Aqui é Fresco #22

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Portugal e o Mundo

Os últimos dois anos, 2024 e 2025, tiveram algumas características particulares no quadro da política e da economia em Portugal, com um crescimento da economia influenciado pelo consumo, a que acresceu um forte impacto do incremento do Turismo.

Duas eleições com as fortes promessas dos concorrentes, que no Governo, mesmo não satisfazendo totalmente, procuram, em geral, cumprir aquilo a que se comprometeram com vários sectores da sociedade.

Assim, sem um ritmo de crescimento necessário para o diferencial que nos separa da Europa, em particular dos países com que competimos diretamente, a evolução em termos de poder de compra foi globalmente positiva.

Alguns perigos, no entanto, não podem ser iludidos. O impacto da orientação da política económica internacional dos Estados Unidos, nomeadamente das tarifas, mais do que diretamente em Portugal, na Europa. A situação pouco saudável das grandes economias europeias, como a Alemanha, França, Inglaterra e Itália, que são os nossos principais mercados exportadores.

Tudo isto para além das imprevisibilidades dos conflitos na Ucrânia e no Médio Oriente não podem deixar descansada uma pequena economia aberta como a portuguesa.

O Comércio Alimentar

A resiliência do sector alimentar é grande, pois são produtos essenciais para a sobrevivência da espécie humana, e tem-no demonstrado mesmo em situações de crise, como vimos quer na crise financeira, quer durante a pandemia.

Acresce que, depois da pandemia, os grandes operadores estão a investir maciçamente no comércio de proximidade, quer através de redes que concorrem diretamente com o AEF, quer pela abertura de lojas de pequena e média dimensão nos centros das cidades, quer em centros urbanos de menor dimensão.

Como temos demonstrado ao longo dos anos, temos capacidade para dar as respostas adequadas ao mercado, mas para isso duas condições são fundamentais: a primeira só depende nós. Reforço da rede AEF, em termos de atividade conjunta na área comercial e promocional, aproveitando o potencial da digitalização no nosso funcionamento do dia a dia, e acima de tudo a nossa proximidade diária ao consumidor final; a segunda tem de ser entendida pelos nossos fornecedores e, felizmente, muitos já o têm em conta. Somos um canal alternativo, teremos sempre maior peso das marcas da indústria do que os grandes operadores e temos uma quota de mercado equivalente a vários dos grandes operadores nos produtos alimentares e de higiene, quer do lar, quer pessoal.

Estamos preparados e certos para, em conjunto, satisfazermos os consumidores com bons negócios para todos os envolvidos, retalhistas, grossistas e indústria.

ficha técnica

REVISTA AQUI É FRESCO

DEPÓSITO LEGAL N.º: 396902/15

N.º DE INSCRIÇÃO NA ERC: 126837

PERIODICIDADE: Semestral

PROPRIEDADE: Aqui é Fresco - Sociedade de Desenvolvimento Retalhista, S.A.

NIPC: 514 282 770

DIRETOR João Vieira Lopes

DIRETOR ADJUNTO Carla Esteves

EDITOR Bruno Farias

Rua Dom Nuno Álvares Pereira, N.º 4 – 4A, Bloco 4, 5.º Piso 2695-445 Bobadela

ESTATUTO EDITORIAL

DISPONÍVEL EM: https://aquiefresco.pt/estatuto-editorial/

SEDE DE REDAÇÃO

Rua Dom Nuno Álvares Pereira, N.º 4 – 4A, Bloco 4, 5.º Piso 2695-445 Bobadela

TELEFONE: 219 533 860 WEBSITE: www.aquiefresco.pt E-MAIL: geral@unimark.pt

TIRAGEM: 2 mil exemplares

IMPRESSÃO: Yellowmaster, S.A.

MORADA: Av. Alm. João Azevedo Coutinho, 643, 2775-101 Parede

ADMINISTRAÇÃO

Presidente: Malaquias - Distribuição Alimentar, Lda. Vogal: M.Cunha & Ca, S.A. Vogal: Armazéns da Santa, S.A. Vogal: Marabuto - Prod. Alimentares, S.A. Vogal: Amaral & Filhos – Distribuição, S.A.

Acionistas com 5% ou mais % do capital do Aqui é Fresco, SA: Amaral & Filhos - Distribuição S.A. - 12,1% M Cunha & Ca. S.A. - 12,1% Malaquias - Distribuição Alimentar, Lda - 12,1% Marabuto - Prod. Alimentares, S.A. - 12,1% Pereira & Santos, S.A. - 12,1% Soprei CRL - 12,1%

Índice

Vales Consumidor

16

Valorizar as nossas lojas e a experiência de compra

Dia do Fornecedor

Aqui

20

é Fresco

Modelo colaborativo de ação em destaque com nova edição

20 Anos UP

22

Duas décadas de história da marca própria de referência

Sustentabilidade

O papel das lojas como motor de sustentabilidade

Entrevista

54

lojas Aqui é Fresco SDR

28 62

Parceria com a Prio acelera a transição energética

Garrafas e latas com depósito e devolução obrigatórias

Portal de Folhetos

32

Passo firme no processo de digitalização da rede

Clientes

38

Comércio de proximidade como ponte entre gerações

Boas práticas comerciais

48

Garantir o presente e o futuro do negócio

Tendências

Preços e mudanças demográficas moldam padrões de compra em Portugal

Num contexto de regresso da pressão inflacionista, o comprador português demonstra uma racionalidade crescente na gestão do orçamento. Torna-se mais seletivo, menos leal às lojas e mais eficaz na procura de promoções, traços que definem o novo retrato do consumo nacional, segundo a mais recente análise da Worldpanel by Numerator, “Espelho meu, espelho meu… que futuro posso esperar eu?”.

“A análise da Worldpanel by Numerator confirma um comprador que adota um comportamento mais ponderado e racional. A fragmentação e a menor lealdade não são sinais de indecisão, mas sim de decisão consciente e calculada”, nota Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca. “Para as marcas, o desafio transcende a simples resposta ao preço. Exige a demonstração de um valor superior, através da inovação, da qualidade e de uma conexão genuína com as múltiplas facetas deste novo consumidor”

TEXTO CARINA RODRIGUES | FOTOS SHUTTERSTOCK

Reação à pressão dos preços

Os dados mostram uma tensão clara no mercado. Em meados de 2025, os preços dos bens de grande consumo voltaram a acelerar, mas a disposição do comprador para absorver esses aumentos diminuiu drasticamente. Apenas 31% das categorias que encareceram conseguiu crescer em volume, muito abaixo dos 46% registados em 2023. Esta maior sensibilidade ao preço traduz-se numa jornada de compra mais fragmentada e pragmática. O consumidor visita, em média, cinco insígnias por ano, faz mais visitas às lojas, mas com cestas de menor dimensão, e concentra-se em promoções. Atualmente, uma em cada quatro categorias que aumentaram as vendas em promoção conseguiu ganhar valor, uma proporção mais eficiente do que a registada em 2023 (uma em cada cinco).

Lealdade às lojas em declínio

O relatório indica que a lealdade dos portugueses às lojas continua a diminuir. Em 2025, apenas 63,9% afirma “costumar ir à mesma loja”, um valor que reflete uma crescente dispersão nas escolhas. Em média, um “shopper” assíduo — que visita uma

loja mais de 12 vezes por ano — é responsável por mais de 70% do valor gerado para essa insígnia. No entanto, manter esta proximidade torna-se cada vez mais desafiante num contexto de maior volatilidade e diversidade de opções de compra.

A imigração surge como o principal motor do crescimento populacional, trazendo diversidade cultural e novos hábitos de consumo, que tornam o mercado mais heterogéneo e complexo. O resultado é uma exigência crescente por ofertas flexíveis, segmentadas e culturalmente relevantes

As missões de compra também evoluíram. As compras de proximidade e de necessidade imediata ganham peso, ao passo que as grandes compras de despensa perdem relevância. O comprador português prefere compras mais frequentes e adaptadas a necessidades pontuais, o que obriga os retalhistas a ajustar o sortido e a conveniência.

MDD continuam a crescer, mas a um ritmo menor

As marcas de distribuição (MDD) continuam a ganhar espaço dentro do lar, atingindo 48,1% de quota de valor, mas o seu crescimento abrandou. O fenómeno é particularmente visível nos retalhistas de sortido amplo, onde o avanço das MDD perdeu ritmo. Em contrapartida, as marcas de fabricante mantêm a liderança, com 51,9% do mercado, beneficiando de atributos como qualidade, confiança e inovação, valorizados por um comprador que não se limita a escolher o preço mais baixo. “Os nossos dados mostram que o tempo do ‘consumidor padrão’ terminou. Hoje, deparamo-nos com um consumidor multifacetado, que navega o mercado com uma agilidade notável, respondendo ao contexto económico, mas também a motivações pessoais de bem-estar e conveniência”, afirma Marta Santos, country manager da Worldpanel by Numerator. “Compreender esta dualidade, através de uma escuta ativa e de uma análise rigorosa, é o primeiro passo para qualquer marca que queira construir e manter a sua relevância no futuro”

Demografia: o novo espelho do consumo As transformações demográficas estão no centro destas mudanças. O envelhecimento populacional, a redução do tamanho dos lares e a imigração crescente estão a redesenhar o perfil do

consumidor. Os agregados com mais de 50 anos representam já 68% do total e os lares de uma a duas pessoas são quase 60% do universo nacional. Este envelhecimento é acompanhado por um aumento do poder de compra nas faixas etárias mais velhas e pela necessidade de produtos de conveniência, formatos menores e soluções práticas.

Por outro lado, a imigração surge como o principal motor do crescimento populacional, trazendo diversidade cultural e novos hábitos de consumo, que tornam o mercado mais heterogéneo e complexo. O resultado é uma exigência crescente por ofertas flexíveis, segmentadas e culturalmente relevantes.

Saúde, sustentabilidade e prazer: o equilíbrio do futuro

O estudo conclui que as marcas terão de desenvolver ofertas híbridas, conciliando valores aparentemente opostos: prazer e saúde, conveniência e naturalidade.

Em 2025, 66% das ocasiões de consumo está ligado ao prazer, mas cresce o peso das motivações de saúde (34%) e conveniência (60%). O consumidor já não é um perfil fixo, mas uma sequência de motivações e momentos ao longo do dia: de refeições leves e equilibradas a recompensas de fim de semana ou pausas de bem-estar. As preocupações ambientais e de bem-estar reforçam esta tendência. 75% dos portugueses usa garrafas reutilizáveis e 83% recorre a sacos reutilizáveis, enquanto 65% declara-se incomodado com o excesso de plástico nas compras. No campo da saúde, 16% já usa ou considera usar medicamentos injetáveis para perda de peso e mais de metade admite sofrer de stresse, dieta desequilibrada ou problemas de peso.

O que esperar do futuro?

O futuro, sublinha o estudo, dependerá da capacidade de escuta ativa, agilidade e presença nos momentos certos, com os atributos que mais importam ao novo consumidor: conveniência, propósito e autenticidade

A previsão da Worldpanel by Numerator aponta uma recuperação moderada do valor de consumo a três anos, mas alerta para a necessidade de empenho acrescido das marcas. Entre as top 50 marcas com maior ganho de compradores em 2024, a variação média de penetração foi de 2,1 pontos percentuais, refletindo o esforço de diferenciação e proximidade ao consumidor.

O futuro, sublinha o estudo, dependerá da capacidade de escuta ativa, agilidade e presença nos momentos certos, com os atributos que mais importam ao novo consumidor: conveniência, propósito e autenticidade.

Tendências

Saúde, consciência e escolhas do dia a dia: o novo consumidor e o impacto no retalho

A saúde entrou definitivamente para a lista das grandes forças que moldam o consumo em Portugal. Mas, ao contrário do que muitas vezes se pensa, essa mudança não se traduz apenas em dietas, suplementos ou produtos “fit”. O estudo “Who Cares? Who Does? Health 2025”, da Worldpanel by Numerator, mostra que estamos perante uma transformação mais profunda, que passa por preocupações concretas dos consumidores, mudanças geracionais e uma reorganização do cabaz doméstico, com impacto direto no retalho, incluindo o comércio de proximidade.

O estudo “Who Cares? Who Does? Health 2025”, da Worldpanel by Numerator, revela uma transformação silenciosa, mas profunda, no comportamento do consumidor português. Entre intenções e ações nem sempre coerentes, cresce a procura por produtos que equilibrem saúde, sabor, conveniência e confiança. Da redução do açúcar ao afastamento do álcool, passando pela ascensão dos produtos funcionais, dos probióticos e das alternativas 0.0, o retalho enfrenta um consumidor que já não compra apenas por hábito, mas por propósito, ainda que esse propósito se manifeste de formas complexas e nem sempre lineares.

A primeira evidência relevante é a distância entre aquilo que o consumidor declara e aquilo que realmente compra. Um número elevado de portugueses afirma querer reduzir o açúcar, mas os dados de compra mostram que, na prática, os gastos com categorias indulgentes — chocolate, doces, pastas para barrar e gelados — aumentam mesmo entre os consumidores que dizem querer moderar a ingestão de açúcar. Esta contradição não traduz incoerência; traduz realismo. Ao aprofundar a análise dentro das categorias, o estudo mostra que os consumidores

não estão a abandonar o prazer, mas a redefini-lo. No caso das tabletes de chocolate, os segmentos sem açúcar, de baixo teor ou com stevia ganham expressão, aumentando 4,8 pontos percentuais (p.p.) em penetração, enquanto as versões tradicionais com açúcar perdem 1,7 pontos percentuais. O preço médio pago por estes segmentos “mais saudáveis” é 12% superior ao da categoria, sinalizando que o consumidor está disposto a pagar mais para equilibrar prazer e consciência.

