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N E S TA E D I Ç ÃO EDIÇÃO 158 - ABRIL/2015

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O poder do bom humor e do otimismo

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Projetos e ações para desenvolvimento do Xingu são avaliados em Altamira

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Empreendedorismo é alternativa Dilma Roussef entrega casas e enfatiza parceria para o desemprego

06 com Estados e Municípios

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Crise, recessão e falta de confiança: como vender mais diante deste cenário?

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Fabrizio Guaglianone assume diretoria do Sebrae Pará

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O Brasil no Salão do Livro de Paris

C A PA

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Esses maravilhosos artistas plásticos paraenses e suas telas valiosas

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Papa Francisco faz jus ao nome

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Salão do Livro: A literatura brasileira em seis autores-chave

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ABRIL 2015

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24 Está na hora da feira, da Feira do Som

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Defensora da Cidade Velha quer apenas justiça Folar, o manjar da Páscoa portuguesa

FAVOR POR

Como a restrição calórica poderá travar o envelhecimento O tempo da misericórdia

Dos saltos em caroço de açaí para o Mundial de Salto em Penhasco

CIC

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1ª Rua da Cidade Velha. “Com Eira, Beira e Ramo de Mangueira”. Arquivo CiVViva

ST A

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* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

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Obras do BRT começam na avenida Augusto Montenegro

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ÍNDICE DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Ana Gerschenfeld, Annabelle Laurent, Anete Costa Ferreira, Celso Freire, Dani Filgueiras, Erik Penna, Felix Steiner, José Ricardo Noronha, Padre Márcio José do Prado, Sylvio Fagundes; FOTOGRAFIAS: Adriana Machado – Gabinete Digital/PR, Alessandra Caleja, Arquivo CNL, Arquivo Pará+, Ascom Emater, Carlos Sodré, Cristino Martins, Eunice Pinto / Arquivo Ag. Pará, Corbis Images, Divulgação, João Gomes, L’Osservatore Romano, Oswaldo Forte, Ricardo Stuckert/PR, Thiago Araújo / Ag. Pará, 20 minutes; DESKTOP: Mequias Pinheiro; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios

ISSN 1677

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PUBLICAÇÃO

Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 EDITORA CÍRIOS ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br

I LE ESTA REV

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O poder do bom humor e do otimismo

“Você faz suas escolhas e suas escolhas fazem você.” (Steve Beckman) Texto Erik Penna*

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ais um ano se inicia e novamente percebo muitas pessoas pessimistas, de mau humor, falando em crise e tempos difíceis. E o pior é que há muitos pessimistas inteligentes. Cuidado! Se não nos blindamos contra isso, eles nos convencem com tanto negativismo, freiam nossas ações corajosas e inovadoras, nos instigam a agir cada vez menos que, de fato, nosso desempenho tende a diminuir. Comece a prestar atenção nas suas conversas e o que tem falado com seus amigos e colegas de trabalho, afinal, Aristóteles já escreveu: “Somos o que fazemos repetidamente. A excelência, portanto, não é um ato, mas um hábito”. O psicólogo Daniel Goleman relata em sua obra “O cérebro e a inteligência emocional” que, para uma melhor eficácia pessoal, temos que estar no melhor estado interior e que as pessoas de bom humor costumam ser mais criativas, melhores na resolução de problemas, possuem maior flexibilidade mental e são mais eficazes na tomada de deci-

Que tal começar o dia tomando uma dose de vitamina “O” de otimismo?

sões. Por outro lado, também aponta que a vantagem de estar mal-humorado gera uma maior atenção aos detalhes e isso é muito útil, por exemplo, quando se tem que ler um contrato. Contudo, o mau humor nos deixa menos agradável com as pessoas que nos rodeiam, podendo assim, atrapalhar a sinergia da equipe e reduzir a eficácia de todos. Pare para pensar como é gostoso trabalhar ou ser atendido por uma pessoa alegre, bem-humorada e de bem com a vida. Isso nos transmite energia positiva, pois o otimismo é contagiante e nos impulsiona para as mais belas conquistas. Durante esse ano se proponha a ser mais bem-humorado e otimista e lembre-se do que disse Mahatma Gandhi: “Se queres mudar o mundo, mudate a ti mesmo”.

Bob Iger, chefão da Disney, afirmou durante uma entrevista para a revista Veja em 2013, que são avaliados diversos requisitos na hora de contratar uma pessoa e que uma das principais características para se trabalhar na Disney é que ela seja pró ativa e otimista. A revista Você S.A de janeiro/2015 trata a importância da atitude positiva em meio a tantas incertezas. Então, que tal começar o dia tomando uma dose de vitamina “O” de OTIMISMO? Essa é inclusive a proposta de Allan Percy no livro “As Vantagens de ser Otimista”. O autor defende que ser otimista não significa que não enfrentaremos problemas, e sim que o nosso comportamento será melhor e mais produtivo diante dos obstáculos, e isso pode facilitar a resolução de fatos aparentemente adversos. Percy cita o exemplo de Thomas Edison que, mesmo quando um incêndio atingiu sua oficina, destruindo tudo o que havia lá dentro - inclusive alguns inventos inacabados, Edison disse: “Todos os nossos erros foram queimados. Graças a Deus podemos começar de novo”. Portanto, lembre-se: você não controla tudo que acontece em sua vida, mas decide de que forma vai agir com as coisas que acontecem com você. (*) Especialista em vendas, consultor, palestrante e autor dos livros “A Divertida Arte de Vender” e “Motivação Nota 10”

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Dilma Roussef entrega casas e enfatiza parceria com Estados e Municípios O governador Simão Jatene recebeu a presidenta Dilma Rousseff na Base Aérea de Belém

O presidente da Alepa, deputado Márcio Miranda cumprimenta a presidenta Dilma Rousseff, ao fundo o senador Paulo Rocha A presidenta Dilma Roussef, o ministro Gilberto Kassab e o vice-governador Zequinha Marinho durante a entrega das chaves das novas residências

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Fotos Adriana Machado – Gabinete Digital/PR, Ricardo Stuckert/PR, Thiago Araújo / Ag. Pará

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governador Simão Jatene recebeu a presidenta Dilma Rousseff, na Base Aérea de Belém. Como o evento estava marcado para ocorrer na parte da tarde no município de Capanema, mas foi antecipado para o final da manhã e no mesmo horário, já estava agendada em Belém a reunião de abertura dos trabalhos de elaboração do Plano Plurianual 20162019, com representantes dos poderes Legislativo e Judiciário, além do Poder Executivo, na figura do governador, secretários de Estado e equipes técnicas. O vice-governador do Estado, Zequinha Marinho, seguiu viagem com a presidenta Dilma Rousseff para Capanema, acompanhando comitiva formada ainda por ministros e parlamentares. Em seguida, a presidenta Dilma Roussef entregou em Capanema, município do nordeste do Pará, 1.032 casas construídas com recursos do programa Minha Casa Minha Vida. Na cerimônia, acompanhada pelo vicegovernador do Estado, Zequinha Marinho; pela presidente da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior, e pelos ministros das Cidades, Gilberto Kassab, e da Pesca, Helder Barbalho, Dilma Roussef destacou os benefícios do programa habitacional e a importância da parceria do governo federal com os Estados e Municípios na implantação de políticas publicas de inclusão social. “Não podemos falar em políticas públicas de qualidade sem falar em parcerias com as diversas esferas do governo. É graças a essa integração entre Estado e Município que projetos como o ‘Minha Casa Minha Vida’ se desenvolvem e tomam a proporção que se tem hoje”, afirmou o prefeito do município, Eslon Martins, em seu pronunciamento. Localizado no bairro da Caixa D´Água, periferia do município, o conjunto habitacional destinado a famílias com renda de até R$ 1,6 mil, vai beneficiar cerca de 4 mil pessoas. Ao redor do empreendimento, o governo do Estado investiu recursos do projeto Asfalto www.paramais.com.br

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Miriam Belchior, presidente da Caixa, aplaude o momento histórico

na Cidade, garantindo mais infraestrutura e qualidade de vida aos novos moradores das unidades habitacionais. A presidenta Dilma Rousseff afirmou, durante cerimônia de entrega de moradias, em Capanema (PA), que o Brasil conta com bases financeiras para atravessar qualquer crise econômica. A presidentareafirmou que programas sociais serão mantidos, assim como determinadas medidas de desoneração.

Diretriz

“O Brasil é hoje um País que tem reservas em dólar suficientes para enfrentar qualquer crise internacional de volatilidade. Tem uma estrutura bancária que não está nem um pouco comprometida, como é o caso de países desenvolvidos. Nós tivemos que segurar a onda, um verdadeiro tsunami, da crise internacional, que desempregou 60 milhões na Europa, que tirou direitos, que acabou com garantia de emprego, que produziu uma catástrofe social.”

O vice-governador Zequinha Marinho também ressaltou a importância da parceria com o governo federal, afirmando que a política habitacional tem sido uma das principais diretrizes do Governo do Pará. “Exemplos vitoriosos como o programa Cheque Moradia – que já beneficiou milhares de pessoas - mostram o quanto o governo do Estado tem investido na política de moradia. Entendemos que a moradia é um direito fundamental, e não se pode falar

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O vice-governador Zequinha Marinho citou entre as ações para melhoria das habitações o programa Cheque Moradia, desenvolvido pelo governo do Estado

em qualidade de vida sem falar em um local adequado para viver bem”, destacou Zequinha Marinho. “O ‘Minha Casa Minha Vida’ engrandece o País porque assegura à família brasileira segurança e dignidade, elementos fundamentais para o aumento da qualidade de vida da população. E é esse o principal objetivo desse programa: proporcionar moradia, a infraestrutura mais importante para uma família”, afirmou a presidente da República.

A presidenta Dilma Roussef, o prefeito de capanema Eslon Martins e o ministro Gilberto Kassab em visita à nova residencia de soridentes e felizes novos propietários

Detalhes

O Conjunto Habitacional José Rodrigues de Sousa, destinado a famílias com renda de até R$ 1,6 mil, é resultado de um investimento de R$ 53,6 milhões. São 1.032 apartamentos distribuídos em 129 blocos de dois pavimentos e quatro unidades por

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A presidenta Dilma Roussef entregou em Capanema, nordeste do Estado, 1.032 casas do programa Minha Casa Minha Vida

andar. Cada apartamento tem área privativa de 39,22 m², divididos em dois quartos, sala, banheiro, cozinha e área de serviço, com piso cerâmico em todos os ambientes. O condomínio dispõe de duas praças, duas quadras poliesportivas, dois playgrounds e um centro comunitário. O residencial é equipado com infraestrutura completa, pavimentação, redes de água, esgotamento sanitário, drenagem, energia elétrica e iluminação pública. Este é o primeiro residencial construído pelo projeto ‘Minha Casa Minha Vida’ em Capanema, município que fica a 160 km da capital A próxima etapa do programa de financiamento habitacional terá a meta de contratar mais 3 milhões de moradias . “Nós vamos apreendendo e aperfeiçoando. O Minha Casa Minha Vida 3 vai dar um passo ainda maior que o Minha Casa Minha Vida 2”, afirmou a presidenta.

