As conexões com
o novo
o novo
Estamos em rede
Páginas 06 e 07
Páginas 22 a 40 Palestras, oficinas, atrações culturais e de integração marcam evento
Fazer Pedagógico
diferenciado e qualificado
Evangélico Luterana
Formação Humanística Institucional Relacional Conhecimentos Metodológico
i ns ti tu i çõ es
Pa r a n á 2 Pr es e n ç a d a R e d e n o B r a s i l
Quantos somos?
46.055
Estudantes 7.030
Colaboradores
R i o G r a n d e d o S u l u n i d a d e s 36
S a nta C ata r i n a
Pa r a n á
S ã o Pa u l o
M ato G ros s o
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C ata r i n a 8
REVISTA DE ENSINO E PESQUISA
Publicação anual
Esta edição especial da Revista Lições reúne entrevistas, artigos e conteúdos relacionados ao 34º
Congresso da Rede Sinodal de Educação: “Conexões com o novo”. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução de informações desta revista, desde que citada a fonte.
Realização
Rede Sinodal de Educação
CNPJ 32.846.670/0001-10
Rua Amadeo Rossi, 467 – Prédio M / 2º Piso São Leopoldo/RS – CEP 93030-220 Telefone (51) 3590-3229 www.redesinodal.com.br @redesinodal
Conselho Editorial
Jonas Rückert
Diretor Executivo da Rede Sinodal de Educação
Renati Fronza Chitolina
Coordenadora Pedagógica da Rede Sinodal de Educação
Mirna Bencke Petry
Secretária Executiva da Rede Sinodal de Educação
Coordenação Editorial / Jornalista Responsável
Leandro Augusto Hamester
(Registro Profissional MT/DRT-RS Nº 12380)
Assessor de Imprensa da Rede Sinodal de Educação
Textos
Leandro Augusto Hamester e artigos assinados
Fotografias
Leandro Augusto Hamester
Bóh Produtora - Tiago Correa e Gabriel Strack
Capa
Attitude Comunicação e Marketing
Fotografia da capa Leandro Augusto Hamester
Artes
Agências contratadas
Programação Visual Attitude Comunicação e Marketing
Direitos de publicação e visualização: Associação Sinodal de Editoração
Rua Amadeo Rossi, 467 93030-220 - São Leopoldo/RS Tel.: (51) 3037-2366 www.editorasinodal.com.br
Tiragem: 2.750 exemplares
Distribuição gratuita
Impressão
Gráfica Serafinense
Promover a interação das instituições sinodais de educação a partir das diretrizes educacionais evangélico-luteranas.
Ser uma rede de excelência na formação humana e profissional e em todos os níveis e espaços de atuação.
Autonomia: Respeito às decisões de cada escola, pautadas nos princípios da fraternidade, do diálogo e da substantividade educativa luterana.
Conhecimento: Conhecimento para a promoção da autonomia e da liberdade como direito e compromisso.
Ética: Radicalidade nas ações educativas e relacionais em favor do bem comum.
Busca da Excelência: Execução qualificada das ações, independentemente do número de vezes que já as tenha executado, buscando a melhoria da educação e da formação humana.
Humildade: Manutenção da autenticidade, independentemente dos lugares e das pessoas com quem se relaciona.
Abertura ao Novo: Permanente disposição de incorporar o novo, evitando, todavia, os modismos e as imposições da sociedade.
Solidariedade: Tratamento com igualdade de importância a todos e intervenção de forma solidária e fraterna nos conflitos.
Referencial Luterano: Manutenção de uma conduta e de uma prática pautadas pelos quatro princípios expressos no documento da Confessionalidade Luterana, emitido pelo Conselho de Educação da IECLB.
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secretariageral@redesinodal.com.br
Diretor Executivo: Prof. Jonas Rückert
Coord. Pedagógica: Profª Renati Fronza Chitolina
Secretária Executiva: Mirna Bencke Petry
PASSADO, PRESENTE E FUTURO
PROFESSORES
HINO RSE
GRAFITE
INSTITUIÇÕES
O título é um chamado, uma convocação para com o que já somos, para o que já fazemos, para tudo mais que, em rede, podemos exponencializar. Na relação do pertencimento, com a reflexão e consequente ação, formamos as nossas conexões, únicas, que pautaram o 34º Congresso! Rememorando as edições anteriores, alguns aspectos devem ser referendados: os 200 anos de presença Luterana no Brasil e a realização do Congresso na cidade em que, há dois séculos, aportaram os imigrantes vindos da Alemanha. A cidade foi tomada pelas águas no último mês de maio, numa condição trágica, jamais vivenciada no Vale dos Sinos, e o Congresso desponta como marca da superação.
As águas que atingiram São Leopoldo, que nos acolheu, impactaram tantas
outras cidades, instituições, colegas e famílias de nossas comunidades escolares que perderam seus bens, suas casas, suas histórias. A solidariedade, o acolhimento das escolas de nossa Rede Sinodal por meio de suas pessoas foi um sinal daquilo que está evidenciado em nossos princípios: o compromisso com a vida.
Dentre tamanhos desafios, vale assinalar para o retorno de nossa atividade, o Congresso, que historicamente se deu na condição presencial. Não esqueçamos que a edição anterior, em 2021, realizada virtualmente em razão da pandemia, foi de grande êxito, com execução do Instituto Rio Branco. Contudo, havia um sentimento de saudade no ar. Afinal, do último Congresso realizado presencialmente no CEAP de Ijuí, em 2018, longos seis anos se passaram. Aos
chegantes da Rede, expressa maioria nesta edição, vale informar que nossa tradição é um Congresso presencial a cada dois anos.
“Somos seres sociais e nos reconhecemos na coletividade”, afirma António Novua. Os encontros e sobremaneira os reencontros soaram como novo e nos fizeram perceber a força da conexão que existe entre todos nós, da Rede Sinodal. O sentimento de pertencimento foi tônica vivenciada no ambiente do Congresso, embalada pela intenção da reflexão e consequente ação. É preciso ter presente que escolas não sofrem blackout, mas vão se apagando aos poucos. A maior perda da escola é a da relevância, razão pela qual a contínua reflexão, com humildade e atitude, pautaram os verbos pertencer, refletir e agir nos dias em que juntos estivemos. Neste sentido torna-se necessário reconhecer a competente organização nos tempos, movimentos e temáticas que nos envolveram em todos os turnos de trabalho, dando sentido, ritmo e fluidez à proposta de trabalho. Cabe-me agradecer, pelo conjunto das instituições, ao Colégio Sinodal pelo maravilhoso Congresso que pudemos ter, pelas entregas pautadas na
Somos seres sociais e nos reconhecemos na coletividade “ “
organização e, por consequência, na excelência percebida em cada ação realizada em favor de nossa jornada de formação e transformação. ”Se um futuro imaginado não pode mais ser desimaginado, temos como obrigação plantar a semente desse futuro, imaginado a partir do presente que vivemos”, nos disse Tiago Mattos na palestra “Os futuros da educação”.
A Revista Lições, em sua edição de número 36, resgata com intencionalidade sua condição de existir: dar visibilidade aos temas do Congresso e relevância às temáticas que acompanham nossas discussões nos ambientes das escolas. Com uma execução jornalística ocupada em transpor com fidedignidade a qualidade das falas, experiências e vivências destes
dias do 34º Congresso, a Revista Lições é dedicada a todos vocês, colegas em rede, e pessoas que assim como nós dedicam suas vidas à formação de pessoas. É com grande alegria que entregamos este periódico, fruto de muita colaboração, do trabalho coletivo, do compromisso em fazer ecoar aquilo que fazemos para apoiar, embasar e amparar as escolhas em detrimento ao legado histórico das escolas sinodais. E quanta história…
Aos apoiadores desta edição, destacados nos anúncios que integram este material, gratidão pela possibilidade de viabilizarmos o projeto. A todos envolvidos mais na consecução deste trabalho, gratidão por cada situação ou circunstância que, pelo trabalho dedicado, torna real e exequível nossa ação cotidiana.
