Onco& Ano VI - Ed. 33

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tamida, que melhoram a sobrevida global com níveis mínimos de toxicidade. Desde a aprovação da interleucina (IL-2) em alta dose para o tratamento do câncer renal, nos anos 1990, tivemos também a aprovação de sete novos agentes e, em breve, na Europa teremos a de outros três, incluindo imunoterápicos. Esses agentes melhoraram a sobrevida livre de progressão e, em última análise, também a sobrevida global para os nossos pacientes. A imunoterapia pode continuar atuando mesmo após o término do tratamento.

Hot topics Confira um resumo das aulas que serão apresentadas por Cora Sternberg durante o IV Congresso Internacional Oncologia D’Or.

Câncer de próstata localizado e alto risco • Doença de alto risco: qual o papel das novas terapias sistêmicas agressivas? • A terapia de privação androgênica (ADT) é considerada um tratamento padrão juntamente com a radioterapia. Associar o docetaxel melhorou a sobrevida livre de falha em diversos estudos. Precisamos de mais evidências para avaliar a sobrevida.

Câncer de próstata avançado • Novos tratamentos estão disponíveis com benefício comprovado na sobrevida global; • Evidência inequívoca de envolvimento contínuo do eixo de sinalização do receptor de androgênio; • Necessidade de identificar os pacientes que mais se beneficiarão de um determinado tratamento; • É preciso avaliar a melhor sequência e combinação de agentes; • Os fatores preditivos clínicos ou moleculares são urgentemente necessários.

Onco& – A que a senhora atribui o sucesso de sua equipe? Cora Sternberg – Minha equipe trabalha diligentemente em um hospital público, sem financiamento nem muitos recursos. Eu criei uma Fundação para Pesquisas em Câncer no nome dos meus pais para auxiliar no custeio das pesquisas nesse hospital. Nós também colaboramos durante muitos anos com a European Organization for Research and Treatment of Cancer (EORTC, Organização Europeia para a Pesquisa e o Tratamento do Câncer) e também com muitas companhias farmacêuticas e instituições individuais em todo o mundo. Este é o conjunto da obra.

Câncer de próstata resistente a castração: o que mudou e quais são as perspectivas futuras? • Evidência inequívoca de envolvimento contínuo do eixo de sinalização do receptor de androgênio; • Novos tratamentos, incluindo terapias hormonais e quimioterapia com benefício da sobrevida global comprovado; • A melhor sequência e a melhor combinação de agentes ainda não foi definida — precisamos de estudos prospectivos; • ≈ 90% dos mCRPCs possuem alterações moleculares clinicamente ativas; • A classificação molecular será a base para os tratamentos futuros.

Câncer urotelial • O tratamento sistêmico está indicado na doença avançada, incluindo quimioterapia e imunoterapia; • Observamos pouco progresso desde a quimioterapia M-VAC; • Os inibidores de checkpoint representam uma abordagem terapêutica promissora no tratamento do câncer de bexiga; • Alta complexidade mutacional, com o potencial para muitos neoantígenos que poderiam levar a uma resposta imune — importância da carga de mutação; • Uma associação dos subtipos do TCGA com resposta ao inibidor de checkpoint imunológico.

Onco& outubro/novembro 2016

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