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28 BELÉM-PARÁ

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ISSN 16776968

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EDIÇÃO 261

R$ 29,99

O NOVO BOULEVARD DA GASTRONOMIA PARÁ LIDERA AÇÕES PARA DESCARBONIZAÇÃO

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SUCESSO DO COMPLEXO TURÍSTICO DE PARAUAPEBAS www.paramais.com.br

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COP30

Obras estratégicas para receber os participantes do evento e que ficarão como legado para Belém: • Parque ecológico São Joaquim • Duplicação da Av. Bernardo Sayão • Programa de Macrodrenagem da Bacia do Mata Fome (Prommaf)

EDUCAÇÃO • 60 escolas construídas ou revitalizadas

SANEAMENTO • 37 escolas climatizadas

• 29 em obras

• 61 atendidas com energia solar

• R$ 90.8 milhões investidos em obras

• 66,3 mil alunos beneficiados

• Reforma do complexo do Ver-O-Peso • BRS-serviço rápido de ônibus Júlio César • Reforma e requalificação do Mercado de São Brás • 300 ônibus com ar-condicionado e wi-fi

PROGRAMA DONAS DE SI

8 obras simultâneas em andamento, que mudam a realidade de mais de 270 mil pessoas com as obras e ações do Programa de Saneamento da Bacia da Estrada Nova. São projetos de macrodrenagem, microdrenagem, infraestrutura, saúde, abastecimento de água, esgoto sanitário, habitação, urbanização e mobilidade urbana • 2.375 pessoas atendidas com cursos gratuitos de qualificação profissional • 86,84% Mulheres – a maioria chefe de família

• 61 bairros atendidos • R$ 1.805.425,00 investidos em cursos • 3.626 vagas contratadas até maio de 2024

SAÚDE • 30 novas equipes na Estratégia Saúde da Família • 148 profissionais do Mais Médicos e mais 71 até o final do ano • Retomada do atendimento odontológico nas unidades de saúde • Reforma e novo tomógrafo no PSM da 14 • Aquisição da Unidade de • Nomeação de 1.120 agen- • 09 em obras para entrega Saúde Fluvial Camillo tes comunitários de saúde em 2024 Vianna, o barco da saúde • 18 unidades de saúde refor- • Reforma e aparelhamento • Casa Rua Nazareno Tourinho. madas ou construídas do Hospital de Mosqueiro

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Referência nacional com pessoas em situação de rua • 1.120 agentes comunitários e 295 agentes de endemias recém-aprovados para atuação em Belém • Pagamento do Piso Nacional da Enfermagem • Projeto Saúde Digital vai oferecer teleatendimento para mais de 1 milhão de pessoas em um ano • Aumento de 420 mil para 1 milhão e cinquenta mil as pessoas assistidas pela Estratégia Saúde da Família

M pa • • • • • •

Na pandemia: • Mais de 100 mil pessoas tratadas e recuperadas • Criação de 200 leitos exclusivos • 16 estruturas de atendimento • Aquisição de 2 usinas de oxigênio • Mais de 90% da população com pelo menos duas doses contra covid-19

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REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA • 9.500 títulos de propriedade definitivos entregues • 12 bairros atendidos com segurança patrimonial para as famílias

ILUMINAÇÃO PÚBLICA Troca de luminárias antigas por led em cada bairro D C 3

PAVIMENTAÇÃO, DRENAGEM E ASFALTAMENTO

• 3.500 títulos em processo de finalização nos cartórios 160 ruas, 21 bairros e o Distrito de Outeiro beneficiados • Reforma da Avenida Celso Malcher na Terra Firme • Nova Senador Lemos: restauração completa • Rua dos Mundurucus

• Revitalização completa na rua Dois de Dezembro no Tapanã • Avenida Gentil Bittencourt • Avenida Serzedelo Correa

PRAÇAS

Mais de 20 praças reformadas entregues e outras já programadas para 2024 • Praça Doroty Stang e Parque dos Skates, na Sacramenta • Praça F, no Gleba I, Marambaia • Praça O, no Gleba I, Marambaia • Praça K, no Gleba I, Marambaia • Praça H, no Gleba I, Marambaia • Praça Sônia Maria, no Gleba II, Marambaia • Praça João XXIII, Val-de-Cans

• Praça Almir Gabriel, Maracangalha • Praça Independência, Umarizal • Parque Esportivo Cultural Iracema Oliveira, Cidade Velha • Complexo Ver-o-Rio, Umarizal • Portal da Amazônia, Jurunas • Praça Pet Índia, Doca • Praça São Sebastião, Sacramenta

PROGRAMA BORA BELÉM • R$ 60 milhões investidos em parceria da Prefeitura com o Governo do Estado

• 18 mil famílias beneficiadas • Auxílio de até R$ 500

• 25 mil pessoas beneficiadas por ano

GASTRONOMIA • Boulevard da Gastronomia Paulo Martins • R$ 5 milhões investidos • Sistema de iluminação em LED • Ciclofaixa • Novo paisagismo • Fortalecimento do artesanato, cultura e gastronomia Escola de Gastronomia de Mosqueiro • 1ª turma de tecnólogo em gastronomia • 01 Restaurante-Escola • Oficinas de alimentação para a comunidade • Ações de estímulo ao turismo e geração de emprego e renda

• 40 mil lâmpadas de LED instaladas de janeiro até novembro de 2023

• 40% de modernização da iluminação pública de toda a cidade

HABITAÇÃO

BANCO DO POVO • 440 pessoas atendidas com Crédito Solidário a juros quase zero gerando emprego e renda • R$ 1,3 milhão para quem não consegue crédito nos bancos comerciais • R$ 2,6 milhões devem ser investidos até 2024 • 50 bairros atendidos pelo Crédito Solidário

• 1.000 famílias já receberam a casa própria • 3,4 mil moradias em construção para entrega em 2024

• 2.024 novas moradias aprovadas para construção pelo Governo Federal, atendendo às demandas crescentes

Aproxime a câmera do seu celular desse QR code e tenha mais informações.

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N E S TA E D I Ç Ã O 261 - DEZEMBRO - 2023

BID E ESTADO DO PARÁ UNEM ESFORÇOS PARA A DESCARBONIZAÇÃO

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PUBLICAÇÃO Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br

EDITORA CÍRIOS

ÍNDICE

O EMPRESÁRIO DO ANO DA ACP

06 GOVERNO DO PARÁ ASSINA MEMORANDO DE COOPERAÇÃO COM COP 28 PARA EVENTO EM 2025 EM BELÉM

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DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Ana Laura Lima, Andreza Dias, Embrapa Amazônia Oriental, Governo do Pará (SECOM), Igor Nascimento, Raimundo Sena, Ronaldo G. Hühn, The Ethigalist, Vinícius Leal, Vinicius Soares Braga ; FOTOGRAFIAS: Adobestock.com/Maria, Agência Belém, Agência Pará, Arquivo Comus, Ascom ACP e Fábrica Santa Maria, Ascom/Semob (Arquivo), Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Parauapebas, Denverwater. org/tap/whats-beef-water, Divulgação/Internet, Divulgação LIRA-IPÊ/ Adriano Brito/Trilux, De Cazzolla Gatti et al. na PNAS, 2022, Divulgação/Internet, Enilson Solano, Evangeline Gallagher, Governo do Pará (SECOM), IISD/ENB | Mike Muzurakis, Joyce Ferreire/Agência Belém, Mácio Ferreira/Ag. Belém, Programa UN-REDD, Thalmus Gama/Ag. Pará, The Ethigalist, Sateesh Polkam (Pexels), UNESCO, Vinícius Braga; DESKTOP: Rodolph Pyle; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios

* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

GOVERNO ANUNCIA META PARA RECUPERAR 140 MIL HECTARES DE TERRAS COM PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL ATÉ 2025

C A PA

10 O BRASIL SE ENCONTRA NO COMPLEXO TURÍSTICO DE PARAUAPEBAS

22 O impacto do pesadelo da carne: por que os ‘bifes’ são importantes para a saúde do nosso planeta Prefeitura de Belém inaugura Boulevard da Gastronomia para fortalecer o turismo... Plantação de árvores nativas da Amazônia recupera áreas de preservação permanente... As emissões de metano na COP28

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Dois terços dos alimentos servidos na COP28 foram veganos e vegetarianos - à base de plantas Belém conquista medalha de prata de Transparência Pública Ideflor-Bio expõe em Brasília gestão sustentável na Amazônia paraense A importância de se proteger as florestas

Assegurando a conservação dos recursos naturais, teremos a proteção da biodiversidade Foto: Bruno Cecim/Agência Pará Para receber edições da Pará+ gratuitamente é só entrar no grupo bit.ly/ParaMaisAssinatura ou aponte para o QR Code FAVOR POR

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Um cardápio com plantas?!

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BID e estado do Pará unem esforços para a descarbonização O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, e o governador do estado do Pará no Brasil, Helder Barbalho, assinaram uma carta de intenção para avançar com uma agenda abrangente de descarbonização no estado

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projeto do estado, cuja capital Belém sediará a COP30, contribuirá para preservar a Floresta Amazônica e a erradicação do desmatamento ilegal, evitando a perda de 10 milhões de hectares de floresta até 2050. O anúncio ocorreu durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28) e a iniciativa faz parte do programa Amazônia Sempre do BID. Descarboniza Pará, um projeto que o BID financiará e o Pará implementará, visa contribuir para a transição progressiva do estado do Pará para emissões líquidas zero de gases de efeito estufa (GEE) até 2050, por meio da implementação de políticas econômicas, ambientais, sociais e climáticas, beneficiando toda a população do estado. O BID e o estado do Pará têm trabalhado juntos desde 2017 em áreas como reforma fiscal, bioeconomia, soluções baseadas na natureza e agricultura sustentável. A capital do estado sediará a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) em 2025, e o projeto deverá contribuir também para os esforços relacionados.