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O prefeito de capanema Eslon Martins, durante a entrega das chaves das novas residências

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Projetos e ações para desenvolvimento do Xingu são avaliados em Altamira

Vista aérea da cidade de Altamira, que sedia as reuniões das Câmaras Técnicas e a XXXIV Reunião Ordinária do Comitê Gestor do PDRS Xingu

Texto Valéria Nascimento* Fotos Ascom Emater, Carlos Sodré, Cristino Martins / Arquivo Ag. Pará

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écnicos do Governo do Pará, das áreas de segurança pública, saúde, educação, ciência e tecnologia, e desenvolvimento econômico, que acompanham o Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu (PDRS Xingu), estiveram recentemente no município de Altamira, na Região de Integração do Xingu, para participar das reuniões das Câmaras Técnicas e da XXXIV Reunião Ordinária do Comitê Gestor do PDRS Xingu, junto com representantes do governo federal, Prefeitura de Altamira e da sociedade civil. A atuação do Grupo de Trabalho estadual no Plano de Desenvolvimento vem sendo elaborada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), que articula reuniões sistemáticas para debates no âmbito governamental. Nos encontros são avaliadas as principais ações e projetos, propostos e orientados pelas oito câmaras técnicas do PDRS Xingu. Diretor de Energia da Sedeme, Cláudio Conde destaca a importância da Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos para Geração de Energia Elétrica e sua distribuição de acordo com a regulamentação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ele também ressalta o projeto “Fomento a tecnologias sustentáveis para o fortalecimento da cadeia produtiva 10

da cacauicultura familiar”, executado pelo Ideflor-Bio (Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará) nos municípios de Altamira, Brasil Novo, Medicilândia, Uruará, Placas, Vitória do Xingu, Senador José Porfírio, Porto de Moz, Anapu e Pacajá.

Monitoramento

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará (Fapespa) desenvolveu um sistema de monitoramento da Agenda de De-

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senvolvimento Territorial do Xingu, visando identificar a eficiência dos indicadores relacionados ao desenvolvimento sustentável da região, e o barômetro da sustentabilidade, ferramenta que mede os indicadores sociais e econômicos, como proposta para balizar o bem estar humano e ambiental nos 11 municípios paraenses que integram a Região do Xingu, os quais reúnem cerca de 400 mil habitantes. O trabalho do barômetro está disponível no site da Fapespa -www. fapespa.pa.gov.br. O Grupo de Trabalho formado pelo governo também avaliará as iniciativas com base no Índice de Progresso Social (IPS), indicador que mede a qualidade de vida nos municípios da Amazônia, cuja base foi criada na Universidade de Harvard (nos Estados Unidos) e em outras instituições de ensino e pesquisa que ainda apresentarão um relatório global em abril. No entanto, o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) já vem utilizando a ferramenta, que permite analisar a situação da sociedade amazônica a partir de uma nova visão, diferente das medições feitas por meio do PIB (Produto Interno Bruto) e do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). A área de abrangência do PDRS do Xingu compreende os municípios de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilância, Pacajá, Placas, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Uruará e Vitória do Xingu.

Recentemente a Empresa de Assistência e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) acaba de concluir a construção de bases cartográficas em 28 assentamentos da Região da Cidadania do Xingu, integrada por 11 municípios sob a influência da Hidrelétrica de Belo Monte www.paramais.com.br

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Energia Desde o dia 4 de março, a tarifa de energia elétrica no Pará deixou de ser a mais cara do País, passando a ocupar a 10ª posição no ranking do custo do fornecimento, após a Revisão Tarifária Extraordinária (RTE) aplicada pelo Governo Federal às concessionárias, a fim de compensar custos, dentre os quais os relacionados ao acionamento de usinas termelétricas devido à falta de água nos reservatórios de grande parte das hidrelétricas. As tarifas das oito concessionárias mais caras são as da Uhenpal (no Rio Grande do Sul), Chesp (Goiás), Eleteocar (Rio Grande do Sul), Hidropan (Rio Grande do Sul), Ampla (Rio de Janeiro), CooperAlianca (Santa Catarina), Elektro (São Paulo), Dermei (Santa Catarina) e ELF SM (São Paulo). Na Revisão Tarifária Extraordinária, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Pará teve um reajuste médio de 3,6%, bem inferior à média de 29% adotada no sul e sudeste do País, e de 6% no norte e nordeste. O monitoramento do custo da energia é uma das atividades do Fórum criado pelo governo do Estado, por iniciativa do secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, Adnan Demachki, do qual participam entidades do setor produtivo, como a Federação do Comércio do Estado do Pará

(Fecomércio), Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa) e Associação Comercial do Pará (ACP), além da Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Arcon), Celpa e outros setores empresariais. O Fórum coordenado pela Sedeme também visa propor ações de médio e longo prazo, que contribuam com a melhoria das condições de abastecimento e uma tarifa que não comprometa a competitividade da economia do Pará, o 4º maior produtor de energia elétrica do Brasil. Sobre o paradoxo de o Pará ter um papel estratégico na geração de energia no País, e

ainda ter regiões sem esse serviço, o diretor de Energia da Sedeme, Cláudio Conde, afirma que esse cenário vem mudando. A cobertura do serviço de energia elétrica no Estado aumentou de 60%, em 1998, para os atuais 95%. Todas as sedes municipais do Estado, por exemplo, têm fornecimento de energia elétrica. “Nosso desafio agora é atender comunidades de difícil acesso, melhorar a qualidade e disponibilizar energia a preço competitivo para todos”, ressalta Cláudio Conde. (*) Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia

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Empreendedorismo

é alternativa para o desemprego

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specialistas falam sobre como se planejar financeiramente para empreender e quais as tendências de negócios para os próximos anos. Em 2015, a taxa de desemprego no Brasil deve ser de 7,1%. Já em 2016 e 2017, a expectativa é que esse número chegue a 7,3%. Os dados são da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que apresentou o relatório “Perspectivas para o emprego e o social no mundo – Tendências para 2015”. Para completar o cenário negativo há ainda baixo crescimento do país, que não deve passar de 1%, além da inflação atingindo o teto. Para muitos brasileiros a saída será o empreendedorismo, uma característica cada vez mais dominante da população. A pesquisa Empreendedorismo no Brasil 2013, que contou com o apoio do Sebrae, revelou que cerca de 40 milhões de brasileiros estão empreendendo. Os pequenos negócios já

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representam 27% do Produto Interno Bruto (PIB) na economia brasileira, além de 52% dos empregos com carteira assinada e 40% dos salários pagos. Ao todo, são pelo menos 8,9 milhões de micro e pequenas empresas. Para quem está pensando em empreender é importante ficar atento às tendências de negócios, fazer um planejamento e buscar recursos para iniciar as atividades. De acordo com o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, os negócios promissores para 2015 têm uma forte característica de atender às necessidades básicas da população, que têm adquirido novos hábitos nos últimos anos. “O mercado interno cresceu muito na última década com a ascensão econômica de milhões de famílias das classes C e D. Isso gerou novas demandas e beneficiou diretamente os pequenos negócios, que oferecem serviços e produtos que foram incorporados ao dia a dia da população”, afirma.

Planejamento Para realizar o sonho do negócio próprio, uma alternativa são as linhas de crédito. O economista e presidente da BluSol, instituição de microcrédito, Ido Steiner, explica que antes de tomar o empréstimo deve-se calcular qual seria o rendimento com o novo investimento, considerando o pagamento das prestações e o valor que o empreendedor pretende ter de lucro. O valor das parcelas

Reparação de veículos automotores e motocicletas

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Reciclagem

Construção, instalações elétricas, sanitárias, hidráulicas e de gás

Bijuterias e artefatos semelhantes

Reparação de computadores e equipamentos de informática

Cabeleireiros, atividades de estética e beleza, comércio de cosméticos

é o primeiro a ser separado e deve ser pago pontualmente para manter sempre em dia o crédito, porque sempre serão necessários novos empréstimos para a ampliação dos negócios. “Crescer com qualidade de vida deve ser sempre a meta de qualquer empreendedor”, pontua Steiner.

Reparação e recarga de cartuchos para equipamentos de informática

Lista das atividades mais promissoras para 2015, segundo o SEBRAE

O estudo “Os negócios promissores em 2015”, desenvolvido pela Sebrae aponta que empresas ligadas a alimentação, construção, estética e reparação de bens duráveis estão entre as principais tendências. Veja a lista completa: *Preparo de alimentos para consumo domi-

ciliar e comércio de alimentos *Construção, instalações elétricas, sanitárias, hidráulicas e de gás *Confecção e comércio de roupas *Cabeleireiros, atividades de estética e beleza, comércio de cosméticos *Bijuterias e artefatos semelhantes

*Reparação de veículos automotores e motocicletas *Reparação de computadores e equipamentos de informática *Reparação e recarga de cartuchos para equipamentos de informática *Reciclagem

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Crise, recessão e falta de confiança: como vender mais diante deste cenário? 2015 tem tudo para ser um dos mais desafiadores para a vida de quem vende

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Texto José Ricardo Noronha*

ste ano de 2015 tem tudo para ser um dos mais desafiadores para a vida de quem vende. Presidentes, diretores e profissionais de empresas de diversos portes e segmentos têm compartilhado comigo suas preocupações sobre o que precisa ser feito para vender mais, com menos recursos e melhor que os concorrentes (a chamada “Estratégia dos 3 Ms”). Não me atrevo a dizer que tenho todas as respostas, mas muito humildemente procuro trazer minha contribuição que aqui compartilho com vocês. São 3 grandes pilares que se fazem ainda mais essenciais em períodos como os que agora vivemos:

vo. O resultado disso: clientes cada vez mais exigentes têm sido cada vez menos fiéis e leais às marcas, muito em virtude da pouca atenção e carinho que lhes é dado. Sim, em momentos mais duros como os que agora vivemos, ações simples e que infelizmente têm sido tão negligenciadas são

2) Treinamento será ainda mais fundamental agora

1) Atendimento ainda é um diferencial competitivo importante

Por mais incrível que possa parecer, ainda são poucas as empresas e profissionais que oferecem um atendimento espetacular aos seus clientes e respectivos mercados-al-

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ainda mais fundamentais. Entre elas cito a cordialidade, o cuidado extremo com os detalhes, a preocupação legítima em entender o que o cliente realmente precisa e a real prontidão em ajudar e servir. Minha dica de ouro: teste você mesmo como anda o atendimento ao cliente da sua empresa. Se os serviços que vocês têm oferecido forem ruins, tenha a certeza de que 2015 será ainda mais desafiador. Lembre-se sempre que a missão das grandes empresas e dos grandes profissionais é transformar seus clientes em fãs. E isso só acontece quando se tem um atendimento espetacular, surpreendente e 100% focado em gerar experiências inesquecíveis e memoráveis a todos os seus clientes.