Um número elevado de portugueses afirma querer reduzir o açúcar, mas os dados de compra mostram que os gastos com categorias como chocolate, doces, pastas para barrar e gelados aumentam
Ferrero Rocher T.30
Mon Chéri T.10
Raffaello G.80
Ferrero Colletion T.24
Ferrero Rocher T.24
Mon Chéri T.30
Raffaello G.150
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Esta mudança interna ilustra uma verdade fundamental: a saúde já não opera à margem do consumo indulgente. O consumidor está a migrar para versões de melhor perfil nutricional dentro das mesmas categorias que sempre consumiu e o retalho deve acompanhar esta transição, onde o sabor continua a ser determinante, mas já não é suficiente.

Peso, sono e stresse: o novo tripé das preocupações dos portugueses As preocupações dos consumidores ajudam a explicar estas mudanças. Em Portugal, o peso surge como inquietação dominante para 55% da população, seguido do sono (47%) e do stresse (44%), índices muito acima da média global — entre 120 e 142 face ao total mundial. Esta tríade reflete um país em pressão constante, onde corpo e mente se tornam prioridades crescentes. Do lado das marcas e do retalho, isto traduz-se numa procura mais forte por soluções que respondam a necessidades concretas: mais proteína, menos açúcar, benefícios funcionais, conveniência saudável, formatos individuais que apoiem rotinas diárias fragmentadas e uma maior atenção ao equilíbrio emocional e físico.

O consumidor

está a migrar para versões de melhor perfil nutricional nas mesmas categorias que sempre consumiu e o retalho deve acompanhar esta transição

Entre aqueles que afirmam querer reduzir o açúcar — e Portugal (37%) está acima da média global (24%) nessa preocupação de redução —, observa-se uma maior afinidade por categorias como leite de curta duração, bebidas vegetais, iogurtes e sobremesas proteicas, aveia, barras energéticas e compotas com menos açúcar, todas elas a ganhar relevância na evolução do cabaz. Trata-se de um consumidor que, mesmo mantendo hábitos tradicionais, incorpora novas lógicas de equilíbrio.

A ascensão silenciosa da alimentação “menos processada”

A questão dos alimentos ultraprocessados tem vindo a ganhar destaque globalmente e Portugal não é exceção. O estudo indica que 53% dos portugueses planeia reduzir o consumo destes produtos, posicionando o país acima da média global. Curiosamente, cerca de 20% dos inquiridos afirma não consumir ultraprocessados — algo praticamente impossível — o que evidencia um desafio persistente de literacia alimentar.

Apesar da confusão concetual, a tendência é clara: o consumidor quer aproximar-se de padrões alimentares mais “naturais”, mesmo quando não altera a sua rotina de conveniência. A elevada prevalência de refeições caseiras reforça este padrão: 80% dos portugueses diz preferir cozinhar com produtos frescos e 84% das refeições principais dentro de casa continua a ser pratos caseiros, centrados em sopas, arroz, legumes cozidos, massas, saladas e carnes simples.

O retalho encontra aqui uma oportunidade inequívoca. A frescura continua a ser o principal motor de confiança do consumidor, não apenas por tradição culinária, mas porque se inscreve no novo ideal de alimentação “real”, com menos ingredientes e mais perceção de autenticidade. A procura por conveniência não desaparece, mas passa a coexistir com a exigência de naturalidade.

Um país que bebe menos álcool e descobre novas alternativas

A relação dos consumidores com o álcool está também a sofrer alterações significativas, impulsionadas pela saúde, pela moderação e por transformações nas dinâmicas sociais. Em Portugal, 16% dos consumidores planeia reduzir o consumo de álcool e esse número sobe para 18% entre os menores de 35 anos, ao mesmo tempo que 45% desta faixa etária afirma não consumir álcool de todo. Esta mudança traduz-se já num recuo das ocasiões reais de consumo de bebidas alcoólicas, tanto dentro de casa (–0,5 p.p.) como fora de casa (–5,7 p.p.). Em contrapartida, a cerveja sem álcool vive um crescimento expressivo: conquistou mais 144 mil compradores, aumentou 24% em frequência e já representa 8% de penetração fora de casa. As campanhas das principais marcas — assentes na ideia de “sabor de sempre, sem desculpas” — reforçam a normalização deste tipo de consumo e expandem as ocasiões em que a categoria pode estar presente. Do ponto de vista do retalho, esta tendência implica diversificação. A categoria 0.0 deixa de ser residual e passa a constituir uma resposta relevante para consumidores jovens, para quem moderação e convívio não são incompatíveis.

Probióticos, suplementos e bebidas funcionais: a nova fronteira do consumo alimentar Outra área em crescimento acelerado é a dos suplementos alimentares e dos produtos funcionais. Portugal destaca-se pela forte afinidade com suplementos de reforço imunitário: 67% considera-os um bom investimento para a saúde, acima da média global. Embora exista ceticismo noutros mercados europeus, o consumidor português valoriza soluções que prometem benefícios claros, sobretudo quando integradas no dia a dia.

A evolução dos dados de compra confirma esta tendência. A penetração de iogurtes probióticos (como bifidus e kefir) aumentou de 42% para 47% em apenas um ano e categorias como vitaminas, bebidas

A saúde, enquanto força transversal, deixou de ser um nicho. É hoje um dos principais motores das escolhas alimentares

funcionais, iogurtes proteicos, produtos enriquecidos com vitamina D, snacks proteicos ou chás com propriedades relaxantes estão em crescimento contínuo no país. A saúde, aqui, não é um conceito abstrato. É funcional, mensurável e integrada na rotina.

O impacto das terapias injetáveis para perda de peso: um novo consumidor em emergência

A crescente notoriedade da medicação injetável para perda de peso — como Ozempic ou Mounjaro — está a introduzir novas dinâmicas de consumo no sector e Portugal destaca-se pela elevada familiaridade com estes produtos, com um índice 108 acima da média europeia.

O estudo mostra que os utilizadores destas medicações apresentam maior afinidade com categorias percecionadas como saudáveis e práticas — sopas refrigeradas, bebidas desportivas e isotónicas, bebidas vegetais, sobremesas proteicas e adoçantes — caracterizadas por conveniência e baixa carga calórica. Nos mercados onde este fenómeno está mais avançado, como o Brasil, observa-se ainda uma tendência para a redução da intensidade da cesta, com menor frequência de compra e menor volume por ocasião em categorias indulgentes, como refrigerantes e chocolate, evidenciando mudanças estruturais que poderão replicar-se no mercado português.

A médio prazo, isto pode reconfigurar o cabaz, favorecendo categorias leves, funcionais e com foco no bem-estar.

O retalho num ponto de viragem

O conjunto de evidências do “Who Cares? Who Does? Health 2025” revela que o consumidor português está num momento de transição entre hábitos tradicionais e novas expectativas de bem-estar. O retalho encontra-se numa posição estratégica para responder a estas mudanças, integrando inovação, clareza nutricional, frescura e conveniência saudável.

A saúde, enquanto força transversal, deixou de ser um nicho. É hoje um dos principais motores das escolhas alimentares, influenciando produtos, formatos, comunicação, categorias e experiências de compra. O retalho que conseguir acompanhar esta transformação — sem ceder ao alarmismo, mas também sem ignorar os sinais — estará mais bem posicionado para captar valor num mercado que se reinventa através das escolhas de um consumidor mais informado, mais consciente e mais exigente.

As nossas iniciativas

Vales do Consumidor: reforçar a proximidade, dinamizar as lojas e valorizar a experiência de compra

A rede Aqui é Fresco voltou a apostar numa estratégia focada no consumidor com a ação Vales do Consumidor – Compre e Ganhe, uma iniciativa que uniu 62 fornecedoresparceiro e centenas de lojas aderentes num projeto comum: dinamizar o tráfego, reforçar a competitividade e oferecer aos clientes uma experiência de compra mais envolvente. Dividida em dois momentos, com folhetos promocionais entre 24 de setembro e 5 de outubro e entre 8 e 19 de outubro, a campanha incentivou o consumidor a comprar produtos em destaque e a habilitar-se a ganhar vales de compras exclusivos para usar nas lojas da rede.

O funcionamento da campanha manteve-se fiel ao que tem sido uma das forças da rede Aqui é Fresco: clareza, simplicidade e foco no valor acrescentado para quem compra. Por cada 20 euros em compras nos artigos assinalados no folheto, os consumidores habilitaram-se automaticamente a ganhar um dos três vales de compras atribuídos em cada loja participante: 50 euros, 30 euros e 20 euros.

Os vales apenas puderam ser descontados na loja onde o cliente participou, reforçando, assim, o vínculo entre o retalhista local e os seus consumidores habituais. Esta lógica de proximidade garante que o benefício permanece no comércio local, potenciando visitas futuras e uma relação comercial mais forte e contínua entre lojas e clientes.

Estratégia faseada para maximizar resultados

A ação foi desenhada em duas fases complementares, com dois folhetos distintos distribuídos ao longo de quatro semanas.

O primeiro decorreu entre 24 de setembro e 5 de outubro, seguido de uma segunda vaga entre 8 e 19 de outubro, garantindo maior continuidade e renovação de produtos em destaque.

Esta estratégia faseada permitiu não só manter o interesse dos consumidores durante um período alargado, como proporcionou destaque sucessivo de diferentes categorias e marcas, aumentando, ainda, a frequência de visitas às lojas, num reforço da competitividade da rede nos momentos mais próximos do arranque da época alta do retalho.

Ao envolver um total de 62 fornecedores-parceiro, a rede Aqui é Fresco conseguiu criar um sortido mais robusto e promocional, com marcas reconhecidas que contribuíram para tornar os folhetos mais atrativos e relevantes para o consumidor final.

Os vales apenas puderam ser descontados na loja onde o cliente participou, reforçando, assim, o vínculo entre o retalhista local e os seus consumidores habituais

Impacto direto nas lojas

A campanha Vales do Consumidor foi desenhada com dois grandes objetivos: gerar tráfego e estimular a compra de produtos em destaque. Ao promover a oportunidade de ganhar vales de compras em cada loja, a rede potenciou tanto o aumento do fluxo diário como a melhoria do “ticket” médio nas categorias incluídas na ação.

Além da mecânica de prémios, os produtos selecionados nos folhetos surgiram como alavancas claras para incentivar a experimentação, promover a rotação de artigos e dar mais visibilidade aos fornecedoresparceiro. Ao mesmo tempo, as lojas aderentes beneficiaram de condições comerciais alinhadas com a campanha, reforçando a margem e a rentabilidade em períodos críticos do calendário de consumo.

Comunicação integrada e presença multiformato

Para garantir a máxima eficácia da campanha, a rede Aqui é Fresco desenvolveu um conjunto robusto de materiais de comunicação — tanto físicos como digitais — que ajudaram a criar impacto no ponto de venda e nas plataformas da marca.

Os produtos selecionados nos folhetos surgiram como alavancas para incentivar a experimentação, promover a rotação de artigos e dar mais visibilidade aos fornecedoresparceiro

Entre os materiais preparados, destacaram-se cartazes para exposição em loja, folhetos físicos e digitais, com os produtos elegíveis e a mecânica da campanha, peças para comunicação online, adaptadas às necessidades de cada retalhista, conteúdos para redes sociais, apoiando a divulgação da ação de forma dinâmica e visual.

Esta abordagem multicanal garantiu, assim, que a campanha chegasse ao consumidor em diferentes momentos do seu percurso de compra, reforçando a notoriedade e aumentando a probabilidade de adesão.

Reforço da proximidade e do ADN da rede

A ação Vales do Consumidor – Compre e Ganhe representou mais do que uma mecânica promocional: é uma expressão clara do posicionamento da rede

Aqui é Fresco no comércio independente. Através de iniciativas que combinam simplicidade, valorização do cliente, envolvimento dos fornecedores e dinamização das lojas, a rede demonstra, ano após ano, a sua capacidade de inovar e de criar campanhas com impacto real na operação dos retalhistas e no quotidiano dos consumidores.

Num contexto competitivo e em permanente transformação, ações como esta reforçam o que distingue a rede: proximidade, transparência, colaboração e a capacidade de criar campanhas que geram valor para toda a cadeia — do fornecedor ao consumidor final.

A edição deste ano reafirma, assim, o compromisso do Aqui é Fresco com uma experiência de compra mais personalizada, mais vantajosa e mais alinhada com as necessidades das famílias portuguesas, consolidando o papel da rede como uma referência essencial no comércio de proximidade.

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Os nossos parceiros

Sogrape, Sumol Compal, Super Bock e Unilever dinamizaram

Dia do Fornecedor

A edição de 2025 do Dia do Fornecedor voltou a demonstrar a força do modelo colaborativo da rede Aqui é Fresco, aproximando os retalhistas das grandes marcas através de um formato 100% digital, mais ágil, acessível e eficiente. A iniciativa, que já é uma referência dentro da rede, reforça a competitividade das lojas ao permitir a realização de encomendas diretas, acesso a condições exclusivas e contacto imediato com os principais fornecedores-parceiro do sector.

A edição deste ano contou com quatro momentos-chave, cada um dedicado a um fornecedor estratégico da rede Aqui é Fresco: Sumol Compal (14 de outubro, Sogrape (21 de outubro), Super Bock (28 de outubro) e Unilever Alimentar, Home Care e Personal Care (4 de novembro).