Fotos Agência Pará

Ilan Goldfajn Presidente do BID e Helder Barbalho Governador do Pará ( na foto) vão avançar com uma agenda abrangente de descarbonização, que contribuirá para preservar a Floresta Amazônica e a erradicar o desmatamento ilegal, evitando a perda de 10 milhões de hectares de floresta até 2050

“O Estado do Pará vem liderando um importante processo no Brasil e sobretudo na Amazônia quando falamos em políticas públicas de preservação ambiental e desenvolvimento sustentável. Por isso, definimos, dentro do Plano Estadual Amazônia Agora, que uma de nossas metas é atingir a neutra-

lidade das emissões de gases do efeito estufa até 2036, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas no planeta e priorizando a mudança do modelo econômico historicamente reproduzido na Amazônia. É sob essas premissas estamos viabilizando o Descarboniza Pará, que pavimenta o caminho para esta mudança histórica, com a garantia de recursos para uma série de ações de restauração e conservação, a partir de soluções baseadas na natureza, do incentivo à bioeconomia, da produção sustentável e de baixo carbono. com essacom iniIlan Goldfajn Presidente do BID e Helder Barbalho Governador do Além Pará ( nadisso, foto) vão avançar uma agenda abrangente de descarbonização, queciativa, contribuirá para preservar a Floresta Amazônica e também colaboramos com as metas

a erradicar o desmatamento ilegal, evitando a perda de 10 milhões de hectares de floresta até 2050

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BID e estado do Pará unem esforços para a descarbonização.indd 5

estabelecidas no acordo de Paris e dialogamos com a Agenda 2030 e com a Campanha ‘Race To Zero’, da ONU”, disse o Governador do Pará, Helder Barbalho. O presidente Goldfajn comemorou a parceria. “O BID está comprometido com os esforços de descarbonização e aguarda com expectativa a COP30, sediada no Brasil. A descarbonização é um processo que requer intervenção em várias áreas para ser implementado, depende de muita coordenação. Aplaudimos o estado do Pará por enfrentar este desafio de forma multissetorial. Estamos prontos para apoiar continuamente o estado, uma área importante da região amazônica, e seu caminho para emissões líquidas zero.” As reformas políticas implementadas graças a este projeto salvarão 10 milhões de hectares de floresta até 2050 e reduzirão as emissões líquidas de CO2 em seis bilhões de toneladas. A aplicação do IEEM, uma ferramenta desenvolvida pelo BID para medir o impacto econômico e ambiental das políticas públicas, tornou possível calcular a redução das áreas com desmatamento, a economia nas emissões de carbono que ocorrerão graças a este programa e onde esses efeitos ocorrerão.

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O Empresário do Ano da ACP Fotos Ascom ACP e Fábrica Santa Maria

Nosso estimado Amigo José Fragoso Rei, diretor-presidente da Fábrica Santa Maria – o primeiro, mais constante e longevo anunciante da Revista Pará +, grande incentivador da Cultura e Costumes paraenses, e insigne empreendedor, recentemente foi homenageado como o Empresário do Ano de 2023 da Associação Comercial do Pará – ACP. Esse título reconhece empresários que se destacam no desenvolvimento de sua atividade empresarial e agregam significativo valor à sociedade. “O escolhido para receber as honras deste ano foi o respeitável empresário José Fragoso Rei, com inestimável trabalho em todo o território paraense, como sócio da centenária Fábrica Santa Maria, fundada em 1917, no bairro do Reduto, onde surgiram as primeiras instalações da Fábrica Santa Maria. Elizabeth Grunvald, presidente da ACP e José Fragoso Rei, presidente da Fábrica Santa Maria

A homenagem

José Fragoso Rei, diretor-presidente da Fábrica Santa Maria, o Empresário do Ano de 2023 da ACP

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endo essa a 68ª edição do “Prêmio Empresário do Ano ACP”, no qual José Fragoso foi agraciado com a sua maior honraria. O empresário é o diretor-presidente da Fábrica Santa Maria, empresa genuinamente paraense com mais de 100 anos de atividades e o Prêmio, é concedido desde 1953, quando foi aprovada a Lei que criou o Dia do Comerciante.

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Elizabeth Grunvald, presidente da Associação Comercial, expressou sua gratidão ao celebrar mais um ano do Prêmio Empresário do Ano: “Estamos radiantes por realizar a edição de 2023 deste prestigioso prêmio, onde homenageamos os empresários que se destacaram significativamente ao longo deste ano. A ACP tem a honra de conceder o título deste ano ao empresário José Fragoso Rei, reconhecendo seu desempenho e contribuição para o fortalecimento econômico do Estado”. “Neste evento anual, não apenas celebramos realizações empresariais admiráveis, mas também reconhecemos a resiliência e a visão dos líderes que moldam o futuro econômico da região. O Prêmio Empresário do Ano é mais do que uma cerimônia de premiação; é um tributo à excelência e ao compromisso com a economia paraense”.

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Recebendo o Diploma de Empresário do Ano da ACP

José Fragoso Rei recebendo a Medalha de Empresário do Ano das mãos da presidente da ACP

O homenageado entre sua esposa a presidente da ACP e familiares, agradecendo a homenagem da ACP

Sob a gestão do empresário, a Fábrica Santa Maria não só prosperou, mas também se tornou um pilar vital para o distrito de Icoaraci, sustentando mais de 200 empregos, tanto diretos quanto indiretos, e impulsionando significativamente a economia e o desenvolvimento local.” “Com uma trajetória que ultrapassa cinco décadas na liderança da Santa Maria, a história de Fragoso está ligada à da ACP. Ele iniciou sua jornada profissional com um curso de contabilidade oferecido pela própria Associação, posteriormente se formou em Economia. Ao longo de mais de 50 anos de ACP, hoje integra o Conselho Superior da Associação Comercial do Pará”. “Nossos sinceros parabéns a José Fragoso Rei e a todos os envolvidos na Fábrica Santa Maria, desejando-lhes contínuo sucesso, conte sempre com a ACP!”

Resumo da Biografia do Homenageado Nasceu em Belém dia 02/01/1942. Filho de José Pires Rei e Adelina Fragoso Rei. Seu pai era um imigrante português que veio para o Brasil com 11 anos de idade e prosperou. Depois de alguns anos seu saudoso pai arrendou a Fábrica Santa Maria, no Bairro do Reduto, onde José Fragoso começou a trabalhar desde os 14 anos de idade, conciliando com suas atividades escolares. Se formou em Economia, após um curso de contabilidade feito na Associação Comercial. Foi juiz classista na Justiça do Trabalho. Foi diretor na Federação das Indústrias e um dos fundadores da ABISA (Associação Brasileira das Indústrias de Sabão). Convidado pelo Dr. Oswaldo Tuma, integrou a diretoria da ACP. Iniciou na Fábrica Santa Maria, em 1956, auxiliando seu pai e posteriormente, em 1963 entrou na sociedade da Empresa. Em 1981 transferiram a empresa para a Icoaraci, onde permanece até hoje.

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A Fábrica Santa Maria sempre se destacou pela produção de sabão pintado em barra, com a marca líder de mercado no Estado: o sabão Regência! Nos anos 1980, a empresa adquiriu uma máquina extrusora e passou a diversificar a produção de sabão. Nos anos 2000, a Fábrica Santa Maria passou a produzir sabonete e, posteriormente, água sanitária. Hoje a Fábrica Santa Maria tem sede em Icoaraci e prioriza valorizar a mão de obra do seu entorno, gerando aproximadamente 200 postos de trabalho diretos e indiretos. Seus produtos estão presentes em toda a Região Norte e comercializados também para exportação para países vizinhos. Juntamente com José Fragoso, a direção atual da empresa conta com sua filha Verna, seus sobrinhos Luiz Otávio e Ana Margarida, terceira geração da família Rei na Fábrica Santa Maria e a gerência geral de José Ventura.

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Governo do Pará assina memorando de cooperação com COP 28 para evento em 2025 em Belém O Sultan Al Jaber disse que está comprometido a continuar trabalhando com o governo do Pará até a COP 30 Fotos Thalmus Gama/Ag. Pará

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governador do Pará, Helder Barbalho, e o Sultan Al Jaber, presidente da COP 28, assinaram nesta terça-feira (5), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, um memorando de entendimento para a cooperação bilateral entre a COP 28 e a COP 30. Uma das ideias do acordo é que a organização da COP 28 compartilhe conhecimento com o governo do Pará no âmbito organizacional e logístico e para capacitação de pessoal. Sultan Al Jaber disse que está comprometido a continuar trabalhando com o governo do Pará até a COP 30. “Isso não vai mudar. Vamos trabalhar com vocês e dar apoio até o final”, prometeu em reunião bilateral após a assinatura do memorando.