Sabedores de que, em inúmeras situações, a força que impede as decolagens não é a gravidade, mas a incredulidade, desejamos que o símbolo do 34º Congresso, o avião, seja sempre lembrado como elemento de nossos sonhos, de nossa superação e de nossa coragem para seguirmos em frente, em rede, na Rede Sinodal de Educação. Obrigado e até 2026, no 35º Congresso!
Jonas Rückert
Diretor Executivo da Rede Sinodal de Educação
“E
A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) celebra neste ano “200 anos de Presença Luterana no Brasil”. Conta nossa história que escolas e igrejas foram edificadas lado a lado. Assim, afirmo que são também “200 anos da Presença de Escolas Confessionalmente Identificadas com a IECLB”. Agradecemos a Deus por esta parceria que fortalece o servir na Missão de Deus. Para a IECLB é uma grande honra poder contar com a valorosa participação no testemunho e na vivência da Palavra de Deus, inclusive como parceiras – Rede Sinodal de Educação e IECLB –na missão de educar.
Somos gente a caminho. Há 200 anos esta é nossa história; foi a história dos nossos antepassados. Desde o início da chegada dos e das imigrantes em terras brasileiras, as primeiras construções que foram erguidas, de forma comunitária, foram as escolas. Meninos e meninas frequentavam a escola para aprender a escrever e a ler. Portanto, o ensino, o que nos remete às memórias do movimento da Reforma Luterana, é o direito fundamental de todo ser humano, filho e filha de Deus. É a base para a estruturação de condições necessárias para a formação integral do ser humano.
Mateus 28.20.
Hoje, em meio aos extraordinários avanços conquistados a partir das novas tecnologias de informação, precisamos ficar alertas para os cuidados necessários em relação aos valores éticos para todas as vidas, para toda criação de Deus. Por trás de todas novidades, é necessária a presença do ser humano para discernir e permanecer na verdade.
Por trás de todas novidades, é necessária a presença do ser humano para discernir e permanecer na verdade “ “
Sílvia Beatrice Genz Pastora presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB)
As escolas têm uma tarefa importantíssima em um mundo onde as mentiras são disseminadas, onde é preciso refazer os caminhos pautados na verdade, na honestidade, nos princípios do direito, da justiça, no respeito nas relações, como critérios fundamentais para uma sociedade equilibrada, pacífica e inclusiva para vida de todas as pessoas. Jesus diz: “eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” João 10.10b. Parabenizo e agradeço a todas as pessoas envolvidas neste trabalho que, já há 200 anos, abraça e transforma vidas no Brasil.
o novo
A Rede Sinodal de Educação tem como proposta de valor promover educação integral, fundamentada nos princípios Evangélico-Luteranos, com foco no desenvolvimento humano, social e acadêmico dos seus estudantes. A RSE busca formar cidadãos éticos, críticos e conscientes do seu papel no mundo, sempre incentivando a construção do conhecimento por meio de práticas pedagógicas inovadoras e colaborativas. O compromisso com a excelência educacional e o cuidado com o ser humano é central, respeitando as diversidades e valorizando o ambiente escolar como espaço de crescimento pessoal e comunitário.
Dentro desse contexto, o 34º Congresso da Rede Sinodal de Educação é um evento de grande relevância, reunindo educadores e instituições associadas de diferentes regiões para um momento de troca de experiências e de reflexão sobre os desafios e tendências da educação contemporânea. É uma oportunidade única para o fortalecimento da identidade coletiva da Rede Sinodal, promovendo o diálogo entre as escolas e o alinhamento de práticas pedagógicas que assegurem a qualidade e a inovação no processo de ensino-aprendizagem. O tema “Conexões com o Novo: Pertencer, Refletir e Agir” convidou os participantes a refletirem sobre a importância de se conectar com as mudanças que permeiam a sociedade
e a educação. “Pertencer” remete ao sentido de comunidade e à importância do vínculo entre educadores, estudantes e a Rede. “Refletir” destaca a necessidade de pensar criticamente sobre as transformações sociais e tecnológicas. “Agir” incentiva o movimento prático à inovação e adaptação às novas demandas do mundo educacional, olhando para o futuro. Foram inúmeras as contribuições pedagógicas do Congresso para os seus participantes. Os professores saem desse encontro com novas perspectivas, recursos e estratégias para potencializar a sua prática docente, além de um renovado senso de pertencimento e propósito dentro da Rede Sinodal. O evento proporcionou, para além da atualização profissional, o fortalecimento de laços e o incentivo à criação de projetos colaborativos que impactam positivamente o cotidiano escolar, alicerçados
O compromisso com a excelência educacional e o cuidado com o ser humano é central “ “
nos eixos de desenvolvimento comum: formação humana, aprendizagem criativa e inovadora, currículo dinâmico, multilinguismo e liderança.
Dra.
Renati Fronza Chitolina Coordenadora Pedagógica da Rede Sinodal de Educação
O Colégio Sinodal de São Leopoldo/RS sediou o 34º Congresso Nacional da Rede Sinodal de Educação. Durante três dias, palestrantes renomados na área de ensino debateram sobre os novos rumos da educação. Essa é a quinta vez que sediamos o evento – 1956, 1964, 1980, 2010 e 2024.
Este ano participaram 923 professores (700 externos e 223 do Col. Sinodal) vindos do RS, SC, PR, SP e MT. O evento teve palestras ministradas na Unisinos e minicursos e oficinas no próprio Sinodal.
Durante um ano, todo o Colégio esteve envolvido e mobilizado na preparação do Congresso, 12 comissões foram criadas para nortear e organizar as tarefas de seus integrantes, formadas por professores, direção, equipe pedagógica e funcionários.
Trata-se do principal evento para professores da Rede Sinodal, que possui 48 escolas no Brasil. A cada dois anos, a RSE promove esta “parada reflexiva”
Uma escola precisa refletir para agir responsavelmente e de forma atualizada “ “
em julho com o intuito de concretizar o lema que está embutido da palavra Sinodal (syn hodos) = caminhar juntos. Uma escola precisa refletir para agir responsavelmente e de forma atualizada. A reflexão em rede permite que, a partir de vivências e experiências, realizadas em cada instituição de ensino, com erros e acertos, possamos reforçar os princípios luteranos que nos unem e os propósitos pedagógicos que
nos sustentam e nos movem. O Congresso é como uma bússola que serve como orientação para uma caminhada em rede. O caminho é desenhado a partir da reflexão sempre frutífera que acontece durante o Congresso, por meio das palestras, dos minicursos, dos compartilhamentos nas questões pedagógicas e de gestão.
O tema “Conexões com o novo: pertencer, refletir, agir” teve a intenção de discutir as relações da escola, como instituição, com sua história, uma vez que comemoramos neste ano os 200 anos de imigração alemã e presença luterana no Brasil, refletir sobre sua missão no presente, olhando para o futuro.