Teste você mesmo como anda o atendimento ao cliente da sua empresa

Vender em tempos de economia mais robusta e de confiança do empresariado em alta não é tarefa das mais difíceis. Duro mesmo é vender em tempos mais desafiadores, como neste singular ano de 2015. E www.paramais.com.br

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para vender mais e melhor, se faz necessário incrementar o repertório de técnicas, habilidades, conhecimentos, comportamentos e atitudes de vendas dos seus profissionais e dos seus líderes. Isso porque, se eles continuarem fazendo as coisas que sempre fizeram, será quase impossível incrementar as vendas em relação aos anos anteriores. Não custa lembrar um dos mais preciosos ensinamentos do gênio Albert Einstein: “Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”. Especialmente em tempos de “crise”, invista vigorosamente no treinamento e na capacitação dos seus profissionais. 3) Em tempos de desconfiança, saiba vender confiança

Tenho feito palestras e cursos no Brasil todo e, por onde passo, sempre pergunto quem hoje confia nas mais importantes autoridades políticas do nosso País. O feedback instantâneo é assustador: em média, menos de 5% das pessoas acreditam nos nossos políticos. E é aqui que eu quero lhe convidar para uma importante reflexão: se a

economia vai mal, muito em virtude de uma crise institucional e de confiança, o que precisamos fazer para vender mais e melhor? A resposta pode soar um tanto quanto Saiba vender confiança!

simplória, mas é bastante contundente: saiba vender confiança! Aliás, vale lembrar o excelente best-seller “A Velocidade da Confiança”, de Stephen M.R. Covey, publicado no Brasil pela Editora Elsevier. A obra diz que quão maior é a confiança nos relacionamentos, maior é a velocidade com que as coisas acontecem (ou seja, ciclos de vendas mais curtos) e menor é o custo (menor CAC – Custo de Aquisição de Cliente). E, ainda, quão menor é a confiança, menor é a velocidade e maior o custo. Venda confiança, aumente a velocidade com que as coisas acontecem e reduza o custo de aquisição de clientes. Ao fazer isso, você já terá um diferencial competitivo muito difícil de ser batido. (*) Vendedor, palestrante, professor, escritor e consultor. Formou-se em Direito pela PUC/ SP e tem MBA Executivo Internacional pela FIA/USP. Possui especialização em Marketing, Empreendedorismo, Empreendedorismo Social e Vendas pela Owen Graduate School of Management e é Professor dos MBAs da FIA. É autor dos livros “Vendedores Vencedores” e “Vendas. Como eu faço?”

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Fabrizio Guaglianone assume diretoria do Sebrae Pará

Jovem empresário tem a missão de incentivar a produção local Fabrizio Guaglianone, na entrevista à Pará+

referência de sucesso no meio empresarial do Pará e do Brasil, está no quinto mandato à frente do Conselho Deliberativo do Sebrae no Pará. Ele tem, com certeza, um papel importantíssimo na condução da instituição e muito a contribuir para o sucesso dos pequenos negócios paraenses.

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Fotos Eunice Pinto/ Ag. Pará

vice-presidente da Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje), Fabrizio Guaglianone, comanda, desde o início do ano, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Pará). Ele assumiu o cargo diretorsuperintendente junto do empresário Fernando Yamada, eleito para a presidência do Conselho Deliberativo da instituição. Essa nova diretoria comandará o Sebrae no Pará no quadriênio 2015/2018. Fabrizio é formado em administração pela Universidade da Amazônia (Unama), sócio-diretor do Grupo Delícias – empresa de alimentos no segmento industrial, distribuidora de alimentos e serviço de catering aéreo. Desde 2006, atua no movimento empreendedor, tendo sido vice e presidente da entidade no Pará, além de conselheiro da Conaje e presidente do Conselho Fiscal da Confederação. Atuou também como presidente do Inmetro no Pará. Em entrevista exclusiva à Pará +, o empresário Fabrizio Guaglianone conta como pretende presidir o órgão, sua relação com

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Fabrizio Guaglianone assume diretoria do Sebrae Pará.indd 16

os demais membros, a parceria com Fernando Yamada e lançamentos de novos projetos para os pequenos e micros empresários.

Para +: O senhor, como jovem empresário, como vê essa oportunidade de estar à frente do Sebrae? Fabrizio - Estive do outro lado, como cliente do Sebrae, e sei o grande papel que tem essa instituição para a criação e desenvolvimento dos pequenos negócios, assim como para fomentar o empreendedorismo em nosso estado, que tem um povo altamente empreendedor. Agora, tenho a oportunidade de estar à frente dela, dividindo a importante responsabilidade com meus colegas de diretoria, André Pontes e Hugo Suenaga, e com o presidente do Conselho Deliberativo, Fernando Yamada. É um grande desafio, mas acreditamos que estamos no caminho certo e que teremos o apoio de uma equipe de colaboradores preparada. Para +: Como está sendo a sua parceria com o empresário Fernando Yamada, considerado um empresário renomado e experiente? Fabrizio - Fernando Yamada, além de ser

Para +: O senhor pretende manter o que deu certo da administração passada (Wilson Schubert ex-presidente do Sebrae-PA)? Fabrizio - Não faremos grandes mudanças no que vem dando certo, mas apenas ajustes para garantir que as ações continuem gerando bons resultados para os nossos clientes.

Para +: Quais são os planos, os projetos para o Sebrae de agora em diante? Fabrizio - O Sebrae tem diretrizes e prioridades estratégicas para a atuação em 2015 já traçadas desde o ano passado. Vamos ajustando e incluindo algumas ações que acreditamos, com a experiência que temos de governo, setor produtivo e membro do Sistema S, sejam importantes e estratégicas para a criação e desenvolvimento dos pequenos negócios paraenses, sempre, claro, levando em consideração as necessidades dos nossos clientes e alinhando as atividades ao plano de desenvolvimento do governo do Estado, dentro da missão da instituição. No entanto, faremos um novo planejamento estratégico, construindo um plano de gestão para os próximos dez anos (2016-2026). Nossa política de governança é voltada para resultados, priorizando recursos para a atividade fim e pensando, sempre, em bem atender os pequenos negócios do estado. E não podemos esquecer que nossa cultura corporativa deve prezar pelo desenvolvimento profissional e fomento ao empreendedorismo. www.paramais.com.br

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Sebrae promove o desenvolvimento sustentável >> O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae Nacional é uma instituição normativa de caráter nacional que orienta o Sistema Sebrae e fornece as diretrizes estratégicas de atuação às unidades localizadas nas capitais e principais cidades do País. A atuação do Sistema Sebrae é conceitualmente uniforme, sendo respeitadas as particularidades de cada região. No Pará, o Sebrae foi fundado em 10 de maio de 1974, com a denominação Centro de Assistência Gerencial à Pequena e Média Empresa do Estado do Pará – CEAG/PA. Em 19 de junho de 1979, passou a se chamar Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Estado do Pará – CEAG/PA. Em 1990, foi transformado em Serviço Social Autônomo, sem fins lucrativos, integrante do chamado “Sistema S”, voltado para o desenvolvimento empresarial, sob a denominação de Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Pará – Sebrae/PA. Mediante a Lei 8.029, passou a ser administrado por meio de um Conselho Deliberativo, formado por entidades representativas do Governo e da área empresarial. A missão institucional do Sebrae/PA é promover o desenvolvimento sustentável, a competitividade das micro e pequenas empresas e o fomento ao empreendedorismo nos municípios paraenses. Atualmente, são mais de 38 mil empresas paraenses gerando emprego e renda no setor de comércio, 11,5 mil no setor de serviços e 8,7 mil no setor da indústria. Do percentual de empregos gerados na região Norte de 1996 a 2002, mais de 58% foram gerados por micro e pequenas empresas.

Estrutura Executiva

Hugo Suenaga, diretor técnico; Fabrizio Guaglianone, diretor superintendente; Fernando Yamada, presidente do Conselho Deliberativo Estadual e André Pontes, diretor administrativo e financeiro

Para +: O senhor acredita que as parcerias com órgãos estaduais e municipais devem acontecer? Fabrizio - Acreditamos que devemos atuar naquilo que somos especialistas, contribuindo com um projeto de desenvolvimento maior para o Estado, que envolva ações de várias entidades, instituições e órgãos públicos. Assim, vamos fortalecer as parcerias já existentes e firmar outras com os poderes públicos estadual e municipal.

Para +: Como o Sebrae vai poder colaborar com os microempresários neste tempo de crise financeira? Fabrizio - As incertezas que atingem a economia brasileira nos últimos meses não contaminam todo o setor produtivo, pois as micro e pequenas empresas, ao trabalhar em nichos de mercado, a exemplo do e-commerce e sistemas de franquias, vêm contribuindo e podem contribuir muito mais para melhorar esse cenário. No entanto, inovar, sobretudo em busca do aumento da produti-

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Fabrizio Guaglianone assume diretoria do Sebrae Pará.indd 17

A Diretoria Executiva do Sebrae no Pará é formada pelo Diretor-Superintendente, Fabrizio Guaglianone, pelo Diretor Técnico, Hugo Suenaga e pelo Diretor Administrativo e Financeiro, André Pontes. O Conselho Deliberativo do Sebrae no Pará é formado por representantes de Instituições Financeiras, Federações e Entidades de Classes, Secretarias de Estado, Universidades e o Sebrae Nacional. Fernando Yamada, é o presidente do Conselho Deliberativo Estadual.

vidade e da competitividade, e ser eficiente, na gestão ou na capacitação, é uma questão de sobrevivência. E, quanto a isso, o Sebrae pode contribuir muito, com atendimento

especializado aos pequenos negócios, para o fortalecimento dos empreendimentos e incentivando a abertura de novos negócios de forma acertada. Fabrizio Guaglianone, diretor-superintendente do Sebrae-PA, durante sua posse na ACP

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O Brasil no Salão do Livro de Paris Edyr Augusto Proença, no estande da CNL participando da mesa redonda sobre “O medo sobre a cidade”

