e em consonância com a visão e a estratégia global da empresa. Nesta edição de setembro, a Revista Business Portugal continua a seguir o seu propósito de destacar empresas e empresários que têm mostrado a capacidade de adaptar o seu modus operandi, estratégias e modelo de negócios, deixando a mensagem que, mais do que uma necessidade, inovar é um imperativo de sobrevivência. O escritor Érico Veríssimo disse outrora: “Quando os ventos começam a soprar alguns constroem muros, outros constroem moinhos ”. Agora é a hora de aproveitar o vento e inovar! Boas leituras!
Fernando R. Silva“A NOSSA APOSTA, PARA ALÉM DO CRESCIMENTO, É A RETENÇÃO DE TALENTOS”
O Grupo Intelcia foi criado há 20 anos, em Marrocos, e rapidamente expandiu a sua presença geográfica para 16 países. Em Portugal, está presente desde 2018 e já conta com cerca de 7 000 colaboradores. Em entrevista, Carla Marques, CEO da Intelcia Portugal, fala sobre as perspetivas de futuro, que passam pelo investimento na inovação e transformação digital.
Carla Marques, CEOComecemos por falar um pouco sobre si. Que retrato faz do seu percurso pessoal e profissional? Em que momento da sua vida surge o projeto Intelcia?
Comecei a minha carreira em 1999, onde trabalhava na área da banca e de seguros, algo que não me fazia completamente feliz profissionalmente. Por isso, decidi mudar e dedicar-me ao que realmente me motiva, consultoria de recursos humanos e customer service. Sou uma pessoa de pessoas, com grande sentido comercial, valorizo muito a relação com as equipas, com a operação, com a produção e com os clientes. Muito focada nos objetivos, tenho uma enorme paixão por aquilo que faço. Considero que transmito esse sentimento em cada decisão que tomo na minha vida empresarial, para que as minhas equipas acreditem que, nas organizações, é fun damental ter um propósito em todas as nossas acções.
A Intelcia surge na minha vida depois de 20 anos de trabalho numa empresa multinacional, onde aprendi muito e desenvolvi as minhas competências de negócio e de liderança. Foi-me proposto um projeto, que consistia em começar uma empresa, o que, natu ralmente, representou um grande desafio, pois estaria a começar do zero e a criar uma empresa de raiz, com tudo o que isso implica. Sou a colaboradora número um do projeto e, obviamente, tenho um carinho muito especial pelo que somos. Hoje é um projeto de sucesso, com cerca de 7.000 colaboradores, em Portugal, e é com um grande orgulho que falo desta equipa.
A Carla Marques é uma mulher líder. Acredita que as mulheres possuem características que podem ser uma mais-valia para o mundo empresarial?
Acredito que o género não tem qualquer impacto nos valo res de cada indivíduo, na sua ética, integridade, ou forma como
gere uma equipa. Essas características têm de estar intrínsecas, quer no homem, quer na mulher. Eu não faço distinção entre uma liderança feminina ou masculina, porque sou defensora acérrima da meritocracia. No entanto, se tivesse de destacar uma grande diferença entre homens e mulheres, diria que as mulheres têm uma maior sensibilidade para a gestão de pes soas. Existe outro ponto forte, que se verifica no momento da tomada de uma decisão, relativamente ao pragmatismo e ao pensamento racional. Ainda assim, posso afirmar que, pelo facto de ser mulher, nunca tive qualquer questão de segregação, em nenhuma das empresas nas quais trabalhei, nomeadamente na Intelcia, que é uma empresa que promove a igualdade de género e diversidade e onde as mulheres são valorizadas pelo seu mérito.
Em 2018 assumiu o cargo de CEO. Quais são as linhas orienta doras da sua gestão e que cunho tenta imprimir na sua liderança?
Para mim, é muito importante a honestidade, transparência e frontalidade, para que todos possamos ter conhecimento do que realmente acontece na companhia. É igualmente essen cial transmitir confiança às equipas, para que tomem as suas próprias decisões e conquistem a sua autonomia. A criativi dade é também uma característica chave e, a meu ver, direta mente relacionada com o risco. Em quatro anos de existência da Intelcia, tomamos várias decisões de risco, em conjunto, onde apesar de termos consciência do seu impacto, conse guimos colocá-las em prática com sucesso. Para além disso, acho que é crucial criar um ambiente em que todos sintam que podem expressar as suas opiniões e fazer parte das decisões estratégicas da companhia.
Management Team da Intelcia Portugal / Foto créditos: Nuno Carrancho / RHmagazineExplique que tipo de soluções a Intelcia disponibiliza aos seus clientes. Considera que as empresas portuguesas “olham” cada vez mais para o outsourcing como uma ferramenta importante para agilizar o trabalho?
A Intelcia é uma empresa global , como um prestador de ser viços de Customer Service, naquilo que respeita ao BPO e ao full outsourcing, relacionados com Customer Care
Com a IT Solutions, desenvolvemos e trabalhamos perfis de IT (Information Technology). Na área de consulting e inovação, focamo -nos em acrescentar valor aos nossos clientes, através da melhoria e eficiência operacional, recorrendo à inteligência artificial e ao speech analytic e RPA, por forma a proporcionar aos nossos clientes a melhor experiência.
Relativamente ao outsourcing, acredito que é verdadeira mente uma ferramenta de gestão fundamental para a agilidade das organizações. Não só em Portugal, mas a um nível global, temos empresas de outsourcing muito profissionais e especializadas naquela que é a sua área de atuação. Portanto, suportam os clientes em relação à gestão de uma área de negócio, que não dominam e em que não são especialistas. Sentimos que, cada vez mais, os clientes recorrem ao outsourcing , porque reconhecem que é, de facto, uma mais-valia.
A filosofia da Intelcia está patente no seu lema “We Dream. We Care. We Do”. Na prática, como é que aplicam estes valores fazendo desta uma empresa distinta no mercado?
A Intelcia é fruto da migração de colaboradores provenientes de empresas, onde construir uma única cultura é um dos nossos grandes objetivos.
Quer o meu papel, quer o da minha equipa, é o de sermos
particularmente ativos no que diz respeito à transmissão dos valo res da companhia, “We Dream. We Care. We Do”.
Por regra, os valores das empresas são frases extensas, difíceis de memorizar, com alguma complexidade, o que não acontece com o nosso caso. Os nossos valores têm um significado muito prático. “We Dream”, somos sonhadores, ambiciosos e arriscamos. “We Care”, olhamos para as pessoas e fazemo-las crescer e desenvolver. É desafiante gerir cerca de 7 000 pessoas, para isso, temos ações para potenciar essa aproximação às equipas. Por exemplo, men salmente, fazemos “Morning Conversations” com os assistentes de contact center, em grupos entre 10 a 15, para possam possam falar sobre os seus desafios e as oportunidades de melhoria da Intelcia. Colocámos também em prática o projeto a que chamamos “ Inte lcia Journey”, onde auscultamos os nossos colaboradores em ter mos de satisfação e engagement na empresa, nos diversos pontos de contacto, como por exempo, no processo de recrutamento, no período da formação, nos primeiros três meses de contrato. Por fim, “We Do”, somos especialistas em Customer Care e queremos entregar e executar um bom serviço para os nossos clientes. Esse é o foco das nossas equipas.
Entre as diretrizes seguidas pela Intelcia, está a promoção do talento e a valorização dos seus colaboradores. É também por isso que procuram apostar na formação da equipa?
Exatamente. Uma das nossas diretrizes é a promoção do talento e a valorização interna. Todos os nossos Diretores e Managers cresceram na empresa, tendo começado a sua função como assistentes de Call Center ou Team Leaders, por exemplo. Promo vemos o talento interno, onde todos se sintam comprometidos e vejam na Intelcia uma oportunidade de carreira. Apostamos
em formação para melhorar as soft skills, através de programas específicos de coa ching para os nossos principais líderes, para que possam desenvolver e melhor as suas competências de liderança. Temos um programa de formação, denominado de “Grow’IN Together”, no qual estamos a formar aproximadamente 700 líderes da companhia em competências de liderança, bem como em competências técnicas da gestão de uma operação de customer service, que vão desde indicadores operacionais até indicadores financeiros.
Ao que pudemos apurar, a Intelcia pretende contratar cerca de 1500 colabo radores em Portugal até ao final do ano. Isto reflete a expansão e o crescimento da empresa desde a sua implementação no país?
Sem dúvida. O nosso desafio é identi ficar os melhores talentos para trabalhar connosco. Estamos a crescer em negócios nacionais e internacionais, que englobam várias línguas. Acreditamos que as medi das que estamos a tomar, a médio e longo prazo, na gestão de pessoas, vão traduzir -se numa eficácia de gestão operacional. Mas, de facto, a nossa aposta, para além do crescimento do negócio, é na retenção dos talentos que temos internamente.
Neste momento, a Intelcia encontra-se presente em 16 países. De que forma conseguem fazer a gestão entre as várias equipas, tendo em conta as suas diferentes nacionalidades, costumes e culturas?
Essa é uma gestão muito positiva e colaborativa. Temos projetos que estão a ser desenvolvidos em Portugal e que são partilhados com colegas de Marrocos, França, Madagáscar e Maurícias, e estamos a gerir a operação de um único cliente. Tra balhamos muito bem em conjunto porque o propósito é comum a todos os países. Todos queremos servir bem o cliente e tomar as melhores decisões para a organi zação no seu todo. Sentimos que há uma conectividade entre todos os países que fazem parte da organização e um grande espírito de equipa.
Daqui a cinco anos, onde espera ver a Intelcia? O futuro poderá passar pela aposta na inovação?
Queremos crescer e implementar novas áreas de negócio, nomeadamente, a área
de inovação e consultoria das operações de Customer Care, algo que queremos fazer até ao fim do ano. Queremos também ser um elemento ativo e forte no mercado português. Estamos no Top3, em termos de posiciona mento global de Customer Care, mas a nossa ambição é de atingir o primeiro lugar.
O espírito de liderança que temos, aliado à transparência, à confiança e autonomia, vai garantir-nos um futuro promissor. Desenvolver as equipas e as lideranças com criatividade, será uma mais valia no desenvolvimento do nosso negócio.
Identificar novos clientes, atuar na área comercial, e crescer, quer no mercado português, como no internacional, para podermos ser conhecidos, não só como um player na área de Outsourcing, mas também numa vertente de inovação e transformação digital. Apostar na inteligência artificial, robotização, RPA e Speech Analytics, supor tados por uma equipa muito forte, que agarra com entusiasmo as oportunidades, leva-me a olhar para os próximos cinco anos da Intelcia com um grande otimismo.
LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO
Antigamente, o papel da mulher passava por tratar das lides domésticas e educar os filhos. No entanto, ao longo da história, foram várias aquelas que tiveram a coragem e a ousadia de contrariar a tendência e lutar pelos seus direitos.
Tais acontecimentos fizeram com que, hoje, a mulher seja mais independente e tenha a possibilidade de, a nível profissional, por exemplo, aceder a cargos tão relevantes como os homens, dependendo para isso apenas de um critério: a meritocracia.
Parafraseando Michelle Obama, “não existem limites para aquilo que uma mulher é capaz de realizar” e, por isso, nesta edição, damos a conhecer mulheres empreendedoras que não desistem facilmente perante as adversidades. E estas são apenas exemplos das Mulheres que, hoje em dia, prosperam numa sociedade que, queremos todos que seja, cada vez mais, igual e unida.
“A BELEZA VEM DE DENTRO”
Contabilidade e cosmética são dois ramos completamente distintos, no entanto, Marta Black tem conseguido conciliar estes dois mundos ao longo do seu percurso profissional, tal como explica em entrevista à Business Portugal.
Explane o seu passado profissional. Em que momento da sua vida surge o projeto Black & Perry? Qual a análise que faz destes 14 anos de atividade da empresa?
Tirei o curso superior de gestão de empresas, depois fiz uma pós-gra duação em auditoria financeira que me levou a fazer o curso da ordem dos Revisores Oficiais de Contas e tornei-me R.O.C. e paralelamente Contabilista Certificada.
A B&P nasceu há 15 anos, da vontade de duas ami gas e colegas de curso, a Graça e eu, porque achámos que juntas fazíamos mais sentido, ambas fazíamos tra balhos de contabilidade por conta própria, e constituir a sociedade permitia crescer e alavancar o negócio. A análise não podia ser melhor, temos hoje mais de 100 clientes e somos uma verdadeira equipa e muito amigas uma da outra.
“Trabalho com a marca Sensai (outrora Kanebo) há 25 anos.
Todo o requinte e delicadeza que envolve a Sensai, é algo que eu procuro, ou seja, rodear-me de pessoas belas por fora, mas sobretu do por dentro, porque a beleza, tal como a Sensai, vem de dentro”
Explique a panóplia de serviços que são disponi bilizados ao cliente. Neste momento encontram-se em Portugal e em Angola. O futuro poderá passar por expandir o negócio para outros países? Senão, que outros objetivos têm em mente?
Oferecemos todos os serviços na área do outsourcing financeiro, contabilidade, auditoria, revisão de contas, fiscalidade, entre outros. Neste momento estamos apenas focadas em Portugal.
Paralelamente, é Diretora - Geral da Sensai, uma marca que acredita que a beleza significa mais que o aspeto. É um conceito com o qual se identifica?
Trabalho com a marca Sensai (outrora Kanebo) há 25 anos. Todo o requinte e delicadeza que envolve a Sensai, é algo que eu procuro, ou seja, rodear-me de pessoas belas por fora, mas sobretudo por dentro, porque a beleza, tal como a Sensai, vem de dentro. Neste sentido, a beleza é um conceito com o qual me identifico.
Todos os anos há novos produtos com a promessa de retardar o envelhecimento, de oferecer uma beleza intemporal e sempre que sai uma novidade (ainda hoje) pareço uma criança a abrir um presente: excitada, entu siasmada e esperançosa do que aí vem. Uma coisa é certa, o nosso departamento de R&D é exímio e como orientais que são, só lançam um produto quando têm a certeza que vem para acrescentar. Podem passar anos, o objetivo é superior, nunca perder face, e apresentar sempre o melhor que temos para dar.
Tratando-se de um ramo totalmente diferente (cosméticos), podemos dizer que este é o maior desafio da sua carreira até aos dias de hoje?
É sem duvida o mais interessante, as pessoas com que me cruzo, o que vou aprendendo com elas, a evolução que demonstram ao longo dos tempos; trabalho com as mesmas pessoas há mais de 20 anos, quase uma vida! O mais desafiante é estar constantemente à procura de novas ferramentas para melhorar e crescer de forma saudável no meio de uma concorrência feroz.
Falemos também sobre si. Que características a definem enquanto mulher e profissional? É-lhe fácil fazer a gestão do seu tempo entre a esfera pessoal, profissional e social?
Acredito que sei fazer uma boa gestão de tempo e, com o passar dos anos, estou muito melhor nesse aspeto. No meu negócio, como DG, tento estar atenta à empresa no seu todo, mas sobretudo atenta às pessoas que lá trabalham, trato as pessoas como elas gostam de ser tratadas, posso ser muito exigente mas sou também bastante compreensível. Não me deixo iludir, achar que sei mais do que os outros, defendo sempre a minha equipa. Dou a cara e tomo decisões tendo em conta o interesse global, conjunto da empresa e não um interesse particular. A esfera pessoal e social fundem-se muito com a profissional.
Qual é a sua opinião sobre a paridade de direitos entre homens e mulheres atualmente em Portugal? Acredita que, no mundo empresarial, as mulheres têm mais dificuldades que os homens em fazerem-se ouvir e em marcar a sua posição? Que características considera serem necessárias para que o consigam fazer?
Acho que ainda há algum preconceito, sobretudo vindo das mulheres; considero também que a mulher para marcar uma posição tem que ser muito
melhor do que o homem, porque historicamente os cargos de chefia são dados aos homens. Há sempre o ‘medo’ que a mulher engravide e deixe de ser a ‘profissional’ que é… Na minha opinião, quando se é uma boa profissional, não há duvidas; não o deixará de ser se engravidar, é um medo muito primitivo, e que serve de desculpa para que se escolham homens para cargos de topo.
Para as mulheres, espero que sejamos todas melho res umas para as outras. Neste ponto acho que estamos a evoluir bastante. Trabalho muito bem com mulheres, sei que posso contar com elas, e costumam ter um olhar mais doce sobre o próximo, mais compreensíveis e menos focadas só em números. Estes são sem dúvida muito importantes, mas primar por dar ferramentas para haver um bom ambiente de trabalho em que todos os colaboradores estão motivados e orgulho sos da sua equipa, esse é um papel que as mulheres, quando são boas, são superiores. E se assim for os números acabam por acontecer.
PLATINA
“A RELAÇÃO DE CONFIANÇA COMO CHAVE DE SUCESSO”
Manuela Antunes acredita que, para ser feliz, é essencial fazermos aquilo que gostamos. A certa altura da sua vida, sentindo-se já realizada enquanto mãe e mulher, decidiu que merecia ser feliz também profissionalmente. Foi nesse momento que começou a trabalhar no ramo imobiliário, uma decisão que mudou a sua vida.
Manuela Antunes, atualmente com 54 anos, é Consultora Imo biliária Collection, na RE/MAX Vantagem Platina, no Parque das Nações em Lisboa. Formada em Marketing e Publicidade, construiu a sua carreira, sempre na área do Marketing, durante 25 anos, numa empresa de telecomunicações, a Portugal Telecom. “Trabalhar tan tos anos numa empresa de grande dimensão e prestígio, foi muito importante e ajudou a fazer de mim a profissional que hoje sou”, afirma a entrevistada.
Ainda assim, esta sentia que havia algo que faltava na sua vida. Por isso, decidiu arriscar e ir à procura de realização profissional. Começou a trabalhar no mercado imobiliário há cerca de sete anos e considera que foi a melhor decisão que tomou. “Adoro o meu tra balho, a relação com o cliente e gosto muito da vertente comercial”, acrescenta a consultora.
A evolução na sua carreira profissional é algo muito importante para a entrevistada. Esta conta que, quando entrou no mercado imobiliário, não tinha conhecimento sobre a área. Contudo, decidiu que estava na altura de ser empreendedora e de evoluir.
No início, investiu arduamente em formação, algo que con tinua a fazer por considerar que o imobiliário, como qualquer atividade de consultoria, exige constante aprendizagem.
A trabalhar nesta área de negócio, Manuela rege-se pelos valores da seriedade, honestidade e fidelidade. Aos olhos da mesma, é essencial honrar os compromissos assumidos, quer em termos profissionais como pessoais. “Cada negócio que faço e cada cliente com quem estabeleço uma relação de parceria repre sentam um compromisso que assumo e cumpro”, diz Manuela, acrescentando que só desta forma consegue ser bem-sucedida no seu trabalho.
Enquanto consultora imobiliária, o seu propósito diário é prestar um serviço diferenciador e de excelência aos seus clientes. Manuela considera que este serviço se constrói dia riamente, através do profissionalismo, empenho e dedicação que deposita no seu trabalho. “Eu trabalho para ser excelente
todos os dias, antever problemas e antecipar soluções”, confessa a consultora. É desta forma que garante que os seus clientes podem confiar e que, caso surja algum desafio, está preparada para o superar.
Manuela Antunes acredita ainda que para se alcançar o sucesso na consultoria imobiliária, seja no mercado de luxo, no mercado tradicional ou no mercado internacional, é necessário garantir duas premissas fundamentais: HONESTIDADE e COMPROMISSO.
“Cada negócio que faço e cada cliente com quem estabeleço uma relação de parceria representam um compromisso que assumo e cumpro. Eu trabalho para ser excelente todos os dias, antever problemas e antecipar soluções”
Manuela Antunes, Consultora Imobiliária CollectionTendo em conta que o mercado imobiliário envolve transações de elevado valor que podem ocorrer de forma rápida, a relação com o cliente nunca poderá deixar de ser uma prioridade. Concluo que o maior valor de um consultor imobiliário é a relação de confi ança que constrói com os seus clientes.
Ao fi m de sete anos de trabalho nesta atividade, Manuela Antunes constata que realizou dois objetivos, pois conseguiu ter ainda maior independência fi nanceira e o reconhecimento neste mercado. Foi capaz de abraçar vários projetos, pessoais e profi ssionais, e de alcançar o poder sobre a sua vida profi ssional. “Agora, apesar de depender do mercado, profi ssionalmente tomo as decisões que julgo mais ajustadas a cada momento e tenho a liberdade de gerir o meu trabalho em função dos meus objetivos.”, afi rma Manuela.
Apesar de se sentir realizada profi ssionalmente, Manuela depara-se com um grande desafi o: a gestão do tempo. “Nunca pensei que fosse tão difícil respeitar o meu tempo.”, confessa. “Neste momento, o tempo dedicado ao trabalho “nunca acaba”. Com um escritório na agência da RE/MAX Vantagem Platina, um escritório pessoal e o telemóvel sempre disponível para os meus clientes, a gestão de horários torna-se num grande desafi o pessoal.”
Manuela Antunes considera ainda que o cunho feminino traz algo de novo e diferenciador para as empresas. A consultora imobiliária defende que os homens e as mulheres se complementam no meio laboral, tendo em consideração que possuem características diferentes. Relativamente às mulheres, Manuela acredita que estas têm uma enorme capacidade para serem polivalentes e resilientes. Ou seja, as mulheres são capazes de abraçar vários projetos ao mesmo tempo e lidar com uma série de responsabilidades em simultâneo, conciliando a vida pessoal e profi ssional. “As mulheres fazem muita falta às empresas.”, acrescenta. No entanto, a consultora destaca que, no mercado imobiliário, o mais importante não é o género, mas sim o trabalho desenvolvido pela pessoa, afi rmando que com base na sua experiência na área, “não há diferenciação entre homens e mulheres”.
Por fim, Manuela Antunes deixa um conselho para aquelas que procuram reconhecimento profissional ou que não estão realizadas com o seu trabalho. “O segredo é nunca duvidarmos de nós próprias, nem da nossa capacidade, e seguirmos o nosso sonho.”
“O segredo é nunca duvidarmos de nós próprias, nem da nossa capacidade, e seguirmos o nosso sonho”
“SOU UMA MULHER DE PAIXÕES”
Madalena Costa Macedo destaca a capacidade de resposta e a dedicação ao cliente enquanto características diferenciadoras da sua empresa, a TARGETING, que está prestes a completar 15 anos de existência.
fortável com muitas regalias e bem remunerada na empresa onde trabalhava. Vim para a TARGETING e o que recebia quase que não dava para pagar as minhas despesas de deslocação, não havia clientes, os resultados eram negativos, não tínhamos crédito e éra mos três pessoas (dois sócios + um colaborador). 15 anos depois, somos dez pessoas (um sócio – gerente e nove colaboradores), os ratings da empresa são muito positivos, temos muito trabalho, os clientes que estão connosco, estão há muito tempo, temos bastante crédito (há bancos a ligarem-nos para nos emprestarem dinheiro) e somos, atualmente, uma empresa saudável.
Creio que nos diferenciamos pela nossa capacidade de resposta e dedicação ao cliente. Somos uma empresa leve, acreditamos na flexibilidade e, por isso, não temos processos burocráticos e rígi dos, apenas nos regemos por regras básicas. Assumimo-nos como parceiros e não fornecedores. Se é urgente, entregamos na hora.
Descreva a equipa da TARGETING. Dos trabalhos reali zados, quais os que destaca?
É uma equipa com muita vontade, bom senso, intuição e visão. Estamos atentos e damos sempre resposta. Acreditamos no inconformismo, na inovação, na capacidade diária de nos excedermos e na proatividade. Somos humildes, dizemos umas piadas e vestimos a camisola.
Licenciada em Gestão e Administração de Empresas, o que a levou a enveredar pela área do Design e do Marketing? Aquilo que aprendeu durante o curso foi importante para depois colocar em prática no seu próprio negócio?
As bases do curso foram e são muito importantes na gestão do meu negócio. Perceber e saber analisar todas as variáveis presentes no dia a dia de uma empresa implica estar capacitada para a utilização de todas as ferramentas sejam elas financeiras, contabilísticas, entre outras. Esta capacitação ou a sua base foi -me, sem dúvida, dada por aquilo que aprendi no curso. Após alguns anos a trabalhar em multinacionais, como a Unilever, a extinta Allied Domecq Spirits&Wines e a Pernod Ricard Por tugal, dentro da “disciplina” do Marketing , a área de ativação da marca era a que mais gostava de trabalhar. Perceber quem é o consumidor, como se comporta, o que o move, qual o grau de envolvência com a marca e definir o que fazer para que os indicadores melhorassem, era o que mais me motivava. Na Tar geting tive essa oportunidade, trabalhar esta área em específico e não apenas para uma marca ou categoria, mas para várias com posicionamentos e mercados diferentes.
A TARGETING está prestes a completar o seu 15º aniversário. Qual a análise que faz do caminho percorrido pela empresa até ao momento? Quais as mais-valias que disponibilizam aos clientes?
Uma interjeição e uma palavra: WOW e Inacreditável. Quando aceitei este desafio, tinha dois filhos pequenos, uma posição con
Somos três designers, três accounts, três responsáveis pela pro dução e logística, e eu.
Quando procurava que trabalhos destacar, fiquei com dificuldade em escolher, pois todos eles foram e são importantes, por mais pequenos que sejam, desafiam-nos sempre e têm algo de especial.
Vou destacar quatro, não por serem os mais importantes, mas porque de alguma forma são marcos relevantes no percurso da TARGETING:
Para a Pernod Ricard Portugal - marca a Malibu Get Your Island ON Party no Terraço do Centro Cultural de Belém, considerado o melhor evento de marca na noite em 2008;
Madalena Costa Macedo, CEOPernod Ricard – Evento lançamento da Tour de Havana Club 2016 “La Havanita” no Páteo Alfacinha;
Sociedade Central de Cervejas – Sagres Bohemia e Radler 2016/17 – Após termos ganho um pitch entre várias agências, a TARGETING foi escolhida para declinar ambos os conceitos de relançamento destas marcas, nos canais ON e OFF Trade com a responsabilidade de criação e desenvolvimento da imagem gráfi ca, desenvolvimento de peças e respetiva produção;
Câmara Municipal de Almada – Stand para Promoção da Marca Câmara Municipal de Almada no Festival "O Sol da Caparica 2022".
Quem é Madalena Costa Macedo enquanto mulher e profissional?
Sou a mais nova de quatro irmãos, mas não sou mimada. Muitas vezes dizem que sou “bruta”, mas eu acho que é porque não deixo nada por dizer (mas tenho vindo a melhorar).
Creio que sou uma mulher de paixões: pela minha família e amigos, que são o alicerce e porto seguro na minha vida; pelo Sporting, que me ajuda na perseverança e em nunca deixar de acreditar; pelo golfe, que jogo assiduamente e que me lembra sempre como temos que ser humildes, e pela yôga que pratico sempre que consigo, que me acalma e me dá ferramentas para o dia a dia.
Qual é a sua opinião sobre a igualdade de direitos entre homens e mulheres em Portugal?
Apesar de estar melhor, Portugal tem ainda um longo caminho a percorrer nesta área. É só olhar para os cargos de administração das várias empresas, mais ou menos importantes, e ver o número de mulheres que aí estão presentes, assim como em cargos públicos. Mas há outros temas bem piores e mais vergonhosos no nosso país!
Relativamente ao futuro, pretende continuar ligada a esta área? Quais são as metas que tem estipuladas para a sua empresa?
Por enquanto não me vejo a fazer qualquer outra coisa e não tenho qualquer meta estipulada ou grande expectativa. É “jogo a jogo” e aguardar aquilo que a vida tem reservado para mim.
“UMA EMPRESA COM UM FUTURO BASTANTE PROMISSOR”
Susana Santos, Diretora Comercial da Filorga Portugal, afirma que é apaixonada pelo seu trabalho e garante que irá continuar a trabalhar para manter a liderança da marca no mercado de antienvelhecimento.
Iniciou o seu percurso na Filorga Portugal há cerca de seis anos. Como é que descreve o seu percurso na empresa? Como consegue fazer o equilibrio entre a esfera pessoal, social e profissional?
Entrei na Filorga em 2016, quando a marca decidiu estabelecer-se em Portugal como filial. O meu percurso na marca foi sempre ascendente. Quando entrei, a empresa iniciava uma nova era e nos primeiros quatro meses fui para o terreno vender a marca. Em 2017 passei a chefe nacional da equipa de vendas e em 2019 a Diretora Comercial, com a responsabilidade da definição da estratégia comercial da marca e a gestão de todas as equipas comerciais, vendas, informação médica, formação e beauty advisors
O equilíbrio entre a vida pessoal, social e profissional é relativamente fácil de fazer quando temos um bom suporte familiar. Sou apaixonada por aquilo que faço, mas a minha família sempre esteve em primeiro lugar na minha vida. Sempre fui encarregada de educação dos meus filhos, nunca perdi uma festa nas escolas e sempre tirei férias no dia de aniversário deles. É uma questão de organização, mas ter uma mãe perto que sempre me ajudou e um marido sempre presente é fundamental para o equilíbrio pessoal e profissional.
A Filorga foi o primeiro laboratório de medicina estética, criado em 1978. Quais são as estratégias da marca para que seja possível continuar a garantir produtos inovadores, eficientes e de utilização agradável?