Belém tem avançado nas pontuações recebidas nas avaliações do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Pará (TCM-PA),

A vice-governadora Hana Ghassan Tuma, que preside o Comitê Estadual da COP 30, participou do encontro, assim como representantes diplomáticos brasileiros

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Governo do Pará assina memorando de cooperação com COP 28 para evento em 2025 em Belém.indd 8

O governador lembrou que apresentou na COP em Dubai o Plano de Recuperação da Vegetação Nativa, que prevê recuperação de 5,65 milhões de hectares, firmou acordo para início da rastreabilidade integral de toda a cadeia da pecuária, monitorando 26 milhões de cabeças de gado no estado até 2026. Também fechou acordo de financiamento com BID de 300 milhões de dólares para descarbonização. “Esses são movimentos que impulsionam a caminhada do estado do Pará para cumprir com nossas metas e colaborar com a entrega do Brasil. O que queremos é deixar legado. Legado ambiental e legado de infraestrutura”, explicou o governador Helder Barbalho

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Plano de Recuperação da Vegetação Nativa O governador do Pará, Helder Barbalho lançou no sábado (2/12), na COP 28, em Dubai, o “Plano de Recuperação da Vegetação Nativa do Estado do Pará (PRVN-PA)”, programa pioneiro no Brasil e também uma das principais ferramentas para atingir as metas climáticas do Estado. Instrumento de implementação do Programa Estadual de Recuperação da Vegetação Nativa, o projeto apresenta propostas para o alcance da meta de restauração de 5,6 milhões de hectares, o equivalente a dez vezes a área do Distrito Federal, até 2030. O projeto vai além de apenas abordar questões ambientais: apresenta mais de 225 atividades a serem desenvolvidas nos próximos 10 anos, que têm entre seus objetivos o estímulo à criação de empregos verdes, o incentivo à pesquisa, o desenvolvimento e inovação, além da garantia da segurança alimentar da população.

A meta de recuperar 5,65 milhões de hectares até 2030 através do Plano, que é construído de forma integrada por mais de 40 instituições públicas e privadas com participação da sociedade civil e da Semas

A meta de recuperar 5,65 milhões de hectares até 2030 através do Plano, que é construído de forma integrada por mais de 40 instituições públicas e privadas com participação da sociedade civil e da Semas

A ideia é articular, integrar e promover projetos e ações indutoras da recuperação da vegetação nativa, contribuindo com a redução das emissões líquidas através do sequestro de Gases de Efeito Estufa (GEE). “Vamos pagar ao produtor por preservar a floresta: quanto mais ele preservar, mais vai ter. Ele vai ganhar mais pelo hectare produzindo do que degradando. A ideia é colocar o Estado do Pará no horizonte que consorcia a necessidade de nós combatermos a ilegalidade, frear o desmatamento e, acima de tudo, ele aponta para a transição do modelo do Estado”, disse o governador.

Rastreabilidade integral de toda a cadeia da pecuária Maior iniciativa de monitoramento ambiental e sanitário do país, o programa foi construído unindo políticas públicas e esforços da iniciativa privada para o desenvolvimento econômico da pecuária paraense,

Abrindo novos mercados, valorizamos atividade, agregamos valor e incrementamos a renda do produtor: desde a agricultura familiar, até o produtor de larga escala”, disse o governador

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com transparência e integridade de toda a cadeia, e garantia de respeito às regras sanitárias, fundiárias e socioambientais. Desta forma, o programa é mais um pilar importante dos esforços do governo do Pará em combater o desmatamento. Ele também vai priorizar a abertura de novos mercados e a valorização dos produtos de origem bovina produzidos no Pará a partir da rastreabilidade e da garantia de integralidade de toda a cadeia. A iniciativa está integrada com outras políticas estaduais e federais de agropecuária, de baixa emissão de gases de efeito estufa, de meio ambiente, sustentabilidade e clima. Além disso, promove o esforço pela construção de um território líder em produção pecuária de alta produtividade, com integridade econômica e socioambiental. “A intenção é que possamos demonstrar que a pecuária sustentável pode convergir com a preservação ambiental e respeito às normas ambientais. Por outro lado, abrir novos mercados quando se tem uma pecuária íntegra numa cadeia que esteja dentro das conformidades. Abrindo novos mercados, valorizamos atividade, agregamos valor e incrementamos a renda do produtor: desde a agricultura familiar, até o produtor de larga escala”, disse o governador Helder Barbalho. Entre as premissas do projeto estão a não exclusão de produtores rurais que busquem sua requalificação comercial. O governo do Pará é responsável por fornecer apoio e incentivo aos pequenos e médios produtores rurais, visando o cumprimento das obrigações decorrentes do programa. (*) Governo do Pará (SECOM)

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Governo anuncia meta para recuperar 140 mil hectares de terras com produção sustentável até 2025

O governador do Pará, Helder Barbalho, anunciou a meta para agricultura regenerativa do Pará a ser alcançada até 2025, ano da COP no Brasil: recuperar 140 mil hectares de áreas degradadas para a produção sustentável, beneficiando 4 mil famílias

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Texto *Igor Nascimento Fotos IISD/ENB | Mike Muzurakis, Thalmus Gama / Ag. Pará

anúncio da meta, que foi estabelecida pelo estado em consonância com o tema da COP deste ano, trata de sistemas alimentares. Helder Barbalho tem destaque no evento como único brasileiro membro do comitê diretivo da COP 28, que discute os objetivos globais para a garantia da produção alimentar sustentável para os próximos anos. “Nós instituímos como meta de agricultura regenerativa no Pará a recuperação de 140 mil hectares de áreas que já estão zoneadas por parte do Estado, além de 4 mil famílias beneficiadas. Isso nos leva à necessidade de colocar de pé um processo de financiamento climático e estimamos em torno de U$500 milhões o montante para que nós possamos garantir o financiamento climático e garantir operações que envolvam crédito, assistência e apoio rural para que

O anúncio foi feito durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), em Dubai

Helder Barbalho tem destaque no evento como único brasileiro membro do comitê diretivo da COP 28, que discute os objetivos globais para a garantia da produção alimentar sustentável para os próximos anos

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possamos efetivamente conciliar a preservação da floresta e a produção alimentar”, anunciou o governador. As metas foram apresentadas ao mundo durante o lançamento da agenda de ação COP 28 sobre a ambição de paisagens regenerativas, evento promovido pela presidência da COP. A iniciativa emblemática é liderada pela Presidência da COP28, pelo Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD) e pelo Boston Consulting Group (BCG), com o apoio dos High Level Climate Champions da ONU. A iniciativa reúne uma ampla gama de partes interessadas para agregar, acelerar e amplificar esforços existentes e novos compromissos para acelerar a agricultura regenerativa.

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“Agricultura regenerativa e isto é o desafio de um estado da Amazônia que busca conciliar floresta e produção alimentar. O Pará tem extensão territorial similar ao território de Portugal, França, Espanha juntos. E desse território de 1,2 milhão quilômetros quadrados, nós temos 75% de floresta nativa e preservada. Os 25% restantes são fortemente voltados dentro do zoneamento econômico e ecológico à atividade da agricultura e da pecuária. Hoje o estado do Pará é o 10º maior produtor de grãos do Brasil e o segundo maior produtor de pecuária bovina do nosso país, com 26 milhões de cabeças de gado. O nosso objetivo, portanto, é introduzir uma nova cultura de uso da terra a partir da agricultura regenerativa, da pecuária regenerativa, da inclusão e integração das atividades econômicas a partir do sistema agroflorestal”, disse o governador.

Produção e sustentabilidade “Nós não precisamos derrubar uma árvore sequer para continuarmos sendo protagonistas da segurança alimentar do planeta. Parindo dessa premissa, nos instituímos e somos o primeiro estado do Brasil a criar em lei a integridade da cadeia da pecuária a partir da escolha e da determinação de que, até 2026, 100% da cadeia será rastreada no Estado. desde o nascimento do animal até o abate,

O governador frisou que o Pará possui relevância na produção alimentar no Brasil e no mundo

para que com isso nos possamos garantir e, por um lado, a valoração do produto sustentável, premiando aqueles que tem boas práticas, por outro lado garantindo a integridade para a indústria da carne. Este é o início de um processo que inclusive trará aos produtores a oportunidade de mercados consumidores internacionais que possam ampliar o valor do produto comercializado”, destacou. O governador frisou que o Pará possui relevância na produção alimentar no Brasil e no mundo, sendo o maior produtor de açaí do Brasil e o maior produtor de cacau do país, com estratégias de fortalecimento da agricultura familiar. Helder Barbalho também destacou os avanços no combate ao desmatamento implementados no estado. “O Pará, que ao longo do tempo representou o maior nível de desmatamento no Brasil, fez uma escolha a partir de 2019:

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mudar a sua lógica de uso do solo, fazendo a transição ecológica valorizando a floresta viva, e se apresentando como exemplo para o Brasil com a entrega o maior nível de redução do desmatamento dos últimos anos. Chegaremos até 2025, quando seremos honrosamente sede da COP 30, demonstrando que é possível fazer a mudança e partir para a solução do planeta fazendo floresta viva valer mais do que floresta morta, e compreendendo que na Amazônia temos 29 milhões de pessoas que precisam ter capacidade de sobrevivência, condição de vida e o mundo precisa olhar pela floresta, pelos amazonidas, colaborando para que possamos ser protagonistas da transformação ambiental e social”, concluiu. (*) SEMAS

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Um cardápio com plantas?! Texto *Andreza Dias Fotos Divulgação/Internet, Sateesh Polkam (Pexels),

PANC’s substituem alimentos vegetais e são fáceis de encontrar

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abes aquela plantinha invasora que muitos chamam de “mato” ou “praga”? O que poucas pessoas conhecem é que folhas, caules, frutas e talos possuem potencial nutritivo e podem ser consumidos, mas por não sabermos as formas de preparo, essas plantas acabam sendo subutilizadas ou descartadas.

Jambu, amplamente usado em pratos regionais paraenses

Antes de tudo, para uma planta se enquadrar em “não convencional”, deve-se levar em conta o seu lugar de origem. Um bom exemplo é o jambu, amplamente usado em pratos regionais paraenses, considerado comum para os moradores da região, mas visto como exótico em outros locais do Brasil. A nutricionista Larissa Ferreira afirma que nossa alimentação está cada vez mais monótona, isto é, poucas espécies de plantas estão presentes no nosso prato. Conforme dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, o número de espécies de plantas consumidas pela população caiu de 10 mil para 170 nos últimos cem anos. 12

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Larissa Ferreira revela que a alimentação moderna sofre grandes mudanças pela globalização dos produtos industrializados, itens prejudiciais à saúde e responsáveis, direta ou indiretamente, pelo agravamento de diversas doenças. Para uma família garantir os nutrientes necessários, sem pagar muito caro para isso, as Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) substituem alimentos vegetais e são fáceis de encontrar. Em sua pesquisa, a nutricionista levantou 112 espécies. As mais citadas foram: mandioca ou macaxeira, taioba, jambu, ora-pro-nóbis, camapu, hibisco, vinagreira, inhame, pupunha e peixinho da horta. Elas são encontradas principalmente em quintais, hortas, sítios e feiras.