TEXTO BÁRBARA SOUSA | FOTOS D.R.

Em cada sessão, os retalhistas puderam conhecer campanhas, novidades de portefólio, oportunidades de crescimento em categorias estratégicas e condições comerciais especialmente preparadas para a rede.

Tal como nas edições anteriores, todas as encomendas foram realizadas através da aplicação digital exclusiva do Aqui é Fresco, que centraliza ofertas, garante transparência nas condições e facilita a gestão comercial de cada loja. Este sistema, já amplamente validado pelos associados, permite otimizar volumes de compra, agilizar processos e reforçar a competitividade no ponto de venda.

Evolução contínua do modelo multiparcerias

O Dia do Fornecedor 2025 confirma a evolução contínua do modelo multiparcerias da rede Aqui é Fresco. A colaboração direta entre os pequenos operadores de comércio local e grandes marcas nacionais e internacionais traduz-se em melhores condições comerciais e preços competitivos, acesso rápido a produtos de referência, planeamento mais eficiente para momentos de elevada procura, relação

mais próxima com fornecedores-parceiro e maior capacidade de inovação dentro da rede.

Esta estratégia fortalece a proposta de valor da rede e reforça o seu posicionamento como referência no sector do retalho independente.

Modelo que cria valor para toda a cadeia

Com esta edição digital do Dia do Fornecedor, o Aqui é Fresco reforça a sua aposta na transformação digital, no fortalecimento das relações comerciais e na expansão da oferta disponível nas lojas.

A participação de fornecedores como Sumol Compal, Sogrape, Super Bock e Unilever demonstra a confiança crescente no ecossistema colaborativo da rede e a sua importância estratégica como plataforma nacional de capilaridade e proximidade.

O Dia do Fornecedor 2025 volta, assim, a cumprir o seu objetivo: aproximar retalhistas e fornecedores, garantir melhores condições para quem compra e oferecer maior valor a quem consome, contribuindo para um comércio independente mais forte, competitivo e preparado para os desafios do mercado.

A nossa marca

UP: 20 anos a crescer com o comércio de proximidade

Em 2025, a marca própria UP celebra duas décadas de história. Nasceu com a missão de oferecer qualidade, preço justo e confiança ao comércio de proximidade e, ao longo destes 20 anos, tornou-se um pilar do retalho independente, acompanhando a evolução dos consumidores, dos associados e das lojas de pequeno retalho. Com mais inovação, novas gamas e um portefólio renovado, a UP entra no seu novo ciclo com ambição reforçada.

O ano de 2025 assinala um marco emblemático para a UP: o seu 20.º aniversário. São 20 anos de crescimento sustentado, inovação constante e uma ligação profunda ao comércio de proximidade, sector onde a marca se afirmou como uma alternativa credível e competitiva às marcas líderes. Hoje, a UP é uma marca madura, reconhecida tanto por retalhistas como por consumidores, e um símbolo da capacidade de evolução do universo grossista e retalhista independente. Criada para responder às necessidades específicas das lojas de pequeno retalho, a UP soube adaptarse ao longo do tempo ao dinamismo do mercado e às expectativas de um consumidor cada vez mais informado. Manteve sempre um compromisso claro: oferecer produtos que combinam qualidade, diversidade e um preço ajustado à realidade do comércio de proximidade.

Expansão e inovação

A inovação tem sido um dos pilares estruturais da marca e o exercício de 2025 confirma a aplicação dessa mesma estratégia. Neste ano simbólico, a UP reforçou o seu portefólio com um aumento de 20% no número de novas referências, consolidando a

importância da marca na oferta dos seus parceiros. Entre os destaques de 2025 está o lançamento da nova gama de charcutaria e queijos, que amplia significativamente a presença da UP nos produtos refrigerados. Este movimento assume relevância

estratégica para as lojas de bairro, já que estas categorias representam tráfego, recorrência e diferenciação e são essenciais para garantir uma oferta competitiva face às grandes cadeias.

A aposta em charcutaria e queijos reforça a vocação da UP como marca completa, preparada não apenas para responder às necessidades do consumidor atual, mas também para apoiar os retalhistas com soluções consistentes, integradas e de elevada rotação.

Dia UP: celebração, negócio e parceria

O lançamento oficial desta nova gama aconteceu no Dia UP, celebrado a 30 de setembro. Mais do que um evento comercial, este foi um momento de celebração do percurso da marca e do envolvimento dos seus parceiros. O encontro reuniu 29 fornecedores UP e representantes dos vários cash & carries do grupo Unimark, num ambiente marcado pelo dinamismo, pelo reforço de relações e pela construção de novas oportunidades.

O balanço da iniciativa foi extremamente positivo, superando as edições anteriores e demonstrando o impacto crescente da marca no universo do comércio independente. Este resultado espelha não apenas a força da UP no mercado, mas também a confiança que fornecedores e lojistas depositam na marca própria da rede.

A UP prepara-se agora para iniciar um novo ciclo. O crescimento da marca será guiado pelos mesmos princípios que definiram o seu ADN: proximidade, qualidade e parceria

Relação construída lado a lado com o retalho independente

Uma das razões do sucesso da UP ao longo destas duas décadas está na forma como a marca cresceu em sintonia com os seus Associados e Aderentes.

O desenvolvimento das gamas, a construção do portefólio e a estratégia de inovação têm sido feitas com foco claro nas necessidades do terreno, ouvindo o retalho local, compreendendo os desafios das lojas e antecipando as tendências de consumo. Os fornecedores-parceiros desempenham igualmente um papel fundamental neste percurso.

A qualidade dos produtos, a consistência das relações comerciais e o compromisso conjunto com a competitividade são pilares que permitiram à UP consolidar-se como marca de confiança em centenas de lojas.

Evolução com o consumidor no centro

Com duas décadas de história, a UP prepara-se agora para iniciar um novo ciclo. O crescimento da marca será guiado pelos mesmos princípios que definiram o seu ADN: proximidade, qualidade e parceria. Mas será também marcado por novas exigências do mercado, por consumidores mais atentos, por processos mais digitalizados e por uma concorrência cada vez mais intensa.

A ambição passa por reforçar a qualidade, ampliar gamas estratégicas, apostar em produtos de maior valor acrescentado e continuar a apoiar o comércio de proximidade com uma marca própria forte, credível e preparada para os desafios do futuro. Porque se os primeiros 20 anos foram de construção, afirmação e evolução, os próximos serão de consolidação e renovação — sempre com o consumidor no centro da oferta e com o comércio independente como parceiro natural deste caminho.

Publireportagem

Interhigiene: 20 anos a tornar a sustentabilidade uma realidade acessível

A Interhigiene celebra 20 anos de atividade, afirmando-se como uma das empresas portuguesas mais relevantes no desenvolvimento de produtos de higiene doméstica e profissional e como um parceiro estratégico para o comércio de proximidade. Ao longo destas duas décadas, consolidou-se como um dos principais fornecedores da marca própria UP.

Fundada com o objetivo de oferecer soluções de higiene fiáveis, acessíveis e adaptadas ao consumidor português, a Interhigiene evoluiu para uma empresa moderna, industrialmente robusta e com uma estratégia clara de sustentabilidade. Hoje, destaca-se não apenas pelo know-how produtivo, mas pelo investimento consistente em tecnologias, materiais e processos mais responsáveis que refletem um compromisso real com o futuro do sector.

Portuguesa, sustentável e orientada para o futuro

A sustentabilidade é um dos pilares centrais da Interhigiene. A empresa tem investido de forma contínua na redução do impacto ambiental, implementando práticas de eficiência energética, integrando materiais reciclados nas embalagens e modernizando processos industriais. Este caminho reflete-se tanto na operação diária como no desenvolvimento de novos formatos e soluções, sempre com foco na redução de resíduos e na otimização dos recursos.

Este compromisso é visível em toda a cadeia de produção, desde o desenho das embalagens ao investimento em energia limpa e tecnologias que reforçam a eficiência. Três fatores são especialmente relevantes: a diminuição do uso de plástico em diversos formatos, a crescente incorporação de materiais recicláveis nas embalagens, a aposta na eficiência energética e na modernização industrial. Graças a esta estratégia, a Interhigiene tornou-se um parceiro de referência num mercado onde a sustentabilidade deixou de ser acessória e passou a ser elemento diferenciador.

Fornecedor de referência

A relação com a marca própria UP reflete esta evolução. Há vários anos que a Interhigiene fornece produtos essenciais para o segmento não alimentar da UP, contribuindo diretamente para o crescimento, solidez e reconhecimento da marca própria no comércio de proximidade.

Entre os artigos UP fornecidos pela empresa destacam-se, por exemplo, o Detergente de Roupa Líquido UP Wash Original+ 5L – 100 doses, o Detergente de Roupa Líquido UP Wash Colónia+ 5L – 100 doses, o Tira Gorduras UP Clean 750 ml e o Perfumador Líquido para Roupa UP Wash Floral/ Talco 720 ml – 36 doses, entre outros produtos amplamente reconhecidos pela boa relação qualidade-preço. Estes artigos são desenvolvidos com elevados padrões de qualidade e acompanham a evolução das preferências do consumidor, reforçando a competitividade das lojas independentes.

A consistência da qualidade, a fiabilidade do abastecimento e a capacidade de adaptação às necessidades do retalho transformaram a Interhigiene num parceiro essencial na estratégia da UP.

20 anos de inovação e parceria

A história da Interhigiene é marcada por uma lógica de crescimento sustentável e por uma forte cultura de parceria. Ao longo destes 20 anos, a empresa trabalhou lado a lado com clientes, distribuidores e retalhistas, desenvolvendo produtos alinhados com o que o mercado realmente procura. Esta proximidade operacional foi decisiva para fortalecer a sua posição no universo grossista e retalhista, especialmente junto do comércio independente. A empresa entrou neste marco de duas décadas focada em continuar a inovar, melhorar processos e reforçar a sua aposta em sustentabilidade, sempre mantendo o ADN que a caracteriza desde o primeiro dia: ser uma empresa portuguesa, sólida, responsável e orientada para criar valor para os seus parceiros.

Futuro alinhado

Com o comércio de proximidade a atravessar uma fase de modernização acelerada, a Interhigiene encontrase particularmente bem posicionada para continuar a apoiar o sector. A sua experiência industrial, a capacidade de inovação e os investimentos contínuos em sustentabilidade tornam-a um parceiro natural para as marcas próprias que querem crescer, como é o caso da UP.

Ao celebrar esta bonita data, a Interhigiene reforça a sua missão: desenvolver produtos de higiene que combinem eficácia, responsabilidade ambiental e acessibilidade, contribuindo diariamente para a competitividade das lojas Aqui é Fresco e para o fortalecimento do retalho independente em Portugal.

Sustentabilidade

O papel da loja enquanto motor da sustentabilidade no comércio de proximidade

TEXTO BÁRBARA SOUSA | FOTOS RUBEN ANDRADE

Da iluminação ao frio alimentar, passando pela gestão da energia e pela digitalização dos processos, as lojas Aqui é Fresco estão a dar passos concretos para tornar o comércio de proximidade mais eficiente, moderno e ainda mais responsável. A adoção de tecnologias de baixo consumo, equipamentos de nova geração e práticas operacionais mais conscientes está a transformar estas lojas em verdadeiros motores de sustentabilidade no retalho alimentar local, reduzindo custos, melhorando a experiência do cliente e preparando o negócio para os desafios do futuro.

Num sector cada vez mais pressionado pela eficiência energética e pelos custos operacionais, as lojas Aqui é Fresco têm vindo a reforçar o compromisso com práticas sustentáveis que geram poupança imediata, melhoram o conforto dos clientes e tornam o

negócio mais competitivo. Iluminação eficiente, soluções de frio mais modernas, otimização dos consumos e digitalização de processos estão no centro desta transformação, que tem avançado de forma concreta em várias lojas da rede.

A iluminação LED é hoje uma das intervenções mais comuns e de maior retorno. A substituição de sistemas antigos por LED de alto rendimento permite reduzir consumos até 60%, além de garantir uma luz mais uniforme, nítida e confortável, essencial para a apresentação dos produtos frescos e de mercearia. Em muitas lojas, esta mudança veio acompanhada da instalação de sensores de presença em zonas de menor circulação — armazéns, zonas técnicas, áreas de preparação —, evitando consumos desnecessários ao longo do dia.

Mas é no frio alimentar que se encontram algumas das maiores oportunidades de sustentabilidade e poupança. A substituição de equipamentos antigos por soluções de frio de nova geração, com portas em expositores verticais e balcões fechados, reduz drasticamente as perdas térmicas e o consumo energético. Igualmente relevante é a adoção de gases refrigerantes mais sustentáveis, como o

O outro grande prazer da vida.

NOVIDADES

A substituição de sistemas antigos por LED de alto rendimento permite reduzir consumos até 60%, além de garantir uma luz mais uniforme, nítida e confortável, essencial para a apresentação dos produtos frescos e de mercearia

CO2 (R744), que além de terem menor impacto ambiental, garantem maior eficiência em cenários de funcionamento intensivo. Várias lojas Aqui é Fresco têm seguido esta rota, modernizando também os sistemas de descongelação, monitorização remota e controlo de temperaturas, que permitem detetar anomalias antes de gerarem ruturas ou desperdício.

A climatização eficiente está também na lista de prioridades. A renovação dos sistemas AVAC, com equipamentos “inverter” e gestão centralizada, permite equilibrar conforto térmico com poupança.