A estratégia da marca tem sido a contínua investigação. Independentemente de termos produtos líderes ou não, a marca continua a apostar no seu desenvolvimento e a procurar as melhores soluções para os consumidores. Não procuramos desenvolver apenas novos produtos, procuramos também novos ingredientes para produtos que já fazem parte do catálogo da marca e que
acrescentem benefícios aos mesmos. Adicionalmente, nenhum produto é lançado para o mercado sem resultados visíveis na pele ao final de 7 dias.
Enquanto Diretora Comercial, quais os planos de futuro para a Filorga Portugal?
Esta é uma empresa com um futuro bastante promissor. Vamos continuar a empenhar-nos para manter e reforçar a liderança da marca no mercado de antienvelhecimento. Para isso, iremos continuar a trabalhar de perto com os nossos parceiros, clientes e consumidores, para continuarmos a merecer a sua confiança.
É fundamental manter a aposta no desenvolvimento dos nossos colaboradores. Tenho uma equipa extraordinária, muito motivada, e que todos os dias trabalha para o crescimento e notoriedade da marca. É muito importante manter esta chama acesa e dar-lhes ferramentas para que cresçam a nível pessoal e profissional.
Acredita que o cunho feminino pode trazer algo de inovador e diferenciador às empresas? Que conselhos daria às mulheres que têm como objetivo construir uma carreira de sucesso no sector comercial?
Acredito que as mulheres são mais sensitivas, mais perspicazes e atentas ao que as rodeia. Fazemos mil e uma coisas ao mesmo tempo e isso pode trazer criatividade e diferenciação nas empresas. Relativamente aos conselhos que daria, são vários. Façam aquilo que gostam, trabalhem como se a empresa fosse vossa, definam onde querem estar nos próximos dois ou cinco anos e apostem no vosso desenvolvimento pessoal e profissional. Quando somos muito bons no que fazemos e nos tornamos numa autoridade na nossa área, não há como não ter sucesso.
Susana Santos, Diretora Comercial“O MEU TRABALHO É TER LIBERDADE PARA FAZER ACONTECER”
Luísa Teixeira é advogada e garante que é uma mulher realizada, quer a nível pessoal, quer profissional. Acredita que trabalha na profissão mais bela do mundo e que, comparativamente aos colegas da área, tem uma visão inovadora.
Começou a exercer atividade individualmente em 2004, mas só em 2006, abre o seu próprio escritório. Porque é que decidiu dar este passo? Podemos afirmar que este está a ser o grande desafio da carreira?
Eu terminei o curso em 2004 e estive a estagiar durante dois anos numa sociedade de advogados. Ao longo desse tempo, fui ganhando os meus clientes, mas estava nos “bastidores”, porque quem assinava as peças processuais feitas por mim era o advogado sénior ou um sócio. Comecei a pensar que não era aquilo que queria para a minha vida. Queria ser advogada desde os cinco anos de idade e o objetivo de trabalhar em prática isolada e ter o meu nome na “praça” foi surgindo. Portanto, decidi arriscar e abrir o meu primeiro gabinete.
Considero que a minha profissão é um desafio diário. Trabalhar em prática isolada exige muito de um advogado e esta é uma profissão bastante solitária, mas claro que é desafiante, porque todos os dias temos de enfrentar situações novas e recebemos clientes novos. Por isso, abrir o meu escritório foi um desafio e mantém-se até hoje.
Tendo em conta que anteriormente havia estagiado numa sociedade, quais considera serem os benefícios da prática isolada comparativamente ao exercício em sociedade?
Provavelmente há mais desvantagens do que vantagens, no que diz respeito à prática isolada. Mas, para mim, há uma vantagem que se sobrepõe ao resto, que é a liberdade. O Dr. Rui da Silva Leal, que é uma inspiração para mim e foi meu formador, diz que a advocacia é a mais bela profissão do mundo e que não há ninguém mais livre que um advogado que trabalhe
em prática isolada. E é assim que eu me sinto, com a máxima liberdade. Posso decidir como gerir o meu escritório, a forma como vou atender e receber os clientes. Podia ter corrido mal, mas até agora tem corrido muito bem e eu sou muito grata à vida. E isto também me trouxe a projeção que tenho hoje, quer a nível nacional, quer a nível internacional. O meu trabalho é ter liberdade fazer acontecer.
Que serviços disponibilizam aos clientes? A vossa prioridade é garantir sempre a sua total satisfação?
Os nossos serviços são multidisciplinares. Fazemos assessoria jurídica e empresarial, nacional e internacional. Tratamos de todo o tipo de problemas relacionados com os vários ramos do direito. A minha maior preocupação é a satisfação do cliente, porque a publicidade ao meu trabalho baseia-se no “passa a palavra”. Tenho clientes que estão comigo desde 2006, tanto empresas como pessoas singulares, e isso faz com que fi que orgulhosa de mim própria.
Falamos de um escritório jurídico que procura manter as práticas tradicionais que a profissão assim exige e, em simultâneo, apostar na inovação servindo-se de novas ferramentas e métodos de trabalho?
Exatamente. Eu quero que os meus clientes se sintam confortáveis no meu escritório. Eu tenho a preocupação, não só da resolução jurídica da questão, mas também em ajudar a pessoa no que esta precisar. Quando é necessário, vou ao domicílio dos clientes, como já aconteceu com um senhor que tinha mobilidade reduzida. Este gabinete inova pela proximidade e nas
Luísa Teixeira, Advogadaminhas redes sociais também sou muito interventiva. Semanalmente, faço um vídeo de esclarecimento, a rubrica “Direito no dia a dia”, na qual falo sobre situações que me acontecem no quotidiano e que acho que é importante partilhar. Para mim, partilhar conhecimento é maravilhoso. Quanto mais eu partilho, mais cresço, e sou feliz assim. O meu método de advocacia preventiva e a minha proximidade com o cliente é muito importante. É preciso eliminar a barreira entre o advogado e o cliente. Os meus clientes percebem tudo o que digo porque eu não falo com linguagem técnica nas consultas. Consigo falar para todos os estratos sociais, e é isso que também importa ao cliente. Portanto, acho que sou inovadora, relativamente aos meus colegas advogados.
Advogados precisam de ser reformuladas, para que todos se possam sentir mais protegidos. As pessoas estão céticas, precisamente por estes motivos.
Que características definem Luísa Teixeira enquanto mulher e profissional? Acredita que o cunho feminino é uma mais-valia para o mundo dos negócios? E em relação ao futuro, onde se vê daqui a cinco anos?
Eu caracterizo-me como uma mulher focada, resiliente, determinada e muito positiva, algo que é muito importante na advocacia. Sou uma mulher realizada. O percurso até aqui não foi fácil, mas valeu a pena. O balanço que faço é muito positivo.
“Eu caracterizo-me como uma mulher focada, resiliente, determinada e muito positiva, algo que é muito importante na advocacia. Sou uma mulher realizada”
O cunho feminino é essencial neste mundo, porque as mulheres têm uma energia diferente para lidar com determinadas circunstâncias. Na área da advocacia, ainda mundo tradicionalista e conservadora, ser mulher é difícil. É preciso ter uma verticalidade muito grande, mas se souber de onde venho e para onde vou, torna-se mais fácil.
No futuro, quero continuar no meu escritório, mas imagino-me a crescer muito. Temos clientes em toda a Europa e noutros continentes. Daqui a cinco anos, vejo-me com ainda mais clientes e a seguir o rumo da internacionalização.
De uma forma geral, como é que avalia o desempenho da advocacia portuguesa? E relativamente ao público, acha que este continua muito cético em relação à justiça portuguesa?
A justiça portuguesa está um caos. É lenta, o que se deve também à falta de meios humanos e informáticos. Penso que há, cada vez mais, a necessidade de os juízes sentenciarem para chegar a certos números e estatísticas. Isto gera insegurança nas pessoas, como é lógico. A Justiça e a Ordem dos
SOMOS TOD@S IGUAIS, SOMOS TOD@S DIGITAIS
Xénia de Carvalho Estudos e Projetos Unidade Inovação e Negócios/CECOA
A era digital trouxe um acesso democrático e global à aqui sição de competências, baseadas num conhecimento “que é definido não pelo que é, mas pelo que pode fazer” i
Nos tempos modernos, procura-se um conhecimento prá tico, que responda às necessidades de cada um, em qualquer parte do mundo. O mundo moderno quebrou as barreiras da idade, do género, da nacionalidade e da capacidade económica. Atualmente, cerca de 66% da população mundial ii tem acesso à Internet iii , permitindo uma procura em tempo real e uma consciência crítica do que existe em termos de oferta na área do EFP (Ensino e Formação Profissional), que contribua para o desenvolvimento de competências adequadas quer ao merca do de trabalho, quer ao desenvolvimento pessoal de cada um. Em Portugal, “82,3% da população residente dos 16 aos 74 anos utiliza a Internet ” (INE 2021) iv. Saber é estar integrad@, dialogar entre mundos e culturas, ferramentas e possibilidades,
xenia.carvalho@cecoa.pt
“Saber é estar integrad@, dialogar entre mundos e culturas, ferramentas e possibilidades, é possuir resiliência porque se é criativ@, competência porque se é inovad@r”
é possuir resiliência porque se é criativ@, competência porque se é inovad@r.
Os portugues@s são cada mais digitais, recorrendo a formas de comunicação e troca de conhecimentos no momento, que lhes permite escolher o que querem fazer, como, quando e com quem.
Os utilizadores de Internet em 2021 [em Portugal] fazem-no
principalmente para comunicar e aceder a informação: 91,4% trocaram mensagens instantâneas, 87,6% enviaram ou recebe ram e-mails , 86,7% pesquisaram informação sobre produtos/ serviços e 81,3% leram notícias. Destaque para a % dos que utilizam a Internet para frequentar cursos on-line (24,5%, mais 6,5 p.p. do que em 2020) v .
Portugal está a mudar, acompanhando o ritmo global, procu rando responder cada vez mais ao desafio de uma formação que responda às necessidades do mercado laboral e do crescimento individual. As soft skills (competências comportamentais), para além das hard skills (competências técnicas), são cada vez mais valorizadas no mercado de trabalho português. Saber comunicar, ser digital, aceder de forma segura e eficaz ao mundo tecnológico, são características que definem o ser atual. “Muitas das crianças que estão hoje a ingressar nas escolas primárias vão ter empregos que ainda hoje não existem” (APDSI 2020)vi
O futuro terá “empregos ainda não criados”, com “tecnologias ainda não inventadas”, procurando “a resolução de problemas que ainda se desconhecem”vii. Para enfrentar esses desafios, to d@s nós procuramos reinventar, melhorar, aperfeiçoar o nosso conhecimento e as nossas competências. Existe uma consciência crescente sobre o que se quer, quando e como, levando a um cres cimento na procura de formação à medida, que o CECOA tem testemunhado na sua atividade enquanto entidade formadora. O EFP reinventa-se para responder às necessidades dos seres atuais cada vez mais digitais.
Em 2020, e pela 1ª vez, o INE, em colaboração com a ANQEP e a DGEEC, lançou um inquérito sobre a identificação das ne cessidades de competências nas empresas. (CEDEFOP 2021)viii Neste estudo concluiu-se que:
• “Nos próximos 2 anos (2021-2022), as empresas pretendem recrutar 345 584 trabalhadores, o que corresponderá a um acréscimo bruto de 10,8% do seu pessoal ao serviço”
• “Dos trabalhadores a recrutar, 49,9% deverão ter curso de ensino não superior (profissional) e 32,2% curso de ensino superior”ix.
Em simultâneo, Portugal é apontado como o “12º país mais inovador na UE27 (ANI 2021)x, o que abre espaço para uma procura personalizada de conhecimento e competências. Efetiva mente, a procura por formação à medida insere-se num espírito de inovação, de procura de novos e ajustados conhecimentos e competências que suportem empresas, pessoas e Sociedade a reimaginar o futuro em conjunto (UNESCO 2021)xi. Para isso
e por isso, e dada a sua experiência de 35 anos na área do EFP, o CECOA tem sido ao longo deste ano, muito procurado por Organizações e por pessoas, para a realização de ações de formação e de sessões de capacitação na área do desenvolvimento pessoal, da comunicação e da gestão, com um forte enfoque na área digital. Formação à medida do futuro.
Notas de Rodapé:
i. Gilbert, J. (2005) Catching the Knowledge Wave: the Knowledge Society and the Future of Education Wellington, NZ: New Zealand Council for Educational Research, p. 35.
ii. In https://www.broadbandsearch.net/blog/internet-statistics
iii. https://ourworldindata.org/internet
iv. In https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_ destaques&DESTAQUESdest_boui=473557834&DESTAQUESmodo=2
v. Ibid.
vi. In https://apdsi.pt/wp-content/uploads/2020/07/Versa%CC%83o-Final_EstudoMapeamento-Compete%CC%82ncias-TICE-para-o-ajuste-da-oferta-formativa_ APDSI_131020.pdf, p. 50.
vii. Ibid, p. 85.
viii. In https://www.cedefop.europa.eu/files/4191_pt.pdf , p. 54
ix. In https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_ destaques&DESTAQUESdest_ boui=415477898&DESTAQUESmodo=2&xlang=pt
x. In https://www.ani.pt/media/6211/relatorio_bienal_portugues_junho_2021.pdf , p. 15.
xi. Vide UNESCO (2021), https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000379707. locale=en
“O futuro terá empregos ainda não criados, com tecnologias ainda não inventadas, procurando a resolução de problemas que ainda se desconhecem”
“GOOD PEOPLE ATTRACT GOOD PEOPLE TO MAKE GOOD BUSINESS”
acaso) no meu percurso. Faço parte de um grupo de mulheres empreendedoras e um dia, uma delas, que ia abrir uma agência imobiliária, perguntou-me se eu conhecia alguém interessado no ramo. Depois de pensar um pouco, decidi que eu mesma podia experi mentar, e aqui estou desde 2014, na JLL desde 2019.
“Trabalhar no imobiliário é desafiarmo-nos constantemente e fazer magia na nossa vida e na vida das pessoas. Eu sou apaixonada por esta área. É maravilhoso e verdadeiramente recompensador poder contribuir para fazer a diferença na vida de alguém”
Que serviços são disponibilizados pela JLL? Considera que trabalhar nesta área, é ter nas mãos a possibilidade de realizar sonhos? Podemos dizer que é cada vez mais difícil corresponder às expeta tivas dos clientes?
Carla Sá Fernandes trabalha no ramo imobiliário e é apaixo nada pelo seu trabalho. Em entrevista, garante que as mulheres são capazes de fazer a diferença no mundo dos negócios.
Comecemos por conhecer um pouco mais sobre si. Licenciada em relações internacionais, consultora de imagem e marketing, de que forma é que chega ao ramo imobiliário?
Quando terminei a faculdade ingressei na Indústria Farmacêutica onde estive 16 anos, na área comercial. Em 2013, quando deixei esta empresa, decidi experimentar uma área que sempre me apaixonou - a moda - e assim foi. Concluí o curso de Costura, Consultadoria de Imagem. Na minha opi nião, todos nós somos uma “ferramenta de marketing”, por isso, porque não sobressair o que temos de melhor em nós? Quando somos bonitas por den tro, por fora brilhamos mais. A primeira impressão que causamos nos outros pode ser decisiva, e para quem lida com pessoas, como eu, é crucial.
O imobiliário apareceu por acaso (ou não, porque nada na vida é por
A JLL distingue-se por ser a única empresa inter nacional a operar diretamente em Portugal. É uma Multinacional com mais de 200 anos, cotada em bolsa e que em Portugal está há cerca de 25 anos. Estamos em todos os segmentos e criamos valor em toda a cadeia do imobiliário. É este serviço inte grado que oferecemos aos nossos clientes. Estamos presentes em mais de 80 países e temos mais de 300 escritórios espalhados pelo mundo. Para além disso, a nossa forma de estar no mercado tem-nos con cedido o reconhecimento de há mais de 14 anos sermos a 5ª empresa mais ética para se trabalhar, no mundo. Temos mais de 3.000 parceiros nacionais e internacionais, e muitos clientes que só trabalham com a JLL no mundo inteiro.
Trabalhar no imobiliário é desafiarmo-nos cons tantemente e fazer magia na nossa vida e na vida das pessoas. Eu sou apaixonada por esta área. É maravilhoso e verdadeiramente recompensador poder contribuir para fazer a diferença na vida de alguém - seja porque vai fazer um investimento puro e duro, ou porque compra a casa dos seus
Carla Sá Fernandes, Consultora Imobiliáriasonhos. É fundamental e única, a parceria que se cria entre Consultor e Cliente, sendo a confiança o ponto chave deste negócio. Muitas relações ficam para a vida.
Na minha opinião, os clientes estão cada vez mais bem informados e quando tomam a decisão de comprar, a maior parte sabe exatamente o que quer. São exigentes, querem qua lidade no serviço, respostas rápidas e assertivas. É aqui que um consultor se deve distinguir e fazer a diferença.
Tenho clientes que compram à distância e não conhecem bem o mercado nacional, o que me dá uma grande responsabi lidade na hora da decisão.
Como é que avalia a atualidade do mercado imobiliário em Portugal? Que conselhos gostaria de deixar a quem se encontra à procura de casa e porque é que devem escolher a JLL para os ajudar?
Portugal tem-se mostrado um país especialmente interessante para investidores portugueses e estrangeiros.
Cada vez mais a casa é usada não apenas como morada habita cional, mas também como escritório, como destino de férias, ou como residência partilhada por estudantes.
Portugal tem ganho vários prémios internacionais e é um dos países mais seguros do mundo, muito forte na tecnologia e na inovação. Temos um excelente clima, segurança, sistema de saúde e educação e é um dos países do mundo que oferece a melhor qualidade de vida. Esses são apenas alguns dos fatores que estão a impulsionar o mercado residencial e essa tendência deve conti nuar no futuro.
Porquê a JLL? Porque prestamos um serviço integrado 360º aos nossos clientes; investimos como nenhuma outra empresa do ramo imobiliário a operar em Portugal em Marketing; e trabalha mos com todos os players do mercado.
Que características a definem enquanto mulher e profissio nal? Acredita que as mulheres podem ser uma mais-valia para o mundo dos negócios? Que palavras gostaria de deixar àquelas que ambicionam fazer um percurso semelhante ao seu?
Considero-me uma mulher profissional aguerrida e apaixo nada pela vida e pelo que faço, com uma grande capacidade de adaptação às mudanças e sem medo do desconhecido. Sou uma mulher de “pessoas”.
As mulheres têm em si uma magia intrínseca que começa logo por conseguirem fazer várias coisas - e bem - ao mesmo tempo. Ao aliarem a parte emocional à racional conseguem ter uma melhor visão dos acontecimentos.
Transportando a mais-valia das mulheres para o ramo imobi liário diria que hoje já não se compra betão ao metro quadrado; compram-se habitats, estilos de vida e ambições - e é aqui que uma mulher faz a diferença no mundo dos negócios.
Acreditar em nós, nunca desistir, trabalhar arduamente, ser humildes e focadas são os meus conselhos. Mesmo nos momen tos menos bons, acreditar que nada na vida acontece por acaso!
E relativamente ao futuro, que metas tem traçadas?
Enquanto mulher apaixonada e empreendedora, espero
continuar a fazer “magia” na vida dos meus clientes e na JLL, onde me sinto “em casa”.
Tenho o privilégio de trabalhar com profissionais que me fazem crescer pessoal e profissionalmente, o que é bastante enriquecedor. Como estou constantemente a pensar em novas oportunida des de negócio, quem sabe paralelamente um outro.
“Considero-me uma mulher profissional aguerrida e apaixonada pela vida e pelo que faço, com uma grande capacidade de adaptação às mudanças e sem medo do desconhecido. Sou uma mulher de pessoas”
“O MEDO LIMITA, MAS É PRECISO ARRISCAR”
Raquel Côrte-Real fundou a Côrte-Real Laser em 2018 e, desde então, não parou de evoluir. Hoje é formadora e inspira outras mulheres que querem crescer na área da estética.
Comecemos por falar um pouco sobre si. Como é que descreve o seu percurso profissional? Em que momento da sua vida surge a Côrte-Real Laser?
Estive ligada à área comercial durante muitos anos. Mais tarde, acabei por começar a trabalhar numa empresa de estética, enquanto representante comercial. Foi uma área que despertou o meu interesse, mas acabei por sair, ingressando numa outra empresa, especializada em cabelo. Não me identifiquei com este trabalho e percebi que deveria voltar para a área da estética. A partir desse momento, iniciei a minha formação profissional e decidi abrir o meu próprio negócio, a Côrte-Real Laser. Estabeleci alguns protocolos com escolas de formação, tornando-me também formadora, especializada em Aparatologia. Fui mantendo o meu negócio e em dois anos, o crescimento foi constante, obrigando-me à mudança de espaço duas vezes. Neste momento, estamos situados em Loulé, num estabelecimento com cerca de 200 metros quadrados.
A Côrte-Real Laser é um dos principais fornecedores de equipamentos de Aparatologia Estética e de Produtos Dermocosméticos de alta qualidade na região do Algarve. Há planos para alargar a área de atuação? Para além destes, que tipo de serviços disponibilizam aos clientes?
De facto, nós disponibilizamos a venda e o aluguer de equipamentos de Aparatologia. Sentimos que as nossas formandas, muitas vezes, têm alguma dificuldade em adquirir esses equipamentos, porque é um grande
investimento e, por isso, temo-los aqui disponíveis para aluguer, sendo-lhes assim possível prestar o serviço às suas próprias clientes, sem que para tal tenham de fazer grandes esforços. No que diz respeito à venda, atuamos apenas na zona do Algarve até ao Alentejo. Neste momento, não pretendemos alargar mais essa área de atuação, pois queremos manter o serviço de pós-venda com qualidade, mas isso não significa que no futuro isso não possa acontecer. Nós fornecemos uma série de tratamentos, como epilação a laser, tratamentos para gordura localizada, fungos e micoses, limpezas de pele, remoção de tatuagens. Ainda providenciamos material médico-hospitalar para várias instituições, como instrumentos cirúrgicos, descartáveis e desinfetantes. Para além disso, oferecemos formação em todos estas atividades. Tentamos sempre fazer o melhor acompanhamento possível às nossas clientes e é também por isso que nos distinguimos das restantes marcas presentes no mercado.
Que significado têm para si os sucessos profissionais, a evolução na sua carreira e o facto de se destacar enquanto líder, empresária e formadora?
Representa um grande desenvolvimento pessoal e é um reflexo das minhas conquistas. Trabalhei muito para chegar aqui e sou uma mulher realizada. O meu trabalho preenche-me e tenho o sentimento de missão cumprida. Gostava de deixar um legado e sentir que o esforço valeu a pena. Tenho a consciência tranquila e posso dizer que não tenho concorrência, porque ninguém faz o que eu faço, no que diz respeito à dedicação para com as minhas clientes e formandas.
Acredita que as mulheres possuem características diferenciadoras enquanto líderes? Que palavras gostaria de dirigir às mulheres que possam ver a Raquel como um exemplo?
308
Desde que estou no mundo dos negócios sinto que, enquanto líderes, as mulheres têm sempre mais a provar do que os homens. Acredito que temos de ser muito determinadas, persistentes e ter muita força de vontade. Acima de tudo, é importante não desistir, e acho que as mulheres têm essa capacidade. Se pudesse deixar um conselho, diria para lutarem por um propósito. Cada vez mais devemos seguir a nossa intuição, não pensar na opinião dos outros e sair da nossa zona de conforto. O medo limita, mas é preciso arriscar e foi isso que eu fiz.
Raquel Côrte-Real, FundadoraPIAM NO MERCADO IBÉRICO
Não obstante esta reduzida, mas sustentada, prevalência, Portu gal e Espanha são, ao dia de hoje, países de excelência e pioneiros na investigação, diagnóstico e tratamento deste tipo de doenças.
Neste sentido, a PIAM, sendo uma das empresas de maior notoriedade no mundo das DR, não podia ficar indiferente aos doentes da Península Ibérica, tendo, assim, decidido estar presente e ampliar o seu compromisso no tratamento destas doenças de alto impacto social.
A expansão da PIAM na Península Ibérica resulta do compro misso criado entre o laboratório e a sociedade, nomeadamente para com os doentes raros. Tendo como premissa a ideia de que cada doente tem direito ao melhor tratamento possível, este tipo de doentes estão no topo das nossas prioridades. Acreditamos que a expansão da companhia irá contribuir de forma bastante positiva na comunidade médica e, consequentemente, na qualidade de vida dos doentes, através da oferta de maiores e melhores soluções e diferentes abordagens terapêuticas.
Para além do seu core business se focar nas DR, há ainda outras áreas terapêuticas a que a Companhia se dedica?
O DNA da PIAM está assente em diferentes valores: a exce lência, a responsabilidade, a competência e a continuidade. Esta companhia, fundada em 1915 para comercializar a primeira vacina eficaz contra a tuberculose, foi evoluindo ao longo do tempo. Como tal, e mantendo-se fiel aos seus valores, procurou sempre focar-se nas principais necessidades de saúde e bem-estar da população. Nesta perspetiva, para além das DR, o laboratório tem vindo a especializar-se em áreas terapêuticas caracterizadas por uma elevada complexidade e uma forte necessidade médica, como as cardiome tabólicas, neuro-geriátricas, oxidação celular, entre outras. Assim, a PIAM procura ter um papel ativo em áreas terapêuticas emergentes através da oferta de vários medicamentos caracterizados por serem soluções inovadoras, designadamente em doenças altamente com plexas e comnecessidades médicas não atendidas.
João Roxo, Head of Rare Diseases, alerta para o facto de as doenças raras serem cada vez mais motivo de preo cupação e explica a que se deve a entrada da PIAM na Península Ibérica.
A PIAM, farmacêutica líder no tratamento das Doenças Raras (DR) em Itália, está prestes a oficializar a sua entrada no mercado ibérico. O que levou esta multinacional a querer expandir-se para o nosso país?
Importa primeiramente referir que as DR são cada vez mais um motivo de preocupação e estudo para a comunidade científica e para a sociedade em geral, uma vez que são patologias, na sua maioria, debilitantes, incapacitantes, potencialmente letais e extremamente complexas de gerir e tratar. Por terem menor prevalência, suscitam pouco interesse e atenção em comparação com outras doenças que despertam maior interesse científico e económico.
Recentemente, a companhia decidiu expandir as suas áreas terapêuticas, tendo passado a incluir no seu portfólio suplementos alimentares de uso médico. Estes suplementos de fins medicinais são produtos destinados ao tratamento dietético de doentes raros, que estão impossibilitados de utilizar alimentos comuns para satis fazer as suas necessidades nutricionais. Deste modo, face ao com promisso assumido pela PIAM para com este tipo de doentes, esta desenvolveu uma linha nutricional especializada: a MEDIFOOD. Coerente com a missão da empresa no tratamento de DR ou de menor prevalência, a MEDIFOOD destina-se essencialmente a doenças metabólicas congénitas de crianças e adultos, apresentando soluções originais e personalizadas, consoante a necessidade indi vidual do doente, as fases da sua vida e os momentos do seu dia.
A Investigação & Desenvolvimento (I&D) em novos fár macos tem-se tornado uma das grandes apostas da indústria farmacêutica. De que forma a PIAM IBERIA espera acompanhar esta tendência?
Sem dúvida, tal aposta trata-se de uma tendência crescente que, “obrigatoriamente”, a companhia terá de acompanhar ao longo dos próximos anos para que continue a estar presente no mercado e próxima dos doentes.
A importância de introdução de novos fármacos é uma das
grandes ambições da PIAM, não só em Portugal, mas também a nível global. A aposta estratégica em programas de investigação, bem como em parcerias com outras empresas, centros de investigação e expertise, constitui um compromisso criado entre a companhia e a sociedade, sendo tal uma premissa fundamental para o desenvolvimento de novos tratamentos.
A importância da I&D justifica-se pelo compromisso com o rigor científico e competências clínicas, o que permite (i) desenvolver novos tratamentos e abordagens, (ii) fazer com que continue a contar no seu pipeline com produtos inovadores e de excelência, (iii) apoiar famílias afetadas e (iv) pesquisar e desenvolver novas terapias, gerando e partilhando, deste modo, conhecimento em toda a comunidade médica.
Do universo das DR fazem parte milhares de patologias, a que se somam todos os anos outras que, entretanto, se vão descobrindo. Cerca de 6% da população em Portugal é afetada por estas patologias, acarretando um peso social e emocional para os doentes e familiares. Tendo em conta esta realidade, que papel e impacto terá a PIAM Iberia na sociedade?
Infelizmente e, a meu ver, a sociedade ainda não tem um papel totalmente inclusivo perante este tipo de doenças e respetivos doentes. Assim, considero que a integração do doente na sociedade e o papel que esta terá de ter perante os 6% da população com DR, são dos temas mais pertinentes a debater e dinamizar a curto prazo.
O foco que a PIAM tem e terá na sociedade e, naturalmente, o seu envolvimento com ela, é um fator decisivo para garantir o acesso dos seus medicamentos ao doente. O nosso grande desafio prende-se precisamente com a responsabilidade que temos no nosso envolvimento com os doentes.
A companhia encontra-se focada nesta missão para que, em
conjunto com as entidades públicas e privadas, de cariz regulamentar (nomeadamente, INFARMED, Ministério da Saúde, Agência Europeia do Medicamento, DGAV) ou político-social, consiga garantir equidade e acesso aos medicamentos de todos os doentes raros em Portugal e Espanha.