Conhecimento tradicional No Pará, as PANC são usadas em pratos típicos, como a folha da mandioca na maniçoba. O conhecimento sobre as PANC é essencial para a preservação dos saberes tradicionais, práticas culturais e manutenção da biodiversidade. “As PANC são todas as plantas, ou partes delas, que não estão adequadamente inseridas no cardápio nacional. Muitas vezes, elas são restritas à alimentação tradicional de determinadas regiões. Na Amazônia, há uma diversidade de plantas que poderiam ser consumidas”, conta a nutricionista. O conhecimento sobre a utilidade Para promoção de uma alimentação dessas plantas é mais saudável e sustentável predominantemente familiar, passado de pai para filho, o que vem diminuindo devido à mudança de hábitos alimentares. A preservação e promoção das PANC são importantes para a diversificação alimentar, a valorização dos saberes tradicionais e a promoção de uma alimentação mais saudável e sustentável. Sobre a pesquisa: A dissertação Panc na Visão dos Estudantes de Ciências Biológicas da Amazônia foi defendida por Larissa Rodrigues Ferreira, em 2022, no Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade de Conservação (PPGBC/Campus Altamira), da Universidade Federal do Pará. A orientação foi da professora Moirah Paula M. de Menezes. (*) No Beira do Rio/UFPA

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Dois terços dos alimentos servidos na COP28 foram veganos e vegetarianos - à base de plantas Decisão da Presidência da COP28 é um apelo claro à mudança global para dietas amigas do clima. Os alimentos servidos na COP28, foram “saborosos, nutritivos e acessíveis”, bem como dois terços dos alimentos veganos e vegetarianos Fotos Adobestock.com/Maria, The Ethigalist

Saborosos, nutritivos e acessíveis

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equipe de catering (fornecimento de comida alguns serviços correlatos) da COP28 em Dubai garantiram que os eventos da COP tivessem uma restauração amiga do clima, servindo alimentos que reconheçam as fronteiras planetárias e estejam em linha com o Acordo de Paris. Apelidado de “menu alinhado a 1,5°C”, a Presidência da COP28 pretendeu estabelecer um precedente para futuras cimeiras e eventos em todo o mundo, demonstrando que a restauração consciente do clima pode ser servida, mesmo num grande evento como a COP. Além da elevada percentagem de alimentos à base de plantas, a implementação da restauração sustentável na COP28 também se concentrou no alinhamento de 1,5°C, na inclusão, nos resíduos, nas embalagens, na rotulagem das emissões e nos orçamentos de carbono. “O Comité Diretor da Carta de Catering trabalhou arduamente com a Presidência da COP28 para garantir que os alimentos fossem predominantemente à base de plantas nesta cimeira tão importante. Ao comprometer-se com uma restauração acessível e rica em vegetais, a Presidência da COP28 reconheceu o impacto das dietas ricas em alimentos de origem animal.

Alimentos à base de plantas na COP28

“Estamos muito satisfeitos com o fato da Presidência da COP28, ter dar prioridade aos alimentos à base de plantas na cimeira climática mais significativa do mundo deste ano”, disse Lana Weidgenant, jovem ativista e responsável por campanhas e políticas do grupo de defesa ProVeg International: “Com certeza é uma mensagem clara – e saborosa – aos delegados de quase 200 países sobre a importância da adoção de dietas mais baseadas em vegetais para combater as alterações climáticas”. O Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC) da ONU recomendou uma mudança para dietas mais baseadas em vegetais para tornar o sistema alimentar maissustentável. Globalmente, a agricultura é responsável por cerca de um terço das emissões globais de gases com efeito de estufa, com quase 20% das emissões provenientes da pecuária.

Comer dentro do orçamento Estima-se que 250.000 refeições foram servidas a mais de 60.000 visitantes todos os dias em quase 80 pontos de venda, incluindo refeitórios, estações de entrega e food trucks em todo o local. O menu alinhado à COP 1,5°C foi concebido para permitir que os delegados comecem dentro de um orçamento alimentar diário calculado para reduzir o aquecimento global para menos de 1,5 graus Celsius – o limite acordado no âmbito do Acordo de Paris de 2015.

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Pratos à base de plantas formaram a maioria dos cardápios da COP28, em Dubai

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O impacto do pesadelo da carne: por que os ‘bifes’ são importantes para a saúde do nosso planeta A produção de carne é responsável por cerca de 40% de todo o desmatamento, enquanto a produção de apenas meio quilo de carne bovina requer aproximadamente 1.800 galões de água Fotos Denverwater.org/tap/whats-beef-water, Divulgação/Internet, Evangeline Gallagher, UNESCO

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ra uma vez o nosso planeta repleto de florestas exuberantes, pastagens extensas e arbustos selvagens, com apenas quatro por cento dedicados à agricultura. Hoje, porém, uma vista aérea revela uma transformação chocante: estas paisagens naturais deram lugar a extensas explorações agrícolas de monocultura. Mais de 50 por cento das terras habitáveis do mundo – excluindo glaciares, oceanos ou terrenos desérticos – são agora utilizadas para agricultura para alimentar a nossa população cada vez maior. Quando pensamos na crise climática, a carne pode não ser a primeira coisa que nos vem à mente, mas a verdade é que deveria ser. O impacto da indústria pecuária no nosso planeta é equivalente aos gases de escape de todos os carros, camiões, comboios e aviões combinados. Tanto os transportes como a pecuária contribuem entre 14 e 16 por cento de todos os gases com efeito de estufa globais todos os anos e, até 2030, o sector pecuário será responsável por quase

Por que os bifes são importantes para a saúde do nosso planeta

metade do orçamento mundial de emissões para 1,5ºC (o aumento limitado da temperatura assinado pelos líderes globais em 2015). O Acordo de Paris).

Mais de 50 por cento das terras habitáveis do mundo – excluindo glaciares, oceanos ou terrenos desérticos – são agora utilizadas para agricultura

O consumo global de carne aumentou significativamente nas últimas décadas, com o consumo per capita quase duplicando desde o início da década de 1960, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Embora uma pessoa média consumisse 23,1 kg de carne todos os anos nos anos 60, esse número aumentou para 43,2 kg em 2019. Hoje, mais de 92 mil milhões de animais terrestres são criados e abatidos para a produção de alimentos todos os anos.

Por que a carne é um emissor tão grande? A produção de carne é um dos principais contribuintes para as emissões de gases com efeito de estufa através do dióxido de carbono, metano e óxido nitroso – que se acumulam na atmosfera da Terra, absorvendo radiação e impedindo a fuga de calor, o que por sua vez contribui para o aquecimento global.

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Boa Av. Pad Ped


A agricultura é hoje responsável por cerca de 40 por cento da desflorestação global… Dos impressionantes 15 mil milhões de árvores derrubadas anualmente, 6 mil milhões são sacrificadas para acomodar animais de criação e cultivar a sua alimentação. Os animais de criação, como vacas e ovelhas, contribuem para as emissões globais de gases com efeito de estufa, principalmente através da libertação de metano durante a digestão e através da gestão do estrume. Ambos são uma fonte de metano e óxido nitroso que são significativamente mais potentes que o CO2 na contribuição para o aquecimento global. O metano é 27 a 30 vezes mais capaz de reter calor do que o CO2 durante um período de 100 anos, enquanto o óxido nitroso é 273 vezes mais destrutivo. Desde 1961, o consumo de carne mais do que duplicou e as consequentes emissões de metano aumentaram 1,7 vezes.

Importante motor da desflorestação, a pecuária é hoje responsável por cerca de 40% da desflorestação global

Bife de filé é um dos cortes de carne bovina mais famosos, por sua textura delicada que derrete como manteiga

O Menino Jesus nasceu em Belém!

Mas não são apenas as emissões do gado. A quantidade de terras naturais utilizadas na agricultura nos últimos 60 anos não tem precedentes na história da humanidade. Importante motor da desflorestação, a pecuária é hoje responsável por cerca de 40% da desflorestação global. Para ilustrar a escala, dos impressionantes 15 mil milhões de árvores derrubadas anualmente, 6 mil milhões são sacrificadas para acomodar animais de criação e cultivar a sua alimentação. Uma parte significativa das terras desmatadas para a pecuária era anteriormente habitada por diversas espécies de plantas e animais. Hoje, 60% do declínio da nossa biodiversidade está ligado ao consumo de carne. A pecuária — e o cultivo da soja necessária para alimentar o gado, que representa 90% da soja cultivada — é a maior causa do desmatamento em praticamente todos os países amazônicos e resulta na liberação de 340 milhões de toneladas de carbono na atmosfera a cada ano. Isto não só destrói ecossistemas críticos, mas também elimina florestas que são sumidouros de carbono vitais para a absorção de carbono do ar.

