Revista Mosaico

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Surrealismo

S

Three Ages Salvador Dalí

entimento. Instinto. Amarras libertas, pensamentos soltos. Desprender. Libertar. O automatismo reina no ambiente surreal: tudo provindo de porões psicológicos de artistas prontos ao experimento absoluto. Salvador Dalí e René Magritte são os principais, aqueles que vestiram a camisa (de força?) surrealista. “Não é o medo da loucura que nos vai obrigar a hastear a meio a bandeira da imaginação”, manifesta André Breton em 1924 ao construir as ideias que cerceariam os expoentes do movimento essencialmente francês. A esquizofrenia, conhecida como uma doença da loucura, chega ao subconsciente e leva o doente à arte. Os sonhos, a expressão do nosso psicológico, como diria Freud. Tudo motivos para a arte. Mas, por que, afinal, tantos porquês? Tantas justificativas para o que se desenha, se escreve? As obras surrealistas não se justificam, assim como, acreditam, deveria ser o mundo. A realidade vem do subconsciente, incompreensível às lógicas comuns, tendo como única razão o não-racional. “Imaginação querida, o que sobretudo amo em ti é não perdoares.”, diziam. Não perdoe, não pense, não justifique. Liberte-se. Bem-vindo ao surreal mundo onde nada é errado, a não ser que se sinta.

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