A participação brasileira no Salão do Livro de Paris atraiu bastante visitantes

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o mês de março, a capital francesa se tornou ponto de encontro para amantes da literatura. O Brasil – convidado de honra em 2015, levou para a Europa toda a diversidade da literatura nacional. O ministro da Cultura, Juca Ferreira, participou da abertura oficial do Salão e recebeu a ministra da Cultura e Comunicação da França, Fleur Pellerein, no stand brasileiro. Na ocasião, Juca Ferreira, disse “se sentir honrado com a homenagem” e ressaltou que literatura brasileira vem ganhando destaque na Europa e no mundo. “Há grande interesse pelos autores brasileiros. Isso se deve a forte ação do Estado brasileiro aos escritores e incentivos à tradução”, afirmou. Já a ministra Fleur Pellerin citou grandes nomes da literatura brasileira, entre eles Machado de Assis. “A França tem grande admiração pela literatura brasileira e pela diversidade da cultura brasileira”, disse. Pellerin enfatizou ainda que há grande interresse em conhecer projetos do Brasil de incentivo à cultura, sobretudo na área de financiamento e aprender sobre como o país tem tratado a cultura na área social. No salão de Paris, o Brasil levou comitiva com 43 escritores brasileiros que representam a diversidade da literatura brasileira. Para a seleção, os curadores Guiomar de Grammont e Leonardo Tonus consideraram critérios como representatividade regional, equilíbrio de gênero (masculino e feminino), diversidade étnica e cultural, de gêneros literários e ciências humanas, de autores consagrados e novos e escritores, preferencialmente com obras traduzidas para o francês. O presidente François Hollande, fez questão de visitar o evento deste ano para defender a liberdade de expressão, dois meses e meio após o atentado contra o jornal Charlie Hebdo. O estande do Brasil, país homenageado nesta edição, Pará+

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Prêmio de melhor romance estrangeiro

Edyr Augusto recebendo o prêmio Camaléon de melhor romance estrangeiro por Os éguas, na Université Jean Moulin

Edyr Augusto recebeu o prêmio Camaléon de melhor romance estrangeiro na França pelo romance OS ÉGUAS, traduzido para o francês com o título “Belém”, por Diniz Galhos para a Asphalte Éditions! Concorreram com ele Milton Hatoum, Adriana Lisboa e Frei Betto. recebeu atenção especial do líder socialista. “Eu vim aqui pela liberdade de expressão, porque o que faz a força da França é a sua cultura e a liberdade”, declarou Hollande. “Nós fomos atingidos em janeiro. Este salão é também uma das nossas respostas.” Hollande foi recebido pelo ministro da Cultura Juca Ferreira, que agradeceu à acolhida dada à literatura brasileira no evento. O presidente foi apresentado à escritora negra Conceição Evaristo, que representava a delegação dos 43 autores nacionais. A comissária brasileira do evento, Guiomar de Grammont, aproveitou a oportunidade para pedir ao presidente francês apoio para as comemorações do bicentenário da missão francesa no Brasil, em 2016, e reforçar ainda mais os laços históricos entre os dois países. A ideia é fazer, de novo, uma espécie de ano do Brasil na França, com diversas atividades culturais nos dois países.

Os brasileiros no Salão do Livro de Paris Edyr Augusto Proença, no estande da CNL participando da mesa redonda sobre “O medo sobre a cidade”

Público constante

A participação brasileira no Salão do Livro de Paris atraiu bastante visitantes. O pavilhão ficou lotado o dia inteiro. O clima entre os participantes era de cordialidade e sem polêmicas políticas. A única controvérsia foi lançada

Sobre Edyr Augusto Proença

pelo mineiro Luis Ruffato. Ele criticou o não pagamento de cachês aos escritores brasileiros que participam da feira e teve o apoio de

“La littérature brésilienne est en plein renouveau depuis 10 à 15 ans, de nouveaux auteurs émergent, des femmes expriment un éveil de sensibilité de manière simple, directe. Tous ces auteurs sont lus aux USA, en Europe et en Amérique du Sud. Les romans de Edyr Augusto, en particulier Belem et Moscow sont écrits en phrases courtes, nerveuses, segmentées, crépitantes, pas du tout étouffantes ni tropicales comme une forêt de lianes. Il vit en Amazonie, la plus grande forêt du monde, dans un ville portuaire qui pourrait ressembler à Marseille. Tout ce qui s’y passe est largement médiatisé. Malgré tout l’auteur à l’impression de vivre entouré d’une forêt verte d’un côté et d’une forêt de béton de l’autre”. 20

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outros autores. Mas nem todos concordam, ressaltando a importância de poder divulgar a sua literatura no exterior.

Edyr Augusto e Edney Silvestre

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Salão do Livro:

A literatura brasileira em seis autores-chave Texto Annabelle Laurent *

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ocê leu meu Bel Oranger e The Alchemist? Então, você já leu pelo menos dois autores brasileiros, talvez sem sabê-lo: José Mauro de Vasconcelos e Paulo Coelho. Para o segundo, “muitas vezes, os franceses não sabia que ele é brasileiro”, diz o especialista em literatura brasileira contemporânea Leonardo Tonus nomeado conselheiro literário para determinar a lista dos 48 autores convidados brasileiros auSalon do Livro. Por onde começar quando você quiser descobrir a literatura brasileira? Sua resposta seis autores principais. Machado de Assis; Graciliano Ramos; Guimarães Rosa; Milton Hatoum; Luiz Ruffato e

Edyr Augusto

Para os amantes de ficção crime! Nascido em 1954, em Belém, na Amazônia, Edyr Augusto é jornalista e escritor. “Seus thrillers dizem a violência nas grandes cidades, sem qualquer moral. A violência dura, e em outra região do país. Belém”. O livro: Belém, ed. Asfalto de 2013. (*) Em “20 Minutes”

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A retirada de árvores do canteiro da avenida Augusto Montenegro se faz necessária para a continuação das obras

Obras do BRT começam na avenida Augusto Montenegro

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Fotos Oswaldo Forte e João Gomes

omeçaram recentemente as obras da primeira fase do segundo trecho do projeto BRT (Bus Rapid Transit), que corresponde ao trecho Entroncamento – Mangueirão, em Belém. Nesta etapa, serão investidos cerca de R$ 45 milhões.

O trabalho deve seguir em ritmo acelerado, até que se conclua o trecho – cerca de dois quilômetros e meio. Após isso, a obra segue até Icoaraci. No total, será injetado o valor de R$ 263.685.972,19, com recursos da prefeitura de Belém e do governo federal. A empresa vencedora da licitação para a construção, anunciada em novembro do ano passado, foi o consórcio formado pelas em-

presas EIT e Paulitec, que garante, para até o início de 2016, o prazo para a conclusão desta etapa. “O projeto é do Entroncamento até Icoaraci, porém, o dividimos em duas etapas para proporcionar uma funcionalidade maior ao BRT e avançar na construção”, explicou o prefeito Zenaldo Coutinho. “O projeto é do Entroncamento até Icoaraci, porém, o dividimos em duas etapas para proporcionar uma funcionalidade maior ao BRT e avançar na construção”, explicou o prefeito Zenaldo Coutinho

O trabalho deve seguir em ritmo acelerado, até que se conclua o trecho – cerca de dois quilômetros e meio

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“Vamos triplicar o número de árvores, plantando as novas mudas em áreas adjacentes” afirmou Zenaldo

Trânsito Com o início das intervenções na via, haverá um intenso trabalho de fiscalização de agentes da Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) no local, para evitar pontos de congestionamento. Serão 20 agentes da Superintendência, trabalhando em regime de escala, para orientar motoristas, ciclistas, motociclistas e pedestres. “O trânsito terá, obviamente, algumas restrições. Estamos, inclusive, com uma licitação para dispor de embarcações que farão o trecho de Icoaraci até o centro de Belém. Há, ainda, ruas alternativas para o condutor, como a rua da Yamada e rodovias do Tapanã e Arthur Bernardes”, complementou Zenaldo Coutinho. Os interessados em participar do edital de licitação devem entregar envelope com as propostas no dia 18 de maio próximo, de acordo com as orientações publicadas no Diário Oficial do dia primeiro de abril, lançado pela Prefeitura de Belém, por meio da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob). O objetivo da licitação é oferecer prioritariamente a toda a população usuária do transporte coletivo, especialmente os residentes em Icoaraci e região, alternativa rápida, confiável e segura de transporte, principalmente durante período das obras do sistema BRT na Avenida Augusto Montenegro.

Árvores

A retirada de árvores do canteiro da avenida Augusto Montenegro se faz necessária para a continuação das obras. Contudo, o prefeito Zenaldo garantiu que, para cada

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um vegetal suprimido, três árvores serão plantadas em áreas próximas ao ponto de retirada. “Vamos triplicar o número de árvores, plantando as novas mudas em áreas adjacentes. Ou seja, Belém não vai perder a arborização, pelo contrário, vamos ampliar o número de árvores”, reforçou Zenaldo. Vale ressaltar, também, que a retirada das árvores está prevista no projeto da segunda etapa do BRT.

Informatização

Um sistema moderno está sendo construído, agregando segurança, conforto e trazendo um importante avanço na mobilidade urbana. Com a entrega deste trecho, já será possível inaugurar uma primeira fase do serviço BRT do Mangueirão até São Brás, já com as estações funcionando, ciclovias no

entorno, bilhete único, linhas alimentadoras, entre outros.

Projeto

No trecho entre o Entrocamento e a entrada de Icoaraci, a avenida Augusto Montenegro tem treze quilômetros de extensão, onde será construído um túnel (na rodovia Tapanã/Mário Covas) e um elevado, no cruzamento com a avenida Centenário. O projeto contempla, ainda, a construção de ciclofaixas nas vias laterais da avenida. O BRT Belém beneficiará aproximadamente 800 mil pessoas, que terão seu tempo de viagem reduzido em 60% entre os bairros e o centro da capital. Para isso, o extenso projeto do BRT inclui ainda o BRT Centenário, BRT Centro Belém e Icoaraci, além dos portos. O projeto do BRT inclui ainda o BRT Centenário, BRT Centro Belém e Icoaraci, além dos portos

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Está na hora da feira, da Feira do Som

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Edgar apresenta o Feira do Som há 44 anos

Fotos Alessandra Caleja

m programa jornalístico, mas que também tocasse muita música, não só o que estivesse na mídia, mas principalmente lançamentos; não apenas lançamentos nacionais, mas principalmente regionais. Ah, mas isto seria uma feira. É, foi assim mesmo que nasceu o nome do programa que há 44 anos tem seu espaço na rádio paraense: A Feira do Som. O apresentador do programa, Edgar Augusto, conta que quando teve a idéia de produzir um programa de rádio comentou com o irmão, Edyr Augusto, que o projeto era a universalidade, bastante informação, músicas, entrevistas, sorteio de brindes, algo assim muito eclético. Ouviu de volta: “Mas isso vai ser uma feira...” Pronto, o nome do programa acabava de surgir. O Feira do Som foi criado na década de 1970, era transmitido pela Rádio Clube. Foi ao ar pela primeira vez no dia 1º de março de 1972. Ficou na Clube até 1982, passou para a rádio Cidade Morena (atual Jovem Pan), onde foi apresentado até 1985 e de lá seguiu para a Rádio Cultura. Está na grade da programação desta emissora até hoje, no horário de meio dia às 14h. Ao longo deste tempo de existência, conquistou um público bem variado, mas fiel, pessoas que não perdem o programa e muitos, inclusive, fazem questão de receber um abraço pelas ondas do rádio. “Às vezes, é uma secretária que liga, passa a chamada para seu superior e aí sou questionado: Ouço seu programa há tanto tempo e nunca você fala meu nome...”. Além de receber muitos telefonemas, Edgar

costuma ser abordado na rua. “Outro dia, o motorista de um caminhão de lixo e dois garis vieram me perguntar se eu citaria o nome deles. Respondi que, claro, falaria. Eles, então, anotaram seus nomes e me entregaram o papel. Fico muito feliz com este retorno do público”, confessa Edgar. O apresentador faz questão de enfatizar que o Feira do Som tem enfoque regionalista, divulga, principalmente, a música e o trabalho dos músicos locais. “Hoje, com a internet, as pessoas sabem tudo o que acontece no mundo, então tenho que falar daqueles que não saem na internet que são os músicos da terra”, justifica. Fã incondicional do programa, o bancário Orlando Ruffeil é um dos que não perde o momento “Cantinho dos Beatles”, e sempre tem seu nome mencionado pelo apresenta-