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As florestas remanescentes no mundo são cruciais para proteger a biodiversidade, as espécies ameaçadas e as comunidades indígenas que nelas vivem. Uma parte significativa das terras desmatadas para a pecuária foi anteriormente habitada por diversas espécies de plantas e animais. Hoje, 60% do declínio da nossa biodiversidade está ligado ao consumo de carne. A produção de apenas 1 quilo de carne bovina exige impressionantes 1.800 galões de água – o que equivale a encher 39 banheiras até a borda O impacto ambiental não se limita apenas ao uso da terra; a produção de carne bovina, especificamente, consome muitos recursos. O uso excessivo de água pode não estar normalmente ligado à produção de carne, mas a indústria da pecuária utiliza enormes quantidades de água para criar e abater animais. A produção de apenas 1 quilo de carne bovina exige impressionantes 1.847 galões de água – o que equivale a encher 39 banheiras até a borda, tornando fácil entender por que a produção de alimentos para o gado requer quase 20% da água doce do mundo. Os alimentos à base de plantas, por outro lado, têm uma pegada hídrica significativamente menor em comparação com a carne. Produzir 1 grama de proteína a partir de carne bovina requer seis vezes mais água do que obter a proteína equivalente a partir de leguminosas.

A produção de carne bovina demanda 1.847 galões de água

o nosso sistema alimentar global é apresentada como uma solução fundamental para as crescentes crises de biodiversidade, clima e segurança alimentar. Os consumidores não precisam se tornar totalmente veganos para causar impacto. De acordo com um estudo recente, se cada pessoa nos EUA reduzisse o consumo de carne em 25 por cento, isso reduziria as emissões anuais de gases com efeito de estufa em 1 por cento.

O poder do seu prato Reduzir o consumo de carne é algo poderoso e pessoal que a maioria das pessoas pode fazer para enfrentar a crise climática, e podem fazê-lo imediatamente. Dado que o impacto climático dos alimentos à base de plantas é normalmente 10 a 50 vezes menor do que o dos produtos de origem animal, a mudança para uma dieta à base de vegetais poderia ajudar a reduzir as emissões. Num relatório de 2019 do Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas e Utilização do Solo, a necessidade de renovar urgentemente

Vamos ajudar a proteger as florestas tropicais...

Carne vegetal é opção de fonte de proteína e mais sustentável

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Isto pode não parecer muito, mas ajudaria a proteger florestas tropicais cruciais, de modo que os efeitos positivos, como a redução do uso da água, a melhoria da biodiversidade e a salvaguarda dos direitos dos povos indígenas, seriam amplificados. Nos últimos anos, o acesso a alternativas à base de carne vegetal tornou-se notavelmente mais fácil, refletindo uma mudança crescente em direção a escolhas alimentares sustentáveis e livres de crueldade. Os supermercados e mercearias apresentam agora secções dedicadas a produtos à base de plantas, oferecendo uma gama diversificada de substitutos da carne, desde hambúrgueres e salsichas a marisco à base de plantas. Na verdade, o mercado está a crescer tão rapidamente que se prevê que passe de 7,9 mil milhões de dólares em 2022 para 15,7 mil milhões de dólares em 2027. Além disso, os avanços na tecnologia alimentar abriram caminho para a carne baseada em células, cultivada diretamente a partir de células animais, sem a necessidade da agricultura tradicional. Embora ainda emergentes, as carnes baseadas em células estão gradualmente a entrar no mercado, oferecendo um caminho promissor para consumidores ambientalmente conscientes que procuram alternativas que se alinhem com considerações éticas e de sustentabilidade. À medida que as discussões em torno da vida sustentável aumentam a nível mundial, torna-se cada vez mais crucial considerar não apenas o que consumimos, mas também a origem dos nossos alimentos e a pegada ambiental associada à sua produção. Os alimentos que escolhemos são uma parte crucial do puzzle da sustentabilidade e o poder do nosso prato é algo em que todos devemos trabalhar para uma relação mais harmoniosa com o nosso planeta. (*) Em The Ethicalist

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Belém conquista medalha de prata de Transparência Pública Fotos Arquivo Comus

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elém conquistou medalha de prata no Radar Nacional de Transparência Pública de 2023. Com um índice de 78,99% de transparência pública, a capital paraense ficou bem acima da média nacional, de 59,57%, dos executivos pesquisados pelos Tribunais de Contas que, com o apoio de controladores internos, são responsáveis pela apuração dos dados. “Isso demonstra os avanços que a Prefeitura de Belém tem alcançado com relação à transparência pública na gestão do prefeito Edmilson Rodrigues. E isso é importante para a fiscalização da origem e da aplicação dos recursos público e para o efetivo controle social, que é o que a gente pretende, fazer com que a transparência seja um instrumento de participação e de controle social da população na gestão pública”, avalia o secretário Municipal de Controle, Integridade e Transparência, Luiz Araújo.

Com um índice de 78,99% de transparência pública, a capital paraense ficou bem acima da média nacional, de 59,57%, dos executivos pesquisados pelos Tribunais de Contas

Avaliação O índice é calculado com base na avaliação dos portais institucionais dos órgãos públicos federais, estaduais e municipais, sobre o nível de atendimento aos critérios de transparência de informações estabelecidos na Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011), que obriga órgãos públicos a oferecer informações relacionadas às suas atividades a qualquer pessoa. Entre outros critérios são levados em consideração para o cálculo de transparência pública, atendidos ou não, em cada portal, tais como a divulgação de dados de receita, despesa, folha de pagamento, diárias, licitações, contratos, etc.

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Edmilson Rodrigues fez recentemente em entrevista, um balanço de sua atual gestão na Prefeitura de Belém e destacou os serviços e obras de preparação para Belém sediar a COP-30, em 2025

A atual gestão trabalha para aumentar a transparência pública da administração, por meio do atuação da Secretaria Municipal de Controle, Integridade e Transparência (Secont), oferecendo instrumentos de participação e controle social à população, como o

Portal da Transparência, uma ferramenta importante de acompanhamento da gestão. “A prefeitura tem feito material de divulgação dirigido à população, incentivando a sociedade a participar da gestão e a fiscalizar os seus recursos públicos”, afirmou o secretário. Belém tem avançado nas pontuações recebidas nas avaliações do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Pará (TCM-PA), que realiza uma avaliação anual dos portais de transparência. Este ano, o Tribunal já divulgou o resultado das rodadas de avaliação do Portal da Transparência de Belém, em março e em junho. O resultado final dessa avaliação deve sair no ano que vem e, segundo o secretário Luiz Araújo, “sintetiza esse avanço, essa evolução que a Prefeitura na atual gestão tem conseguido com relação ao trabalho da transparência pública, com o objetivo de promover a participação e o controle social da gestão”.

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Prefeitura de Belém inaugura Boulevard da Gastronomia para fortalecer o turismo e a gastronomia na capital Fotos Joyce Ferreire?Agência Belém

Um espaço para promover o turismo gastronômico, artesanato e a cultura em Belém. Esse é o Boulevard Paulo Martins da Gastronomia, um complexo que concilia lazer e economia no centro histórico da cidade

O Boulevard Paulo Martins da Gastronomia é um complexo que concilia lazer e economia no centro histórico de Belém

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mais novo ponto turístico da capital paraense foi inaugurado na noite deste sábado, 25, pela Prefeitura de Belém. Localizado no Boulevard Castilhos França, no bairro da Campina, o complexo recebeu uma grande festa de inauguração, que contou com a apresentação de artistas locais e com a presença da população de Belém, que aprovou o novo espaço de lazer e turismo.

Inauguração O Boulevard da Gastronomia foi inaugurado pelo prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, ao lado da população da cidade. No ato, o prefeito afirmou que o espaço simboliza a junção de pessoas unidas para afirmar Belém como um polo mundial do turismo e da gastronomia.

O Boulevard da Gastronomia foi inaugurado pelo prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, ao lado da população da cidade

O Boulevard da Gastronomia é um espaço para promover o turismo gastronômico, artesanato e a cultura em Belém

“Esse espaço vai gerar muito trabalho e lazer para nossa população, ao fortalecer o turismo gastronômico da nossa cidade”, declarou. O prefeito Edmilson Rodrigues disse ainda que o Boulevard está pronto para receber a população local e também os turistas, que vão injetar dinheiro na economia da capital paraense.

O Boulevard A obra durou 11 meses e foi executada pela Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb). Um investimento de R$5 milhões para os cofres do município.

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O espaço conta com praças novas, totalmente revitalizadas, calçadão com piso intertravado, drenagem, sistema de iluminação modernizada em LED, áreas de convivência, ciclofaixa, novo paisagismo, bancos, lixeiras e espaços para food trucks e permissionários cadastrados pela Secretaria Municipal de Economia (Secon), para apreciação da gastronomia paraense.

Presente O casal Anderson Antony e Rosiane Macedo prestigiou a inauguração e destacou a necessidade da obra para a capital, que, daqui a dois anos, vai receber um grande evento internacional, a COP-30. “Esse é um espaço muito importante para fortalecer nossa cultura, e a prefeitura está de parabéns por dar esse presente para a população de Belém”, declarou Anderson Antony. A chefe de cozinha Maria da Conceição Souza é uma das empreendedoras que, agora, comercializam alimentos no espaço. Ela trabalha com a culinária regional da Amazônia há mais de 20 anos e diz que Belém merecia muito um espaço de valorização da gastronomia.

A gastronomia regional é destaque no novo espaco turístico de Belém

“A nossa culinária é única e merece ser valorizada”, destaca. “A obra é uma importante intervenção urbanística do poder público municipal, com o objetivo ser um polo turístico e cultural, para fortalecer a

economia, gerar emprego e renda, além de ser um novo espaço de convivência para os moradores de Belém, turistas e para o público que vem para a COP-30 em 2025”, destacou o secretário municipal de Urbanismo, Deivison Alves.

