TESTE AVALIAÇÃO - JACQUELINE

Page 1

O BRINQUEDO PREDILETO DE REBECA Jacqueline Peres Felippe REDE CATITU CULTURAL



O BRINQUEDO PREDILETO DE REBECA

Jacqueline Peres Felippe

Nova Era - MG Outono de 2015

REDE CATITU CULTURAL


Direitos exclusivos para lingua Portuquesa Copyright @2015 da autora. O Brinquedo Predileto de Rebeca / Nova Era - MG: Rede Catitu Cultural 30 p. 1. B869.3 - Literatura 1. O Brinquedo Predileto de Rebeca ISBN 978-85-63464-00-0 Rede Catitu Cultural Consultória: Jacqueline xxxxx Ilustração: xxxx Diagramação: Marco Llobus Impressão: XXXXXX Todos os Direitos Reservados


O BRINQUEDO PREDILETO DE REBECA

Jacqueline Peres Felippe

Nova Era - MG Outono de 2015

REDE CATITU CULTURAL


Jaqueline Peres Felippe é poetisa, cronista e escreve estórias infantis e peças de teatro. Nasceu na cidade de João Monlevade, Minas Gerais, no dia 16 de março de 1975. Filha de Wanda Peres Felippe e Anísio Martins Felippe. O talento de escrever surgiu desde criança e sua primeira poesia foi sobre estrela; olhou para o céu e escreveu a poesia. Aos 15 anos começou a escrever estórias, mas nem ligava muito, pois achava que não era muito boa em Literatura. Quando tinha 9 anos falava em ser atriz, dona de loja ou pintora. “O Brinquedo Predileto de Rebeca” retrata a fase de toda menina que, na infância, adorava brincar de boneca. A escritora brincou de boneca até os 16 anos de idade, com sua irmã Vanessa e com as amigas Júnia e Amanda em Nova Era. Sempre passava as férias em Montes Claros, na casa dos avós, onde brincava com as primas Priscila, Luciana, Juliana e Rejane, dentre outras. “Eu adorava brincar de boneca, era minha brincadeira de criança que mais gostava”, conta Jaqueline. A poetisa lembra que quando ia à fazenda do Rio Verde, em Montes Claros, pegava o sabugo do milho verde e fingia que era sua boneca, ficando horas na chácara e conversando como se a boneca fosse de verdade. “Meu avô ficava de longe vendo tudo e dizia que eu tinha muita criatividade”, comenta. Na casa de sua avó Geralda, quando a prima Priscila ia dormir, ela levava muitas bonecas e colocava o relógio para despertar às 6 horas da manhã. As duas ficavam brincando até às 7 horas da noite, sem parar. “Minha avó Geralda levantava cedo para fazer caminhada”, explica. O dom e a arte da poesia procedem, também, de sua árvore genealógica; estão no sangue de Jaqueline Felippe. Além de ser prima de terceiro grau de Carlos Drummond de Andrade, sua mãe tem uma prima e madrinha de crisma que é escritora em Montes Claros, cujo nome é Yvonne Silveira. Com 100 anos de idade, Yvonne ainda faz palestras e é muito bem falada na sua cidade, onde todos demonstram carinho pelo seu trabalho, pelo conhecimento e dedicação às pessoas que muito a admiram. Também escritora, sua tia Maria da Glória Martins Felipe, irmã do seu pai, é outra prova desse dom na família. Ela escreveu o livro “A Realização em Glória “.


