Diversão&Cultura
Burrinho da Fé Do livro “Irmão Cláudio – Uma Parábola do Espontâneo da Vida”, do Irmão Arno Lunkes
“Estendendo suas vestes sobre o jumentinho, fizeram com que Jesus montasse” (Luc 19,35) Iniciava-se a Semana Santa. Domingo de Ramos. Conforme combinas do vigário, a comunidade cristã reuniu-se numa encruzilhada há cerca de duas quadras da Igreja para iniciar a cerimônia com a tradicional procissão de ramos. Para incrementar a festa, Irmão Cláudio providenciou o burrinho (leia-se jegue). E é claro lá estava ela (era uma jega), pronta para receber os mantos e os devidos adereços para ajudar no colorido da procissão e corresponder ao suposto folclore da ocasião. Feitas as orações e leituras, estas foram concluídas com o evangelho da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Terminada sua breve homilia, o Padre, como de costume, incentivou os fiéis a terem fé em Jesus, ouvir sempre sua palavra e tantas outras recomendações de piedade e devoção. Finalmente liberou os presentes para a procissão até a Igreja. Irmão Cláudio não teve dúvida de fazer-se o guia do burrichó e foi conclamando estusiasticamente o povo: – Agora com muita fé e confiança, vamos seguir o burrinho.
Ir. Cláudio Nicolau (ou Pedro Martin Franz) destacou-se como Religioso, Educador Popular e Evangelizador por sua espiritualidade, tolerância e carinhosa atenção aos pobres. Ele faleceu em 2012.
Edição: 58 | Ano XXXII | Vem e Segue-me
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