O novo espaço turístico de Belém está localizado no Boulevard Castilhos França, no bairro da Campina

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Ideflor-Bio expõe em Brasília gestão sustentável na Amazônia paraense O seminário reuniu líderes, especialistas e ativistas para discutir a preservação da maior floresta tropical do mundo Fotos *Vinícius Leal Fotos Divulgação LIRA-IPÊ/ Adriano Brito/Trilux

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Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) participou do seminário “Legado Amazônico: Tecendo Redes na Gestão de Áreas Protegidas”, realizado em Brasília (DF). O evento, promovido pelo Projeto Lira/IPÊ – Legado Integrado da Região Amazônica, celebrou os cinco anos dedicados à conservação da Amazônia e reuniu líderes, especialistas e ativistas para discutir o destino da maior floresta tropical do mundo. O diretor de Gestão e Monitoramento das Unidades de Conservação, Clésio Santana, representante do órgão ambiental do Governo do Pará, destacou o compromisso do Estado com a preservação e gestão sustentável das áreas protegidas da Amazônia.

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Clésio Santana compartilhou experiências e boas práticas do Ideflor-Bio na gestão das Unidades de Conservação (UCs). Ele enfatizou a importância da participação ativa das comunidades locais, organizações não governamentais e governos estaduais na busca por soluções integradas para a preservação do bioma. O Ideflor-Bio é responsável pela gestão de 28 UCs no Pará, aproximadamente 21 milhões de hectares, área equivalente ao território do Estado do Paraná. Essas áreas protegidas desempenham um papel vital na preservação da biodiversidade amazônica, além de promoverem o desenvolvimento sustentável da região. Durante sua participação, Clésio Santana ressaltou os desafios enfrentados na gestão dessas áreas, como o desmatamento ilegal e a invasão de terras. Mas também destacou os avanços alcançados pelo Instituto, como o fortalecimento das parcerias com as comunidades locais, a elaboração de planos de manejo e a implementação de programas de educação ambiental. “O seminário ‘Legado Amazônico: Tecendo Redes na Gestão de Áreas Protegidas’ proporcionou um espaço de diálogo e troca de experiências entre os participantes, com foco na conservação da Amazônia e na busca por soluções inovadoras.

Experiências e boas práticas do Ideflor-Bio foram compartilhadas no evento

Durante o encontro Legado Amazônico, representantes de órgãos públicos discutiram o papel das áreas protegidas e como são avaliadas

A nossa participação reforça o compromisso do Pará em proteger e preservar essa riqueza natural inestimável, garantindo um futuro sustentável para as presentes e futuras gerações”, afirmou Clésio Santana. Durante três dias, o evento reuniu 400 convidados, representando diferentes setores comprometidos com a conservação da Amazônia. Foram compartilhados aprendizados, além de articulações para atividades em curso e discussões sobre os desafios do presente, sempre com um olhar voltado para um futuro diverso em termos biossocioculturais para a região. Lideranças de nove organizações aglutinadoras do LIRA compartilharam na plenária Atuação da Sociedade Civil e Ações Integradas para Conservação da Áreas Protegidas da Amazônia o significado de estar entre os parceiros do LIRA e de integrar uma Rede formada por 125 organizações.

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O Brasil se encontra no Complexo Turístico de Parauapebas Espaço recebe mais de 28 mil visitantes por mês Fotos Ascom Prefeitura de Parauapebas

Gardenia Vasconcelos, a personal trainer

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Gardênia Vasconcelos é personal trainer e conduz um projeto com centenas de mulheres, que buscam apoio uma a outra para seguirem uma rotina mais saudável. “Nos encontramos aqui no Complexo pelo menos duas vezes na semana. Aqui, elas podem trazer a família toda. Enquanto elas treinam comigo, os filhos ficam brincando ali, os esposos aproveitam para dar uma caminhada. É um lugar maravilhoso!”, relata a personal.

Neve no Natal dos Sonhos

cidade que investe em áreas de lazer preservando o meio ambiente está no caminho certo da sustentabilidade. Assim segue o município de Parauapebas, localizado no sudeste paraense. As intervenções governamentais buscam proporcionar experiências incríveis para moradores e visitantes. “Eu amei esse lugar! É agradável, a gente pode deixar as crianças brincando tranquilas, andando de patins ou de bicicleta, enquanto a gente dá uma caminhada contemplando a natureza”, relata Bianca Marques, que chegou do Tocantins para passar as festas de fim de ano com a família que mora em Parauapebas.

Complexo Turístico Bosque

Área de Proteção O Complexo está situado na Área de Proteção Ambiental Ilha do Coco e próximo à Unidade de Conservação Morro dos Ventos. O espaço destaca-se por seus atrativos ambientais. São inúmeras espécies mamíferas, como os quatis e as capivaras; répteis como a cobra d’água e iguana, além de várias espécies vegetais como mangueiras, açaí, pau-preto, ingá-cipó e buriti, que podem ser encontradas na região.

Um belíssimo cartão-postal O espaço foi o grande presente da gestão para a população de Parauapebas no natal de 2022. Um ano se passou e o Complexo Turístico de Parauapebas vem ganhando espaço no coração e na agenda de pessoas que buscam o lugar para fazer as atividades físicas regulares.

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O espaço destaca-se por seus atrativos ambientais

Muitas delas já estavam na área e outras foram plantadas durante as ações de educação ambiental do programa de saneamento – Programa de Educação Ambiental e Sanitária (Peas), onde são priorizadas as espécies nativas como o buriti e o açaí.

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Somente em 2023, já foram 2.158 agendamentos Pessoas se exercitando

Estrutura com novos espaços A partir da segunda quinzena deste mês, o Complexo Turístico passou a contar com novidades na estrutura para melhor atender a comunidade. Foram novos banheiros (13 sanitários femininos, 7 sanitários e 7 mictórios masculinos, 1 PCD masculino e 1 PCD feminino e 1 fraldário). Além de uma praça de alimentação com cerca de 170 metros quadrados, formada por quatro containers. A área é complementar a dos três quiosques. “Estamos melhorando a infraestrutura para atender da melhor forma a população e nossos visitantes. As pessoas precisam desses espaços para que o lazer delas seja realizado de forma completa”, diz o coordenador de Projetos Especiais, Captação de Recursos e Gestão de Convênios (Copec), Cleverland Carvalho, que também atua à frente do Programa de Saneamento Ambiental, Macrodrenagem e Recuperação de Igarapés e Margens do Rio Parauapebas (Prosap).

“O Complexo Turístico é um grande orgulho para a nossa gestão. São projetos como esse que fazem o nosso município se destacar cada vez mais no turismo e na geração de emprego e renda. É um espaço lindo e aconchegante que já cativou o coração das famílias da nossa querida cidade”, destaca Darci Lermen.

Eco Páscoa

O Complexo também recebe grandes eventos do município como a Eco Páscoa e o Natal dos Sonhos, que começa em dezembro e vai até janeiro com decoração e iluminação temática. Em mais uma edição do Natal dos Sonhos, o município traz o tema: “É tempo de celebrar!”. A programação iniciou no dia 16 de dezembro e segue com atrações culturais, apresentações de artistas locais, feira de empreendedorismo de Natal e espaço kids.

Feira de Empreendedorismo de Natal

Comemorações e grandes eventos Por mês, o Complexo recebe cerca de 28 mil visitantes. São pessoas que vêm para passear, caminhar, correr, andar de bicicleta ou patins ou comemorar datas importantes. É o espaço predileto para a realização de aniversários, piqueniques e chás de revelação. Somente em 2023, já foram 2.158 agendamentos; próximo ao lago, rodeado de vegetação e com mesas e bancos disponíveis, o bosque é a área mais escolhida por aqueles que querem realizar algum tipo de evento.

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Papai Noel e sua trupe sucesso total no Natal dos Sonhos

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Plantação de árvores nativas da Amazônia recupera áreas de preservação permanente no Sudeste do Pará O planejamento de espécies nativas - florestais e frutíferas - é a forma mais indicada de recuperação de áreas de preservação permanente na agricultura familiar da região amazônica. Já na recuperação das áreas de reserva legal a implantação de Sistemas Agroflorestais é a estratégia adotada por agricultores e técnicos. O objetivo do trabalho é reduzir o desmatamento e melhorar a condição socioprodutiva dos agricultores. Tecnologias e alternativas de baixo custo para os plantios são adotadas na região, além de estratégias de construção coletiva do conhecimento Texto * Vinicius Soares Braga , Ana Laura Lima Fotos Enilson Solano, Vinícius Braga

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rabalho participativo da pesquisa junto a agricultores familiares do Sudeste do Pará revela que o plantio de espécies nativas - florestais e frutíferas - é a forma mais indicada de recuperação de áreas de preservação permanente na região amazônica. Para áreas de reserva legal, a recomendação é a implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs). Realizado no projeto de assentamento Mamuí, no município de Itupiranga, o trabalho aposta na adoção de estratégias de baixo custo de restauração florestal, como o plantio de sementes pré-germinadas e mudas de espécies já existentes no local. O objetivo maior da iniciativa é reduzir o desmatamento e melhorar a condição socioprodutiva dos agricultores familiares na Amazônia.

O plantio de espécies nativas para recuperação de áreas de preservação permanente e a implantação de SAFs são recomendados para restauração florestal na região amazônica

Vista área do projeto de assentamento

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O Sudeste do Pará concentra uma grande quantidade de projetos de assentamentos que abrigam milhares de famílias de agricultores. Em geral, a ocupação cumpre uma lógica de abertura de áreas de floresta para atividades produtivas, seguindo o processo tradicional de derrubada e queima. “Os locais próximos a nascentes e igarapés são os mais vistos para derrubados. É uma estratégia do pequeno agricultor instalar casas nesses locais, para ter acesso à água e salvar animais peçonhentos”, explica o pesquisador Ademir Ruschel , da Embrapa Amazônia Oriental . Estas áreas, no entanto, são consideradas pela legislação como de preservação permanente e o seu desmatamento gera um passivo ambiental para a propriedade.