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dor. Apaixonado confesso pelo som dos quatro rapazes de Liverpool, Ruffeil revela que também gosta de outros ritmos e o Feira do Som é atraente porque abrange tudo. “Eu escuto o Feira do Som desde os tempos da Rádio Clube. Não perco. O programa é especial. Edgar está sempre por dentro dos lançamentos no planeta musical”. Ele destaca, ainda, o carisma do apresentador e lembra que artistas de renome fazem questão de marcar presença no programa. “Uma vez, eu vinha do Rio de Janeiro e ao meu lado, no avião, sentou ninguém menos que Danilo Caymmi. Conversando comigo, ele perguntou se eu ouvia o Feira do Som e disse que sempre que vem se apresentar em Belém faz questão de participar do programa. Outra que eu sei que gosta muito de ir até lá é a Nazaré Pereira”, destaca Ruffeil.

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O apresentador ressalta o enfoque regionalista do programa

O apresentador faz questão de enfatizar que o Feira do Som tem enfoque regionalista

Sábado Gente Jovem Na mesma época em que surgiu o Feira do Som, na década de 1970, um outro programa, noticiando e divulgando muitos lançamentos, começou a ser apresentado também na Rádio Clube, no horário da tarde. Era o “Sábado Gente Jovem”. Edgar e o irmão, Edyr, estavam no quadro. “Eu tomei parte, assim como outros amigos, o Rosenildo Franco, publicitário, era o produtor. Participavam, ainda, o Fernando Jares Martins, o Gilvandro Furtado, enfim, era uma grande equipe. Mas, todos se dispersaram, seguiram outros rumos e a idéia ficou como representante de um tempo, de uma geração. O Sábado Gente Jovem é um programa do qual lembramos com muito carinho”, recorda o apresentador do Feira do Som.

Última, ultimíssima, the last...

Entre as peculiaridades do Feira do Som estão as frases feitas, os famosos

bordões. “Eu me divirto com eles porque saem por instinto, reflexo. Por exemplo, eu queria encerrar as oportunidades para fazer um sorteio e pensei: ‘como faço pra dizer para o ouvinte que é a última chance dele de participar?’ Aí, veio: ‘É a última, ultimíssima...the last’. Eu repeti e senti que as pessoas gostaram e ficou. Outros bordões também surgiram assim, ‘quintafeira, antessala do final de semana, dia em que a gente já toma a primeira’. ‘Segundafeira, dia internacional da água gelada’ foi uma criação do colega Agostinho Soares, já ‘segunda-feira, dia da modorra’ me inspirei no que minha mãe, de origem interiorana, falava. A gente escuta, fala e cai no gosto popular”, explica o apresentador. Se o Feira do Som comemora 44 anos de existência com tanta popularidade, é muito fácil concluir que não foram apenas os bordões que caíram no gosto do ouvinte. O programa, que tem um espaço denominado “Cantinho dos titios”, chegou à maturidade e também é um “titio”, tranquilamente identificado como um dos mais queridos da rádio paraense.

O programa Feira do Som foi criado na Rádio Clube, passou pela Cidade Morena e hoje é apresentado na Cultura...

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Obra Pop Art de Cintia Ramos

Esses maravilhosos artistas plásticos paraenses e suas

telas valiosas Cíntia Ramos, artista plástica autodidata, já expôs em vários países

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Esses maravilhosos artistas plásticos paraenses e suas telas valiosas.indd 26

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que seria de nossas paredes, de nossos espaços sem aquele toque especial de alguém que inspira, respira e permite fluir a arte. Pois é, o artista plástico tem esse dom de deixar o ambiente mais bonito e mais revelador. Foi assim na idade antiga, média, moderna e continua sendo. Uma obra de arte não apenas ocupa um espaço, ela deixa tudo mais agradável. E quem se dedica a preencher uma tela com cores, formas e sentimentos, entende muito bem essa reciprocidade. “É compensador saber que a arte sai de mim e vai completar outra pessoa”, resume o artista plástico Abilio Couceiro Filho. Ele comenta que ainda é muito difícil trabalhar com arte não apenas no Pará, mas no Brasil, porém, acredita, este quadro está começando a mudar. Abilio também é publicitário. “Ainda não dá pra viver só da arte, mas é um projeto pra mais adiante, provavelmente para a aposentadoria”, revela. O convívio com a pintura de www.paramais.com.br

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Artista plástica há 20 anos, ela já participou de circuitos em Londres, Pequim, Madri, Bangkok e Lisboa, entre outros espaços de eventos internacionais, além de exposições coletivas e participações em feiras culturais em Belém e em várias cidades brasileiras. Também já destacou seu trabalho em muitas mostras individuais. “Eu pinto o que gosto e as pessoas facilmente reconhecem os traços”, explica ela, que se destaca, ainda, na arte abstrata e no pop art, estilo marcado pela mistura de fotografia - ou desenhos de traços fortes - com a pintura acrílica compondo um grande cenário de vários elementos e cores intensas. “Não me prendo a estilos”, define a artista. Atualmente, ela investe em uma linha de acessórios. Cintia esbanja tranqüilidade para conversar sobre o que gosta de fazer e revela: vive de sua arte.

Cintia Ramos

telas vem desde a infância, dos quadros que sua família sempre gostou de ter em casa. Um dia, então, nasceu a vontade de pintar. “Minha primeira tela ficou horrível e foi pro lixo”, ri ele. O primeiro resultado, entretan-

Todas as telas vendidas to, não o desanimou. Hoje, seu trabalho é elogiado e reconhecido. Outra paraense que levantou voo no delicado mundo da pintura em tela é Cintia Ramos. Suas obras apaixonam à primeira vista. Paulo Azevedo, renome internacional nas artes plásticas

Formado em arquitetura, Paulo Azevedo é outro grande exemplo de artista plástico que tem seu trabalho reconhecido no Brasil e no exterior. Aliás, isso aconteceu muito cedo em sua vida. Ele conta que começou a pintar aos 17 anos. Antes, vivia enfurnado em bibliotecas. Enquanto os amigos liam revistas em quadrinho e outro tipo de literatura, ele pesquisava tudo sobre arte, principalmente a pintura impressionista. O ingresso neste mercado aconteceu por volta dos 18 anos e “por acidente”, como relata. Um co-

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Abílio Couceiro Filho, dedicação a uma paixão que começou muito cedo

nhecido o incentivou a expor seus quadros em um espaço direcionado para este fim no Centur. Ele levou as obras e vendeu todas para uma única pessoa. Ficou impressionado e, a princípio, achou que poderia ganhar dinheiro com o que fazia. Só depois aprendeu que é preciso trabalhar muito para conquistar seu lugar ao sol no mundo das artes plásticas. Mas ele conquistou. Hoje, seu trabalho é muito bem avaliado. Suas telas costumam ser vendidas pelo preço médio de R$ 7 mil, mas já teve trabalhos vendidos por até R$ 15 mil, assim com também tem obras avaliadas em R$ 3 mil. “Eu consegui abrir caminho. No começo, fui criticado porque contei com a ajuda de amigos arquitetos. Mas o que eu queria era

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divulgar meu trabalho. Agora, tenho meu ateliê e meus quadros são vendidos tanto no Brasil quanto no exterior”, diz. Paulo fica feliz quando algum estudante de arte, ou mesmo um artista iniciante indica seu nome como referência de alguém

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que conseguiu alcançar um lugar ao sol em uma área considerada difícil pelos próprios pintores. “É muito bom ser referência para alguém. Afinal, são 27 anos de dedicação e fidelidade a uma linha de trabalho”, responde. As telas do artista plástico Abilio Couceiro Filho, hoje são elogiadas e reconhecidas

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Papa Francisco faz jus ao nome

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Texto Felix Steiner* Fotos Corbis Images, L’Osservatore Romano

os seus primeiros dois anos à frente da Igreja Católica, novo papa adota uma clara opção pelos mais pobres. Isso não agrada a todos, constata o articulista Felix Steiner Há dois anos, o novo papa tomou de assalto o coração dos fiéis: o seu sucinto buona sera da varanda da Basílica de São Pedro; o seu pedido para que rezassem por ele, antes mesmo de proferir pela primeira vez a bênção papal aos fiéis – tudo isso deixava claro, já na noite de sua eleição, que ali estava alguém com uma compreensão de seu cargo bem diferente de seus antecessores. E ele também enviou outros sinais: o pequeno apartamento na residência de Santa Marta em vez dos aposentos papais do Palácio Apostólico, o uso de um carro pequeno em vez da Mercedes oficial, os sapatos pretos com cadarço em vez das tradicionais sapatilhas vermelhas. E, sobretudo, o nome: Francisco. O monge mendicante da Idade Média. O filho de família rica que doou a sua herança, que se dedicou aos pobres e que apelou por uma reforma da vida eclesiástica. O nome é, portanto, duplamente programático. Por um lado: a Igreja quer, ou melhor, precisa se reformar. Foi por isso que o cardeal Bergoglio foi eleito por seus irmãos bispos. Porque foi ele quem defendeu com mais veemência a reforma da Cúria Romana no chamado “pré-conclave”. Porque a lavagem de dinheiro e o comércio com cargos oficiais não devem ter lugar na Igreja. Porque o todo poderoso centralismo romano

Papa Francisco aperta a mão de um guarda suíço

não combina com a Igreja mundial e diversificada do século 21. E, não menos importante, porque seu antecessor, Bento 16, fracassou nessa Cúria. Por outro lado: segundo a vontade de Francisco, a Igreja deve se voltar sobretudo aos pobres. Ela deve – de acordo com uma máxima já popular do papa – ir até as margens. Já quando era arcebispo de Buenos Aires, ele provocava o Vaticano ao não enviar seus melhores padres às academias papais, mas aos bairros desfavorecidos da metró-

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pole argentina. Como Papa, sua primeira viagem o levou à ilha de Lampedusa – em meio ao drama africano-europeu dos refugiados. Em Manila, ele se encontrou com crianças de rua e chorou ao lado delas ao ouvir suas histórias de vida. Depois do animador de público João Paulo 2° e do intelectual Bento 16, o papa Francisco é sobretudo um pastor. Francisco também fala como se fosse um pastor num bairro pobre: na maioria das vezes de forma livre, numa linguagem clara