A gestão das doenças, a consciencialização e treino das mesmas no desenvolvimento de novas guidelines de diagnóstico e cuidados clínicos é atualmente um objetivo a que nos propomos enquanto companhia farmacêutica. Para tal, o papel da PIAM será igualmente o de compreender as necessidades dos diferentes intervenientes em saúde e ajudar a desenvolver soluções para uma melhor gestão do paciente, desde o diagnóstico até ao tratamento. Cremos que a consciencialização e difusão de informação são fundamentais para o sucesso e aproximação do doente à sociedade.
Não menos importante é o trabalho personalizado que exercemos junto das Sociedade Médicas e Associações de Doentes em Portugal e na Europa, o qual constitui uma das peças-chave da integração e aceitação do doente com patologia rara na sociedade. Propomo-nos, igualmente, a exercer um papel de suporte e apoio a estes grupos de pacientes, aproximando-os e incluindo-os.
A nível nacional e internacional são vastos, contínuos e em número crescente, os projetos em que a PIAM está envolvida, alguns deles de muito sucesso, nomeadamente na área metabólica. O impacto da companhia na sociedade passa, desta forma, por continuar a apoiar estas sociedades e associações, mas também pela criação de novas entidades e grupos de discussão que possam gerar maior partilha de experiências.
Não obstante verificar-se uma evolução sistemática e progressiva nas mais diversas abordagens terapêuticas, por onde passa o sucesso e qual a importância do doente raro para a PIAM na sociedade em que se insere?
A medicina e as terapias encontram-se em evolução constante. Caminhamos cada vez mais para abordagens terapêuticas on time e personalizadas, tendo sido até nesta perspetiva que surgiu o novo conceito de Medicina Personalizada, o qual é muito usado e aplicado em DR.
Enquanto companhia farmacêutica, a nossa responsabili dade e função será sempre numa perspetiva de integração e de encontro do equilíbrio entre as diferentes entidades e associações envolvidas dos diferentes quadrantes e contextos sociais, fun cionando como “ponte comum” entre todas elas. Este trabalho multidisciplinar que desempenhamos tem como ambição não só gerar mais conhecimento e rigor científico, como também fomentar a união e maximizar a fluidez de comunicação de
toda a rede de saúde, quer em Portugal, quer a nível europeu.
A importância que o doente representa para a PIAM rela ciona-se igualmente com a aposta da companhia na introdução de novos fármacos no mercado, através de programas de inves tigação, bem como de parcerias estratégicas com centros de estudo e de referência. Este compromisso criado entre a PIAM e a sociedade, o qual corresponde a um princípio fundamental para o desenvolvimento e sucesso do tratamento das doenças raras, é o nosso foco. Assim, o doente será sempre o elemento principal nesta dinâmica.
O caminho e o sucesso do doente raro na sociedade está sempre correlacionado com a inovação, com o desenvolvimento terapêutico e com uma comunicação direta e indireta de dife rentes players da sociedade.
Em suma, a PIAM, acreditando que o sucesso do doente raro na sociedade passa pelo esforço e resultado das dinâmicas de diferentes equipas multidisciplinares, pretende ser um player da saúde ativo e dinâmico na consciencialização e investigação de DR, assim como nas suas abordagens terapêuticas.
A consciencialização da sociedade para a importância das DR passa certamente por um envolvimento alargado da comunidade médica e farmacêutica, mas também pela difusão e promoção de informação e conhecimento sobre este tipo de patologias. Que eventos com relevância nas DR estão previstos proximamente?
Tal como já antecipado, a consciencialização e difusão de informação são fundamentais para o sucesso e aproximação do doente à sociedade.
Clínica e socialmente, o trabalho personalizado que exerce mos junto das Sociedade Médicas e Associações de Doentes em Portugal e na Europa constitui uma das peças-chave da inte gração e aceitação do doente com patologia rara na sociedade. A nível nacional e internacional, são vastos, contínuos e em número crescente, os projetos em que a PIAM está envolvida.
O futuro das DR e da companhia passa não só por continuar a apoiar diretamente estas sociedades, associações e grupos de pacientes, aproximando-os, incluindo-os, mas também, pela criação de novas entidades e grupos de discussão que possam gerar não só uma maior partilha de experiências, como também um enriquecimento do conhecimento das mesmas. Este trabalho multidisciplinar tem igualmente como ambição maximizar a fluidez de comunicação de toda a rede de saúde em Portugal.
Assim, a PIAM tem um papel preponderante em eventos nacio nais e internacionais de Doenças Raras, em conjunto com a comu nidade médico-farmacêutica e restantes intervenientes, estando presente em congressos médicos e fóruns de discussão clínica.
A título de exemplo, durante este mês de outubro, a compa nhia irá organizar, em Itália, uma Reunião Clínica Internacio nal, com um comité cientifico de excelência, na área das DR. O objetivo desta expert meeting é partilhar conhecimentos, experiências, debater, criar e estabelecer novas guidelines e metas na gestão deste tipo de patologias, nomeadamente em Portugal e Espanha. Além de congressos médicos internacionais, em que naturalmente a PIAM estará presente, esta irá igualmente estar envolvida, este mês, numa reunião internacional de doentes raros que irá decorrer em Sevilha.
Conheça a António Gaspar - Physio Therapy & Perfomance, através das palavras do seu fundador António Gaspar. Localizada em Linda-a-Velha, esta clínica, mais do que dedicar-se à Fisioterapia, procura trabalhar a motivação, a superação e as conquistas individuais, apoiando-se numa equipa altamente qualificada para esse efeito.
UMA ABORDAGEM HOLÍSTICA
MATERIALIZADA
António Gaspar, Fisioterapeuta e FundadorA António Gaspar - Physio Therapy & Performance® é uma reconhecida clínica especializada em Fisioterapia e Medicina Desportiva. Quando surgiu a clínica e onde está localizada?
A António Gaspar - Physio Therapy & Performance ® está desde 2018 em Linda-a-Velha (Oeiras, Lisboa) e é um espaço que criei para reforçar a proximidade sob o mote de em cada cliente um amigo. Depois de mais de 30 anos na prática clínica e no desporto de alto rendimento, imaginei este espaço com uma equipa renovada, tecnicamente desenvolvida e humana, que tivesse à sua disposição equipamentos inovadores e diferenciadores. O objetivo passaria sempre por poder aplicar abordagens clínicas alicerçadas em boas práticas e na melhor evidência científica de forma a garantir trata mentos eficientes e que vão ao encontro das verdadeiras necessidades de quem nos procura.
Dia Mundial da Fisioterapia
Instituído pela Confederação Mundial de Fisioterapia (WCPT - World Confederation for Physical Therapy ) em 1996, o Dia Mundial da Fisioterapia assinala-se a 8 de setembro.
Este é dia para marcar a unidade e solidariedade da comunidade de Fisioterapeutas e é uma oportunidade de reconhecer o trabalho que estes profissionais fazem por quem os procura. O Fisioterapeuta intervém em áreas como a musculoesquelética, cardiorrespiratória e neuromuscular, mas também em áreas emergentes como Saúde Pélvica e Saúde Mental. É o profissional com capacidade de devolver à pessoa a sua capacidade motora, funcionalidade e auto nomia através de um conjunto de estratégias desde terapia manual, educação e promoção de atividade física e exercício.
Este ano, sob o tema da Osteoartrose - condição que afeta 500 milhões de pessoas em todo o mundo - hospitais, clínicas e instituições em Portugal organizaram atividades de promoção de literacia em saúde, apresentações sobre a inter venção da Fisioterapia na condição, entre outras atividades.
A clínica distingue-se pela multidisciplinaridade e comple mentaridade de diversas terapias aliadas à Fisioterapia. Em que consiste e como se processa essa complementaridade?
O core business da António Gaspar - Physio Therapy & Performance® é a Fisioterapia, nomeadamente na área múscu lo-esquelética, traumatologia e ortopedia, naturalmente pela experiência que fui adquirindo e pelo reconhecimento que as pessoas que me procuram há anos me atribuem.
Considero que este espaço reúne condições para oferecer mos áreas dentro da Fisioterapia, fora da músculo-esquelética, e algumas já oferecemos, como: Reeducação Postural Global, Pilates Clínico, Saúde Pélvica, Treino Personalizado, entre outros. Estas áreas complementam ou abrem caminho para encaminhar os clientes, numa metodologia em que há partilha entre todos os elementos da equipa, numa verdadeira aborda gem multidisciplinar.
Estamos a trabalhar para que num futuro possamos oferecer na António Gaspar - Physio Therapy & Performance® servi ços complementares, em áreas e abordagens médicas e clínicas diferenciadoras que façam real diferença no resultado final da saúde e bem-estar.
Para que os pacientes regressem à sua melhor condição, há todo um trabalho de reabilitação física. Para além deste, há também algum acompanhamento psicológico?
Cada vez mais considero que quem chega até nós deve usufruir de uma abordagem holística materializada num pro grama em que cada valência contribui para aquele caso clínico.
A título de exemplo, há condições na área músculo-esquelética
mais prováveis de se desenvolverem em pessoas obesas, como é o caso da osteoartrose. Casos de obesidade podem ter uma componente psicológica que contribui para o distúrbio que conduz ao excesso de peso. Pode compreender-se com facili dade a importância de integrarmos o paciente num programa a que ele atribua valor e reconheça que o trabalho de reabilita ção pode ser potenciado, ou condicionado, se seguir, ou não, as recomendações.
A parte psicológica não deve ser desconsiderada em pro gramas de reabilitação física, seja por meio da confiança que o Fisioterapeuta imprime à pessoa pela exposição gradual ao exercício, pela capacitação da funcionalidade ou então por meio de acompanhamento profissional com o Psicólogo.
O António Gaspar é um profissional com um percurso singular de mais de 30 anos de experiência tendo passado pelo Sport Lisboa e Benfica e sendo agora fisioterapeuta da Seleção Nacional de Futebol A desde 2000. Que importância tem tido o desporto de alta competição nesta sua caminhada?
O estar ligado ao desporto de alta competição obrigou-me a ter uma exigência pessoal e profissional em termos de aquisição de competências e na forma a fazer sempre um trabalho de excelên cia com as equipas, como nos é exigido diariamente.
Por outro lado, dotou-me de capacidades que trouxe para os meus projetos com uma visão de tratar todos como se fossem atletas. Todos têm as suas particularidades e esperam do nosso atendimento nada menos que eficácia, dedicação e profissiona lismo para resolver os seus problemas a tempo de entrarem na ‘próxima convocatória’.
Iniciou a sua atividade profissional como fisioterapeuta numa clínica privada, a Climerset, em 1985.
Em 1987, posicionou-se no primeiro lugar do concurso de acesso aos hospitais civis, que lhe valeu a entrada para o Hospital de Santo António dos Capuchos . Aí manteve funções até 1995.
Na época 1988/89 foi fisioterapeuta da Seleção Nacional de Cadetes Femininos de Basquetebol.
Em 1990, torna-se fisioterapeuta da equipa principal do Sport Lisboa e Benfica, função que exerceu durante 13 anos.
Em 1998, fundou o seu primeiro projeto privado, onde esteve durante 18 anos.
No ano de 2000, torna-se fisioterapeuta da Seleção Nacio nal A da Federação Portuguesa de Futebol, função que ainda mantém, tendo estado presente em seis campeonatos europeus e cinco mundiais.
Em 2003, é convidado a lecionar a cadeira de Fisioterapia no Desporto na Escola Superior de Saúde Egas Moniz, da qual foi regente até ao ano letivo de 2018.
No ano de 2004, que ficou na memória de tantos portugueses, Portugal organiza o Campeonato Europeu de Futebol e a Seleção A chega à final. Na sequência deste feito, e na qualidade de fisioterapeuta da Seleção A, António Gaspar foi distinguido com o grau Comendador da Ordem de Mérit o pelo então Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio .
Em 2016, António Gaspar tem um dos pontos mais altos da sua carreira ao integrar a equipa que conquista o Campeo nato Europeu de Futebol, em França
Em 2018, dá mais um grande passo na sua carreira e funda a António Gaspar - Physio Therapy & Performance, localizada em Linda-a-Velha
No ano seguinte, ao serviço da Seleção Nacional de Fute bol, integra a equipa que conquista a UEFA Nations League
Desde 2021, desempenha funções como Presidente do Conselho Consultivo do centro Garcia de Orta.
Com mais de três décadas no ativo, que diferenças vê entre a Fisioterapia praticada no final dos anos 80 e a atual, e que desafios se poderão colocar à disciplina num futuro próximo?
Desde os anos 80 até aos dias de hoje, a Fisioterapia desenvol veu-se de uma forma consistente e regular, muito pelo trabalho dos próprios profissionais que se foram diferenciando, aprofundando e produzindo conhecimento próprio desta área. Comparativamente ao início da minha carreira profissional, o Fisioterapeuta conseguiu ganhar um espaço, junto das outras áreas da saúde e profissões, para, em igualdade de circunstâncias, discutir abordagens clínicas e tera pêuticas e ser uma voz cada vez mais presente numa abordagem de equipa. À parte destas questões de reconhecimento da profissão, tem havido um grande desenvolvimento dos equipamentos e técnicas dos quais fazemos uso. Esse progresso todo, à velocidade a que acontece, nem sempre é fácil de acompanhar, o que obriga os profissionais a uma frequente renovação de conhecimentos e competências por via autónoma ou de formação complementar. Essa capacitação técnica e reconhecimento crescentes também nos responsabilizam mais sobre os nossos doentes que cada vez são mais informados e claros no que pretendem, o que constitui por si um desafio.
No passado dia 8 de setembro assinalou-se o Dia Mundial da Fisioterapia. Portugal assiste a uma acelerada alteração do perfil demográfico com o envelhecimento da sua população. Que relevância tem a Fisioterapia neste contexto?
Um dos principais problemas a afetar a população mais velha, que é já considerado um problema de saúde pública e um dos principais causadores de morte prematura são as quedas.
Os Fisioterapeutas, integrados numa equipa interdisciplinar, são membros ativos desde logo na promoção da literacia em saúde de familiares e cuidadores. Devem sensibilizar para a análise do historial de queda anterior, da marcha sem levantar os pés e das perturbações no equilíbrio. Em termos de intervenção, conside rando que tendencialmente esta população tem comportamentos sedentários, de posturas deitadas e sentadas mantidas, o Fisiote rapeuta deve ser promotor de movimento antes de se pensar no exercício e atividade física.
Aproveitando as celebrações do Dia Mundial da Fisioterapia, tenho que sublinhar o trabalho na prevenção e intervenção, com uma prática alicerçada na promoção de exercício em condições de osteoartrose, tema da efeméride deste ano, que afeta mundial mente 500 milhões de pessoas.
António Gaspar, Fisioterapeuta e FundadorDIA MUNDIAL DA DERMATITE ATÓPICA
Assinalou-se a 14 de setembro, o Dia Mundial da Dermatite Atópica.
Esta iniciativa foi criada com o objetivo de sensibilizar e consciencializar a opinião pública para a Dermatite Atópica moderada a grave, uma doença crónica que afeta 4.4% da população europeia e 10 a 20% da população infantil a nível mundial. Esta iniciativa pretende ainda alertar para o impacto da Dermatite Atópica na saúde física e psicológica dos doentes, em particular dos adolescentes.
A Dermatite Atópica é uma doença crónica que causa inflamação da pele. A pele torna-se seca, ou seja, tem falta de lípidos (gordura). A pele fica com uma sensação de desconforto, rigidez e formam-se placas que causam muito prurido (comichão), cuja intensidade é variável (normalmente piora à noite), e conduz à coceira compulsiva, o que pode levar à formação de feridas. Os principais fatores que agravam o prurido são o calor, suor, contacto com irritantes (por exemplo vestuário com fibra ou lã), o stress emocional, as infeções das vias aéreas e alguns alimentos. É uma doença benigna e não contagiosa, mas é complexa, podendo alterar muito a qualidade de vida, afetando atividades como o sono, trabalho, estudo, entre outros. Os sintomas de dermatite atópica, também conhecida como eczema atópico, podem acontecer em qualquer pessoa, mas são mais comuns em bebés e crianças até aos 5 anos.
Esta inflamação da pele pode ser desencadeada por uma combinação de fatores, tendo uma forte interação entre genética e fatores ambientais. Os locais mais afetados variam de acordo com a idade, sendo mais comum nas dobras dos braços e joelhos, podendo, também, aparecer nas bochechas e junto às orelhas dos bebés, ou no pescoço, e, nos adultos, nas mãos, pés e rosto, principalmente nas pálpebras, e nos casos graves pode ocorrer eritrodermia generalizada (pele vermelha e descamativa).
Apesar de não ter cura, a Dermatite Atópica pode ser tratada com medicamentos (remédios) em forma de pomada, com aplicação nos locais afetados, contendo cortisona ou inibidores da calcineurina (tacrolimus e pimecrolimus), mas sempre de acordo com a orientação do médico. É muito importante manter sempre a pele bem hidratada, com muito creme, sendo também importante identificar o fator responsável por estimular os sintomas.
Principais sintomas
Os principais sintomas da Dermatite Atópica são a pele seca e a comichão, especialmente nas mãos, cotovelos, pescoço, parte de trás do joelho e/ou tornozelos.
No entanto, podem surgir outros sintomas como:
• Inchaço na pele
• Vermelhidão
• Descamação da pele, devido à secura
• Formação de feridas, devido ao ato de coçar constantemente
• Mudança na cor de uma área da pele, que pode ficar mais clara ou mais escura que o normal.
Algumas das dicas para manter a Dermatite Atópica mais controlada:
1. Banho diário curto (5-10 minutos no máximo) com água morna (30-33ºC)
2. Usar sabonetes sem fragrâncias
3. Secar sem esfregar, com tapinhas
4. Hidratação após o banho e quantas vezes forem necessárias. Aplicar logo após o banho (não mais de 3 minutos depois), antes que a pele fique completamente seca
5. Usar em áreas lesionadas emolientes que promovem a cicatrização e a reparação da pele
6. Usar roupas de algodão. Evitar fibras sintéticas e de lã. Evitar também roupas apertadas. Cortar etiquetas das peças de roupa
7. Evitar amaciador na máquina de lavar
8. Para limpar o rabinho do bebé usar água e sabão sempre que possível. No caso de usar lenços humedecidos, é melhor que sejam com alta percentagem de água
9. Alimentos ácidos às vezes podem piorar a dermatite perioral (inflamação da pele que surge à volta da boca)
10. Hidratar a zona perioral com cremes específicos
11. Evitar fumar dentro de casa ou perto da criança; o fumo pode irritar a pele
12. Ter a casa bem ventilada; evitar ambientes secos
13. Cortar as unhas curtas para evitar feridas ou infeções ao coçar
14. Em caso de coceira intensa poder-se-á recorrer ao spray de névoa. Um truque é mantê-lo no frigorífico para que fique mais fresco
15. Evitar possíveis alérgenos ambientais: poeira, animais e plantas.
Marque uma consulta com o alergologista ou dermatologista. Eles podem orientá-lo no controlo da doença, oferecer opções de tratamento e pô-lo em contacto com grupos de apoio e organizações de pacientes.
DIA MUNDIAL DA VISÃO
ASSINALA-SE NA SEGUNDA QUINTA-FEIRA DE OUTUBRO, PRÓXIMO DIA 13
O Dia Mundial da Visão é considerado a data mais importante na área da Saúde da Visão. É uma iniciativa conjunta da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da International Agency for the Prevention of Blindness (Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira).
A OMS considera que 80 % de todas as causas de deficiência visual são evitáveis ou podem ser tratáveis mediante prevenção adequada.
Os dados apresentados pela OMS referem que 36 milhões têm cegueira e 217 milhões têm comprometimento moderado ou grave da visão, perfazendo um total de 253 milhões de pessoas com deficiência visual.
Em Portugal, estima-se que as alterações da visão afetem cerca de metade da população e que perto de 20 % das crianças, tal como 50 % dos adultos, sofram de erros refrativos significativos.
A retinopatia diabética e a ambliopia nas crianças são duas situações passiveis de prevenção e deteção precoce, bem como de tratamento oftalmológico e recuperação.
Fonte: SNSPrograma Nacional da Saúde da Visão
O Programa Nacional para a Saúde da Visão aplica-se, fundamentalmente, através da implementação de estratégias de intervenção e do desenvolvimento de planos a nível nacional integrados, os quais devem ser replicados e adequados regionalmente, tendo em conta as especificidades e os recursos locais existentes a fim de melhorar o acesso universal da população aos cuidados de saúde visual.
Os défices visuais corrigíveis, quando não diagnosticados atempadamente, constituem um importante problema de saúde pública, claramente identificado no Plano Nacional de Saúde, e que fundamenta a necessidade do presente Programa Nacional para a Saúde da Visão. Este programa vem na sequência do anterior que, foi elaborado por um conjunto de especialistas, nomeadamente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia. O sentido da visão possui um elevado significado social, representando um meio de comunicação fundamental para a relação entre as pessoas e para a atividade profissional.
Sabe-se, hoje, que mais importante do que a acuidade visual em si mesma é o modo como cada pessoa utiliza a visão que possui, ou seja,
a sua visão funcional, e que existem medidas suscetíveis de a melhorar.
Sabe-se, ainda, que a visão deve ser preservada desde o nascimento, sendo imperativo prevenir e tratar a doença visual, a qual provoca, sempre, diminuição da qualidade de vida, com repercussão negativa a nível pessoal, familiar e profissional, para além de causar elevados custos sociais.
No entanto, as doenças dos olhos e do sistema visual são extremamente frequentes na população em geral, sendo o envelhecimento progressivo da população portuguesa um dos fatores que mais contribuiu para esta situação. A evolução tecnológica em geral, e das ciências médicas em particular, permite num elevado número de pessoas melhorar a acuidade visual e evitar a cegueira. De facto, uma melhor informação da população, associada aos enormes avanços que se foram conquistando nos últimos anos em matéria de diagnóstico e tratamento das doenças oftalmológicas, possibilita, hoje, a prevenção e o tratamento de doenças consideradas incuráveis há alguns anos. Embora a Oftalmologia, em Portugal, tenha tradições reconhecidas e se caracterize por elevado nível de qualidade científica, torna-se indispensável, para a potenciar, que se desenvolva o Programa Nacional para a Saúde da Visão e a Rede Nacional de Referenciação em Oftalmologia já existente, no sentido do melhor aproveitamento do que há, oferecendo condições apropriadas para o crescimento do que é excelente, preenchendo lacunas e reduzindo desigualdades, através da melhoria do acesso e equidade nesta área específica da prestação de cuidados de saúde. O Programa Nacional para a Saúde da Visão aplica-se, fundamentalmente, através da implementação de estratégias de intervenção do desenvolvimento de planos a nível nacional, os quais deverão sofrer replicação e adequação regional, tendo em conta as especificidades e os recursos locais existentes. Para concretizar estas estratégias, a Direção-Geral da Saúde constitui, no âmbito do Programa, um Comité Científico composto por representantes da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, da Ordem dos Médicos, da Ordem dos Enfermeiros, do ensino universitário de Oftalmologia, sem prejuízo de fazer recurso das necessárias colaborações científicas e técnicas de outras instituições e entidades, como as associações de doentes. As estratégias de intervenção consignadas no Programa Nacional para a Saúde da Visão devem ser operacionalizadas em interceção e complementaridade com outros programas de saúde integrados no Plano Nacional de Saúde, nomeadamente, Programa Nacional de Educação para a Saúde, Literacia e Autocuidado e Programa Nacional de Prevenção e Gestão da Doença Crónica.
Fonte: DGS
GLAUCOMA: IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
O glaucoma é a segunda principal causa mundial de cegueira, sobretudo entre a população mais idosa. A perda de visão cau sada por esta patologia pode ser evitada se a doença for diagnos ticada precocemente.
O glaucoma é uma doença do nervo ótico (neuropatia). É através do nervo ótico que as imagens chegam à retina e são posteriormente levadas até ao cérebro, onde são processadas. O glaucoma vai progressivamente danificando as fibras do nervo ótico, com o consequente desenvolvimento de pontos cegos no campo visual.
Numa forma inicial do glaucoma, a ausência de sintomas é comum. As áreas cegas só são percebidas depois de haver uma lesão significativa do nervo ótico (NO), sendo que a sua destrui ção total se traduz em cegueira.
Muito embora seja impossível atribuir uma única causa, o glaucoma tem sido associado ao achado mais frequente da doença que é o aumento da pressão intraocular. O olho produz conti nuamente um líquido transparente chamado humor aquoso. O humor aquoso assume funções importantes em termos de nutri ção e manutenção dos tecidos oculares. Uma vez formado, este líquido circula pelos tecidos intraoculares e sai do olho através de canais de drenagem. Se a área de drenagem for obstruída, a pressão do fluido dentro do olho aumenta. Existem vários tipos de glaucoma, sendo que o mais comum nos países ocidentais é o glaucoma primário de ângulo aberto (90% dos casos).
A chave para o correto diagnóstico do glaucoma passa por uma consulta com o oftalmologista e realização de exames regu lares. Além da medição da pressão intraocular (tonometria) e avaliação do nervo ótico (fundo de olho), realizados durante a consulta oftalmológica, outros exames auxiliares podem ser essenciais na investigação e seguimento desta doença.
As lesões do nervo ótico provocadas pelo glaucoma e a perda visual delas decorrente são, em geral, irreversíveis. O seu trata mento tem por objetivo controlar a doença, visando impedir a progressão destas lesões. O primeiro patamar no tratamento passa pelo uso tópico de medicação na forma de colírio (gotas), sendo que em alguns casos a utilização de mais de um colírio ou a associação com medicamento por via oral pode vir a ser necessária. Por outro lado, para que estes fármacos atuem cor retamente é imperioso o seu uso regular e contínuo. Não raras vezes e por motivos variados (ineficácia, intolerância/alergia), mudanças no tratamento têm de ser equacionadas. Com efeito, o tratamento do glaucoma exige que o doente faça uso correto da medicação receitada. Não se deve interromper os colírios ou trocar de substância, sem antes consultar o oftalmologista.
Outros tratamentos incluem procedimentos laser e cirurgia. Sendo o glaucoma, uma doença crónica e progressiva, a cirur gia não cura o glaucoma. Esta pode ter lugar quando não se alcança um controlo adequado com os medicamentos. Um pronto diagnóstico e tratamento são as chaves da prevenção de lesões ao nervo ótico. Depois de identificada a doença cabe ao oftalmologista definir a frequência com que devem ser realizadas avaliações periódicas e exames complementares, para que seja possível minimizar o impacto que uma doença avançada poderá significar em termos de limitações nas atividades da vida diária.
Dra. Ana Figueiredo (OM48676),Oftalmologista no Trofa Saúde GaiaUMA
Os nossos olhos funcionam quase como uma máquina fotográ fica. À semelhança da objetiva, nos nossos olhos existe uma lente natural (o cristalino), que foca a imagem na retina. Ao longo da vida, por norma acima dos 60 anos, o cristalino começa a perder transparência, tornando-se turvo, dando origem à Catarata.
A visão das pessoas com cataratas é pouco nítida, semelhante ao que sentimos quando estamos a andar de carro e o para-brisas embacia. Por este motivo, muitas vezes, vemos estas pessoas a tentar limpar os óculos, presumindo que é essa a causa da visão turva.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Catarata é responsável pela maioria dos casos de cegueira no mundo.
Vamos esclarecer dúvidas e alguns mitos comuns sobre a Catarata:
Mito: as cataratas podem ser prevenidas ou evitadas – é falso!
O envelhecimento é uma condição natural e o aparecimento de cataratas é universal e inevitável. Mas ter cuidado com a saúde permite-nos envelhecer melhor e mais tarde. Portanto, devemos:
• Ter uma alimentação equilibrada
• Controlar doenças associadas (ex.: diabetes)
• Utilizar óculos escuros com 100% filtro UVA/UVB quando estiver exposto ao sol.
Além do envelhecimento, a Catarata pode ter outras causas:
• Diabetes
• Consumo abusivo de álcool
• Tabagismo
• Medicamentos (ex.: Cortisona)
• Radiação UV (exposição prolongada e desprotegida ao sol)
• Traumatismos oculares
• Má nutrição grave
• Inflamações oculares
• Problemas durante a gravidez (cataratas congénitas).
Mito: deve-se deixar amadurecer as cataratas – é falso!
Mito: a cirurgia de Catarata não tem riscos – é falso!
Estes dois últimos mitos estão diretamente associados, porque adiar uma cirurgia necessária aumenta os riscos e a taxa de com plicações.
Verdade: a cirurgia da Catarata é um dos procedimentos cirúr gicos mais seguros e que mais evoluíram nos últimos anos.
Verdade: em todas as cirurgias existem riscos e potenciais complicações.
Dúvida: quando se deve operar a Catarata? Quando a Catarata começa a prejudicar a visão. A cirurgia deve ser programada e não urgente.
Consequência: adiar a cirurgia das cataratas, quando já neces sária, não resolve o problema. Pelo contrário, torna-o ainda mais complicado.
Para conseguir melhores resultados e diminuir os riscos:
1. Opere na altura certa. Não é necessário operar uma pessoa com cataratas ainda assintomáticas e que mantenha uma boa qualidade visual.
