Amazonia 20

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Além da proposta brasileira, o Brasil participou ativamente das negociações de diversas outras espécies, adotando sempre uma postura coerente com o status da espécie em questão e apoiando as propostas de inclusão de espécies cujas propostas foram bem fundamentadas.Osprincipaisdestaquesemrelaçãoàspropostasdeespéciesforam:

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Thiago Bosch e Renato Leonardi ocupando a bancada destinada à delegação brasileira

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Bulnesiasarmientoi Essa espécie foi proposta pela Argentina, sendo que a mesma possui uma restrita ocorrência no Brasil. O Brasil apoiou a proposta, uma vez que não há registros de comercialização internacional desta espécie no país e a proposta argentina estava muito bemfundamentada.EstapropostatevetratamentosemelhanteaodoPau-rosa. Tubarões O Brasil apoiou todas as propostas relativas aos tubarões, especialmente o grupo dos tubarões martelo. No entanto, todas as propostas foram rejeitadas. Notou-se uma resistência muito grande dos países asiáticos, liderados pelo Japão, para a inclusão de recursos pesqueiros na Cites. A proposta da União Européia para inclusão do tubarão LamnanasusfoiaprovadanoComitêI,masfoireabertaederrubadanoPlenário. Atum-azul Na análise da proposta de Mônaco, de inclusão do atum-azul no Anexo I observou-se uma discussão muito polarizada. Não houve espaço para uma construção de meio termo, que era o que o Brasil esperava. A UniãoEuropéia propõs algo neste sentido, estabelendo um prazo para a entrada do atum no Anexo I condicionada aos resultados a serem apresentados pela ICCAT no final do ano. Sugeriu, também, a criação de um grupo de trabalho para buscar outras propostas intermediárias. Estas iniciativas foram amplamente rejeitadas. Com isso a proposta de Mônaco foi a votação e perdeu por maioria absoluta. O Brasil se absteve em relação ao voto, pois apostava em algo intermediário para que ICCAT e CITES pudessem trabalhar juntas pela conservação da espécie. Outros temas administrativos foram objeto de atenção da delegação brasileira e aqueles maisimportantessãorelatadosabaixo:

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José Humberto Chaves Diretor de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas do Ibama

Ano Internacional da Biodiversidade O mundo está cheio de coisas mágicas pacientemente esperando que os nossos olhos para crescer mais nítidas e melhor O Ano Internacional da Biodiversidade tem como missão alertar para o contínuo empobrecimento do Planeta, numa altura em que os cientistas estimam que 34 mil espécies de plantas e 5200 de animais estão em risco de extinção. Em 2008, a Assembleia-geral da ONU convidou todos os países membros a criar comitês nacionais, integrando representantes de entidades locais, para celebrar o Ano Internacional da Biodiversidade. A ONU está marcando o Ano Internacional da Biodiversidade organizando duas conferências.

Uma delas, a Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies de Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES), no âmbito da qual foi publicada a lista vermelha das espécies ameaçadas cuja comercialização é proibida, realizada de 13 a 25 de Março, em Doha, Qatar. O outro evento é a 10.ª conferência da Convenção sobre Diversidade Biológica que será em Nagoya, Japão, de 18 a 29 de Outubro. Os cientistas estimam que a sexta extinção em massa das espécies já está a decorrer. A última conhecida refere-se ao desaparecimento dos dinossauros e aconteceu há 65 milhões de anos.

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