O termo “conexões” suscita em nós os mais diferentes entendimentos. A escola é lugar de conexões, assim como a família e os outros meios sociais, lugar de relações significativas, com vivências e experiências, com os outros e conosco mesmo. As redes sociais têm proporcionado conexões cada vez mais numerosas, mas talvez também cada vez mais vazias. “A ausência é a pior presença”. A escola deve proporcionar conexões de qualidade, valorizar as relações interpessoais, promover o diálogo, a inteligência emocional, produzir significados, com os outros, na presencialidade. Pessoas precisam experimentar, vivenciar, conviver, conectar-se. É necessário diálogo para conectar e aprender, pois sem engajamento não há aprendizagem. Escola é espaço de experimentação, importante é descobrir e ser descoberto. Experiência tem a ver com a abertura para o novo.
A escola precisa fazer conexões com o passado, com o
presente e com o futuro. A escola precisa refletir sobre suas raízes, considerar todas as aprendizagens realizadas ao longo dos anos para a caminhada que segue. Ela precisa existir e se justificar no presente, e ter propósitos para o futuro. Fazer educação para o pensar e para o libertar. Quando falamos em “pertencer e pertencimento”, queremos reafirmar a nossa identidade como escola confessional luterana, pertencente a uma rede maior, a Rede Sinodal de Educação, cujas origens estão com os imigrantes alemães, inserida no contexto brasileiro. Nossos palestrantes do primeiro painel Martin Dreher, Júlio Walz e Sílvio Jung pinçaram na história, de forma muito adequada, como essas escolas luteranas foram criadas no 2º Império em situação inóspita, num grande esforço para que seus filhos pudessem receber educação e assim o embasamento necessário para a construção de uma vida digna. O investimento em educação, e não em armas, é o mais importante investimento de uma nação; aqui o princípio de Lutero se concretiza plenamente. É necessário refletir de que maneira a escola dá conta das demandas atuais, onde inteligência artificial, internet e novas tecnologias estão presentes, e continua garantindo uma educação de qualidade. A visão futurista de Tiago Mattos nos aponta
É necessário diálogo para conectar e aprender(...) “ “
os cenários que estão por vir, que precisam ser considerados, para que a escola possa cumprir com suas intenções educacionais. Alessandro Marimpietri, Marcos Raggazzi e Gustavo Borba nos apontaram caminhos. Escola precisa ter propósitos e legados. A ação da escola deve considerar as tecnologias, o empreendedorismo e a inovação sem desconsiderar as relações
interpessoais. A condição existencial é do “e” e não do “ou”, ou seja, da inclusão no sentido bem amplo da palavra. A ação na escola precisa frear o absolutismo da rapidez, a massificação da aprendizagem, voltar-se para a sensibilização do indivíduo e potencializar as nove inteligências, de forma personalizada. Por onde caminhamos existem novos mapas e novas cartografias. Muitas vezes é preciso aprender, desaprender e reaprender para, assim, dar sentido à caminhada. As avaliações dos congressistas confirmam que atingimos nosso objetivo. Podermos ter contribuído para a Rede na organização desse Congresso foi uma alegria muito grande, que também deixou ao Colégio Sinodal um legado muito forte: a unidade do corpo docente e funcional no planejamento e na execução de um evento de tamanha importância. Foi a hora de nós devolvermos às escolas o grande carinho e a atenção que nos deram quando se colocaram à disposição, organizando outros Congressos. Somos gratos por essa oportunidade e pela confiança em nós depositada.
Quais os maiores desafios educacionais na era das IAs? É fundamental entender que esses não se limitam apenas ao aspecto tecnológico ou à preparação dos professores; também estão relacionados a questões estruturais, como leis, regulamentações, currículos e, principalmente, a necessária mudança de mentalidade.
Como já dizia Nietzsche, as convicções são as inimigas mais poderosas da verdade, mais do que as mentiras. Ao refletirmos sobre isso, percebemos que as convicções de muitas pessoas, como a crença de que a IA substituirá os professores ou a ideia oposta de que isso jamais acontecerá, podem ser as maiores inimigas da verdade.
Esse cenário se repete ao longo da história da humanidade. Sócrates valorizava a memória e o diálogo como ferramentas para o aprendizado. Acreditava que a escrita poderia levar a uma dependência excessiva dos textos, enfraquecendo a memória e limitando a discussão crítica das ideias. Esse pensamento socrático reflete bem a realidade atual. O maior desafio da era da IA na educação é nossa capacidade de acreditar e aceitar novidades, ao mesmo tempo em que rejeitamos extremos, buscando um ponto de equilíbrio.
Freud dizia que a mudança acontece quando a dor de mudar é
Marcos Raggazzi
Professor e escritor, mestre em Ensino de Ciências e diretor executivo do Bernoulli Educação
menor do que a dor de permanecer o mesmo. Será que precisamos chegar a esse ponto em que só mudamos porque não temos mais alternativas? É fundamental entender que essa nova era é, necessariamente, uma era de transformação na escola. Temos mais um motivo para repensar a educação e redefinir o papel da escola. Será que a escola continuará marcada pela dinâmica de “cala-te e me escute”? Embora a aula expositiva tenha seu valor e dignidade, precisamos questionar se, para incentivar o protagonismo estudantil e desenvolver as potencialidades dos alunos, a IA não será uma ferramenta poderosa, permitindo que eles alcem voos antes inimagináveis.
Essa abordagem pode proporcionar novas possibilidades, como a personalização do aprendizado, algo que antes era praticamente impossível devido à demanda de tempo, de esforços e de recursos.
Quando falamos sobre as potencialidades e possibilidades da educação, é crucial lembrar que não se trata apenas de um novo papel da escola, que deve dar asas aos alunos para que desenvolvam habilidades e competências além das cognitivas básicas. Precisamos preparar nossos alunos para se desenvolverem em todas as suas dimensões humanas: cultural, ética, estética, cognitiva, social, emocional, cidadã e espiritual. Se pensarmos que a escola deve continuar sendo apenas um espaço de instrução, a IA e os avatares poderão fazê-lo de forma mais rápida e, provavelmente, mais eficaz do que os professores humanos. E por falar em professores humanos, qual é seu novo papel? É fundamental que entendamos que a IA nos permite, como educadores, deixar de ser meros instrutores e transmissores de informações, transformando-nos
Precisamos preparar nossos alunos para se desenvolverem em todas as suas dimensões humanas: cultural, ética, estética, cognitiva, social, emocional, cidadã e espiritual “ “
em empreendedores e inovadores na sala de aula, com o objetivo de atender às necessidades e desejos de nossos alunos.
Se continuarmos na era da educação informacional, onde os professores são apenas “dadores de aula”, corremos o risco de sermos substituídos pela IA. No entanto, será que aspectos como ética, estética, espiritualidade, sociabilidade e cidadania (além do desenvolvimento de habilidades cognitivas e operações cognitivas superiores, como pensamento crítico, analítico e criativo) podem ser adequadamente abordados por essas IAs?
É verdade que a IA pode facilitar a tarefa dos alunos, mas somente se nós, professores, não conseguirmos elaborar atividades que os desafiem de maneira que a IA não forneça uma resposta
rápida. Em vez de utilizar a IA apenas para fornecer respostas, podemos ensiná-los a fazer perguntas que nos levem às respostas. Podemos transitar da “escola das respostas” para a “escola das perguntas”, o que pode ser um ponto de inflexão e uma mudança disruptiva na educação. Quando falamos sobre o desenvolvimento de habilidades cognitivas superiores, associadas à taxonomia de Bloom, é fundamental entender que, se trabalharmos apenas com memorização, compreensão, aplicação e análise, corremos o risco dos nossos alunos utilizarem as IAs de forma passiva, sem qualquer aprendizado ou desenvolvimento. Para evitar isso, devemos promover atividades e avaliações que incentivem habilidades como avaliação e criação. A IA não precisa fornecer respostas prontas; em vez disso, pode auxiliar os alunos a descobrirem os caminhos para essas respostas, gerando subprodutos do processo de desenvolvimento das operações mentais superiores.