2. As cataratas operam-se quando incomodam a qualidade de visão, nem antes (porque não é necessário, desde que não existam outras patologias oculares que possam aumentar o risco da cirurgia) nem depois (porque uma Catarata madura implica riscos superiores, tornando a cirurgia tecnicamente mais exigente, com taxas de complicações mais altas).
3. Escolha um cirurgião experiente, com recurso a tecnologia de última geração. A cirurgia de Catarata pode e deve ser feita em segurança e conforto para o doente, aliada à precisão, rapidez e controlo dos tratamentos guiados por computador.
Dr. Ricardo Portugal (OM45841), Oftalmologista no Trofa Saúde GaiaOLHO SECO: COMO TRATAR
Tratamento
Existem várias opções de tratamento, dependendo da causa e da gravidade de cada caso, se as queixas têm ou não relação com alergias associadas (aí temos de tratar também a alergia). As lágrimas artificiais (hidratantes) em forma de colírio ou gel (mais viscoso), de preferência sem conservantes, devem ser usadas mediante a tolerância e conforto de cada doente. Pontualmente, pode justificar-se o recurso a corticoides, imunossupressores, soro autólogo e uso de plugs lacrimais, com bons resultados. Recentemente, e em casos selecionados, o tratamento com luz pulsada tem também indicação.
Prevenção
São atitudes preventivas:
O olho seco (ou síndrome de olho seco) afeta 20% da população e tem um impacto negativo na qualidade de vida, sendo uma das queixas que frequentemente motivam o recurso a consulta de Oftalmologia.
É uma doença multifatorial, caraterizada por instabilidade do filme lacrimal, devido a uma deficiência, em volume e função, das lágrimas ou à evaporação excessiva, afetando a integridade da superfície ocular.
Para além dos fatores referidos, existem outros associados ao aumento do risco de olho seco, como idade avançada, sexo feminino, fatores hormonais (tiroide, menopausa), défice de vitamina A e ómega-3, disfunção das glândulas de meibómio, fármacos e doenças reumáticas associadas.
É acompanhada pelo aumento da osmolaridade do filme lacrimal e inflamação da superfície ocular.
Desconforto, ardor, vermelhidão, secura, sensação de areia ou de corpo estranho, lacrimejo, irritação ocular, fotofobia ou intolerância a lentes de contacto são os sinais e sintomas mais comuns.
• Fazer pausas e piscar regularmente os olhos
• Lubrificar os olhos com colírios hidrantes (se houver queixas)
• Usar óculos (se indicado)
• Beber água
• Evitar fumar
• Limitar o tempo dos dispositivos eletrónicos
• Não usar lentes de contacto
• Evitar a exposição prolongada a ares condicionados, ventiladores ou lareiras. Independentemente de qualquer estádio da doença, é importante a orientação pelo médico Oftalmologista.
Uma pessoa com olho seco tem perda de qualidade de vida, pelo desconforto visual e alterações da visão. A sua deteção e o tratamento precoce são essenciais para uma melhoria e prevenção de qualquer lesão ocular.
Dr. Rui Avelino Resende (OM43397), Oftalmologista no Trofa Saúde Hospital da Trofaapoio à visão no bairro da jamaika
PORTUGAL AIR SUMMIT 22
O Portugal Air Summit reúne as entidades e personalidades mais importantes da indústria para debater e analisar o potencial e futuro da aviação, aeronáutica, espaço e defesa.
Tendo como tema central “ Flying for a World of Opportunities ”, esta 6ª edição, ao que tudo indica, será a maior de sempre, uma vez que, para além do espaço ter sido renovado e aumentado, conta com novas empresas, o que contribui para um crescimento de cerca de 70%, se compararmos com os dados do ano anterior.
Nesta edição, pela primeira vez, estarão presentes várias embaixadas como, por exemplo, dos Estados Unidos da América, Reino Unido, Bélgica e Israel, o que potencia o crescimento das relações institucionais.
Além disso, à semelhança do que aconteceu nos anos anteriores, vão ser disponibilizadas várias experiências aeronáuticas, air shows, momentos musicais, drones e muitas outras atividades que voltarão a fazer parte da maior cimeira aeronáutica da Península Ibérica.
Assim, ao folhear as próximas páginas vai poder conhecer algumas das empresas e instituiuções que irão marcar presença no evento, que se realizará entre os dias 12 e 15 de outubro, em Ponte de Sor.
PORTUGAL AIR SUMMIT 2022
Hugo Hilário, PresidenteHugo Hilário revelou as suas expetativas para a 6ª edição da maior cimeira aeronáutica da Península Ibérica que decorre entre os dias 12 a 15 de outubro em Ponte de Sor.
O que podemos esperar da 6ª edição do Portugal Air Summit que tem como tema central “Flying for a World of Opportunities”?
O tema deste ano encerra uma visão claramente ligada às oportunidades numa ótica global de Mundo Pós Pandemia. O Portugal Air Summit engloba a aviação, o espaço e a defesa e nestas áreas, porventura , mais do que em quaisquer outras, assistimos a fortes mudanças globais pelos desafios geopolíticos recentes, nomeadamente relacionadas com a defesa, com a energia, com a retoma inesperada do tráfego nos aeroportos. Toda a atividade da aviação assiste agora a um mundo de oportunidades. Estes aspetos tornarão esta edição preponderante na reflexão, partilha de ideias e no networking que se estabelece aqui em Ponte de Sor. Somos, orgulhosamente, o maior evento neste segmento na Península Ibérica e esta é também uma responsabilidade para toda a organização do evento.
Em 2022 o Portugal Air Summit reafirma-se como um ponto de encontro de excelência para a partilha de conhecimento em torno das últimas inovações tecnológicas e das temáticas mais fulcrais do sector?
A inovação tecnológica é o denominador comum às áreas da cimeira, quer porque existe uma forte componente científica, de apresentação de casos, de discussão de temas ligados à aviação, espaço e defesa, quer pelo espaço de exposição onde estão presentes as mais importantes entidades e associações que apresentam soluções inovadoras no sector, bem como as organizações de educação e formação. Sem esquecer, naturalmente, outros eventos paralelos que acolhemos como o EuRoc, em parceria com a Agência Espacial Portuguesa, um concurso europeu de lançamento de foguetes para o espaço por jovens estudantes e investigadores internacionais. Um espaço que é também multicultural, multiétnico e mais equitativo, trazendo cada vez mais jovens mulheres a esta área. Orgulhamo-nos muito de podermos ser, em Portugal, um centro de excelência de partilha de conhecimento e de inovação tecnológica.
O sucesso do evento é também uma afirmação no sentido de que estes territórios sejam olhados com uma discriminação positiva por parte do Governo?
Um dos vários exemplos que vos posso dar aconteceu quando a
Senhora Ministra da Coesão Territorial, Professora Ana Abrunhosa, na cerimónia de abertura do Portugal Air Summit de 2020 referiu que Ponte de Sor é o local “provavelmente improvável para a realização do Portugal Air Summit”, felicitando a organização e a autarquia pela coragem e ousadia em realizar este evento, contrariando a pretensa interioridade e demonstrando que, mesmo em tempos de pandemia, é possível concretizar projetos destes com todas as normas de segurança”. Na última edição, tivemos novamente a honra da sua visita e partilhou connosco considerações sobre este ser um bom exemplo de coesão territorial, no sentido em que soubemos aproveitar o potencial que aqui existia, reunindo condições para desenvolver um Cluster empresarial em torno de uma infraestrutura municipal. Temos tido a honra de contar com o apoio incondicional por parte do Governo e um forte incentivo para continuar a desenvolver o nosso trabalho, não só de realização da cimeira, mas sobretudo de valorização, promoção e crescimento do território.
Este sucesso resulta de um trabalho contínuo e de uma visão estratégica orientada para resultados, de uma capacidade de diálogo e de promoção do território que esta equipa tem vindo a fazer em diversas áreas, mas que têm um objetivo comum.
Quatro novas empresas vão instalar-se no Centro de Negócios do Aeródromo de Ponte de Sor. Estes investimentos surgem da estratégia do Município e são consequência do impacto do evento?
Ponte de Sor, enquanto concelho do interior, tem-se tornado uma referência nacional e internacional na busca por condições de desenvolvimento económico e social que o colocam na vanguarda na captação de investimento de empresas de sectores tecnológicos altamente qualificados, como o da aeronáutica e neste momento também o aeroespacial. Estas quatro novas empresas estão já em Ponte de Sor. Aceitaram o desafio e as excelentes condições que proporcionamos a todos aqueles que se queiram fixar no território. O Aeródromo Municipal é uma infraestrutura fundamental que tem vindo a sofrer intervenções que permitam a melhoria das suas condições e a instalação de novos investimentos. Sem dúvida que a notoriedade do Portugal Air Summit contribui positivamente para o reconhecimento de Ponte de Sor como Cluster Aeronáutico. Procuramos também manter e reforçar o apoio a sectores como o agroalimentar e agroflorestal e continuámos a apostar na promoção do turismo e da cultura. Queremos ainda manter um forte investimento em áreas como o desporto, educação, juventude, bem como na área social e associativismo. Valorizamos o que é nosso e acreditamos que só assim podemos melhorar as condições de vida da nossa população. Também a futura requalificação da antiga unidade fabril da Delphi para Centro Empresarial Tecnológico permitirá disponibilizar mais e novos espaços com ótimas condições para captação de investimentos noutras áreas. Nesta sequência, o Município celebrou um protocolo com o IEFP para cedência de espaço neste mesmo local que servirá para a criação de uma Secção de Formação Profissional para o sector industrial e Cluster da aeronáutica. O edifício do antigo Mercado Municipal, já requalificado, transformou-se num novo espaço de inovação e formação tecnológica, além de acolher diversas empresas.
TORNAR A AVIAÇÃO MAIS SUSTENTÁVEL
A LUSOFLY é uma academia aeronáutica de excelência. Em entrevista, João Roque, Management and Head of Training na LUSOFLY Academy e CEO na LUSOFLY Project, conta que o objetivo passa por formar pilotos que estejam preparados para ingressar no mercado de trabalho. O projeto denominado “Pull Up Academy” adota agora a designação “LUSOFLY Academy”.
Quais as consequências desta união? Como torna a aviação mais sustentável?
O anúncio da fusão surge como antecipação a mudanças iminentes no mundo, num momento em que é necessário dar respostas aos desafios de tornar a aviação mais sustentável, formar pilotos com excelência, ética, competências humanas e preparados para ingressar no mercado - o que resultou na expansão da Academia, que agora chama-se LUSOFLY Academy, mantendo os compromissos e o corpo de instrutores de alto nível. Destaca-se, também, a reação positiva à nova identidade que liga a aviação internacional à cultura lusitana.
Sendo a sustentabilidade um dos nossos valores, elegemos Bragança, que reúne condições meteorológicas ideais, localização
estratégica e consolida-se como uma “Ecocidade”, para ser a base da nossa Academia. O município possui transportes públicos gratuitos e elétricos, possui valor acima do preconizado pela OMS em espaço verde, investe em energias renováveis, ecoturismo e na eco-construção. A escolha do Brigantia Ecopark para formação teórica e sede administrativa da nossa Academia, representa uma aposta na elevada qualidade oferecida aos alunos. A favor do conceito de sustentabilidade adotámos uma solução para eliminar o uso de papel, ao escolher a FlightLogger - um software de gestão operacional, que permite centralizar todas as operações. Em paralelo de tudo isso, escolhemos uma frota eficiente e mais sustentável optando por aeronaves mais modernas, que consomem entre 30 a 40% menos e com menores emissões de carbono.
O conceito LUSOFLY nasceu em 2011, com o propósito de fomentar o conhecimento aeroespacial. Que balanço faz acerca do percurso ao longo dos últimos 11 anos?
Essa partilha de conhecimento do mundo aeroespacial que, dado o êxito alcançado no decorrer dos últimos anos, serviu de suporte e inspiração ao lançamento de uma nova Academia de Pilotos. A LUSOFLY surgiu num DVD educativo sobre aviação e um livro relacionado com conquistas espaciais no âmbito de atividades dos
Alunos Pilotos Curso de Setembro 2022 Inauguração das instalações no Aeródromopensar, após o terminus do curso, a realização de voos sem devida supervisão de instrução para atingir os referidos mínimos em horas de voo. Só efetuaremos curso de Instrutor de Voo, quando de facto precisarmos de Instru tores - cujos candidatos serão sujeitos a uma rigorosa seleção e será garantido um estágio na nossa Academia.
Há planos para continuar a investir em tecnologia?
Olha-se adiante para meios de propul são alternativos que venham, entretanto, a ser desenvolvidos. Procuramos sempre, de forma realista, sermos pioneiros na inovação e sustentabilidade.
“Aerocalminhas”, um clube de aeromodelismo fundado por um dos sócios da Academia. Em consequência, inúmeros jovens de vários países congregaram-se na LUSOFLY e realizaram-se mais de 260 palestras sobre aviação, ao redor do mundo.
Muitos desses jovens, ao frequentarem cursos de Piloto, iden tificaram lacunas existentes nas escolas e incentivaram um dos sócios desse projeto para a criação de uma nova escola/acade mia. O resultado está agora à vista.
Que cursos a LUSOFLY Academy disponibiliza? Quais as mais-valias de frequentar esta Academia?
Atuamos na formação Integrada de Piloto de Linha Aérea de Avião (ATPL-A) e Instrutor de Voo (FI). No caso do ATPL, os alunos farão 200 horas de voo real, para além de 22 cadeiras em quase 900 horas de formação teórica. A formação em MCC, que os prepara para trabalhar em cockpits complexos, conta com 40 horas em simulador fixed base de Airbus 320, apesar da regulamentação exigir 20 horas.
Toda a formação é ministrada em língua inglesa e com voos efe tuados em âmbito internacional. As 200 horas de voo, correspondem ao mínimo exigido por muitas companhias aéreas, de modo a dis
Em 2021, estabeleceram uma parceria entre a Academia e a Sonaca Aircraft. Em que isso consiste?
Em 2021, no Air Summit, adquirimos dois aviões da Sonaca. Tal decisão visou marcar, com toda a segurança, a aposta em novos aviões super eficientes e de alto nível. Esta frota, permite aos alu nos um elevadíssimo grau de formação dadas as vantagens que o Sonaca 201 oferece na preparação dos alunos num ambiente de cockpit de linha aérea.
Este ano, vão estar presentes no Portugal Air Summit. O que significa estar presente num evento que reúne as mais relevantes entidades da indústria?
A basear-se na manifestação positiva de pais, alunos e imprensa na edição anterior, estar presente num evento desta escala reforça a continuidade ao investimento - a arredondar 2,5 milhões de euros - em tecnologia, ampliando a frota (Diamond DA40 e 42) e instalações no Aeródromo de Bragança.
Para este projeto, que tem sido tão bem acolhido em Bra gança, este evento internacional é uma oportunidade para mostrar que no interior de Portugal é possível desenvolver pro jetos de elevado valor acrescentado, no qual os pais e alunos estão a apostar.
Alunos Pilotos Curso de Setembro 2022 Air Summit 2021 - Assinatura do acordo com SONACA“OS EMPRESÁRIOS SÃO A RAZÃO DE EXISTÊNCIA DA ACIPS”
Domingos Marques esteve à conversa com a Business Portugal e destacou a dedicação, o espírito de sacrifício e a coragem como cara terísticas inerentes à equipa da ACIPS, uma das mais representativas associações empresariais do Norte Alentejano.
Domingos Marques, PresidenteO Portugal Air Summit é o maior evento do sector na Península Ibérica e um dos principais a nível europeu. Estando a Associação Comercial e Industrial de Ponte de Sor (ACIPS) ligada à organiza ção do evento, quais as suas expectativas para a edição deste ano?
Sem dúvida que o Portugal Air Summit é o maior evento do sector na Península Ibérica. Este contou, até ao momento, com a participação de 650 oradores, tendo uma audiência acumulada de mais de 60 mil visitantes. Para além disso, foram realizadas 700 reuniões B2B e B2C, assim como três mil contactos empresariais. Os números espelham a importância deste evento para a nossa região. Na sua 6ª edição, a decorrer entre os dias 12 e 15 de Outu bro, terá, este ano, a maior aposta de sempre, tendo como tema central “Flying for a World of Opportunities”. Sendo este evento uma criação conjunta da Câmara Municipal de Ponte de Sor com o apoio da ACIPS, a nossa expectativa é muito alta.
Considera que o sucesso do Portugal Air Summit tem feito com que mais empresas invistam em Ponte de Sor e contribuam para o desenvolvimento económico da região?
A ACIPS, enquanto força agregadora do esforço comercial e industrial da Região do Norte Alentejo, é a estrutura adequada para contribuir para o desenvolvimento económico desta região. O projeto apresentado pela ACIPS constitui-se como um impor tante contributo para afirmar internacionalmente a marca Air Summit enquanto espaço de partilha de experiências e conheci mento do sector aeronáutico e aeroespacial à escala internacional, expondo ao mundo a capacidade empresarial portuguesa local, regional e nacional. Entendemos que é absolutamente necessário divulgar coletivamente as empresas sedeadas no aeródromo de Ponte de Sor, e dá-las a conhecer aos mercados mais competitivos de forma consistente.
A ACIPS nasceu da vontade e do empenho de um grupo de 12 empresários e, hoje, é uma das mais representativas associações empresariais do Norte Alentejano. Como descreve o percurso de mais de 25 anos da associação?
Foram 28 anos de muita dedicação, espírito de sacrifício e cora gem em crescer e afirmamo-nos atualmente como a mais repre sentativa associação empresarial do Norte Alentejano e uma das
maiores do país, com cerca de 1300 associados. Isto consegue-se, porque as empresas e os seus empresários confiam em nós, depo sitam esperança no nosso trabalho para o território, enquanto motores do desenvolvimento e contributo para que a nossa região seja mais competitiva, mais assertiva e mais inovadora. Está em cada um dos nossos empresários a razão de existência da ACIPS.
Assumindo a missão de defender e representar os interesses dos seus associados, contribuindo para o seu desenvolvimento económico, técnico e social, que serviços são prestados e que iniciativas são desenvolvidas pela ACIPS? Que objetivos assume em termos de futuro?
As dificuldades presentes são desafios que as empresas vão ter de superar e a ACIPS está ativamente empenhada na disponibili zação dos instrumentos que tem à sua disposição e, em partilhar recursos, para que desta forma possa contribuir para superar as dificuldades presentes nas empresas. A ACIPS estrutura-se em torno das seguintes áreas de atuação: Formação, Investimento e Apoio Empresarial. E tem como principais linhas de orientação, entre outras: divulgar as potencialidades da região de forma a atrair investimentos; recolher, tratar e divulgar informação de interesse para as empresas; organizar e realizar cursos de formação; organi zar eventos, participar em certames nacionais e internacionais e promover a realização de missões empresariais ao estrangeiro e de investidores estrangeiros ao Norte Alentejo; apoiar o empreende dorismo, a internacionalização e inovação empresarial.
A ACIPS e a Associação Empresarial de Elvas, constituíram em 19 de Outubro de 2020, com vista a garantir a representatividade do futuro da região em termos empresariais, o Núcleo Empresa rial do Alto Alentejo (NEAA) que conta com 1500 associados de todos os sectores de atividade económica e estende todas as suas ações às empresas da região, independentemente de estas serem ou não suas associadas.
“FORMAR TRIPULANTES DE CABINE COM QUALIDADE”
Maria Ortelinda Barros Gonçalves é CEO da Escola Oceânica de Formação desde 2015. Em entrevista, destaca que a formação tem um sentido prático, que facilita a inserção dos formandos no mercado de trabalho.
A Oceânica é uma academia de formação para tripulantes de cabine. Como é que começou este projeto e qual é a sua principal missão?
A Escola Oceânica Academia de Formação, Lda. com sede na Av. Paiva Couceiro, 760, H9, 4300-383 Porto, apresenta a Certificação da DGERT (Direção Geral Emprego e Relações do Trabalho) e tem uma oferta formativa em várias áreas.
Na área do transporte aéreo, disponibiliza o Initial Cabin Crew Training, sendo o primeiro, e único, sediado na região Norte de Portugal.
Tendo sido responsável académica, há alguns anos, de um Projeto Universitário ligado à Aeronáutica que iniciará a sua atividade, na cidade de Espinho, em setembro de 2023, surgiu a ideia de incluir na Oceânica Academy o Initial Cabin Crew Training Course.
Neste momento, a nossa principal missão é formar tripulantes de cabine com qualidade e apetrechamento técnico, de forma a terem um lugar de excelência no mercado de trabalho. Neste sentido, a Oceânica Academy tem como principal preocupação ter formadores com grande experiência na carreira de tripulantes de cabine. Na área da coordenação do Initial Cabin Crew Training Course temos Isabel Diniz, com 43 anos de Voo na empresa TAP, onde iniciou a sua carreira de formadora de Safety e Crew Resource Management. Para além da diferenciação da ação e inovação, da ética e do compromisso escola – formando, acreditamos que só com os exemplos experienciados numa carreira a bordo, poderão os formandos assimilar o conhecimento ministrado no curso.
Desde os serviços à oferta formativa, explane o que podemos encontrar na Oceânica.
A Academia de Formação Oceânica apresenta a Certificação da DGERT e oferece formação nas seguintes áreas:
090 - Desenvolvimento pessoal
840 - Serviços de transporte
146 - Formação de professores e formadores de áreas tecnológicas
862 - Segurança e higiene no trabalho
222 - Línguas e literaturas estrangeiras
342 - Marketing e publicidade
482 - Informática na ótica do utilizador
729 - Saúde - programas não classificados noutra área de formação
Disponibiliza às empresas a possibilidade de desenvolvimento nas áreas da
qualidade e inovação, proporcionando aos seus recursos humanos um padrão de excelência na formação e qualificação naquelas áreas. É uma escola preparada para colaborar com os seus clientes, em serviços diversos relacionados com a inovação empresarial (apoio às PME’S), acesso a financiamentos públicos, incentivos fiscais e internacionalização.
A Escola Oceânica ministra o Curso Inicial de Tripulantes de Cabine, certificado pela ANAC, cumprindo com os requisitos EASA (European Aviation Safety Agency), Anexo V (Parte CC ), apêndice 1 do Regulamento (EU) No1178/2011 e como complemento o Curso de Inglês Aeronáutico On-line com preparação para a Prova de Recrutamento por uma Companhia Aérea com simulação de entrevista.
Uma das principais vantagens de os alunos concluírem os seus estudos na Oceânica, é a rápida inserção no mercado de trabalho? Para isso contribuem as várias parcerias, como por exemplo, com a Talenter?
A principal vantagem em ser formando nesta escola é receber a formação com sentido prático para inserção no mercado do trabalho. Neste âmbito, a escola, para além de outras parcerias, tem um protocolo com uma empresa de renome na área de recrutamento da Aviação Comercial - a Talenter.
Este ano prevê-se que seja a maior edição de sempre do Portugal Air Summit. Considera importante a realização deste tipo de eventos?
info@oceanicacabincrew.pt
Consideramos de extrema importância o intercâmbio de ideias, experiências e resultados que encontros como este proporcionam aos seus visitantes.
UMA DÉCADA DE CAETANO AERONAUTIC
Fundada em 2012, a Caetano Aeronautic contribuiu para a implementação e desenvolvimento de uma estratégia para o sector aeroespacial. Que balanço faz destes dez anos de percurso?
A entrada do Grupo Salvador Caetano na indústria aeronáutica foi, sem dúvida, uma decisão disruptiva e de enorme visão estratégica. Os primeiros três anos foram dedicados exclusivamente ao desenvolvimento da tecnologia de produção de componentes metálicos em alumínio, titânio e aço, e à preparação para a tecnologia de fabricação de componentes para aeroestruturas em material compósito. A Joint Venture, em 2014, com o Grupo Espanhol Aciturri, TIER 1 no sector, foi crucial para a implantação, evolução e know-how, nomeadamente na tecnologia de Compósitos. O crescimento da Caetano Aeronautic tem sido notório tanto ao nível de conhecimento técnico, implementação de processos de elevada complexidade, como na qualidade final dos seus produtos, contribuindo para o aumento da confiança e satisfação dos clientes. Destacam-se também as certificações conseguidas ao longo deste caminho, desde ISO 9100 às diversas NADCAP’s de processos especiais.
A pandemia Covid-19 teve consequências nefastas no sector aeronáutico causando-nos, inicialmente, uma drástica redução de encomendas dos programas em curso, afetando a perspetiva de crescimento do negócio. Esta situação, somada à crise do OEM Boeing, impulsionou a decisão de fecho da tecnologia de produção de peças metálicas na Caetano Aeronautic, com efetividade em 2022, permitindo aumentar o foco na tecnologia de produção de peças em carbono. Este período complicado veio promover a realização de um assessement ainda mais rigoroso sobre os recursos humanos e materiais, que são, como sabemos finitos. O foco esteve diretamente relacionado com a melhoria de eficiência em todos os sectores da atividade, envolvendo todos os colaboradores nas atividades kaizen que tanto caracterizam o Grupo Salvador Caetano. Atualmente, estamos em processo de crescimento, nomeadamente pela internalização de processos subcontratados, assim como ampliando a produção atual com novos pacotes de trabalho. Nesse sentido, a empresa encontra-se em processo de investimento, que visa o aumento da capacidade industrial passando por modificações de layout e novas certificações.
Ao longo destes dez anos, fomos ajustando a estratégia da empresa mantendo o compromisso com as nossas pessoas e os nossos clientes, estando orientados diariamente à melhoria de forma continuada, construindo relações sólidas, com transparência e cooperação necessárias a que este seja um negócio sustentável, autónomo e de sucesso.
Qual o vosso core business, capacidade instalada e projetos em desenvolvimento?
Na Caetano Aeronautic, dedicamo-nos à produção de peças em material compósito (carbono pre-impregnado), nomeadamente componentes de aeroestruturas para aeronaves civis e militares. Localizados em Vila Nova de Gaia, produzimos desde peças complexas e de baixa cadência para o avião militar A400M da Airbus Defense and Space como peças para programas de alta cadência como o A320neo também do OEM Airbus. O processo de fabricação dos componentes é manual, denominado por hand lay-up, realizado numa sala limpa apropriada para o efeito. Possuímos duas autoclaves, a maior de 16m de comprimento, para a cura das peças. Para os processos finais, estamos dotados de cabines de recorte e pintura, e para o processo de inspeção, possuímos uma instalação com um robot automático de ultrassom. Temos capacidade para realizar medições em tridimensional e, como último investimento, destacamos a CNC para recorte automático de carbono, com capacidade para peças até oito metros. Estamos dotados de capacidade tecnológica e competência técnica para a prestação de serviços na componente de inspeção por ultrasons automáticos para indústria automóvel e outras. Relativamente a novos programas, atualmente estamos em processo de industrialização, onde se inclui a produção de peças para a aeronave A350, passando a incluir no portfólio o fornecimento para a área civil da Airbus, capacitando-nos de novas qualificações e certificações. A médio prazo, prevemos consolidar parceria em projetos de desenvolvimento dentro e fora do sector aeronáutico.
Que fatores distinguem a empresa e que a tornaram numa referência no sector aeronáutico internacional?
A experiência adquirida na produção de peças compósito, a formação diária dos colaboradores garantindo a sua adequada qualificação e competitividade em custo são algumas das nossas mais-valias. Somos uma equipa jovem, “open minded”, destemida, resiliente e comprometida com os desafios presentes e futuros e, sem dúvida, apaixonada pela indústria e pelo saber fazer bem. Esta dinâmica move toda a equipa da Caetano Aeronautic num mesmo rumo, de hoje fazer melhor do que ontem…
O Portugal Air Summit é um evento onde se debate e analisa o potencial e futuro da Aviação, Aeronáutica, Espaço e Defesa. Qual a sua importância?
Considero uma importante iniciativa nacional que contribui para a visibilidade internacional das empresas e entidades nacionais integradas nestes sectores. Mostra que cada vez mais esta é uma indústria de relevância em Portugal.
Filomena Sabença, Plant Manager da Caetano Aeronautic, explica que é a paixão pelo sector aeronáutico que move a sua equipa e revela quais os projetos que preveem realizar no futuro. Tiago Moutinho (Production Manager), Susana Barbosa (Quality Manager), Filomena Sabença (Plant Manager), Bárbara Lopes (Program & Commercial Manager) e João Novo (Engineering Manager)VOAR MAIS ALTO
A Portugália Airlines assume um compromisso de qualidade, procurando as melhores respostas para os desafi os de hoje e do futuro. Valter Fernandes, o Diretor-Geral, assume a importância das suas pessoas que fazem desta companhia uma referência no país.
Como descreve o posicionamento, o core business e os valores pelos quais a companhia pauta a sua atuação?
A Portugália tem como Missão ser sempre uma fonte inequívoca de soluções dentro do Grupo TAP no que respeita à operação de curto e médio curso, reduzindo custos operacionais, aumentando a pontualidade e melhorando os níveis de satisfação e confiança dos Clientes (NPS). Como feeder-defeeder da TAP, pretendemos ser a Companhia preferida em todas as rotas em que operarmos, com um forte compromisso com a Segurança de Voo; especial enfoque no Cliente; valorizando a Integridade; a Flexibilidade e a Excelência Operacionais e o Trabalho em Equipa. Estes são, aliás, os Valores da Portugália.
Em 2016, a Portugália Airlines implementou uma renovação total da sua frota. A busca de uma constante inovação tecnológica fazem parte do ADN da empresa?
