Fornecedores Hospitalares - Ed. 166

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O Hospital Nove de Julho, de São Paulo, tem uma meta muito clara: protagonizar no cenário de melhores hospitais do Brasil. Para isso, a direção da instituição alinha suas estratégias tendo a governança corporativa como peça-chave para o sucesso de suas ações. Antes da aquisição do hospital pelo grupo Esho, em 2007, o hospital já adotava o modelo de governança, mas tendo os membros da família controladora como maiores integrantes do Conselho de Administração. À medida que a gestão foi sendo profissionalizada, foi havendo uma maior heterogeneidade entre familiares e consultores de mercado. Finalmente, depois da aquisição, houve um amadurecimento do modelo, com membros do grupo Esho integrando o Conselho de Administração e defendendo os interesses dos investidores. “Sempre houve um interesse muito grande por parte do investidor [Edson de Godoy Bueno, principal acionista do grupo Amilpar] em aprofundar os investimentos no mercado paulistano e o Hospital Nove de Julho era o alvo, pela reverência de sua história”, aponta o presidente do Conselho de Administração, Charles Souleyman. A gestão do hospital foi profissionalizada antes mesmo da aquisição. O superintendente Luiz de Luca, engenheiro civil de formação e tendo uma carreira executiva na indústria, foi contratado um ano antes da compra do hospital, com a missão de deixar a casa em ordem para a realização do negócio, e claro, manter os bons resultados da instituição. “Trazer um executivo de mercado para dentro do hospital foi o que fez a diferença para o lado empresarial da instituição. Com isso conseguimos equilibrar as estratégias dos investidores, a operação da instituição e a qualidade assistencial, que sempre foi um dos pontos fortes do hospital”, avalia Souleyman. Para garantir a eficiência da operação hospitalar, o Nove de Julho tem a direção clínica como a terceira vertente do modelo de governança corporativa. Sob responsabilidade do médico Camilo Helito Neto, a gestão assistencial do hospital, tem foco em resolutividade e em qualidade do atendimento e do corpo clínico. “Cada uma das vertentes atua de modo interdenpendente. Há um entendimento muito grande entre as partes para o alcance das metas e para a execução das ações. Dessa forma, temos uma gestão realmente eficiente, que contempla todas as áreas do hospital”, salienta o superintendente da instituição, Luiz de Luca.

Com um modelo de governança corporativa amadurecido, o Hospital Nove de Julho, de São Paulo, alia os interesses dos investidores à modernização do setor hospitalar. E tem metas audaciosas

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Projetos

Para alcançar o meta de colocar o Nove de Julho no cenário de hospitais referência de todo país, a direção da instituição já estruturou os projetos de ampliação e investimentos que deem fôlego para essa empreitada. Com um espaço limitado, o primeiro passo foi a compra de um flat e de um terreno próximos à instituição. O edifício do flat será destinado ao abrigo dos centros de referência do hospital, que irá concentrar atendimento ambulatorial em seis centros de especialidades: medicina do esporte, rim, fluxo do trauma, gastroenterologia, cardiologia e oncologia. Com a transferência dos centros de especialidade, o hospital terá condições de abrir 50 novos leitos. No terreno ao lado, será construída uma torre, que abrigará 120 apartamentos, mais centro cirúrgico e UTI. Com as obras e os investimentos, o Hospital terá estrutura para alcançar a capacidade de até 400 leitos. “Vamos abrir mais leitos à medida que houver demanda para tal. Teremos toda a estrutura pronta, o que nos dará agilidade na abertura desses leitos”, aponta o presidente do conselho de administração, Charles Souleyman. Para a construção da nova torre, o hospital está pleiteando um financiamento junto ao BNDES da ordem de R$ 70 a R$ 80 milhões. A proposta está em fase de análise e aprovação.

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