A pergunta que se impõe é se devemos focar apenas nas operações mentais básicas ou avançar para os níveis mais elevados da taxonomia de Bloom. O grande objetivo deve ser que nossos alunos sejam capazes de elaborar, produzir e criar. A criatividade é uma ferramenta essencial para conectar, interagir e estruturar uma educação que utiliza a IA para solidificar e aprimorar seus processos.
Dessa forma, a questão fundamental é: qual é o papel da criatividade e da inovação na era das IAs? Muitas pessoas acreditam que ser criativo é pensar fora da caixa, mas isso é apenas uma parte. A criatividade é, na verdade, a capacidade de criar, e isso não precisa ser necessariamente algo disruptivo ou inédito. Podemos combinar elementos de maneiras diferentes para gerar
algo que traga valor a um determinado processo. Portanto, podemos definir inovação como a introdução de algo novo que, embora não seja necessariamente inédito, é útil e gera valor.
É fundamental entendermos que uma escola baseada na reprodutibilidade está fadada a se tornar desinteressante. A escola que gera engajamento é aquela onde os alunos não são apenas reprodutores de informações, mas participantes ativos na construção do conhecimento.
Outra potencial utilização da IA é no processo avaliativo. Será que a IA pode, de fato, avaliar nossos alunos, descobrir seu grau de proficiência e corrigir nossas avaliações? A resposta é sim. Além disso, ela pode selecionar conteúdos nos quais os alunos tiveram mais dificuldade, analisando respostas incompletas ou raciocínios incoerentes e propondo listas de exercícios ou vídeos que abordem especificamente o que a criança não aprendeu. Com os dados gerados por essas avaliações, seremos capazes de minerar informações de maneira eficaz e identificar padrões de pensamento ou comportamentos.
O que mais importa na educação não é apenas a transmissão de conhecimento, mas sim o que fazemos com esse conhecimento “ “
Muitos professores podem pensar: “Eu não aprendi isso na escola ou na universidade.” Contudo, o mundo atual exige que aprendamos continuamente. Segundo Alvin Toffler, o analfabeto do século XXI não é aquele que não sabe ler ou escrever, mas sim aquele que não sabe aprender, desaprender e reaprender. O aprendizado ao longo da vida (o “ life long learning ”)
é a postura essencial que os professores precisam adotar. Portanto, educadores, nosso grande desafio é identificar como a IA pode ser nossa aliada e como podemos mudar nossa mentalidade para aceitá-la como parceira. Já dizia o músico brasileiro Gabriel, o pensador: “Muda, que quando a gente muda, o mundo muda com a gente. A gente muda o mundo na mudança da mente, e quando a mente muda, a gente anda pra frente.”
Precisamos mudar nossa abordagem em relação à IA e deixar de lado preconceitos e medos. O que mais importa na educação não é apenas a transmissão de conhecimento, mas sim o que fazemos com esse conhecimento. Hoje, o conhecimento se tornou uma commodity, e a verdadeira capacidade está em utilizá-lo para resolver problemas reais e complexos. Tudo depende da nossa disposição em mudar a mente e encontrar caminhos para usar criatividade e inovação, fundamentadas na utilização de ferramentas de IA. Isso permitirá que nossos alunos lidem de maneira mais efetiva e afetiva com o mundo. Como disse Elder Lima Gusso, essa é, de fato, a verdadeira função da educação.
Anfiteatro
O psicólogo, escritor e Doutor em Ciências da Educação, Alessandro Marimpietri, conversou com os profissionais da educação no último dia do 34º Congresso da Rede Sinodal de Educação. O Anfiteatro Padre Werner, na Unisinos, em São Leopoldo, esteve lotado para a palestra “Conexões com o novo”, que fez um contraponto à velocidade que o mundo contemporâneo tenta impor em detrimento às vivências, às experiências e às relações humanizadas.
Marimpietri falou em capacidade de adaptação ao novo, de reinvenção, sem menosprezar o passado. “Invistam tempo oportunizando que seus alunos aprendam a pen -
O trabalho do professor é fazer gente ser mais gente “ “
sar. A experiência não pode dar lugar à reprodução. O trabalho do professor é fazer
gente ser mais gente”, alertou, valorizando o afeto.
REVISTA LIÇÕES – No “inventar um jeito novo de fazer educação”, frase sua no Congresso, qual o papel de cada indivíduo da relação escola-professor-estudante?
ALESSANDRO MARIMPIETRI – “A educação é um campo essencial ao nosso laço social, pois ela é emblema de nossa maior chance civilizatória. Para isso precisamos reverenciar do passado as nossas essencialidades, fazer do presente algo rico e com o qual dialoguemos vivamente, para então podermos sonhar um futuro. A educação transforma pessoas, que por sua vez terão a tarefa
de mudar contingências e realidades. Assim, inventar um jeito novo significa estarmos atentos à realidade e com ela conversarmos sempre, nos debruçando sobre as demandas do nosso tempo.”
De que forma os exemplos do passado e a tradição podem contribuir com a educação de hoje e de amanhã?
“Somos feitos de histórias. Por isso há que se respeitar o nosso passado. Reconhecer e reverenciar no passado os pontos que são fundamentais ao nosso existir é crucial, tanto quanto termos a coragem de ultrapassar pontos que não cabem mais na nossa realidade atual. Uma educação potente de sentido no presente, melhora muito as nossas chances de futuro.”
Como restringir o “CTRL+C” e “CTRL+V” e incentivar as experiências dos estudantes num mundo cada vez mais tecnológico?
“O copiar e colar somente faz sentido numa educação que tenha seus propósitos maiores esvaziados, padronizados ao extremo, ocos de sentido. Em um projeto educacional vivo, atual, que espelhe a nossa realidade, que efetivamente queira saber o que pensam e sentem os estudantes, que lhes confere voz, o copiar e colar não se sustenta. Isso se deve ao fato de que nosso aluno precisará para além do texto copiado, sendo avaliado de modos plurais e diversos, demonstrar sua condição não apenas de apropriar-se do conhecimento replicável, mas deixar que ele lhe atravesse e se converta em saber, produzindo um tipo de sabor, de experiência, que nada pode apagar, fazendo sentido para ele e para sua comunidade. Se estivermos alicerçados nessa lógica dificilmente copiar e colar fará qualquer sentido e deixará de ser um problema para nós.”
Somos feitos de histórias. Por isso há que se respeitar nosso passado “ “
Psicólogo, escritor e Doutor em Ciências da Educação, Alessandro Marimpietri
Quais os limites conscientes do uso das tecnologias no processo de ensino-aprendizagem?
“Suponho que você se refira às tecnologias digitais. Na minha opinião, salvo raríssimas e honrosas exceções, a tecnologia digital contribui menos do que atrapalha a vida escolar. Claro que esse é um tema que cabe a escola discutir, obviamente que há que se pensar numa aprendizagem, numa ética, num bom uso do digital, mas os limites para mim são colocados pelo que esse uso desajeitado do nosso tempo rouba de experiências cruciais ao fazer educativo.”
Inteligência Artificial e seres humanos podem conviver em harmonia quando tratamos sobre educação?