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Pesquisador Ademir Ruschel , da Embrapa Amazônia Oriental .

mudas e insumos, e com adubação, viveiros e transporte até as áreas de plantio. “Esses custos são altos na Amazônia. A entrega de sementes de espécies florestais nativas é outro gargalo, assim como o conhecimento sobre seu desenvolvimento germinativo”. Para contornar as dificuldades, a equipe do projeto avaliou em conjunto com a comunidade a utilização da técnica de plantio de sementes escarificadas ou pré-germinadas, que, entre outros benefícios, diminui os custos na etapa de viveiro (semeadura, repicagem e condução) e sem transporte até o local definitivo de plantio. “É uma técnica simples e barata que pode ser aplicada pelo produtor com facilidade”, explica o pesquisador Ademir Ruschel, integrante do projeto Nessa técnica, as sementes das espécies escolhidas germinam diretamente sobre o solo, protegidas por uma cobertura de palha umedecida, e depois são levadas para o plantio nas áreas de recuperação. “No fim do processo, elas se desenvolvem tão bem quanto uma muda que começou num saquinho com substrato e protegido pelo viveiro, ou mesmo avantajada, por preservar a formação radicular, principalmente mantendo a raiz pivotante provida da coifa, o que fisiologicamente favorece a saúde da planta”, avalia Ruschel.

Mesmo assim, na última avaliação – três anos após o plantio -, a sobrevivência se mostrou superior a 50%”, explica Ruschel. Também nesses locais, foram plantadas diversas mudas de espécies florestais fornecidas por viveiros para uma maior diversidade de espécies. A produção de mudas em viveiro deve ser aliada à técnica de plantio direto de sementes, principalmente em virtude da necessidade de armazenamento e período de plantio. “Sugerimos frutíferas nativas, a exemplo do bacuri, açaí, taperebá, castanha-do-Pará, piquiá, graviola, cacau, cupuaçu, ingá, uxi, buriti, puxuri, e espécies que fornecem óleos e resinas, como andiroba, cumarú, pracaxi , e copaíba”, completa. O açaí nativo ( Euterpe oleracea ) foi outra aposta dos técnicos e dos agricultores nas áreas de preservação permanente, conta Michelliny Bentes. “Com isso o projeto conseguiu conciliar dois objetivos: reintroduzir uma espécie nativa no seu habitat natural e promover a atração da fauna e o aumento da polinização, que se destaca com um dos mais nobres serviços ecossistêmicos para a restauração ecológica”, explica. Mais de 50 espécies arbóreas nativas, algumas já praticamente escassas na região, foram introduzidas nas áreas de preservação permanente que anteriormente estavam cobertas com pasto e uma regeneração secundária empobrecida. Entre elas jatobá, amarelão, mogno-brasileiro, maranhoto, timborana, pau-preto, jarana, sumaúma, fava-arara-tucupi, angelim-branco, oiti, bacaba e bacuri.

Também contém o quadro de manipulação ambiental para a agricultura e a peculiaridade com baixa adoção de tecnologia, descrito pela queda e queima, e que depende do abandono e reabertura de novas áreas para renovar a fertilidade do solo. A região é um dos pontos de implantação das ações do Inovaflora , um dos 19 projetos que fazem parte do Projeto Integrado da Amazônia ( PIAmz ), parceria entre a Embrapa e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ), com ações financiadas pelo Fundo Amazônia. No projeto de assentamento Mamuí, por meio da troca de experiências, informações e tecnologias e da construção coletiva do conhecimento, a equipe e os agricultores implantaram sistemas de recomposição com base na diversidade de espécies de florestas nativas, frutíferas, e outros cultivos agroalimentares já utilizados ou de Pesquisa e agricultores familiares juntos em trabalho participativo interesse das comunidades.

Tecnologias e diversidade para produzir sem desmatar “Levamos tecnologias e construímos alternativas com os agricultores para que eles possam se adequar à legislação e produzir mais em suas áreas”, explica a engenheira florestal Michelliny Bentes , pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental e coordenadora do Inovaflora. Segundo a pesquisadora, um dos principais gargalos nos trabalhos de recuperação envolve os custos com a produção ou aquisição de sementes,

Seguindo essa técnica, nas áreas de preservação permanente escolhidas para recuperação, as sementes escarificadas ou pré-germinadas foram plantadas de forma adensada e sem dobro da quantidade de indivíduos previstos. “Isso em função da previsão de perda por mortalidade natural (seleção), condições ambientais adversas e entrada de animais e de que nem todos os tratos silviculturais sejam aplicados até o fim do estabelecimento das espécies plantadas.

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Engenheira florestal Michelliny Bentes, pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental e coordenadora do Inovaflora

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Seu João e a restauração florestal A animação, inspirada na experiência do projeto Inovaflora, no Sudeste do Pará, mostra a história do seu João, personagem fictício que representa um pioneiro na ocupação de lotes na Amazônia. O reflorestamento com espécies nativas foi uma solução encontrada para melhorar a condição produtiva do lote e promover a adequação ambiental.

A história do seu João Assista o YouTube: www.youtu.be/YStxrPlLXcY

SAFs para reserva legal Do grupo de oito agricultores que aderiram à recuperação das áreas de preservação permanente, três também tiveram interesse em recuperar a reserva legal. Nesse trabalho, foram implantados sistemas agroflorestais em parcelas de 3.500 metros quadrados divididos em três componentes: núcleo de produção, frutíferas de pequeno porte e essências florestais nativas. O primeiro é o que reuniu o maior número de plantas distribuídas entre açaizeiro, bananeira e cacaueiro. A família do agricultor Antônio Maurício é uma das que obteve a recomposição da reserva legal. O agricultor atualizou um sistema agroflorestal para recuperar uma nascente localizada no seu lote. “Foram 45 mudas de banana, 90 de açaí, 90 de cacau, além de mogno, andiroba, buriti e ipê. Tudo para

Agricultor Antônio Maurício

proteger a água da minha área”, conta. Ele tem observado que uma vegetação nascente é condição fundamental para manter a qualidade da água.

“As nossas áreas de preservação permanente devem ser cobertas com vegetação nativa e produtivas também. Se descobrirmos tudo, isso compromete a qualidade da nossa água”, acredita. A pesquisadora Michelliny Bentes destaca que um importante benefício ecológico oferecido nas avaliações a campo, nas áreas do projeto de assentamento Mamuí, é a formação de pequenos corredores ecológicos, que estão interligados à reserva legal das propriedades. “No médio prazo, teremos uma nova formação florestal trazendo mais benefícios às famílias de agricultores, além da produção diversificada com os SAFs que também já começaram a dar os primeiros resultados de produção”, finaliza Bentes (*)Embrapa Amazônia Oriental

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Benefícios que vão além do ambiente A pesquisa aponta diferentes estratégias de restauração e a escolha de uma depende do contexto local e dos objetivos da intervenção na área, que podem ser resgatar os serviços ecossistêmicos, melhorar a produção agropecuária e florestal ou diminuir passivos ambientais. Entre as estratégias estão a reabilitação produtiva da área; o reflorestamento com sistemas integrados de produção, como Sistemas Agroflorestais e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF); o reflorestamento com plantio de espécies arbóreas; e uma regeneração natural. Joice Ferreira , também pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental, explica que os serviços ecossistêmicos são funções que os ambientes naturais são fornecidos para os seres humanos. “A polinização, a produção e qualidade da água, do solo e outros são exemplos. A restauração tenta justamente resgatar esses serviços que foram perdidos a partir do desmatamento e manipulação. Trazendo a floresta de volta, permitimos o aumento da produção de água, de frutos, de culturas agrícolas, de alimentos e outros serviços”, acrescenta. Em locais onde o uso da terra é mais recente, com a presença de florestas remanescentes por perto, a regeneração natural, que envolve apenas o isolamento da área, é uma boa estratégia, segundo os especialistas. Já em áreas que foram abertas há mais tempo e onde não existem

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florestas por perto, o reflorestamento com o plantio de espécies nativas e também a implantação de sistemas integrados são mais indicados. “É importante que o agricultor tenha consciência de que esse ambiente é uma área que vai ser perenizada. Então a restauração ou recuperação desse ambiente degradado tem que ser atrativa para o agricultor com o uso de sistemas de baixo custo e também com a obtenção de benefícios”, ressalta o pesquisador Ademir Rushell. “A recuperação pode, portanto, especificar a função de restaurar o ambiente e trazer benefícios sociais e econômicos ao agricultor”, conclui.

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A importância de se proteger as florestas As florestas desempenham um papel essencial na sustentabilidade do nosso planeta. É fundamental protegê-las para o equilíbrio ambiental e a sobrevivência de diversas espécies, incluindo a nossa Fotos De Cazzolla Gatti et al. na PNAS, 2022, Programa UN-REDD

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ONU estima que as florestas geram diretamente 250 mil milhões de dólares (206 mil milhões de libras) em atividade económica por ano. O seu valor mais amplo e indireto poderá ascender a 150 biliões de

dólares (12 biliões de libras) por ano – o dobro do valor das reservas globais – em grande parte devido à sua capacidade de armazenar carbono. Apesar disso, os subsídios ainda proporcionam incentivos para as pessoas converterem as florestas em agricultura.

Esses ecossistemas incríveis oferecem uma infinidade de benefícios, e é importante reconhecer sua importância e tomar medidas para preservá-los. As florestas são responsáveis pela produção de oxigênio, essencial para a vida.