A renovação de frota trouxe à Companhia um aumento de capacidade e uma maior flexibilidade, mantendo o mesmo rigor e qualidade no serviço prestado aos passageiros. Em termos tecnológicos, temos uma equipa jovem e dinâmica sempre em busca das melhores e mais recentes soluções que nos permitam fazer mais e melhor, se possível, em metade do tempo e com menos trabalho manual. São, também, estas medidas que permitem aumentar a nossa performance. Exemplos disso têm sido os inúmeros projetos desenvolvidos de melhoria a nível digital: (i)implementámos o Electronic Flight Bag; (ii)desenvolvemos múltiplas iniciativas de Business Intelligence, entre as quais um programa de eficiência de combustível; (iii)trabalhámos na automatização de vários processos outrora feitos manualmente, libertando assim as pessoas para tarefas de maior valor acrescentado; (iv)implementámos uma plataforma digital para registos de manutenção. Genericamente, enquanto empresa, já desmaterializámos vários processos a nível de cockpit e na área da formação e agora temos de desmaterializar na Manutenção, no Pessoal de Cabina e nas áreas de suporte (e.g. RH).
Investir na formação e apostar numa equipa comprometida com os desafios do futuro são fatores distintivos incontornáveis. Que pontos fortes podem fazer da Portugália a companhia aérea regional preferida em todas as rotas operadas?
A nossa maior mais-valia são, sem dúvida, as nossas Pessoas.
Valter Fernandes, Diretor-GeralE não se trata de um mero cliché. A Portugália conta hoje com um total de cerca de 900 colaboradores, a maioria dos quais (se não mesmo todos!) se conhecem e sabem os nomes uns dos outros. Valorizamos uma cultura muito pessoal, de transparência e de proximidade. As nossas portas estão sempre abertas! A formação é parte fundamental de todo este processo. Desde o acolhimento (logo na admissão) a um processo de formação rigoroso (inicial e recorrente), fazemos questão de transmitir não só o know-how e expertise a nível técnico, mas também de passar o nosso ADN para os mais novos/recém-chegados à Empresa. Quando alguém sai da Companhia, por variadíssimos motivos, uma das coisas que mais refere é que a Portugália foi “uma excelente escola”. Isto enche-nos de orgulho. Contudo, temos que entender porque saiu da empresa e o que podemos fazer para aumentar a retenção. Atualmente temos esse desafio na Manutenção. A satisfação e confiança dos nossos clientes começa dentro de portas: com o cliente interno. Depois, existe, claro, todo um trabalho de excelência feito sobretudo por quem está na primeira linha, ou seja, os nossos Tripulantes e Técnicos de Manutenção. E este trabalho tem sido reconhecido ao longo dos anos, inclusivamente através de vários prémios ganhos (Skytrax Best Regional Airline in Europe, Skytrax Best Cabin Staff in Europe, ERA Gold Award for Airline of the Year).
Que importância considera ter esta partilha de conhecimento em torno das últimas inovações tecnológicas do sector num evento como o Portugal Air Summit?
O Portugal Air Summit junta vários players com papéis fulcrais no desenvolvimento da atividade permitindo ao público em geral perceber como foi possível alcançar as mais recentes inovações tecnológicas e legislativas, qual o caminho que neste momento está planeado para o futuro e permite a todos os que, direta ou indiretamente se encontram ligados ao sector da aviação, perceber qual o seu papel e como podem contribuir para os desenvolvimentos futuros. Adicionalmente, permite-nos criar ligações através do networking com personalidades internacionais que nos ajudam a evoluir. A presença de várias empresas permite igualmente o contacto com novas ferramentas de trabalho.
Renato Pinheiro é administrador e co-founder da AWA. Em entrevista à Revista Business Portugal conta que a escola de aviação se caracteriza pelas inovações que trouxe ao panorama formativo em Portugal e garante que os alunos podem contar com uma formação de qualidade.
A ESCOLA DE AVIAÇÃO DE REFERÊNCIA EM PORTUGAL
A AWA (Aeronautical Web Academy) é uma das mais relevantes escolas de aviação em Portugal, com uma forte aposta na qualidade da formação e na seleção dos profissionais mais qualificados. Que balanço faz dos 14 anos de percurso e qual o posicionamento atual da escola?
A AWA marcou logo em 2008, quando foi fundada, uma diferença que ainda hoje a caracteriza, pelas inovações que trouxe ao panorama formativo em Portugal e, depois, em 2010, quando abriu o primeiro curso de pilotagem de aviões, como escola de referência que apostou em modelos próprios que desenvolveu, de forma a bem formar os seus alunos. Tem vindo a ser uma referência que algumas escolas procuram imitar. Agora, com quase 14 anos de atividade, mais importante do que falar de si própria, é avaliar o impacto que temos na formação aeronáutica em Portugal e verificar que, na realidade, temos colocado no mercado nacional e internacional Oficiais de Operações de Voo (OOV-FOO) e Pilotos de Linha Aérea que executam de forma destacada, pela qualidade do seu desempenho, as suas funções profissionais.
Quais os cursos e atividades desenvolvidas na AWA? Como descreve as vossas instalações e frota?
Em síntese, a AWA forma profissionais da área da aviação, com foco nos OOV’s e nos Pilotos, profissionais e privados. Na AWA os alunos podem almejar a uma formação de qualidade. Estamos posicionados em três locais (a Sede em Figo Maduro, e em dois aeródromos - Cascais e Évora). Na sede, nas imediações do Aeroporto de Lisboa, temos um simulador de comunicações aeronáuticas, “invenção” da AWA, que de uma forma simples, mas realista, simula as comunicações de rádio num ambiente muito próximo daquele que vão encontrar na fase de voo. No curso de OOV, os alunos fazem também voo em FNPTII, onde podem ter contacto com as sensações de voo e até verificar a importância dos elementos/parâmetros de planeamento de voo. O estágio curricular é assegurado numa companhia Aérea, ou empresa, com as quais a AWA tem protocolo,
aliás, com todas as empresas nacionais relevantes no sector.
Temos no H15 de LPCS um FNPTII ALX, muito complexo e avançado, nessa nossa “nova casa operacional”. Dispomos ainda de 22 aeronaves na nossa frota orgânica, tendo sido recentemente adquiridos vários Cessna 150/152, um Bimotor Tecnam P2006T, e quatro aeronaves novas Bristell B23, fabricadas com as especificações requeridas pela AWA, e que são uma estreia em Portugal, tendo as primeiras duas aterrado em Lisboa, em março.
Destacamos também a AWA-Technics, nova empresa do grupo, aprovada em fevereiro deste ano com impacto vigoroso na nossa atividade.
Como avalia o impacto que a AWA tem na formação aeronáutica em Portugal?
Apostamos na formação presencial, pela mais-valia que representa a este nível de transmissão de conhecimentos. Não nos preocupamos em preparar os alunos apenas para os exames teóricos, mas sim prepará-los para as profissões que escolheram. As matérias são exigentes e os conhecimentos necessários para desempenhar as funções são tão vastos, que não há possibilidade de deixar esta missão entregue a explicações automáticas e a demonstrações que não tenham entrega profissional com abnegação pessoal dos professores. O impacto é visível pela diferença que marcamos e fazemos da formação centrada no aluno, a nossa bandeira.
Que importância considera ter um evento como o Portugal Air Summit? Reunir entidades e personalidades da indústria para analisar o potencial e futuro da Aviação, Aeronáutica, Espaço e Defesa assume-se cada vez mais importante?
O Air Summit assume-se como um evento agregador de interesses e capacidades. Tem uma crescente importância, reconhecida já a nível internacional, onde empresas, entidades e entusiastas da aviação podem aprender e partilhar interesses, fazendo crescer capacidades numa área em permanente evolução - a Aeronáutica.
“UM POLITÉCNICO GLOCAL” COM ORGULHO NO PASSADO E CONFIANÇA NO FUTURO
Luís Loures, em entrevista, refere a importância do Portugal Air Summit para o crescimento da região.
Entre os dias 12 e 15 de outubro, Portalegre acolhe a 6ª edição do Portugal Air Summit. Na sua opinião, qual é a importância deste evento para o distrito?
Na minha opinião é de importância extrema pois, se por um lado permite reunir no Alto Alentejo os especialistas ligados a esta temática, por outro coloca a região na vanguarda enquanto um local estratégico de desenvolvimento do sector aeronáutico.
Para além disso, o facto do Politécnico de Portalegre ser parceiro deixa-nos muito agradados, não só porque o Portugal Air Summit é já um evento incontornável a nível internacional, mas também porque o sucesso alcançado pelo evento além de promover Ponte de Sor, promove a região e torna-a uma referência internacional nesta temática, merecendo por isso todo o apoio das entidades regionais e nacionais.
Esta cimeira é um local de excelência para a obtenção de novos conhecimentos e ao que sabemos que o IP Portalegre estimula e apoia o empreendedorismo, a empregabilidade e a formação dos seus alunos. Nesse sentido, irão marcar presença no evento? O que é que o evento pode representar para a comunidade académica?
Sendo parceiros do município e um player relevante na região, não podíamos deixar de estar presentes neste evento, mas também entendemos a nossa participação como um aspeto fundamental para a afirmação do Politécnico a nível regional e nacional. Além disso, entendemos que a participação e o envolvimento da academia neste evento constitui uma experiência enriquecedora na medida em que os nossos estudantes, docentes e investigadores têm a oportunidade de participar quer nos seminários quer nos workshops temáticos, ao mesmo tempo que fortalecem os contacto com a indústria, promovendo o desenvolvimento de oportunidades de emprego para os estudantes e de formação e desenvolvimento para os docentes e investigadores.
Foi eleito Presidente do Instituto Politécnico de Portalegre para o quadriénio 2021/2025. Nomeie os pilares estratégicos de atuação para este período.
Antes de mais, importa referir que o Politécnico de Portalegre é uma instituição de ensino superior muito alinhada com o seu território e a sua região. Aliás, eu candidatei-me à presidência sob o mote “Ser um Politécnico Glocal – com orgulho no passado e confiança
no futuro”. E foi considerando essa premissa que defini cinco pilares estratégicos fundamentais:
- Ensino e formação: formar a sociedade considerando as necessidades da região e do país, constitui um dos aspetos fundamentais da nossa missão;
- Investigação, inovação e transferência de tecnologia: cada vez mais temos que desenvolver investigação que seja relevante e que permita às empresas inovar e criar valor acrescentado;
- Empreendedorismo, emprego e valorização do conhecimento: garantir que a formação de elevada qualidade que ministramos aos nossos estudantes possa ser valorizada através da criação de emprego;
- Internacionalização e cooperação institucional: vemos na internacionalização uma excelente alternativa para o desenvolvimento do país e para o crescimento das regiões de menor densidade populacional;
- Pessoas e sociedade: somos uma instituição centrada no reconhecimento do mérito, e por isso mesmo atribuímos especial atenção à valorização do corpo docente, dos colaboradores, dos estudantes e à relação destes com sociedade.
Relativamente ao futuro faz parte dos vossos objetivos disponibilizar aos alunos cursos relacionados com a aviação e a aeronáutica, por exemplo?
Apesar de ainda não nos ter sido possível disponibilizar oferta formativa relacionada com essas áreas ao nível da licenciatura, nós já colaboramos em várias formações de curta duração e de requalificação de recursos humanos ligados à aeronáutica, quer de forma isolada quer em associação com outras instituições de ensino superior a nível nacional. Obviamente que, para o futuro, esse é também um dos nossos objetivos, até porque a fixação de empresas à escala mundial junto ao Aeródromo de Ponte de Sor já começa a justificar a existência de formação dedicada a este sector de atividade.
www.ipportalegre.pt
Luís Loures, PresidentePORTUGAL + SUSTENTÁVEL INOVAÇÃO, EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E SUSTENTABILIDADE
A sustentabilidade pode definir-se como a capacidade de o ser humano interagir com o mundo, preservando o meio ambiente, com o propósito de não comprometer os recursos naturais para as gerações futuras.
A preocupação com a sustentabilidade tem vindo a ter um impacto crescente nas operações das empresas de todos os setores económicos. À medida que a transformação energética é reforçada, são também desenvolvidos novos ecossistemas e tecnologias que permitem melhorar a eficiência energética, reduzir as emissões de CO 2 e apostar em modelos de economia circular que permitam cumprir as metas de descarbonização.
Num mundo confrontado com vários problemas socioambientais, aliar a inovação à sustentabilidade e à eficiência energética torna-se cada vez mais necessário porque, para além de ser uma forma de preservar o meio ambiente, é um incentivo para alcançar novas oportunidades de mercado.
Portanto, estes conceitos unem-se com o propósito de procurar novas formas de modernização das práticas tradicionais das empresas. Desta forma, o foco na inovação ultrapassa o retorno económico e passa a englobar também os ganhos ambientais.
Nos últimos anos, as empresas que desenvolvem um planeamento estratégico baseado no desenvolvimento social e sustentável têm-se destacado. Isto, porque os consumidores estão mais atentos e preocupados com a proteção ambiental.
Nas próximas páginas pode conhecer algumas das empresas que se destacam por assumirem um compromisso sustentável, mantendo a evolução e inovação das suas estratégias.
A Goldenergy tem conseguido manter os seus clientes e até conquistado novos através de uma relação de con fiança, isto porque sabem que encontram na Goldenergy uma solução com preços justos e com o melhor serviço. Por outro lado, a marca tem vindo a apostar fortemente no autoconsumo, sobretudo na vertente dos painéis sola res e na mobilidade elétrica, pois acredita que “agir local é pensar global”.
A Goldenergy está no mercado há 12 anos e muitas famílias escolhem ter a sua energia. Na sua opinião, em que premissas assenta esta relação de confiança estabelecida com o cliente?
Queremos que os nossos clientes tenham um serviço de pro ximidade e com transparência, a nossa aposta vai para além do preço, temos o dever de tratar sempre bem o nosso cliente para que haja uma relação de continuidade.
É também devido a essa relação que foram eleitos como marca n° 1 Escolha do Consumidor. É importante?
Muito, a distinção representa a materialização da perceção dos consumidores do serviço de excelência que prestamos e na nossa dedicação às energias renováveis desde muito cedo.
Depois de um período difícil, em que estamos a sair de uma pandemia, e estamos em período de guerra e de dificuldades energéticas e económicas, ainda assim, a atividade da Golde nergy tem sido positiva?
Mais do que nunca, temos conseguido manter os nossos
GOLDENERGY: PREÇOS JUSTOS COM O MELHOR SERVIÇO
clientes e até conquistado novos clientes através de uma relação de confiança, os nossos clientes sabem que encontram na Golde nergy uma solução para que a sua fatura de energia tenha o menor impacto possível, contam com a Goldenergy para que os preços sejam o mais baixos possível. A nossa vantagem competitiva, e a razão do nosso crescimento, é que oferecemos preços justos com o melhor serviço.
Aborda-se cada vez mais a aceleração das renováveis considerando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2030, em que sentido a Goldenergy contribui para a sua evolução?
São duas as áreas em que a Goldenergy tem vindo a apostar fortemente: o autoconsumo, sobretudo na vertente dos painéis solares, e na mobilidade elétrica.
Todas as medidas de eficiência, de instalação de autoconsumo e de renováveis são a parte que devemos aproveitar neste momento, para que a médio e longo prazo fiquemos mais independentes dos fósseis. Acreditamos em “agir local é pensar global” e desta forma tentamos fazer a nossa parte.
Considera que os cidadãos optam, cada vez mais, por práticas amigas do ambiente e isso vê-se, por exemplo, na procura para a instalação de painéis fotovoltaicos?
A dedicação da Goldenergy em ajudar os seus clientes a poupar energia ou a produzir a sua eletricidade sustentável é total. Desde o início de 2022, temos apoiado os nossos clientes a instalarem os seus próprios painéis solares, tendo já ajudado cerca de 600 famílias a reduzirem fortemente o seu consumo, com a instalações de painéis fotovoltaicos. Esta medida tradu z-se, até ao momento, em poupanças superiores a 200 milhares de euros anuais, com a redução do consumo elétrico. Adicional mente, apoiamos cerca de 40 famílias carenciadas, ao abrigo do programa dos Vale Eficiência, a instalarem dois painéis solares fotovoltaicos, com grande capacidade de produção, sem nenhum custo para o cliente.
Que metas têm estipuladas para o futuro? Pretendem con tinuar a crescer e ser cada vez mais merecedores da confiança dos portugueses?
A Goldenergy tem um ambicioso plano de expansão dos pontos de atendimento aos nossos clientes - planeando ter mais de 70 lojas abertas até ao final do ano. Queremos estar cada vez mais perto dos nossos clientes, para mantermos a confiança que temos vindo a alcançar junto dos portugueses.
O futuro da energia está em forte mudança, seja devido a evo luções tecnológicas, como a entrada dos carros elétricos ou bate rias, ou devido a razões políticas, como atualmente se observa no conflito da Ucrânia.
Para fazer frente a todas estas evoluções, internamente foi
criado um departamento de Pesquisa e Desenvolvimento, focado em analisar novos e inovadores produtos e serviços, sempre focados em reduzir a nossa pegada ecológica, para podermos oferecer aos consumidores em Portugal.
E estamos dedicados em poder levar essa mesma inovação e energia aos nossos clientes de mobilidade elétrica, com o lançamento de um cartão de Mobilidade Elétrica, com preços justos e energia de origem 100% renovável.
Como é que a Goldenergy considera a meta definida pela Comissão Europeia na redução do consumo de gás em 15%, até à próxima primavera?
Na Goldenergy acreditamos que todas as medidas de melhoria da eficiência energética são bem-vindas e, como marca com responsabilidade ambiental e social, devemos apoiar os nossos clientes a conseguirem melhorar a eficiência nas suas habitações.
E que de forma a Goldenergy ajuda os consumidores a serem energeticamente eficientes? Participámos este ano no Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia com um projeto de instalação de 1.000 termóstatos inteligentes, num investimento de 200 mil euros. O mais interessante é que está demonstrado que a instalação destes termostatos é capaz de reduzir o consumo de gás em 21% e que as medidas de isolamento de edifícios e de redução em um grau do aquecimento podem reduzir os custos em 6%.
Para operacionalizar esta medida, estamos a lançar uma ação para a distribuição dos 1.000 termostatos inteligentes.
Esta medida, apoiada no âmbito do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia, aprovado pela ERSE, ficará disponível a todos os consumidores de Portugal Continental, que usem Caldeiras a Gás Natural para o aquecimento das suas habitações.
Prevemos abrir as candidaturas no início deste mês, com início da entrega dos primeiros termostatos a partir de meados de novembro.
Que medidas acha que o Governo deveria aplicar para fomentar uma maior independência energética do país?
Dado que Portugal não explora nem produz carvão, petróleo bruto ou gás natural e considerando que Portugal é um dos países europeus com maior exposição solar, fica claro que todas as
medidas de apoio às empresas e particulares, na instalação de painéis solares para autoconsumo, são da maior importância.
As últimas medidas permitiram que em 2021, Portugal aumentasse a sua capacidade solar fotovoltaica em 701mw, tendo vindo a diminuir a dependência energética de países terceiros.
Uma das nossas principais áreas de atividade é a instalação de painéis solares fotovoltaicos para consumidores residenciais e pequenas empresas. Acreditamos que o modelo mais sustentável é a produção de energia nos próprios telhados. Esta abordagem, ao contrário de uma aposta centralizada em grandes parques solares, que têm um maior impacto no meio ambiente, é mais eficiente, pois reduz-se as perdas no transporte e energia.
Para além dos programas lançados pelo Governo e geridos pelo Fundo Ambiental, do qual destacamos o Programa dos Edifícios +Sustentáveis com a última edição terminada em Maio, ainda não existe nenhuma confirmação oficial se será relançado.
Acreditamos que o Governo possa lançar outras medidas de apoio, como o “net-metering” - desconto da energia produzida durante o dia, à energia consumida à noite.
À semelhança de alguns países europeus, onde se destaca a Polónia e Holanda, um cliente pode deduzir, parcialmente, a energia que injeta na rede, os chamados “Excedentes de produção”, à energia que consume, durante um período de 24 horas. Esta medida tornaria muito mais atrativo o investimento em soluções fotovoltaicas.
Outra medida importante seria a simplificação do processo de venda dos Excedentes de Produção por parte dos consumidores. A legislação atual obriga o consumidor a abrir atividade nas finanças e a emitir faturas (ou ser auto-faturado) para a venda dos excedentes. Este processo poderia ser simplificado se fosse permitido às comercializadores fazerem um acerto direto, em termos de energia (kWh) sobre a energia que o cliente consume e a energia que injeta na rede.
REPSOL, A SUA EMPRESA FORNECEDORA DE ENERGIA
António Martins Victor, Diretor de Comunicação e de Relações Externas da Repsol, em entrevista à Revista Business Portugal, destaca o marco importante na história da empresa em Portugal, com o lançamento do novo serviço de eletricidade 100% renovável e gás natural para os clientes domésticos. O porta-voz da marca avança que este serviço vem reforçar o compromisso da Repsol na transição energética e o posicionamento em ser o principal fornecedor de multienergias da Península Ibérica.
Com o objetivo de ser uma empresa zero emissões em 2050, a Repsol apresentou o seu plano estratégico de 2021 a 2025. Explique as principais medidas e ações em que assentam este plano estratégico.
Na Repsol temos um compromisso com a sociedade – atingir a neutralidade carbónica até 2050. Para cumprir com este objetivo, desenhámos o nosso Plano Estratégico 2021 – 2025, um roteiro que nos permitirá alcançar uma transição energética adequada e eficiente. Somos uma empresa multienergética e seguimos conscientes que todas as energias vão ser úteis na luta contra as alterações climáticas.
Começamos por destacar dois grandes projetos industriais de descarbonização. O primeiro consiste na construção de uma das maiores instalações para produção de combustíveis sintéticos com zero emissões líquidas de CO2 e hidrogénio verde, gerados a partir de energia renovável. O segundo projeto é uma central de produção de gás a partir de resíduos urbanos. Estamos a transformar os nossos complexos industriais para os tornar mais sustentáveis e eficientes. Encontramo-nos também a liderar a produção e utilização de hidrogénio renovável na Península Ibérica, pois acreditamos que se trata de um recurso de extrema importância para efeitos da necessária transição energética e, consequentemente, para o futuro da economia europeia.
Concomitantemente, e de modo a garantir uma mobilidade mais amiga do ambiente, estamos a produzir biocombustíveis avançados, a partir de resíduos e óleos vegetais, para todo o tipo de transportes, bem como a investir na instalação de vários postos de carregamento elétrico rápido e ultrarrápido.
Faz parte da missão do nosso plano fornecer aos nossos clientes toda a energia que necessitam para o seu dia a dia, sendo que outra medida que estamos a trabalhar é a oferta de gás e eletricidade, 100% renovável.
A Repsol disponibiliza várias campanhas que promovem um estilo de vida mais sustentável e que, em simultâneo, trazem mais-valias para os clientes. Esta é uma estratégia para a marca estabelecer uma relação mais próxima com os mesmos?
Sim, sem dúvida. Temos bem presente a nossa responsabilidade, não só com as gerações futuras, mas também com todos que dependem de nós no dia a dia. Sabemos que podemos desempenhar um papel muito importante na promoção de um estilo de vida mais sustentável e estamos a fazê-lo através das nossas campanhas, produtos e serviços. Somos, ainda, apologistas de que a transição energética deverá ser gradual e inclusiva, não devendo deixar ninguém para trás, garantindo sempre a segurança energética, o bem-estar da sociedade e a sustentabilidade do planeta.
Tentamos responder a todas as necessidades dos nossos clientes, e eles sabem que podem contar connosco. Somos um player relevante em toda a cadeia de valor que estamos presentes e damos primazia a relações de confiança e de transparência.
Além do combustível, a Repsol agora também é eletricidade e gás. Quais as vantagens da multienergia e desta mais abrangente oferta de serviços aos portugueses?
Em julho, alcançámos mais um marco importante na nossa história em Portugal, com o lançamento do novo serviço de eletricidade 100% renovável e gás natural para os nossos clientes domésticos.
Com este lançamento, reforçámos o nosso compromisso na transição energética e o nosso posicionamento em ser o principal fornecedor de multienergias da Península Ibérica. Demonstrámos a nossa capacidade de diversificação dos negócios e de presença em toda a cadeia de valor.
Os clientes que contratarem este serviço, podem também obter descontos imediatos nos abastecimentos e reembolsos em fatura. As soluções energéticas tornam-se, assim, ainda mais integradas e vantajosas.
Numa altura em que os preços são determinantes e discutidos diariamente, em que medida a Repsol se procura diferenciar neste mercado tão competitivo, fazendo a diferença junto dos portugueses?
Desde logo através do serviço e da qualidade dos nossos produtos numa rede de mais de 500 estações de serviço distribuídas por todo o país. Temos nos últimos anos ganho os principais prémios de melhor operador na categoria de Estações de Serviço. Depois, temos uma estratégia de fidelização que conjuntamente com a nossa vasta rede de Parceiros, que incluem muitas das principais marcas do país, promovendo uma oferta competitiva em todos os mercados onde operamos.
Estamos em setembro, mês do regresso ao trabalho e da atividade económica, pós período de férias. Podemos afirmar que a Repsol está preparada para acompanhar os portugueses neste regresso, seja no trabalho (com o combustível) ou em casa (eletricidade e gás) – através de planos vantajosos, pensados a médio e longo prazo?
Claro que sim, a Repsol trabalha, diariamente, para estar presente em todos os momentos daqueles que confiam na nossa energia. É com muita certeza que podemos afirmar que estamos preparados para assumir este papel no imediato.
Através do programa de fidelização Repsol Move e da vasta rede de Parceiros temos uma das ofertas mais competitivas no mercado dos combustíveis e a nossa oferta de eletricidade e gás tem merecido a adesão de muitos portugueses que reconhecem valor na nossa oferta multienergética.
Para terminarmos, um conselho para os nossos leitores no que ao consumo de energia diz respeito e consequente pegada ecológica que podemos, todos, ajudar a diminuir? Qual a mensagem da Repsol?
Existem várias medidas que podemos sugerir para mitigar
o consumo de energia e a nossa pegada ecológica. As medidas mais importantes que devemos ter em conta deverão ter sempre presente a efi ciência energética das soluções. Assim, na mobilidade, se usamos combustíveis líquidos deveremos optar por combustíveis aditivados como são os Repsol Neotech pois são mais efi cientes que os combustíveis simples. Os atuais combustíveis em Portugal, já hoje são parcialmente renováveis e existem alternativas no mercado como sejam soluções a GPL, por transformação dos atuais motores ou mudança para equipamentos bi-fuel. Também nesta área temos disponíveis abastecimentos a GNV como solução alternativa. Disponibilizamos ainda soluções de carregamento elétrico e continuamos a desenvolver biocombustíveis avançados e combustíveis sintéticos que poderão ser usados sem quaisquer adaptações nos nossos atuais veículos. Esta transição energética será diversa tecnologicamente e estamos apostados no desenvolvimento das soluções mais efi cientes para a sociedade. Nesta transição também apostamos na oferta multienergética com o início da comercialização em Portugal de eletricidade renovável e de gás natural para o mercado residencial.
Por fi m, nos nossos lares, sugerimos o uso responsável de eletricidade e gás. Desligar os equipamentos que estão em stand by, instalar lâmpadas efi cientes, optar por duches rápidos e reduzir a temperatura da água aquecida pelo esquentador podem ser algumas boas práticas a adotar.
www.repsol.pt
PROTEGER O PLANETA COM SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS
A Premier Tech Water and Environment Portugal tem como objetivo melhorar a saúde do planeta e da população. Em entrevista, Edgardo Rodrigues, Diretor Comercial, fala sobre as soluções sustentáveis que a empresa apresenta.
Podemos dizer que a Premier Tech Water and Environment está em Portugal desde 2013. Qual a análise que faz depois de mais de uma década de presença no mercado português?
A entrada no mercado português foi a evolução natural do reforço da presença da Premier Tech Water and Environment no Mundo. A opção de Portugal surgiu de uma oportunidade, mas sempre teve como objetivo servir todo o mercado ibérico, que é uma zona geográ fica que ainda apresenta muito potencial de crescimento nos setores onde estamos presentes, com particular destaque para a gestão da água e o tratamento de águas residuais domésticas e industriais. Estes quase 10 anos de caminho, reforçam que a nossa tomada de decisão foi bem-sucedida, e ao mesmo tempo leva-nos a planear investimen tos relevantes a curto e médio prazo para reforçar a nossa posição e sustentar o nosso trajeto de crescimento em toda a península ibérica.
Que soluções disponibilizam às comunidades? Explique em que consistem as marcas ECOFLO, REWATEC, CALONA e ECOPROCESS.
A Premier Tech Water and Environment é uma divisão da Premier Tech, cujo objetivo é contribuir para preservar e melho rar a saúde do nosso planeta e das suas populações. Neste sentido dispomos de diversas soluções para armazenamento de líquidos, como sendo o armazenamento de água ou produtos químicos; tratamento de águas residuais, desde um tratamento adequado do esgoto de uma moradia unifamiliar, passando por pequenas aldeias, hotéis e chegando até às industrias; gestão das águas da chuvas, fornecendo sistemas de armazenamento, tratamento, recuperação e reutilização de águas pluviais; gestão de resíduos, onde fabricamos diversos tipos de contentores para recolher e armazenar os mais diferentes resíduos e por fim uma vasta gama de sanitários portá teis. Em simultâneo, com a fabricação e produção, temos equipas técnicas de serviços que nos permitem instalar, efetuar manutenção e respetiva exploração dos equipamentos.