PREFÁCIO Leitores e Leitoras Este é o meu primeiro trabalho literário dirigido ao público infantil. Depois de lançar meu primeiro livro de poesia “Sentimentos e Revelações”, resolvi escrever para crianças porque adoro crianças. Sei que este livro “O Brinquedo Predileto de Rebeca” será um presente meu para as crianças, que irão apreciar e gostar desta obra. Aliás, até jovens e pessoas mais velhas irão gostar muito desta estória. Creio que a cada instante possam haver mais crianças que, com seu jeito bem carinhoso, irão se encantar ao apreciarem uma boa leitura. A leitura desenvolve a inteligência e a capacidade de entenderem bem, para poderem assimilar e raciocinarem melhor. Jaqueline Peres Felippe


DEDICATÓRIA Dedico esse livro aos meus queridos sobrinhos Levi, Izabela, Pedro, Gabriel e meus irmãos Sandra, Vanessa, Thales e Anísio. Aos meus pais Anísio Martins Felippe e Wanda Peres Felippe, essa mãe valorosa que sempre me motivou muito e apoia tudo que faço, investindo fundo no meu sonho. Dedico de coração a cada criança que conheço e também à que não conheço, de onde me inspiro nesta grande paixão de poder escrever. Com todo meu agradecimento. *** A estória é um mundo mágico em que a criança, quando lê, viaja. Jaqueline Peres Felippe *** Em cada sonho de uma Criança eu percebo a Sua vontade de poder ler Abrir novos horizontes para Encher sua cabeça de muitas Ideias que enriquecem e conquistam Tudo para seu desenvolvimento Futuro. Jaqueline Peres Felippe *** A leitura desenvolve a inteligência e a sua capacidade de se expressar. Jaqueline Peres Felippe


O BRINQUEDO PREDILETO DE REBECA Rebeca é uma criança de 8 anos de idade que mora com os pais e é filha única do casal. Sua casa tem jardim e piscina e ela tem vários brinquedos, principalmente bonecas. Quando Rebeca completou 9 anos, ganhou de presente de seu avô Joaquim uma boneca. Logo depois ele faleceu. Por causa disso, a menina tinha muita afeição pelo presente. Certo dia a menina deixou o brinquedo cair quando mexia no seu quarto. Com a queda, a perna da boneca quebrou e ela ficou muito triste com o que havia acontecido.


Ao ver a tristeza da filha, dona Valquíria disse-lhe que o brinquedo poderia ser levado para consertar e ficaria como novo, porém, era melhor que comprasse outro, pois o valor do conserto seria quase o mesmo. Rebeca pensou bem e concluiu que não seria preciso consertar e também não queria uma boneca nova, pois continuava sentindo carinho especial por ela, ainda que estivesse com defeito. A menina sempre se juntava com as amigas para brincarem em sua casa. Antes que elas chegassem, enfaixou a perna do seu brinquedo predileto e lhes diria que a perna estava quebrada por causa de um tombo. Suas amigas Bárbara e Beatriz disseram a Rebeca que chegaria o momento em que a boneca teria que ficar sem a faixa da perna e, como não mandou consertar, não poderia ficar sem a faixa. O que diria então? Por qual motivo a boneca continuaria com a faixa? Juntas, as duas pensaram, pensaram... E sugeriram à menina que dissesse que a boneca tivera uma grave doença e não voltaria a andar.

Rebeca gostou da ideia e fez o que as amigas sugeriram. Toda vez que se reunia com as amigas em sua casa, ela pegava a boneca no colo e


