Revista Bicicleta, com periodicidade mensal, é publicada pela Ecco Editora
Sede / Correspondência
Rua Tuiuti, 300 - Bairro Cruzeiro
Rio do Campo - SC 89198-000 bicicleta@revistabicicleta.com.br
Fone: (47) 3564-0001
Impressão IdealizaGraf Distribuição EDICASE
Jornalistas / Repórteres / Redatores e Colaboradores
Antônio Olinto; Carlos Menezes; Paulo de Tarso; Pedro Cury; Pietro Petris; Roberto Furtado; Therbio Felipe.
Revisão R. O. Petris
Depto. de Arte / Web Vanderlei Vargas
Marteus Junior Adriano dos Santos Lucas Fernandes
Editor
E. B. Petris
Os artigos fornecidos e autorizados por colaboradores e terceiros são de responsabilidade dos mesmos, bem como os anúncios de patrocinadores. Os conceitos e sugestões de tais artigos e anúncios não necessariamente refletem o editorial da Revista. Não é permitido reproduzir matérias e/ou fotos da revista sem autorização da mesma. Revista Bicicleta se manterá política e religiosamente neutra.
Vantagens e Desvantagens de Contar Calorias para Perder Peso 56 Pedal pela Ribeira: Memórias, Mar e Redescobertas 42 Qual foi o critério adotado? Alguém se pergunta?
52
DESCUBRA O SEU CRONOTIPO E OTIMIZE SEU
DESEMPENHO NOS TREINOS
38 UM CONVITE À AVENTURA E À LIBERDADE
16 SEGURANÇA VIÁRIA PARA CICLISTAS: Como evitar riscos nas ruas
28 A TELEMETRIA NÃO MENTE: Sua TrabalhaSuspensão Mais do que Você Imagina — e Precisa de Revisão
48 PEDALANDO CONTRA O RELÓGIO
Como o Ciclismo Pode Ajudar na Gestão do Tempo e Produtividade
18Bi
Na Austrália, o setor de bicicletas gerou mais de 60.000 empregos em tempo integral e contribuiu com impressionantes 18,6 bilhões de dólares para a economia. Estudo da Ernst & Young.
1M
Bikes compartilhadas somam 1 milhão de viagens em Curitiba.
280M
No último ano, carros elétricos totalizaram 20 milhões de unidades em operação e cerca de 1,3 milhão de ônibus e outros meios de transporte público. As e-bikes, e-scooters e motocicletas ultrapassaram expressivos 280 milhões sendo utilizadas em todo o mundo.
110K
Em um ano, ciclistas de eBikes com o sistema inteligente da Bosch economizaram 110 mil toneladas de CO₂. Isso equivale à emissão de CO₂ de mais de 70 mil viagens de carro entre a Europa e a Ásia.
A UCI ANUNCIA A MAIOR REFORMA DA COPA DO MUNDO DE MTB DESDE SUA
CRIAÇÃO
AUnião Ciclista Internacional (UCI) revelou grandes mudanças para a Copa do Mundo de Mountain Bike, que entrarão em vigor em 1º de janeiro de 2025. Entre as principais mudanças estão um novo sistema de organização para modalidades, equipes e ciclistas, um novo sistema de pontuação e a pausa na competição de E-Enduro.
Principais mudanças:
Haverá duas categorias de equipes: Endurance (XCO e XCC) e Gravity (DH e Enduro).
Cada categoria terá 20 equipes oficiais, sendo 15 por classificação e 5 convidadas.
As equipes terão que registrar suas cores de uniforme, que devem ser aprovadas pela UCI.
Novo sistema de classificação para Downhill (DH).
Vencedores de Copas do Mundo terão cores e números de identificação exclusivos.
O número 1 será reservado para o líder atual da competição.