“Sem dúvida. Nossa humanidade sempre se assustou com o novo e sempre demos um jeito de lidar com as novidades. Com a IA não será diferente.”
Na palestra “Conexões com o novo”, Marimpietri fez um contraponto à velocidade que o mundo contemporâneo tenta impor em detrimento às vivências, às experiências e às relações humanizadas
A educação é essencialmente um encontro entre humanos incompletos que se modificam mutuamente, para sempre! “ “
Professores estão em extinção? Qual o seu papel na formação da atual e das próximas gerações?
“Jamais. A educação é essencialmente um encontro entre humanos incompletos que se modificam mutuamente, para sempre! Nada poderá substituir isso ao menos quando miramos um processo educativo e emancipatório. A educação é sempre
humana e feita por humanos, um encontro sempre imperfeito que tem grande poder de nos transformar para que possamos mudar a realidade. Podem entrar nessa ciranda muitos elementos, mas sempre haverá o encontro inter-humano para que seus processos se façam. O contrário disso pode levar outro nome, mas educação é vida humana e feita por humanos, sempre.”
Programação realizada de 18 a 20 de julho em São Leopoldo/RS reúne mais de 920 profissionais de educação de todo Brasil
Com o tema “Conexões com o novo: pertencer, refletir, agir” trabalhados em palestras, painéis e minicursos, mais de 920 profissionais de educação,
de 45 escolas da Rede Sinodal de Educação de diferentes Estados e regiões do Brasil, participaram do 34º Congresso da Rede Sinodal de Educação. O
Evento lotou o Anfiteatro Padre Werner, na Unisinos, em São Leopoldo
evento nacional ocorreu de 18 a 20 de julho e esteve dividido em duas sedes na cidade de São Leopoldo/RS: Colégio Sinodal e Universidade do Vale do
Rio dos Sinos – Unisinos.
O diretor geral do Colégio Sinodal de São Leopoldo, Ivan Renner, valorizou a retomada do evento presencial depois das restrições impostas pela pandemia e dos episódios climáticos que assolaram o Estado. Nas boas-vindas aos congressistas, falou sobre o atual cenário educacional. “A educação está em constante evolução, com avanços tecnológicos, novas formas de aprender e crescer e a promessa fascinante e controversa da inteligência artificial. Como educadores, somos chamados a refletir profundamente sobre como honrar nossa tradição enquanto preparamos voos em direção ao novo. Somos desafiados a imaginar como nossas salas de
A educação está em constante
aula se tornarão pistas de decolagem para o amanhã, trilhando um caminho que entrelaça a sabedoria do passado com a curiosidade do presente, capacitando nossos alunos a alçar voos ao desconhecido com coragem, responsabilidade e discernimento. O ato de educar
é mais do que um privilégio, é uma grande missão de orientação e condução dos alunos para um futuro incerto, mantendo-nos firmes na nossa identidade”, disse.
O painel de abertura, na tarde do dia 18, destacou “Pertencimento: escola, lugar de conexão entre passado, presente e futuro”, com mediação da professora e Doutora em Educação, Lúcia Schneider Hardt. O assunto foi abordado por três painelistas sob diferentes óticas.
O professor, escritor, pastor da IECLB e Doutor em Teologia, Martin Dreher, falou sobre “Identidade Luterana, pertencimento e fuga do individualismo”. Na sua apresentação, lembrou a origem da RSE e sua longa tradição de educação formal, com contribuição pioneira na história da educação no Brasil. “No Rio Grande do Sul, por exemplo, em 1824, a Província mantinha uma única escola a partir dos cofres públicos, o Colégio Militar, em Porto Alegre. Foi por isso que, no Brasil, luteranos assumiram
a função do Estado, criando e mantendo escolas. Foram cerca de 1,4 mil as escolas criadas pelo mundo da imigração. É verdade que foram, violentamente, tolhidas pelo estado brasileiro que as encampou, quando não encerrou suas atividades. Seu legado, contudo, permanece acentuado nas escolas da Rede. Elas têm o compromisso de acentuar os princípios formulados no passado, traduzi-los para o presente e apontar para um futuro”, ensinou.
Princípios
O Mestre em Teologia com ênfase em Educação, Diretor Geral da Associação Educacional do Bom Jesus (IELUSC) e integrante das diretorias da Associação Brasileira de Universidades Comunitárias, da Associação Brasileira de Instituições Educacionais Evangélicas (ABIEE) e do Sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina, Sílvio Jung, falou sobre
A ausência quase absoluta de professores foi suprida por pastores e membros da comunidade limitados para o trabalho braçal “ “
“Pertencimento à Rede Sinodal de Educação, compromisso com os princípios luteranos”. Com detalhes históricos, ele tratou da origem, das dificuldades, do desenvolvimento e do futuro das instituições si -
nodais. “As primeiras escolas, instituições que nem de longe se aproximam do que hoje entendemos por elas, surgiram nas casas das famílias e nas comunidades nos primeiros anos de instalação dos imigrantes luteranos. Igreja, escola e vida comunitária eram extensões uma da outra. A ausência quase absoluta de professores foi suprida por pastores e membros da comunidade limitados para o trabalho braçal”, recordou, citando o surgimento da RSE. “No início dos anos 2000, o intuito foi aumentar mais o trabalho conjunto. Surgiu o nome Rede Sinodal de Educação e com ele novos programas, em especial no âmbito da atuação estratégica e investimento em formação continuada de docentes, em sua maioria sem vínculos com o luteranismo. A busca foi por uma identidade que pudesse ser teorizada e, assim, ao alcance de professores e da comunidade em geral”, complementou.
Diretor geral do Colégio Sinodal de São Leopoldo, Ivan Renner, recebeu autoridades, convidados e congressistas na abertura oficial
Coordenadora pedagógica da RSE, Renati Fronza Chitolina, e o diretor executivo da Rede, Jonas Rückert, conversaram com a plateia sobre “Proposta de valor da Rede Sinodal”
Primeiro painel destacou
“Pertencimento: escola, lugar de conexão entre passado, presente e futuro”
O psicólogo, psicanalista, professor, escritor e Doutor em Ciências Médicas, Julio Walz, abordou o tema “Construção de senso de pertencimento na escola”. De maneira didática, ele relacionou o tema à saúde mental. “O sentimento de pertencimento é a construção afetiva e simbólica de um vínculo que me apoia e me sustenta ao longo da vida. Uma espécie de identidade diante de todo o processo de existir. É um lugar de refúgio nem sempre perceptível, mas que oferece abrigo emocional”, explicou,
Assim como queremos ter nosso núcleo, queremos ir além dele
ao que também alertou para o desafio das escolas com o desejo de “des-envolvimento” dos estudantes. “Assim como que-
remos ter nosso núcleo, queremos ir além dele. Queremos sempre ampliar horizontes. Ser diferentes. E aqui dá-se a tarefa mais complexa: como reagimos a esse desejo de ser além dos nossos alunos? Talvez construir o pertencimento a gente saiba. Mas o conflito do ‘des-envolvimento’ precisamos refletir melhor e construir ações de cuidado com ele, inerente ao convívio e à natureza humana. A simultânea e natural necessidade de pertencer e o desejo de romper esse pertencimento”, frisou.
A coordenadora pedagógica da RSE, Renati Fronza Chitolina, e o diretor executivo da Rede, Jonas Rückert, conversaram com a plateia sobre “Proposta de valor da Rede Sinodal”, quando trouxeram um panorama sobre a infraestrutura e área de atuação da RSE, indicadores e metodologias de trabalho. “Queremos estar em rede, conectados, olhando para as perspectivas que nos trouxeram até aqui e para as que queremos alcançar. Somos uma Rede de pessoas para pessoas”, frisou Rückert, mencionando o Planejamento Estratégico da entidade, sua missão, visão e princípios.