Numa altura em que algumas regiões do país vivem num período de seca extrema, é natural que muitos clientes procu rem soluções para combater o problema. Que tipo de soluções é que a PT Water and Environment oferece neste âmbito?
A escassez de água e o seu uso racional é um assunto que voltou de novo às temáticas do dia, devido ao período de seca existente. Nós contribuímos para um uso eficiente da água de diferentes for mas: fornecer e instalar estações de tratamento de água residuais
Sistema NEO, para armazenamento e reutilização das águas pluviais de uma moradia unifamiliar
com objetivo de reutilização, por exemplo para rega de espaços ver des; soluções para o armazenamento e reutilização das águas das chuvas para diversas finalidades, assim como produzimos tanques que podem ser utilizados para criar reservas de água para os mais diversos fins, como o uso agrícola, combate a incêndios, etc.
Considera que as pessoas estão cada vez mais conscientes da importância de proteger o meio ambiente para salvaguardar as próximas gerações? E relativamente à empresa, que planos têm em mente para o futuro?
A consciência ambiental está cada vez mais presente, e de uma forma transversal a todos os membros e instituições da nossa socie dade. Diariamente são tomadas medidas e criadas ações para reduzir o impacto sobre o meio ambiente, mas ainda existe um longo cami nho a percorrer neste sentido. Sobre os nossos planos de futuro, a nossa expansão em toda a Península Ibérica é um vetor principal no nosso crescimento. Desta forma estamos continuamente a refor çar a nossa equipa, tanto em número como em conhecimento dos nossos membros de equipa e contamos em breve inaugurar uma unidade fabril em Espanha.
Fábrica Premiter Tech Water and Environment Portugal Sistema ECOFLO, para tratamento das águas residuais de uma povoaçãoPOR UM MUNDO MELHOR
Em Portugal estão representados através de várias marcas. De forma breve, pode explicar quais as áreas de atuação das mesmas?
A Saint-Gobain tem como objetivo ser líder global em construção leve e sustentável. Em entrevista, José Martos, CEO da Saint -Gobain Portugal, conta que a empresa está a trabalhar para atingir zero emissões líquidas até 2050.
Em setembro de 2019, a Saint-Gobain anunciou o seu com promisso de alcançar zero emissões líquidas até 2050. Nesse sentido, que medidas têm sido implementadas de forma a contribuir positivamente para o futuro do planeta?
A Saint-Gobain está a trabalhar à escala global e, de forma cola borativa, em diversos eixos, para atingir zero emissões líquidas até 2050. Em Portugal, definimos o nosso Roadmap de Sustentabi lidade, que passa pela sensibilização interna dos nossos clientes e parceiros, bem como da comunidade; por tornar os nossos produ tos mais sustentáveis; por reduzir o impacto das nossas operações; entre outros. Sabemos que o impacto principal está no impacto das nossas matérias-primas e estamos a colocar nesse âmbito muito do nosso esforço, com foco particular na economia circular.
Podemos dizer que o objetivo primordial da Saint-Gobain é garantir o conforto e a segurança e, em simultâneo, conseguir responder aos desafios da construção sustentável, eficiência de recursos e alterações climáticas?
A Saint-Gobain lançou em 2021 o novo plano estratégico, cuja visão do mesmo é ser líder global em construção leve e sustentável. Esta visão responde aos desafios do mercado e às necessidades do planeta. Para concretizarmos esta visão, a sus tentabilidade é um fator-chave, desde uma perspetiva alargada, que vai desde a boa gestão de recursos à redução do impacto dos nossos produtos e atividades no ambiente. Este tema ganhou um foco ainda maior nos últimos anos, pela urgência climática, no entanto, quer o cuidado pelo ambiente, quer a saúde e segurança no trabalho, entre outros, fazem há muito parte dos Princípios de Ação do Grupo Saint-Gobain.
A Saint-Gobain tem, em Portugal, 13 empresas e 10 fábricas em diferentes sectores de atividade, sendo que a maior parte estão ligadas direta ou indiretamente ao sector da construção. Saliento assim, algumas das nossas marcas: Isover - soluções de lã mine ral para isolamento térmico, acústico e proteção contra o fogo; a Placo® - sistemas à base de gesso e placas de gesso para edifícios novos e reabilitação; a Weber - líder em argamassas industriais para diferentes aplicações em construção; a Saint-Gobain Glass (através da marca Climalit Plus®) e a Glassolutions Covipor, que se dedicam à produção de vidro plano e transformação de vidro para a constru ção, respetivamente; a Leca® - argila expandida para aplicação para edifícios, infraestruturas e gestão de águas pluviais; a Chryso - adi tivos para betão e cimento; a Gabelex - soluções para tetos acústicos (através das marcas Ecophon e Eurocoustic); a Saint-Gobain PAM - soluções completas de tubagens em ferro fundido dúctil. Temos ainda marcas como a Glassdrive® que atua na área da reparação de vidro automóvel, a C.A.S.A. - um player completo em termos de reabilitação urbana e reparação de danos na habitação - e a Nor ton®, atua na área dos abrasivos. Adicionalmente, concluímos no passado mês duas aquisições, alinhadas com a visão do grupo: a Falper, que se dedica ao fabrico de sistemas de LSF [Light Steel Framing] e a Fibroplac, que se dedica ao fabrico de placas de gesso.
Qual a análise que faz da trajetória da empresa durante os anos de existência em Portugal? Que objetivos ainda estão por cumprir?
A Saint-Gobain está presente em Portugal desde 1962, ano em que a Cristaleria Espanhola se instala em Portugal mediante uma participação na Companhia Vidreira Nacional S.A. (Covina), dedicada ao fabrico de vidro plano. Desde então, a sólida expan são desenvolvida pela Saint-Gobain e acelerada nos últimos anos, deu-lhe o reconhecimento empresarial e um intenso conhecimento em diversos setores de atividade.
Sobre o futuro e objetivos por cumprir, sabemos que estamos bem posicionados, mas sabemos também que podemos ir mais longe. Temos a ambição de ser o líder em construção Leve e Sus tentável e concretizar essa ambição de acordo com o nosso propó sito: Making The World A Better Home. Sabemos que ser líder não significa apenas ser o melhor do mercado. Significa também sermos pioneiros no nosso setor, transformando o mercado e mobilizando toda a cadeira de valor. Ser líder também significa inspirar as nossas equipas, atrair talento, e ter impacto na sociedade e em toda a sua diversidade. O plano estratégico Grow & Impact, que estamos agora a levar a cabo, será a chave para alcançar as nossas ambições.
José Martos, CEOMELHOR PARA AS PESSOAS, MELHOR PARA O PLANETA…
para construção sustentável
ALGARVE
NOVO INTERMARCHÉ E PARCERIAS
Nesta edição fomos novamente até ao Algarve reconhecer a qualidade da superfície comercial agora inaugurada (Intermarché Albufeira - Vale Pedras), sendo a maior e melhor loja Intermarché construída em tempo recorde, graças às mais - valias dos seus parceiros.
Assim, Velum, Novos Construtores, Vigobloco, Onemarket e Qualifrio, foram algumas das marcas que marcaram presença no evento, através dos seus representantes, e deram um importante contributo a este projeto, e foi isso que nos motivou a conhecer mais sobre a relação entre estas empresas e a insígnia Intermarché, bem como sobre o trabalho que têm desenvolvido ao longo dos anos.
Mas uma vez que falar da região algarvia, é falar sobre qualidade de vida e sobre o aproveitamento do tempo em lazer, a Pinalgar, por ser considerada uma PME Líder e pelo facto da Quinta das Figueirinhas e da Quintinha Village ser um dos destinos de eleição de vários portugueses (e não só), merece igualmente o devido destaque.
INAUGURAÇÃO INTERMARCHÉ
Phillippe Bourroux - Administrador de sete lojas no Algarve, em Lagoa e Armação de Pêra (Silves), Monchique e Portimão
“A inauguração deste novo Intermarché Albufeira - Vale Pedras representa a concretização de um sonho e de uma ambição. Para o Intermarché e para o Grupo Os Mosqueteiros é uma honra estar aqui presente.”
No passado dia 13 de setembro deu-se a cerimó nia de inauguração oficial do novo Intermarché Albufeira - Vale Pedras. Entre familiares, amigos e parceiros que tiveram um papel relevante na construção desta grandiosa obra, foram centenas as pessoas que assistiram na “primeira fila” ao concretizar do sonho de Ana Paula Barbosa e Antó nio Sousa. De destacar a presença de convidados ilustres como Cristiano Cabrita, o Vice - Presidente da Câmara Municipal de Albufeira e Philippe Bourroux, Administrador de várias lojas do Intermarché na região algarvia que, através das suas palavras, saudaram a empresária e reiteraram que a abertura desta loja representa um marco importante não só para o Grupo Os Mosqueteiros, mas também para a economia local.
Ana Paula Barbosa Phillippe Bourroux ALBUFEIRA - VALE PEDRAS“À Ana Paula Barbosa e a toda a sua equipa damos os nossos parabéns por esta magnífica loja e agradecemos por tudo o que fazem em prol do grupo e do Intermarché. Não vou desejar boa sorte, porque sei que esta equipa está mais do que preparada para responder com garra a todos os desafios.”
“Temos realizado grandes investimentos na abertura e requa lificação de pontos de venda que permitam a criação de postos de trabalho e um maior apoio aos produtores e fornecedores nacionais, o que demonstra a nossa forte aposta em Portugal.”
Ana Paula Barbosa - gerente das lojas Santa Eulália, Cerro Grande e Albufeira Vale - Pedras
“Esta loja foi o concretizar do meu sonho e do meu marido. O Intermarché Vale Pedras será o maior do concelho de Albu feira, com um total de 2 200 metros quadrados e 280 lugares de estacionamento no parque interior e exterior.”
“Vamos fortalecer e valorizar ainda mais as nossas equipas para manter e melhorar este atendimento de excelência, bem como disponibilizar os melhores produtos a preços acessíveis.”
“Quero agradecer a toda a minha equipa, amigos e familiares, nomeadamente aos meus filhos, Joana e Hugo, que foram o meu alimento, força e coragem, e aos meus pais que foram o nosso suporte e o nosso maior apoio. A todos vós, em meu nome e do António, muito obrigada!”
LÍDER NA FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE BETÃO
Apresente a Vigobloco, bem como os serviços que disponibiliza ao cliente.
A Vigobloco - Pré-Fabricados, SA é uma empresa que tem cum prido a sua missão de projetar, produzir e montar soluções pré-fabri cadas de betão. Assente nos seus valores estruturais: Competência, Flexibilidade, Honestidade, Inovação, Qualidade e Rigor a Vigo bloco, iniciou a sua atividade em 1977, e hoje é uma das líderes em Portugal na fabricação de produtos de betão para a construção.
Os 45 anos da Vigobloco permitiram-lhe um vasto portfólio no fornecimento de obras públicas e privadas, desde pré-fabri cação ligeira, travessas para via-férrea, elementos para pontes e viadutos, edifícios comerciais, industriais e habitacionais
Como descreveria a sua equipa de profissionais? Que valores norteiam o vosso dia a dia e o que diferencia esta empresa das demais do mesmo ramo?
Temos uma equipa flexível e ávida, que não se contenta com projetos comuns. Aqui, a perfeição é sempre exigida. Temos con fiança nos nossos projetos, mesmo os mais arrojados e irreveren tes, porque a capacidade produtiva que temos ao nosso dispor suporta todo o “know-how” e dá forma às ideias, independente mente da exigência técnica.O nosso complexo industrial tem uma área superior a 80.000m2, o que nos permite desenvolver vários projetos em simultâneo com prazos muito reduzidos.
Em que consistiu a vossa parceria com o novo Intermarche Albufeira - Vale Pedras? Explique que papel desempenharam neste projeto.
A Vigobloco projetou, fabricou e montou a estrutura em betão armado pré-fabricado da nova loja Intermarché em Albufeira, garantindo a perfeita sintonia com o projeto de arquitetura previsto, assim como todas as necessidades de fun cionalidade do edifício, assumindo ela própria o papel proje tista de estabilidade em simultâneo com o de construtor da estrutura pré-fabricada.
Apesar de já termos executado várias obras para outras cadeias de supermercados, esta foi uma primeira experiência desta natu reza, entre a Vigobloco e o Intermarché, que na nossa opinião se refletiu num resultado amplamente positivo.
Considera que o envolvimento neste projeto poderá repre sentar uma alavanca para a participação noutros trabalhos do mesmo género?
A solução proposta e executada pela Vigobloco permitiu garantir parâmetros máximos de qualidade e segurança, cum prindo todas as exigências de funcionalidade, de resistência estrutural e de resistência ao fogo.
Acresce ainda, a garantia de um custo de construção extre mamente competitivo e sem surpresas (como trabalhos não
Em entrevista à Business Portugal, Nélia Saraiva, a administradora da Vigobloco, analisa a trajetória de 45 anos da empresa e explica o papel da mesma no novo Intermarché Albufeira - Vale Pedras.previstos), aliado a um prazo de construção altamente reduzido, permitindo antecipar largamente a data de abertura da loja ao público, quando comparado com outras soluções estruturais alternativas.
Tendo em conta o sucesso do produto fi nal obtido, acreditamos que estão reunidas todas as condições para a consolidação de uma parceria técnica e comercial sólida e duradoura, com a inevitável participação da Vigobloco no projeto de expansão futura do Grupo Mosqueteiros em Portugal.
Relativamente ao futuro, que planos tem em mente para a empresa?
Tendo em conta a escassez de mão de obra, que pode inviabilizar as construções com sistemas tradicionais, e a atual regulamentação contra incêndios, acreditamos que o futuro passará pelo incremento de soluções pré-fabricadas em betão na construção. A Vigobloco pretende continuar o seu caminho com a apresentação de soluções aos seus parceiros, de projetos com a máxima qualidade, diferenciação, inovação, e economia, com a pretensão de contribuir para uma sociedade mais sustentável e coesa, através de um compromisso social, ambiental e economicamente responsável.
“A Vigobloco projetou, fabricou e montou a estrutura em betão armado pré-fabricado da nova loja Intermarché em Albufeira, garantindo a perfeita sintonia com o projeto de arquitetura previsto, assim como todas as necessidades de funcionalidade do edifício”
QUALIFRIO: REFERÊNCIA NA REFRIGERAÇÃO COMERCIAL
E INDUSTRIAL
Assumindo-se como um homem bastante trabalhador, Rogé rio Gomes colocou “mãos à obra” muito cedo. No que à carreira na Qualifrio diz respeito, esta começou aos 16 anos, quando a empresa ainda era gerida pelo seu pai, juntamente com três sócios. Entretanto, Rogério decidiu abraçar um novo projeto e ir para a Força Aérea trabalhar enquanto mecânico de material aéreo. Mal o nosso entrevistado sabia que, em 2022, o seu destino voltaria a cruzar-se com o da Qualifrio, tornando-se, assim, o atual administrador da empresa. Mas a questão que não quer calar é: como é que tudo isto começou?
Regressemos então às origens. A Qualifrio foi fundada em 1985 e desde então que tem sido uma referência no que concerne à refrigeração comercial e industrial. Trata-se de uma empresa de assistência e montagem de equipamentos de refrigeração- “fazemos desde supermercados, entrepostos, no fundo, tudo o que esteja ligado à refrigeração industrial e comercial”, explica o entrevistado.
Quanto à refrigeração comercial, abrange desde pequenas a grandes capacidades e aplica-se em supermercados e hipermer cados, talhos, mercearias, cash & carry’s, e entrepostos frigorí ficos. Por outra via, a refrigeração industrial destina-se ao pro jeto e instalação de sistemas industriais para o ramo alimentar, nomeadamente, nos entrepostos e fábricas de transformação de pescado, entrepostos e fábricas de transformação de carnes, entrepostos frigoríficos, fábricas de transformação de produtos frescos e congelados e sistema de produção de gelados.
Relativamente aos equipamentos de refrigeração, mesmo os que já vêm pré-montados em chassis podem ser fornecidos com compressores de piston ou de parafuso, que trabalham com vários tipos de fluído: R404A R506, C02, entre outros. Estes possibilitam a transformação direta ou através de circuito
Estivemos à conversa com Rogério Gomes, o atual administrador da Qualifrio, que nos revelou mais deta lhes sobre a parceria com a nova loja Intermarché em Albufeira-Vale Pedras, aproveitando ainda para recordar o início da sua amizade com Ana Paula Barbosa e António Sousa.
secundário com fluídos como, por exemplo, o glicol ou o álcool, com regimes de temperatureas entre +10°C a -60°C.
Além disso, todos eles são controlados por PLC e supervi sionados por programas informáticos que fazem uma gestão mais económica e otimizada dos ciclos frigoríficos e tempos de trabalho. Dessa forma, existe a redução do consumo ener gético e garante-se uma melhor prestação dos equipamentos. Controlam também as corretas manutenções e o acesso remoto a algumas funcionalidades que conferem uma melhor perfor mance dos equipamentos.
Tendo em linha de conta que a evolução da indústria da ali mentação envolve a correta e racional logística para transporte e distribuição, a Qualifrio disponibiliza entrepostos frigorífi cos com temperaturas entre os -30° a 0° C, projetos chave na mão que incluem o isolamento térmico, cobertura, e méto dos de armazenagem, com custos otimizados e também com o menor consumo energético possível.
A equipa da Qualifrio e o atendimento de qualidade
São 27 os colaboradores que compõem os quadros da Qua lifrio. Dessa forma, a equipa encontra-se distribuída pelo escritório, pela assistência técnica e pela área da montagem. Principalmente no que a esta última diz respeito, falamos de profissionais de montagem experientes que têm uma capaci dade de resposta muito desenvolvida e técnica, o que simpli fica o processo de montagem, tornando-o mais célere e eficaz. Estão, no fundo, habilitados e certificados, prontos para resol ver qualquer problema e/ou qualquer desafio que possa surgir.
A Qualifrio garante igualmente o serviço pós-venda e a assistência técnica necessária para garantir o bom funciona mento das instalações.
A relação com o Intermarché Albufeira - Vale Pedras
A amizade entre Ana Paula Barbosa, António Sousa e Rogério Gomes já dura há vários anos, mais concretamente, desde o momento em que a empresária abriu uma loja Intermarché na zona de Santa Eulália. Este laço que une o casal ao nosso entrevistado, bem como a confiança que ambos têm no seu trabalho foram o mote para a participação da Qualifrio no novo Intermarché Albufeira - Vale Pedras. Portanto, esta foi a marca responsável por todos os equipamentos de refrigeração disponíveis na loja.
Rogério Gomes considera que o envolvimento da Qualifrio neste projeto poderá ser uma alavanca para a participação noutros trabalhos do mesmo género e, sobre o resultado final da loja nova, não tem qualquer dúvida, “na minha opinião, a loja está excelente e encontra-se mais que preparada para receber os clientes”, “desejo toda a sorte à Ana Paula Barbosa neste novo projeto profissional”, remata.
Perspetivas para o futuro
Quando confrontado sobre os planos para o futuro da sua empresa, Rogério explica que pretende continuar a trabalhar com o retalho e dar igualmente continuidade à parceria com o Intermarché, uma vez que “nos dá bastante prazer e temos uma relação interessante com o grupo”, reitera. Para aqueles que estiverem interessados nos serviços da Qualifrio, podem ver os contactos disponíveis no site ou visitá-los nas suas instalações. Assim, a empresa situa-se na Estrada Nacional 250 - 1 2710 - 139 Cp Raso, em Sintra e encontra-se aberta de segunda a sexta-feira, das 8:30 às 18 horas.
“ESTAMOS SEMPRE RECETIVOS A NOVOS PROJETOS E NOVOS CLIENTES”
A Velum Internacional desenvolve, fabrica e personaliza equipamentos de iluminação, a nível nacional e internacional. Em entrevista à Revista Business Portugal, Hélder Correia, comercial da empresa, falou sobre a parceria que estabeleceram com o novo Intermarché Albufeira - Vale Pedras e sobre a ambição para futuros projetos.
Apresenta a empresa Velum Internacional, bem como os serviços que disponibiliza ao cliente.
A Velum é uma empresa que está presente no mercado há mais de 40 anos, a nível internacional e há mais de 25 anos em Portu gal. Somos uma empresa inovadora, no que diz respeito à parte de iluminação. Criamos ambientes nas mais variadas zonas, como supermercados, escritórios, estabelecimentos, ou qualquer tipo de comércio. Fazemos a diferenciação adequada a cada espaço. Atual mente, trabalhamos com a última geração e tecnologia LED, pelo facto de esta apresentar baixos níveis de consumo de energia e uma grande rentabilidade. O nosso objetivo é reduzir o consumo de energia e melhorar o conforto do utilizador. Ou seja, queremos que as pessoas se sintam bem no ambiente em que estão. Analisamos o projeto de cada cliente, através do nosso gabinete de estudos, tendo em conta que cada um tem características diferentes e definimos o
equipamento que é necessário depois de um estudo luminotécnico. Assim, apresentamos a melhor solução em cada situação.
Que características fazem com que a empresa se destaque das demais do mesmo ramo?
Somos fabricantes, temos a nossa própria marca, criamos con ceitos de iluminação à medida de cada cliente. O nosso propósito é destacar e valorizar o produto em cada loja. Com a nossa quali dade conseguimos marcar a diferença perante os demais.
Em que consistiu a vossa parceria com o novo Intermarché Albufeira - Vale Pedras? Explique que papel desempenharam neste projeto.
Nós já conhecíamos a D. Ana Paula Barbosa, proprietária deste Intermarché, porque já tínhamos trabalhado com ela anterior mente, numa outra loja Intermarché. Como já conhecia o nosso método de trabalho, a Ana Paula decidiu confiar à Velum este projeto. No que respeita à obra, fornecemos todos os materiais de iluminação no interior da loja (linha de caixas, bar, garrafeira, cor redores, entre outros). Criámos o projeto, com base no layout do cliente, e procedemos à realização do projeto de iluminação.
Considera que o envolvimento neste projeto poderá repre sentar uma alavanca para a participação noutros trabalhos do mesmo género no futuro?
Sim, sem dúvida alguma. Fazer parte de projetos como este é sempre uma mais-valia para nós. É uma loja de grandes dimensões e realizar este projeto traz-nos algum reconhecimento. Para além disso, obviamente que isso aumenta a probabilidade de sermos contacta dos por outras empresas e outros clientes que necessitem dos nossos serviços. Já realizámos vários projetos com o grupo Intermarché, na parte de iluminação, mais de 80% das lojas do grupo, foram feitas por nós e acompanhadas pelos comerciais da Velum. Também tra balhámos com outras lojas semelhantes, nomeadamente do grupo Coviran, grupo E.Leclerc e muitas mais entidades também ligadas à área do comercio e indústria, que são conhecidos no mercado, além de trabalharmos também com estas insígnias no mercado europeu. Queremos continuar a realizar este tipo de projetos e outros tam bém, de forma que seja possível manter e aumentar o crescimento da empresa. Estamos sempre recetivos a novos projetos e novos clientes.
“QUALIDADE E EXPERIÊNCIA EM TUDO
O QUE CONSTRUÍMOS”
Com sede na Zona Industrial de Febres, no concelho de Cantanhede, Os Novos Construtores, Lda., dedica-se à construção de edifícios comerciais e Industriais, enveredando, desde 2002, pela construção de moradias e edifícios multihabitacionais de luxo. Ao longo dos anos tem sido possível desenvolver, no seio da empresa, um conceito de serviço suportado pela experiência dos seus colaboradores e pela estreita colaboração com todos os seus fornecedores.
Missão
Exceder as expectativas dos seus clientes de uma forma sustentada, através de recursos qualificados.
Visão
Ser uma empresa de referência na área da construção civil, reconhecida por promover a:
• Satisfação dos nossos clientes;
• Cordialidade com os nossos fornecedores;
Motivação e competência dos nossos colaboradores:
• Formação adequada a cada função
• Envolvência dos colaboradores na empresa
• Reconhecimento
Apresente a Os Novos Construtores, Lda., bem como os serviços que disponibiliza ao cliente.
A empresa Os Novos Construtores, Lda. sediada em Febres, foi fundada em Junho de 1985, com a denominação de Os Novos Construtores de Cidálio Soares Ramos, Lda.
Vocacionada para a atividade da construção civil, afirmou-se neste mercado devido ao rigor e seriedade que sempre ofereceu aos seus clientes.
Sendo a construção civil uma atividade exigente ao nível da qualidade, a empresa Os Novos Construtores, Lda., aposta na satisfação das necessidades dos seus clientes e na superação das suas expectativas, tendo-se adaptado ao novo mercado da construção ao mais alto nível.
Como descreveria a sua equipa de profissionais? Que valores norteiam o vosso dia a dia e o que diferencia esta empresa das demais do mesmo ramo?
Os Novos Construtores, Lda. tem uma estrutura, da qual fazem parte técnicos qualificados nas mais diversas áreas da Engenharia, Gestão, Informática, Qualidade, Segurança e Ambiente.
Fatores como a experiência, capacidade técnica, qualidade de produção, segurança e higiene no trabalho e cumprimento dos prazos fazem parte dos pressupostos base da empresa, que tem nos recursos humanos uma equipa motivada e participativa.
• Segurança (empresa sólida no mercado)
Valores
• Honestidade
• Dedicação
• Profissionalismo
• Dinamismo
• Qualidade
Em que consistiu a vossa parceria com o novo Intermarche Albufeira - Vale Pedras? Explique que papel desempenharam neste projeto.
O papel que desempenhámos neste projeto de construção do Intermarché, em Albufeira, foi importantíssimo, pois conseguimos, mais uma vez, demonstrar a qualidade da execução do nosso trabalho e estreitar os laços empresariais com o dono de obra.
Industrial
3060-318
231 467
Febres Lote
geral@novosconstrutores.pt
A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO EM EQUIPA
A Onemarket surge para dar uma resposta efetiva à necessidade que havia no mercado português de empresas ligadas ao ramo da decoração de espaços comerciais. Passados 13 anos, a administradora Margarida Sampaio, revela que o futuro da empresa passa também pela internacionalização.
Margarida Sampaio tem 48 anos e é licenciada em gestão e planeamento em turismo. Tendo em conta que, tal como diz a gíria popular, “o saber não ocupa espaço”, quis inclusive fazer um MBA em Master of Business Administration, na Universidade do Minho. Este percurso escolar muniu-a das ferramentas neces sárias para enveredar no mundo do trabalho, primeiro na Agên cia Abreu, depois enquanto diretora de Marketing do Campo de Golfe na Quinta da Barca, em Esposende. Posteriormente, tra balhou numa empresa relacionada com desportos de aventura, em Arganil, e foi nesse exato momento que foi aconselhada a dar o “salto” na carreira e abrir o seu próprio negócio no mesmo ramo. A entrevistada assim fez, até que surgiu a oportunidade de a sua empresa fazer a abertura de um supermercado, pois o diretor do mesmo estava com dificuldades em encontrar empresas que estives sem ligadas à decoração e, por isso, pediu-lhe auxílio. Apesar de não ser especializada nesta área, Margarida “arregaçou as mangas” e mos trou-se disponível para ajudar. Foi quando os dois perceberam que aquela era a altura perfeita para criar uma empresa que se dedicasse ao ramo da decoração e é assim que, em 2009, surge a Onemarket.
O projeto da sua vida
Apesar de também gostar da vertente decorativa, Margarida assume que o que a apaixona efetivamente neste trabalho é a ges tão de projetos. Assim, a empresa Onemarket presta dois tipos de serviços: abertura e remodelação de lojas. Embora tenham outro tipo de clientes, decidiram especializar-se nos supermercados, pois foi por aí que começaram e é nesse ramo que têm mais expe riência- “sabemos quais são as suas necessidades, o que podemos colocar, o que é que funciona e o que é que não funciona” e acres centa ainda que “não nos limitamos a executar, temos o hábito de aconselhar porque a experiência que fomos adquirindo ao longo
dos anos em desenvolvimento e montagem permite-nos isso”.
Margarida explica ainda que o sucesso da empresa assenta numa boa preparação e organização prévia à entrada em obra, para que a execução dos trabalhos corra de forma eficiente. A administradora da Onemarket revela mesmo que o trabalho em equipa tem sido fundamental para o sucesso da empresa.
A parceria com o Intermarché
A Onemarket começou por trabalhar com o grupo E. Leclerc, “fizemos a abertura de praticamente todas as lojas existentes em Portugal até ao momento”, revela a entrevistada, acabando, mais tarde, por surgir a parceria com o Intermarché, que dura há 12 anos. No que à loja de Albufeira - Vale Pedras diz respeito, Marga rida explica: “Já conheço a Ana Paula Barbosa há vários anos, pois a nossa empresa também foi responsável pela decoração das restantes lojas dela e posso afirmar que para além de ser uma ótima cliente, é uma excelente pessoa, com uma grande capacidade de trabalho e de grande coragem". Relativamente ao resultado final, Margarida mostra-se bastante satisfeita “é uma loja muito bem conseguida, está lindíssima”.