Em simultâneo, algumas lojas começaram a instalar cortinas de ar na entrada, reduzindo perdas energéticas sem comprometer a circulação de clientes.

Gestão da energia

A gestão da energia é outro pilar crescente. Muitas unidades já recorrem a tarifários otimizados, monitorização de consumos em tempo real e ajustes de operação conforme a procura, minimizando picos e evitando penalizações. Em zonas com exposição solar favorável, o investimento em painéis fotovoltaicos começa a ganhar relevância, proporcionando autonomia parcial e amortizações aceleradas num cenário de preços elevados da eletricidade.

A sustentabilidade na rede Aqui é Fresco passa também por boas práticas operacionais: controlo rigoroso de desperdício, reorganização dos lineares

para maximizar a circulação do ar, manutenção preventiva dos equipamentos e formação das equipas para utilização eficiente dos recursos. Pequenos gestos — como assegurar o correto fecho das portas, evitar cargas térmicas desnecessárias ou ajustar temperaturas conforme a categoria do produto — traduzem-se em ganhos reais no final do mês.

reforçam a sua reputação e constroem um negócio mais preparado para o futuro. É este caminho — gradual, pragmático e com impacto real — que está a consolidar a evolução sustentável das lojas de bairro em Portugal.

SP_AEF_Natal Cuetara_210x149.pdf 1 02/10/2025 12:31

Digitalização do negócio Em paralelo, a digitalização tem vindo a reduzir consumos indiretos. A generalização das etiquetas eletrónicas, do envio digital de comunicações e do novo Portal Integração Folhetos — que vai automatizar a parametrização de PVP e a criação de artigos durante as campanhas — contribui para processos mais limpos, com menos papel, menos erros e maior eficiência na execução. No conjunto, a rede Aqui é Fresco demonstra que sustentabilidade e competitividade caminham lado a lado no comércio de proximidade. As lojas que investem em iluminação moderna, frio eficiente, energia bem gerida e digitalização não só reduzem custos como melhoram a experiência do cliente,

A sustentabilidade na rede Aqui é Fresco passa também por boas práticas operacionais: controlo rigoroso de desperdício, reorganização dos lineares para maximizar a circulação do ar, manutenção preventiva dos equipamentos e formação das equipas para utilização eficiente dos recursos

As bolachas Cuétara são perfeitas para o seu Natal. Tornam os momentos de partilha com a família e amigos ainda mais deliciosos.

Portal de Folhetos

de Folhetos:

A revolução silenciosa que

está a modernizar a operação das lojas

Aqui é Fresco

TEXTO BÁRBARA SOUSA | FOTOS D.R.

A transformação digital do comércio de proximidade deixou de ser uma tendência para se tornar uma necessidade estratégica. Simplificar processos e operações tornou-se essencial para assegurar a competitividade. É neste contexto que surge o novo Portal de Folhetos Promocionais, uma solução desenvolvida pela Smartdigit e integrada no âmbito do Programa e-AeF: Portal Integração Folhetos, que representa um passo firme no processo de digitalização da rede Aqui é Fresco.

A ferramenta foi concebida para ligar, de forma intuitiva e automática, a central da insígnia aos sistemas utilizados pelos retalhistas, nomeadamente os softwares SAGE e XD. O objetivo é claro: permitir que a criação e implementação das campanhas promocionais aconteça de forma rápida, integrada e praticamente sem trabalho adicional, trazendo ganhos reais para o dia a dia das lojas.

Atualmente, a central encontra-se em reuniões com vários Associados, recolhendo feedback para ajustar funcionalidades e garantir que a solução responde às necessidades reais do terreno. Ainda assim, existe consenso num ponto: esta é uma evolução estrutural que vai tornar a operação das lojas mais eficiente e fortalecer a capacidade competitiva da rede Aqui é Fresco.

Um portal feito à medida da realidade AEF O novo portal foi apresentado, pela primeira vez, por Carla Esteves, diretora executiva da rede, na XIV Convenção Aqui é Fresco, onde gerou grande expectativa. A solução foi desenvolvida com um propósito muito concreto: facilitar a comunicação direta entre a central e os softwares de faturação utilizados no retalho alimentar independente, garantindo uma atualização automática dos preços, descontos e artigos dos folhetos promocionais.

Para muitas lojas, a criação manual de artigos e a introdução de preços de campanha é uma tarefa que consome tempo, gera inconsistências e pode originar erros que comprometem a experiência do cliente. O portal veio, precisamente, eliminar

estas dificuldades, ao permitir a parametrização automática dos PVP indicados nos folhetos e possibilita a criação de artigos sempre que aplicável, assegurando que todos os produtos promovidos ficam corretamente definidos no sistema da loja.

Este avanço tecnológico traduz-se numa resposta concreta a um desafio antigo dos retalhistas independentes: como ganhar tempo, simplificar processos e assegurar coerência na implementação das campanhas, mesmo em lojas com recursos humanos reduzidos.

Processo simples e centralizado

No portal negócios.aquiefresco.pt, a central tem agora acesso a um ambiente moderno e de utilização intuitiva, no qual é possível criar folhetos desde o planeamento até à validação final. O processo é direto e está totalmente otimizado: definem-se as datas da campanha, selecionam-se os produtos a promover, incluindo quantidades, formatos ou variantes, introduzem-se os preços ou descontos. Em poucos minutos, o folheto fica pronto para ser disponibilizado à rede de lojas. Esta capacidade de resposta rápida permite uma maior flexibilidade comercial e uma comunicação mais alinhada, garantindo que toda a rede trabalha com a mesma informação, em simultâneo.

O modelo reforça a visão estratégica do Aqui é Fresco: a central cria, as lojas vendem, num processo mais transparente, coordenado e eficiente.

Integração total, sem complexidade

Se a criação do folheto na central tornou-se mais rápida, a operação nas lojas ficou ainda mais simples. Os responsáveis de cada estabelecimento encontram, diretamente no SAGE ou no XD, a lista de folhetos disponíveis e a indicação dos que já foram importados. Basta um clique para que o sistema faça o resto.

A importação dos produtos é automática e baseada no EAN, o que reduz drasticamente o risco de erros.

Quando um produto não existe na base de dados da loja, o portal permite a sua criação imediata, evitando interrupções operacionais e garantindo que a campanha é executada sem falhas.

Este processo torna-se especialmente relevante para lojas com equipas pequenas, onde a automatização permite dedicar mais tempo ao atendimento, ao controlo de frescos e ao serviço personalizado — áreas onde o comércio de proximidade mais se distingue.

Menos erros, mais tempo e maior consistência O impacto do novo portal é transversal a toda a operação Aqui é Fresco. Com menos inserções manuais e com processos automatizados, o risco de erro humano diminui significativamente. As campanhas tornam-se mais coerentes, os preços ficam corretamente parametrizados e as equipas deixam de perder tempo em tarefas administrativas. Ao mesmo tempo, a possibilidade de criar artigos automaticamente evita lacunas nas campanhas e reduz ruturas ao nível da informação, um problema recorrente no retalho independente. Para o cliente final, isto traduz-se em maior transparência, confiança e experiência de compra mais consistente. O portal encontra-se agora em fase final de testes, envolvendo um conjunto de lojas-piloto que permitirá validar o funcionamento integral da ferramenta antes da sua disponibilização a toda a rede. A expectativa é que esteja plenamente operacional muito em breve.

Salto tecnológico com impacto duradouro O Portal de Folhetos não é apenas mais uma ferramenta digital. É um eixo central da estratégia de modernização da rede Aqui é Fresco, alinhado com o compromisso de dar aos seus retalhistas independentes as condições necessárias para operar com mais eficiência num mercado altamente competitivo.

Ao reforçar a integração entre central e lojas, ao automatizar processos críticos e ao reduzir significativamente o esforço operacional, a Aqui é Fresco demonstra que o comércio de proximidade português pode inovar, modernizar-se e competir ao mais alto nível — sem perder a identidade que o liga às comunidades que serve.

Este portal é, assim, um exemplo claro de como a tecnologia, quando pensada para a realidade concreta das lojas, se torna num aliado estratégico, capaz de melhorar o presente e preparar a rede para o futuro.

O portal de folhetos é um exemplo concreto da tecnologia como aliado estratégico, capaz de melhorar o presente e preparar o futuro

BrandCare adota nova identidade e passa a chamar-se Sodalis Iberia

A BrandCare concluiu o processo de alteração da sua denominação social e passa a designar-se Sodalis Iberia, reforçando o alinhamento com o seu acionista, o Grupo Sodalis, multinacional italiana de referência nos setores da saúde, beleza, cuidado pessoal e cuidado da casa.

A mudança aconteceu a 1 de setembro de 2025 e marca um novo capítulo na história da empresa, traduzindo-se num reforço da identidade corporativa, no aprofundamento das sinergias ibéricas e na valorização do

Aroma da Natureza

employer branding, com o objetivo de atrair e reter talento e consolidar a presença nos mercados de Portugal e Espanha.

Desde a integração no grupo, em 2017, a empresa tem vindo a crescer de forma consistente, beneficiando da visão estratégica e da capacidade de inovação do grupo familiar italiano, presente em nove países, com exportações para 48 mercados e quase dois mil colaboradores em todo o mundo.

AÇÃO TOTAL loiça e máquina

“A adoção da nova denominação Sodalis Iberia é um marco na nossa história. Representa o alinhamento total com o Grupo Sodalis, um grupo internacional que acredita em transformar gestos do dia a dia em experiências únicas, abrindo caminho a novas oportunidades de inovação, crescimento, sustentabilidade e colaboração”

Nuno Tavares, CEO da Sodalis Iberia.

REFORÇO

DA

IDENTIDADE E DA PRESENÇA NO MERCADO IBÉRICO

Com equipas em Lisboa, Madrid e Barcelona, a Sodalis Iberia conta com cerca de 70 colaboradores e um volume de negócios acima de 50 milhões de euros em 2024, prevendo ultrapassar os 52 milhões em 2025. A empresa atua no cuidado pessoal, cuidado da casa e beleza, garantindo quase 100% de cobertura junto dos principais

retalhistas em Portugal e Espanha. A nova identidade reforça o alinhamento internacional, a notoriedade da marca no mercado ibérico, o acesso ao know-how científico e industrial do Grupo Sodalis, as sinergias comerciais e de marketing e o compromisso com a sustentabilidade e responsabilidade social.

MARCAS DE REFERÊNCIA IBÉRICA

A Sodalis Iberia apresenta um portefólio que combina marcas locais e marcas globais do Grupo Sodalis. Entre elas destacam se Mistolin, Cristasol, Super Pop, Denim, Natural Honey, Feno de Portugal, Vitesse, Deborah Milano e Rapid White. Em 2025, a empresa reforçou a sua oferta com o lançamento da marca Tesori d’Oriente na Península Ibérica, através de uma nova gama de amaciadores de roupa inspirada em rituais de bem estar, consolidando o posicionamento do grupo na região.

Clientes

Beira Alta: onde o comércio de proximidade tece comunidade e futuro

Na vasta paisagem interior de Portugal, entre a Serra da Estrela e o Douro, onde as serras e os vales ondulados se encontram com o céu, a Beira Alta ergue-se como espaço de reencontro entre pessoas, tradições e terra. É aqui, entre o respirar tranquilo dos pinhais e o ecoar antigo dos castelos de granito, que o comércio de proximidade emerge como ponte entre gerações e catalisador de comunidade.

Nesta região de raiz rural, vasta e densa em história, entre os cumes da Estrela e os vales do Dão e do Côa, cada aldeia e vila carrega memórias de pastores, lagares de azeite e rotas onde ainda ecoam os balidos dos rebanhos. E se em paragens como Celorico da Beira, o aroma dos queijos curados mistura-se com o frio seco das manhãs; em Trancoso ou Linhares, o granito das casas guarda séculos de histórias. Em cada loja local abre-se um pequeno palco onde se trocam não apenas produtos, mas afetos e confiança.

TEXTO BÁRBARA SOUSA | FOTOS RUBEN ANDRADE/SHUTTERSTOCK

O comércio deixa de ser mero serviço para se tornar espaço de pertença: o café onde se comenta a colheita, a mercearia onde se conhece o nome do cliente, o mercado semanal onde o mel da serra e o pão de centeio cruzam olhares entre quem vende e quem compra.

A Beira Alta vive hoje uma nova dinâmica: não apenas na preservação do antigo, mas no regresso às origens e no redescobrir da proximidade. O movimento de regresso ao interior ganha força quando se percebe que há quem queira permanecer, regressar e criar aqui a sua vida, com raízes mais profundas. O turismo rural, a reabilitação de casas antigas e o trabalho à distância na era da internet e das tecnologias da informação mostram que o interior é também cenário de futuro.

É nesse contexto que a rede Aqui é Fresco ganha especial significado. Com o lema “Perto e de Confiança”, une supermercados e minimercados independentes em todo o país, muitos deles inseridos em territórios como o da Beira Alta. Nesta terra, o comércio é mais do que retalho: é parte da vida social, da identidade e do bem-estar coletivo. É ali, nestes estabelecimentos, que os mais idosos partilham memórias de outros tempos e vivências,

A Beira Alta vive hoje uma nova dinâmica: não apenas na preservação do antigo, mas no regresso às origens e no redescobrir da proximidade

enquanto os mais novos aprendem o valor da terra.

É ali que o “bairro” se refaz, que se reconhecem os nomes e se confirma a vizinhança. Em regiões como a Beira Alta, integrar a rede Aqui é Fresco não significa perder identidade, mas, sim, reforçá-la, dar-lhe escala e conservar o carácter local.