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e simples, às vezes também com palavras drásticas e analogias. Um Papa que, finalmente, pode ser compreendido mesmo sem um estudo prévio de teologia – isso deveria ser motivo de grande alegria. Mas aos poucos começam o murmurinho sobre o reformador de Roma. Os mais carolas reclamam que fere a dignidade do cargo dizer que os católicos “não deveriam se procriar como coelhos”. Principalmente na Europa, os guardiões morais do politicamente correto ironizam a anedota contada pelo Papa de que, ao bater numa criança, é preciso respeitar a sua dignidade. Cada vez mais, o Papa constata que, apesar dos aplausos unânimes de dois anos atrás, não pode agradar a todos. E como poderia? Do ponto de vista teológico, ele está muito mais próximo de seu antecessor

Papa Francisco fazendo refeição na residência de Santa Marta

do que muitos gostariam de admitir no entusiasmo inicial. Assim, também sob a sua liderança não haverá nenhuma ordenação de mulheres nem casamento gay tampouco a permissão de aborto. E ainda se está longe de saber se a Igreja Católica vai mesmo abolir a proibição de preservativos, do sexo antes do casamento e do matrimônio de pessoas divorciadas – não importa o quanto editorialistas alemães anseiem por isso. E na Alemanha? Até que ponto a Igreja Católica alemã combina com a imagem ideal oferecida pelo papa? Ela é, provavelmente, a mais rica unidade da Igreja Católica, dispondo assim dos maiores meios para ajudar nas margens da sociedade. Mas ela o faz suficientemente? Ela consegue sair de si mesma, deixar a autorreferência, a bolha eclesiástica onde se trocam elogios mútuos, como Francisco formulou antes de sua eleição? Todas as suas instituições servem mesmo, em primeira linha, à propagação da palavra divina, como esperado pelo papa e também exigido por Bento 16 em seu lendário discurso sobre a “mundanização da Igreja”, em Freiburg no ano de 2011, e que perturbou de forma duradoura tantos na Alemanha? Um exemplo trivial: as escolas católicas na Alemanha gozam de uma excelente reputação. Por esse motivo, pais abastados enviam seus filhos para lá, em vez de matriculá-los em escolas públicas. Segundo a ló-

gica de Francisco, essa excelente reputação deveria implicar que crianças provenientes de famílias desfavorecidas sejam nelas educadas de maneira e com êxito especiais! Só esse exemplo já mostra claramente que o papa anseia por muito mais reformas do que muitos gostariam de ver. Este pontificado vai continuar sendo emocionante! (*) Em DW

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Dulce Rocque nas Ruas da Cidade Velha

dania ativa e trabalhar em conjunto para encontrar respostas e soluções para os problemas do bairro. “A CiVViva nasce pra defender a Cidade Velha do degrado”, resumiu a economista, que é considerada a defensora do bairro. “Isso porque a defendo com unhas e dentes. Ando com os olhos abertos e vejo o que não está certo. Reclamo a quem de direito”, completa. Até pouco tempo atrás, o bairro da Cidade Velha era considerado um local tranquilo para se morar. Lá residem moradores antigos, muitos que herdaram as casas de seus pais. Poucos são os primeiros proprietários. A maioria é de idosos e poucos são jovens e menos ainda, crianças. A maior parte dos moradores é dos municípios de Ponta de Pedras, Abaetetuba, Cametá, Igarape-Miri, etc. Muitos até votam nessas cidades. O bairro possui inúmeros prédios coloniais históricos, com azulejos portugueses, muitos dos quais tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN. O bairro da Cidade Velha faz divisa com o bairro da Campina, regiões popularmente conhecidas por Comércio, devido a predominância quase que exclusiva de lojas, armarinhos, escritórios, cartórios e bancos. Por isso, é comum o movimento de pessoas no bairro diminuir por volta das 18h. O local fica aparentemente tranquilo e deserto. Nos últimos anos, essa tranquilidade vem sendo quebrada, principalmente na época do Carnaval e após a migração das casas de shows para a redondeza.

Defensora da Cidade Velha quer apenas justiça Dulce Rocque briga pelos direitos dos moradores do bairro mais antigo de Belém

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Fotos Divulgação

omo falar do bairro da Cidade Velha sem mencionar Dulce Rosa Rocque. Ela é considerada uma defensora voraz do bairro mais antigo de Belém. Mas, antes de falar sobre seu trabalho, temos que voltar no tempo. Dulce se formou, em 1967, em Economia pela Universidade Federal do Pará. Dois anos depois foi morar em Moscou, na antiga União Soviética (atual Rússia) para estudar economia política. Teve uma filha na Itália, em 1972. Voltou ao Brasil em 1974, quando sentiu necessidade de colo-

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car em prática tudo aquilo que aprendeu no exterior, mas teve que retornar para a Itália, para não perder a guarda da filha. Lá, nas cidades de Bolonha e Urbino, em 1978, iniciou sua especialização e pós-graduação. De volta a sua terra natal, Dulce Rocque foi morar na Cidade Velha, o primeiro bairro de Belém. Com seu olhar viajado e crítico, ela notou que o local, que escolheu para residir, estava tendo um aumento considerável no degrado urbano, social e cultural. Isso levou Dulce Rocque a fundar o CiVViva - Cidade Velha-Cidade Viva. O objetivo da Organização Não Governamental era servir como ponto de referência para uma cida-

Carnaval e Casa de shows Antigamente o tradicional Carnaval, com marchinhas e brincadeiras sadias, passavam pela Cidade Velha. Hoje em dia, pode ser considerado um retrocesso. “Retrocesso se pensarmos naqueles que acham que estão em Salvador (BA) e chegam com abadá e carro-som, trio elétrico ou similares, na área tombada, ignorando a necessidade de defender e salvaguardar nossa memória historico-carnavalesca”, rebate a defensora Dulce Rocque. A fundadora do CiVViva não é contra o Carnaval, mas sugere que, nessa área tomwww.paramais.com.br

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Trabalhar em conjunto para encontrar respostas e soluções para os problemas do bairro. Durante o ajoelhaço

Dulce Rocque fundou o CiVViva para defender a Cidade Velha

bada, deva ser vivido os carnavais paraenses antigos, com bandinha, blocos com mascarados e fantasias, como faz o cantor Eloy Iglesias, o Xibé da Galera e o Kaveira. “Eles defendem a nossa memória carnavalesca e ainda divertem os moradores”, conta. “Levamos tempo para obter o devido respeito ao nosso patrimônio, e ultimamente todos já providenciavam banheiros, defensas para os prédios históricos e a limpeza das ruas e praças”, completou. Mas este ano foi diferente. O passo foi atrás. A quantidade de abadás e carros-som fazendo barulho nessa área tombada, em frente às Igrejas antigas, foi grande. Dulce Rocque conta que este ano foram autorizados cerca de 14 blocos, e nem todos tocavam música de carnaval. “Teve um sábado que, nos quatro cantos da praça do Carmo, estavam carros tocando ritmos diferentes, que nada tinham a ver com carnaval. Policia Militar, Guarda Municipal ou Semma, vimos bem pouco ou nada”, denuncia a moradora da Cidade Velha. Se não bastasse o Carnaval barulhento, chegou também as barulhentas casas de shows. Para Dulce, a música até que não

Estatuto do CiVViva Cidade Velha-Cidade Viva Art. 3º Constituem-se objetivos da CiVViva: I – incentivar a participação dos moradores, comerciantes ou prestadores de serviços estabelecidos no Bairro da Cidade Velha em Belém do Pará na vida da Associação, com vistas a garantir o exercício de direitos conferidos às pessoas físicas e/ou jurídicas, sociedades de fato; II – atuar junto aos poderes organizados – Legislativo, Executivo e Judiciário – nos âmbito Federal, Estadual e Municipal – visando a edição e aperfeiçoamento de leis e procedimentos atinentes à cidadania e à qualidade de vida dos moradores e estabelecidos no Bairro, a sua revitalização, preservação, valorização do seu patrimônio cultural e preservação do meio ambiente; III – promover campanhas de mobilização e esclarecimento da opinião pública acerca dos direitos e deveres das pessoas referidas no item I, deste artigo e dos objetivos da Associação; IV – realizar cursos, conferências, seminários, mesas redondas, congressos e eventos, destinados à divulgação de temas do interesse da comunidade retro-referida bem como estabelecer intercâmbio de conhecimentos técnicos e científicos ou deles participar; V – incentivar a realização de atividades sociais, culturais e desportivas no Bairro de maneira a criar oportunidades de lazer, intercâmbio e solidariedade entre os moradores e utentes dos serviços públicos afetos à da Cidade Velha

atrapalha a vida dos vizinhos. O problema é outro: a falta de estacionamento para os clientes. Os motoristas estacionam nas calçadas de lios (tombadas). “Tudo isso é proi-

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bido por lei. De fato as leis falam de ‘geração de direitos para os vizinhos, que podem impedir que o uso nocivo da propriedade alheia lhes afete’”, afirma Dulce, que reclama

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Construção que considerávamos abusiva, feita pela Praticagem da Barra, na Rua Felix Rocque

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ainda da falta de fiscalização da Semob, Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana. E a mesma reclamação da economista serve para a Semma, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, “que nem quando chamada, aparece para regular o som de bares e outros locais”. Dulce chama a atenção para o respeito do Código de Postura, que é tão claro a respeito.

Antiguidade x Modernidade

Mas, a modernidade não deve chegar no bairro mais antigo de Belém? Dulce afirma que é possível, sim. “Modernidade quer dizer também educação. É difícil conviver com mal educados; aqueles que ignoram as leis e consequentemente o direito dos outros”. “A modernidade, segundo ela, não prevê a visão só do seu umbigo ou de abusos. A modernidade também produz normas que

o nosso povo ignora totalmente, e isso tem outro nome...”. Devido a esse seu espírito combativo e a busca incessante por justiça, Dulce Rocque diz que o Poder Público não ‘a aguenta mais”. Ela conta que descobre muitas coisas erradas e reclama mesmo. Já descobriu, por exemplo, modificações absurdas de leis através de decretos; leis não regulamentadas (quase todas as mais importantes), funcionários que não conhecem as normas; ruas afuniladas e ruas com nome errado. “Vemos acontecer absurdos no Centro Histórico com a autorização dos órgãos que deveriam defender, não somente nosso patrimônio, mas a orla, o meio ambiente e, assim por diante”, esbraveja. Um exemplo, considerado absurdo é o estreitamento da rua Félix Rocque, na orla da Cidade Velha, que está sendo denunciada no blog da Ong CiVViva desde abril de 2013,

apesar da obra ter sido autorizada. “Em alguns casos parece que estamos no ‘tempo do rei’ quando ele decidia o que bem entendia e quando bem queria...temos alguns reizinhos, ainda...A Idade Média parece que não acabou por aqui”, afirma Dulce. Para ajudar a combater essa “antiguidade da Idade Média”, a defensora da Cidade Velha conta com uma aliada: a internet. A CiVViva tem dois blogs, twiter, facebook e, contra a vontade dela, o whatsApp. “Não podemos esquecer das pesquisas feitas com ajuda do google”, completa.