falava que o brinquedo tinha uma grave doença na perna e não voltaria a andar novamente. Também nunca sentiu vontade de trocar a boneca por outra. O nome do seu brinquedo predileto foi dado em homenagem ao filme O Mágico de Oz, que ela gostava muito. Por isso pôs-lhe o nome de Doroti. As amigas da menina acharam Doroti um nome muito bonito e interessante a ideia de homenagear o filme. Certo dia, Rebeca disse a sua mãe que seu brinquedo predileto era como um talismã e por isso sempre passeavam juntas. Até quando dormia Doroti lhe fazia companhia. Só não a levava para a escola para não causar confusão. Certo dia, dona Lourdes, professora da filha de Valquíria, pediu aos alunos que fizessem uma redação sobre o brinquedo que mais gostavam. Rebeca escreveu contando a história de seu brinquedo predileto. A menina escreveu sobre a trajetória da boneca e sua redação foi escolhida como a melhor da escola e foi muito elogiada pelos colegas. A professora pediu à aluna que levasse Doroti para que ela a conhecesse. No dia seguinte, Rebeca levou a bonequinha que fez o maior sucesso. Ao final da aula, as colegas da menina a acompanharam até sua casa, pois não queriam se desgrudar do famoso brinquedo. Ficaram todas no quarto brincando com a boneca. Dona Valquíria fez um delicioso lanche e serviu para sua filha e para as visitas, que estavam reunidas conversando e brincando. No fim da tarde, suas amigas foram embora. No dia seguinte se reencontraram na escola e brincaram muito no momento do recreio. A boneca não foi mais levada para a escola, mas as amigas sempre iam à casa de Rebeca, para brincarem com ela e com a boneca. Quando a menina ia a casa das amigas, levava consigo o presente dado por Joaquim, seu avô. O presente lhe fazia lembrar do avô e de todo seu carinho, que se manifestava naquele brinquedo e despertava a vontade de permanecer aquele amor forte, como o que recebeu dele. Sua mãe se agradava ao ver o carinho que as crianças tinham pelo presente, um laço forte que transmitia carinho.


Num dia de domingo, quando almoçava com seus pais, a filha do casal disse: “Jamais largarei essa boneca, mesmo quando eu crescer e me casar. Contarei toda a estória dela, sua origem e importância desse brinquedo em minha vida.” Valquíria gostou muito da ideia da sua filha, de seu gesto e da forma como expressava o seu sentimento. Ao se encontrar com as mães das amigas da menina, contou a elas que a filha tinha um segredo sobre a boneca que ganhara de Joaquim. Certo dia, seu pai levou-a no lugar onde o avô gostava sempre de ir quando conheceu sua avó. Eles foram a uma praça da cidade e ela ouviu dele que, ao caminhar por ali, seu avô conhecera sua avó. Quando conversavam, Rebeca lhe disse: “Estou muito feliz em saber onde meus avós se conheceram. Doroti, que está aqui comigo, também está contente com a novidade.” Depois do passeio na praça, tomaram sorvete e foram para casa. No caminho, seu pai lhe falou: “Minha filha, quando você fizer 18 anos vou lhe dar um presente muito especial e que poderá despertar em você tanto carinho quanto o que sente por esta boneca.” Falou ainda que o presente era segredo e que não poderia revelar para não estragar a surpresa e, mesmo a filha estando curiosa, não poderia contar o que seria. “Até Doroti ficou curiosa”, comentou a garotinha, empolgada. Seu pai lhe disse algo que serviu como ensinamento: “Tudo em nossas vidas tem o tempo certo para acontecer e em cada um deles há oportunidade de ficar marcado, seja pelas pessoas que passam por nós e nos fazem felizes ou mesmo situações das quais registramos por toda a vida, por terem, de alguma forma, nos ensinado algo. Por isso, é muito importante saber esperar.” Rebeca aprendeu ao ouvir seu pai, deu razão a ele e lhe disse: - Vou esperar até completar 18 anos, mesmo que possa demorar muito tempo. No dia seguinte, tanto o pai como a filha acordariam cedo, o pai iria


para o trabalho e a menina para escola. Então foram para casa e repousaram. Valquíria sempre soube que tinha uma filha muito carinhosa e atenciosa, que gostava do jeito meigo como o avô sempre tratava a neta. Sabia também que, quando recebemos um presente de uma pessoa querida, devemos retribuir o gesto com boa vontade e da melhor forma, pois vale a pena cultivar o amor. Um dia a menina ficou muito doente, estava com pneumonia. Foi hospitalizada e levou seu brinquedo predileto, pois acreditava que a boneca lhe daria sorte e logo ficaria boa. Quando souberam que Rebeca havia sido hospitalizada, suas amigas foram visitá-la no hospital infantil, juntamente com sua professora. Chegando lá, ficaram tristes ao verem a menina na cama. Rebeca, com seu jeito bem meigo, conversou com as visitas e fez amizades com as enfermeiras e também com Dr. Rodolfo, pediatra que cuidava dela, com quem ficou horas conversando.