Destaque para os mais de 46 mil estudantes, 3,9 mil professores, mais de 3 mil funcionários e a concessão de 9,6 mil bolsas de estudos que representaram, no exercício de 2023, R$ 88,2 milhões.
Renati frisou os eixos de desenvolvimento, divididos em formação humana,
Somos uma Rede de pessoas para pessoas “ “
aprendizagem criativa e inovadora, currículo dinâmico, multilinguismo e liderança. Nessa linha enfatizou, entre outros exemplos, o desempenho dos estudantes da RSE no ENEM, cuja média de notas é superior
à média da rede privada nacional ou nos estados do RS, SC e PR. “Entre outros aspectos, isso é reflexo do fazer pedagógico diferenciado e qualificado, com formação humanística que está alicerçada em quatro pilares das diretrizes da política educacional da educação evangélico-luterana: relacional, institucional, conhecimentos e metodológicos”, enumerou.
O primeiro dia de atividades encerrou com programação cultural e show de Simão Wolf, acompanhado da Orquestra Sinodal, seguido de jantar de confraternização.
Programação cultural encerrou atividades do dia 18 de julho
Tema pauta apresentações sob diferentes perspectivas
“Os educadores não têm o direito de preparar os estudantes para um mundo que não existe mais.” A frase é impactante e disruptiva, trouxe perguntas e respostas na abertura do segundo dia do 34º Congresso da Rede Sinodal de Educação. O tema pautou a fala de Tiago Mattos, escritor e internacionalmente conhecido como expert em futuros, que proferiu a palestra “Os futuros da educação”. O evento na manhã do dia 19 ocorreu no Anfiteatro Padre Werner, na Unisinos. “As pessoas se assustam e negam a tecnologia, não estão letradas para ela. Não conseguimos traçar o futuro pois ficamos apegados ao passado, e as escolas não podem ser instituições com visão do passado”, destacou Mattos.
Ele valorizou as “boas ideias”, frisando que não existe
O professor e a escola que deixarem um legado transcendem a própria existência “ “
mais um início ou um fim numa aula. “É algo orgânico, não-linear e imprevisível. O educador
tem um compromisso com a próxima geração, que tem a capacidade e a possibilidade de aprender mais e mais rápido. Quem ganha com isso é o estudante com a personalização da aprendizagem”, disse, diferenciando educação como “uma para todos” e aprendizagem como “uma para um”.
“A decisão está com os professores e as escolas em personalizarem ou não. Cuidado com os pessimistas, eles sempre encontram algum problema para qualquer solução. Precisamos estar livres para imaginar, explorar possibilidades e tentar sensibilizar quem não é livre. Só é livre quem consegue trazer à mente o que os sentidos não captam, isso é imaginação. Quando imagino o que não existe eu sou verdadeiramente livre. A aprendizagem deve preparar a nova geração para ser livre, não estar presa à concretude do presente. Se não anteciparmos futuros estamos vivendo o passado no presente. Esta geração está pronta para devorar o mundo, o professor e a escola que deixarem um legado transcendem a própria existência”, concluiu.
“Os educadores não têm o direito de preparar os estudantes para um mundo que não existe mais”, frase de Tiago Mattos na palestra “Os futuros da educação”
Professor Gustavo Borba abordou o tema “Resgatar nossa humanidade: criatividade e ambiguidade”
As palestras “Os desafios da educação em tempos de IA”, com o professor e escritor Marcos Raggazzi, mestre em Ensino de Ciências e diretor executivo do Bernoulli Educação; e “Resgatar nossa humanidade: criatividade e ambiguidade”, com o professor Gustavo Borba, Pós-Doutor na Escola de Educação do Boston College, completaram a programação da manhã do dia 19.
Para Raggazzi, “a escola do futuro é a escola de gente, a educação do futuro será feita por seres que fazem sentido à vida das pessoas”. Ele defendeu o conceito de que a escola é um espaço de experimentação, para
A inteligência artificial nunca vai substituir o afeto “
as pessoas se descobrirem e serem descobertas, um espaço de pluralidade. “As IA’s permitem que o professor deixe, mais facilmente, de ser ‘dador de aulas’, transformando-se em mediador, empreendedor e inovador, tocando a alma da criança, trans-
formando as ideias do adolescente, as vidas que estão à sua frente, o que a inteligência artificial não faz. A IA deve ser nossa aliada, e não inimiga”, defendeu, acrescentando que a escola do futuro é a escola do criar, do elaborar, do produzir, do inventar. Nessa mesma linha, Borba frisou que “a inteligência artificial nunca vai substituir o afeto”. Ainda defendeu a pluralidade, a diversidade como potencial de aprendizado. “Precisamos ter pessoas diferentes em sala de aula. Se o professor tiver a capacidade de enxergar a riqueza da diferença, não será substituído. Vivemos o paradoxo da inovação: buscamos inovar reforçando times iguais, com os melhores alunos, professores, profissionais, mas todos com a mesma formação, sem diversidade, quase sempre homens, quase sempre brancos. E o que temos na prática é o oposto: uma disputa por qual ideia vence, e o resultado é que identificamos caminhos nas estradas já criadas. A inutilidade de um drible, a inutilidade do vazio, a disciplina do curso que foge do esperado, a possibilidade de brincar são espaços para desenvolver o novo”, explicou, finalizando que é essencial que “valorizemos o que temos de melhor, que é a gente”.
Próxima edição do Congresso da Rede Sinodal de Educação está agendada para 2026
“Escola talvez seja lugar de frear a aceleração inútil e vazia que o mundo contemporâneo nos faz acreditar que seja a melhor solução, velocidade que vai esvaziando nossa experiência. Na escola acontecem as coisas sob outra perspectiva, é lugar de reinventar a vida com os pés fincados na realidade. Educação é lugar de contar histórias, de conversar, de viver e de experienciar, espaço de inventar a vida. A invenção é a nossa saída enquanto humanidade.” A citação é do psicólogo, escritor e Doutor em Ciências da Educação, Alessandro Marimpietri, que abordou o tema “Conexões com o novo” no último dia do 34º Congresso da Rede Sinodal de Educação.
Ele foi palestrante na manhã do dia 20 de julho, num Anfiteatro Padre Werner, na Unisinos, lotado. “Temos que nos adaptar o tempo inteiro. Professor, aluno e escola são, hoje, a representação da capacidade de se adaptar ao novo. Essa plateia terá que inventar um jeito novo de fazer educação, ‘trocar o pneu com o carro andando’. Há coisas que necessariamente precisamos reinventar, o que não quer dizer que tudo que aconteceu no Século XX seja ruim e o que é novo seja bom. A escola deve ser uma escola do presente, mas que também reverencia o passado para que tenha uma chance de ser uma escola no futuro. Invistam tempo oportunizando que seus alunos aprendam a pensar. A experiência não pode dar lugar à reprodução”, alertou, perguntando aos professores: “como vocês querem ser lembrados daqui a 40 anos?”.