Em cada balcão da rede Aqui é Fresco, em cada loja de proximidade da Beira Alta, reside uma promessa: a de que o interior não é apenas lugar de passagem ou de memória, mas de vida, de escolha e de futuro.

Onde tradição e inovação caminham lado a lado e onde o comércio de proximidade se eleva, não como sobrevivente, mas como bastião de comunidade e identidade.

CEREJA MANGA
Iogurte Tipo

Torrozelo: comércio que mantém viva a aldeia

Num recanto tranquilo da Beira Alta, em Torrozelo, uma aldeia marcada pelo granito ancestral e pela serenidade dos montes, a mercearia Nova Vida encontra-se de portas abertas para receber clientes de sempre e de passagem, fruto da movimentada estrada nacional que lhe dá acesso. A loja, dirigida por Mário Mendes, é um marco nesta aldeia, que nasceu da motivação de oferecer um espaço de proximidade e abastecimento para a população local.

“Na altura, há cerca de 40 anos, havia uma necessidade de retalho aqui nesta aldeia. Tínhamos pouco mais de 30 anos e abrimos uma loja pequenina, mesmo dentro da aldeia, para oferecer algo à população.

Mais tarde, abrimos um espaço maior, a Nova Vida, uma loja à altura do desafio”

Hoje, passadas várias décadas, Mário Mendes reconhece que manter o negócio é um esforço contínuo. “Continuamos a fazer algum esforço para nos mantermos mais alguns anos”, diz o responsável. O objetivo permanece o mesmo: continuar a servir a população, enquanto for possível, mantendo vivo o pulsar do comércio local como “um dos que ainda resiste”, como ele próprio afirma. A loja que dirige já conta com mais de 30 anos e, apesar das dificuldades trazidas pelo envelhecimento da população, continua firme e permanece como ponto de encontro para os habitantes da localidade, um espaço de proximidade, de diálogo, de vizinhança.

A entrada da Nova Vida na rede Aqui é Fresco aconteceu há já uns “anos valentes”, uma parceria que surgiu de forma natural. “Já trabalhávamos com o A. Monteiro e fomos desafiados a integrar a rede. Devido à proximidade e às melhorias na oferta de novos produtos, optámos por fazer a mudança e estamos muito satisfeitos”. O balanço, diz, é claramente positivo, tanto pela qualidade da relação com a central como pelo apoio nas marcas próprias e nos folhetos promocionais. Os clientes, segundo Mário Mendes, valorizam esse esforço. “As pessoas estão atentas, apesar de haver uma panóplia de folhetos, distinguem as promoções e percebem quando conseguimos melhorar um preço aqui e ali. É uma forma de cativar”. Mas não só. Na Nova Vida, o que distingue é o atendimento próximo, o conhecimento dos clientes, a oferta ajustada ao quotidiano da aldeia. Hoje, a Nova Vida oferece “um pouco de tudo, dentro do básico”, como gosta de dizer Mário Mendes. Mas essencial para o quotidiano mais pausado da vida serrana.

A loja vive sobretudo da clientela local e das aldeias vizinhas, onde o comércio tradicional escasseia. “É uma zona de passagem. Quem vem aqui é de tudo um pouco”, comenta. O espaço acolhe todos os perfis de cliente - os mais idosos, as famílias que residem na área, os veranistas que aparecem

Na Nova Vida, o que distingue é o atendimento próximo, o conhecimento dos clientes, a oferta ajustada ao quotidiano da aldeia

no verão - e adapta-se à sazonalidade da vida rural. O verão, conta, é a melhor altura do ano. “Temos mais movimento, as piscinas aqui ao lado atraem a malta nova, os avós vêm com os netos. Há mais vida”. Junho, julho e agosto são meses de respiro. Natural da terra, Mário Mendes, com 67 anos, reflete com simplicidade que os beirões “não são melhores nem piores. É uma forma diferente de estar. O frio dá-nos uma cultura diferente, mas hoje essas distinções já estão mais diluídas”. Reconhece que, antigamente, havia uma maior separação entre o campo e a cidade, mas a migração e o contacto com outras regiões - especialmente com a comunidade beirã em Lisboaalteraram essa perceção. Entre o passado e o presente, a Nova Vida permanece fiel ao seu nome, resistindo, reinventando-se e continuando a dar vida à aldeia que a viu nascer.

Guarda: pilar de vizinhança e serviço No coração da cidade da Guarda, a JAA Market, que abriu portas em 2015, assume-se como um elemento central da vida local. Dez anos depois, o balanço é francamente positivo. Alfredo Águas, responsável pelo espaço, mostra-se satisfeito com a evolução do negócio e com o apoio da rede Aqui é Fresco. “Continuo bastante satisfeito com o grupo. Não há grandes pressões nem stresses. Apoiam-nos e dão-nos condições para estarmos no mercado e sermos competitivos com os grandes”, afirma.

Manter uma loja aberta e uma equipa motivada e satisfeita continua, no entanto, a ser um desafio constante. “Trabalhamos para isso e tentamos dar o melhor, com esforços, prémios e benefícios que muitos não conseguem dar. Por exemplo, os funcionários têm seguro de saúde oferecido pela empresa, o que é uma grande mais-valia”, afirma Alfredo Águas, que desde o início optou por uma proposta diferenciada. “Temos uma boa equipa que tenta apoiar e ajudar uns aos outros. Hoje, se alguém não puder vir de manhã, vem no turno da tarde, alguém sempre cobre”. Esta flexibilidade e o sentimento de apoio mútuo contribuem para uma equipa unida.

A clientela da loja é diversa, atraindo tanto habitantes da cidade da Guarda como moradores das aldeias circundantes. Nos dias de feira, nomeadamente às quartas-feiras e sábados, quando produtores de castanhas, cerejas e outros produtos endógenos se juntam no mercado local, a loja ganha movimento e visibilidade. Nesses dias, “vem muita gente aqui das aldeias” que aproveita

A integração na rede Aqui é Fresco trouxe alavancas importantes: apoio logístico, imagem renovada, marcas próprias competitivas, permitindo ao JAA Market focar-se no que importa - servir bem a comunidade local

para fazer as suas compras de mercearia e outros produtos frescos no supermercado, consolidando a JAA Market como um ponto de encontro importante para a comunidade.

Nascido e criado na Guarda, Alfredo Águas considera-se profundamente ligado à sua terra e às suas gentes. Para ele, ser beirão é sinónimo de autenticidade e resiliência. “O beirão é frio, mas também caloroso. É gente humilde, prestável, amiga, acolhedora e genuína. Vivemos com as nossas limitações, mas temos outras maisvalias, como a paz de vida”. Pai de duas filhas, valoriza a tranquilidade, a proximidade à família e a qualidade de vida mais calma e equilibrada que a região oferece, apesar das limitações inerentes à interioridade, como menor acesso a eventos culturais.

Empreender no interior, reconhece, nunca foi fácil. Mas a integração na rede Aqui é Fresco trouxe alavancas importantes: apoio logístico, imagem renovada, marcas próprias competitivas, permitindo à loja focar-se no que verdadeiramente importa - servir bem a comunidade local. Hoje, a JAA Market distingue-se pela competitividade e pela aposta na qualidade. “Temos clientes de vários estratos sociais e origens. Oferecemos bons preços tanto na marca própria como nas marcas premium. Temos uma vasta garrafeira, talho, fruta e frescos e primamos pela qualidade e frescura dos produtos”.

Hoje, o supermercado de Alfredo Águas lembra que o comércio de proximidade não é apenas uma alternativa aos grandes formatos, mas é parte integrante da vida social, dos encontros quotidianos, das soluções para quem vive e trabalha no interior.

A. Monteiro: 59 anos a fortalecer o comércio de proximidade

A A. Monteiro, armazém cash fundado em 1966 em Oliveira do Hospital, celebra 59 anos de atividade, afirmando-se como uma referência no apoio ao comércio local e na distribuição de produtos alimentares e agrícolas na região centro de Portugal.

Mantendo como essência a proximidade com os clientes e a capacidade de adaptação às mudanças do mercado, a empresa - hoje liderada por Bruno Monteiro - continua a inovar e a expandir a sua área de atuação, com uma estratégia que equilibra tradição, serviço personalizado e visão de futuro. A história começou com António Monteiro, avô de Bruno, que decidiu criar a empresa após um desentendimento com um primo, parceiro de negócio na altura. “O meu avô criou um modelo avançado para a época. Sempre garantiu a maior parte do capital, mas ao mesmo tempo fidelizava os clientes dando-lhes ações em troca de contratos de compra permanentes”, explica Bruno Monteiro. Na década de 1960, cerca de 20% dos clientes já se

tornava acionista da empresa, permitindo que, desde os primeiros anos, a A. Monteiro contasse com uma base sólida de clientesacionistas comprometidos com o sucesso do negócio.

Nos primeiros anos, a empresa focou-se em produtos agrícolas e de mercearia, recebendo batatas de semente, adubos e outros produtos essenciais para a economia local, transportados em camiões próprios. Com o tempo, o mercado da região revelou uma dinâmica particular: estável, mas com pouca renovação. Como explica Bruno Monteiro, “aqui na nossa área, não há grande mudança. As lojas que existiam são mantidas até à data de fecho delas e não há uma grande tendência de abertura de novas lojas. Aquilo que nós temos feito é sair, expandir”

A expansão seguiu de forma gradual e estratégica. Durante anos, a presença centrou-se na Covilhã e arredores, mas recentemente a A. Monteiro alargou as rotas para outras localidades, de modo a explorar novas oportunidades sem perder o foco no interior. “Este ano, criámos rotas que nos permitem chegar até ao litoral e reforçar o nosso apoio aos comerciantes locais. Nunca vamos para o norte; a tendência é sempre ir para sul. Não é por não gostar do norte, mas porque a competição lá

é muito mais intensa”, sublinha Bruno Monteiro, que prefere concentrar esforços nas regiões onde a relação direta com os clientes faz a diferença. A decisão de apostar na abertura de lojas próprias surgiu, inicialmente, como uma experiência. Bruno Monteiro explica que a lógica era simples: quem tem um cash precisa abastecer as lojas e possuir uma loja própria permitiria aumentar a exposição da marca. No entanto, com o tempo, percebeu que a mentalidade do cash é muito diferente da do retalho e que essa diferença exige outra forma de gestão e de relação com o cliente. “Foi uma surpresa”, admite. “Julguei que o preço ditaria o sucesso da loja, mas percebi que não é assim. As pessoas valorizam ter o gerente presente, o contacto direto, aquela relação próxima de quem conhece o cliente. No retalho, o que faz a diferença é o serviço. Às vezes, lojas pequenas funcionam muito bem porque quem as gere está presente, conhece o cliente e cria uma relação. É isso que faz a loja funcionar”, reflete. Para Bruno Monteiro, a capacidade de distribuição é um dos pilares que distingue a A. Monteiro. Na Beira Alta, o conceito de “ir ao cash” assume contornos diferentes do que se vê no norte do país. A visita

O acompanhamento próximo do cliente, na atenção ao detalhe na entrega e na relação de confiança construída ao longo de décadas, distingue o associado

A. Monteiro
“Claro que este canal valoriza sempre o preço, é inevitável, mas entre pagar um pouco mais ou menos, se o cliente sabe que recebe um bom serviço, vai preferir o serviço”

aos armazéns é menos frequente, o que torna essencial uma operação logística eficiente, capaz de entregar os produtos de forma regular e fiável. Para a A. Monteiro, o diferencial não está apenas na disponibilidade de produtos ou preços, mas no acompanhamento próximo do cliente, na atenção ao detalhe na entrega e

na relação de confiança construída ao longo de décadas, fatores que realmente distinguem a empresa no mercado. Para Bruno Monteiro, essa atenção ao serviço tornou-se decisiva no comportamento de compra atual. “Hoje, a comodidade é uma tendência forte e acredito que a distribuição vai continuar a crescer nesse sentido. Claro que este canal valoriza sempre o preço, é inevitável, mas entre pagar um pouco mais ou menos, se o cliente sabe que recebe um bom serviço, vai preferir o serviço. E, neste mercado, quem tem vingado é quem oferece o melhor serviço”, conclui.

É essa atenção à qualidade do serviço e à operação logística que reforça a fidelização dos clientes e explica porque, para a A. Monteiro, investir numa logística eficiente não é um obstáculo, mas uma vantagem competitiva, como detalha Bruno Monteiro: “O que nos diferencia e justifica a aposta na distribuição é justamente porque a oferta deste serviço de distribuição não nos limita. É algo que dominamos há 59 anos. Temos experiência na gestão de frota, algo que muitas empresas, especialmente do tipo cash, não possuem da mesma forma. Também na gestão dos recursos humanos ligados à distribuição, no atendimento personalizado e na criação de uma experiência diferenciadora quando o cliente recebe a encomenda. É verdade que todas as empresas aqui na zona fazem distribuição, mas o que nos distingue é a relação comercial e a eficiência logística que garante a entrega. É isso que nos tem permitido conquistar mercado e atrair clientes que estavam habituados a ir ao cash”, destaca.

Hoje, sob a liderança da terceira geração, a A. Monteiro mantém-se firme na região centro de Portugal, continuando a inovar e a adaptarse às necessidades dos clientes, com a proximidade que sempre a caracterizou.

Beira Alta: tradição em movimento

Na Beira Alta, a vida local ganha ritmo próprio. Aqui, floresce um comércio de proximidade que não se contenta em sobreviver. Resiste, reinventa-se e projeta-se. A paisagem rural convive com novas ideias, com jovens que regressam ou ficam, com lojas que renovam o balcão e continuam a conhecer o cliente pelo nome.