O médico contou a ela que sua filhinha chamava-se Ingrid e tinha a mesma idade que Rebeca e assim que ficasse boa a levaria para conhecê-la e mostrar-lhe a boneca Doroti, de quem tanto falava no hospital e que fazia tanto sucesso ali. A menina contou ao pediatra que queria ser médica. Ele perguntou por que queria seguir aquela profissão e ela respondeu que sentiu vontade ao ver o carinho com que ele a tratava e aos outros pacientes. Dr. Rodolfo ficou feliz ao ouvir aquelas palavras e comentou que ficaria muito contente se Rebeca fosse sua filha, pois lhe trataria carinhosamente, assim como faz com Ingrid. Sentiria orgulho de tê-la também como filha, pois parecia um anjinho. Os dias foram passando e a criança recebeu alta. Antes de ir para casa com seus pais, Rebeca fez um desenho de todos que ela havia conhecido no hospital e disse a eles que sentia gratidão pela dedicação, ao cuidarem tão bem dela. Ao dizer essas palavras, eles a aplaudiram e disseram estar felizes com sua recuperação. Dr. Rodolfo lhe disse que sempre se lembraria dela, que estava feliz por tê-la conhecido. Deu-lhe um beijo na testa, chamou-a de anjo e disse: “Vai com Deus! Você já é parte da minha família.” A menina abriu um sorriso, despediu-se e foi para casa. Chegou a casa firme e forte para enfrentar tudo pela frente. A mãe de Rebeca preparou um lanche saboroso para receber a filha e, já no outro dia, ela retornou para a escola. Estava com saudades dos colegas e da professora. Quando a aluna chegou, todos a receberam bem, com muita alegria. Ela ficou contente em poder voltar a assistir às aulas. A professora e os colegas abraçaram-na, demonstrando carinho em seu retorno. Mais tarde, já em casa, Rebeca ligou para o pediatra, querendo falar com a filha dele. Como ele já havia comentado com sua filha sobre ela, Ingrid já sabia muito a respeito da menina e de sua boneca. Numa tarde de sábado, Ingrid foi brincar na casa da nova amiga e lá conheceu Bárbara e Beatriz, que também foram brincar. As duas, Rebeca e Ingrid, foram se aproximando e se tornaram uma a melhor amiga da outra, sendo praticamente criadas juntas a partir daí. Uma dizia que seria médica, a outra nutricionista. Viviam sempre unidas em tudo, para estudar, brincar, passear. Iam a aniversários e outros eventos juntas.


Os pais das meninas sentiam orgulho das filhas, pois eram educadas, gentis, respeitavam as pessoas e tinham objetivos. Elas sempre se apoiavam. Quando alguém via as duas juntas pensava que eram irmãs, pois até no estilo de se vestirem havia semelhanças entre elas. Onde cada uma delas morava tinha uma casa de boneca no quintal. Ali elas se reuniam, levavam suas bonecas, brincavam de chá de bebê e outras brincadeiras que envolviam crianças pequenas. Além das brincadeiras elas realizavam desafios de conteúdos escolares como Língua Portuguesa, Matemática, História, e assim elas percebiam se estavam precisando melhorar, de estudar com mais dedicação ou pedir ajuda aos pais ou professores. As meninas também gostavam de praticar esportes, sabiam que eles traziam muitos benefícios à saúde, e se interessavam também em desenhar. Rebeca fazia bons desenhos e tinha uma dedicação especial para esta atividade. Ingrid, por sua vez, amava fazer doces, que ficavam deliciosos. Beatriz gostava de música, estava aprendendo a tocar violão. Esporte é o que Bárbara mais gostava, além de fazer natação e balé.



Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.