Soluções para a Cidade Velha

Apesar dos problemas na Cidade Velha, como amenizá-los? Dulce afirma que se houvesse vontade política e cumprimento das leis, as coisas seriam diferentes. “Por exemplo, a falta de regulamentação da lei do tom-

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Cidade Velha, um bairro tombado >> A Cidade Velha é o bairro mais antigo de Belém do Pará, onde surgiu a cidade, a partir do seu descobrimento por Francisco Caldeira Castelo Branco, em 12 de janeiro de 1616. Possui inúmeros prédios coloniais históricos, com azulejos portugueses. Suas ruas apresentam nomes de cidades ou personalidades, principalmente portuguesas e brasileiras, tais como: Av. Portugal, Rua de Aveiro, Cidade Irmã, Rua de Óbidos, Rua de Breves, Rua Dr.Assis, Rua Dr.Malcher, Rua Siqueira Mendes, Av. Almirante Tamandaré, Rua Ângelo Custódio, Rua Félix Roque, Rua Padre Champagnat, Boulervard Castilho França. A cidade velha foi criada, às margens do rio, com a principal função de exportar e importar borracha na época do Ciclo da borracha. Os casarões antigos da Cidade Velha são sobreviventes da história da fundação da cidade e do Ciclo da Borracha, que trouxe muito dinheiro e luxo europeu para Belém, presente até hoje em suas fachadas e estruturas. São um elo entre a origem da população de Belém e os dias de hoje. No bairro está instalado um complexo turítico que atrai os visitantes: Casa das Onze Janelas, Forte do Castelo, Palácio Antônio Lemos, Palácio Lauro Sodré e Palacete Pinho. As Igrejas também chamam a atenção dos turístas: Igreja de Santo Alexandre, Catedral da Sé, Igreja de Nossa Senhora do Carmo e Igreja de São João Batista. Na área de lazer, o destaque é para o Mangal das Garças.

bamento facilita a coloração das casas com cores berrantes que nada tem a ver com a ‘memória’ que a lei pretende salvaguardar”. Outro problema enfrentado é o aumento no número de automóveis e outros veículos. Essa evolução não foi acompanhada com a criação de garagens e estacionamentos pela cidade. Além disso, conta Dulce, o fluxo de

trânsito pesado no local, causa trepidação nas casas, prédios e igrejas. “No caso de lojas, escolas, bares e afins, o resultado é que colocam cones na frente, em muitos casos, tirando o direito do morador”. Dulce Rocque finaliza dizendo que a melhoria depende muito mais da administração pública, do que dos moradores. Por-

Dulce Rocque busca a preservação das casas e ruas da Cidade Velha

Casarões antigos da Cidade Velha e a modernidade durante o Carnaval

tanto, é questão de querer e fazer. “O certo é que o nosso patrimônio continua diminuindo ou sendo substituído por estacionamentos e ninguém faz nada para evitar isso. Nem quero nem falar da insegurança...Para amenizar os problemas, já seria um grande passo a frente o respeito das leiss, mas parece que aqui, ainda, ‘a lei é potoca’”.

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Dos saltos em caroço de açaí para o Mundial de Salto em Penhasco A trajetória de Jucelino Alves Em concentração para o salto. Jucelino Alves, é primeiro e único representante brasileiro classificado para o Campeonato Mundial de Salto de Penhasco

Jucelino comemora conquista. Único brasileiro no Mundial de 2015

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á 16 anos, um garoto magro e hiperativo, morador do bairro do Marco, em Belém, foi alvo de reportagem de TV. Ele e um grupo de colegas praticavam acrobacias usando serragem e caroços de açaí como solo amortecedor dos saltos que improvisavam. Na ocasião, a peculiaridade da prática e a iniciativa dos meninos chamaram a atenção de muita gente. A história poderia ter ficado só nisso. Mas não ficou. Quem diria que um daqueles meninos, o mais irrequieto, fosse destaque em uma modalidade onde nenhum atleta brasileiro ainda conseguiu se firmar. Pois é, dos saltos na serragem, o paraense Jucelino Alves foi parar no Campeonato Mundial de Salto de Penhasco. Uma trajetória repleta de viagens, demonstrações, competições, dificuldades e muita adrenalina. Natural de Belém, Jucelino Alves sempre gostou de praticar atividades físicas, mais por brincadeira do que por esporte. Começou com a capoeira, passou para a ginástica artística e foi para o salto ornamental. Foi durante competições nas piscinas que recebeu convite de um amigo para se apresentar fora do Brasil. Trabalhou no circo de Franco Dragone, na China, e no Cirque Du Soleil, na França. Participou de apresentações em parques temáticos pela Europa, sempre com saltos e acrobacias. Em 2009, arriscou sua primeira experiência em salto de penhasco. O salto de penhasco (high diving) é uma modalidade reconhecida pela Federação Internacional de Natação (FINA). Neste tipo de competição, o atleta se lança de um penhasco com altura variável entre 23 a 28 metros (para homens) e 18 a 23 metros (para mulheres). Antes de mergulhar em águas com profundidade de no mínimo 5 metros, precisa demonstrar técnica e preparo físico em uma série perfeita de acrobacias. Ainda é pouco praticado no Brasil, mas começa a despertar interesse. “Liberdade total. Dá tempo somente de curtir”. Este é o sentimento que Jucelino diz sentir durante um salto. Ele reconhece www.paramais.com.br

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que é uma prática de alto risco, inclusive já chegou a se machucar, exatamente em sua primeira participação do Circuito Red Bull Cliff Diving Mundial, na França. Também já saltou de uma altura maior que a recomendada. Foi no Pará, na ponte da Alça Viária: 33 metros. O apoio da família sempre foi importante para Jucelino. “Sempre tive apoio deles, e é isso que me faz ir e voltar até hoje”, revela. Apesar de todo esse destaque, o atleta ainda enfrenta dificuldades, como conseguir academia para preparar sua massa muscular; fisioterapeuta que desenvolva programa para recuperação rápida dos músculos, e suplementos adequados para uma melhor condição física. Ele também não conta com plano de saúde e nem seguro de vida. Tudo o que os demais atletas internacionais já têm ao dispor deles. “Ou seja, não estou me preparando adequadamente devido a falta disso tudo. Estou apenas correndo na rua e treinando 3 horas por dia na piscina da UEPA (Universidade do Estado do Pará), onde sou federado pelo clube Adesef (Associação dos Docentes da Escola Superior de Educação Física do Pará). Em relação a patrocínio, o atleta informa que conta apenas com apoio da empresa de energia elétrica Furnas. “Estou em busca de mais patrocínio, principalmente do meu Estado, para levar para o mundo”. Para depois do Mundial, ele já tem planos: “Pretendo dar continuidade em meu projeto de ter uma escola integral aqui em Belém. Será uma instituição para socialização dos garotos da serragem. Quero mostrar para eles as vertentes que vieram em minha vida”, explica. Jucelino foi o único brasileiro classificado para o Campeonato Mundial de Salto de Penhasco. Conseguiu o feito em seletiva disputada na primeira semana deste mês de fevereiro, na Colômbia. Dezenove competidores de 12 nacionalidades diferentes estavam inscritos para disputar 5 vagas. O paraense conquistou uma delas e agora vai se juntar a um seleto grupo que já coleciona muitas medalhas neste esporte, como o atual cam-

O atleta precisa de ténica e muito preparo físico para o salto

Jucelino em salto no Chile

peão Gary Hunt, o russo Artem Silchenko e o colombiano Orlando Duque, que já conquistou nada menos que dez títulos mundiais.

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17 de maio - La Rochelle, França 30 de maio - Possum Kingdom Lake, Texas, Estados Unidos 20 de junho - Copenhagen, Dinamarca 18 de julho - Açores, Portugal 15 de agosto - Mostar, Bósnia & Herzegovina 13 de setembro - Polignano a Mare, Itália 26 de setembro - Bilbao, Espanha

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Folar de Amêndoas

Folar, o manjar da Páscoa portuguesa Texto Anete Costa Ferreira*

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Páscoa ainda é a principal festa religiosa dos judeus, instituída para comemorar a sua libertação do jugo egípcio, O cristianismo recebeu dos judeus essa celebração, dando-lhe o significado de “Festa da Ressurreição de Cristo”. Considerada a festa mais importante do calendário cristão, tem estatuto de confraternização da família, que deu origem a um ciclo etnográfico específico que é o Ciclo Pascal, cujos elementos constitutivos têm precisamente caráter religioso e familiar. Terminado o período de jejum e abstinência da Quaresma, os portugueses se voltam aos costumes tradicionais da época pascal com as especialidades do comer e beber, não querendo ouvir e nem ver bacalhau. Na Beira Baixa, os beirões desabafam: “Aleluia, Aleluia, Que já é festa; Quem tiver bacalhau, Bata com ele na testa”.

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Folar é rei e senhor em qualquer mesa nos festejos da Páscoa

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Quadrinha jocosa que visa esquecer a quarentena vivida à base de peixes. E neste universo pascoalino de comida e bebida, destaca-se o tradicional Folar. O Folar da Páscoa portuguesa tem sua origem numa lenda tão antiga que se perdeu no tempo. Entretanto, algumas pessoas dão seu testemunho, dizendo: que uma jovem chamada Mariana., tinha obsessão de se casar cedo. Orava intensamente, até que um dia surgiram dois pretendentes. Um fidalgo e outro lavrador. Por coincidência eram ambos devotos de Santa Catarina a quem imploraram orientação para fazer a escolha certa. Aproximava-se o fim da Quaresma e os dois ansiavam pela resposta da moça, uma vez que o prazo estava prestes a expirar. No Domingo de Ramos, os pretendentes envolveram-se em luta corporal. Uma vizinha apressou-se para avisar a jovem. Quando esta recebeu a notícia gritou “Amaro”, nome do lavrador. Em seguida, desorientada vai até a igreja implorar as graças de Santa Catarina e depositar flores no altar da sua protetora. Chegado o Domingo de Páscoa, Mariana, em casa, depara com dois bolos inteiros, na mesa, rodeados de flores idênticas as que havia colocado no altar da Virgem. Julgando ser oferta do fidalgo, foi agradecer-lhe, e este respondeu-lhe haver recebido idêntico brinde sem saber de quem. A jovem , saiu e procurou Amaro que surpreso disse-lhe que tinha recebido dois bolos e não sabia quem lhe havia dado. Mariana entendeu tratar-se de um milagre. A partir de então, toda comunidade denominou o bolo de “Folar da Páscoa” que ficou famoso por representar a amizade e a reconciliação entre as pessoas. Outros costumes foram adotados durante estas festividades: o afilhado oferecer violetas à Madrinha de batismo e esta, retribuir no Domingo de Páscoa um Folar. As famílias entregarem ao padre um Folar como donativo na visita pascal ou compasso. O hábito virou tradição em Portugal, e o Folar é rei e senhor em qualquer mesa nos