Professor, aluno e escola são, hoje, a representação da capacidade de se adaptar ao novo “ “
Psicólogo, escritor e Doutor em Ciências da Educação, Alessandro Marimpietri (e), abordou o tema “Conexões com o novo”
De 18 a 20 de julho, evento reuniu mais de 920 profissionais de educação de 45 escolas integrantes da Rede Sinodal de Educação no Brasil
A discussão sobre a inteligência artificial na educação tomou proporções de destaque no Congresso, e Marimpietri foi numa linha de atenção à humanidade. “Não somos coisas, somos pessoas. A escola privilegia a chance do humano ser melhor, de aprender e de se desenvolver. A educação muda pessoas, e essas pessoas mudam os grandes dilemas coletivos da sociedade. O trabalho do professor é fazer gente ser mais gente. Eduquemos alunos para a autonomia, que a escola seja para cada um e para todos, um lugar de convivência, de diferenças e de inclusão. Escola não pode se transformar num lugar árido e espinhoso. É lugar onde me reconheço, onde sou e não apenas onde estou. Tudo isso é possível por meio do afeto, do amor que muda o cérebro. Sem base afetiva sólida não conseguimos nada”, concluiu, emocionado.
Na palestra “Nossa jornada”, a Mestre e Doutora em
Educação, professora Lúcia Schneider Hardt, trouxe uma síntese das temáticas trabalhadas ao longo do evento. A instantaneidade da cultura di-
A escola privilegia a chance do humano ser melhor, de aprender e de se desenvolver “ “
gital norteou a apresentação, oportunizando as conexões das relações do passado no presente e na construção do futuro. “Fomos provocados, sabemos que precisamos da tecnologia, ninguém nega que elas ajudam em diversas frentes, inclusive nas próprias articulações pedagógicas e educacionais. Mas o que queremos é a presença das tecnologias e das humanidades. Temos a necessidade de conectar novamente livros, por exemplo, trabalho de encantamento feito pelos professores, que deixam marcas e fazem a gente prosseguir, criando a própria originalidade. Conectar é mais do que juntar, é entrelaçar vidas, pensamentos e sonhos que criam nexos para alçar novos voos”, encerrou.
De pessoas para pessoas
O último bloco do Congresso contou com culto e pregação da pastora presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), Sílvia Beatrice Genz, que falou em oportunidades de aprendizado
Rückert (d) e Renner (e) enalteceram importância do evento na formação de lideranças e da “educação de humanos para humanos” e convívio, além de mencionar os 200 anos da imigração alemã e da presença luterana no Brasil. “Desde o início nossos antepassados enfrentaram dificuldades. Por terem como objetivo condições de uma vida digna, nessa caminhada também edificaram escolas para servir à educação, à cultura, à religiosidade e, especialmente, para a formação de seres humanos. Os nossos professores são testemunhas disso, numa construção continuada”, disse, mencionando os benefícios e carências da inteligência artificial. “Como ela vai lidar com alguém que está com o coração machucado, alguém que vem de casa com seus problemas e não consegue produzir em sala de aula? A inteligência artificial é necessária, mas não é o suficiente sem a participação de cada pessoa. Os professores sempre serão importantes para que não sejamos dominados por qualquer coisa que nos é apresentada. O ensino com amor continua a transformar vidas”, finalizou.
Por fim ainda houveram homenagens, em especial às escolas participantes e à comissão organizadora do
O ensino com amor continua a transformar vidas “ “
Congresso, seguida de agradecimentos.
O diretor geral do Colégio Sinodal de São Leopoldo, Ivan Renner, falou de relações. “Ouvimos, percebemos e trouxemos para dentro de nós diversas inquietações, o que é muito importante, especialmente na educação. Ao mesmo tempo, comprovamos que as escolas estabelecem relações para a vida, caminhando com gente que agrega valor, onde gente educa gente pelo melhor para si e para o outro. A escola sempre deve ter algo a dizer nessa construção da convivência e da vida”, frisou.
O diretor executivo da Rede Sinodal de Educação, Jonas Rückert, destacou a exponencialidade do Congresso.
“Mostrou o quanto é necessário estarmos juntos e, sempre que possível, presencialmente, para tratarmos das mais diferentes pautas com esse olhar da coletividade, de responsabilidade nas ações na formação de lideranças e da educação de humanos para humanos”, valorizou, agradecendo a todos os envolvidos na organização e todas as ações que concatenaram ao propósito do evento no pertencer, refletir e agir. “Olhando para a diversidade das linhas de trabalho das palestras e oficinas, tivemos abordagens muito perspicazes e sensíveis, com sinergia entre as pautas, o que também foi valorizado pelos congressistas”, disse.
Com encontros a cada dois anos, a próxima edição do Congresso está agendada para 2026, no Colégio Sinodal Progresso, em Montenegro/RS. “Buscamos que o próximo seja o Congresso 1000, ou seja, com a presença de mil professores da nossa Rede Sinodal de Educação”, finalizou Rückert.
Educadores estiveram organizados em grupos para minicursos
O 34º Congresso da Rede Sinodal de Educação contou com 50 opções de minicursos, workshops e oficinas na tarde do dia 19. Organizados em grupos, os profissionais de educação puderam optar por diferentes possibilidades que integraram a programação. As temáticas priorizaram tendências em educação e oportunizaram a troca de experiências entre educadores de todo o país, além de contribuírem para a reflexão crítica sobre a prática pedagógica e o desenvolvimento de novas habilidades para os desafios da educação contemporânea. Essas atividades estiveram concentradas no Colégio Sinodal e ampliaram a abordagem do tema central do Congresso: “Conexões com o novo: pertencer, refletir, agir”.
Um dos debates bastante presente ao longo do Congresso esteve relacionado à inovação na educação. Além de palestras, algumas oficinas também abordaram essa temática, como a explanação sobre o futuro das aulas nos próximos anos, conduzida pelo professor, pesquisador, escritor e conferencista, José Moran, Doutor em Comunicação e mentor de projetos de transformação na Educação, com ênfase em metodologias ativas, modelos híbridos, tecnologias digitais e projeto de vida.
A conversa ocorreu no Auditório Principal do Colégio
Sinodal e destacou metodologias ativas como estratégias de potencializar as ações de ensino e aprendizagem por meio do envolvimento dos estudantes como atores do processo e não apenas como espectadores. “O mundo evoluiu muito para o digital e os estudantes não querem esperar a teoria para depois iniciar na prática. A atitude deles mudou, estão prontos para participar, com teoria e prática de forma simultânea”, exemplificou.
Moran reforçou que é preciso acolher e provocar, ter interesse pelas inquietações dos estudantes, com os professores indo além do papel de avaliar, mas também de fazer grandes perguntas, questionar e mostrar outras possibilidades. Nessa linha, ele também citou os impactos da tecnologia e inteligência artificial no futuro da educação. “Escola é um ecossistema complexo, não aceita novidades só porque são novas, não embarca como outros serviços. Escola é aprendizagem, é vida, e aprender e viver não se resolvem só com o digital. A escola faz uma
ponte com o mundo do passado, trabalha no presente e aponta para o futuro, é um ecossistema híbrido. Todo o universo de possibilidades do digital são formas de ampliar, mas não de mexer no essencial”, enumerou.
Cada vez mais vamos precisar de grandes professores “ “
Considerando a facilidade de acesso às informações por meio das tecnologias, o pesquisador reafirmou o papel dos professores nesse cenário. “Parte do que os professores faziam, hoje a tecnologia já faz e vai fazer ainda mais. Me parece que o fundamental da educação é ter pessoas realmente muito evoluídas como seres humanos, maduras, avançadas não só tecnologicamente, mas no desenvolvimento de todo seu potencial, que têm visão, acolhimento, compreensão da complexidade da vida, que sabem desenhar situações diferentes para momentos diferentes. E tudo isso será feito em diálogos com todas as possibilidades que estão aí. O professor será o grande articulador, que terá a capacidade de avançar, questionar e gerenciar isso. Cada vez mais vamos precisar de grandes professores”, concluiu.
