Livro malena

A borboleta

E A FLOR Um livro de Malena S. Piccinelli

A borboleta

E A FLOR Um livro de Malena S. Piccinelli

Para minha tia madrinha Socorro Aos meus pais.

A professora Elisa que me motivou a começar a escrever uma história; Ao Elias de França, membro da academia de letras de Crateús, lá do sertão do Inhamuns, que, ao ouvir a história pela primeira vez, sugeriu que fizesse o livro; E à minha madrinha Jú, por ajudar a organizar e “fazer se tornar livro de verdade”.

Era uma vez

Uma borboleta que se chamava Marieta.

Ela tinha uma semente e plantou-a.

Na manhA seguinte, Marieta foi ver como estava a semente mas... jĂĄ havia uma flor! A flor era linda e, quando o sol batia nela, ficava brilhante. Dias depois, jĂĄ haviam 3 flores. A plantinha foi crescendo, crescendo... ficou enorme. E, a cada vez que o sol caĂ­a sobre aquela primeira flor, ela brilhava.

Marieta olhou no calendĂĄrio e viu que era o dia do aniversĂĄrio da sua amiga, a princesa Lili. Ela, entĂŁo, decidiu levar a flor de presente para a amiga. Pegou a plantinha de flor brilhante com cuidado, desde o finalzinho da raiz, colocou em um jarro e foi caminhando para o castelo onde morava a princesa Lili.

No caminho, encontrou um cachorro que queria brincar um pouco com ela e ela disse sim. O cachorro depois perguntou: - Posso acompanhar você, para não ir sozinha? E Marieta respondeu: - Sim, claro que pode! Logo à frente, ele ficou e a borboleta seguiu sozinha. Ela passou por outras flores lindas no caminho.

Marieta caminhou mais um pouco e avistou uma macieira. Ela então pegou uma maçã e comeu.

Logo mais Ă frente, havia uma pedra debaixo de uma mangueira, onde a borboleta sentou e descansou um pouco. Depois disso, ela seguiu caminho e encontrou um tatu, ao lado de um mandacaru. Como o tatu tambĂŠm queria brincar, brincaram juntos um pouquinho, caminharam, e, depois de alguns minutos de caminhada, se despediram.

Mais um pouco de caminhada... e Marieta avistou um cajueiro com cajus bem vermelhinhos... E também viu um beija flor beijando as flores. Ele beijou até a flor que Marieta levava.

- Vamos brincar um pouquinho? Disse o beija-flor - Sim!!!! Respondeu a borboleta - E posso acompanhar você um pouco?

- Sim! Eles caminharam juntos e logo mais se despediram: - Tchau!

- Tchau!

Começou a chover um pouco no caminho, mas ainda havia sol, assim Marieta ficou olhando o céu e o arco-íris, até que avistou um coelho!

- Você poderia brincar um pouco comigo? Disse o coelho - Posso sim! Respondeu Marieta

Eles brincaram um pouco e depois começaram a caminhar. Mais à frente, se despediram e, mais uma vez, ela seguiu sozinha.Logo ouviu um zizi, zizzizizi, zizi, e ficou com medo... Mas logo viu que era só uma cobra amiga.

Logo comeรงou a chover mais forte e Marieta abriu o guarda-chuva, tirou o sapato e seguiu brincando nas poรงas de รกgua. Quando a chuva diminuiu, encontrou com um gato e um rato.

Eles a convidaram para brincar.

- Ficarei sรณ um pouquinho porque nรฃo tenho tempo, preciso chegar logo na casa da minha amiga!

Estava ensolarado e com chuva novamente e no céu havia outro arco-íris. Foi quando Marieta encontrou um elefante que com ela quis brincar. Os dois ficaram olhando para o céu, até que a chuva aumentou e a borboleta Marieta se protegeu embaixo do elefante. Quando passou a chuva, o arco-íris desapareceu.

Marieta gostou muito do elefante e o convidou para ir para sua casa.

Ela perguntou: - Você quer ser meu animal de estimação?

E ele disse que sim. Naquele dia, a borboleta Marieta o chamou de Elefan e eles foram para casa de Marieta que passou a cuidar dele todos os dias.

fim!

Ficha “Técnica”: A borboleta e a Flor Junho de 2016 História: Malena Piccinelli Adaptação do texto: Maria da Paz Feitosa e Juliana L Oliveira Ilustrações: Malena Piccinelli Diagramação: Renan Oliveira

Malena nasceu em junho de 2016, em Fortaleza. Mas dizer que Malena é de Fortaleza, talvez seja abreviar demais a história... Malena nasceu na capital do Ceará, mas logo logo mudou para Sobral, depois Tamboril, terra da mãe. Passou meses em Rosário, na Argentina, de onde veio o pai, e também morou em Boa Vista, Roraima. Para Malena, não é fácil responder de onde ela é, talvez seja do mundo inteiro, mas é verdade que em Tamboril, no sertão do Ceará, mora um pedaço maior do coração dela: é onde está sua casa, suas amigas, suas cadelas Iracema e Morena e a tia-madrinha Socorro, que faz sua sopa preferida. Tem um outro pedaço do coração e da história da Malena às margens do Rio Paraná, nos parques de Rosário, na Argentina, aonde ela vai quando está com os abuelos. Quando morava em Roraima, nos fins de semana e feriados, Malena costumava ir para as aldeias-maloca, conviver com os índios Yanomami. Apesar de não falarem a mesma língua, tinham tanta sintonia que dançavam e brincavam juntos, e, quando voltava para a cidade, ela sempre queria ir pintada como os índios para a escola. Malena gosta tanto de livros que escreveu um, esse aqui, que você tem nas mãos agora. Todas as noites, ela só consegue dormir com um história. Para ela, um livro, é o presente mais especial que existe.