O comércio tradicional na Beira Alta mantém-se como ponte entre gerações: os mais velhos contam a história, os jovens trazem o impulso e todos se encontram numa mercearia, numa feira, num pequeno mercado de aldeia. As lojas locais não são apenas pontos de venda, são recantos de comunidade. E, ao mesmo tempo, mostram que é possível crescer sem abandonar as raízes, que modernização não significa perder identidade.

Entre serras e rios, memórias e novas ambições, a Beira Alta ergue-se como território de resiliência. Aqui, longe do ruído das metrópoles, vive-se com outro ritmo: o da terra, o da estação, o da ligação humana. E nesse ritmo reside a força do interior. A grandeza não está nos centros comerciais, mas nas pessoas que, dia após dia, optam por estar, transformar, pertencer. No traço desta região que abraça passado e futuro, o comércio de proximidade reafirma-se. A Beira Alta lembra-nos que há futuro onde há comunidade e que o interior também é lugar de reconhecida vitalidade.

As

lojas locais não são apenas pontos de venda, são recantos de comunidade. E mostram que é possível crescer sem abandonar as raízes

As nossas lojas

Da relação ao sortido: o que faz prosperar uma loja Aqui é Fresco

Num momento em que o comércio de proximidade volta a ganhar centralidade na vida dos consumidores, as lojas Aqui é Fresco afirmam-se com um modelo assente em qualidade, confiança e relação. Para prosperar, é crucial assegurar uma experiência de compra consistente, atual e humana. Reunimos um conjunto de boas práticas que ajudam os retalhistas da rede a reforçar a ligação ao bairro, à comunidade e aos seus fregueses e a diferenciar-se da concorrência e a transformar visitas frequentes em verdadeira fidelização.

Num mercado marcado pela crescente pressão competitiva, pela mudança acelerada dos hábitos de consumo e pela exigência de uma experiência de compra diferenciadora, as lojas Aqui é Fresco assumem um papel insubstituível no contexto do retalho de proximidade português. São espaços que vivem do contacto diário, da confiança construída ao longo dos anos e da capacidade de se adaptarem, de forma quase artesanal, às necessidades de cada bairro. No entanto, prosperar no retalho de proximidade já não depende apenas da localização ou da tradição. Depende, sobretudo, da forma como o retalhista interpreta o seu papel: não como um simples ponto de venda, mas como um centro de conveniência, relação e serviço. É neste contexto que se torna fundamental definir um conjunto de

TEXTO BRUNO FARIAS | FOTOS SARA MATOS/D.R.

boas práticas comerciais que ajudem a reforçar a competitividade, atrair novos clientes, fidelizar os atuais e garantir a sustentabilidade futura do negócio.

Conhecimento do cliente

O primeiro grande pilar passa pelo conhecimento profundo do cliente. A proximidade é a vantagem estrutural das lojas Aqui é Fresco e é um ativo que nenhuma grande superfície consegue replicar. Conhecer o cliente pelo nome, perceber as suas rotinas, antecipar necessidades e lembrar preferências não é apenas simpatia: é estratégia. Este tipo de relação cria vínculos emocionais que influenciam diretamente a decisão de compra e a frequência de visita. O consumidor quer sentir que é mais do que uma transação e, quando encontra essa sensação de pertença, a fidelização tornase quase natural. Esta relação de proximidade deve ser complementada por uma escuta ativa, que permita perceber tendências emergentes no bairro, necessidades sazonais, mudanças demográficas ou até oportunidades para ajustar o sortido. Cada loja deve “falar a língua” do território onde está inserida.

Experiência de loja

A experiência dentro da loja é outro fator determinante. Uma loja organizada, limpa e visualmente coerente transmite profissionalismo e cuidado. O “layout” deve ser intuitivo, com percursos desobstruídos e zonas bem definidas por categoria, facilitando a navegação e reduzindo o tempo de procura. A iluminação deve valorizar os frescos, que são o coração da operação, e criar uma sensação de conforto. A exibição dos produtos deve conjugar simplicidade com apelo visual, evitando excesso de stock exposto, que transmite desorganização e dificulta a reposição eficiente. Quando a experiência na loja é fluida, agradável e simples, o consumidor fica mais tempo, observa mais produtos e aumenta naturalmente o “ticket” médio.

Uma loja organizada, limpa e visualmente coerente transmite profissionalismo e cuidado

www.vieiradecastro.pt

Frescos: confiança do consumidor

A secção de frescos merece uma atenção especial, porque é aí que se ganha — ou perde — grande parte da confiança do cliente. O consumidor procura fruta, legumes, carne e peixe com qualidade, frescura real e apresentação cuidada. A rotatividade deve ser diária e os produtos devem ser manuseados com rigor. Idealmente, sempre que possível, devem privilegiar-se parcerias com

A transparência nas promoções evita frustrações e potencia a confiança. Campanhas demasiado complexas, ou mal sinalizadas, geram desconfiança e prejudicam a perceção de valor

produtores locais, garantindo frescura, reforçando a economia da região e criando diferenciação face à concorrência. A transparência sobre origem e sazonalidade aumenta a credibilidade e dá ao cliente a sensação de que está a comprar com consciência. Uma boa secção de frescos funciona como cartão de visita e é um dos elementos mais decisivos na fidelização.

Preços e promoções

Também a gestão dos preços e promoções exige rigor. Num contexto em que o consumidor compara, pesquisa e acompanha os preços com atenção, é essencial que estes estejam sempre corretos, atualizados e claramente identificados. A transparência nas promoções evita frustrações e potencia a confiança. Campanhas demasiado complexas ou mal sinalizadas geram desconfiança e prejudicam a perceção de valor. O cliente deve sentir que o preço anunciado é o preço cobrado, sem ambiguidades. A consistência na informação é, hoje, uma das formas mais rápidas de construir ou destruir reputação.

Escolha acertada do sortido O sortido deve refletir o perfil do bairro. Não existe uma fórmula única para todas as lojas Aqui é Fresco e essa é precisamente a força do modelo. Uma loja situada num bairro residencial com famílias jovens tem necessidades distintas de outra localizada numa zona mais envelhecida ou numa área com forte presença de população imigrante. O retalhista deve observar, testar e ajustar. Produtos de conveniência, marcas de forte rotação, especialidades regionais, artigos sazonais e referências alinhadas com o estilo de vida local fazem toda a diferença. Uma loja que responde verdadeiramente ao que o bairro procura ganha relevância e posiciona-se como a solução natural para o dia a dia.

O

atendimento é,

talvez,

o fator mais distintivo. No retalho de proximidade, uma boa experiência começa e termina no contacto humano

Atendimento: elemento distintivo

O atendimento é, talvez, o fator mais distintivo. No retalho de proximidade, uma boa experiência começa e termina no contacto humano. Cumprimentar, sorrir, ajudar sem pressionar e demonstrar

conhecimento sobre os produtos transforma uma compra banal numa visita agradável. A forma como uma reclamação é tratada diz mais sobre a loja do que qualquer promoção: resolver com rapidez, clareza e empatia é um investimento direto em reputação. Os consumidores lembram-se das experiências positivas, mas nunca se esquecem das negativas e recomendam aos outros aquilo que lhes transmite confiança.

Ferramentas de apoio à gestão

No plano da gestão, a digitalização tem vindo a assumir um papel decisivo. Ferramentas como o Portal Integração Folhetos (no âmbito do programa e-AeF) permitem automatizar PVP, sincronizar folhetos com os softwares de faturação e reduzir erros manuais, garantindo maior eficiência e libertando tempo para aquilo que realmente importa: a relação com o cliente e a gestão de loja. Estas soluções, desenvolvidas com parceiros especializados, representam um passo importante na modernização da rede e respondem a uma necessidade real dos retalhistas: otimizar processos e assegurar consistência na execução das campanhas. A digitalização não retira proximidade. Pelo contrário, devolve ao retalhista tempo e recursos para reforçar a dimensão humana do negócio.

Referência da comunidade

A prosperidade de uma loja Aqui é Fresco assenta no equilíbrio entre três pilares fundamentais: a qualidade e frescura do sortido, a relação humana com o cliente e a eficiência de gestão. Estes

A prosperidade de uma loja Aqui é Fresco assenta no equilíbrio entre três pilares fundamentais: a qualidade e frescura do sortido, a relação humana com o cliente e a eficiência de gestão

elementos não atuam de forma isolada — complementam-se e potenciam-se mutuamente. Quando uma loja trabalha bem estes três eixos, transforma-se num ponto de referência dentro da comunidade, consolidando relações duradouras e assegurando crescimento sustentável.

Confiança constrói o futuro

No final, o retalho de proximidade continua a ser um negócio profundamente humano. O cliente não escolhe apenas pela conveniência ou pelo preço, mas pela forma como se sente quando atravessa a porta.

As lojas Aqui é Fresco têm uma oportunidade única de reforçar o seu papel nas comunidades portuguesas, valorizando aquilo que as torna diferentes: a genuinidade, a relação, a atenção ao detalhe e a capacidade de se reinventar mantendo a essência. Num tempo de consumidores mais exigentes, mais informados e mais atentos ao valor das suas escolhas, a fidelização nasce da soma de muitos gestos, pequenas atitudes e boas práticas comerciais que constroem confiança dia após dia. E, quando existe confiança, existe futuro.

PRIO e Aqui é Fresco: uma parceria de proximidade a acelerar a transição energética

Recente, mas já com impacto visível, a parceria entre a PRIO e a rede Aqui é Fresco está a transformar a relação entre energia, comércio local e sustentabilidade. Com 94 protocolos de revenda de gás já assinados e planos para duplicar este número nos próximos meses, a PRIO reforça a aposta num modelo assente na proximidade, na eficiência e na democratização do acesso a soluções energéticas. Diogo Ferreira, diretor de negócio de Gás da PRIO, explica como esta colaboração se tornou estratégica na expansão da marca, que benefícios traz aos comerciantes e de que forma prepara o terreno para um futuro energético mais sustentável e acessível.

TEXTO BÁRBARA SOUSA | FOTOS D.R.

Aqui é Fresco - Em que ponto se encontra atualmente a parceria com a rede Aqui é Fresco?

Que balanço fazem do percurso até agora?

Diogo Ferreira - A parceria com a rede Aqui é Fresco ainda é recente, mas já mostra resultados muito encorajadores. Atualmente, contamos com 94 protocolos de revenda de gás assinados, um número que confirma a pertinência deste modelo de proximidade. O balanço é francamente positivo: estamos a consolidar relações, a ganhar tração e a perceber o grande potencial de desenvolvimento desta colaboração.

AEF - Que objetivos concretos foram atingidos e que metas estão definidas para os próximos meses?

DF - O primeiro marco importante foi atingir 90 protocolos de revenda de gás embalado. Nos próximos meses, pretendemos duplicar o número de adesões, reforçando a presença da PRIO junto dos negócios locais e de proximidade, já que se trata de um segmento estratégico para a nossa expansão.

AEF - Que papel desempenha esta parceria na estratégia global da PRIO para o segmento

“O protocolo com o Aqui é Fresco contempla a revenda de gás PRIO e o cartão PRIO Fleet, pensado para pequenos negócios e retalhistas”

empresarial e retalhista? Em termos práticos, do que se trata esta mesma parceria?

DF - Esta parceria insere-se na nossa estratégia de estar cada vez mais próximos dos clientes, oferecendo soluções energéticas acessíveis ajustadas às suas necessidades diárias. O protocolo com o Aqui é Fresco contempla a revenda de gás PRIO e o cartão PRIO Fleet, pensado para pequenos negócios e retalhistas. Além disso, abre portas à diversificação futura, podendo evoluir para novas áreas como a mobilidade elétrica (PRIO Electric) ou o cartão PRIO Truck. É um exemplo de como procuramos criar sinergias que geram valor partilhado, tanto para as empresas como para os consumidores.

“As

empresas ou associados aderentes beneficiam de condições comerciais diferenciadas, nomeadamente descontos diferenciados para a revenda de garrafas de gás e condições vantajosas no cartão frota PRIO Fleet, que permite gerir consumos de forma simples e eficiente. Esta parceria traz também proximidade, conveniência e confiança”

AEF - Quais são os principais benefícios para as empresas ou associados que aderem à parceria PRIO?

DF - As empresas ou associados aderentes beneficiam de condições comerciais diferenciadas, nomeadamente descontos diferenciados para a revenda de garrafas de gás e condições vantajosas no cartão frota PRIO Fleet, que permite gerir consumos de forma simples e eficiente. Esta parceria traz também proximidade, conveniência e confiança, valores que norteiam a nossa atuação desde sempre.

AEF - Que vantagens competitivas destacaria nos serviços de fornecimento de gás e nos cartões frota PRIO?

DF - A PRIO distingue-se pela rede de distribuição nacional de gás próxima e eficiente, pela transparência no preço por quilograma e por um “ticket” de pesagem diferenciado no mercado. No cartão frota fleet, destacamos a simplicidade de gestão, faturação integrada e a rede em constante expansão, permitindo uma mobilidade mais cómoda e controlada através do portal My PRIO.

AEF - Que tipo de feedback têm recebido dos utilizadores em relação às condições e à usabilidade das soluções disponibilizadas?

DF - O feedback tem sido muito positivo. Os parceiros realçam que conseguem oferecer aos seus clientes uma solução mais económica e sustentável, sem comprometer a qualidade nem a segurança. Do lado da frota, valorizam sobretudo a facilidade de gestão digital dos consumos e faturação, que traz mais eficiência à operação.