Além disso, a UCI está criando uma nova série de competições continentais, para ajudar atletas de diferentes partes do mundo a se classificarem para as Copas do Mundo. As novidades para o Downhill incluem a divisão da classificação em duas fases, com os melhores da primeira fase (Q1) indo direto para as finais, e os demais disputando uma segunda fase (Q2) para garantir uma vaga. O sistema de "proteção", que favorecia ciclistas com bons resultados anteriores, será removido, tornando a competição mais acirrada. No Enduro e E-Enduro, a competição de E-Enduro será pausada para ajustes, mas continuará nos Campeonatos Mundiais, e novas categorias para jovens atletas serão adicionadas. Essas mudanças visam aumentar a emoção, acessibilidade e visibilidade no esporte.
NOVA YORK ATINGE RECORDE DE CICLISTAS URBANOS
Ouso da bicicleta como transporte em Nova York cresceu 8,4% em relação ao ano passado, alcançando 28.108 viagens diárias nas pontes do East River em dias úteis, segundo o Departamento de Transporte. A Ponte do Brooklyn teve o maior aumento (15%), enquanto a Ponte Williams-
burg segue como a mais movimentada (8.645 ciclistas/dia).
Em Manhattan, a 50ª Street registrou 43.887 viagens diárias, 12% a mais que o recorde anterior. Além disso, 28% dos adultos nova-iorquinos pedalam na cidade, com 760 mil usando bicicletas regularmente para transporte, lazer ou esporte.
SRAM PATENTEIA UM SENSOR REVOLUCIONÁRIO INTEGRADO NO ARO
ASRAM patenteou um sensor revolucionário integrado no aro da bicicleta, que substituiria o dispositivo Quarq TyreWiz. Esse novo sensor, além de medir a pressão do ar nos pneus, pode fornecer dados sobre distância, velocidade, inclinação e mais. Sua localização no aro, em vez no núcleo, proporciona um melhor equilíbrio de peso, resultando em uma rotação mais circular da roda. No entanto, trata-se apenas de uma patente, o que não garante que será lançado como um produto definitivo.
MATeMÁTICA
PEDALA NA NEVE?
Em Oulu, na Finlândia, a bicicleta é a principal forma de transporte, mesmo no inverno rigoroso, com temperaturas chegando a -30ºC e neve espessa. Mais da metade da população pedala durante essa estação. A cidade prioriza ciclovias, retirando a neve delas antes das ruas e fornecendo informações sobre as condições do gelo. Os ciclistas locais adaptam-se com equipamentos simples, como pneus de cravos e boa iluminação, e consideram a bicicleta uma forma normal de locomoção, desde crianças até idosos. Oulu é reconhecida como a capital do ciclismo no inverno.
SEGURANÇA
“Segurança viária” pode ser definida como o conjunto de medidas, infraestruturas e comportamentos voltados para a proteção de todos os usuários das vias – motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres. Isso inclui desde sinalização adequada, fiscalização e educação no trânsito até políticas públicas para redução de acidentes e crimes relacionados à mobilidade urbana.
CICLISTA AVANÇAR O SINAL VERMELHO? LYON, NA FRANÇA, MOSTRA VANTAGENS
Um estudo em Lyon, França, mostrou que permitir que ciclistas avancem o sinal vermelho, sob certas condições, pode ser benéfico para o trânsito e seguro para todos. Com a instalação de sinais específicos (M12 e R19), a cidade formalizou uma prática já comum. A pesquisa indicou que os ciclistas conseguiram aumentar a velocidade sem comprometer a segurança, mantendo o respeito aos pedestres e não gerando mais acidentes.
O que você acha deste conceito? Funcionaria nas cidades brasileiras?
Por: Aliança Bike
Grünpfeile (setas verdes) é um programa austríaco implantado a partir de 2022 – Foto Divulgação
VÍDEO: BACKFLIP EM UM TREM EM MOVIMENTO
Omountain biker polonês Dawid Godziek acaba de estrelar um vídeo que parece um filme de ação: filmar em um trem em movimento.