Apesar da empresa já estar referenciada no grupo, Margarida considera que um projeto como este é sempre um “cartão de visita” e, por isso, acabam por ser contactados por várias insígnias para a realização de trabalhos semelhantes. No que concerne ao futuro da Onemarket, este só poderá ser risonho tendo em conta que a aposta passa também pela internacionalização da marca.
Onemarket, Lda Rua do Progresso, 140 BPBC 4760-Vilarinhos das Cambas
Designer Outlet Algarve: um exemplo em matéria de sustentabilidade
“Muito Bom” no que respeita à performance do edifício e “Excelente” quanto à gestão do mesmo, foram as classificações obtidas pelo Outlet através do certificado internacional BREEAM, o principal método mundial de análise de sustentabilidade, aplicado ao planeamento de projetos, infraestruturas e edifícios.
Esta certificação está relacionada com a iniciativa #bettershopping que visa sensibilizar os visitantes do Outlet para a redução da pegada ecológica.
BREVES ALGARVE
Albufeira é o único município do país com autocarros 100% elétricos
Já circulam em Albufeira cinco autocarros cem por cento elétricos nas atuais linhas de rede de transportes urbanos GIRO. Até ao final do segundo semestre de 2023, irão ser integradas mais 18 viaturas na frota.
A apresentação das cinco viaturas ocorreu no dia em que se assinala o Dia Europeu Sem Carros e a Semana Europeia da Mobilidade.
Estações de tratamento e barragem abrem portas ao público
Nos próximos dias 3 e 4 de outubro, a ETA de Alcantarilha, ETA de Tavira e a Barragem de Odeluca estarão abertas a visitas para aqueles que estiverem interessados em perceber “o que se encontra por detrás de cada torneira” e o trabalho desenvolvido por estas empresas para levar até aos cidadãos uma água certificada e de qualidade.
De referir que os acessos são limitados e a visita obriga a aceitação prévia por parte dos serviços.
Sindicato da Hotelaria do Algarve intensifica a luta por melhores salários
Dirigentes e Delegados do sindicato estiveram reunidos para analisar a situação social e laboral no sector do Turismo e refletiram sobre as possíveis medidas para ultrapassar as dificuldades e os obstáculos colocados pelo patronato e pelo Governo.
No final, ficou patente a confiança e o compromisso em intensificar o trabalho de reforço da organização e da intensificação da ação e da luta reivindicativa nos locais de trabalho.
92 milhões de euros para qualificações, emprego e inclusão social
A iniciativa Algarve 2030, no âmbito do Fundo Social Europeu+, reserva cerca de 92 milhões de euros para intervenções prioritárias em qualificações, emprego e inclusão social.
Estes são três eixos de intervenção fundamentais que estão alinhados com as diretrizes do Pilar Europeu dos Direitos Sociais e consolidam a estratégia de desenvolvimento regional, que já tinha sido iniciada no Programa Regional do Algarve - CRESC ALGARVE 2020 - e alavancam a diversificação necessária da base económica da região.
AHETA assina protocolos com empresas para apoiar associados
A Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) assinou, durante o mês de setembro, vários protocolos com empresas que podem apoiar os seus associados. Estes novos protocolos têm como objetivo proporcionar melhores condições de apoio nas áreas económica e financeira dos associados da AHETA. A partir de agora, a Associação dispõe de parcerias com as empresas GTE e FNWAY que podem prestar apoio na identificação de fontes de financiamento à atividade, preparação e acompanhamento de candidaturas.
QUINTA DAS FIGUEIRINHAS E QUINTINHA VILLAGE: UMA SEGUNDA CASA
Prestes a completar quatro décadas de existência, a Pinalgar tem-se destacado no mercado pela sua qualidade e prestígio. Atualmente, a empresa foca-se na exploração turística, através dos dois aldeamentos que possui. Pedro Pina, um dos gerentes, conta que o segredo para o sucesso está no atendimento de proximidade.
Comecemos por falar sobre a história da Pinalgar. Como é que a empresa surgiu? Sempre esteve ligada à área da construção?
A Pinalgar surgiu em 1985 pela “mão” dos meus pais, Francisco Pina e Helena Pina, a quem agradeço tudo o que me proporcionaram até hoje. Na altura, eles dedicavam-se exclusivamente ao ramo da construção civil. Mais tarde, o meu pai, sempre ambicioso e com visão para o negócio, optou por começar a construir empreendimentos turísticos, focando-se, a partir desse momento, nessas duas atividades. Entretanto, eu e o meu irmão, Ricardo Pina, assumimos as rédeas da empresa e eu fiquei responsável pela gestão dos dois empreendimentos, a Quinta das Figueirinhas e a Quintinha Village. Atualmente, a empresa já não presta serviços na área da construção civil, no sentido em que já não tem os equipamentos e a mão de obra necessária para o fazer. Agora, investimos na promoção, ou seja, compramos terrenos e trabalhamos com empresas de construção civil que tratam das obras. Em Portimão, por exemplo, comprámos quatro lotes de terreno e estamos a construir edifícios. O mesmo acontece na Carrapateira, onde vamos começar agora a construir um condomínio.
O facto de estarem localizados no Algarve, numa zona privilegiada, contribuiu para a decisão de se focarem nos empreendimentos turísticos?
Sim, claro. Para além de estarmos muito próximos da praia,
este é um local bastante calmo e seguro e, por isso, considerámos que teria um grande potencial para investirmos na área do turismo. O Algarve, atualmente, já não é apreciado apenas pelo sol e pela praia, mas esse não deixa de ser um aspeto muito importante, obviamente.
Todos aqueles que nos visitam, quer portugueses quer estrangeiros, procuram um bom clima e a proximidade com o mar. A perceção que temos é de que as pessoas se sentem confortáveis nesta zona, nomeadamente nos nossos empreendimentos. Chegam-nos, sobretudo, famílias e temos clientes que vêm todos os anos. Alguns, inclusive, reservam de um ano para o outro, pois fi cam satisfeitos com o tipo de serviço que prestamos que é de proximidade.
Como é que descreve a Quinta das Figueirinhas e a Quintinha Village, relativamente ao espaço e atendimento ao público?
Em termos arquitetónicos, os dois empreendimentos são bastante diferentes. A Quinta das Figueirinhas é mais antiga, foi construída em 1998 e os apartamentos são constituídos apenas por um quarto num só piso. Já no caso da Quintinha Village , inaugurada em 2004, os apartamentos são todos duplex . No entanto, o nosso serviço está centralizado. Existe uma receção única, aberta durante 24 horas, e todos os restantes serviços, como a lavandaria ou o restaurante, servem os dois aldeamentos. Para além disso, tentamos tratar o cliente de forma especial, não o vendo como apenas um número.
Esse tipo de atendimento personalizado é muito importante e faz realmente a diferença. Há clientes, sobretudo estrangeiros, que passam seis meses no nosso empreendimento e outros seis no seu país. Já nos veem como uma segunda casa.
O que caracteriza a equipa da Pinalgar?
Os nossos colaboradores são muito competentes e de confiança. Uma das nossas grandes mais-valias é, de facto, ter uma equipa sólida e unida. Eu sei que se precisar de me ausentar, tudo continua a funcionar normalmente, como se eu cá estivesse, e isso é muito bom.
A empresa foi premiada com o galardão PME Líder. O objetivo é manter essa imagem de prestígio e qualidade?
Claro que sim. Queremos prestar o melhor serviço possível, priorizando sempre o bem-estar do cliente. É importante manter a confiança e a fidelidade do mesmo para continuarmos a evoluir. O negócio vive dessa relação de proximidade com as pessoas.
Para o futuro, quais é que são as perspetivas? Já têm algum projeto em mente? Há planos para uma adaptação mais sustentável?
Neste momento, não existem planos para investir noutros empreendimentos turísticos. O que queremos fazer, para já, é renovar os que já temos. É muito importante apostar na inovação. Não podemos estagnar, de forma alguma. É necessário fazer algumas remodelações nos apartamentos e modernizar a mobília, por exemplo. E esse será um grande investimento, porque são muitos apartamentos. Na Quinta das Figueirinhas são 100 e na Quintinha Village são 35. Por isso, a prioridade agora é mesmo fazer essa modernização. Além disso, como é sabido, estamos a ultrapassar um período de seca extrema e a água é um bem extremamente precioso, principalmente aqui no Algarve e sobretudo para nós que temos áreas enormes de relva. Já reduzimos algumas, o que nos deixa com muita pena tendo em conta que uma das coisas que os nossos clientes mais valorizam são os nossos jardins grandes. Ainda assim temos que ser responsáveis em termos ambientais e tentar gerir a situação da melhor forma. Provavelmente, a solução passará pela redução do relvado, substituindo algumas partes dessa área por outro tipo de pavimento, de forma a reduzir substancialmente o consumo de água. Uma outra medida que temos em mente, relativamente à questão da sustentabilidade, é a instalação de painéis fotovoltaicos, o que nos iria permitir poupar energia.
Pedro Pina, GerenteLIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS
Se por um lado, o líder ocupa uma das melhores posições no meio de trabalho, por outro, isso acarreta várias responsabilidades, entre as quais, encontrar as melhores estratégias para promover um bom ambiente laboral.
Assim, existem vários aspetos que caracterizam um bom líder, como por exemplo, saber comunicar, atender às necessidades dos seus colaboradores ou ouvir e respeitar as várias opiniões.
Para além disso, é muito importante que este saiba adaptar a sua empresa ao momento em que vivemos, acompanhando a evolução tecnológica pois, só assim, conseguirá singrar neste mundo dos negócios que é tão competitivo.
Nesta edição de setembro, conheça alguns exemplos de líderes que têm conseguido motivar as suas equipas e levar as empresas e as instituições a “bom porto”.
“TRABALHAMOS PARA CONCRETIZAR OS SONHOS DOS NOSSOS CLIENTES”
O atelier TNV tem como marca distintiva uma equipa com expe riência, nas mais variadas etapas do projeto e em várias áreas de atuação, com colaboradores que passaram por países como Alemanha e Brasil, assegurando desta forma uma resposta eficaz aos mais diversos desafios, com garantia de liderança em processos de maior ou menor complexidade, como conta em entrevista, Tiago Cabral, CEO à Revista Business Portugal.
Como surgiu esta empresa e que tipo de serviços prestam aos clientes? Trabalhar neste ramo é ter nas “mãos” a possibilidade de realizar sonhos. Assim sendo, sente que é difícil corresponder às expetativas dos clientes?
A TNV surgiu no seguimento de uma vontade de um dos sócios, de vir para Portugal e continuar a sua profissão no nosso país. Assim, e havendo já uma ligação de amizade entre sócios, foi o passo mais lógico, dando continuidade a um vasto conhecimento adquirido, ao longo de 36 anos, na área de arquitetura e engenha ria, na Alemanha e Holanda.
Os serviços prestados englobam projeto de arquitetura, de espe cialidades, design de interiores, projeto de execução, acompanha mento de obra, direção de obra, fiscalização e construção.
Não vamos negar que realizar sonhos é uma tarefa árdua, mas até ao presente conseguimos alcançar essas metas por e para os nos sos clientes. Temos a noção de que as expetativas podem, por vezes, ser demasiado altas, tendo em conta os diversos condicionalismos legais com que nos deparamos. Nessas situações ajudamos os clien tes a reposicionarem a fasquia dentro do possível e, daí em diante, é um processo evolutivo e consciencioso. Salvaguardar a componente social do arquiteto, que não se dissociando das metas a alcançar, acompanha o cliente na viagem até à concretização desse sonho.
Sabemos que têm por hábito contratar colaboradores com experiências profissionais distintas e abrangentes. Como é constituída a vossa equipa? Contarem com profissionais de excelência permite-vos também realizar outro tipo de trabalhos?
Sim, é um facto, temos uma equipa multidisciplinar, sendo que os nossos colaboradores têm experiências distintas e complementares. Assim, e a título de exemplo, aponto a experiência de alguns elemen tos da equipa em países como Alemanha, Brasil, França e Holanda. Profissionais na área de arquitetura, arquitetura de interiores e enge nharias. Passando por obras de cariz habitacional, obras hospitalares,
escritórios, pontes e túneis de média e grande envergadura. Estamos devidamente capacitados para realizar os trabalhos referidos com o maior profissionalismo e empenho.
O foco no cliente e nas suas necessidades é o fator que dis tingue a empresa da concorrência?
Sim, esse é o nosso maior ponto de enfoque. Através da nossa experiência e dos nossos colaboradores, desde cedo nos apercebe mos que não queríamos ser mais um atelier de arquitetura, mas sim a exceção à regra. Assim foca-mo-nos no cliente, desde o primeiro contacto até à conclusão da obra, sempre com uma relação próxima e profissional. A opção de escolha pelos nossos serviços prende-se com a rapidez e eficiência com que os nossos técnicos desenvolvem e apresentam resultados. Sendo certo que os nossos colaboradores têm as mais diversas competências na área da arquitetura e engenharia. Aliado a esta capacidade técnica de resposta à demanda por parte dos clientes, está o nosso departamento de apoio e acompanhamento ao cliente, que não deixa os créditos por mãos alheias.
Dos projetos realizados, existe algum que gostasse de desta car? E para o futuro, que planos tem em mente?
Dos diversos projetos realizados, podemos destacar a Casa LI em Algés, porque adotámos e integrámos as premissas da “Passive House”. Este conceito garante que a edificação tenha um elevado padrão de desempenho energético - sustentável e que, sendo economicamente acessível, permite elevar os níveis de conforto e de saúde. Salientamos ainda o metro de Karlsruhe, obra de grande dimensão, na qual tivemos uma parte ativa na elaboração de projeto e no acompanhamento e direção técnica de obra.
Para o futuro a curto-médio prazo, pretendemos abarcar mais projetos de grande envergadura e expandir o nosso mercado além fron teiras, embora tenhamos uma parceria com uma empresa alemã, com a qual fazemos vários projetos para aquele território há já alguns anos.
“WE WORK TO MAKE OUR CLIENTS’ DREAMS COME TRUE”
TNV has as a distinctive mark a team with experience in several stages of the project and in various areas, with employees who have worked in countries like Germany and Brazil, thus ensuring an effective response to the most diverse challenges, with guaranteed leadership in processes of greater or lesser complexity, as Tiago Cabral, CEO, told in interview to Revista Business Portugal.
How did this company come about and what kind of services do you provide to customers? Working in this field means having in your “hands” the possibility of making dreams come true. So, do you feel that it is difficult to meet customer expectations?
TNV was born following the desire of one of the partners to come to Portugal and continue his profession in our country. As there was already a connection of friendship between partners, it was the most logical step, giving continuity to a vast knowledge acquired over 36 years in the area of architecture and engineering in Germany and in the Netherlands.
The services provided include architectural design, specialties, interior design, execution project, construction supervision, site management, inspection and construction.
We won’t deny that making dreams come true is an arduous task, but so far we have managed to achieve those goals for and by our clients. We are aware that expectations can sometimes be too high, taking into account the various legal constraints we face. In such situations we help clients to re-set the bar as high as possible, and from then on it is an evolutionary and conscientious process. Safeguarding the social component of the architect, who, without dissociating himself from the goals to be achieved, accompanies the client on the journey to the realization of that dream.
We know that you are used to hiring staff with different and wide-ranging professional backgrounds. How is your team made up? Does having professionals of excellence also allow you to carry out other types of work?
Yes, it is a fact, we have a multidisciplinary team, and our colla borators have distinct and complementary experiences. Thus, and as an example, I point out the experience of some elements of the team in countries like Germany, Brazil, France and Netherlands. Professionals in the areas of architecture, interior architecture and engineering. These include residential, hospital, office, bridge and tunnel works of medium and large dimensions. We are duly quali fied to carry out the aforementioned work with the utmost profes sionalism and commitment.
Is the focus on the customer and their needs the factor that distinguishes the company from the competition?
Yes, that is our main point of focus. Through our experience and our collaborators, we soon realised that we didn’t want to be just ano ther architecture office, but rather the exception to the rule. Thus, we focus on the client, from the first contact until the conclusion of the work, always with a close and professional relationship.
The option to choose our services has to do with the speed and
efficiency with which our technicians develop and present results. It is certain that our collaborators have the most diverse skills in the area of architecture and engineering. Allied to this technical capacity to respond to customer demand, is our department of support and customer care, which does not leave the credit in the hand of others.
Of all your projects, is there any that you would like to highlight? And for the future, what plans do you have in mind?
Of the various projects undertaken, we can highlight the LI House in Algés, because we have adopted and integrated the premises of the “Passive House”. This concept guarantees that the building has a high standard of sustainable energy perfor mance and, being economically accessible, it allows the raising of comfort and health levels. We would also like to highlight the Karlsruhe Metro, a large-scale project in which we played an active part in the project design and in the monitoring and technical management of the construction work.
For the short-medium term future, we intend to take on more large-scale projects and expand our market across borders, although we have a partnership with a German company, with which we have been carrying out various projects for that terri tory for some years now.
INVESTIDOR E PROMOTOR IMOBILIÁRIO EUROPEU
RE CAPITAL CONTINUA A CRESCER EM PORTUGAL
A RE Capital, empresa imobiliária especializada em reposicionamento imobiliário em cidades cosmopolitas da Europa, pretende continuar o seu rápido crescimento numa série de sectores imobiliários - com Lisboa, e Portugal como um todo, a desempenhar um papel central na sua estratégia.
A RE Capital é o promotor de alguns dos mais emblemáticos empreendimentos residenciais em Lisboa e arredores. O seu por tfólio inclui, entre outros, o LX Living, um empreendimento que oferece 150 novas casas, espaços comerciais e de lazer, na zona das Amoreiras, bem como o galardoado AAA23 (António Augusto Aguiar 23) com 42 novas casas, ou o Marvilla Collection, um projeto que visa colocar no mercado mais de 300 novas habita ções para o segmento familiar, através da reabilitação de antigos armazéns perto do rio e do Hub Creativo do Beato.
Com um consistente track record em habitação, escritórios, lazer e logística - planeia expandir-se para além da sua atual estra tégia residencial em Lisboa - quem é a RE Capital e o que está a trazer para uma das cidades mais dinâmicas da Europa, Lisboa?
Uma empresa imobiliária pan-europeia.
A RE Capital é um investidor europeu, promotor e gestor de ativos, especializado na reabilitação e reposicionamento de edifí cios subutilizados em edifícios residenciais e comerciais modernos e característicos para os seus residentes, ocupantes e para a comu nidade em geral.
Com experiência no terreno em cidades cosmopolitas da Europa - incluindo Lisboa, Londres, Genebra e Luxemburgo - a RE Capital tem duas décadas de experiência na criação de locais que melhoram as suas comunidades e os seus ambientes.
Em Portugal, ao longo dos últimos 18 meses, a equipa cres ceu significativamente (sendo agora 25), permitindo integrar valências in-house , tais como gestão estratégica dos activos, acompanhamento jurídico, gestão técnica, vendas e marke ting ou property management , com vista a melhor satisfazer as necessidades dos seus investidores e parceiros.
Em território nacional, os seus projectos variam entre resi dencial de luxo ou segmento familiar em Lisboa, até empreen dimentos turísticos na costa alentejana ou no Algarve. Só em Portugal, os empreendimentos da RE Capital têm um valor bruto de desenvolvimento de cerca de 600 milhões de euros, com o objetivo de ultrapassar os mil milhões de euros em 2023. Em toda a Europa, a empresa investiu, desenvolveu e geriu projetos com um valor bruto de desenvolvimento de 2 mil milhões de euros.
Uma abordagem de colaboração com investidores, pro motores e colegas.
A RE Capital trabalha em estreita colaboração com investidores que visem obter rendimentos atrativos e ajustados ao risco, que procurem desenvolver projectos de grande qualidade, e com um impacto duradouro na sociedade. Liderada pelo seu chief executive, Newman Leech, com décadas de experiência na gestão de equipas e no desenvolvimento de ativos em toda a Europa, ocidental e meridional, a RE Capital beneficia de uma equipa pan-europeia que partilha conhecimentos e experiência além-fronteiras.
Olivier Hezelot, Head of Europe, explica: “A RE Capital beneficia de uma abordagem verdadeiramente integrada em todo o continente. Embora cada membro da equipa seja um perito no seu próprio mercado, quer do ponto de vista do investimento, desenvolvimento e planeamento, ou da gestão de ativos, estão também a beneficiar da perícia dos seus colegas em classes específicas de ativos". E continua: “Significa que, não só podemos recorrer ao conhecimento local e à perícia especializada no desenvolvimento dos melhores ativos possí veis, mas também permitir que a nossa equipa tenha oportuni dade de trabalhar com colegas de todo o continente e aprender as melhores práticas dos mercados individuais”.
O que se segue para a empresa imobiliária?
Hezelot está optimista acerca do mercado imobiliário português e da capacidade da RE Capital continuar a criar projectos especiais, apesar das condições económicas difíceis.
Explica: “A RE Capital está numa posição invejável graças à variedade de talentos da equipa, bem como o nosso entusiasmo em trabalhar em parceria com outros promotores e investidores. Com uma saudável quantidade de capital a distribuir no mercado e conhecimentos especializados numa série de classes de ativos, iremos rever os negócios de perto e procurar expandir adequadamente”.
Projetos emblemáticos da RE Capital
Para já, os futuros projetos emblemáticos incluem dois empreendimentos em Melides na zona do Alentejo (Comporta) numa das mais extraordinárias e inexploradas áreas verdes desta bela costa portuguesa, assim como o projeto Villas Lobo, na zona do Triângulo Dourado (Algarve). Ambos os locais oferecerão produtos turísticos e residenciais de alta qualidade, com serviços e comodidades para atender às exigências, tanto dos clientes visitantes, como dos futuros residentes. Procurando manter um padrão de qualidade elevado, os empreendimentos irão coabitar em perfeita harmonia com as áreas naturais protegidas em que se integram e implementar as melhores práticas de ESG.
Greycoat Stores em Victoria, Londres, é um prédio de escri tórios de categoria A, com um valor bruto de desenvolvimento de 125 milhões de libras esterlinas. A Greycoat Stores é um antigo edifício de armazém construído na era da Rainha Vitó ria, que será reabilitado para entregar 6.410 metros quadra dos de escritórios distribuídos por oito andares com terraços privativos. Contará com amplas comodidades, incluindo 464 metros quadrados de lojas e instalações de lazer no rés-do -chão e nos pisos inferiores, bem como um restaurante com 371 metros quadrados. O edifício será construído de acordo com elevados padrões de sustentabilidade para alcançar uma certificação BREEAM Excelente e certificações Wiredscore Platinum e Wellness.
RUBIX, o desenvolvimento industrial e logístico da RE Capital em Genebra, na Suíça, vai converter 47 mil metros quadrados de dois antigos edifícios fabris em instalações mul ti-modulares, de alta tecnologia e ecoeficientes. Os interiores do edifício serão concebidos num sistema de planta livre e a capacidade de carga no chão e a altura do teto permitirão uma reconfiguração ilimitada dos espaços, sem recorrer a grandes modificações estruturais.
www.recapital.com
A REALIZAÇÃO DE SONHOS
Cristiano Vieira, CEOOs projetos na área da Construção Civil despertaram, desde sempre, a atenção de Cristiano Vieira. Este seguiu a sua paixão e hoje possui dois gabinetes: o CV-Arquitetura e Engenharia e o CV-Engenharia, ambos fundados com o objetivo de bem servir o cliente.
Explane o seu passado profissional (desde a área de formação até ao momento em que decidiu abrir o seu próprio gabinete de arquitetura e engenharia).
Desde cedo soube que seria esse o meu caminho a seguir, pelo fascínio que todas as vertentes de projetos na área da construção civil proporcionam, isto porque estando num núcleo de pessoas que trabalhavam, e trabalham, nesta área de projeto e na construção propriamente dita, era fácil acompanhar as obras. Fascinava-me todo o processo desde a criação do projeto de arquitetura até à fase de entrega de obra ao cliente. Com formação em Engenharia Civil finda em 2014, e com a realização do estágio profissional, posteriormente, obtive a experiência necessária para poder iniciar a minha carreira por conta própria. Hoje, passados oito anos, conto com uma equipa de profissionais repartida em dois gabinetes de projeto: CV-Arquitetura e Engenharia e outro CV-Engenharia, portanto, um gabinete mais voltado para a vertente de Arquitetura (mas também com Engenharia) na Lourinhã (Lisboa), e outro mais voltado para vertente das Engenharias, este situado em Alvaiázere (Leiria).
Apresente a CV Arquitetura e Engenharia e enumere os serviços que disponibilizam aos clientes.
A CV-Arquitetura e Engenharia para além de ser uma empresa, é uma equipa. Com elevada formação, experiência, qualidade e inovação,
executa projetos de Construção Civil, que vão desde o Projeto de Arquitetura, Projetos de Especialidades e, posteriormente, Fiscalização de Obra. Trabalhamos mais a área de projeto para fins habitacionais para construção nova, alteração, ampliação ou reabilitação. Também, e com grande satisfação, recebemos solicitações de outros profissionais independentes, na grande maioria arquitetos, para a realização dos chamados pacotes de especialidades como complemente dos seus projetos de arquitetura.
Descreva a equipa da CV-Arquitetura e Engenharia. Qual a importância da sua equipa para o sucesso e crescimento da sua empresa?
A CV-Arquitetura e Engenharia é composta por uma equipa de arquitetos e engenheiros que trabalham em perfeita harmonia e compatibilização com um único propósito, nomeadamente, obter a melhor solução para o cliente. Na verdade, em cada projeto temos nas mãos a responsabilidade pela concretização do sonho das pessoas que nos procuram ao concretizarmos ao projetar a sua casa, o seu lar ou até o seu investimento. Uma equipa coesa, compatível e dinâmica é o mote principal para atingir bons resultados e, com isto, tratarmos dos projetos com rigor, qualidade, eficácia e rapidez. O facto de conseguirmos agregar no mesmo lugar várias vertentes e, sendo ainda possível a discussão e partilha de diferentes ideias com profissionais distintos sobre determinado assunto ou caso é crucial. Com isto, economizamos tempo e reduzimos custos, o que nos permite incrementar o nível de satisfação do cliente.
Quais os seus futuros planos de investimento e inovação e consequentemente crescimento da empresa?
Olhamos para o futuro com vontade de continuar a crescer. Futuramente, estamos a planear recrutar mais profissionais, sem perder de vista o foco da satisfação final do cliente e da qualidade do ambiente de trabalho entre os elementos da equipa já existentes.
FOCO NO CLIENTE E NA EXPERIÊNCIA
muito orgulhosos. A base deste sucesso assenta nos vetores-chave como o caráter inventivo, ou inovação, a qualidade e a sustentabilidade que estiveram na origem da empresa e que são hoje e continuarão a ser no futuro, onde incluímos também já a digitalização, a principal força motriz da empresa, e que nos move diariamente. Esta abordagem está presente transversal mente na empresa, na forma como impac tamos no meio que nos envolve e como muito ativamente procuramos melhorar a experiência dos que utilizam os nossos produtos e que diariamente confiam em ambas as marcas para os seus projetos.
Sendo uma marca com um design moderno e artigos premium, nomeada mente para as casas de banho e cozinhas, conte-nos mais sobre a vossa vasta gama de produtos.
diferentes categorias de produto, quer para o banho quer para a cozinha.
Podemos afirmar que a Hansgrohe pro cura dar uma especial atenção ao cliente e é por esse motivo que apostam no apoio no planeamento e no serviço pós-venda? De que forma é que o fazem?
A sustentabilidade e a poupança de recursos energéticos são temas na ordem do dia e são também uma preo cupação para o Grupo Hansgrohe, tal como explica Carlos Santos, o Country Manager da empresa.
Começou como uma pequena ofi cina de produtos de metal e hoje é uma das empresas de maior referência no ramo sanitário, possuindo 34 filiais e 21 escritórios em todo o mundo. Assim sendo, qual o balanço que faz do percurso da Hansgrohe?
É, sem dúvida, uma trajetória de sucesso que conta com mais de 120 anos e da qual todos os colaboradores estão
O Grupo Hansgrohe é composto por duas marcas. A hansgrohe e AXOR. A AXOR é a nossa marca de design de luxo com produtos desenhados por alguns dos maiores designers do mundo como Philippe Starck, António Citterio ou Barber & Osgerby onde pensamos no banho de uma forma mais holística, integrando os nossos produtos em con ceitos ou estilos de decoração. Para tal, aliamos o design e a alta performance dos produtos a um serviço de indivi dualização que permite selecionar entre uma vasta quantidade de acabamentos ou cores, ou em soluções desenhadas à medida do cliente. A hansgrohe é a nossa marca premium , com uma gama mais profunda e inclusive com novas catego rias de produto como as calhas de duche e os nichos de duche. Alicerçada num excelente design , na qualidade de enge nharia alemã, apresentamos um grande número de soluções e acabamentos em
O foco de todos os nossos processos é o cliente e a sua experiência com os nossos produtos. Desde o desenvolvi mento de produto, processo de fabrico, logística e, é claro, na pré e pós-venda. Abrimos há precisamente um ano o The Water Studio Lisbon, onde para além de apresentarmos as últimas novidades, pretendemos inspirar e assessorar os nossos visitantes na escolha da solução adequada à sua necessidade e pretensão. Adicionalmente, dispomos de serviços de consultoria em projeto/obra e um ser viço de after-sales que funciona de uma forma muito eficaz para todos os nossos clientes desde o promotor imobiliário, grupo hoteleiro ao consumidor final.