AEF - Como é que a PRIO tem trabalhado para garantir o acesso fácil e competitivo a soluções de carregamento, tanto público como doméstico?

DF - Estamos focados em criar soluções integradas que respondam às novas necessidades dos utilizadores, garantindo maior autonomia, potência de carregamento e diversidade de opções. A aposta em infraestruturas bem distribuídas, o investimento tecnológico e a simplificação dos meios de pagamento refletem o nosso compromisso em tornar a mobilidade elétrica acessível e prática. Portugal está hoje entre

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os países mais bem posicionados na Europa em número de postos de carregamento e a PRIO contribui ativamente para esse progresso.

AEF - De que modo esta parceria contribui para acelerar a descarbonização e a transição energética das empresas envolvidas?

DF - Esta parceria tem um papel importante na redução da pegada carbónica do comércio de proximidade, ao proporcionar soluções energéticas mais eficientes e sustentáveis. Ao disponibilizarmos energia e combustíveis com menor intensidade carbónica, ajudamos também as empresas parceiras a cumprir os seus próprios objetivos de sustentabilidade e de descarbonização.

AEF - Que planos têm para reforçar a parceria no futuro e alargar a oferta a novas áreas energéticas ou serviços complementares?

DF - O nosso objetivo é consolidar a atual rede de parceiros e alargar o portefólio de soluções energéticas. Acreditamos que o futuro da energia passa pela complementaridade entre diferentes fontes e pela inovação constante.

Queremos que as nossas parcerias sejam plataformas para a transição energética acessível.

“O comércio de proximidade é um dos motores da economia nacional e desempenha um papel essencial na coesão social

e territorial. A PRIO vê neste canal uma forma de reforçar a valorização

da proximidade, da conveniência e da confiança”

AEF - Como veem a evolução do mercado energético em Portugal e o papel da PRIO nesse contexto?

DF - Portugal tem mostrado um progresso notável na transição energética, combinando políticas públicas e inovação privada. A PRIO quer continuar a ser um dos agentes que lidera essa transformação, investindo em soluções cada vez mais eficientes, inovadoras e sustentáveis. O nosso papel é claro: democratizar o acesso à transição energética, a preços acessíveis.

AEF - Considera que o comércio de proximidade é uma das forças vivas do retalho nacional? Com que perspetiva observa a PRIO este canal de comercialização?

DF - Sem dúvida. O comércio de proximidade é um dos motores da economia nacional e desempenha um papel essencial na coesão social e territorial.

A PRIO vê neste canal uma forma de reforçar a valorização da proximidade, da conveniência e da confiança. Por isso, faz todo o sentido reforçar a presença neste segmento, através de iniciativas como a parceria com o Aqui é Fresco.

AEF - Que mensagem gostaria de deixar aos clientes que ainda não aderiram a esta parceria?

DF - A PRIO tem feito um caminho de inovação e sustentabilidade no sector energético, sempre com foco na eficiência, na qualidade e em preços acessíveis. Esta parceria representa uma oportunidade de crescimento mútuo, que alia vantagens comerciais claras a um compromisso ambiental real.

O nosso convite é simples: juntem-se a nós neste percurso para a transição energética acessível a todos.

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da Coffee Shop em sua casa

Lançámos, em março de 2024, o sistema NEO em Portugal, a nova geração de máquinas de café e cápsulas de NESCAFÉ® Dolce Gusto®.

Baseado na tecnologia revolucionária SmartBrew™, NEO é o primeiro sistema de café em cápsulas que ajusta automaticamente vários parâmetros de extração, recriando as técnicas de um Barista, proporcionando uma autêntica experiência de “Coffee Shop em casa”.

Com um simples toque de um botão, NEO oferece aos consumidores três métodos de extração: Alta Pressão para preparar expressos e lungos, Top Up para preparar verdadeiros americanos, Slow Brew para preparar cafés tipo filtro com preparação gota a gota. Tudo isto numa única máquina compacta.

Através do reconhecimento automático das cápsulas, a máquina ajusta automaticamente a pressão, temperatura, tempo de extração e quantidade de água, adaptando o método de preparação e os parâmetros de extração a cada receita, para que o consumidor possa ter sempre um café perfeito.

NEO pretende ser a experiência de café mais sustentável de NESCAFÉ® Dolce Gusto® até à data: em linha com o nosso compromisso de reduzir a utilização de plásticos virgens em um terço até 2025, as novas cápsulas de café NEO são feitas à base de papel e são compostáveis tanto a nível doméstico como industrial, sendo tal certificado pela TÜV Áustria.

Para além disso, as novas embalagens (material de embalagem primário, secundário e terciário) usam menos 65% de plástico comparando com as embalagens atuais, reduzindo o peso de plástico utilizado.

A própria máquina NEO é feita de 50% de plástico reciclado e o termobloco, que aquece a água é feito com 85% de alumínio reciclado. A máquina foi desenhada para ser facilmente desmontada, permitindo o acesso total aos componentes internos e a reparação até 15 anos (a depender da disponibilidade de peças suplentes). Existe ainda uma função de desligar automática para limitar qualquer consumo em standby (1min eco-mode). É uma máquina eficiente energeticamente e a embalagem da máquina é feita de papel 100% reciclado e pode ser reciclada no ecoponto azul.

A conectividade da máquina com o smartphone permite que os consumidores personalizem a preparação da sua bebida, ajustando a quantidade e a temperatura de acordo com as suas preferências. Permite ainda a ligação ao programa de fidelização NESCAFÉ® Dolce Gusto® PREMIO sem esforço acrescido, pois os pontos por cada bebida são concedidos automaticamente.

Em relação à variedade dos cafés, existem atualmente dez opções disponíveis que os consumidores NEO podem escolher:

• Espresso, Espresso Intense, Lungo, SICAL, BUONDI, Ristretto e Descafeinado – para o método de extração de Alta Pressão;

•Americano – para o método de extração Top Up;

•Grande e Carafe – para o método de extração Slow Brew.

NEO é assim a combinação perfeita entre a qualidade superior de coffee shop, a personalização e a sustentabilidade.

Reportagem

SDR: o sistema que vai mudar as embalagens de bebidas em 2026

O Sistema de Depósito e Reembolso (SDR) vai transformar a forma como Portugal recolhe e recicla embalagens de bebidas. A partir de 10 de abril de 2026, garrafas e latas passam a ter depósito e devolução obrigatória, num modelo que já domina a Europa e que exige profundas adaptações da indústria e do comércio. Entre metas europeias ambiciosas, investimentos avultados e uma mudança cultural inevitável, o sucesso deste sistema dependerá da colaboração entre todos e, acima de tudo, da adesão dos consumidores.

TEXTO CARINA RODRIGUES | FOTOS SHUTTERSTOCK

O SDR representa uma mudança profunda num país habituado ao ecoponto como solução principal de reciclagem. Enquanto 16 dos 27 Estados-membros da União Europeia já implementaram modelos equivalentes, Portugal chega mais tarde, depois de sucessivos adiamentos legislativos. A lei de 2018 previa que o sistema estivesse a funcionar em 2022, mas só em 2026 começará a operar. Para Susana Fonseca, da ZERO, “são quatro anos perdidos, durante os quais continuámos a enviar milhares de toneladas de materiais recicláveis para aterro ou incineração” Agora, o calendário já não admite deslizes: 70% das embalagens recolhidas até ao final de 2026, 80% em 2027 e 90% em 2029. A pressão europeia é clara e Portugal terá de acelerar para recuperar terreno.

Impacto direto no comércio de proximidade

A mudança terá reflexos diretos em todo o retalho, incluindo no comércio de proximidade.

Supermercados acima dos 400 metros quadrados terão de receber todas as embalagens abrangidas pelo sistema, enquanto espaços entre 50 e 400 metros quadrados apenas têm de aceitar as embalagens das marcas que comercializam. Lojas

A mudança terá reflexos diretos em todo o retalho, incluindo no comércio de proximidade.

Supermercados acima dos 400 metros quadrados terão de receber todas as embalagens abrangidas pelo sistema, enquanto espaços entre 50 e 400 metros quadrados apenas têm de aceitar as embalagens das marcas que comercializam

com menos de 50 metros quadrados ficam isentas, mas podem aderir voluntariamente. Não obstante, todos os estabelecimentos de comércio a retalho abrangidos pela obrigação legal de instalação de pontos de recolha estão obrigados a efetuar o registo no Portal SDR Portugal, independentemente de optarem ou não pela recolha automática ou manual.

Este sistema fará com que muitas lojas de proximidade sejam peças fundamentais da rede de devolução. A SDR Portugal, responsável pelo sistema, prepara soluções adaptadas às especificidades destas lojas, nomeadamente em zonas rurais ou de baixa densidade populacional. Leonardo Mathias, presidente da entidade gestora, sublinha que o comércio local “terá um papel fundamental”, garantindo capilaridade e proximidade aos consumidores.

Indústria em aceleração

Nenhum sector será tão impactado como o das bebidas. Produtores, distribuidores e operadores logísticos já estão a reorganizar processos, atualizar linhas de produção e preparar mudanças de embalagem.

Na Sumol Compal, o trabalho intensificou-se. “Estamos a mapear todos os impactos operacionais e logísticos e a preparar as nossas embalagens para cumprir as especificações técnicas”, explica Rita Russo, gestora de sustentabilidade e comunicação. A empresa reforçou o uso de rPET e apresenta já marcas com embalagens 100% recicladas, como Água Serra da Estrela, Compal Fresco e Pepsi.

A PROBEB confirma que o sector está alinhado com as exigências europeias. “O SDR é a solução com melhores condições para alcançar

as metas e garantir material reciclado de alta qualidade”, afirma Márcio Cruz, defendendo o sistema como “um marco histórico para Portugal”

A associação recorda ainda a experiência adquirida em projetospiloto, fundamentais para preparar a transição.

A máquina invisível

A engrenagem administrativa e logística do SDR ficará a cargo da SDR Portugal, entidade gestora sem fins lucrativos que reúne embaladores, distribuidores e retalhistas. A organização já investiu mais de quatro milhões de euros na preparação do sistema e estima um investimento total superior a 200 milhões de euros.

Segundo Leonardo Mathias, o objetivo é simples, mas exigente: “um sistema ambientalmente ambicioso, economicamente sustentável e socialmente inclusivo”.

A rastreabilidade será uma prioridade, com auditorias regulares, transparência total de dados e interoperabilidade tecnológica. As compensações pagas aos retalhistas serão calculadas com base em custos reais, garantindo equilíbrio e justiça entre operadores.

A entrada em vigor do SDR não elimina o papel do SIGRE, sistema integrado de gestão de resíduos de embalagens. O vidro, por exemplo, permanece fora do depósito e continua nos ecopontos

Mas a entrada em vigor do SDR não elimina o papel do SIGRE, sistema integrado de gestão de resíduos de embalagens. O vidro, por exemplo, permanece fora do depósito e continua nos ecopontos, apesar das críticas ambientais. “Depositamos em aterro 37 milhões de euros em embalagens. Temos de deixar de olhar para os resíduos como lixo: são recursos”, afirma Ana Isabel Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde.

Para a Novo Verde, importa evitar que o novo sistema comprometa o atual. “É essencial garantir que o SDR complementa, e não prejudica, os sistemas já existentes”, alerta Pedro Simões. Tanto a SPV como a Novo Verde defendem uma articulação clara entre os dois modelos, para assegurar coerência nacional, eficiência económica e transparência de dados.

Tecnologia ao serviço da economia circular

O sucesso do SDR depende, em grande medida, da capacidade tecnológica instalada no terreno. As máquinas de devolução de embalagens (RVMs) assumem um papel central na operação e exigem uma preparação cuidadosa, apoiada numa coordenação eficaz entre fornecedores e retalho. Quanto mais cedo os operadores planearem a instalação, adaptarem processos internos e formarem as equipas, mais suave será a transição e mais rápidas serão as primeiras taxas de devolução.

Nenhum sector será tão impactado como o das bebidas. Produtores, distribuidores e operadores logísticos já estão a reorganizar processos, atualizar linhas de produção e preparar mudanças de embalagem

Estas máquinas integram hoje tecnologias avançadas, incluindo sistemas de reconhecimento ótico suportados por inteligência artificial, sensores que identificam materiais, leitura de códigos em 360 graus e mecanismos anti vídeo e antifraude que reforçam a fiabilidade. A experiência do utilizador é igualmente determinante: quanto mais rápida, intuitiva e clara for a interação com a máquina, maior será a adesão do consumidor ao sistema.

A voz do consumidor

Até porque a adesão dos consumidores será determinante para o sucesso das metas europeias. A DECO Proteste alerta para a necessidade de garantir acessibilidade total: não pode haver portugueses sem um ponto de recolha perto de casa ou sem informação clara sobre o valor do depósito e o processo de devolução. “Transparência, simplicidade e confiança” são as três condições essenciais identificadas pela associação.

