Revista [B+] Edição 20

Page 66

S U ST ENTA B ILIDA D E | e m p resa verd e

FLORESTAS QUE MOVEM A ECONOMIA Indústria de base florestal aposta na produtividade para fortalecer o mercado baiano por CLARA CORRÊA

FOTO: Nilton Souza

T

alvez você não saiba, mas 100% das folhas de papel produzidas no país e utilizadas no nosso dia a dia vieram dos 2,2 milhões de hectares de áreas reflorestadas para produzir celulose e papel. Os dados são da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf), que destaca o crescimento da área plantada, a evolução tecnológica, da gestão florestal e o desenvolvimento das estratégias de sustentabilidade do setor. Dentro do cenário nacional, a Bahia tem destaque pela ampliação e fortalecimento do mercado, com destaque para a produtividade duas vezes maior do que a média mundial e para o eminente potencial de crescimento. Dados do anuário Bahia Florestal 2012, produzido pela Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (Abaf) e lançado em julho deste ano, apontam o setor como o segundo mais importante na pauta de exportações baianas, responsável por 16% dos US$11,5 bilhões exportados pela Bahia em 2012 e pela geração de 320 mil empregos diretos e indiretos. Ainda segundo o documento, somente no ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) do setor atingiu R$8 bilhões, o que significa 5% do PIB estadual. No mesmo ano, a indústria de base florestal contribuiu com US$1,7 bilhão, representando 49% dos US$3,5 bilhões do saldo da balança comercial do estado. 66

Revista [B +]

OUTUBRO 2013

w w w. r e v i s t a b m a i s . c o m

PRODUTIVIDADE EM ALTA Um conjunto de fatores locais, como condições do solo, incidência de luz, abundância de chuvas, disponibilidade de área de plantio e relevo razoavelmente plano, combinado com o desenvolvimento genético das plantas, garante à Bahia o título de recordista mundial de produtividade, com taxas de produção por metro cúbico duas vezes maior do que em países concorrentes. De acordo com Wilson Andrade, diretor executivo da Abaf, o estado produz 44m3 por hectare/ano, enquanto o Brasil tem uma média de 35m3 por hectare/ano e países concorrentes têm 20m3 por hectare/ano. “Existe aqui uma grande condição de competitividade e atração de investidores que já estão e que devem vir ainda mais”, diz. Jorge Cajazeira, presidente do Sindpacel (Sindicato das Indústrias do Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira para Papel e Artefatos de Papel e Papelão no Estado da Bahia) e diretor de relações institucionais da Suzano Papel e Celulose, destaca a região entre Jequitinhonha e a foz do Mucuri, no extremo sul da Bahia, que, segundo ele, possui condições climáticas “excepcionais” para o cultivo de eucalipto. Ele lembra ainda que a Bahia possui uma política simpática aos investimentos que tornaram o estado a maior potência


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.