Este circuito maluco foi construído sobre 10 vagões que rodavam a 23 km/h.
"No início, treinei o circuito com o trem parado. Quando me senti seguro, colocamos o trem em movimento e aumentamos gradativamente a velocidade. 23 km/h era a velocidade de movimento correta para corresponder à velocidade com que eu estava”, disse Godziek.
LINK VIDEO: https://www.youtube.com/watch?v=TP_0Vv5F29I
A TELEMETRIA NÃO MENTE Sua Suspensão Trabalha Mais do que Você Imagina — e Precisa de Revisão
Por Carlos Ghiraldelli Fotos BYB
Com muita tecnologia, telemetria da BYB indica ótimos motivos para você manter as revisões da suspensão da sua bicicleta sempre em dia
Desgaste acentuado, perda de garantia e queda no desempenho: certamente, existem muitos motivos para você não vacilar na hora de fazer uma revisão de bicicleta. Especialmente componentes como garfos e shocks traseiros. Afinal, eles estão entre
as partes mais complexas e caras de uma bicicleta - e também entre as que mais sofrem com a falta de cuidados preventivos.
Mesmo assim, muita gente ainda acredita que, por um motivo ou outro, esticar o período entre as manutenções é uma boa ideia.
Mas será que é assim mesmo?
Spoiler: nada poderia estar mais longe da verdade!
Com saber quando fazer a revisão?
Como dissemos logo no começo
deste texto, esticar o prazo entre uma manutenção e outra não é um bom caminho. Mas aí vem a dúvida: qual é a hora certa?
Por sorte vivemos no século XXI, quando a tecnologia tem avançado a olhos vistos. Equipamentos como o sistema de telemetria da BYB são capazes de indicar o quanto uma suspensão realmente
trabalha, e os números vão surpreender você.
“Recentemente fizemos uma sessão de telemetria com alguns pilotos no Mobai, e o trabalho que a suspensão realizou realmente nos chamou a atenção. Neste teste, percebemos que, em um pedal de apenas 6.1 km, a suspensão dianteira percorreu
um total de 195 metros, enquanto o shock trabalhou por um total de 77,8 metros”, afirmou Caique Pereira, especialista da Escola Park Tool responsável pelos cursos de Telemetria e Telemetria Expert.
“Isso quer dizer que, no total, o tubo da haste do garfo percorreu quase 200 metros deslizando sobre os raspadores e buchas.
Agora, imagine o dano que isso pode causar em um sistema sem lubrificação — ou pior: com contaminações por terra ou areia”, complementou.
Um caso como este citado por um profissional capacitado mostra como uma suspensão trabalha - e esticar o prazo das revisões não é exatamente uma boa ideia. Além do deslizamento da haste do garfo, outros dados se destacaram nesta avaliação, como a velocidade média de funcionamento e a quantidade de vezes em que a suspensão foi acionada.
“Quando a suspensão atinge um buraco, acontece a compressão. Nesta avaliação, que nem foi tão intensa assim, a velocidade máxima da compressão ficou em cerca de 4041 mm/s (14,5 Km/h), e a suspensão foi comprimida por mais de 24 mil vezes, com o shock sendo acionado quase 20 mil vezes. Ou seja: em pouco mais de 5Km, todos os
mecanismos da suspensão trabalharam milhares de vezes, gerando calor e atrito”, explicou o instrutor.
Como isso se conecta com a nossa bicicleta?
Todos esses dados, extraídos apenas de uma página de análise da Telemetria BYB, deixam claro que a suspensão da bicicleta é extremamente exigida, e qualquer descuido na manutenção pode comprometer seu desempenho e durabilidade.
A ciência por trás da telemetria não apenas reforça a importância da revisão preventiva, como também evidencia o impacto real que o uso contínuo tem sobre os componentes.
Para se especializar em Telemetria para bicicletas, faça os cursos Telemetria e Telemetria Expert na Escola Park Tool.