A ZERO, por sua vez, critica a exclusão do vidro e os atrasos acumulados, mas reconhece o potencial do sistema: “Se for bem comunicado e supervisionado, haverá grande incentivo à adesão”. Para Rita Russo, da Sumol Compal, as marcas terão um papel central: “As marcas devem ser agentes ativos na explicação do sistema, na promoção de comportamentos responsáveis e na valorização do ato de devolver embalagens”

Mais do que uma nova logística de embalagens, o SDR representa uma mudança profunda na cultura de consumo. Obriga consumidores, empresas e retalhistas a repensarem o valor dos materiais e a forma como se relacionam com o desperdício. Como resume Susana Fonseca, da ZERO, “o SDR é apenas o primeiro passo. O futuro obrigará a integrar modelos retornáveis e reutilizáveis de forma mais robusta”

Em 2026, Portugal deixará definitivamente para trás um sistema de reciclagem centrado apenas no ecoponto. Entra numa nova fase, mais exigente e mais alinhada com a economia circular europeia. Para o comércio de proximidade, para as marcas e para os consumidores, esta será a oportunidade de transformar um gesto simples — devolver uma embalagem — num compromisso coletivo com o futuro.

O SDR representa uma mudança na cultura de consumo, ao obrigar consumidores, empresas e retalhistas a repensarem o valor dos materiais e a relação com o desperdício
“O

futuro passa por tornar o SDR totalmente digital e centrado na experiência do utilizador”

O Sistema de Depósito e Reembolso (SDR) promete transformar profundamente a forma como Portugal gere as suas embalagens de bebidas e a RVM Systems está no centro dessa revolução. Com mais de quatro décadas de experiência em mercados como a Noruega, Suécia e Austrália, a empresa prepara-se para equipar o país com máquinas de devolução automáticas inteligentes, concebidas para integrar tecnologia ótica, IoT e plataformas digitais de retalho. “O futuro passa por tornar o SDR totalmente digital e centrado na experiência do utilizador”, afirma Tomás Palma, country manager da RVM Systems Portugal, sublinhando que o sucesso dependerá da colaboração entre produtores, distribuidores, retalhistas e consumidores.

Aqui é Fresco - O SDR está prestes a tornar-se uma realidade em Portugal. Que importância atribuem a esta medida e que mudanças estruturais trará ao sistema de gestão de resíduos?

Tomás Palma - O SDR representa uma mudança estrutural profunda no sistema de gestão de resíduos em Portugal. É um passo essencial para aumentar as taxas de recolha e reciclagem de embalagens de bebidas, garantindo que materiais como o plástico, o vidro e o metal retornem ao ciclo produtivo. Este sistema introduz uma lógica de responsabilidade partilhada entre produtores, distribuidores, retalhistas e consumidores, promovendo um modelo mais circular e eficiente.

AEF – Como é que a experiência de outros mercados europeus pode ajudar Portugal a acelerar a implementação e evitar erros comuns?

TP – A RVM Systems opera há décadas (mais de 40 anos) em mercados que já têm SDR consolidados, como a Irlanda, a Holanda, a Noruega, a Suécia, a Austrália, Singapura, o Canadá e mais 30 países por todo o mundo. Essa experiência mostra-nos que a planificação técnica, a comunicação com o público e a colaboração entre os intervenientes são fatores críticos de sucesso. Portugal

pode beneficiar destas lições, nomeadamente ao garantir uma rede de recolha abrangente desde o primeiro dia e uma experiência de utilização simples e intuitiva para o consumidor.

AEF – De que modo o SDR poderá alterar o comportamento dos consumidores e das empresas de bebidas?

TP - O SDR transforma a forma como olhamos para as embalagens: deixa de ser lixo e passa a ser um recurso com valor. Os consumidores ganham um incentivo direto para devolver as garrafas e latas e as empresas de bebidas passam a incorporar a circularidade como parte central do seu modelo de negócio. Esperamos uma mudança positiva de mentalidades — mais responsabilidade, mais consciência ambiental e maior adesão à reciclagem.

AEF - Que papel desempenha a RVM Systems neste processo e que tipo de tecnologia está a ser preparada para o mercado português?

TP - A RVM Systems fornece as máquinas de devolução automática (Reverse Vending Machines – RVMs) que estarão instaladas em supermercados e outros pontos de recolha. Para Portugal, estamos a preparar uma gama de soluções adaptadas à realidade do mercado: máquinas compactas para espaços reduzidos e sistemas de maior capacidade para grandes superfícies. Todas as nossas máquinas integram tecnologia de reconhecimento ótico, leitura de código de barras e compactação inteligente das embalagens.

AEF - Que fatores diferenciam as vossas soluções de “reverse vending” em termos de eficiência, manutenção e integração digital?

TP - As nossas máquinas foram desenhadas com foco em eficiência operacional e facilidade de manutenção. Têm

sistemas de autolimpeza, componentes modulares de fácil substituição e monitorização remota em tempo real. Do ponto de vista digital, as RVMs da RVM Systems permitem integração direta com plataformas de retalho e sistemas de pagamento, garantindo transparência no reembolso e total rastreabilidade do ciclo de vida da embalagem.

AEF - Como garantem a rastreabilidade e a fiabilidade do sistema, aspetos críticos para o controlo do depósito e reembolso?

TP - A rastreabilidade é assegurada através de uma combinação de tecnologia ótica, leitura de códigos únicos e comunicação segura com a base de dados central do SDR. Cada embalagem devolvida é validada eletronicamente e o valor do depósito é automaticamente creditado ao consumidor. Todo o processo é auditável e está em conformidade com os mais elevados padrões de fiabilidade exigidos pelos sistemas europeus.

AEF - Quais são os principais desafios técnicos e logísticos que identificam na implementação do SDR em Portugal?

TP - Os principais desafios passam pela logística de recolha e transporte das embalagens compactadas, pela instalação simultânea de milhares de máquinas num curto espaço de tempo e pela integração digital com os operadores de retalho. No entanto, a nossa experiência internacional e a capacidade de adaptação local permitem-nos encarar estes desafios com confiança.

AEF - Como será feita a integração das máquinas com os pontos de venda e os operadores de retalho?

TP - As nossas máquinas são concebidas para uma integração “plug-and-play” com os sistemas de ponto de venda (POS) dos retalhistas. Isto significa que o valor do depósito reembolsado pode ser usado de forma imediata, seja como desconto em compras, crédito digital ou devolução direta em numerário. Garantimos também apoio técnico e formação às equipas de loja para uma operação simples e eficiente.

AEF - Que papel terão os dados recolhidos pelas vossas máquinas na monitorização do sistema e no cumprimento das metas ambientais?

TP - Os dados são um ativo fundamental. As nossas máquinas recolhem informação detalhada sobre quantidades, tipos de material, horários de devolução e padrões de utilização. Estes dados alimentam os relatórios do sistema SDR, ajudando as autoridades e os operadores a monitorizar o desempenho, otimizar rotas logísticas e aferir o cumprimento das metas de recolha e reciclagem.

AEF - Que inovações preveem para o futuro das máquinas de devolução automática, em particular no contexto da digitalização e da economia circular?

TP - Estamos a trabalhar em soluções baseadas em inteligência artificial e IoT (Internet of Things), que permitirão prever necessidades de manutenção e otimizar a recolha. Também prevemos uma integração crescente com apps móveis e carteiras digitais, permitindo que o consumidor acompanhe as suas devoluções e recompensas em tempo real. O futuro passa por tornar o SDR totalmente digital e centrado na experiência do utilizador.

AEF - De que modo a parceria com o Aqui é Fresco contribui para reforçar o posicionamento da RVM Systems em Portugal e no sul da Europa?

TP - Portugal é um mercado estratégico para a RVM Systems. A nossa presença aqui reforça o compromisso de apoiar os países do sul da Europa na transição para modelos circulares. Esta implementação será também uma montra tecnológica para demonstrar a robustez e a flexibilidade das nossas soluções em contextos diversos.

“O Sistema de Depósito e Reembolso (SDR) transforma a forma como olhamos para as embalagens: deixa de ser lixo e passa a ser um recurso com valor”

AEF - Que mensagem gostariam de deixar aos consumidores e retalhistas que em breve vão interagir diariamente com estas máquinas?

TP - Aos consumidores, diria: cada garrafa e cada lata contam. A vossa participação é essencial para tornar Portugal mais sustentável. Aos retalhistas, uma palavra de parceria — o vosso papel é decisivo para o sucesso do sistema. A RVM Systems estará ao vosso lado, garantindo tecnologia fiável, apoio constante e uma experiência positiva para todos os utilizadores.

Publireportagem

Um século e meio de excelência: 144 anos de história

Poucas empresas podem orgulhar-se de carregar consigo uma herança que atravessa séculos, gerações e mudanças profundas no sector vinícola. A Enoport Wines é uma dessas raras exceções. Mais do que um grupo de vinhos, é uma história viva, feita de visão, resiliência e paixão. Uma viagem que começou em 1881, com a fundação das Adegas Camilo Alves, e que hoje celebra 20 anos sob a insígnia Enoport Wines e um século e meio de tradição e excelência.

As origens: o nascimento de um legado

Tudo começou com João Camilo Alves, um pioneiro que acreditava que Portugal poderia dar ao mundo vinhos de qualidade inigualável. A fundação das Adegas Camilo Alves abriu caminho a uma sucessão de marcas icónicas que moldaram a identidade da viticultura nacional.

Entre elas, destacam-se:

• Serradayres (1896) – símbolo de tradição e autenticidade.

• Lagosta (1902) – um dos primeiros Vinhos Verdes DOC a conquistar reconhecimento internacional.

• Romeira (1912) e Fim de Século (1914) – marcas que trouxeram sofisticação e inovação.

• Caves Monteiros e Cavipor (1918) e Caves Dom Teodósio (1924) – exemplos de visão empresarial, abrindo horizontes ao comércio de vinho engarrafado.

Seguiram-se nomes que ainda hoje marcam presença nas mesas dos portugueses: Bucellas (1937), Caves Velhas (1940), Moura Basto (1940), Faisão (1946) e Casaleiro (1961), Cabeça de Toiro (1991), entre outros. Cada uma destas marcas conta a sua própria história, mas todas partilham a mesma essência, a busca pela qualidade e o respeito pela tradição.

Crescimento, inovação e reconhecimento

Ao longo do século XX, o grupo consolidou-se com aquisições estratégicas, como a Quinta de São João Batista (1988) e a Quinta do Boição (1989), reforçando a sua ligação a regiões de excelência como o Tejo e Bucelas. Foi também nesse período que foi lançado um dos maiores ícones do portefólio: o Cabeça de Toiro (1996), hoje uma marca de referência.

Em 2005, deu-se a grande unificação, as mais emblemáticas empresas do sector juntaram-se sob

uma só identidade, a Enoport Wines. Este passo transformou o grupo numa das maiores referências do panorama vinícola português.

Desde então, o reconhecimento tem sido constante:

• Produtor de Excelência do Tejo (2011 e 2013).

• Melhor Produtor Português de Vinhos Tranquilos (2011, 2012 e 2013) no prestigiado Berliner Wein Trophy.

• Produtor Europeu do Ano (2012), no concurso internacional Mundus Vini

• Empresa de Excelência e Enólogos do Ano (2022) pela Comissão Vitivinícola do Tejo.

Um presente que honra o passado

Em 2024, a sede da empresa, as Caves Dom Teodósio, celebrou o seu centenário, reafirmando a importância desta casa na viticultura portuguesa.

E em 2025, a Enoport Wines celebra com orgulho os seus 20 anos de existência como grupo, honrando a herança de um século e meio de história. Hoje, é um produtor de referência, com um portefólio que integra vinhos provenientes das principais regiões vitivinícolas de Portugal, refletindo a diversidade, a autenticidade e a riqueza cultural do país.

Um futuro com o mesmo espírito pioneiro

Mais do que celebrar o passado, a Enoport Wines projeta o futuro com a mesma visão que sempre a guiou, unir tradição e inovação, elevar a qualidade dos vinhos portugueses e conquistar gerações de apreciadores em Portugal e no mundo.

Porque há histórias que não se medem em anos, mas em legados.

E a da Enoport Wines é, sem dúvida, uma delas.

15 anos, mais razões para poupar com a campanha de aniversário do Aqui é Fresco

O Aqui é Fresco entra em 2026 a celebrar 15 anos de proximidade e assinala a data com uma campanha especial que oferece milhares de vales de compras, reforçando o compromisso com as famílias e com a poupança diária.

O Aqui é Fresco inicia 2026 em modo de celebração: são 15 anos de proximidade, de lojas que fazem parte da rotina das famílias e de um compromisso contínuo com a poupança. E, como aniversário que é aniversário merece ser vivido em grande, trazemos de volta uma mecânica simples e vantajosa para todos os clientes.

Durante três folhetos temáticos — de 14 a 25 de janeiro, de 28 de janeiro a 8 de fevereiro e de 11 a 22 de fevereiro — cada 20 euros em compras dá direito a um cupão que habilita a ganhar dois vales por loja e por folheto, no valor de 30 e 50 euros. No total, serão distribuídos cerca de quatro mil vales em toda a rede, reforçando a ideia de que poupar é mesmo mais fácil quando estamos juntos.

Cada período da campanha traz novas sugestões, produtos essenciais e preços ajustados ao dia a dia das famílias. É uma forma prática de começar o ano com mais vantagens e de agradecer a quem escolhe o Aqui é Fresco como loja de confiança, seja para as pequenas compras da semana ou para encher o carrinho com tudo o que faz falta.

Celebrar 15 anos significa olhar para o percurso feito, mas sobretudo continuar perto, a apoiar, a ouvir e a melhorar. É isso que move esta campanha: retribuir e reforçar a ligação que construímos ao longo do tempo, loja a loja, cliente a cliente.

Obrigado por fazer parte desta história. Seguimos juntos, com preços que ajudam, com oportunidades reais e com a mesma vontade de continuar a merecer a preferência dos nossos clientes, todos os dias.

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