Que as Boas Festas deste fim de ano sejam um prenúncio para um 2024 abençoado e cheio de alegrias! /formosaoficial

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Por meio da fotossíntese, as árvores capturam o dióxido de carbono e liberam oxigênio, ajudando a manter o equilíbrio da atmosfera e a mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Além disso, as florestas são verdadeiras guardiãs da biodiversidade. Elas abrigam milhões de espécies de plantas, animais e microrganismos, muitos dos quais ainda não foram descobertos. A perda de florestas significa a perda de habitats, levando à extinção de espécies e à diminuição da diversidade genética. Isso pode ter impactos negativos em toda a cadeia alimentar e nos ecossistemas.As florestas também desempenham um papel vital no ciclo da água. Por meio do processo de transpiração das árvores, as florestas ajudam a regular o clima local e regional, além de fornecerem água limpa para rios e lençois freáticos. A preservação das florestas contribui para a conservação dos recursos hídricos e para a segurança hídrica das comunidades. As florestas também desempenham um papel importante na economia e na subsistência de muitas comunidades. Elas fornecem madeira, alimentos, medicamentos e outros recursos naturais essenciais. Além disso, as florestas são destinos turísticos populares, atraindo visitantes de todo o mundo e gerando empregos e renda para as comunidades locais.

Número de espécies de árvores e indivíduos por continente

Existentes no banco de dados da Iniciativa Global para a Biodiversidade Florestal, mesclados com os dados do TREECHANGE para fornecer as estimativas do novo estudo. As áreas verdes representam a cobertura arbórea global. O banco de dados GFBI contém registros de cerca de 38 milhões de árvores de 28.192 espécies. Aqui estão representadas algumas das espécies mais frequentes registradas em cada continente Juntos, podemos fazer a diferença e garantir um futuro sustentável para as florestas e para o planeta todo. A proteção das florestas é uma responsabilidade coletiva e todos nós podemos desempenhar um papel significativo para preservar esses ecossistemas vitais. Aqui estão algumas dicas de como a sociedade pode contribuir para a proteção das florestas:

Promova o consumo consciente Recuperar as florestas é um investimento no nosso futuro e no futuro das próximas gerações

Preservar esses ecossistemas vitais significa garantir um ambiente saudável e a conservação da biodiversidade, além de promover a regulação climática. Isso também contribui para a manutenção de recursos essenciais para a vida.

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Cada um de nós tem um papel a desempenhar na proteção das florestas. Uma das formas é fazermos escolas mais conscientes de consumo. Além disso, podemos contribuir participando em iniciativas de reflorestamento ou defendendo políticas ambientais.

Opte por produtos provenientes de fontes sustentáveis e certificadas, como madeira de manejo florestal sustentável. Dê preferência a empresas que adotam práticas responsáveis e que se comprometem com a preservação das florestas.

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Reduza o desperdício e recicle A reciclagem é uma forma de reduzir a demanda por produtos que podem contribuir para o desmatamento. Além disso, evite o desperdício, repensando seu consumo e buscando alternativas sustentáveis, como a reutilização de materiais

Participe em ações de conscientização Compartilhe informações sobre a importância das florestas e os impactos do desmatamento com sua comunidade. Participe de campanhas de conscientização e apoie organizações que atuam na defesa das florestas, seja por meio de petições, pressionando governos ou participando de manifestações. Lembrando que cada pequena ação conta e que a mudança começa em nosso próprio comportamento. Ao adotarmos práticas mais sustentáveis em nosso dia a dia e conscientizarmos outras pessoas sobre a importância das florestas, estaremos contribuindo para a proteção desses ecossistemas vitais para a vida no nosso planeta.

Na busca pela sustentabilidade ambiental, práticas eficazes de reciclagem desempenham um papel fundamental

Na COP28 Em Dubai, há a promessa de anúncios das nações doadoras ricas e nações florestais nos trópicos, como parte da Parceria dos Líderes Florestais e Climáticos assinada em Glasgow, há dois anos.

Isto seria um sucesso valioso

Isto seria um sucesso valioso

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Estes pacotes poderiam apoiar uma evolução no sentido de uma gestão florestal sustentável e de cadeias de abastecimento livres de desflorestação em todo o mundo. Isto seria um sucesso valioso, mas é desesperadamente necessária liderança noutras questões, como os subsídios prejudiciais ao ambiente ou a exploração madeireira ilegal, cuja escala financeira supera o financiamento fornecido para proteger as florestas.

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As emissões de metano na COP28 Todos os olhos voltados para a COP28 em Dubai Fotos Divulgação/Internet, EASAC, IEA, Unsplash

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ambém outras emissões poderosas que retêm o calor, como – o metano – estiveram na mira dos negociadores na crucial reunião COP28 em Dubai. O metano – que é potente, mas de vida relativamente curta – é um alvo fundamental para os países que pretendem reduzir rapidamente as emissões e abrandar as alterações climáticas. Isto acontece sobretudo porque grandes quantidades de metano estão simplesmente a vazar para a atmosfera a partir da infraestrutura de combustíveis fósseis.

O que é metano? O metano atmosférico (CH 4) ocorre abundantemente na natureza como o principal componente do gás natural. É o segundo maior contribuinte para as alterações climáticas, sendo responsável por cerca de 16% do efeito do aquecimento. O metano permanece na atmosfera apenas durante cerca de 10 anos, mas tem um impacto de aquecimento muito mais poderoso do que o CO 2.

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Vazamentos de metano provenientes da produção de energia, infraestruturas de transporte – como gasodutos – e de liberações deliberadas durante a manutenção

O seu efeito de aquecimento é 28 vezes superior ao do CO 2 numa escala temporal de 100 anos (e 80 vezes superior ao longo de 20 anos). A quantidade exata de metano libertado na atmosfera permanece sujeita a uma “incerteza significativa”, segundo a Agência Internacional de Energia

(AIE), apesar dos progressos na monitorização das emissões através da utilização de satélites. E os cientistas estão intrigados com o aumento constante de metano na atmosfera, com concentrações atualmente duas vezes e meia superiores aos níveis pré-industriais.

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Vazamentos de gás e arrotos de vaca A maior parte das emissões de metano – cerca de 60% – está ligada à atividade humana , afirma a AIE, enquanto cerca de 40% provém de fontes naturais , principalmente zonas húmidas. A agricultura é a maior culpada, responsável por cerca de um quarto das emissões. A maior parte disso provém da pecuária – vacas e ovelhas libertam metano durante a digestão e no seu estrume – e do cultivo de arroz , onde os campos inundados criam condições ideais para bactérias emissoras de metano. O setor da energia – carvão, petróleo e gás – é a segunda maior fonte de emissões de metano causadas pelo homem. Vazamentos de metano de infraestruturas energéticas – como gasodutos – e de liberações deliberadas durante a manutenção.

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Os resíduos domésticos descartados também liberam grandes quantidades de metano quando se decompõem, se deixados para apodrecer em aterros sanitários.

O que pode ser feito? Um relatório recente da AIE estima que cortes rápidos nas emissões de

metano ligados ao sector dos combustíveis fósseis poderiam evitar um aquecimento de até 0,1 graus Celsius até meados do século. Isto pode parecer uma redução modesta, mas tal redução teria um impacto maior do que “tirar imediatamente da estrada todos os carros e camiões do mundo”, afirmaram os autores do relatório.

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O Diretor Executivo da IEA, Fatih Birol, chamou-a de “uma das melhores e mais acessíveis” opções para reduzir o aquecimento global. Isto poderia ser conseguido reparando infraestruturas com fugas e eliminando a queima e ventilação de rotina durante a manutenção dos oleodutos. “As fugas são demasiado elevadas em muitas áreas onde o gás natural é extraído, mas alguns países, nomeadamente a Noruega, demonstraram que é possível extrair e fornecer gás natural com níveis mínimos de fugas”, disse o Diretor do Programa de Energia, William Gillett, da European Academies Science. Conselho Consultivo (EASAC).

Fatih Birol, diretor da IEA

Compromisso Global de Metano” conjunto UE-EUA foi lançado em 2021, assinado na Cop26 em Glasgow

nientes mais importantes que ainda não aderiram se envolvam” no compromisso, disse Gillett. Iniciativas voluntárias como estas também carecem de medidas rigorosas para responsabilizar os países. Os cientistas da EASAC apelaram à COP28 para chegar a acordo sobre um “fortalecimento substancial” do compromisso de metano, com uma meta de redução formalizada de cerca de 60 por cento no sector energético, em linha com os recentes regulamentos da UE. Se tal compromisso global acontecesse nas negociações climáticas em Dubai, no final deste mês, constituiria um “grande sucesso”, disseram. Os Estados Unidos e a China anunciaram que incluirão o metano nos seus planos de ação climática, e Pequim revelou um plano para controlar as suas emissões – embora sem uma meta quantificada. O plano da China é um “passo crucial na abordagem de um dos principais gases de efeito estufa do país, que representa 10% das emissões totais do país”, disse Byford Tsand, do think tank climático E3G. No entanto, “levará tempo para avaliar se o plano poderá produzir um ‘efeito significativo’ na ausência de quaisquer metas de redução quantificadas”, acrescentou. Os gigantes do petróleo e do gás também propuseram compromissos, incluindo a Iniciativa Climática do Petróleo e Gás, que visa zero emissões das suas atividades até 2030.

No caso da agricultura, é possível modificar a dieta dos animais, por exemplo, adicionando um composto para melhorar a sua saúde e a do planeta. Para os campos de arroz, as mudanças na gestão da água são a forma “mais promissora” de reduzir as emissões, de acordo com um relatório da FAO.

Acordo vinculativo? Um “Compromisso Global de Metano” conjunto UE-EUA foi lançado em 2021, com o objetivo de reduzir as emissões mundiais de metano em 30% até 2030, em comparação com os níveis de 2020. Cerca de 150 países assinaram, mas a China, a Índia e a Rússia estiveram visivelmente ausentes. “Para abrandar as alterações climáticas, será fundamental que os interve-

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Para chegar a acordo sobre uma redução de metano, formalizada de cerca de 60 por cento no sector energético

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