A realização de eventos como a DECORHOTEL é importante na medida em que permite divulgar a marca e dar a conhecer os vossos produtos? Que expetativas tem para a edição deste ano?
A DECORHOTEL representa para o Grupo Hansgrohe uma grande opor tunidade para nos darmos a conhecer um pouco mais no mercado português e junto de um público-alvo onde a marca tem uma grande tradição a nível inter nacional. Para além dos novos produtos, procuraremos enfatizar o nosso caráter inovativo no design e em temáticas tão atuais quanto a sustentabilidade e a pou pança de recursos energéticos através da utilização das nossas soluções.
Carlos Santos, Country Manager"O NOSSO SUCESSO É ESCRITO À MEDIDA QUE TRANSFORMAMOS A VIDA DAS PESSOAS"
Dedicando-se à mediação da compra, venda e arrendamento de imóveis, essencialmente de luxo, a MM Imóveis dispõe de uma equipa jovem e dinâmica liderada por Miguel Mota, o engenheiro com quem tivemos o prazer de conversar.
Formado em Engenharia Civil, acaba por se dedicar à área da mediação imobiliária. Como é que descreve o seu percurso profissional? Quais os maiores desafios de trabalhar nesta área de negócio?
Nasci na cidade do Porto, e cresci no seio de uma família tradi cional. O meu pai, construtor civil desde sempre, cedo me incutiu a paixão pela construção civil. Mais tarde formei-me em engenharia civil. O meu interesse por pessoas e pelas relações humanas, levou-me a juntar o melhor de dois mundos, pessoas e o ramo imobiliário. Ajudar os outros a concretizar sonhos é algo que me faz sentir muito realizado nesta área. A gestão empresarial imobiliária está repleta de desafios num mundo volátil e no qual o comportamento e comuni cação dos agentes entre si perante cenários externos têm de ser cons tantemente adaptados a novas realidades.
A incerteza é um dos principais desafios. A resposta ao mesmo passa pela resiliência e inovação face aos novos caminhos que estão constantemente a ser traçados, fruto da permanente renovação do sector. Há que preparar o futuro repensando modelos de negócio face aos impactos sociais e económicos que vivemos enquanto cidadãos.
A MM Imóveis é uma imobiliária vocacionada para o mercado de luxo e tem vindo a demonstrar uma forte ascensão, baseada na qualidade, rigor e profissionalismo. É com base nestes valores que trabalham, todos os dias, de forma a prestar o melhor serviço aos clientes?
A mediação ou consultoria imobiliária é, e sempre foi, uma área feita de Pessoas para Pessoas. É, tradicionalmente e na sua essência uma atividade Humana. Clientes cada vez mais exigentes, mais infor mados, mais seletivos criam uma grande responsabilidade, mas é aqui também que está a nossa convicção e foco no estabelecimento de uma relação única, exclusiva e pessoal. Para tal acreditamos que a ética,
transparência, nível elevado de serviço e confiança são ingredientes e valores absolutamente necessários para continuarmos a crescer e a ascender com persistência e de forma consciente.
A imobiliária conta com uma equipa de colaboradores experientes, dedicados e motivados. A grande aposta na for mação profissional de cada um faz parte de uma estratégia para se destacarem cada vez mais no mercado?
Trata-se da simples necessidade da gestão de talento. Só com aprendizagem, formação e experiência é possível evoluir para o aumento de competências e conhecimentos. A especialização profis sional e o posicionamento de cada colaborador é fulcral para marcar a diferença junto do cliente. Uma cultura de organização, respeito e responsabilidade é prioritária e comum a todos. A MM Imóveis aposta também no desenvolvimento pessoal como ferramenta para estabelecer uma comunicação clara, funcional e objetiva com o cliente e com a equipa de trabalho. É necessário “escutar ativamente” para prestar um serviço personalizado.
Fundada em 2016, a MM Imóveis já concretizou vários negócios com famílias portuguesas, clientes individuais e inves tidores nacionais e estrangeiros. Quais é que são as perspetivas para o futuro da empresa?
A resposta salutar e a confiança que recebemos todos os dias dos vários agentes com que nos relacionamos têm sido o input necessário para a satisfação e crescimento. Clientes, parceiros, estruturas e serviços têm contribuído para definir uma visão de futuro clara e continuar a nos inspirar e a trabalhar para expandir a marca MM Imóveis promovendo a mesma neste mercado cada vez mais globalizado. Pre tendemos conquistar espaço nacional e internacional com o objetivo de continuarmos a ser uma referência positiva. Procuraremos sempre a solução e pretendemos ser personagens ativas no mundo imobiliário onde queremos continuar a fazer a diferença na vida das pessoas.
Miguel Mota, Engenheiro e CEOEUROPASTRY CELEBRA 25 ANOS EM PORTUGAL
O Grupo Europastry existe desde 1987, mas foi há 25 anos que a empresa surgiu em Portugal. Desde então, já foram internacionalizados vários produtos portugueses. Entre os mais apreciados estão o Pastel de Nata, o Pão de Deus e o Bretzel ® , como conta Filipe Canário, Baker and Sales & Marketing Director, em entrevista à Business Portugal.
Em 2022, a Europastry assinala 25 anos de presença em Portugal. Na sua ótica, que posição ocupa a operação nacional no universo de mais de 60 países onde a empresa marca presença?
Portugal é um projeto muito acarinhado pelo grupo, pois foi pioneiro no processo de internacionalização e, ainda hoje, é uma plataforma para novos mercados. Em Portugal, já contamos com duas unidades fabris e com mais de 450 pessoas na equipa, o que nos posiciona no segundo país de maior investimento por parte do grupo. Adianto ainda, que do ponto de vista de inovação, a contribuição do nosso país tem sido muito bem sucedida, quer nos mercados europeus quer em outros continentes.
O sucesso tem sido constante e, mesmo em tempo de pandemia, a empresa apresentou 500 novas referências. Isto demonstra a capacidade de inovação da empresa, assim como a disponibilidade do consumidor português receber novidades?
O ciclo de inovação para nós é contínuo, o mercado nacional aceitou 153 novos produtos, apesar de, no universo global, tenhamos criado mais de 500 nestes últimos anos. O consumidor nacional está disponível para receber novidades, mas acima de tudo, exige que a qualidade da oferta seja surpreendente, pelo menos os consumidores Europastry, já nos habituaram a que esse nível de exigência seja o mais elevado. A inovação que praticamos é sempre focada no cliente e a considerar as tendências e hábitos de consumo.
Portugal é reconhecido como pioneiro em vários produtos. Que produtos “made in” Portugal vos dá mais orgulho em ver viajar para os quatro cantos do mundo? A inovação e a qualidade são e vão continuar a ser pilares da vossa atuação?
Mais que orgulho é satisfação e, obviamente, é o pastel de nata, acarinhado e reconhecido internacionalmente e que, de uma forma muito feliz, nos tem representado. Existem, no entanto, outros produtos, tais como, o Croissant Brioche Porto e, mais recentemente, o Pão de Deus, que muito tem surpreen dido outras geografias. Como estrela, o Bretzel ®, um produto
criado em Portugal, que hoje já se apresenta com uma família própria e completa com vários sabores e dimensões, mas sempre com a classe Premium que um Bretzel ® representa.
A inovação e a qualidade são uma consequência do espírito inquieto que contagia positivamente toda a organização, mas hoje, a sustentabilidade representa outro pilar fundamental da nossa organização que iremos cultivar, da mesma forma como cultivamos os trigos com que produzimos, por exemplo, a nossa gama de Pão Saint Honoré, e contribuirmos para que o nosso sector seja, verdadeiramente sustentável.
Que novidades estão previstas para apresentar ao mercado? Esta efeméride será comemorada com o lançamento de um novo produto?
Temos várias, mas destacaria dois novos Bretzel, um com Maçã de Alcobaça e outro com Pêra Rocha do Oeste no seu interior, onde procuramos também promover a região do Oeste, pelas ricas frutas que nos proporcionam, além de promover o consumo de fruta junto dos nossos consumidores. Por outro lado, teremos no mês de setembro o lançamento de um novo pastel de nata de café, em parceria com uma marca de café bem presente no mercado nacional.
Filipe Canário, Baker and Sales & Marketing Director“TODOS OS ANOS TENTAMOS POTENCIAR
O EVENTO, COM O OBJETIVO DE ATRAIR MAIS PESSOAS”
Este ano, a Festa das Adiafas e Festival Nacional do Vinho Leve celebra-se de 15 a 23 de outubro. José Bernardo Nunes, Presidente da Câmara Municipal do Cadaval, salienta que o certame dá a conhecer os princi pais atores económicos do concelho, os produtos locais, a qualidade e diversidade da gastronomia, os vinhos leves da região, as tradições, bem como as pessoas e a forma como sabem receber e acolher quem visita o Cadaval.
O certame Festa das Adiafas e Festival Nacional do Vinho Leve inclui anualmente gastronomia, exposições, espetáculos e atividades equestres, bem como o anual Concurso de Vinhos Leves de Lisboa. Estas são as principais razões para visitar o Cadaval e participar neste “brinde” anual ao final das colheitas e aos produtos regionais?
Só faltou referir a eleição da Miss Adiafas, que também acon tece durante o certame, mas sim, estas são razões fortes para visitar o Cadaval.
Digamos que, em apenas 10 dias, é possível ficar a conhecer os principais atores económicos do concelho, os nossos pro
dutos locais, a qualidade e diversidade da nossa gastronomia, os vinhos leves da região, as nossas tradições e, o mais impor tante, as nossas pessoas e a forma como sabem receber e aco lher quem nos visita.
Este ano, a Festa das Adiafas e Festival Nacional do Vinho Leve celebra-se de 15 a 23 de outubro, contudo o evento conta já conta com várias edições. O que é que os visitantes podem esperar da edição deste ano? Está preparada alguma surpresa?
Depois de um interregno de dois anos, o que sentimos é uma enorme vontade de retomar o evento por parte das associações, que são nossas parceiras na parte gastronómica, mas também dos expositores em geral.
Já todos sentimos, durante as muitas festas de verão, que as pessoas estão ávidas do convívio e de diversão, por isso preocu pámo-nos em ter um programa de animação que vá ao encontro dos interesses dos mais novos aos mais velhos, sem descurar a vertente empresarial.
Todos os anos tentamos potenciar o evento, com o objetivo de atrair mais pessoas, quer para a vertente económica nos expo sitores, quer para o espaço de gastronomia.
Não sei se sabe, mas toda a parte de gastronomia da Festa das Adiafas é assegurada por voluntários das associações do conce lho que também encontram aqui uma fonte de receita para as suas atividades ao longo do ano. É uma espécie de economia circular (risos).
Posso adiantar que teremos um canal de televisão nacional a transmitir um programa em direto logo no primeiro sábado, bem como teremos no cartaz um concerto do José Cid. Pare ce-me que são boas surpresas para quem cá vive, mas também para quem não conhece o Cadaval, será uma boa oportunidade para nos visitar.
José Bernardo Nunes, PresidenteO recinto junto ao Campo da Feira do Cadaval tem acolhido, anualmente, desde o ano de 2009, um certame sobejamente apre ciado na região. O que representa o certame para o Município do Cadaval, em termos económicos e sociais? Pode dizer-se que duas das principais atividades económicas da região são a fruticultura e a vitivinicultura. Há mais alguma atividade que possa destacar-se?
A Festa das Adiafas é essencialmente uma montra das nossas principais atividades económicas, mas também tem um signifi cado social muito importante para a nossa população, pois marca o encerramento de um ciclo nas culturas agrícolas e o início de um novo ano que se espera sempre melhor.
A fruticultura e a viticultura são efetivamente as atividades económicas com mais expressão, mas temos aqui sediadas uma série de empresas na área do comércio e do agroalimentar com um peso significativo na nossa economia e na da região.
A economia social, tem também uma grande expressão no nosso concelho, quer no serviço prestado, que vai para além do nosso território, quer na empregabilidade que significa.
A Serra de Montejunto é o ex-líbris do Cadaval. Que outros pontos turísticos destacaria no concelho?
Efetivamente o Montejunto é um espaço fantástico onde temos investido recursos, não só na criação de infraestruturas mas também no estudo e preservação daquele monumento natural, que tem um potencial imenso e que ainda pode crescer muito, em termos de oferta turística.
Aquilo que temos para oferecer ao turista é, sem dúvida, a nossa paisagem, que é aquilo que nos dizem sempre “vocês vivem num sítio lindo”; “adoramos os vossos campos sempre verdes”; “tá tudo tão arrumadinho na vossa paisagem”.
A pouco e pouco, temos também vindo a melhorar substan cialmente as infraestruturas das nossas aldeias e, mais recente mente, a própria ligação entre as aldeias.
Diria que, de forma natural, têm surgido diversos projetos turísticos, normalmente de pequena dimensão, que têm ajudado a projetar e a dar a conhecer o concelho, o que é muito positivo.
Relativamente à gastronomia, quais é que são os pratos típi cos do Cadaval? Há algum com reconhecimento internacional?
Não temos propriamente um prato típico, mas temos uma forma muito própria de tratar e confecionar determinados pratos que fazem a nossa gastronomia única e muito apreciada por quem nos visita e não só.
Mas temos algumas iguarias, como o pão de ló Ti Piedade, ou os “Montejuntos”, tudo coisas doces e deliciosas.
Enquanto Presidente da Câmara Municipal do Cadaval, o que tem em mente para o futuro do concelho? Que objetivos estratégicos assumiu para continuar o rumo de desenvolvimento do concelho?
Todos ambicionamos mais para os nossos concelhos e é isso que tenho procurado fazer ao longo dos mandatos que levo nestas funções. Naquilo que depende de nós, ou seja, na cria ção e implementação de infraestruturas públicas de apoio à população, o empenho tem sido total e julgo que estamos ao
nível dos melhores, à nossa dimensão.
No que depende do investimento privado, temos tido grandes investimentos no setor agrícola, mas gostaríamos de diversificar.
Julgo que estamos no bom caminho, na medida em que se assiste a uma tendência para a fixação de novas famílias no conce lho e isso é um sinal que já começamos a ser mais atrativos. Atrair pessoas e o talento dessas pessoas é o que precisamos.
A Feira dos Gorazes é uma das feiras anuais mais antigas de Portugal e, seguramente, a mais importante e antiga feira das Terras de Trás-os-Montes. Quais as suas expetativas para a realização do evento no presente ano?
Tendo em conta que nos últimos dois anos não foi possível realizar este certame, as nossas expetativas são elevadas. Espera mos uma grande afluência de público e também de expositores e comerciantes.
Este vai ser um evento de reencontros e de retoma de um ritmo de participação e de produção que historicamente está associado aos Gorazes. Sendo esta uma feira temática, dedicada às principais atividades económicas regionais - a agricultura e a pecuária - contamos poder contribuir para a divulgação e comercialização de produtos, ferramentas e tecnologias relacio nadas com estas áreas.
Sendo esta uma das 7 maravilhas da nova gastronomia, acredita que este certame é também um fator potenciador da economia rural? Para além dos negócios, os visitantes poderão assistir a espetáculos musicais e a atividades desportivas, tal como tem acontecido nas edições anteriores?
Sim, este evento é definitivamente um catalisador para a eco nomia rural. Através da organização de várias atividades comple mentares à Feira dos Gorazes, é nosso objetivo promover todo o território e os seus recursos, variados e originais, no campo do turismo, do lazer e da gastronomia.
MOGADOURO: PROMOVER A FIXAÇÃO DA POPULAÇÃO NO
INTERIOR
O Município de Mogadouro recebe, mais uma vez, a Feira dos Gorazes, uma das mais antigas do país. Em entrevista, António Pimentel, Presidente da Câmara Municipal, conta que o evento é um catalisador para a economia rural e que promove as regiões do Interior do país.
O programa de atividades conta com uma montaria ao javali, concursos de tiro ao prato, passeios todo-o-terreno, exposições de animais de quinta e espetáculos musicais. Uma das atividades programadas é o showcooking com produtos regionais.
Neste momento, o Município está a preparar o lançamento da plataforma “Origem Mogadouro”, um projeto que pretende pro mover a digitalização da economia local e a Feira dos Gorazes faz parte da estratégia de consolidação desta iniciativa, tão ambiciosa e necessária para os nossos comerciantes.
Ainda nesta linha de promoção da qualidade dos produtos endógenos, o programa da Feira dos Gorazes inclui a assina tura do Protocolo de Certificação dos Lagos do Sabor como Bio-Região, prevista para dia 16 de outubro, às 14h30.
O concelho de Mogadouro é conhecido pelo seu patrimó nio histórico. Assim sendo, quais os pontos de interesse que gostaria de destacar?
Falando-se de património histórico, é incontornável a refe rência ao centro histórico da Vila de Mogadouro. No entanto, são também dignos de visita muitos monumentos dispersos pelas nossas aldeias, como o Castelo de Penas Roias, os castros, as igre jas com origens românicas como Algosinho e Azinhoso, os pelou rinhos, e as próprias construções tradicionais, testemunhos da história desta terra, tão vasta e tão rica.
“As pessoas são a grande prioridade do programa de ação para o quadriénio 2021-2015”, pode ler-se numa mensagem deixada pelo Presidente. Exemplo disso é a atribuição de apoios financeiros, neste ano letivo, aos alunos e às suas famílias, bem como o pagamento da deslocação dos seus munícipes a hospitais dentro e fora do distrito?
É verdade. Assim foi declarado e assim temos feito. O grande desafio que Mogadouro tem pela frente é conseguir travar a sangria demográfica que se tem abatido sobre o nosso concelho, a par do sucedido com a grande maioria dos terri tórios do Interior.
Focados nesse objetivo, lançámos uma série de medidas que pretendem aumentar a atratividade territorial e apresentar Mogadouro como um ótimo concelho para viver, criar família, estabelecer uma empresa e prosperar.
Atualmente, em Mogadouro, a creche, o infantário, o ATL,
António Pimentel, Presidenteos passes escolares, os cadernos de fi chas, a par das refeições no 1.º ciclo, são despesas pagas pelo Município. Acompanhamos as crianças e as famílias desde a sua entrada na creche até à conclusão do Ensino Superior, onde também atribuímos uma bolsa de estudos.
Esperamos que, dentro de algum tempo, haja novas famílias instaladas em Mogadouro e que o nosso concelho seja reconhecido como um lugar de oportunidades.
No decorrer deste ano, o Município de Mogadouro atribuiu cinco mil euros às empresas por cada nova contratação sem termo. Este tipo de apoios pode ser um incentivo para a fixação de população no concelho?
Além desses cinco mil euros por cada novo posto de trabalho sem termo, o Município de Mogadouro assume o reembolso das despesas com a Segurança Social que a entidade empregadora tem com o novo funcionário, durante cinco anos. Em termos de apoios às empresas e de incentivos à empregabilidade, acredito que Mogadouro está na vanguarda das autarquias impulsionadoras da economia.
Para o futuro, o executivo pretende continuar a apostar em medidas que promovam a qualidade de vida dos seus cidadãos?
Sem dúvida. Foi essa a estratégia que estabelecemos para assegurar a sobrevivência e a continuidade do concelho e pretendemos manter-nos fiéis ao plano inicial: investir nos cidadãos, para que eles invistam em Mogadouro.
“Este evento é definitivamente um catalisador para a economia rural. Através da organização de várias atividades complementares à Feira dos Gorazes, é nosso objetivo promover todo o território e os seus recursos, variados e originais, no campo do turismo, do lazer e da gastronomia”
A MAGIA DO CASAMENTO
A paixão de Carla Moreira por vestidos de noiva levou-a a criar um Atelier para puder partilhar este amor com os seus clientes e tornar “o grande dia”, num dia ainda mais especial. Em entrevista à Business Portugal, revela o quão realizada se sente quando ouve o tão esperado “sim” por parte das noivas.
O dia do casamento é um dos momentos mais marcan tes da vida dos dois principais protagonistas: os noivos. Uma ocasião tão especial exige uma indumentária à altura e é aí que o Carla Moreira Atelier tem uma palavra a dizer, nomeadamente no que diz respeito às mulheres. Mas a questão que se coloca é: Como é que tudo começou?
Carla é apaixonada por vestidos de noiva desde que se lembra e foi essa a razão que a levou a começar a confecio nar e criar o seu próprio negócio. Assim, o Carla Moreira
Atelier surge em 2019 e, para além de ser uma loja de ves tuário, é também um atelier especializado em vestidos de noiva e em roupas para cerimónias, tais como comunhões ou batizados.
No fundo, a motivação que despoletou o arranque deste negócio foi o facto de Carla poder transformar os sonhos das noivas em realidade, fazendo com que estas se sintam (ainda mais) bonitas num dia tão memorável como é o do casamento. Ver o sorriso estampado na cara das mulheres que experimen tam os seus vestidos ou, por vezes, as lágrimas demonstrativas de emoção, fazem com que esta se sinta verdadeiramente realizada a nível profissional.
Assim, a coleção de 2023 apresenta algumas novidades, entre as quais, o Modelo Sereia, o Vestido Princesa, o Vestido Felicitá e o Vestido Gold. As mulheres podem optar pelo tradicional ves tido branco ou então arriscar e fazer uma escolha mais arrojada como, por exemplo, um vestido dourado. São várias as soluções disponibilizadas que visam satisfazer as necessidades das noivas, até daquelas que se consideram mais exigentes e perfecionistas. Aliás, a entrevistada revela que basta olhar para uma mulher para perceber qual o vestido que assenta melhor na sua silhueta. Ainda assim, importa referir que Carla nunca fez dois vesti dos iguais, pois cada um tem detalhes únicos e, para além das coleções já existentes, se a noiva assim desejar, é possível fazer um vestido à medida e totalmente personalizado. A inovação é mesmo palavra de ordem neste atelier. Carla acrescenta ainda que existem mulheres que chegam ao atelier com uma ideia pré -definida do seu vestido, no entanto, muitas vezes, acabam por mudar de opinião e escolher um vestido totalmente diferente daquele que haviam pensado.
Desengane-se quem pensa que os homens ficam de fora desta equação, pois na loja também existe uma linha masculina. Para além disso, podem ser encontrados artigos essenciais para o dia “D” como o porta-alianças, acessórios para o cabelo, tiaras, colares, brincos, entre outros.
Os meses de julho e agosto têm sido particularmente bons para o atelier, pois os vestidos são procurados não só a nível nacional, mas também internacional e esse é inclusive um dos objetivos que Carla Moreira espera cumprir a longo prazo, conseguir parcerias para que a sua marca seja conhecida além-fronteiras.
Em suma, este atelier, que aposta na qualidade e no design, situa -se na Lousada. Os clientes podem contactar Carla Moreira através das redes sociais da loja ou agendando uma visita ao espaço.
“O SABER FAZER É O NOSSO FOCO”
A Sercovil é uma empresa que atua na área da construção civil, sendo uma referência num mercado em cons tante crescimento e expansão. O dia a dia da empresa baseia-se na busca constante do “fazer bem”, como explica José Catarino, CEO da Sercovil, em entrevista à Revista Business Portugal.
Desde sempre sentiu que a sua vida profissional estaria ligada ao ramo da engenharia? Em que momento é que decide fundar a Sercovil e qual o balanço que faz destes (quase) oito anos da empresa no mercado?
O gosto pela evolução tecnológica a nível de ferramentas, sejam elas de pura mobilidade, de produção de bens essenciais, ou de uso manual para a construção de edifícios, monumentos, delinearam o crescente gosto pela engenharia, em geral. A Sercovil nasce no seio do Grupo Catarino, fazendo parte de um conjunto de mais-valias tal como a Ensafis - consultoria financeira, CC Pharma - produtos de saúde, e brevemente, com o novo link na gestão de ERPI´s.
Trata-se da continuidade da experiência adquirida ao longo de 20 anos na exploração de nichos de mercado amigos do ambiente no sector da construção civil.
Descreve-se enquanto uma pessoa inovadora nos métodos e processos de trabalho visando a diferenciação do mercado. De que forma aplica isso no seu dia a dia, nomeadamente enquanto líder da Sercovil?
Estamos preocupados com a pegada ecológica nos nossos pro cessos, deste modo, oferecemos soluções construtivas biológicas, nas quais só utilizamos produtos naturais, produtos sem misturas sintéticas.
A formação e a sensibilização dos operários são duas das nossas preocupações, pois, são eles que estão diretamente com os nossos clientes durante o desenvolvimento dos projetos construtivos.
José Catarino, CEOExplique que tipo de serviços são disponibilizados ao cliente. A qualidade dos materiais e o cumprimento dos prazos estabelecidos são as duas principais mais-valias da marca?
A Sercovil tem forte incidência na reabilitação urbana, nomea damente na recuperação de edifícios geridos por condomínios, reabilitação e manutenção de património e construção de moradias com soluções amigas do ambiente, que garantam sensações novas de conforto ambiente.
Seja qual for o cliente, o investimento realizado neste sector é sempre elevado, e respeitamos o esforço de cada cliente. Assim, todos os materiais utilizados além de possuir garantias de durabi lidade, são escolhidos criteriosamente para os diversos fins a que se destinam. A construção civil tradicional de qualidade não se compadece com o cumprimento dos prazos, porque respeitamos os tempos de cura dos materiais de acordo com clima do momento. O saber fazer é o nosso foco.
Que objetivos tem delineados para o futuro da Sercovil? A expansão para outras cidades portuguesas faz parte dos vossos planos?
A Sercovil já tem uma palavra a dizer na utilização de matérias diferentes na construção como por exemplo utilização de estruturas constituídas por madeira em vez do ferro, betão de cânhamo em vez de betão tradicional, rebocos de barro que absorvem o CO2 e controlam a humidade interior, isolamento térmico á base de mantas de cânhamo em vez do poliestireno, rebocos de cal com aglomerados de cortiça. Este mercado é o nosso futuro, tratando-se da diferenciação e rutura com o tradicional.
A expansão para outros distritos além dos do Porto, Braga e Viana do Castelo não está nos nossos planos, vamos continuar a evoluir até sermos lideres neste nicho de mercado, até atingirmos a maturidade que nos permita formar novos profissionais que nos garantam os serviços pretendidos pelos nossos clientes.
BREVES
Airbus abre novo centro de serviços em Coimbra
A cidade de Coimbra foi a escolhida pela empresa francesa para acolher o novo centro de serviços, que vai funcionar com um escritório satélite. Esta destacou-se como a cidade mais relevante para a implementação do projeto, essencialmente, pela localização estratégica e variedade de transportes. O centro é destinado aos milhares de recém-licenciados que saem, todos os anos, das faculdades. A abertura está prevista para janeiro de 2023 e, numa etapa inicial, acolherá, aproximadamente, 50 pessoas que irão trabalhar nesse espaço. No entanto, o objetivo será atingir a marca dos cem funcionários.
GreenVolt lança “Comunidades Inclusivas” beneficiando 250 mil pessoas
O grupo quer criar comunidades de energia com condições especiais, de forma a assegurar que se possa gastar menos na eletricidade, através do autoconsumo de energia e alocar esse dinheiro à ação social.
A GreenVolt acredita que o programa é uma inovação mundial, com o objetivo de criar condições para que as entidades do terceiro sector possam reduzir a sua fatura de energia, através da produção de energia limpa e renovável.
Monforte terá unidade de produção de hidrogénio verde Será contruída uma unidade de produção de hidrogénio verde e de prestação de serviços e operação e manutenção, que exigirá um investimento na ordem dos 16 milhões de euros. O projeto vai ser desenvolvido na sequência de uma parceria estabelecida entre a Lightsource BP e a Douro Gás (LSBPDG), em terrenos que fazem parte da freguesia rural de Assumar, no concelho de Monforte.
Vanguard Properties e CUF projetam clínica de proximidade na Comporta
Crédito Agrícola avança linha de crédito até 15 anos para empreendedores do sector agrícola
O Crédito Agrícola disponibilizou a linha Agronegócios FEI (Fundo Europeu de Investimento), com o propósito de melhorar as condições de acesso ao financiamento, com taxas de juro atrativas e com prazos de financiamento mais longos, até 15 anos.
A iniciativa surgiu para beneficiar os jovens empreendedores e empresários que têm projetos no setor agrícola. Esta faz parte de uma nova campanha, CA Empreendedores, que tem como objetivo potenciar o desenvolvimento e a dinamização do crescimento de negócios locais.
As duas entidades anunciaram a celebração de um memorando de entendimento, que tem em vista a abertura de uma clínica de proximidade, na zona da Comporta. A nova unidade de saúde vai ser construída no loteamento “Dunas”, no concelho de Grândola, e fica estrategicamente situada num espaço de empreendimento, destinado à cultura, serviços, desporto, retalho e alimentação. O objetivo é garantir uma acessibilidade alargada a todos os que necessitem de cuidados de saúde. Na oferta, estarão incluídos serviços como consultas médicas, serviços de telemedicina, enfermagem e análises clínicas.
Nova clínica Insparya em Viseu
O grupo Insparya é especialista em transplante capilar e no diagnóstico, tratamento e investigação sobre a alopecia. Este novo espaço, localizado em Viseu, faz parte do projeto de expansão previsto para os próximos três anos e conta com quatro salas de transplante e duas salas de tratamento premium, equipadas com tecnologia de ponta, estando distribuído por 500 metros quadrados. Relativamente à equipa médica, esta é constituída por 23 profissionais, entre médicos e enfermeiras, liderados pelo Dr. Carlos Portinha.