Folar da Páscoa ficou famoso por representar a amizade e a reconciliação entre as pessoas

festejos da Páscoa. As regiões criaram suas receitas enriquecendo o Bolo. Por exemplo em Trás-os-Montes, há o Folar à moda de Chaves, com duas receitas: a Tradicional e a Saborosa, além do Folar Gordo, conhecido por Bola Redonda. Já no Sul, Estremadura e Beiras, há o Folar Doce, encimado por um ou mais ovos cozidos e inteiros, alguns pintados, semi – incrustados sobre a massa e cingidos sob tiras da mesma, em forma de cruz ou de grade. Em Lisboa apresenta-se

redondo, ovalado ou em forma de coração. No Alentejo prevalecem as figuras zoomórficas. No Douro e Minho, é completamente diferente, pois o Bolo Pascal, é o Pão-de-ló tradicional considerado o manjar típico das cerimônias da Páscoa. A todos Uma Feliz Páscoa! (*) Correspondente em Portugal

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Receita de Folar

-Ingredientes 1 kg farinha; 250g açúcar; 125g manteiga; 4 a 5 ovos; 80 a 100g fermento de padeiro; raspa de 1 limão; leite (cerca de 125 ml e 125 ml de água); canela -Misturar o açucar e a farinha num alguidar. -Amorne o leite e a água (metade de cada - cerca de 1 copo) e dissolva nele o fermento. -Junte à farinha onde abriu um buraco. -Junte a manteiga derretida, os ovos e a raspa de limão. -Vá adicionando leite aos poucos e vá amassando. -Se vir que a massa está muito líquida junte um “ punhadito” de farinha. -Deixe levedar até dobrar de volume. -Pincele com ovo batido e leve ao forno. Delicie-se!

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Como a restrição calórica poderá travar o

envelhecimento O mistério dura há décadas: por que restringir drasticamente a ingestão de calorias aumenta a longevidade de uma série de animais, dos ratinhos aos cães?

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Texto Ana Gerschenfeld

ma equipe de neurocientistas da Universidade de Coimbra descobriu um mecanismo que poderá explicar por que razão, quando se reduz 20% a 40% o número de calorias ingeridas por ratinhos – sem, contudo, provocar subnutrição –, isso não só atrasa o envelhecimento dos animais, como também prolonga a sua vida. Cláudia Cavadas e a sua equipe do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra descreveram recentemente os seus resultados. Antes de mais, eis algumas peças do Quebra-cabeça, que estes autores conseguiram agora fazer encaixar. Primeiro, como fazem notar no seu artigo, uma das principais características do envelhecimento reside na diminuição da qualidade do “serviço de limpeza” interno das células. Tecnicamente designado “autofagia”, este mecanismo permite que as células vivas reciclem aqueles seus componentes que já não funcionam ou que deixaram de ter utilidade. E é fácil imaginar que, se as células não se conseguissem assim “autocanibalizar”, ficariam rapidamente “entupidas” pelo lixo que elas próprias produzem.

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Por outro lado, escrevem os cientistas, descobriu-se recentemente que o hipotálamo, estrutura cerebral que regula o metabolismo corporal, é uma peça-chave do controlo do envelhecimento do organismo – e que influi sobre a longevidade. Mais: nos animais idosos, não só os níveis de autofagia celular, mas também os níveis de uma das principais substâncias presentes no hipotálamo – o neuropéptido Y – diminuem. Acrescente-se por fim outro facto conhecido: pelo menos em parte, a restrição calórica, tal como já referida, atrasa o envelhecimento, porque faz aumentar os níveis de autofagia. Por isso, lê-se ainda no artigo, os cientistas decidiram testar a seguinte hipótese: que o neuropéptido Y “poderia ter um papel de relevo na modulação da autofagia no hipotálamo”. Uma hipótese que, a confirmarse, permitiria ligar, via um mecanismo concreto, a restrição calórica drástica ao atraso no envelhecimento e ao aumento da longeA ingestão de poucas calorias tem sido relacionada com o prolongamento da vida

A investigação do CNC “descreve um mecanismo inédito que explica que a redução de calorias aumenta a molécula ‘neuropeptídeo Y’ (NPY)”, a qual é responsável por estimular a ‘reciclagem celular’

vidade. Foi o que aconteceu. No seu estudo, os cientistas começaram por colher neurónios no hipotálamo de ratinhos e fazê-los crescer num meio de nutrientes que imitava as condições de uma dieta muito restrita em calorias, explica em comunicado a Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica. E, como previsto, observaram que os níveis de autofagia nos neurónios aumentavam muito para além do normal nestas condições. Todavia, apenas aumentava se a acção do neuropéptido Y não tivesse sido (artificialmente) bloqueada. O efeito da restrição calórica no nível de autofagia celular parecia portanto depender do neuropéptido Y. Numa segunda fase, os autores mostraram ainda que, em ratinhos mutantes que produzem níveis muito altos do neuropéptido Y no seu hipotálamo, o nível de autofagia aumentava. Tudo isto sugere fortemente que o efeito benéfico, em termos de envelhecimento e longevidade, da restrição calórica parece passar pelo aumento dos níveis do neuropéptido Y no hipotálamo. “Este estudo, realizado durante cerca de três anos no CNC e que envolveu vários investigadores, mostra, pela primeira vez, que o neuropéptido Y no hipotálamo é um elemento fundamental para que ocorra um aumento da autofagia induzida pela restrição calórica”, diz Cláudia Cavadas em comunicado da Universidade de Coimbra.

Atraso no envelhecimento com redução de calorias. Idosos comemoram www.paramais.com.br

Como a restrição calórica poderá travar o envelhecimento.indd 41

Cláudia Cavadas do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra, descobriu um novo mecanismo que explica a forma como a diminuição do consumo de calorias atrasa o envelhecimento

No seu artigo, os cientistas especulam que “a modulação dos níveis hipotalámicos poderá ser considerada como uma potencial estratégia para produzir efeitos protectores contra as disfunções do tálamo associadas ao envelhecimento e para retardar o envelhecimento”. E, em particular, o envelhecimento do próprio cérebro, que leva a desenvolver doenças neurodegenerativas como a Alzheimer ou a Parkinson. Contudo, ainda vai ser preciso testar se o mesmo mecanismo existe no cérebro humano. Há coisas que ainda não estão explicadas, como, por exemplo, a razão pela qual, nomeadamente em ratinhos selvagens, a restrição calórica não produz os mesmos efeitos que nos ratinhos de laboratório. Seja como for, existem indícios que apontam para um mecanismo semelhante na nossa espécie. “Nos seres humanos, o aumento dos níveis do neuropéptido Y também poderá estar correlacionado com benefícios em termos de longevidade”, salientam os cientistas, “uma vez que as mulheres centenárias apresentam maiores níveis do neuropéptido Y no plasma [do sangue] do que as mulheres mais novas”. Pará+

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O tempo da

O Políptico da Misericórdia, conservado na Pinacoteca do Santo Sepulcro, Toscana, Itália, é uma das primeiras obras do pintor italiano renascentista Piero della Francesca (1454). O painel central é do motivo comum da Virgem da Misericórdia ou Madonna della Misericordia. Tempera e óleo sobre tela, 273 x 323 cm

misericórdia N Texto Padre Márcio José do Prado*

a mensagem para a Quaresma deste ano, o papa Francisco havia pedido para as igrejas de todo o mundo orarem a Deus. Foi a segunda edição da iniciativa “24h de oração ao Senhor”. Nessa ocasião de oração, o papa surpreendeu a todos ao anunciar um “ano jubilar extraordinário da Misericórdia”. Mas o que é um ano jubilar? É um tempo especial de comemoração para que toda a Igreja louve a Deus pelo caminho percorrido, retome o chamado à conversão e receba as graças deste tempo especial com iniciativas litúrgicas, onde o fiel poderá ganhar as indulgências, a remissão dos pecados temporais já confessados - para si ou em favor dos defuntos. O ano jubilar também deve ser um tempo forte de iniciativas caritativas, pois além de rezar, são necessárias também as obras de caridade, que devem externalizar esta comunhão com Deus. Constantemente em suas celebrações, mensagens, catequeses e entrevistas o papa pede pela paz, pelo fim da globalização da indiferença, para que o outro seja visto como irmão. Assim, ele tem se mostrado muito sensível ao que tem ocorrido no mundo. Quando o papa Francisco lança um “Ano Jubilar Extraordinário da Misericórdia”, nos ajuda a entender melhor sua conduta como homem de Deus, que transmite misericórdia e que sabe que através dela se alcança a paz. E mais do que nunca no tempo que estamos vivendo, a humanidade precisa do cuidado de um Deus que é Pai das Misericórdias. Há muita gente desesperada no mundo, que se diz sem fé, que sofre pela fé, por isso

o papa quer com o “ano da misericórdia” relembrar o que São Paulo disse aos Efésios (2,4), a expressão que usou: “Deus, rico em Misericórdia”. É uma palavra que realmente traduz aquilo que Deus é, Ele é misericórdia! Tem muita gente precisando saber disso: “Deus é rico em misericórdia”, Ele expressa sua misericórdia através de seu Filho, Jesus Cristo. A bondade de Deus, a sua paternidade, o seu olhar misericordioso, o seu carinho com a humanidade, foi e é escandalosamente evidenciado em Jesus Cristo. Os seres humanos precisam de uma referência, precisam de colo, de cuidado, pois as circunstâncias, os males maltratam, e muito, o homem. E se a humanidade tiver o coração aberto para receber a misericórdia do Pai, se tornará também misericórdia para o outro e o mundo será mais fraterno, sem guerras, sem disputas. Haverá mais gestos reais de

amor ao próximo! Portanto, no fim deste ano, no dia 8 de dezembro, dia da Imaculada Conceição de Maria, teremos o início do “Ano Jubilar Extraordinário da Misericórdia” que se encerrará na Festa de Cristo Rei, em 2016. Os tempos são difíceis, mas quanto mais dificuldades, mais Deus concede as suas graças, e, por inspiração divina, o papa Francisco convida os católicos de todo mundo a viverem a misericórdia. É tempo de pedir, de agradecer, de meditar e de acolher o Pai rico em misericórdia, de transbordar este dom para os outros. A misericórdia tornará o mundo mais solidário! (*) Sacerdote da Comunidade Canção Nova e Vice-Reitor do Santuário do Pai das Misericórdias. Ordenado em 20 de dezembro de 2009, cursou Filosofia no Instituto Canção Nova, em Cachoeira Paulista/SP e Teologia no Instituto Mater Dei, em Palmas (TO)

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