Pará+ 16

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Frente ao Palácio do Governo, autoridades constituidas e o povo saudaram a Adesão.

D. Romualdo de Souza Coelho proclamando a Adesão do Pará a Independência

personalidades, Bernardo de Souza Franco, Honório José dos Santos e Tenreiro Aranha. Os participantes da revolta só não foram executados sumariamente graças ao bispo D. Romualdo Antônio de Seixas, mais tarde Marques de Santa Cruz. No dia 13 de julho de 1823 a galera Andorinha do Tejo partiu para Lisboa, levando 267 presos muitos dos quais faleceram durante a travessia. Os portugueses, procuraram reforçar então suas defesas, como as baterias de Val-de-Cães, a Fortaleza da Barra, os fortes do Castelo e de São Pedro Nolasco impedindo a estrada de navios no porto. No dia 11 de agosto de 1823, entretanto, uma nau de guerra, de bandeira brasileira, fundeou na baía de Guajará. O comandante do barco, o capitão inglês( a servico do Brasil ) John Pascoe Greenfell enviou, à terra, ofício do chefe da Esquadra Imperial, Almirante Alexandre Thomas Cockrane, de que o porto de Belém estava bloqueado e as forças imperiais exigiam a rendição de quem se opunha à Independência Brasileira, alegando que só restava o Pará ser integrado, e que ele se encontrava com uma esquadra de navios fora da barra, prontos para assegurar a adesão. Mas na verdade, ele só tinha um navio, porém essa estratégia já havia sido usada no Maranhão e dado resultado. Desse documento também constava a afirmação de que as propriedades dos portugueses que aderissem seriam garantidas, devendo apenas prestar juramento de obediência à Sua Majestade Imperial. Também enviou a declaração do bloqueio do Pará e cópia do auto de adesão do Maranhão. O general Moura, com

600 homens entre marinha, milicianos, tropas de linha, voluntários inclusive de cavalaria, negou atenção ao comunicado. Presidia a Junta Governativa D. Romualdo de Sousa Coelho que informou ao general que iria reunir um conselho para deliberar sobre a situação. As 7 horas da noite de 11 de agosto, no Palácio do Governo, a junta governativa reuniu-se, tendo o comandante das armas José Maria Moura procurado adiar a decisão do Conselho, o que não ocorreu, pois o povo presente à reunião bradava, exigindo a adesão. A reunião encerrou-se às 23 horas. O Pará estava independente de Portugal, unindo-se ao Império, e o marechal Manoel Marques viu-se escolhido para substituir o general demitido. Em 15 de agosto de 1823, com a presença de todas as autoridades no palácio, o bispo do Pará D. Romualdo de Souza Coelho, presidente da junta, fez a Proclamação da Adesão do Pará à Independência do Brasil. De tudo se mandou informar ao ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Império, Conselheiro José Bonifácio de Andrade e Silva, em ofício datado de setembro de 1823. O brigue do capitão Greenfell deu salva de 21 tiros, respondido pela fortaleza da barra, anunciando o hasteamento da bandeira brasileira. No palácio do Governo, as autoridades formalizaram, solenemente, o ato da Adesão, com o povo, comemorando nas ruas. Muitos pesquisadores consideram a data oficial da adesão o dia 15 de agosto de 1823, mas esse dia foi o da formalização (não da consumação do ato) em Palácio, quando tudo já se decidira. www.fotokeuffer.com.br

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