Além de palestras, a programação do 34º Congresso da Rede Sinodal de Educação contou com 50 opções de
minicursos, workshops e oficinas. Os grupos foram compostos conforme o interesse dos docentes. As atividades
foram desenvolvidas na tarde do dia 19 de julho nas instalações do Colégio Sinodal de São Leopoldo.
“Inclusão Escolar: a necessária mudança no dia a dia da escola” , com Patrícia Mendel
“Rubricas de Avaliação – EI e AI”, com Raquel Dilly Konrath e Bárbara Vier Mengue
“A certificação de estudantes com deficiência no Ensino Fundamental e Médio”, com Marcelio Adriano Diogo
“Como potencializar o Ensino de Línguas nos componentes de outras áreas”, com Márcia Del Corona
“Coordenação pedagógica: atribuições, responsabilidades e possibilidades da gestão pedagógica”, com Daianny Madalena Costa
“ Curadoria de conteúdo para uso da IA na sala de aula ” , com Renata Perrenoud
“ CriEncontros: mediação de aulas com e para a criatividade ” , com Marguit Carmen Goldmeyer
“ Estratégias de intervenção, correção e avaliação de textos nos Anos Iniciais ” , com Sabrina Vier
“ Caminhos para pensar gestão educacional em contextos de educação bi/ multilíngue ” , com Graziela Hoerbe Andrighetti
“ Contexto e Reforma do Ensino Médio ” , com Cyntia Gaschino
“ Caminhos para o desenvolvimento integral: uma abordagem das necessidades sociais e emocionais dos alunos ” , com Rebeca Vasconcelos
“Ensino e aprendizagem num mundo acelerado: o novo papel do professor” , com Idelfrânio Moreira
“Educação além dos livros: o papel vital das habilidades socioemocionais no Ensino
Fundamental Anos Iniciais” , com Ana Carolina Frizzera
“Projetos na escola: construindo uma trilha de aprendizagem”, com Adriana Gandin e Paulo Lima
“Construindo conexões com o todo: práticas pedagógicas em Ciências Naturais e Sustentabilidade” , com Leonardo Francisco Stahnke
“A importância do professor na mediação de conflitos”, com Heloisa Helena Baldo
“O lúdico na Educação
Infantil e Anos Iniciais” , com Darci Orso
“Educação Financeira” , com Alex Silva
“Artesanias docentes e suas conexões com as crianças na Educação
Infantil”, com Letícia Caroline da Silva Streit
“Rubricas de Avaliação - AF e EM”, com Bárbara Vier Mengue e Raquel Dilly Konrath
“O professor diante da inclusão escolar: desafios e aprendizagens”, com Patrícia Mendel
“ Além das palavras: integrando STEAM na educação bilíngue ” , com Alessandra de Bona Dini
“ Aprendizagem baseada em gamificação ” , com Janaína Oliveira
Gonçalves
“ Práticas envolvendo IA com estudantes ” , com Márden de Pádua
“ Inovar na educação: metodologia
Lumiar – projetos e aprendizagens ativas ” , com Maria Soledad Gomez
“ Mindfulness na Educação: novas conexões ” , com Júlio Cézar
Adam e Clairton Puntel
“Inovação na educação: possibilidades e desafios a partir de práticas em educação Matemática” , com Brunna Sordi Stock
“Educação territorial: abordagens conceituais e metodológicas para pensar escolas e territórios” , com Manoel Dias da Silva
“Avaliação por Nota Real” , com José Rigoni Jr.
“Avaliação da qualidade de itens com o suporte da Teoria de Resposta ao Item (TRI) ” , com Mateus Nascimento
“Brincadeira tem hora? A intencionalidade do brincar no cotidiano da escola” , com Samanta Márjori Hess Machado
“O aluno, a tecnologia e a sala de aula: como a tecnologia pode auxiliar a engajar os estudantes” , com Jorge Jardim
“Atividades para explorar a Matemática para além do número” , com Brunna Sordi Stock
“ Aprendizagens visíveis: as rotinas de pensamento na prática da sala de aula ” , com Alanna Landim
“ A relevância de criar uma base sólida em Matemática desde cedo e de cultivar uma compreensão progressiva e contínua dos conceitos ao longo dos anos escolares ” , com Diego Cesar Andrade
“ Cinema e escola: possibilidades para a formação ética, estética e política nos Anos Iniciais ” , com Maurício dos Santos Ferreira
“Muita tela, pouca conversa: como ser interessante num mundo de inteligências e relacionamentos artificiais” , com Paulo Lima e Adriana Gandin
“Professores (as) escritores (as): da experiência prática às possibilidades da escrita criativa em sala de aula” , com Luciane Maria Wagner Raupp
“ Somos professores: conexões entre os saberes docentes e os seres discentes... que perfil é esse? ” , com Caren Bühler
“ Desafios e potencialidades da Geração Z ” , com Luís Alexandre Cerveira
“ Do acúmulo de conhecimentos à diversificação das experiências: por outra lógica curricular ” , com Roberto Rafael Dias da Silva “ Impulsionando a Sala de Aula com IA – uma introdução prática para professores ” , com Rosemary Francisco
“Avaliar por competências: como mapear a evolução dos alunos em prol do aprendizado”, com Conrado Sanchez Alonso
“ Escolhas para o Futuro ” , com Melissa Merino Lesnovski
“Quem aprende? Quem ensina?”, com Dulce Maria Feijó
“O ensino de estratégias de leitura e o desenvolvimento de habilidades linguísticas” , com Sabrina Vier
“A resolução de problemas como metodologia de aprendizagem em Matemática” , com Marcelio Adriano Diogo
“Como fomentar os 5 elementos-chave de uma educação bilíngue inovadora” , com Cristiane M. Schnack
“Sala de aula 2030: tendências educacionais” , com Kamilla Marra de Moraes “Inovação na Educação” , com José Moran
*Os registros de participação das comitivas no 34º Congresso da Rede Sinodal de Educação estão contemplados mediante disponibilidade e possibilidade de identificação de arquivo fotográfico, cuja foto as delegações de escolas foram convidadas a realizar com a equipe oficial durante o evento.
No ritmo do xote, nordestino ou gaúcho
Letra: Bianca Daiane Ucker Weber Música: Louis Marcelo Illenseer
Acesse
A proposta da arte foi criada com base em texto elaborado para o 34º Congresso da Rede Sinodal de Educação. A pintura traz uma menina sendo preparada para o mundo, com inovação, tecnologia e conexões com o novo. A obra foi pintada em tela de um metro por 75 centímetros. A arte levou cinco dias para ser criada e a pintura outros cinco dias.
CEAT (51) 3748-7000 ceat.net
Barão (51) 3722-4289 csbaraorb1893.wixsite.com/ colegiobarao/home
Ipiranga (55) 3522-2081 cipiranga.com.br
Jaraguá (47) 3055-3022 colegiojaragua.com.br
Panambi (55) 3375-3344 cep.g12.br
Simon (53) 3273-9400 colegiosimon.com.br
Sinodal do Salvador (51) 3340-5509 sinodalsalvador.org.br
Doutor Blumenau (47) 3387-2309 colegiodoutor.com.br
Colégio Evangélico Rui Barbosa Giruá RS
CERB (55) 2120-2111 cerb.com.br
Froebel (47) 3633-4247 site.colegiofroebel.com.br
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Martinus (41) 3027-3737 colegiomartinus.com.br
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